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1.

OBJETIVO
Estabelecer as sistemáticas para operação de uma extrusora e procedimentos
adequados durante as atividades diárias de produção.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Aplicável no processo produtivo do lonas.

3. REFERÊNCIA NORMATIVA
Norma ABNT NBR ISO 9001:2015: Requisitos 7.1.2 - Pessoas; Requisito 7.2.1
- Competência; Requisito 7.5 - Informação Documentada.

4. RESPONSABILIDADES

Coordenadores de Líderes Produção Operadores de Auxiliares de


Produção (Líder) máquina(extrusores) Produção
Monitorar o processo Apoiar os Identificar ordem de Apoiar os extrusores
produtivo e verificar operadores na produção conforme na operação da linha
se todos os resolução de programação e e monitoramento do
procedimentos estão problemas verificar a processo e produto.
sendo executados operacionais e especificação do
de forma correta possíveis acertos de produto.
pelos operadores e máquina(s).
auxiliares.
Orientar o extrusor Auxiliar os Embalar, pesar, Embalar, pesar,
especializado nos operadores de identificar e registrar identificar e registrar
acertos de materiais máquina na as bobinas. as bobinas.
para as maquinas resolução de
problemas de
qualidade ou
operacionais.
Realizar testes de
Matéria-prima e
desenvolvimentos de
novos produtos
Acompanhar os
desenvolvimentos da
produção
5. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

a) Verificar na programação de produção, com o PCP, o número da ordem de


produção correspondente ao pedido a ser produzido em cada extrusora que irá
operar.

b) Checar os dados da matéria-prima, medida dos tubetes e todas as


especificações do filme na OP antes de iniciar a produção. Esta rotina de
checar a especificação deve ser feita também no início de cada troca de turno.

5.2. PREPARAÇÃO DOS INSUMOS

Preparar os insumos para a produção (tubetes, paletes de madeira, papelão


ondulado, filme plástico para embalagem).

5.3. LIGAR E AQUECER A EXTRUSORA

a) Se a extrusora estiver parada, ligar a chave geral do painel da máquina.

b) Regular todos os pirômetros na temperatura de espera que é 100ºC e


aguardar as resistências atingirem este valor, de maneira uniforme.

Após o aquecimento atingido, regular a temperatura de trabalho conforme a


necessidade de cada resina

Nota: A faixa de temperatura recomendada para nossa tipologia de resina


(mistura de PEAD bimodal + PELBD + Compostos) é entre 165°C e 215 °C. Em
caso de regulações fora dessa faixa, o operador deve informar o encarregado
de produção para análise. Segue abaixo tabela orientativa sobre as
temperaturas de processamento das resinas.

MATERIAL PREDOMINANTE FAIXA DE TEMPERATURA


DE TRABALHO (ºC)
PEBD – Convencional 130 a 170
(Polietileno Baixa Densidade Convencional)
PESIBD – Semi Industrial 150 a 220
(Polietileno Baixa Densidade Semi Industrial)
PEBD – Industrial 170 a 250
(Polietileno Baixa Densidade Industrial)
PELBD - Linear 160 a 220
(Polietileno Linear de Baixa Densidade)
PEAD - Alta 160 a 230
(Polietileno de Alta Densidade)

Tabela 1 – Materiais e temperaturas de referência.

c) Enquanto as resistências aquecem (atingindo a nova faixa de temperatura


colocada em máquina) preparar os canudos, colocá-los nos eixos .

d) O operador deve sempre avaliar a lâmina de corte refil (responsável pela


abertura da lona), se necessário realizar a troca.

NOTA DE SEGURANÇA 1: Cuidado ao acertar as lâminas, risco de cortes

NOTA DE SEGURANÇA 2: Atenção ao manusear o eixo pneumático, risco


de esmagamento.

5.4. REGULAR A EXTRUSÃO PARA INICIAR A PRODUÇÃO

a) O operador coloca o giratório na posição 0 (zero).

b) Ele abre o cilindro puxador da torre.

c) passa o filme guia pelos cilindros de passagem da torre:

Imagem – Bobinas com filme guia passado por ele.

d) O operador deve regular a velocidade do cilindro puxador da torre na


velocidade (entre 1,2 a 3 m/min) de levantamento do balão e deixá-lo aberto
por enquanto.
e) Em seguida ele checa se há material e pigmento nos silos intermediários e
no funil.

f) O extrusor verifica sempre se as mangueiras de sucção de matérias-primas


estão corretamente posicionadas de acordo com as concentrações descritas na
ordem de produção e programadas no gravimétrico.

g) Ele limpa os lábios da matriz com espátula de bronze, latão ou cobre,


utilizando esponja de aço e silicone.

h) O extrusor liga o anel de ar em baixa velocidade, em casos de máquinas que


controlam por RPM utilizar o valor de 800 rpm a 1500 rpm, já as máquinas
com controle de porcentagem do motor usar de 20% a 35%. Na prática usar o
fluxo de ar suficiente para impedir a queda de pedaços de filme dentro do anel
e também possibilitar a realização da “cola” da massa fundida quente no filme
guia.

NOTA DE SEGURANÇA 1: Ao passar o filme pelos cilindros redobrar a


atenção, risco de queda de altura elevada e risco de esmagamento no rolo
puxador, calandra e bobinador

5.5. “LEVANTAR” BALÃO

a) Com as temperaturas de trabalho alcançadas, o operador verifica se os


potenciômetros do motor principal e puxador estão ZERADOS.

b) Se zerados ele liga o motor principal e inicia o movimento (rotação) da


máquina, lentamente, observando a amperagem do motor principal até que o
material comece a sair por toda a circunferência da matriz. IMPORTANTE: Se
a amperagem aumentar muito em relação ao valor de referência (que pode ser
encontrado nas folhas de leitura mencionadas anteriormente), deve-se parar a
operação e entender o que está acontecendo, caso necessário acionar a
manutenção.

c) O Extrusor cola com as mãos (protegidas com luvas) o material que está
saindo da matriz no filme guia que foi passado pela torre.
d) Ele puxa o filme guia pela ponta que está atrás do bobinador fazendo erguer
um tubo.

e) Aumenta aos poucos a velocidade do motor principal.

f) Fecha o cilindro puxador da torre depois de passar a emenda do tubo com o


filme guia.

g) Aumenta a vazão de ar dentro do tubo até formar um balão uniforme.

h) Aumenta a vazão do anel de ar para controlar a altura do balão. O aumento


da vazão de ar do anel faz o balão descer em direção à matriz ou vice-versa.

NOTA DE SEGURANÇA 1: Ao executar procedimento de levantar balão,


utilizar luva para alta temperatura.

NOTA DE SEGURANÇA 2: Ao puxar o filme guia atentar para postura


adequada. Risco de acidente ergonômico.

NOTA DE SEGURANÇA 4: Ao executar o procedimento de puxar o filme


tanto atrás do bobinador como na frente sempre tenha cuidado com os
rolos de borracha de pressão (calandra e puxador) para não correr o risco
de esmagamento.

5.6. AJUSTAR O PROCESSO PARA TIRAR BOBINAS

a) O operador aumenta a vazão do anel de ar, velocidade do motor principal e


do puxador da torre.

b) Abre ou fecha as saias e o cesto, sobe e desce cesto, conforme necessário,


para atingir a estabilidade do balão. Em seguida alteram-se os parâmetros para
garantir uma boa qualidade do produto.

Nota: recomenda-se altura de balão adequada de seis a dez vezes o diâmetro


de matriz da máquina.

O operador verifica as dimensões do filme na ordem de produção.

c) Enche o balão com ar comprimido ou o esvazia fazendo pequenos cortes no

mesmo (para as máquinas sem o sistema IBC). Ou aumentar ou diminuir a


vazão de ar do soprador e sugador do sistema IBC.
Nota: quanto maior balão, maior ficará a largura do filme.

Ajustar as saias e placas sanfonadoras, quando necessário

d) Ajustar as saias e placas sanfonadoras, quando necessário.

5.6.1 PARA ACERTAR A ESPESSURA

a) O operador aumenta ou diminui a velocidade do cilindro puxador da


torre. Quanto maior a velocidade do puxador, menor a espessura e
vice-versa. Isso é realizado durante o acerto ou se durante a produção
fazer as alterações necessárias.

b) Depois do balão/filme já estabilizado, retirar uma amostra devidamente


identificada para inspeção inicial. Verificar o resultado com inspetor de
qualidade. Se estiver conforme as especificações, o extrusor coloca o
processo em operação normal. Se necessário efetuar correções, ele
acerta novamente o processo e retira nova amostra até que as
características estejam como solicita a ordem de produção

5.7. MONITORAR PROCESSO E PRODUTO

a) Verificar constantemente no PROCESSO:

 Amperagem do motor principal;

 Pressão da massa;

 Temperaturas das zonas de aquecimento;

 Funcionamento do tratamento (quando aplicável);

 Altura do pescoço do balão.

b) Verificar constantemente no PRODUTO:

 Aspecto visual do filme e do balão;

 Largura da bobina;

 Alinhamento da bobina;
 Diâmetro para retirada da bobina.

O auxiliar de produção deve deixar os eixos de espera e os tubetes já


ajustados para a próxima bobina

5.8. EXECUTAR RETIRADA DE BOBINA

a) O auxiliar de produção deve deixar os eixos de espera e os tubetes já


ajustados para a próxima bobina.

Imagem do eixo com canudos aguardando o início do processamento.

b) Ele, com uso de uma faca ou estilete posiciona para dar um corte preciso,
quando a Metragem for atingida, colocando o filme para enrolar no eixo de
espera.

c) Após a liberação da bobina, Deve-se pesar uma bobina por vez, retirando o
excesso, se for preciso, até que chegue ao peso indicado. Logo, pode
embalá-la, Coloca-se a etiqueta de identificação/pesagem na bobina e
posiciona-se esta no palete conforme descrito na ficha de produção.

d) Caso seja um toco de acerto ou proveniente de furos, testes e etc. o auxiliar


de produção deve realizar o corte imediato deste material.

NOTA DE SEGURANÇA 1: Ao realizar o corte automático, não deixar


as mãos próximas ao percurso da lâmina, risco de corte.

NOTA DE SEGURANÇA 2: Ao realizar o corte da bobina, utilizar luva de


segurança, risco de cortes.
5.10. PARAR UMA EXTRUSORA

5.10.1. PARADA PARCIAL: TROCA DE TELAS OU MANUTENÇÕES


RÁPIDAS (MÁXIMO DE TRINTA MINUTOS

a) O operador de máquinas verificar se os potenciômetros do motor principal e


puxador estão ZERADOS
b)

5.10.2. PARADA TOTAL: MANUTENÇÃO DE LONGO PERÍODO OU


DEFINIÇÃO GERENCIAL.
a) Efetuar todos os procedimentos da parada parcial.
b) Diminuir a temperatura da máquina para 100 ºC ou para 50ºC se definido
pela gerência.

5.10.3. PARADA EMERGENCIAL

a) Em caso de uma queda de energia que ocasione a parada da máquina o


operador deve acionar o técnico eletricista, na ausência dele o extrusor deve ir
até a máquina e desligar a chave geral da mesma.
b) Em caso de sinistro/incêndio o operador deve acionar o Técnico Eletricista
para que este direcione-se até a subestação e a desligue. Em seguida ele deve
desligar a chave geral da máquina.

Em caso de quebra, mau funcionamento e outras falhas que necessitem de


uma parada emergencial, o operador parar a máquina, desligar a geral e
informar ao Encarregado de Produção

5.11. LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO


Toda a área e máquinas devem permanecer limpas e organizadas durante toda
a jornada de trabalho. Na troca de turno a área e a(s) máquina(s) deverão estar
limpa(s) e organizada(s).

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