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DE PRODUTOS AUTOMOTIVOS:
Mariana
2019
FEMAR – FUNDAÇÃO EDUCATIVA DE MARIANA
DE PRODUTOS AUTOMOTIVOS:
Mariana
2019
Miguel Ângelo Constantino
DE PRODUTOS AUTOMOTIVOS:
Mariana
2019
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus familiares por todo apoio e compreensão e por estarem sempre ao
meu lado.
Ao Sr. José Eustáquio Elias e Sra. Jussara Lopes por possibilitarem o estudo dentro da
empresa, contribuindo para o meu aprendizado e crescimento profissional.
À minha orientadora Miriam e a todos os meus professores e amigos que contribuíram
nos momentos de dificuldade.
RESUMO
The transformation of the market due to direct and indirect local competition encourages
organizations to offer the ircustomers more quality in the ir products and services. Companies
need to establish ways to control their processes so that their deviations are identified and
addressed. Inventory management is a critical process of any organization since it requires
considerable financial investment and involves several costs that imply a reduction in yield.
This monograph will address the application of the ABC curve in the stock of automotive
products in order to analyze and identify way sof improving and reducing their costs.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13
1.1 Situação Problemática ........................................................................................................ 15
1.2Hipótese ............................................................................................................................... 15
1.3 Objetivos............................................................................................................................. 15
1.3.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 15
1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................... 16
1.4 Justificativa ......................................................................................................................... 16
1.5 Metodologia e Características da Pesquisa ......................................................................... 17
1.5.1 Método ...................................................................................................................... 17
1.5.2 Característica da Pesquisa ...................................................................................... 17
1.6 Estrutura da Monografia ..................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 55
ANEXO A ................................................................................................................................ 55
13
1 INTRODUÇÃO
A necessidade de locomoção das pessoas por longas distâncias em tempo cada vez
menor impulsionou o desenvolvimento de diversos tipos de transportes, a fim de satisfazer
tais necessidades. O infográfico publicado por Reis (2014, s/p.), no portal de notícias
Globo.com, relaciona a frota de carros e a quantidade de habitantes no Brasil. Os dados
apontam que temos cerca de um automóvel para cada quatro habitantes no país. O fato é que o
aumento do número de veículos impulsionou o desenvolvimento das organizações que
prestam serviços no setor automobilístico.
As organizações, em sua maioria, possuem depósitos onde armazenam e acondicionam
matérias-primas, produtos acabados e seus insumos, sejam indústrias ou organizações
prestadoras de serviços (MARTELLI; DANDARO, 2018). Para obterem melhores resultados,
maiores lucros e vantagens competitivas no mercado, elas necessitam melhorar seus
processos, aumentar a qualidade e reduzir o custo dos seus processos, produtos e serviços.
Conforme Oliveira (2011, s/p), “o estoque pode ser o pulmão contra flutuações inesperadas no
suprimento e na demanda, conhecido também como estoque de segurança, que podem
compensar as incertezas no processo de suprimento de mercadorias para a empresa”. O
estoque propicia melhor nível de serviço às empresas, porém deve ser planejado e controlado
acompanhando as divergências quanto à quantidade de materiais, o giro de cada produto e
tudo que é diretamente relacionado de forma a consumir o mínimo de recursos devido aos
custos relacionados a esse setor. As organizações que possuem estoque devem ter maior
atenção na sua gestão, pois apesar de trazer benefícios, ele pode tornar o capital inativo
devido ao excesso de produtos que tem pouca ou nenhuma demanda.
É nesse contexto que o engenheiro de produção pode contribuir, analisando e
estabelecendo formas para controlar e tornar os processos mais eficientes. Através da visão
generalista do conhecimento de ferramentas e levantamento de dados estatísticos, o
engenheiro de produção pode planejar, analisar, controlar e propor melhorias, encontrando
pontos de redução de custo.
As organizações têm se preocupado mais com a administração de materiais, pois têm
percebido que estão deixando de ter rendimentos maiores devido à falta de planejamento e
controle. Estoque e armazenagem consomem recursos das empresas e quando mal
administrados podem ter como consequência perda de tempo e materiais com elevação dos
custos, onerando a organização.
14
1.2 Hipótese
1.3 Objetivos
Este trabalho tem por objetivo analisar o estoque de uma organização varejista que
atua no setor automotivo, apresentando melhorias para seu gerenciamento.
16
Desenvolver a curva ABC dos produtos para identificar como cada um deles contribui
para o faturamento da organização;
Demonstrar de que forma a curva ABC aplicada à gestão de estoque pode auxiliar na
redução de custos da organização;
Apontar as dificuldades existentes e oportunidade de melhorias no estoque da
organização “X”.
1.4 Justificativa
1.5.1 Método
Conforme Gil (2002, p.17), a pesquisa pode ser definida como procedimento
sistemático e racional, que tem por objetivo encontrar respostas aos problemas propostos.
Desse modo, ela se faz necessária quando não se possui informação suficiente para definir
uma resposta ao problema ou quando a informação disponível não possui organização
suficiente para ser relacionada ao problema.
Quanto aos procedimentos da pesquisa, a mesma tem caráter exploratório. A pesquisa
exploratória,
Assim, toda
Com relação aos aspectos técnicos, a pesquisa se baseará em artigos científicos, livros
e publicações eletrônicas, podendo ser caracterizada também como bibliográfica. Para
Vergara (2005, p.48) “pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base
material publicado em livros, revistas, jornais, rede eletrônica, isto é material acessível ao
público em geral”. Segundo Fonseca (2002, p. 32) este tipo de pesquisa parte do levantamento
de teorias já analisadas e publicadas em diversos meios. Sendo assim, todo trabalho científico
se inicia com uma pesquisa bibliográfica, permitindo que o pesquisador conheça o que já foi
estudado sobre o assunto. Para Lakatos e Marconi (2010):
Além disso, o trabalho busca fazer uma abordagem prática e dinâmica através da
metodologia de estudo de caso, onde se busca analisar o contexto específico da organização
correlacionando com as referências teóricas sobre o assunto, dado que nesse tipo de
abordagem
19
A análise do estudo de caso vai possibilitar constatar se a teoria aprendida pode ajudar
a trazer melhorias à organização, dentro deste contexto, devido à relevância que gestão de
estoques apresenta.
Para a análise serão utilizados dados documentados pela empresa, portanto
caracterizando-se como pesquisa documental direta. De acordo com Lakatos e Marconi (2010,
p.169) “a documentação direta constitui-se, em geral, no levantamento de dados no próprio
local onde os fenômenos ocorrem. Esses dados podem ser obtidos de duas maneiras: através
da pesquisa de campo ou da pesquisa de laboratório”.
O estudo de caso será realizado na empresa que possui como principais produtos
aditivos, peças, lubrificantes e combustíveis, porém para esta análise não será levado em
consideração o último destes itens devido a relevância dos demais. Para o estudo serão
coletados dados referentes às vendas dos registros da organização, entre os períodos de
dezembro de 2017 a outubro de 2018. O tratamento dos dados será feito utilizando o Excel,
através da tabela de classificação ABC, para identificar a classe dos produtos e o quanto cada
um deles contribui para o faturamento da empresa.
O referencial teórico apresenta os conceitos relevantes a este estudo, sendo também
utilizado como base na análise da organização, buscando responder à pergunta da pesquisa e
justificar os resultados obtidos.
20
1 - Introdução
2–Referencial Teórico
3 – Estudo de Caso
4 – Resultados
5– Considerações Finais
Referências
21
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Para Dumas et al (2019, s/p) a administração de materiais pode ser definida como
Conforme Martins e Laugeni (2015, p. 281), deve haver integração entre todas as
atividades da área de materiais. Nas empresas de pequeno e médio porte podem ser
concentradas sob uma gestão de materiais e suprimentos. Essa área possui por atribuição a
programação da produção, compras, logística e armazenamento. Deve-se evitar que o órgão
responsável pela administração de materiais fique subordinado às áreas financeiras, visto que
ela pode interferir no equilíbrio das decisões que devem levar em consideração a satisfação
dos clientes. Ballou acrescenta que
2.2 Estoque
Muitas são as razões para as empresas manterem estoques, seja para prevenir a falta de
produtos ou para ter melhor nível de serviço. Francischini e Gurgel (2004) definem estoque
como sendo “quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma
improdutiva, por algum intervalo de tempo”.
Devido ao custo envolvido, muitas empresas têm buscado minimizá-lo, sendo
necessário encontrar um equilíbrio. Pozo acrescenta que
como a organização conduz seus negócios, de forma que tempo, dinheiro e outros
recursos sejam utilizados eficientemente. Para ser realmente eficiente e eficaz, a
organização pode gerenciar sua forma de fazer as coisas de forma sistêmica. Isso
garante que nada importante seja esquecido e que todos estejam conscientes sobre
quem é responsável para fazer o que, como, por que e onde (MELLO, 2002, p. 15)
Segundo Ballou (2013, p. 213), manter estoques nas organizações tem uma série de
vantagens, porém demanda uma quantidade considerável de capital. Devido o seu alto custo,
faz-se necessário uma gestão eficiente e que visa balancear o custo de manutenção de
estoques, de aquisição e de faltas. Esses custos entram em conflito devido à relação de
proporcionalidade, ou seja, quanto maior a quantidade de produtos estocados maior será o
custo de manutenção. Como o objetivo consiste em minimizar o custo total, deve-se realizar
menos pedidos com lotes maiores para que os níveis de inventário sejam mantidos, pois
resultam em menores custos de aquisição e de faltas.
Conforme Dias (1995, p. 43-44), a quantidade em estoque e o tempo de permanência
dos produtos são varáveis que aumentam os custos, portanto elas também são de grande
importância e devem ser levadas em consideração.
Para Ballou (2013, p. 205), manter estoques auxilia nas vendas dos produtos das
organizações, proporcionando disponibilidade quando são requisitados, contribuindo para a
satisfação do cliente. A essa disponibilidade de produtos quando o serviço é solicitado,
denominamos nível de serviço. Para obter um bom nível de serviço, é necessário
acompanhamento e controle frequente do estoque, buscando possuir o mínimo de estoque de
forma que se possa atender a demanda prevista. Dessa forma, toda organização que busca ser
competitiva precisa ter disponível o produto solicitado no tempo correto e em quantidades
necessárias para atender ao cliente, porém armazenar grandes quantidades de materiais para
manter alto nível de serviço pode gerar impactos negativos comprometendo o capital da
organização. Portanto, deve-se encontrar equilíbrio com relação ao nível de serviço que se
pretende praticar.
2.6.1 Fluxograma
O fluxograma é uma ferramenta que facilita o estudo das atividades de uma
organização e permite mapear detalhadamente seus processos. Conhecendo seus processos e
como eles se inter-relacionam é possível identificar falhas e como elas se propagam ao longo
destes. Conforme Azevedo, “uma empresa que não conhece seus processos ou os trata como
28
Figura 2 - Fluxograma
Fonte: mfconsultoria.org
A tecnologia tem evoluído cada dia mais, sendo voltada ao aumento de produtividade
e da qualidade de bens e serviços. A utilização da automação nas operações das organizações
de produtos e serviços tem se tornado indispensável, pois a eficiência operacional advinda da
utilização desses recursos impacta estrategicamente, trazendo inúmeros benefícios. De acordo
com Dias, o código de barras é uma representação gráfica de dados numéricos ou
alfanuméricos, constituída por linhas paralelas entre si e com diferentes espaçamentos, que
trazem grandes benefícios na identificação de documentos, no controle e na comercialização
de produtos. Possui por vantagens a facilidade de implantação, baixo custo e maior agilidade
na inserção de informações, minimizando a possibilidade de erro humano, gerando maior
confiabilidade (DIAS, 2018, s/p).
Conforme Martins e Laugeni:
ABC para separar os materiais por categorias, conferindo os itens de cada classificação a cada
três meses da seguinte forma:
100% dos itens da classe A devem ser inventariados, sendo 33% aproximadamente ao
mês;
50% dos itens da classe B devem ser inventariados, cerca de 16% ao mês;
5% dos itens da classe C devem ser inventariados, aproximadamente 2% ao mês;
Após essa conferência, realiza-se o cálculo da acurácia, que consiste na relação de produtos
do estoque físico e daqueles que constam em registro, onde:
A figura a seguir ilustra os tipos de demanda e como elas podem variar de acordo com
o tempo. São vários fatores mercadológicos que provocam essas variações, portanto é
importante acompanhá-las.
Dias (2002, p. 44) afirma que quanto maior a quantidade de produtos armazenados,
maior será a necessidade de equipamentos e colaboradores para efetuar a movimentação. A
relação entre esses custos é denominada custo de armazenagem. Conforme Slack et al (2010,
p. 285), existem outros custos que se somam a esses sendo referente à locação, climatização e
iluminação de acordo com o tipo de material ou produto armazenado, consequentemente se
tornando uma atividade crítica nas organizações.
Segundo Dias (1995, p. 43) o armazenamento de material gera custos e eles podem ser
classificados em custos com pessoal (encargos sociais e salários), custos de manutenção
(obsolescência, deterioração e equipamentos), custos de capital (depreciação e juros) e custos
com edificação (conservação, aluguel, impostos e luz).
32
Para Pozo (2002, p. 37), os custos que incidem na formação de estoques podem ser
separados em três categorias:
Custo do pedido: Refere-se aos custos fixos e variáveis que incorrem referentes a esse
processo. Os custos fixos são relacionados à remuneração dos funcionários envolvidos,
como processo de emissão dos pedidos, portanto não são afetados pela política de
estoque. Os custos variáveis, por sua vez, estão diretamente ligados com o volume dos
pedidos que ocorrem no período, consistindo nas fichas de pedidos, no processo de envio
aos fornecedores e nos recursos envolvidos nesse procedimento.
Custo de manutenção: Incorporam as despesas de armazenagem que são
proporcionalmente elevadas de acordo com o volume do estoque, espaço físico utilizado,
pessoal alocado, sistemas de movimentação e sistemas de armazenagem, sistemas de
informação específicos e equipamentos. O custo desses itens pode aumentar
significativamente pela possibilidade de roubo, obsolescência e perda devido à
necessidade de estabelecer seguridade.
Custo por falta de estoque: A falta de produtos ou atraso no cumprimento de prazos pode
gerar multas ou cancelamento do pedido por parte dos clientes, devido o transtorno
gerado, causando desgaste na imagem da empresa, reduzindo a confiabilidade.
Conforme Slack et al (2010, p. 285) tem-se também o custo referente ao capital de
giro, pois existe um lapso de tempo entre pagar os fornecedores e receber dos clientes.
Durante esse período deve haver capital para manter o estoque, sendo também estes custos
relacionados aos juros pagos aos bancos e os custos de oportunidade.
2.9 MRP
Segundo Campos (2009, s/p), o MRP (Material Requirements Planning) surgiu por
volta dos anos 60 e consiste no planejamento das necessidades de materiais para atender a
uma demanda prevista de um determinado produto. Ele busca reduzir o número de itens no
estoque, identificando a quantidade de material necessária à fabricação de um determinado
produto, sem afetar a disponibilidade de matéria prima para atender a quantidade de produtos
solicitados. Neste sistema identifica-se quais os materiais necessários para atender a
quantidade de produtos solicitados, a quantidade destes materiais e o momento em que eles
serão necessários. Na utilização desta ferramenta deve-se definir o plano mestre de produção,
33
a lista de materiais e gerar o relatório de controle de estoques para haja efetividade. No plano
mestre de produção são informados os produtos solicitados, a quantidade dos mesmos e para
qual data foram solicitados, enquanto a lista de materiais desmembra cada item necessário
para fabricar o produto. O relatório de controle de estoque informa a quantidade de materiais,
de produtos semiacabados e produtos acabados que estão armazenados.
Para Pozo (2002, p. 113-114), o MRP é um sistema que simplifica a gestão de
estoques através de um programa de produção, que determina o que comprar, quando comprar
e o que produzir tanto com relação aos materiais, quanto de produtos acabados, buscando
comprar e produzir somente aquilo que é necessário para minimizar o estoque ao máximo. A
partir dele pode-se definir um plano de prioridades com relação à aquisição de componentes
necessários ao processo de fabricação, levando em consideração o lead time dos mesmos e o
tempo de operação. Para utilização desse sistema é necessário determinar as especificações no
plano mestre de produção.
De acordo com Pozo (2002, p. 42), o giro de estoque refere-se à rotatividade dos
produtos e trata-se de um indicador de desempenho do estoque. Trata-se da avaliação do
capital investido no estoque em comparação ao custo das vendas anuais ou a quantidade
média dos itens do estoque dividido pelo custo de venda anual. Através do cálculo do giro de
estoque é possível determinar o tempo em que o estoque suporta a demanda. O cálculo do giro
pode ser expresso conforme a seguinte equação:
R = 𝐶𝑉⁄𝐸
2. 𝐷. 𝐶𝑝
𝐿𝐸𝐶 = √
𝐶𝑒
Segundo Pozo (2002, p. 62), o método MGR (método do grau de risco) utiliza um
fator de risco que é determinado em porcentagem pelo gestor, conforme sua sensibilidade
sobre o mercado e informações da área de suprimentos e vendas e pode ser expresso pela
equação a seguir:
𝐸𝑆 = 𝐶 × 𝑘
ES = Estoque de segurança
k = Coeficiente médio no período
C = Consumo médio no período
38
𝐸𝑆 = (𝐶𝑚 − 𝐶𝑛 ) + 𝐶𝑚 × 𝑃𝑡𝑟
ES = Estoque de segurança
Cn = Consumo normal no período
Ptr = Porcentagem de atraso no tempo de reposição
Cm = Consumo maior previsto do produto
...a curva ABC tornou-se utilidade ampla nos mais diversos setores em que se
necessita tomar decisões envolvendo grande volume de dados e a ação torna-se
urgente. A curva ABC é constantemente usada para avaliação de estoques,
produção, vendas, salários e outros. A curva ABC é um método que pode ser
utilizado para qualquer atividade ou trabalho, porém, no controle de estoque, foi
aplicada pela primeira vez na General Eletric, por F. Dixie e, através dos anos, tem
sido uma ferramenta útil e de fácil aplicação nos princípios de controle de estoque.
Sua grande eficácia a está na diferenciação dos itens de estoque com vistas a seu
controle e, principalmente, a seu custo (POZO, 2002, p. 85).
39
Dessa forma, a curva ABC, tem por base a observação dos perfis de produtos de uma
organização, seguindo o princípio de que aproximadamente 20% dos itens são responsáveis
por 80% das vendas. Conforme o SEBRAE:
3 ESTUDO DE CASO
3.2 Público-alvo
Os serviços da empresa “X” têm por objetivo fidelizar os clientes de todas as classes
econômicas, que conduzem veículos automotivos, com bom atendimento, preço justo e
qualidade dos produtos e serviços prestados. Não obstante, a empresa “X” busca prospectar
empresas ao oferecer descontos e formas de pagamento diferenciadas como atrativo.
43
3.3 Concorrentes
devido outras funções de importância que os responsáveis pelo estoque também executam.
Assim, as atividades de organização e controle do estoque ficam em segundo plano.
Os produtos da empresa “X” não ficam expostos para os clientes, então a divulgação
fica apenas a cargo dos vendedores de pista. Esse fator influencia na rotatividade visto que os
produtos ficam um tempo maior no estoque, antes de serem de fato vendidos. A falta de
divulgação do seu portfólio contribui para que haja menor comercialização dos produtos.
Devido pouco espaço no depósito, os produtos e insumos não são bem organizados
dificultando encontrar determinados produtos. A figura 4 ilustra como é parte do layout do
estoque principal.
4.1 Relatório
70
60
50
40
30
20
10
0
Produtos
Faturamento Individual
0,8
0,6
0,4
0,2
0
P179
P204
P289
P134
P139
P144
P149
P154
P159
P164
P169
P174
P184
P189
P194
P199
P209
P214
P219
P224
P229
P234
P239
P244
P249
P254
P259
P264
P269
P274
P279
P284
Produtos
Faturamento Individual
20% 80%
Percentual Acumulado
70%
15% 60%
50%
10% 40%
30%
5% 20%
10%
0% 0%
P261
P31
P51
P1
P11
P21
P41
P61
P71
P81
P91
P101
P111
P121
P131
P141
P151
P161
P171
P181
P191
P201
P211
P221
P231
P241
P251
P271
P281
P291
Produtos
b) Demonstrar de que forma a curva ABC aplicada à gestão de estoque pode auxiliar
na redução de custo da organização;
Podemos considerar o estoque como setor crítico de toda organização, por ser uma
área que consome recursos, visto que os recursos investidos nele são altos, necessitando,
portanto, de planejamento e controle. O levantamento e análise dos dados do estoque, através
da curva ABC, juntamente com o histórico de vendas e utilização de indicadores de
desempenho do estoque, pode auxiliar na tomada de decisões, que baseada em dados
estatísticos possibilita redução de custos com melhor aproveitamento desses recursos
investidos, comprometendo o mínimo de capital e evitando que fique inativo pelos produtos
que possuem pouca movimentação, auxiliando na tomada de decisão a respeito dos itens do
portfólio da empresa. Ao utilizar a curva ABC na análise dos produtos do estoque consegue-
se identificar, de maneira mais clara, quais produtos necessitam de maior atenção na gestão e
identificar aqueles que têm menor rendimento e fazer um melhor planejamento, propondo
medidas de intervenção. Através da gestão de estoque é possível obter maior rentabilidade e,
uma vez que tais recursos estejam disponíveis, o gestor pode utilizá-los de forma estratégica.
A organização tem por ponto crítico o pouco espaço disponível para o armazenamento
de produtos. Como alternativa possível pode-se readequar o layout, retirando móveis,
insumos, objetos e equipamentos, que não possuam relação com o estoque de produtos
comercializáveis, a fim de liberar mais espaço de armazenamento.
53
Para que haja otimização do estoque e evitar que ocorra a falta de algum,
comprometendo o nível de serviço, pode-se determinar parâmetros de estoque mínimo ou
estoque de segurança dos produtos, levando em conta o lead time e o histórico de vendas. E
realizar os pedidos levando em consideração dados estatísticos, a fim de manter o estoque
com giro.
Pode-se determinar também um cronograma para realização das atividades de
manutenção e controle do estoque para evitar perdas e obsolescência. Determinar e aplicar um
melhor layout no estoque facilitará as atividades e a manutenção da organização, resultando
em maior eficiência.
Definir indicadores de desempenho do estoque, a partir dos dados referentes, trará
mais eficiência, pois facilitará o acompanhamento, mantendo o foco naquilo que traz
rentabilidade.
Utilizar de maneira integral todos os recursos do ERP e analisar se há a necessidade de
adquirir um sistema integrado de gestão com funções que atendam melhor a necessidade da
organização.
4.3.1 Pergunta
tenha custos maiores, devido o excesso de produtos que não são vendidos. A análise da tabela
em conjunto com o histórico de vendas e dados referentes ao lead time pode auxiliar na
definição de parâmetros de quantidade como estoque de segurança e estoque máximo,
focando a atenção naqueles produtos que possuem maior participação no rendimento, com a
finalidade de se obter maior giro e comprometer o mínimo de capital da organização,
mantendo a competitividade e maximizando o lucro. Portanto, pode-se obter maior
rentabilidade utilizando ferramentas estatísticas como base na tomada de decisão tendo em
vista a organização como um todo.
55
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do presente estudo foi possível perceber que a aplicação da curva ABC,
juntamente com a análise de dados referentes às vendas, possibilitou identificar pontos
críticos no estoque referentes ao capital inativo e os produtos que trazem maior rentabilidade.
Durante a realização do estudo na empresa, pode-se perceber a importância do controle de
estoques e suas vantagens. A curva ABC permite ao gestor analisar e dimensionar os recursos
de acordo com cada classe. Através da gestão de estoques deve-se buscar estabelecer
equilíbrio entre demanda e a quantidade de produtos armazenados, com a finalidade de
manter um bom nível de serviço e ter o máximo de capital disponível para possíveis
investimentos. A organização utiliza um sistema ERP que faz a integração dos diversos
setores, permitindo emitir relatórios e fazer acompanhamento do seu estoque, facilitando o
seu controle. É interessante verificar se o sistema pode fornecer as informações já tratadas
sobre cada produto individualmente para facilitar a análise. A análise do estoque e utilização
dos dados estatísticos traz grandes benefícios às organizações, porém juntamente com esta
análise devem ser levados em consideração os fatores específicos relacionados à demanda,
pois a maioria dos produtos em estoque são vendidos em conjunto, durante a prestação de
serviço. Para que a análise seja mais eficaz deve-se levar em consideração o fluxo de caixa e
os recursos humanos que realizam o processo de atendimento e venda, procurando identificar
pontos a aprimorar para poder estabelecer planos de ação. A falta de quaisquer produtos é
fator determinante para que o cliente rejeite toda a prestação de serviço e procure uma
organização concorrente. Elaborar, definir e documentar os fluxos referentes aos processos da
organização é de grande importância, bem como definir indicadores de desempenho, pois
assim pode-se identificar desvios e não-conformidades com facilidade e possibilita tornar os
processos mais fluidos.
Por fim, pode-se notar como é importante o planejamento e controle de materiais, bem
como seu gerenciamento, pois resulta em maior rentabilidade às empresas. Conclui-se que os
objetivos do presente trabalho foram atendidos e que servem como base para futuros estudos
na organização, a fim de trazer melhorias. O presente trabalho trouxe grande aprendizado e
foi crucial para a complementação dos conhecimentos adquiridos no ambiente acadêmico.
56
REFERÊNCIAS
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Richadilson Barbosa. Classificação ABC e sua importância na gestão de estoques das
empresas. Disponível em:<www.administradores.com.br/artigos/marketing/administracao-
de-materiais-classificacao-abc/38833/>. Acesso em: 25 out. 2018.
CERVO, Armado Luiz. Metodologia Cientifica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social – 6 ed. – São Paulo editora Atlas S.A -
2008
GLUFKE; Luís Felipe. COSTA; Manfred. Melhoria da gestão de estoques: estudo de caso
em uma indústria gráfica. Disponível em:
<https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/1450/1/2015LuisFelipeGlufke.pdf>. Acessado
em: 23 jun 2019.
MARTINS, Petrônio G.; LAUGENI, Fernando P.. Administração da Produção. 3 ed. São
Paulo: Saraiva, 2015.
OLIVEIRA, Carla Mianesi de. Curva ABC na gestão de estoques. Disponível em:
<www.unisalesiano.edu.br/simposio2011/publicado/artigo0075.pdf>. Acesso em: 25 out.
2018.
58
REIS, Thiago. Com aumento da frota, país tem 1 automóvel para cada 4 habitantes.
Disponível em: <g1.globo.com/brasil/noticia/2014/03/com-aumento-da-frota-pais-tem-1-
automovel-para-cada-4-habitantes.html>. Acesso em 01 maio 2018.
SILVA, Talita alvares da; SILVA, Nazaré Aparecida Gomes da; RODRIGUES, Alexandre de
Cássio. Análise do nível de serviço e custo de estoques MRO de uma mineradora.
Disponível em: < www.admpg.com.br/revista2015_2/Artigos/Artigo7.pdf>. Acesso em: 26
out. 2018;
Curva ABC. Curva ABC: clientes felizes e redução de custo em um método só. Disponível
em: <endeavor.org.br/vendas/curva-abc/ >. Acesso em 24 out. 2018.
Produto Descrição Saldo Venda Preço Valor total % ind. % acum. Classe
P1 SHELL HELIX HX8 5W30 GRANEL 242,31 553,42 R$25,00 13835,5 20,24% 20,24%
P2 SHELL HELIX HX6 15W40 GRANEL 299,02 561,11 R$16,99 9533,26 13,95% 34,19%
P3 SHELL HELIX HX3 20W50 LITRO 73 277 R$17,00 4709 6,89% 41,08%
P4 SHELL HELIX ULTRA 5W40 LITRO 17 133 R$35,00 4655 6,81% 47,89%
P5 SHELL HELIX HX6 FLEX 15W40 1L 1 177 R$24,00 4248 6,22% 54,11%
P10 SHELL SPIRAX S1 ATF TASA LITR 4 54 R$28,00 1512 2,21% 70,55%
P11 SHELL HX8 5W30 SYNTHETIC LITR 42 49 R$30,00 1470 2,15% 72,70%
P13 RADIEX BIO COLANT ROSA R-1892 20 76 R$15,00 1140 1,67% 76,18%
P18 SHELL RIMULA RT4 X 15W40 1LIT 16 32 R$22,00 704 1,03% 82,34%
P21 SHELL HELIX ULTRA 0W20 SN LIT 18 11 R$42,00 462 0,68% 84,74%
P22 FLUIDO FREIO VARGA DOT 4 500M 16 20 R$22,00 440 0,64% 85,39%
continua
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P47 FLUIDO FREIO VARGA DOT 3 200 33 16 R$8,00 128 0,19% 94,48%
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P211 FILTRO OLEO WOE 626 JEEP RENE 2 0 R$87,00 0 0,00% 100,00%
P212 FILTRO OLEO WOE 903 VERA CRU 2 0 R$44,00 0 0,00% 100,00%
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