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..a A UA ~tu,uu,
O mundo inteiro acordou assustado. Aquela era a notícia que estava nos jornais,
revistas, N, internet e por toda parte.
- Como assim, a Lua sumiu? - era a pergunta que todos se faziam. Quem olhou
para o céu na noite anterior e não a viu achou que fosse normal; talvez ela estivesse
escondida esperando o momento certo de surgir cheia e brilhante. Algumas pessoas
nem perceberam que havia algo estranho.
Os astrônomos, astrólogos e curiosos souberam rapidamente que a Lua não
estava onde deveria estar. Os especialistas se comun icaram por todo o planeta,
mas ninguém tinha uma resposta. Refizeram seus cálculos, olharam velhos mapas
e até consultaram calendários e folhinhas. Logo chegaram á conclusão de que a
única coisa a fazer era esperar por uma nova noite. As pessoas ficaram ansiosas,
pegaram seus cobertores e se sentaram nas calçadas e nas praças para observar
o céu.
Quando anoiteceu, todos ficaram muito tristes. A Lua não surgiu, ela realmente
havia sumido. Os poetas não tinham mais para quem fazer poesia, os namorados
não podiam mais caminhar sob a luz do luar e, pior, o planeta corria sério perigo. Os
cientistas explicaram que, sem a Lua, aconteceriam catástrofes e enchentes. A Terra
poderia até sair girando feito um pião pelo espaço.
~ ~
- Sabe, tio? - disse Tci, ,ma ga,ota q"' fo,a passa, s,as fé,ias ao sitio dos p,i- ~ ~
mos e tinha ouvido poucas noticias sobre aquela história. - Só agora eu percebi que &> ~
faz um tempão que não vejo a Lua. P'
Tio Fausto, que não queria assustar seus filhos gêmeos, Éder e Elias, nem sua so- ~
brinha, explicou que eles deveriam somente se divertir, aquela era uma preocupação P'
dos adultos. ~ /4
- Eu ouvi um negócio sobre maré, pai - falou Elias. - O que é isso? ~

madah:, :a:: ~~:::o: '.:a~:::,;:.•;::i:: !::::• :eis:1::;::::,:,:::a;::: ~ ~


pode,á º'º"" ,m g,aade deseq,ilibdo ecológico. ~ 1
- Nossal Agora eu fiquei com medo - falou Tri. ~ ~
- Você sempre foi muito medrosa - disse Éder rindo. - Vamos brincar, não foi ~ ~
para isso que você veio aqui? A gente não vai conseguir trazer a Lua de volta, mas ~ /4
podemos nadar na Cachoeira da Noiva. ~
- Vou aproveitar para levar minha pipa! - falou Elias. - Não tem lugar melhor
para empinar a pipa do que lá no descampado.
- Tomem cuidado, ouviram? - avisou o tio Fausto.
- E que perigo tem lá, pai? - perguntou Éder. - Só se for o Ferdinando.
- Quem é o Ferdinando? - perguntou Tri.
- Você vai saber quando chegarmos lá - completou o garoto.
na Amélia, que ouvia tudo quieta enquanto preparava um lanche para eles, 1
deu um beijo em cada um, e os primos pegaram a trilha que os levaria para uma
velha estrada de terra. Era um caminho multo bonito, com algumas plantas e flores.
Às vezes, quando não havia nenhuma árvore na estrada e o vento estava forte, Elias
corria e empinava a pipa por um tempo. Éder também gostava daquela brincadeira.
Tri achava interessante, pois na cidade grande em que vivia não se lembrava de ter
visto, algum dia, uma pipa no céu.
- Deixa eu segurar um pouquinho - pediu ela.
- Menina não sabe ! - disse Elias.
Ela fingiu que não ouviu e tomou a ponta da linha tentando repetir os. movi-
mentos do primo.
- Vamos logo para a cachoeira - falou Éder. - Do jeito que está, a Tri só vai
querer ficar brincando de pipa.
- Quero só ver quando é que vocês vão começar a me chamar pelo meu nome
verdadeiro...
Éder e Elias eram gêmeos idênticos. Eles sempre se divertiam muito nas festas de
familia porque havia parentes que não sabiam quem era quem. Logo cedo, Tri soube
distinguir um do outro. Embora ambos tivessem cabelos escuros, olhos verdes e pele
morena de sol, Éder tinha uma pinta na ponta da orelha, muito pequena, mas era o
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'"' acabava fazeodo a d;fe,eoça. Ela nunca cootou pa,a nloguém como sabia dls- ► ~
tinguir um do outro, nem mesmo para eles; resolveu que aquele seria o seu segredo. ~ /4
Os dois a consideravam sua irmã, pois a garota havia nascido apenas uma semana ~ ~
depois deles e tinha o mesmo tipo físico. Então, como eram "trigêmeos·, eles a cha- ~ 1
mavam de Trl, embora o nome dela fosse Gisele. ~ ~
- Pronto, estamos bem perto agora. Ê só passar por baixo desta cerca - disse P' /4
Elias erguendo um pedaço do arame para que a prima passasse. ~ ~

=::~::::º;:º;:~::,'::;:,:::ª::::~:::,'.""? ►~
- Tá bom - respondeu ela já do outro lado da cerca. - É que eu vi aquela placa
ali dizendo que é proibida a presença de estranhos e pensei que...
- Mas a gente não é estranho. Eu conheço você, você me conhece ... - falou
Elias. - Problema mesmo, só se o Ferdinando aparecer...
- Quem é esse Ferdinando? - perguntou a garota.
- É um touro bravo que vive aqui - respondeu Éder enquanto abaixava a cerca.
- Xi! Acho que ele ouviu o nome dele - falou Elias protegendo sua pipa embaixo
do braço. - Olha lá!
Era mesmo o Ferdinando, um touro marrom com chifres bem grandes. Quando 1
viu as crianças pelo seu pasto, não teve dúvida em atacá-las.
- Vamos correr para a mata, lá ele não consegue entrar - gritou Éder.
Os três salram em disparada, os meninos se divertindo com tudo aquilo, mas Tri
já estava arrependida de ter entrado naquela brincadeira.
"Ai, ele vai me pegar", pensou ela. Foi então que ouviu um berro. Ficou morrendo
de medo, mas, como estava muito perto, acelerou o passo e entrou na pequena mata
que pairecia começar quando terminava o descampado. Só aí conseguiu olhar para
trás e viu algo que a deixou bastante assustada.
Éder havia caido no chão e o touro se aproximava rapidamente dele. Enquanto
isso, Elias também já havia chegado até a mata.
- E agora? O que vamos fazer? - perguntou Tri.
- Gritar!
Os primos começaram a gritar para tentar distrair o touro, entretanto, parecia
que ele não conseguia ver mais nada a não ser o E.der.
- Nossa! E agora? - apavorou-se Tri. De repente, uma coisa muito estranha
aconteceu: uma luz surgiu por entre as árvores. - Elias, você está vendo aquilo?
- Estou, pensei que só eu estivesse ficando maluco.
A luz, como um raio, saiu da mata e foi em direção ao Ferdinando. Ela o circun-
dou fazendo com que o touro se acalmasse. Ele simplesmente abaixou a cabeça e
começou a pastar.
- Rápido, Éder - gritou Tri. - Venha [Para cá!
O garoto não teve dúvida, conseguiu se erguer e disparou para a mata.
- Nossa! - comemorou ele. - Desta vez foi por pouco - riu em seguida.
- Como é que você pode achar graça nisso? - perguntou a menina.
- Ué, e não foi? Quando cai, pensei que eu fosse virar picadinho.
- Deu até frio na barriga! - divertiu-se Elias.
- Você poderia ter se machucado - reclamou Tri. - Não teve graça.
- Éque não foi a primeira vez que ele quase me pegou - disse o garoto. - Acho
1
que ele nunca esteve tão próximo.
- Se não fosse aquela luz esquisita, acho que ele pegaría mesmo - comentou
Elias. - Saiu do meio do mato... do nada.
- Acho que a gente deveria voltar - falou Tri. - Não quero correr perigo.
- Meninas são mesmo medrosas - disse Éder. - Eu quero mais é descobrir o
que foi aquilo. Afinal, a luz até ajudou a gente!
- Não tem nada perigoso nesta mata - falou Elias.
- Só onça - provocou Éder. - Brincadeira, não tem mesmo bicho nenhum,
foram todos embora, papai me contou. Depois que construiram a estrada que passa
aqui perto e cercaram a mata com plantações, os bichos tiveram que ir procurar
outra casa. Ficou pouco espaço para eles...
- Tadinhos - resmungou Tri.
- Mas ainda tem a cachoeira - falou Elias. - É pequenininha, mas dá para
tomar um banho gostoso no rio.
- Quero ver o que foi aquela luz - disse
Éder embrenhando-se por entre as plantas.
A mata não era fechada e já existia um pe-
queno caminho de terra batida que levava direta-
mente à cachoeira. Havia silêncio, não se ouvia o
som de pássaros ou outros animais, no mâximo,
o chiado solitário de algum inseto. Os garotos
iam à frente contando vantagem sobre a aventura
do touro, e Tri tomava cuidado com os galhos
baixos, que podiam bater em seu rosto. O que
não saia mesmo de sua cabeça era a vontade de
saber de onde tinha vindo aquela luz esquisita.
- Pronto, chegamos - gritou Éder para que
Tri se apressasse.
Ela acelerou o passo e achou lindo o que
viu. Uma pequena cachoeira escorregava por um
paredão de pedras, como se fosse uma cortina
transparente. A àgua provocava um suave baru-
lho ao cair num laguinho que escorria para dentro
da mata formando um pequeno riacho.
- Está uma delícia - falou Elias, que já ha-
via colocado a pipa num lugar seguro e erntrado na
água a trás de Éder.
O lago era raso, o que não permitia grandes mer-
gulhos. O máximo que se conseguia era ir caminhando
~ ~
atl o meio, quando a água batia na cintura, e afundar. Logo osga- ~ ~
rotos já estavam tentando molhar a prima. ~ ~
- Parem com isso! - reclamou ela enquanto colocava t /4
num lugar seco os lanches da tia, para comer mais tarde, e sua ~ ~~
camiseta. r :-.
Então, quando se preparava para entrar no lago, olhou na ~
direção de Elias e pareceu-lhe ter visto alguma coisa na cachoei- > ~
ra. Ela já havia notado que o vento, às vezes, batia na cortina de ~ /4
água e fazia com que ela balançasse, quase que dançando na ~ ~
pared~, mas, agora, era como se alguém estivesse se movendo t i
no meio dela. . . ~ ~
- O que foi, Tri? Entra logo! - pediu Eder. - E raso, você ~
não vai se afogar. ~
- Bem que eu queria que o lago fosse um pouco mais fundo ~
- falou Elias. - Só assim para dar um mergulho decente. ~ 0
Então, de repente, a água começou a subir, como se estives- ~ ~
se voltando do pequeno riacho. . ?1/ ~
- Nossa, o que é que está acontecendo? - perguntou Eder. ~
- A água está subindo! Que estranho - respondeu Elias. - ~ ~
Nunca vi isso acontecer, nem está chovendo. t i
- Saiam daí, meninos, pode ser perigoso. ~ ~
Os garotos obedeceram e, logo, os três estavam observando ?1/ ~
a subida do nível da água. ~
- Que coisa estranha. Parece que a água está voltando do ~ ~
tiozinho. m-. olhem, ,gota parou! ~ ~
~ /4
Foi então que Tri olhou rapidamente para a ca-
choeira e teve novamente a sensação de que al-
guma coisa havia se movido.
- Tem alguma coisa lá! - afirmou ela.
Os garotos olharam para a cachoeira, mas não
perceberam nada de especial.
- Sabe que eu me lembrei de uma coisa? -
falou Éder. - Papai disse que tem uma gruta atrás
da cachoeira!
- É mesm,o - lembrou-se Elias. - Ele até contou
que já entrou nela.
- Pode ser que tenha um bicho perigoso escondido lá - disse Tri.
- Eque bicho que ia ficar atravessando uma cachoeira para morar numa gruta?
- falou Éder. - Vamos ver o que tem lá dentro!
Elias estava com um pouquinho de receio, mas não queria que o irmão achasse
que ele era um medroso, por isso, respondeu:
-Vamos!
Éder voltou para o lago e nadou até a cachoeira. lá, começou a tocar a parede
como que procurando por uma entrada.
- Vocês não vão encontrar nada. Duvido! - gritou Tri.
De repente, Éder fez força para apalpar uma rocha, perdeu o e-quilibrio e atra-
vessou a cachoeira com a metade do corpo.
-Achei! - gritou ele. - Eu sabia! Papai estava certo.
Triacompanhou o momento em que Éder passou pela cortina de água sumindo
completamente.
~ ~
- Você não vem mesmo, Tri? - perguntou Elia> - Vou entrar também. Quero ~ ~
0 1
ve, Aq:ee:::a :e::::· :::i:,"~:::::~::: nunca deixaria que nada de nnau lhe ~~
acontecesse, disso ela tinha mteza. C,iou co,agem, ent,ou na ãgua e foi at,aves- ~ ~
sando lentamente a lagoa. Quando se aproximou da cortina, Éder apareceu, esticou
a mão e ela achou uma delícia atravessar a cachoeira. Por um instante, sentiu todá à
>~
~ ~
i
água cobrindo seu corpo, até fechou os olhos. Ao abri-los, já estava dentro de uma ~
pequena gruta com belas e pon~udas rochas brancas. ~ /4
- Viu que bonito? - falou Eder terminando de puxar Elias para dentro. ~ ~
Ela teve que concordar. Havia plantas, flores e o local era muito fresco, mais ~ ~
úmido do que molhado. O curioso era que, ao olhar para fora, não dava
para ver o mundo exterior, somente a cortina de água.
- Engraçado - comentou Elias. - Aqui dentro não é escuro, é
até clarinho.
- Êverdade - concordou Tri - Será que o sol consegue passar
por alguma fresta?
A garota se lembrou do vulto que havia visto.
Poderia mesmo ter sido urna ilusão.
- Vamos ver o que tem lá no fundo - falou
Éder caminhando gruta adentro.
Tri e Elias foram atrás dele, mas a paisagem
no interior da gruta não mudava muito,
apenas ia ficando mais clara. Acaba-
ram atingindo o fundo e notaram
que não havia saída, era o fim.
- Acabou, não tem para onde ir - comentou Êder.
Tri se aproximou do fundo da caverna e percebeu que havia alguns desenhos
na parede.
- Olha só - disse ela. - Que desenhos estranhos.
- O que será isso? - perguntou Elias.
- Quem será que fez? - completou Eder.
Ficaram um tempo admirando os desenhos pintados na parede.
- Temos que voltar aqui com o papai - falou Elias. - Talvez ele saiba o que são
essas figuras.
- Vamos para casa, então - disse Tri. - Daqui a pouco vai anoitecer e eu não
quero caminhaw no escuro. Esqueceram que não tem mais Lua no céu?
- Ê mesmo, é uma pena. Em noite de Lua cheia, o campo ficava parecendo dia
- comentou Elias.
- Calma, ainda é cedo - disse Êder. - Dá para tomar outro banho no lago.
~ ~
Nesse momento, os trts se vir"'_m para ir em direção ã salda e levaram um ~ ~
grande susto. Tri se encolheu atrás de Eder, e Elias perdeu a fala. Diante deles estava ~ ~
uma figura muito clara, parecia uma moça iluminada. ~ /4
- Olá, vocês são índios? - perguntou ela numa voz suave e curiosa. ~ ~
Os três ficaram meio perdidos, não sabiam o que fazer. Éder estudava uma ma- ~ /4
neira de tentar escapar, mas parecia diflcil. Aquela estranha criatura estava entre eles ~ ~
e a saída. ~
- Eu ouvi o que vocês falaram - disse ela. - Não sabem mesmo o significado ~ /0
desses desenhos? ~ ~
Êder procurou as palav,as e, por mais que tentas,e dizer algo Inteligente, só ~ ~
conseguiu dizer o seguinte: ~ /4
- Não. p- ~
Ao ouvir aquilo, ela perguntou : ~ /4<
- Não o quê? Não são índios ou não sabem das pinturas? ~

~
1
~
~
~
~~
- Os dois! - respondeu Elias.
- Que pena - disse ela. - Eu esperava que vocês fossem índios. Somente eles
conheciam esta passagem ...
- Mas... O que são esses desenhos afinal de contas? - perguntou Êder com mais
curiosidade do que medo.
- São das plantas e dos bichos que vivem aí na mata - respondeu ela.
Os gêmeos olharam para os desenhos. sem conseguir reconhecer nada daquilo.
- Mas, o que é... Quer dizer... Ouem é você? - perguntou Elias.
- Meu nome é Capéi - respondeu ela.
- Prazer... eu sou o Éder, ele é o Elias e ela é a Tri. - a garota estava de olhos
fechados, mas resolveu abri-los quando ouviu seu nome. Ergueu a cabeça. olhou para
a criatura e perguntou a única coisa que teve vontade naquele momento.
~~
~ /4
- Você vai machucar a gente?

~~
- Eu? - perguntou Capéi. - Epor que eu faria isso?

=:::;;d,:~:,•~::~ ;:mi:qu\~:\:,m~;:::::•::';,m mal aninguém. ~ ~


Havia mesmo uma tranquilidade no modo pelo qual ela falava, parecia calma, ~
inofensiva e, até mesmo, inocente. ~ /4
- Mas quem é você, afinal? E o que está fazendo aqui? ~ ~
-Vim ver esses desenhos, matar a saudade, tentar rever meus amigos, os índios.
Esses desenhos foram feitos para nunca se esquecer de como era bom viver por aqui.
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~ ~
- Você já morou neste lugar? - perguntou Tri. &. ~
Capéi parou de falar por um momento e andou pela gruta olhando tudo, então,
e1a começou a contar sua h1storia.
. . .
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~
~ (
- Há muito tempo, eu vivia feliz nesta mata. Adorava brincar com o lago; ficava ~
horas espalhando reflexos. Sempre gostei mais da noite do que do dia. Quando anoi- ~ /4
tecia, era uma festa, eu acendia os vaga-lumes, um por um. ~ ~
- Fazia o quê? - espantou-se Elias. ~ 1
Capéi confirmou que acendia mesmo os vaga-lumes e que viveu sozi nha na ~ i
mata durante muito tempo. Entretanto, uma noite, percebeu um pequeno ser obser- ~
vando-a no lago. Ela fingiu que não o tinha visto, para não assustá-lo, e acabou se ~
acostumando e até gostando das visitas diárias dele. &.
- Certa vez - disse ela - , brinquei com ele do mesmo jeito que brinquei com t
~
vocês hoje.
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~
- Como assim? - perguntou Tri.
- Fiz a maré subir, quer dizer, a água do lago - disse ela rindo.
~ /4
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