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A grandeza do Sangue
de Cristo
7 julho 2016

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J.N:R.J.

MêsdoPreciosíssimo

SarguedeJesus
Preciosíssimo Sangue de Jesus

A Igreja dedica o mês de julho à devoção do


preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo
perdão dos nossos pecados. Depois de meditar
longamente sobre o Coração misericordioso de
Jesus, no mês de junho, a mãe Igreja deseja que
veneremos profundamente o precisosíssimo Sangue
do Senhor.

Os judeus celebravam diariamente o “holocausto


perpétuo”, dois cordeirinhos sem defeito eram
imolados às seis horas da manhã e às seis da tarde,
afim de que o sangue do cordeiro oferecido a Deus
obtivesse o perdão dos pecados do povo naquele
dia. Esse cordeiro era apenas um sinal, uma
prefiguração do verdadeiro Cordeiro que seria
imolado na Cruz.

São João Batista o apresentou ao mundo dizendo:


“Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo” (Jo 1, 29). Sem o Sangue desse Cordeiro não
há salvação. O Sangue precioso de Cristo foi
prefigurado também naquele sangue do cordeiro
pascal que os judeus colocaram nos umbrais das
portas de suas casas, no dia da Páscoa, na saída do
Egito, para que o anjo exterminador nenhum mal
fizesse ao primogênito daquela casa. É sinal do
Sangue do Cristo que nos protege de todos os males
do corpo e da alma.

A devoção ao preciosíssimo Sangue de Jesus sempre


esteve presente na Igreja desde o início e sempre
aumentou através de solenidades, orações, escritos
dos papas, e uma Ladainha para pedir a Deus
perdão dos pecados e afastar de nós os males do
corpo e da alma.

São Gaspar de Búfalo propagou fortemente esta


devoção, tendo a aprovação da Santa Sé; por isso, é
chamado de o “Apóstolo do Preciosíssimo Sangue”.
O Papa Bento XIV (1740-1748) ordenou a missa e o
ofício em honra ao Sangue de Jesus, que foi
estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio
IX (1846-1878). O santo foi o fundador da
Congregação dos Missionários do Preciosíssimo
Sangue – CPPS, em 1815. Nasceu em Roma aos 06
de Janeiro de 1786.

O Papa João XXIII (1958-1963) escreveu a Carta


Apostólica “Inde a Primis”, sobre o preciosíssimo
Sangue de Cristo, a fim de promover o seu culto, o
que foi lembrado pelo Papa João Paulo II em sua
Carta Apostólica “Angelus Domini”, onde repetiu o
que João XXIII disse sobre o valor infinito do Sangue
de Cristo, do qual “uma só gota pode salvar o
mundo inteiro de qualquer culpa”.

O Sangue de Cristo representa a Sua Vida humana e


divina, de valor infinito, oferecida à Justiça divina
para o perdão dos pecados de todos os homens de
todos os tempos e lugares. Quem for batizado e
crer, como disse Jesus, será salvo (Mc 16,16) pelo
Sangue de Cristo.

“Isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança,


derramado por muitos homens em remissão dos
pecados” (Mt 26, 28).

Em cada Santa Missa a Igreja renova, presentifica,


atualiza e eterniza este Sacrifício expiatório pela
Redenção da humanidade. Em média, a cada quatro
segundos essa oferta divina sobe ao Céu em todo o
mundo.

O Catecismo da Igreja ensina que: “Nenhum


homem, ainda que o mais santo, tinha condições de
tomar sobre si os pecados de todos os homens e de
oferecer-se em sacrifício por todos” (§616); para isso
era preciso um sacrifício humano, mas de valor
infinito. Só Deus poderia oferecer este sacrifício;
então, o Verbo divino, dignou-se assumir a nossa
natureza humana, para oferecer a Deus um
sacrifício de valor infinito. A majestade de Deus é
infinita; e foi ofendida pelos pecados dos homens.
Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia
restabelecer a paz entre a humanidade e Deus.

São Pedro ensina que fomos resgatados pelo


Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão
do seu sangue” (1Pe 1, 2). “Porque vós sabeis que
não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro,
que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de
viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo
precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e
sem defeito algum, aquele que foi predestinado
antes da criação do mundo.” (1Pe 1,19).

Assim, o Sangue do Senhor nos libertou do pecado,


da morte eterna e da escravidão do demônio. São
Paulo diz: “Portanto, muito mais agora, que estamos
justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos
da ira” (Rm 5,9). Por seu Sangue Cristo nos
reconciliou com Deus: “ por seu intermédio
reconciliou consigo todas as criaturas, por
intermédio daquele que, ao preço do próprio
sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto
existe na terra e nos céus” (Cl 1,20).

Com o seu Sangue Cristo nos resgatou, nos


comprou, nos fez um povo Seu: “Cuidai de vós
mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito
Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja
de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio
sangue”(At 20,29). “Por esse motivo, irmãos, temos
ampla confiança de poder entrar no santuário
eterno, em virtude do sangue de Jesus” (Hb 10,19).

“Cantavam um cântico novo, dizendo: Tu és digno de


receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste
imolado e resgataste para Deus, ao preço de teu
sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça;
(Ap 5,9)

Hoje esse Sangue redentor de Cristo está à nossa


disposição de muitas maneiras. Em primeiro lugar
pela fé; somos justificados por esse Sangue ensina
S. Paulo: “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor
de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores,
Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora,
que estamos justificados pelo seu Sangue, seremos
por ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9). “Nesse Filho, pelo
seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos
pecados, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1,7).

Este Sangue redentor está à nossa disposição


também no Sacramento da Confissão; pelo
ministério da Igreja e dos sacerdotes o Cristo nos
perdoa dos pecados e lava a nossa alma com o seu
precioso Sangue. Infelizmente muitos católicos
ainda não entenderam a profundidade deste
Sacramento e fogem dele por falta de fé ou de
humildade. O Sangue de Cristo perdoa os nossos
pecados na Confissão e cura as nossas
enfermidades espirituais e psicológicas.

Este Sangue está presente na Eucaristia: Corpo,


Sangue, Alma e Divindade de Jesus. “O cálice de
bênção, que benzemos, não é a comunhão do
sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a
comunhão do corpo de Cristo?.. Do mesmo modo,
depois de haver ceado, tomou também o cálice,
dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu
sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em
memória de mim. Portanto, todo aquele que comer
o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente
será culpável do corpo e do sangue do Senhor ” (1
Cor 10,16-27).

Na Comunhão podemos ser lavados e inebriados


pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que
veio tirar o pecado de nossa alma. Mas é preciso
parar para adorá-lo no Seu Corpo dado a nós.
Infelizmente muitos ainda comungam mal, com
pressa, sem Ação de Graças, sem permitir que o
Sangue Real e divino lave a alma pecadora e doente.

“Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes


a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu
sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem
come a minha carne e bebe o meu sangue tem a
vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a
minha carne é verdadeiramente uma comida e o
meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem
come a minha carne e bebe o meu sangue
permanece em mim e eu nele” (Jo 6,53-56).

É pela força do sangue de Cristo que os santos e os


mártires deram testemunho de sua fé e chegaram
ao céu: “Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse:
Esses são os sobreviventes da grande tribulação;
lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do
Cordeiro” (Ap 7,14).“Estes venceram-no por causa do
sangue do Cordeiro e de seu eloqüente testemunho.
Desprezaram a vida até aceitar a morte” (Ap 12, 11).

É pelo Sangue derramado que Ele venceu e se


tornou Rei e Senhor:
“Está vestido com um manto tinto de sangue, e o
seu nome é Verbo de Deus… Um nome está escrito
sobre o seu manto: Rei dos reis e Senhor dos
Senhores”(Ap 19,13-16).

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