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ROTEIRO DE AULA PRÁTICA

OSTEOLOGIA

1 - CABEÇA, PESCOÇO E TRONCO

1.1 - ESQUELETO DA CABEÇA

O crânio (do grego kranio = relativo à cabeça) é o esqueleto da cabeça, formado por 20
ossos agrupados em duas partes: o neurocrânio e viscerocrânio.
O neurocrânio forma a “caixa craniana” que fornece um invólucro para o encéfalo, os
ossos são: um frontal, dois parietais, dois temporais, um occipital, um esfenóide e um
etmóide. Esses ossos basicamente formam a parte superior (teto da caixa craniana) do
crânio em forma de uma abóbada – a calvária – e um assoalho ou base do crânio. Os
ossos da calvária são amplamente planos, curvados e unidos por articulações fibrosas do
tipo suturas. Os ossos da base do crânio são irregulares e a união entre o occipital e o
esfenóide é uma articulação cartilaginosa do tipo sincondrose.
O viscerocrânio ou esplancnocrânio forma o esqueleto da face que consiste em ossos
que circundam a boca e o nariz e contribuem para as orbitas (cavidades que envolvem
os olhos). Os ossos são: dois lacrimais, dois nasais, duas maxilas, dois zigomáticos, dois
palatinos, uma mandíbula e um vômer.

Principais estruturas anatômicas do crânio:

Vista anterior

Margem supra-orbital
Margem infra-orbital
Forame ou incisura supra-orbital
Fissura orbital superior
Fissura orbital inferior
Canal óptico
Forame infra-orbital
Espinha nasal anterior
Septo nasal
Vista lateral

Linha temporal superior


Linha temporal inferior
Túber parietal
Meato acústico externo
Processo zigomático do temporal
Processo temporal do zigomático
Arco zigomático
Fossa temporal
Vista inferior

Forame incisivo Forame lacerado


Processo palatino da maxila Forame espinhoso
Lâmina horizontal do palatino Canal carótico
Forame palatino maior Processo estilóide
Processo pterigóideo (lâminas medial e Forame estilomastóideo
lateral) Fossa jugular
Hâmulo do pterigóide Forame jugular
Espinha nasal posterior Processo mastóideo
Vômer Côndilo do occipital
Fossa mandibular Protuberância occipital externa
Tubérculo articular Forame magno
Forame oval Canal do nervo hipoglosso

Vista interna

Fossa anterior do crânio Forame redondo


Crista frontal Forame oval
Crista etmoidal Forame espinhoso
Forame cego Forame lacerado
Lâmina cribriforme do etmóide Fossa posterior do crânio
Canal óptico Forame jugular
Fossa média do crânio Forame magno
Processo clinóide anterior Meato acústico interno
Processo clinóide posterior Protuberância occipital interna
Fossa hipofisária Asa menor do esfenóide
Dorso da sela Asa maior do esfenoide

Mandíbula
Ramo
Corpo
Ângulo
Processo condilar
Processo coronóide
Forame mentual
Forame mandibular
Protuberância mentual
Espinha geniana

1.2 - CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DAS VÉRTEBRAS

Embora seja possível descrever características particulares para as vértebras de cada


região da coluna, todas elas possuem uma estrutura básica comum, constituída de:

Forame vertebral: um anel ósseo que é um segmento do canal vertebral onde se


aloja a medula espinhal.
Corpo da vértebra: é a parte anterior de cada vértebra (ausente em C1), uma
estrutura cilíndrica e com superfícies superior e inferior planas.
Arco vertebral: é a parte posterior de cada vértebra, fomado por uma par de
pedículos e um par de lâminas.

1.2.1 - VÉRTEBRAS CERVICAIS

Das sete vértebras cervicais, a 1ª, a 2ª e 7ª são consideradas atípicas. A 1ª e a 2ª são


chamadas, respectivamente, de atlas e áxis. Da 3ª a 6ª são as vértebras cervicais típicas,
as quais apresentam as mesmas estruturas anatômicas. A seguir são descritas as
princpais estruturas das vértebras cervicais.

ATLAS (C1)

Tubérculo anterior
Tubérculo posterior
Arco anterior
Arco posterior
Face articular inferior
Face articular superior
Processo transverso
Forame transverso
Forame vertebral
Fóvea do dente do áxis

ÁXIS (C2)

Dente
Corpo
Arco
Pedículo do arco
Lâmina do arco
Processo articular superior
Processo articular inferior
Processo transverso
Forame transverso
Forame vertebral
Processo espinhoso

DEMAIS VÉRTEBRAS CERVICAIS (C3, C4, C5, C6 e C7)

Corpo Processo transverso


Arco Forame transverso
Pedículo do arco Forame vertebral
Lâmina do arco Processo espinhoso
Processo articular superior Tubérculo anterior
Processo articular inferior Tubérculo posterior

Obs.: a 7ª vértebra cervical embora tenha as mesmas estruturas das vértebras cervicais
C3 a C6, alguns aspectos particulares podem ser apontados:
quando se flete a cabeça. Termina em um tubérculo que dá inserção ao ligamento da
nuca. É conhecida como vértebra proeminete.

1.2.2 - VÉRTEBRAS TORÁCICAS

Certamente todas as 12 vértebras torácicas possuem particularidades, porém essas


diferenças não são de grande importância. È evidente que a 1ª vértebra torácica tende a
assemelhar-se com a última cervical, assim como as últimas torácicas podem apresentar
alguns aspectos encontrados nas vértebras lombares. A maioria das vértebras torácicas
apresenta um grande processo espinhoso e a presença de fóveas costais, facetas
articulares para as costelas. Segue as estruturas próprias das vértebras torácicas:

Corpo
Arco
Pedículo do arco
Lâmina do arco
Processo articular superior
Processo articular inferior
Processo transverso
Forame vertebral
Processo espinhoso
Fóvea costal superior
Fóvea costal inferior
Fóvea costal do processo transverso

1.2.3 - VÉRTEBRAS LOMBARES

As vértebras lombares são as que apresentam o corpo mais volumoso e em forma de rim
(forma de “feijão”). O processo transverso apresenta dois outros pequenos processos:
processo acessório (inferior) e processo mamilar (superior).

As estruturas das vértebras lombares são:

Corpo
Arco
Pedículo do arco
Lâmina do arco
Processo articular superior
Processo articular inferior
Processo transverso
Forame vertebral
Processo espinhoso
Processo mamilar
Processo acessório
1.2.4 - SACRO

O sacro é constituído por cinco vértebras sacrais fundidas de forma triangular. Por esse
motivo não apresenta nenhum movimento nesta região. O sacro apresenta uma base, um
ápice e quatro faces: anterior (pélvica), posterior e laterais direita e esquerda. As
principais estruturas do sacro são:

Crista sacral mediana Processo articular superior


Crista sacral lateral Asa do sacro
Crista sacral medial Promontório
Forames sacrais posteriores Hiato sacral
Forames sacrais anteriores Face auricular
Canal sacral Corno sacral

1.2.5 - CÓCCIX

O cóccix (do grego kokkix = “cuco”) é formado pela fusão de quatro vértebras
coccígeas, constituindo um osso irregular, ligeiramente triangular. O cóccix apresenta
uma base superior e um vértice inferior, na base existem dois cornos que se articulam
com os cornos do sacro.

1.3 - ESQUELETO DO TÓRAX

1.3.1 - Costelas

Compreendem doze pares de ossos planos alongados que se fixam à coluna vertebral,
assim divididos:

Costelas verdadeiras: são os sete primeiros pares, ou seja, da 1ª a 7ª costelas, unidas


ao osso esterno por cartilagens costais.
Costelas falsas: são três pares, da 8ª a 10ª costelas, cada uma ligada por sua
cartilagem costal à cartilagem costal superior.
Costelas flutuantes: corresponde a 11ª e 12ª costelas, as quais não se articulam com
o osso esterno; elas terminam nos músculos da parede anterior do abdome.
Principais estruturas anatômicas das costelas: cabeça, tubérculo, colo, corpo e
extremidade esternal.

1.3.2 - Esterno

O esterno é um osso plano que representa o limite mais anterior da caixa torácica. As
principais estruturas observadas no esterno são:

Manúbrio
Corpo
Processo xifóide
Incisura clavicular
Incisura jugular
Ângulo do esterno
Incisuras costais (I a VII)
2- OSSOS DO MEMBRO INFERIOR

2.1 - OSSO DO QUADRIL

O osso do quadril (do latim quadrus = equilibrado, esquadro) ou coxal (do latim coxa =
quadril) é um grande osso achatado formado pela fusão, no final da adolescência, dos
ossos ílio, ísquio e púbis. O osso do quadril forma a conexão óssea entre o tronco
(sacro) e o membro inferior (fêmur). Os dois ossos do quadril juntam-se com os ossos
sacro e cóccix e formam a maior parte da pelve óssea, são unidos, anteriormente, pela
sínfise púbica.

2.1.1 - Ílio

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Corpo do ílio Linha glútea anterior


Asa do ílio Linha glútea posterior
Crista ilíaca Linha glútea inferior
Espinha ilíaca ântero-superior Fossa ilíaca
Espinha ilíaca ântero-inferior Eminência ílio-púbica
Espinha ilíaca póstero-superior Face sacro-pélvica
Espinha ilíaca póstero-inferior Tuberosidade ilíaca
Incisura isquiática maior Face auricular
Face glútea

2.1.2 - Ísquio

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Corpo do ísquio
Ramo do ísquio
Túber isquiático
Espinha isquiática
Incisura isquiática menor

2.1.3 – Púbis

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Corpo do púbis
Ramo superior do púbis
Ramo inferior do púbis
Linha pectínea do púbis
Tubérculo púbico
Face sinfisial

Observação: algumas estruturas ósseas são comuns a todos os ossos do quadril, a saber:

Forame obturado
Acetábulo
Face semilunar do acetábulo
Fossa do acetábulo
Incisura do acetábulo

2.2 - FÊMUR

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Cabeça Corpo do fêmur


Fóvea da cabeça Côndilo lateral
Colo Côndilo medial
Trocanter maior Epicôndilo lateral
Trocanter menor Epicôndilo medial
Fossa trocantérica Linha supracondilar lateral
Crista intertrocantérica Linha supracondilar medial
Linha intertrocantérica Fossa intercondilar
Tuberosidade glútea Face patelar
Linha áspera

2.3 - PATELA

A patela apresenta: duas faces (anterior e posterior), uma base (proximal) e um ápice
(distal)

2.4 - TÍBIA

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Côndilo lateral Área intercondilar posterior


Côndilo medial Tuberosidade da tíbia
Eminência intercondilar Face articular para a fíbula
Corpo da tíbia
 Tubérculo intercondilar lateral Margem interóssea
 Tubérculo intercondilar medial Incisura fibular
Maléolo medial
Área intercondilar anterior

2.5 - FÍBULA

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Cabeça da fíbula
Colo da fíbula
Margem interóssea
Maléolo lateral
Sulco maleolar
2.6 - OSSOS TARSAIS

Os ossos tarsais (do grego tarso = tornozelo, moldura de tear) consiste em sete ossos
que formam o tornozelo, parte do membro inferior que se articula com a tíbia. Eles são
reunidos em duas fileiras:

Fileira proximal:

o Tálus (do latim talus = tornozelo)


o Calcâneo (do latim calx = calcanhar)

Fileira distal:

o Navicular (do latim navicula = pequeno navio)


o Cubóide (do latim cubus = cubo)
o Cuneiforme medial (do latim cunaeus = cunha e formis = forma)
o Cuneiforme intermédio
o Cuneiforme lateral

2.7 - OSSOS METATARSAIS

Os ossos metatarsais (do grego meta = após e tarso = tornozelo, moldura de tear) são
cinco ossos longos situados entre os ossos tarsais e as falanges, eles formam a base
óssea da porção média do dorso e da planta do pé. Os metatarsais são numerados e
expressos em algarismos romanos, em ordem crescente, contando da direção do hálux
ao dedo mínimo: I, II, III, IV e V metatarsais.

2.8 - FALANGES

As falanges correspondem aos ossos dos dedos do pé. O esqueleto de cada dedo é
composto por três falanges, com exceção do hálux (primeiro dedo do pé), que só possui
duas falanges. Elas são denominadas de proximal, média e distal. No hálux só existem
as falanges proximal e distal.

3 - OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR

3.1 - CLAVÍCULA

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Extremidade acromial
Extremidade esternal
Corpo da clavícula
Face articular acromial
Face articular esternal
Tubérculo conóide
Face articular acromial
3.2 - ESCÁPULA

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Face posterior Acrômio


Face costal (anterior) Fossa supra–espinal
Margem superior Fossa infra–espinal
Margem lateral Fossa subescapular
Margem medial Cavidade glenoidal
Ângulo superior Tubérculo supraglenoidal
Ângulo inferior Tubérculo infraglenoidal
Colo Processo coracóide
Espinha da escápula Incisura da escápula

3.3 - ÚMERO

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Cabeça Capítulo
Colo anatômico Tróclea
Colo cirúrgico Epicôndilo medial
Tubérculo maior Epicôndilo lateral
Tubérculo menor Crista supra-epicondilar medial
Crista do tubérculo maior Cista supra-epicondilar lateral
Crista do tubérculo menor Sulco do N. radial
Sulco intertubercular Fossa radial
Tuberosidade deltóidea (para o músculo Fossa coronóidea
deltóide) Fossa do olécrano

3.4 - ULNA

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Incisura troclear Face anterior


Incisura radial Face posterior
Processo coronóide Face medial
Tuberosidade da ulna Margem interóssea
Crista do músculo supinador Circunferência articular
Olécrano Cabeça da ulna
Corpo da ulna Processo estilóide

3.5 - RÁDIO

Principais estruturas anatômicas (acidentes):

Cabeça do rádio Corpo do rádio


Circunferência articular Margem interóssea
Fóvea articular Margem anterior
Colo do rádio Margem posterior
Tuberosidade do rádio Face anterior
Processo estilóide do rádio Sulcos e cristas para os tendões
Incisura ulnar extensores
Face articular carpal

3.6 - OSSOS CARPAIS

Os ossos carpais (do grego karpus = pulso, punho) são oito pequenos ossos que formam
o punho, a parte da mão que se articula com o antebraço. Estes pequenos ossos dão
flexibilidade ao pulso, eles são dispostos em duas fileiras de quatro ossos cada.

Fileira proximal:

o Escafóide (do grego scaphe = canoa e oidés = forma de)


o Semilunar (do latim semilunaris = meia lua)
o Piramidal (do latim pyramidalis = pirâmide)
o Pisiforme (do latim pisum = ervilha e formis = em forma de)

Fileira distal:

o Trapézio (do grego trapezion = pequena mesa quadrada)


o Trapezóide (diminutivo do termo anterior)
o Capitato (do latim capitatum = provido de cabeça)
o Hamato (do latim hamatus = em forma de gancho)

3.7 - OSSOS METACARPAIS

Os ossos metacarpais (do grego meta = após e karpus = pulso, punho) são cinco ossos
longos situados entre os ossos carpais e as falanges, eles formam a base óssea da palma
e dorso da mão. Os metacarpais são numerados e expressos em algarismos romanos, em
ordem crescente, contando da direção do polegar ao dedo mínimo: I, II, III, IV e V
metacarpais.

3.8 - FALANGES

As falanges correspondem aos ossos dos dedos. O esqueleto de cada dedo é composto
por três falanges, com exceção do polegar, que só possui duas falanges. Elas são
denominadas de proximal, média e distal. No polegar só existem as falanges proximal
e distal.

BIBLIOGRAFIA

DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 2ª ed.


Rio de Janeiro: Atheneu. 2007.
MIRANDA, E. Bases de anatomia e cinesiologia. 5ª ed. Rio de janeiro: SPRINT.
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MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.. Anatomia Orientada para a Clínica. 4ª ed. Rio de
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NETTER, F. Netter – Atlas de Anatomia Humana. 2aed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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