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Histologia – Objetivos Teóricos – Problema 3

1) Identificar as características gerais e as funções do tecido ósseo.

O tecido ósseo é o componente principal do esqueleto e serve como suporte de tecidos moles,
para proteção de órgãos vitais, principalmente os da caixa craniana e torácica e canal
raquidiano. Aloja e protege a medula óssea, proporciona apoio aos músculos esqueléticos e
constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular. Os
ossos também funcionam como depósito de cálcio, fosfato e outros íons, armazenando-os ou
liberando-os de maneira controlada para manter a concentração constante deles nos líquidos
corporais. Ainda absorvem toxinas e matais pesados, minimizando seus efeitos em outros
tecidos.

2) Identificar os componentes celulares e acelulares do tecido ósseo.

O tecido ósseo é formado por células e material extracelular calcificado, a matriz óssea. As
células são osteócitos, que se situam em lacunas no interior da matriz, os osteoblastos, que
sintetizam a parte orgânica e localizam-se na periferia e osteoclastos, que são células gigantes,
multinucleadas (fundição de monócitos sanguíneos) e móveis que reabsorvem o tecido ósseo,
remodelando-o.

3) Caracterizar morfologicamente e funcionalmente os principais componentes


celulares do tecido ósseo (osteoblastos, osteócitos e osteoclástos).

Osteócitos são encontrados no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais partem
canalículos. Os osteócitos são células de formato achatado, com pequena quantidade de
retículo endoplasmático rugoso, Complexo de Golgi pouco desenvolvido e núcleo com
cromatina condensada. Essas características indicam baixa atividade sintética, porém são
essenciais para a manutenção da matriz óssea e sua morte é seguida pela reabsorção da
matriz.

Osteoblastos são células que sintetizam a parte orgânica (colágeno do tipo I, proteoglicanos e
glicoproteínas) da matriz óssea. Sintetizam também osteonectina e osteocalcina. A
osteonectina facilita a deposição de cálcio e a osteocalcina estimula a atividade dos
osteoblastos. Como a osteocalcina é produzida e transportada pelo sangue, atua nos
osteoblastos locais e distantes. Os osteoblastos são capazes de concentrar fosfato de cálcio,
participando da mineralização da matriz.

Osteoclastos são células gigantes, móveis, multinucleadas e extensamente ramificadas


originadas dos monócitos. Possuem citoplasma granuloso, algumas vezes com vacúolos,
fracamente basófilo quando jovens e acidófilo quando adultos. Atual digerindo a matriz
orgânica e dissolvendo os cristais de sais de cálcio.

4) Entender a osteogênese e os processos de ossificação intramembranosa e


endocondral.

O tecido ósseo é formado por um processo chamado ossificação intramembranosa, que ocorre
no interior de uma membrana conjuntiva ou pelo processo de ossificação endocondral, o qual
se inicia sobre um molde de cartilagem hialina, que gradualmente é destruído e substituído
por tecido ósseo, formado a partir de tecido conjuntivo adjacente. Em ambos, o tecido ósseo é
formado originalmente primário, sendo, pouco a pouco, substituído pelo secundário.
Tecido Ósseo
O tecido ósseo é o componente principal do esqueleto e serve como suporte de tecidos
moles, para proteção de órgãos vitais, principalmente os da caixa craniana e torácica e canal
raquidiano. Aloja e protege a medula óssea, proporciona apoio aos músculos esqueléticos e
constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular. Os
ossos também funcionam como depósito de cálcio, fosfato e outros íons, armazenando-os ou
liberando-os de maneira controlada para manter a concentração constante deles nos líquidos
corporais. Ainda absorvem toxinas e matais pesados, minimizando seus efeitos em outros
tecidos.

O tecido ósseo é formado por células e material extracelular calcificado, a matriz óssea. As
células são os osteócitos, que se situam em lacunas no interior da matriz, os osteoblastos, que
sintetizam a parte orgânica e localizam-se na periferia e osteoclastos, que são células
gigantes, multinucleadas (fundição de monócitos sanguíneos) e móveis que reabsorvem o
tecido ósseo, remodelando-o.

Como não existe difusão de substâncias através da matriz óssea, a nutrição dos osteócitos
depende de canalículos que existem na matriz, que possibilitam as trocas de moléculas e íons
entre capilares sanguíneos e osteócitos. Todos os ossos são revestidos externa e internamente
por membranas conjuntivas que contêm células osteogênicas, o periósteo e o endósteo,
respectivamente.

Osteócitos
São encontrados no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais partem
canalículos. Os osteócitos são células de formato achatado, com pequena quantidade de
retículo endoplasmático rugoso, complexo de Golgi pouco desenvolvido e núcleo com
cromatina condensada. Essas características indicam baixa atividade sintética, porém são
essenciais para a manutenção da matriz óssea e sua morte é seguida pela reabsorção da
matriz.

Osteoblastos
São células que sintetizam a parte orgânica (colágeno do tipo I, proteoglicanos e
glicoproteínas) da matriz óssea. Sintetizam também osteonectina e osteocalcina. A
osteonectina facilita a deposição de cálcio e a osteocalcina estimula a atividade dos
osteoblastos. Como a osteocalcina é produzida e transportada pelo sangue, atua nos
osteoblastos locais e distantes. Os osteoblastos são capazes de concentrar fosfato de cálcio,
participando da mineralização da matriz.

Dispõe-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um arranjo semelhante ao tecido
epitelial simples. Quando estão em atividade sintética intensa, apresentam formato cuboide,
com citoplasma muito basófilo. Em estado pouco ativo, encontram-se achatados e a basofilia
diminui. Uma vez aprisionado pela matriz óssea recém-sintetizada, o osteoblasto passa a ser
chamado osteócito. A matriz se deposita ao redor do corpo da célula e seus prolongamentos,
formando assim as lacunas e os canalículos. A matriz recém-formada, adjacente aos
osteoblastos ativos que não estão calcificados recebe o nome de osteoide.

Osteoclastos
São células gigantes, móveis, multinucleadas e extensamente ramificadas originadas dos
monócitos. Possuem citoplasma granuloso, algumas vezes com vacúolos, fracamente basófilo
quando jovens e acidófilo quando adultos. Atuam digerindo a matriz orgânica e dissolvendo
os cristais de sais de cálcio.

Matriz Óssea
É composta em 50% por material inorgânico. Os íons mais encontrados são fosfato e cálcio,
mas também são encontrados magnésio, bicarbonato, potássio, sódio e citrato em pequenas
quantidades. A associação cálcio e fosfato forma a hidroxiapatita. A parte orgânica é formada
por fibras colágenas (95%) do tipo I e uma pequena quantidade de proteoglicanos e
glicoproteínas. A rigidez e resistência do tecido ósseo é conferida pela associação da
hidroxiapatita com as fibras colágenas.

Os Tipos de Ossos
Nos ossos longos, as epífises são formadas por osso esponjoso e uma delgada e superficial
camada de osso compacto. A diáfise, por sua vez, é formada praticamente por osso compacto,
com pequena quantidade de tecido esponjoso profundamente. Principalmente nos ossos
longos, o osso compacto é denominado osso cortical. As cavidades esponjosas das diáfises
dos ossos longos são ocupadas por medula óssea, que é vermelha no recém-nascido devido
ao alto teor de hemácias e ativa produção de células sanguíneas. Com o passar da idade,
pouco a pouco, tecido adiposo vai se infiltrando e há diminuição da atividade hematopoética,
caracterizando a medula amarela.

Nos ossos curtos, a formação periférica é de tecido compacto, enquanto o centro é de tecido
esponjoso.

Nos ossos planos, como os da abóbada craniana, há duas camadas compactas, denominadas
tábuas interna e externa, recobrindo uma camada intermediárias de tecido esponjoso
denominada díploe.

Tecido Ósseo Primário


O primeiro tecido de todos os ossos é primário, sendo substituídos gradativamente por tecido
ósseo secundário. No adulto, é muito pouco frequente, persistindo apenas próximo às suturas
dos ossos cranianos, nos alvéolos dentários e nos pontos de inserção de tendões. O tecido
ósseo primário apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções, sem organização
definida, pouca quantidade de minerais e maior proporção de osteócitos em relação ao
tecido ósseo secundário.

Tecido Ósseo Secundário


É a variedade geralmente encontrada em adultos. Sua principal característica é conter fibras
colágenas organizadas em lamelas paralelas umas às outras ou em camadas concêntricas em
torno de vasos, formando os sistemas de Havers ou ósteons, que são mais característicos das
diáfises de ossos longos.

Histogênese
O tecido ósseo é formado por um processo chamado ossificação intramembranosa, que
ocorre no interior de uma membrana conjuntiva ou pelo processo de ossificação
endocondral, o qual se inicia sobre um molde de cartilagem hialina, que gradualmente é
destruído e substituído por tecido ósseo, formado a partir de tecido conjuntivo adjacente. Em
ambos, o tecido ósseo é formado originalmente primário, sendo, pouco a pouco, substituído
pelo secundário.
Ossificação Intramembranosa
Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo para formação dos ossos frontal,
parietal, parte do occipital, temporal e maxilares superior e inferior e para crescimento de
ossos curtos e espessura dos ossos longos. O processo começa no centro de ossificação
primária. Inicia-se com a diferenciação de células mesenquimais que se transformam em
grupos de osteoblastos, que sintetizam osteoide, que logo se mineraliza e aloja alguns
osteoblastos que se transformarão em osteócitos.

Devido à simultaneidade do surgimento desses grupos, há confluência das traves ósseas


formadas, conferindo aspecto esponjoso. Entre as traves formadas, formam-se cavidades que
são penetradas por vasos sanguíneos e células mesenquimais indiferenciadas que darão
origem à medula óssea.

Ossificação Endocondral
Tem início sobre uma peça de cartilagem hialina, de forma semelhante à do osso, porém de
tamanho reduzido. É o tipo de ossificação responsável pela formação dos ossos curtos e
longos. Primeiro a cartilagem hialina sofre modificações, havendo hipertrofia dos condrócitos,
redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização e a morte dos condrócitos
por apoptose. Depois, as cavidades previamente ocupadas por condrócitos são invadidas por
capilares sanguíneos e células osteogênicas oriundas do tecido conjuntivo adjacente. Essas
células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de
cartilagem calcificada. Assim o tecido cartilaginoso permite sua substituição pelo ósseo.

A formação dos ossos longos é um processo complexo. O molde cartilaginoso apresenta uma
parte média estreitada, a diáfise do futuro osso, e as extremidades dilatadas, as epífises dele.
O primeiro tecido ósseo a aparecer é formado por ossificação intramembranosa do
pericôndrio que recobre a parte média da diáfise, formando um cilindro, o colar ósseo.
Enquanto se forma o colar ósseo, as células envolvidas por ele hipertrofiam e sofrem
apoptose e a matriz da cartilagem se mineraliza. Vasos sanguíneos partindo do periósteo
atravessam o cilindro ósseo e penetram a cartilagem calcificada, levando consigo células
osteoprogenitoras originadas do periósteo, que se proliferam e se diferenciam em
osteoblastos, que iniciam a síntese da matriz óssea, que logo se mineraliza.

O centro de ossificação descrito que aparece na parte média da diáfise é chamado de centro
primário. Seu rápido crescimento em sentido longitudinal ocupa quase toda a diáfise, que fica
assim formada por tecido ósseo. Desde o início da formação do centro primário, surgem
osteoclastos e ocorre a absorção do tecido ósseo formado no centro da cartilagem,
aparecendo, assim, o canal medular. À medida que se forma o canal medular, células
sanguíneas, originadas de células hematógenas multipotentes (células-tronco) trazidas pelo
sangue dão origem à medula óssea.

Mais tarde, formam-se os centros secundários da ossificação, um em cada epífise. Quando o


tecido ósseo é formado nos centros secundários, ocupa as epífises, o tecido cartilaginoso
torna-se reduzido a dois locais: a cartilagem articular, que persistirá por toda a vida e o disco
epifisário, que será responsável pelo crescimento e é dividido em 5 partes (zona de repouso,
zona de cartilagem de proliferação, zona de cartilagem hipertrófica, zona de cartilagem
calcificada e zona de ossificação).

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