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Características gerais
Cestóides são todos organismos endoparasitários com um ciclo de vida que inclui
vários hospedeiros intermediários e um hospedeiro definitivo que geralmente é um
vertebrado. Neste último, eles parasitam quase exclusivamente o trato digestivo ou
seus órgãos acessórios.
O corpo de um cestódeo é dividido em três regiões: o escólex, o pescoço e o
estróbilo. O escólex constitui a região cefálica e geralmente apresenta ventosas
para aderir ao hospedeiro. Ele também pode ter uma projeção apical arredondada,
retrátil e em forma de gancho, chamada de rostelo.
Por outro lado, os Eucestoda possuem quase todos os escólex e estróbilo e sua
primeira larva, chamada oncosfera ou hexacanto, possui apenas seis ganchos. Na
fase adulta, parasitam o trato digestivo de diferentes espécies de vertebrados e
geralmente seu ciclo de vida envolve um ou mais hospedeiros intermediários.
Reprodução
Nutrição
Os cestóides não têm boca e trato digestivo, portanto, dependem quase totalmente
dos processos digestivos de seu hospedeiro para obter substâncias alimentares pré-
digeridas.
Os alimentos entram em seu corpo através da pele por meio de difusão, transporte
ativo e talvez também pinocitose. Para aumentar a capacidade de troca de
substâncias através do tegumento, é fornecido com microtric.
Principais doenças
Esparganose
Essas tênias causam tumores em várias partes do corpo, até mesmo o sistema
nervoso pode ficar comprometido, embora isso aconteça muito raramente. No
Extremo Oriente é comum infestar o olho devido ao costume de usar emplastros de
rã (hospedeiro frequente do parasita) na medicina tradicional.
Cistocercose
Habitat
Patogenia
A larva permanece viva nos tecidos por cerca de quatro meses, sem provocar
manifestações clínicas. Quando morre, inicia o processo de destruição e degeneração do
cisticerco, expondo antígenos parasitários e o líquido vesicular, estimulando resposta
imune que, dependendo da intensidade, poderá ocasionar dor forte de cabeça,
convulsão, epilepsia, coma e até a morte.
Ciclo de vida
Após a ingestão de ovos de T. solium, os embriões liberados no intestino delgado
irão atravessar a parede e serão levados pela corrente sanguínea para diversos
tecidos. Como nesse caso não há possibilidade de continuidade do ciclo biológico
do parasito, o homem é considerado um hospedeiro acidental.
Fig: Modo pelo qual o homem adquire a cisticercose: ingestão de ovos de Taenia
solium (Fonte: NEVES et al., 2005, p. 213)
Teníase intestinal
Ciclo de vida
O ciclo de Taenia spp. é heteroxênico, envolvendo um hospedeiro definitivo, o
homem, que alberga a forma adulta do parasito, e um hospedeiro intermediário, o
suíno ou o bovino, que albergam as formas larvárias (cisticercos) de T. solium e T.
saginata, respectivamente. Quando o homem ingere carne suína ou bovina, crua ou
malcozida, contaminada com cisticerco, o escólex se desenvagina por estímulo do
suco gástrico e se fixa na mucosa intestinal por meio das ventosas e, no caso de T.
solium, por meio também dos acúleos.
Patogenia
A teníase pode ser totalmente assintomática, o que acontece com a maioria das pessoas
parasitadas. O parasito consome grande quantidade de nutrientes do hospedeiro, que são
absorvidos por meio de protuberâncias existentes ao longo do corpo, denominadas
microtríqueas
Os sintomas que podem ocorrer são: indisposição abdominal, náuseas, vômitos, bulimia
e desnutrição, especialmente quando há mais de um exemplar do parasito.
Diagnóstico
Hidatidose
Os cistos hidáticos mais comuns são os cistos hepáticos, que podem pressionar o
ducto biliar. Os cistos pulmonares podem causar dor no peito ou dificuldade para
respirar.
Habitat
Transmissão
O cão adquire o verme adulto ao ingerir vísceras cruas de ovelhas contendo o cisto
hidático. As ovelhas e igualmente o homem adquirem a hidatidose ao ingerirem
ovos do parasito que contaminaram a água ou os alimentos ou ainda por contato
direto com os cães parasitados que contaminam o pelo com os ovos eliminados nas
suas fezes.
Ciclo biológico
Tratamento
Profilaxia
Espécies apresentadas
Taenia solium
Esta espécie de distribuição mundial é caracterizada por apresentar um escólex de
alguns milímetros, dotado de quatro ventosas, uma coloração esbranquiçada e um
rostelo armado com dupla coroa de ganchos. Esta espécie pode atingir vários
metros de comprimento.
Cada proglote pode conter entre 50.000 e 60.000 ovos esféricos que podem atingir
até 45 micrômetros de diâmetro e ter várias membranas. Eles produzem uma larva
hexacanto, que leva o nome de seus seis ganchos.
Hymenolepis nana
Quando os ovos do cestóide são ingeridos por baratas, eles eclodem em uma larva
conhecida como cisticercoides. As fezes de baratas infestadas, assim como as de
humanos ou roedores, podem contaminar os alimentos, que se ingeridos por
camundongos ou humanos se transformam em cisticercos que amadurecem e
produzem uma tênia adulta.
Echinococcus granulosus
Conhecida como tênia canina, esta espécie se caracteriza por apresentar um escólex
com quatro ventosas e um rostelo coroado por dupla fileira de ganchos cujo
número pode chegar a 50, embora o comum seja ter de 30 a 36 ganchos. O
estróbilo é composto de, no máximo, 5 proglotes e não ultrapassa 6 mm de
comprimento.
Esta espécie utiliza o cão como hospedeiro definitivo, bem como ovelhas e cabras
como hospedeiros intermediários. Ele pode usar acidentalmente outras espécies
como gado, porcos, veados, roedores e até humanos como intermediários.
Ciclo de vida
Referencias bibliográficas
1. R.C. Brusca & G.J. Brusca (2003). Invertebrados. 2ª Edição. Sinauer Associates,
Inc.