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m 2021
11
FÍSICA E QUÍMICA A
Carlos Portela
Fernanda Braguez
Margarida Ferreira
Rogério Nogueira
ATUAL E COMPLETO
De acordo com
Aprendizagens Essenciais
Explicação de todos os conteúdos
Teste diagnóstico
com feedback online imediato
Domínio 1
Elementos químicos e sua organização
Domínio 2
Propriedades e transformações da matéria
QUÍMICA 10.° Ano
Domínio 1
Elementos químicos e a sua organização
A Química estuda a matéria e as transformações que esta pode sofrer. A matéria é tudo o que
tem massa e ocupa espaço. A maior parte da matéria dos planetas é constituída por átomos.
Os átomos dos diferentes elementos ( já identificados 118) são caracterizados por um número
atómico, Z, que é o número de protões existentes no núcleo, sendo responsáveis pela carga
elétrica nuclear.
Quando os átomos ganham ou perdem eletrões transformam-se em iões, pois adquirem car-
ga elétrica negativa ou positiva, respetivamente. Os protões e neutrões estão fortemente li-
gados no núcleo atómico, pelo que nas reações químicas não podem ser perdidos ou ganhos
pelos átomos.
protões: 13 protões: 13
Átomo de alumínio, A!, (Z = 13) Ião alumínio, A!3+
eletrões: 13 eletrões: 10
6
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
protões: 16 protões: 16
Átomo de enxofre, S, (Z = 16) Ião sulfureto, S 2–
eletrões: 16 eletrões: 18
Cada um dos elementos tem, em regra, vários isótopos – átomos do mesmo elemento
que diferem no número de neutrões e, consequentemente, na massa. Chama-se número de
massa, A, ao número total de partículas no núcleo atómico, que correponde à soma do núme-
ro de protões com o número de neutrões.
Questão resolvida
B 19 20 18 (c) (d)
56
C (e) (f) (g) (h) 26 C3+
D 8 8 (i) –2 ( j)
18
E (k) (l) (m) (n) 8 E
F 26 30 (o) 0 (p)
80
G (q) (r) (s) (t) 35 G–
1.1 Indique a informação que deve substituir as letras de (a) a (t), de modo a completar
a tabela.
1.2 Indique, justificando, as espécies químicas que são isótopos do mesmo elemento.
1.3 Conclua, justificando, quantos elementos químicos estão representados na tabela.
7
QUÍMICA 10.° Ano
Raio de um átomo de carbono 0,000 000 000 070 7,0 × 10-11 10-10
Como as ordens de grandeza das diferentes estruturas na natureza podem ser tão variadas,
usam-se frequentemente múltiplos e submúltiplos das unidades SI.
nano n 10–9
Submúltiplos
micro ! 10–6
mili m 10–3
centi c 10–2
deci d 10–1
deca da 101
hecto h 102
Múltiplos
quilo k 103
mega M 106
giga G 109
tera T 1012
8
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Questão resolvida
75 nm 1 nm 102 pm
vírus molécula de glicose átomo de hidrogénio
Q 10
2.1 Indique as ordens de grandeza de cada uma das dimensões expressas em metros.
2.2 Exprima em nanómetros a dimensão do:
a) fio de cabelo; b) átomo de hidrogénio.
2.3 As dimensões do vírus e do átomo de hidrogénio, quando comparadas com a di-
mensão da molécula de glicose, são, respetivamente,
(A) 100 vezes maior e 100 vezes menor. (C) 75 vezes maior e 10 vezes menor.
(B) 75 vezes menor e 100 vezes maior. (D) 100 vezes menor e 10 vezes maior.
2.1 Sol: 1,40 Gm = 1,40 × 109 m; ser humano: 170 cm = 1,70 × 100 m;
bola de golfe: 42 mm = 4,2 × 10–2 m; fio de cabelo: 100 !m = 1,00 × 10–4 m;
vírus: 75 nm = 7,5 × 10–8 m; molécula de glicose: 1 nm = 1 × 10–9 m;
átomo de hidrogénio: 102 pm = 10–10 m.
As ordens de grandeza são, respetivamente: 109 m; 100 m; 10–2 m; 10–4 m;
10–7 m; 10–9 m; 10–10 m.
9
QUÍMICA 10.° Ano
Questão resolvida
A B
10
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
3.1 (B). Lida com estruturas de dimensões entre 100 nm (0,1 micrómetros) e 0,1 nm.
O tamanho das células é da ordem do micrómetro que é a milésima parte de
um milímetro.
A massa atómica relativa média, Ar, de um elemento químico é calculada a partir das massas
isotópicas relativas e respetivas abundâncias dos seus isótopos naturais.
11
QUÍMICA 10.° Ano
Questão resolvida
4. O cloro ocorre em amostras terrestres como uma mistura de dois isótopos, 3517 C! e 3717 C! .
As massas atómicas desses isótopos, determinadas experimentalmente, e as respe-
tivas abundâncias relativas apresentam-se na tabela seguinte:
Abundância
Isótopo Massa isotópica relativa
na Natureza (%)
35
17 C! 34,968 75,53
37
17 C! 36,956 24,47
4.2 A massa atómica relativa média do cloro é 35,454 e está mais próxima da
massa do isótopo mais abundante, o cloro-35, pois o seu valor resulta da
média ponderada das massas isotópicas, tendo maior contributo a massa do
isótopo mais abundante.
A quantidade de matéria, n, é uma grandeza física usada para relacionar porções de substân-
cias, em termos macroscópicos, com as unidades estruturais (átomos, moléculas ou iões) do
domínio do submicroscópico. A unidade de quantidade de matéria no SI é a mole (símbolo mol).
No SI, 1 mol é a quantidade de matéria que contém 6,02 × 1023 entidades (átomos, moléculas
ou outras partículas). Este número designa-se por número de Avogadro, em homenagem ao
cientista italiano Amedeo Avogadro.
A constante de Avogadro, NA = 6,02 × 1023 mol–1, é o número de entidades por mole de uma
determinada substância (a unidade SI é mol–1). Entre o número de entidades, N, presentes numa
dada amostra e a quantidade de matéria, n, dessa amostra, pode estabelecer-se a seguinte
relação: N = n × NA, em que a constante de Avogadro, NA, é a constante de proporcionalidade.
12
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
A Fig. 1.5 apresenta amostras de substâncias cuja quantidade de matéria, presente em cada
uma, é uma mole de átomos.
1 mol de átomos de enxofre: 32,1 g
1 mol de átomos 1 mol de átomos
de carbono: 12,0 g de ferro: 55,9 g
Entre a massa, m, de uma amostra de uma dada substância e a quantidade de matéria, n, dessa
amostra, pode estabelecer-se a seguinte relação: m = n × M. Q 10
Questão resolvida
5.1 A massa molar de CH4 é M(CH4) = (12,01 + 4 × 1,01) g mol–1 = 16,05 g mol–1
(massa por cada mole).
A massa de 0,378 mol de CH₄ é m = n × M = 0,378 mol × 16,05 g mol–1 = 6,07 g.
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QUÍMICA 10.° Ano
Questão resolvida
O número de moléculas numa gota de água pode ser estimado se for medido o volume de uma
gota de água e também a sua massa. Para uma maior precisão, faz-se uma medição indireta a
partir do volume e da massa de muitas gotas.
Questão resolvida
7. Para medir o volume e a massa de uma gota de água e determinar o número de mo-
léculas de água nela existentes, um grupo de alunos realizou uma atividade com a
seguinte sequência de procedimentos:
I. Encher uma bureta com água e acertar até ao nível do zero na escala.
II. Colocar um gobelé em cima da balança digital.
III. Transferir 100 gotas de água da bureta para o gobelé.
IV. Registar o volume das 100 gotas de água e a massa respetiva.
14
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
7.1 A figura mostra parte da escala da bureta que foi utilizada, pelo grupo
de alunos, para medir o volume de água (100 gotas) vertido. Aten-
dendo à incerteza de leitura e ao número adequado de algarismos
significativos, o volume de 100 gotas de água é
(A) (5,6 ± 0,1) mL. (C) (6,3 ± 0,1) mL.
(B) (5,65 ± 0,05) mL. (D) (6,35 ± 0,05) mL.
7.2 A massa das 100 gotas de água medida pelos alunos foi 5,09 g.
a) Quantos algarismos significativos apresenta o resultado da medição?
b) Apresente o resultado da medição com a respetiva incerteza de leitura.
7.3 Determine a massa e o volume de uma gota de água. Apresente o resultado com
o número adequado de algarismos significativos.
7.4 O número de moléculas de água (M(H2O) = 18,02 g mol–1) que existem numa gota
pode ser determinado a partir da expressão
18,02 5,09
× 6,02 × 1023 × 6,02 × 1023
100 18,02
(A) N = . (C) N = .
5,09 100
18,02
× 6,02 × 1023
18,02
× 5,09
Q 10
5,09 100
(B) N = . (D) N = .
100 6,02 × 1023
7.1 (B). O volume das gotas de água foi medido com uma bureta, um instrumento
analógico. Neste tipo de instrumentos, considera-se a incerteza de leitura igual
a metade do valor da menor divisão da escala. Neste caso, a menor divisão da
escala é 0,1 mL, pelo que a incerteza de leitura será metade, ou seja, 0,05 mL.
A figura mostra o nível mais baixo do menisco entre os valores 5,6 mL e 5,7 mL.
7.5 N.o de moléculas de uma gota de água: 1,70 × 1021 ordem de grandeza 1021.
Volume de uma gota: 5,65 × 10 mL
–2
ordem de grandeza 10–1 mL.
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QUÍMICA 10.° Ano
A luz também pode ser detetada em quantidades discretas (bem definidas), como partículas,
pelo que as radiações eletromagnéticas podem igualmente ser descritas como sendo forma-
das por fotões. Os fotões são os corpúsculos da luz: a cada fotão corresponde um mínimo
de energia, que é diferente consoante a frequência da radiação.
Espetro eletromagnético
16
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Na luz visível, a energia por fotão e a frequência da radiação aumentam de acordo com
a seguinte sequência: vermelho, cor de laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta (Fig. 1.7).
Radiofrequências Micro-ondas Infravermelho Visível Ultravioleta (UV) Raios X Radiação gama (!)
(IV)
10–32 10–24 10–22 2,5 × 10–19 5,2 × 10–19 10–17 10–15 10–10
Questão resolvida
8. As lâmpadas de vapor de sódio, usadas em iluminação pública, têm uma luz amarela
característica devido à presença do elemento sódio.
8.1 A luz emitida por uma lâmpada de luz ultravioleta, comparada com a luz emitida
pela lâmpada de vapor de sódio, tem _____ frequência e fotões de _____ energia.
(A) maior … menor. (B) menor … menor. (C) maior … maior. (D) menor … maior.
Q 10
8.2 Ordene as radiações seguintes por ordem crescente de frequência.
I. Luz amarela de uma lâmpada de vapor de sódio.
II. Radiação gama emitida por um núcleo radioativo.
III. Ondas de rádio emitidas pela antena de uma estação de rádio.
IV. Feixe de micro-ondas emitido pelo radar de controlo de tráfego aéreo de um
aeroporto.
8.1 (C). A energia dos fotões da luz ultravioleta é maior do que a dos fotões da
luz amarela. Quanto maior é a energia de um fotão, maior é a frequência da
radiação respetiva, pois a energia de cada fotão é diretamente proporcional
à frequência da radiação respetiva.
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QUÍMICA 10.° Ano
Espetro de absorção: espetro obtido depois de a luz emitida por uma fonte atravessar uma
substância. Este espetro contém apenas as radiações da luz incidente que não foram absorvi-
das na substância. Corresponde à subtração de bandas ou riscas do espetro da luz incidente
na substância. No visível, o espetro de absorção de uma substância resulta da absorção
seletiva de radiações visíveis pela substância: podem observar-se riscas negras num fundo
colorido.
ESPETROS
ESPETROS ESPETROS
DE EMISSÃO DE ABSORÇÃO
Questão resolvida
1. 2. 3.
18
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
9.2 Espetro 3. Espetro obtido depois de parte da luz emitida pela estrela ser ab-
sorvida pelo gás que a rodeia.
O estudo dos espetros descontínuos dos átomos conduziu ao conhecimento das energias
dos eletrões nos átomos.
Este espetro foi interpretado pela primeira vez por Niels Bohr em 1913. No seu modelo, as
riscas do espetro do átomo de hidrogénio resultam das variações de energia do eletrão no
átomo. Como as riscas são bem determinadas, aquelas variações de energia também o são,
e, em consequência, a energia do eletrão no átomo só pode ter certos valores – a energia do
eletrão está quantizada.
Radiação Eletrão
+ +
Núcleo
Excitação Desexcitação
19
QUÍMICA 10.° Ano
O eletrão no átomo apenas pode apresentar certos valores de energia que correspondem a
patamares energéticos – níveis de energia, n. O estado de menor energia é o estado fun-
damental que, no átomo de hidrogénio, ocorre quando o eletrão ocupa o nível 1, n = 1. Os
estados de energia superior ao fundamental designam-se estados excitados (para o eletrão
do átomo H, níveis 2, 3, …).
Uma das ideias fundamentais do modelo atómico de Bohr é a quantização da energia do ele-
trão no átomo, ou seja, o eletrão do átomo não pode existir em qualquer estado de energia.
Só são permitidos alguns estados com valores de energia bem definidos.
Considera-se que um eletrão em repouso fora da ação do núcleo (n = ∞) possui um valor nulo
de energia (valor máximo); enquanto o eletrão se mantiver sob a ação do núcleo, os seus
possíveis valores de energia são negativos.
Quanto mais negativo for o valor da energia, menor é a energia do eletrão, menor é o nível de
energia ocupado e menor é a distância do eletrão ao núcleo.
Um eletrão transita de um nível de energia para outro sem nunca ter valores intermédios en-
tre esses dois níveis – níveis discretos ou descontínuos de energia.
Questão resolvida
20
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Frequência Frequência
(B) (D)
Frequência Frequência
Lyman (UV)
Às várias séries de riscas resultantes de transições descenden-
tes associam-se os nomes de quem as estudou pela primeira Estado
fundamental
vez: Lyman (transições para n = 1, emissão de radiação UV), 1 – 2,18 × 10 –18
Balmer (transições para n = 2, emissão de radiação na zona do Fig. 1.11 Níveis de energia e transições eletrónicas para
visível e do ultravioleta próximo) e Paschen (transições para o átomo de hidrogénio.
n = 3, emissão de radiação infravermelha), entre outros, de
acordo com a Fig. 1.11.
21
QUÍMICA 10.° Ano
Questões resolvidas
12. Um átomo de hidrogénio excitado emite energia, muitas vezes sob a forma de luz
visível, porque
(A) o eletrão foi ejetado do átomo.
(B) o eletrão transita para um nível de menor energia.
(C) a energia do eletrão no átomo está quantizada.
(D) o eletrão transita para um nível de maior energia.
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DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Os eletrões dos átomos de cada elemento químico têm um conjunto de valores de energia
que os caracteriza, pelo que as transições eletrónicas que poderão ocorrer são diferentes de
elemento para elemento. Assim, as energias das radiações emitidas, ou absorvidas, são di-
ferentes de elemento para elemento, ou seja, são características de cada elemento químico.
13.2 É o espetro X, por ser o único que tem duas riscas próximas na zona amarela
do espetro na mesma posição que as riscas D1 e D2 do espetro solar.
13.3 Na radiação visível, a energia por fotão aumenta do vermelho para o vio-
leta, pois a frequência da radiação aumenta nesse sentido. As duas riscas
situam-se na zona do amarelo, no entanto, a risca D2 está mais próxima da
extremidade violeta do espetro e, por isso, tem maior energia por fotão.
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QUÍMICA 10.° Ano
A energia dos eletrões nos átomos polieletrónicos (com 2 ou mais eletrões) inclui o efeito
das atrações entre os eletrões e o núcleo (cargas de sinais contrários) que diminui a energia
dos eletrões, e das repulsões entre os eletrões (cargas do mesmo sinal) que aumenta a sua
energia.
Em síntese:
• a energia de cada fotão incidente deve exceder a energia mínima necessária (energia
de remoção) para a remoção desse eletrão;
• os eletrões com maior energia de remoção são os que ocupam estados de menor ener-
gia (em média mais próximos do núcleo, logo, sujeitos a maior atração nuclear do que
os eletrões do último nível de energia – nível de valência).
Verifica-se que eletrões de átomos de elementos diferentes têm valores de energia diferen-
tes. Esses valores de energia dos eletrões podem distribuir-se por níveis e subníveis.
29,1 2,38
0,42
347 345 37 35 33 31 29 4 2 0
Energia de remoção / MJ mol −1
Por análise da abcissa e da altura de cada pico nos espetros fotoeletrónicos, consegue-se
determinar as energias relativas dos subníveis eletrónicos ocupados e o número relativo de
eletrões em cada subnível, respetivamente.
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DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Questão resolvida
A teoria que explica o comportamento dos átomos é a Mecânica Quântica. De acordo com a
Mecânica Quântica, não é possível associar uma trajetória aos eletrões, mas é possível definir
regiões, em redor do núcleo, de maior e de menor probabilidade de encontrar o eletrão.
Designa-se por orbital atómica a função matemática que des- Fig. 1.15 Representação da
probabilidade de encontrar
creve o modo como a probabilidade de encontrar cada eletrão o eletrão numa dada região
varia em redor do núcleo (o termo orbital atómica também pode em torno do núcleo do
átomo de hidrogénio:
ser usado para designar a região, em redor do núcleo, onde o I – nuvem eletrónica; II –
eletrão se pode encontrar). curva de probabilidade.
Níveis e subníveis
Os espetros fotoeletrónicos dos átomos polieletrónicos são uma das evidências da existência
de subníveis de energia com valores muito próximos. Estes dados permitem estabelecer uma
estrutura eletrónica por níveis e subníveis de energia.
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QUÍMICA 10.° Ano
Orbitais
Cada orbital está associada a um valor de energia do eletrão. As orbitais dos subníveis s, p,
d, f, têm formas diferentes: as do subnível s apresentam simetria esférica, existindo uma por
cada nível de energia; as do subnível p, quando existe, são bilobulares (dois lóbulos simétri-
cos em relação ao núcleo atómico) e são sempre três por cada nível de energia. As orbitais do
subnível d, quando existe, são sempre cinco por cada nível de energia (Fig. 1.16).
Orbital s Orbitais d z
z
y y
x x
Orbitais p
z z z z z z
y y y
y y y
x x x x x x
pz py px
Spin Resultado
da experiência
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DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
1,06
27
QUÍMICA 10.° Ano
O átomo de carbono apresenta dois eletrões no subnível 2p, sendo este constituído por três
orbitais com a mesma energia; neste caso, a configuração eletrónica do carbono deve aten-
der também à maximização do número de eletrões desemparelhados (Fig. 1.22).
2p g g
2p gh
2s gh
2s gh
1s gh
1s gh
6
C – 1s2 2s2 2p1x 2p1y 2p0z.
A informação a retirar desta configuração é que o carbono tem 4 eletrões de valência (eletrões
do último nível de energia) que se distribuem por 3 orbitais atómicas de valência (2s, 2px e 2py).
Questão resolvida
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DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Questão resolvida
16. Num espetáculo foram usados quatro foguetes de fogo de artifício colorido, conten-
do as seguintes substâncias adicionadas à pólvora:
• 1.o foguete: sal cujo elemento metálico pertence ao grupo dos metais alcalinoterrosos;
• 2.o foguete: sal cujo elemento metálico é um metal de transição;
• 3.o foguete: NaC!;
• 4.o foguete: sal cujo elemento metálico pertence ao 2.o período.
16.3 Como os sais usados nos foguetes só diferem no catião, as cores que se
observarão resultam da emissão de luz pelos átomos dos metais.
29
QUÍMICA 10.° Ano
No século XIX, ainda antes de se conhecer a existência dos eletrões e dos protões, os quími-
cos criaram a Tabela Periódica ordenando os elementos de acordo com as massas atómicas.
Newlands verificou que as propriedades dos elementos se repetiam de oito em oito: Lei das
Oitavas (1864).
Alguns anos mais tarde, Dmitri Mendeleev, em 1869, e Lothar Meyer, em 1870, apresentaram,
independentemente, uma tabela dos elementos baseada nas regularidades das proprieda-
des das substâncias respetivas, o que permitiu prever a existência de novos elementos. Em
1913, Henry Moseley demonstrou que a carga do núcleo de um átomo é característica do ele-
mento químico e pode exprimir-se por um número inteiro, o número atómico. Os elementos
passaram a ser ordenados segundo os números atómicos crescentes.
Atualmente, a Tabela Periódica é constituída por 118 elementos distribuídos em 7 linhas hori-
zontais (períodos) e 18 colunas verticais (grupos).
As configurações eletrónicas dos átomos dos elementos permitem explicar a repetição das
propriedades físicas e químicas das respetivas substâncias elementares.
Atendendo ao tipo de orbitais dos eletrões de valência dos átomos dos elementos no esta-
do fundamental, estes podem ser agrupados em quatro blocos: o bloco s (configuração de
valência nsx) engloba os elementos dos grupos 1 e 2 e o hélio; o bloco p (orbitais de valên-
cia tipo p em preenchimento) engloba os elementos dos grupos 13 a 18 (exceto o hélio); o
bloco d (configuração de valência ndx (n + 1) sy) engloba os elementos dos grupos 3 a 12;
o bloco f (lantanoides e actinoides) com orbitais f parcialmente preenchidas (Fig. 1.24).
1 18
1 1s 2 13 14 15 16 17 1s
2 2s 2p
3 3s 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 3p
4 4s 3d 4p
5 5s 4d 5p
6 6s La 5d 6p
7 7s Ac 6d 7p
4f
Fig. 1.24 Blocos s, p, d e f na
5f Tabela Periódica.
30
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
La
Ac
Q 10
Metais Não-metais
Questão resolvida
31
QUÍMICA 10.° Ano
Não se deve confundir elemento com substância elementar. Por exemplo, ao elemento po-
tássio, K, corresponde a substância elementar potássio, que é um metal formado por muitos
átomos de potássio. Ao mesmo elemento também podem corresponder substâncias elemen-
tares diferentes. Ao elemento oxigénio, O, por exemplo, correspondem várias substâncias
elementares, tais como o di-oxigénio, O2, e o ozono, O3. Ambas são gasosas à temperatura
ambiente e à pressão atmosférica normal.
O raio atómico (uma medida do tamanho dos átomos) e a energia de ionização são duas pro-
priedades fundamentais dos elementos, diretamente relacionadas com a estrutura eletrónica
dos átomos. Estas propriedades variam de forma regular ao longo de grupos e períodos da
Tabela Periódica, pelo que se designam por propriedades periódicas.
Raio atómico
O tamanho dos átomos é determinado pela nuvem eletrónica, sendo o raio atómico uma me-
dida do tamanho dessa nuvem (Fig. 1.27).
Na Na C! C!
rNa rC!
Fig. 1.27 Raios atómicos do sódio e do cloro
De um modo geral, o raio atómico aumenta ao longo do grupo e diminui ao longo do período
(Fig. 1.28).
1 2 13 14 15 16 17 18
H He
37 31
Ne
Li Be B C N O F
152 112 85 77 75 73 72 71
Na Mg A! Si P S C! Ar
186 160 143 118 110 103 100 98
K Ca Ga Ge As Se Br Kr
Rb Sr In Sn Sb Te I Xe
Cs Ba Tl Pb Bi Po At Rn
32
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Num mesmo grupo (igual configuração eletrónica de valência), com o aumento do número
atómico (Z), os eletrões de valência ficam, em média, mais afastados do núcleo, uma vez
que há preenchimento de mais níveis de energia.
Num mesmo período (eletrões distribuídos pelo mesmo número de níveis de energia), à medi-
da que o número atómico, Z, aumenta, ou seja, à medida que a carga nuclear aumenta, os
eletrões vão ser mais atraídos pelo núcleo; como o número de eletrões de valência aumenta,
a repulsão entre eles também aumenta. No entanto, o fator predominante é o da atração ao
núcleo (aumento da carga nuclear) e por conseguinte os eletrões ficam mais próximos do núcleo.
Energia de ionização
Energia de ionização, Ei, relaciona-se com a energia mínima necessária para extrair um ele-
trão de um átomo no estado fundamental, isolado e em fase gasosa.
X (g) → X+ (g) + e–
Verifica-se que, de um modo geral, a energia de ionização diminui ao longo do grupo e au-
menta ao longo do período (Fig. 1.29).
1
H 18
2,18
3,94
He
Q 10
2 15
Be 14 17 Ne
Li
13 N 16 3,46
1,49
C F
0,86 B 1,80
2,33 O 2,79
Na Mg 1,33 2,18
0,82 1,23
A! Si P Ar
K 1,68 C!
Ca 0,96 1,31 S 2,08
2,53
0,70 0,98 1,66
Ga Ge As
Rb Sr 0,96 1,27 1,52 Se Br Kr
0,67 0,91 1,56 2,24
In Sn
1,89
Cs 0,93 Sb
Ba 1,18 Te I
0,62 0,84 Tl
1,38 Xe
Pb 1,44 1,67 1,94
0,98 1,19 Bi Po
1,17
1,35
Rn
1,72
Para os elementos do mesmo grupo, com o aumento do número atómico, Z, os eletrões de va-
lência vão ficando cada vez com maior energia, pois aumenta o número de níveis de energia
preenchidos, sendo necessária menos energia para os remover (Fig. 1.30).
n= n=
Ei (n = 3)
Ei (n = 2) n=3
n=2 Ei (n = 3) < Ei (n = 2)
Para os elementos do mesmo período, à medida que a carga nuclear aumenta, os eletrões
de valência vão sendo mais atraídos pelo núcleo, aumentando a energia necessária para os
remover.
33
QUÍMICA 10.° Ano
Questão resolvida
18.1 13A! – 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 ; 16S – 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4. Os eletrões mais ener-
géticos (eletrões de valência) dos átomos de alumínio e de enxofre, no estado
fundamental, encontram-se no mesmo nível de energia (n = 3). Sendo a carga
nuclear do átomo de alumínio (+13) inferior à do átomo de enxofre (+16), a força de
atração exercida pelo núcleo do átomo de alumínio sobre os eletrões de valência
respetivos é menor do que a força exercida pelo núcleo do átomo de enxofre
sobre os eletrões de valência respetivos. Assim, será necessário fornecer menos
energia para remover um dos eletrões de valência mais energéticos do átomo de
alumínio do que para remover um dos eletrões de valência mais energéticos do
átomo de enxofre.
18.2 8O – 1s2 2s2 2p4 ; 16S – 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4. O oxigénio e o enxofre apresentam
o mesmo número de eletrões de valência (6). Os eletrões de valência do átomo
de oxigénio encontram-se no nível n = 2, enquanto os do átomo de enxofre se
encontram no nível n = 3 (mais níveis de energia preenchidos). Assim, os eletrões
de valência do átomo de oxigénio encontram-se, em média, mais próximos do
núcleo respetivo do que os do átomo de enxofre, pelo que o raio atómico do oxi-
génio é menor do que o raio atómico do enxofre.
Como se explica que os metais tenham tendência para formar iões positivos e os não-metais
iões negativos?
Os metais apresentam, em geral, baixas energias de ionização. Assim, tendem a perder ele-
trões, originando iões positivos. Os metais dos grupos 1 (metais alcalinos) e 2 (metais alcali-
noterrosos) são os que têm as menores energias de ionização, pelo que são muito reativos,
perdendo facilmente eletrões e dando origem a iões positivos muito estáveis.
34
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Os átomos dos gases nobres são muito estáveis, ou seja, não formam facilmente iões nem
se ligam facilmente a outros átomos, pois têm os seus níveis eletrónicos totalmente preenchi-
dos. Assim, as respetivas substâncias elementares são também muito estáveis, e monoatómi-
cas, pelo que também só muito dificilmente reagem com outras substâncias.
Questão resolvida
19. As figuras mostram a variação da energia de ionização (A) com o número atómico
e variação do raio atómico (B) para os 20 primeiros elementos químicos da Tabela
Periódica.
A B
Ei / eV
25 He
20 Ne
15 Ar
10 H ! !
5
Q 10
Li Na K
0
5 10 15 20 Z
35
QUÍMICA 10.° Ano
A massa volúmica (ou densidade), ρ , define-se como o quociente entre a massa, m, de uma
amostra da substância e o seu volume, V, sendo constante para cada substância, nas mesmas
m
condições de pressão e temperatura: ρ = ·
V
A densidade relativa, d, de uma substância, grandeza adimensional, é igual ao quociente entre
a sua massa volúmica, ρ, e a massa volúmica de outra substância, considerada como referência.
Para sólidos e líquidos, a substância de referência é a água, à temperatura de 4 °C.
ρ
d = ρsubstância
referência
A 4 °C, a massa volúmica da água é 1,000 g cm−3, por isso, a densidade relativa de um sólido ou
líquido é numericamente igual à massa volúmica respetiva, expressa em g cm−3.
A densidade relativa pode ser calculada pelo quociente entre a massa de um certo volume de
substância e a massa de igual volume de água, a 4 °C:
msubstância
ρsubstância V m
d= ρ =m = m substância
água a 4 ºC água a 4 º C água a 4 º C
V
A densidade relativa de materiais no estado sólido pode determinar-se utilizando um picnóme-
tro de sólidos (Fig. 1.31).
m m’ m’’
Questão resolvida
20. Numa aula de laboratório distribuíram-se aos alunos pequenos objetos metálicos.
Um grupo de alunos resolveu determinar a densidade relativa do material metálico
por picnometria. Os ensaios foram feitos à temperatura de 20 oC. A tabela seguinte
apresenta os registos efetuados pelo grupo de alunos.
Despreze a variação da densidade da água com a temperatura.
36
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
Densidade relativa
Material
a 20 oC
Alumínio 2,70
Ferro 7,86
Latão 8,1 a 8,6
Cobre 8,92
20.2 A densidade relativa do metal, a 20 oC, é 8,870, o que significa que a sua
massa volúmica é 8,870 vezes maior do que a massa volúmica da água.
20.3 Comparando a densidade relativa medida com a dos objetos, por maior
proximidade, conclui-se que, provavelmente, o material constituinte dos ob-
jetos será o cobre.
37
QUÍMICA 10.° Ano
Questões propostas
W 17 18 17
X 12 14 10
Y 17 20 18
2. Uma amostra de silício contém 2,5 × 1025 átomos. Destes, 2,3 × 1025 são do isótopo Si–28,
1,2 × 1024 de Si–29 e 8 × 1023 de Si–30.
Qual dos valores seguintes poderá representar a massa atómica relativa média do silício?
(A) 28,1
(B) 29,0
(C) 29,5
(D) 30,1
3. O boro apresenta dois isótopos naturais, 105 B e 115 B, de massas isotópicas, respetivamente,
10,0129 e 11,0093. A abundância relativa do boro–10 é 19,78%.
3.1 Calcule a massa atómica relativa média do boro.
3.2 A massa calculada não é a média aritmética das massas isotópicas porque
(A) há um erro experimental na determinação da massa atómica relativa média do boro.
(B) na Natureza, o boro resulta da mistura de dois isótopos com abundâncias relativas
diferentes.
(C) no núcleo do átomo existem outras partículas além dos neutrões e protões.
(D) a massa atómica relativa média indica o número de vezes que a massa de um átomo
é maior do que a massa-padrão.
4. As massas isotópicas do lítio–6 e lítio–7 são, respetivamente, 6,0151 e 7,0160. A massa ató-
mica relativa média do lítio é 6,941.
Qual dos valores seguintes poderá representar a abundância relativa do lítio–7?
(A) 70,2%
(B) 92,5%
(C) 7,5%
(D) 50%
38
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
5. O elemento gálio, Ga, tem dois isótopos naturais estáveis, o gálio-69 e o gálio-71, como
mostra o seu espetro de massa.
68,925580
Abundância isotópica (%)
60,11
70,924700
39,89
67 68 69 70 71 72 73
Massa isotópica
5.1 Atendendo à abundância natural de cada isótopo, numa amostra de 10 000 átomos de
gálio, quantos são de gálio-69?
5.2 Determine a massa atómica relativa média do gálio.
5.3 Preveja quantos átomos de gálio-71 é possível encontrar em 5,00 g de gálio.
6. Desde que, em 1959, Richard Feynman lançou as primeiras ideias de criação de objetos
e equipamentos minúsculos para executarem tarefas então impossíveis até que, em 1981,
Eric Drexler lançou o seu projeto de manipulação molecular falando pela primeira vez em
nanotecnologia, percorreu-se um longo caminho a um ritmo avassalador.
6.1 Indique o significado do termo nanotecnologia e em que consiste.
6.2 Indique duas das áreas de aplicação da nanotecnologia.
7. A fim de compreender o mundo das nanotecnologias, precisamos ter uma ideia das unida-
des das dimensões envolvidas. Um milímetro é um milésimo de um metro e um micrómetro
é um milionésimo de um metro, mas todos estes ainda são enormes em comparação com
a escala nanométrica. Um nanómetro (nm) é um milésimo de um milionésimo de um me-
tro, e uma dezena de milionésimo da espessura de um cabelo humano.
Apresente a espessura de um cabelo humano em notação científica e na unidade SI de
base.
39
QUÍMICA 10.° Ano
Questões propostas
10.2 Determine a massa de hidrogénio que existe em 3,6 × 1024 moléculas de trinitrotolueno.
10.3 Determine a relação entre as massas de carbono e nitrogénio numa amostra de TNT.
11. O pentóxido de vanádio, V2O5, é um composto usado como corante nas indústrias da ce-
râmica e do vidro, e apresenta propriedades catalíticas importantes em muitos processos
industriais.
11.1 Descreva a composição qualitativa e quantitativa do pentóxido de vanádio.
11.2 A fração que corresponde ao contributo do oxigénio para a massa de pentóxido de va-
nádio é aproximadamente
(A) 0,44. (C) 0,78.
(B) 0,71. (D) 0,40.
11.3 Determine a quantidade de vanádio que existe em 2,3 kg de V2O5.
40
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
14. Já existe, graças à nanotecnologia, um vidro com função de autolimpeza. Isso é possível
devido à existência de uma camada ultrafina de óxido de titânio, TiO2, aplicada no lado
exterior do vidro.
Determine a espessura de uma camada ultrafina de TiO2, de densidade 4,23 g cm−3, unifor-
memente distribuído num vidro de 50 cm × 100 cm, contendo 6,02 × 1020 átomos de titânio.
15. Um grupo de alunos transferiu de uma bureta um certo número de gotas de água para um
gobelé que se encontrava sobre uma balança digital. A massa de água registada foi 9,542 g.
A figura mostra a posição do nível de água na bureta usada antes e após a transferência
referida.
15.1 Indique a incerteza de leitura da bureta e da balança
usadas.
15.2 Determine o volume das gotas de água transferidas
com o número de algarismos significativos adequado.
15.3 Determine o número de gotas transferidas, sabendo
que cada gota contém 1,45 × 1021 moléculas de água.
Apresente todas as etapas de resolução e o resultado
com três algarismo significativos.
15.4 Os alunos filmaram a experiência que realizaram. Du-
rante a revisão das imagens, constataram que o núme-
ro de gotas caído foi superior ao que tinham contado.
Explique, sem efetuar cálculos, se este erro afetou a
determinação do volume de uma gota por excesso ou
por defeito.
15.5 Um outro grupo de alunos, para o mesmo número de gotas, e usando a mesma bureta,
obteve a massa de 9,5 g numa balança digital. Este valor permite concluir que este gru-
po de alunos usou uma balança ___________ e o valor medido pode estar compreen-
dido entre ___________ .
(A) mais precisa … 9,4 g e 9,6 g.
(B) menos precisa … 9,4 g e 9,6 g.
(C) mais precisa … 9,45 g e 9,55 g.
(D) menos precisa … 9,45 g e 9,55 g.
41
QUÍMICA 10.° Ano
Questões propostas
16. Os espetros podem ser de emissão ou de absorção, consoante resultem da luz emitida
por uma amostra ou obtidos depois de a luz emitida por uma fonte atravessar a amostra.
Considere os espetros seguintes:
(A)
(B)
17. Luz não é só a luz visível. Os raios gama, os raios X, os raios ultravioleta, os infravermelhos,
as micro-ondas e as ondas de rádio também são luz. Os diferentes tipos de luz designam-se
por radiações eletromagnéticas.
I II III IV
17.1 As radiações que estão associadas às situações ilustradas nas figuras são
(A) I: raios gama; II: infravermelhos; III: ondas de rádio; IV: micro-ondas.
(B) I: raios X; II: infravermelhos; III: visível; IV: micro-ondas.
(C) I: raios X; II: ultravioleta; III: visível; IV: infravermelhos.
(D) I: raios gama; II: ultravioleta;III: ondas de rádio; IV: infravermelhos.
17.2 Coloque as radiações ilustradas nas figuras por ordem crescente de energia dos fotões
respetivos.
18. Em 1913, Niels Bohr apresentou um novo modelo para o átomo. Qual das seguintes afirma-
ções é uma das características do modelo de Bohr?
(A) O comportamento dos eletrões nos átomos é descrito por orbitais.
(B) Os átomos de hidrogénio apenas emitem determinadas radiações porque a energia do
eletrão no átomo só pode ter certos valores.
(C) Os átomos são esferas maciças de carga positiva uniformemente distribuída, na qual se
encontram dispersos os eletrões.
(D) A cada estado estacionário do eletrão no átomo está associada a emissão de uma radia-
ção de determinada frequência.
42
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
19. O espetro de emissão do hidrogénio atómico apresenta riscas de frequências bem definidas
que correspondem à emissão de quantidades discretas de energia. Explique como é que
este facto conduziu ao modelo atómico de Bohr.
n
20. Quando o átomo de hidrogénio absorve energia, E / 10 –19 J
o seu eletrão transita de um nível de menor ener- –2,42 3
gia para um nível de maior energia. O diagrama de
energia ao lado apresenta os três primeiros níveis
–5,45 2
de energia para o eletrão do átomo de hidrogénio.
Verifique, apresentando todos os cálculos necessá- B
rios, se as transições A e B poderão corresponder A
à absorção dos fotões f1 e f2, cujas energias são –21,8 1
1,60 × 10–18 J e 1,94 × 10–18 J, respetivamente.
22. Uma amostra de um sal desconhecido foi submetida ao aquecimento por uma chama para
se obter o seu espetro de emissão na região do visível.
22.1 Por comparação com os espetros de
absorção dos elementos lítio e cálcio, Lítio
conclua, justificando, se algum destes
elementos integra a constituição do Amostra
sal desconhecido.
Cálcio
43
QUÍMICA 10.° Ano
Questões propostas
23. A figura representa as quatro riscas de menor energia do espetro de emissão do átomo de
hidrogénio na região do visível.
A B C D
Frequência
23.1 Conclua entre que níveis de energia ocorre a transição eletrónica responsável pela
risca designada por D.
Apresente, num texto estruturado e com linguagem científica adequada, a fundamenta-
ção da conclusão solicitada.
23.2 Os espetros das estrelas, na região do visível, apresentam-se como uma faixa luminosa
contínua contendo riscas negras em todas as cores do arco-íris. Essas riscas revelam a
composição química das camadas superficiais das estrelas.
Explique como é possível concluir, a partir do espetro de uma estrela, se há hidrogénio
nas camadas superficiais dessa estrela.
24. No teste de chama realizam-se vários ensaios com diferentes sais. Na tabela que se segue
indicam-se as cores das chamas associadas a alguns sais.
25. A espetroscopia fotoeletrónica (PES) é uma das técnicas que permite determinar a energia
de remoção de eletrões dos átomos e, a partir delas, a energia dos eletrões no átomo.
A figura seguinte mostra o espetro fotoeletrónico simulado para um dado elemento quími-
co. O espetro contém informação relativa a todos os eletrões de um átomo do elemento.
N.o relativo de eletrões
A B C D E
44
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
25.1 Por quantos subníveis de energia se encontram distribuídos os eletrões nos átomos
desse elemento?
25.2 Os picos A, B e C correspondem, respetivamente, aos subníveis de energia
(A) 1s, 2s e 2p. (C) 3p, 3s e 2p.
(B) 2p, 3s e 3p. (D) 2p, 2s e 1s.
25.3 Indique o nome e o símbolo do elemento químico.
25.4 Conclua, justificando, sobre quantas orbitais são ocupadas pelos eletrões responsáveis
pelo pico C.
25.5 Os eletrões responsáveis pelo pico E apresentam uma maior energia de remoção porque
(A) são os eletrões de valência.
(B) a sua energia é menor.
(C) a repulsão eletrónica entre eles é maior.
(D) estão mais afastados do núcleo.
700 600 500 400 300 700 600 500 400 300
Energia de remoção / eV Energia de remoção / eV
27. Cada um dos diagramas I, II e III mostra uma distribuição de 3 eletrões em 3 orbitais 3p.
I II III
g g g gh g gg g
45
QUÍMICA 10.° Ano
Questões propostas
Tabela Periódica
29. Observe a representação da Tabela Periódica e considere apenas os elementos que nela
constam. Indique:
H
29.1 o número atómico do fósforo, P; Li C O F Ne
30. Relativamente à disposição dos elementos químicos na Tabela Periódica, é incorreto afir-
mar que
(A) os elementos representativos têm eletrões de valência nos subníveis s e p.
(B) todos os elementos de um grupo possuem a mesma configuração eletrónica de valência.
(C) em condições normais, o árgon forma moléculas diatómicas.
(D) substâncias elementares constituídas por elementos do mesmo grupo apresentam pro-
priedades semelhantes.
46
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
32. A figura apresenta o diagrama de energia das orbitais de valência dos átomos dos elemen-
tos X e Y no estado fundamental.
32.1 Conclua, justificando, qual dos elementos, X ou Y, apresenta maior
Y
energia de ionização.
Energia
32.2 A transformação cuja energia associada é a energia de ionização
de X é traduzida por
X
(A) X (s) X+ (g) + e–. (C) X (g) X+ (g) + e–.
(B) X (g) + e– X– (g). (D) X (s) + e– X– (g).
32.3 O átomo Y
(A) é um não-metal.
(B) pertence ao bloco p da Tabela Periódica.
(C) apresenta o nível de valência completamente preenchido.
(D) liga-se ao átomo X formando o composto Y2X.
33. Primo Levi, autor de uma autobiografia intitulada A Tabela Periódica, escreveu que o zinco
«(...) não estimula a nossa imaginação, é cinza e os seus sais não têm cor, não é tóxico e
não produz reações coloridas; em suma é um metal sem graça.»
33.1 Primo Levi referia-se ao elemento químico ou à substância elementar?
33.2 A energia de ionização do zinco é 906,4 kJ mol–1. Determine, em joule, a energia míni-
ma necessária para remover um eletrão de um átomo de zinco no estado fundamental,
isolado e em fase gasosa.
X
nos é explicado, em parte, devido à fraca atra-
ção do núcleo sobre o eletrão de valência. Na X
figura representa-se a energia de ionização
em função do número atómico. Qual das letras Y Z
47
QUÍMICA 10.° Ano
Questões propostas
35. Qual das representações seguintes traduz a variação do raio atómico em função do número
atómico?
(A) (C)
He
Ne
C!
Br
F F Ar
K Kr
C!
Br
Li Na
Li Na K
(B) F
(D)
K
C!
Na Br
Li
Ar Kr Li Na
C! K
Ne He Ne Ar Kr
He F
Energia de ionização / kJ mol–1
48
DOMÍNIO 1 Elementos químicos e a sua organização
37. Para procederem à identificação da substância que constitui um fio metálico encontrado
no laboratório, um grupo de alunos recorreu à picnometria para determinar a densidade do
metal. A tabela apresenta os registos efetuados pelos alunos. Considere que a densidade
da água é 1,00 g/cm3 e despreze a sua variação com a temperatura.
Ensaios
Descrição
1 2 3
Massa do picnómetro + água + fio metálico no interior, m’’ / g 62,22 61,98 62,27
49
QUÍMICA 10.° Ano
Domínio 2
Propriedades e transformações da matéria
As propriedades das moléculas e dos materiais são determinadas pelo tipo de átomos, pela
energia das ligações e pela geometria das moléculas.
50
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Ligação covalente
Estas ligações ocorrem, geralmente, entre átomos de elementos não-metálicos. Este tipo de
ligação é caracterizado por uma partilha localizada de eletrões de valência entre dois áto-
mos e dá origem a substâncias cujas unidades estruturais são moléculas (por exemplo, CO2)
ou estruturas gigantes de átomos (por exemplo, o diamante).
Ligação iónica
Ligação metálica
Eletrões de valência
Este tipo de ligação ocorre entre átomos de metais.
Os metais possuem eletrões de valência pouco atraí-
dos ao núcleo (baixas energias de ionização), pelo que + + + + +
facilmente se libertam da ação do seu átomo de ori-
gem, deslocando-se mais ou menos livremente entre + + + +
51
QUÍMICA 10.° Ano
Questão resolvida
1.1 a) Ligação iónica. Este tipo de ligação ocorre, em geral, entre átomos de
metais e não-metais. O potássio (grupo 1) é um metal e o iodo (grupo 17) é
um não-metal.
b) Ligação covalente. Este tipo de ligação ocorre, geralmente, entre átomos
de elementos não-metálicos. O hidrogénio (grupo 1) é um não-metal e o
oxigénio (grupo 16) é um não-metal.
c) Ligação metálica. Este tipo de ligação ocorre entre átomos de metais.
O alumínio (grupo 13) é um metal.
1.2 Nos dois casos, há uma partilha significativa de eletrões entre os átomos
envolvidos nas ligações. No entanto, enquanto em H2O2 a ligação entre os
átomos de O e de H se caracteriza por uma partilha localizada dos eletrões
de valência entre os dois átomos, no alumínio metálico a ligação resulta da
partilha dos eletrões de valência deslocalizados por todos os átomos, origi-
nando uma nuvem de carga elétrica negativa que abrange toda a rede do
cristal metálico.
Na ligação entre dois átomos numa molécula, cada um dos átomos experimenta alterações.
As principais alterações ocorrem com os eletrões de valência, ao nível das suas energias e
das orbitais que descrevem o comportamento desses eletrões (orbitais moleculares).
Estruturas de lewis
• O símbolo químico representa o cerne do átomo.
• Os pontos (•) e cruzes (×) à volta do símbolo químico representam eletrões de valência.
• Um traço entre os símbolos representa um par de eletrões.
52
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Ligação simples: partilha de 2 eletrões (um par, Fig. 2.5 e Fig. 2.6).
pares
H + H H H ou H–H F + F F F ou F –F não-
-ligantes
par ligante par ligante
H O H H–O–H
• Ligação dupla: partilha de 4 eletrões (dois pares, Fig. 2.7 e Fig. 2.8).
O O O O O O O C O O C O O C O
Fig. 2.7 Ligação covalente dupla na molécula de O2. Fig. 2.8 Ligações covalentes duplas na molécula de CO2.
N N N—N N—
—N N—
—
—N Q 10
Fig. 2.9 Ligação covalente tripla na molécula de N2.
Nas moléculas representadas, exceto na molécula de H2, podem sempre contar-se 8 eletrões
de valência pertencentes a cada átomo, ou seja, quatro pares de eletrões. Diz-se que estas
moléculas obedecem à regra do octeto. Chamam-se eletrões ligantes aos eletrões que par-
ticipam efetivamente na ligação, e não-ligantes aos que não contribuem para a ligação.
A energia de ligação e o comprimento de ligação são dois parâmetros que permitem caracte-
rizar a ligação covalente. A molécula é mais estável do que os seus átomos separados, pelo
que a formação de uma ligação química envolve libertação de energia. A energia de ligação
é a energia média que é necessário fornecer à molécula para quebrar a ligação e separar
esses átomos. Relação entre energia de ligação e reatividade das moléculas H2, O2 e N2:
Quanto maior for a energia de ligação, mais energia se liberta quando a ligação se forma,
pelo que a molécula é mais estável. A ligação é mais forte, pois será necessária mais energia
para a quebrar. Quanto mais estável é uma molécula, menos reativa ela é.
Em função dos dados da tabela, a molécula N2 é a mais estável, o que justifica a pequena rea-
tividade da substância elementar nitrogénio em comparação com as substâncias elementares
oxigénio e hidrogénio.
53
QUÍMICA 10.° Ano
Questão resolvida
3.o passo: desenhar uma ligação covalente simples entre o átomo central e
cada um dos átomos à sua volta. Completar os octetos dos átomos ligados
ao átomo central – exceto para o átomo de hidrogénio, cuja camada de va-
lência fica completa com 2 eletrões. Os eletrões que não estiverem envolvi-
dos nas ligações devem ser representados como pares não-ligantes.
Se o átomo central tiver menos do que 8 eletrões, colocam-se ligações du-
plas ou triplas entre ele e os átomos vizinhos, utilizando os pares não-ligan-
tes destes, de modo a completar o octeto do átomo central.
N N H N N H H N N H
54
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
2.2 N2. A molécula de nitrogénio apresenta a ligação mais forte (ligação tripla),
com seis eletrões partilhados, logo, a distância média entre os núcleos dos
átomos que estabelecem a ligação é a menor.
2.3 N2H4. É a ligação que envolve menor número de eletrões partilhados (2) –
ligação simples. Sendo a mais fraca, é a que terá menor energia de ligação.
Geometria molecular
A geometria molecular é o arranjo tridimensional dos átomos numa molécula. A esse arranjo
espacial corresponde um estado de energia mínima para a molécula, portanto, estabilidade
máxima.
Numa molécula poliatómica, em que há duas ou mais ligações entre o átomo central e os Q 10
átomos que o rodeiam, a repulsão entre os pares de eletrões ligantes, entre os ligantes e
os não-ligantes e entre os não-ligantes faz com que estes fiquem o mais afastados possível
uns dos outros. A geometria da molécula corresponderá ao arranjo espacial em que aquelas
repulsões são mínimas.
Em geral, é maior a repulsão entre pares de eletrões não-ligantes do que entre um par não-
-ligante e um par ligante. Por sua vez, a repulsão entre um par não-ligante e um par ligante é
maior do que entre dois pares ligantes.
A B C
D
H
—
— —— —
— —
— —
O C O C N O
—
—— —
—
H H H H H H
H H
Fig. 2.10 Geometrias: linear (A); tetraédrica (B); piramidal trigonal (C); angular (D).
55
QUÍMICA 10.° Ano
Questão resolvida
F
3.1 Número de eletrões de valência: 4 + 4 × 7 = 32
(como o C é do grupo 14 da Tabela Periódica, F
tem 4 eletrões de valência; o F é do grupo 17, C
—
F—C—F F
logo, tem 7 eletrões de valência). O átomo de F
—
carbono central tem 4 átomos ligados e não F
F
tem pares não-ligantes. Os quatro pares ele-
trónicos correspondentes às ligações C – F afastam-se o mais possível en-
tre si de modo a minimizar repulsões. A molécula apresenta geometria te-
traédrica.
3.2 Número de eletrões de valência: 4 + 2 × 6 = 16 (como o C é do grupo 14
da Tabela Periódica, tem 4 eletrões de valência; o S é do grupo 16, pelo
que tem 6 eletrões de valência). O átomo de carbono central está ligado a
dois átomos de enxofre e não tem pares não-ligantes. Os pares eletrónicos
correspondentes às ligações duplas afastam-se o mais possível de modo a
minimizar repulsões. A molécula S —— C—— S apresenta geometria linear.
A densidade de carga elétrica negativa, associada à nuvem eletrónica, pode ser representada
por cores: a densidade aumenta do violeta para o vermelho.
I II
As ligações entre átomos do mesmo elemento são,
em geral, apolares, pois os eletrões envolvidos
na ligação são igualmente partilhados por ambos
os núcleos, e, consequentemente, a distribuição
de carga elétrica entre os átomos é simétrica
(Fig. 2.11 – I). As ligações entre átomos de elemen- F F H F
tos diferentes são, em geral, polares, pois a partilha
dos eletrões envolvidos na ligação pelos dois Fig. 2.11 I: distribuição simétrica de carga em F2.
II: distribuição assimétrica de carga em HF.
núcleos é desigual, e, consequentemente, a distri-
buição de carga elétrica entre os átomos é assi-
métrica (Fig. 2.11 – II).
A polaridade de moléculas com um único átomo central pode prever-se a partir da análise da
distribuição de carga elétrica em torno do átomo central. Assim, uma molécula poliatómica
formada por ligações polares será:
56
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
• polar se a distribuição de carga em torno do átomo central for assimétrica, por exemplo,
H2O e NH3 (Fig. 2.12);
• apolar se a distribuição de carga em torno do átomo central for simétrica, por exemplo,
CO2 e CH4 (Fig. 2.12).
Fig. 2.12 Distribuição de carga em H2O e NH3, moléculas polares, e em CO2 e CH4, moléculas apolares.
Questão resolvida
4. Conclua, com base nas estruturas de Lewis e na geometria molecular, sobre a polari-
dade das moléculas SiC!4 (tetracloreto de silício) e PC!3 (tricloreto de fósforo).
• saturados: designam-se por alcanos (todas as ligações entre os átomos de carbono são
simples) ;
designam-se por alcenos se há uma ou mais ligações duplas entre os
• insaturados: átomos de carbono;
designam-se por alcinos se há uma ou mais ligações triplas entre os
átomos de carbono.
57
QUÍMICA 10.° Ano
Questão resolvida
5.1 Explique, com base na informação apresentada, a relação dos diferentes compri-
mentos da ligação entre os átomos de carbono nos três hidrocarbonetos.
5.2 Justifique uma ordenação dos três compostos por ordem crescente de energia
da ligação entre os átomos de carbono.
Grupo funcional: grupo de átomos presentes na molécula, ligados de forma específica, que
conferem propriedades químicas características aos compostos respetivos e que indentificam
o composto orgânico.
Classes de compostos
Grupos funcionais
orgânicos
H
Aldeídos C Grupo formilo ou grupo carbonilo terminal
O
OH
Ácidos carboxílicos C Grupo carboxilo
O
N
Aminas Grupo amino (derivado do amoníaco, NH3)
58
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Questão resolvida
Ligações de hidrogénio
As ligações de hidrogénio são as mais intensas das interações in- O O
termoleculares, mas menos intensas do que uma ligação covalen- H H H H
O
te ou iónica. Estas ligações ocorrem quando um átomo de hidro-
H H
génio ligado covalentemente a um átomo de uma molécula, de um
O O
elemento com grande tendência para atrair eletrões (F, O ou N), é H H H H
atraído por um par de eletrões não-ligantes no átomo de F, O ou N Fig. 2.13 Ligações de hidrogénio entre
de outra molécula. As ligações de hidrogénio representam-se por moléculas de água.
59
QUÍMICA 10.° Ano
Estes três tipos de interações designam-se por forças de van der Waals. Considerando mo-
léculas de tamanhos semelhantes, as ligações entre moléculas polares são as mais intensas
e as de London são as mais fracas. As forças de London estão sempre presentes, mesmo no
caso das moléculas polares, coexistindo com as outras forças de van der Waals.
Questão resolvida
7.1 O óleo é uma mistura de hidrocarbonetos, logo apolar. Assim, estabelece, pre-
ferencialmente, interações intermoleculares com a parte apolar da molécula
(a longa cadeia carbonada), assinalada a laranja. Por sua vez, a água, polar,
estabelece interações intermoleculares com a parte polar da molécula, assi-
nalada a verde.
60
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Questão resolvida
Q 10
61
QUÍMICA 10.° Ano
V
Volume molar, Vm (volume por unidade de quantidade de matéria): Vm = n
(unidade SI: m3 mol–1).
O volume molar de um gás depende das condições de pressão e temperatura.
A pressões não muito elevadas e a temperaturas não muito baixas, o volume molar é (pratica-
mente) o mesmo para qualquer gás nas mesmas condições de pressão e temperatura.
Há sempre o mesmo número de moléculas numa mole de qualquer gás: 6,02 × 1023 moléculas.
Massa volúmica de um gás: pode ser determinada a partir do quociente entre a massa molar
e o volume molar.
m nM M
!= = =
V nVm Vm
Questão resolvida
62
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Néon
Hélio
Metano
Nitrogénio (78,08%) Crípton
Oxigénio (20,95%) Hidrogénio
Árgon (0,93%) Óxido de diazoto
Dióxido de carbono (0,037%) Monóxido de carbono
Outros Xénon
Amoníaco
Monóxido de nitrogénio
Dióxido de nitrogénio
Fig. 2.18 Composição média do ar da troposfera (sem considerar o vapor de água), em volume.
Se as substâncias emitidas causarem prejuízos à qualidade de vida dos seres vivos, desig-
nam-se poluentes. São poluentes atmosféricos os seguintes: óxidos de carbono (CO, CO2),
óxidos de nitrogénio (NO, NO2 e N2O), óxidos de enxofre (SO2 e SO3), compostos orgânicos
voláteis (metano, CFC, derivados do benzeno, etc.) e matéria particulada (fumos, poeiras,
aerossóis, etc.).
Q 10
2.2.2 Composição quantitativa de soluções
Uma solução é uma mistura homogénea de duas ou mais substâncias. A composição de uma
solução pode ser encarada do ponto de vista qualitativo (quais são as substâncias que a
constituem?) ou quantitativo (quais são as quantidades de cada substância que constituem a
solução?). Há diversas formas de expressar a composição quantitativa de soluções:
Unidades
Definição Expressão matemática
SI Mais comuns
Quantidade de matéria
nsoluto mol dm–3
Concentração de soluto por unidade de c= mol m–3
Vsolução mol L–1
volume de solução
63
QUÍMICA 10.° Ano
Questões resolvidas
64
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Questão resolvida
12. Um grupo de alunos pretende preparar 50,0 mL de uma solução aquosa de perman- Q 10
ganato de potássio, KMnO4 (M = 158,04 g mol–1), de concentração 0,0750 mol dm–3.
Ao lado apresenta-se o permanganato de potássio e a balança utiliza-
da para a medição da massa respetiva.
12.1 No rótulo do frasco de permanganato de potássio constam os
pictogramas de perigo seguintes:
65
QUÍMICA 10.° Ano
Questão resolvida
12.1 a) Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves. Muito tóxico para
os organismos aquáticos com efeitos duradouros. Pode agravar incêndios:
comburente.
b) Usar luvas de proteção.
12.2 nKMnO4 = c × V = 0,0750 mol dm–3 × 50,0 × 10–3 dm3 = 3,750 × 10–3 mol
mKMnO = n × M = 3,750 × 10–3 mol × 158,04 g mol–1 = 0,593 g
4
As soluções são muitas vezes preparadas por diluição de soluções mais concentradas. Uma
solução diluída pode ser preparada medindo um pequeno volume da solução concentrada e
adicionando solvente.
Questão resolvida
13. O mesmo grupo de alunos que realizou a AL 2.2 preparou ainda, com rigor, a partir
da solução de permanganato de potássio (0,0750 mol dm–3) inicialmente prepara-
da, 50,0 mL de uma solução de KMnO4 de concentração 0,0150 mol dm–3.
13.1 Determine o volume da solução mais concentrada necessário para preparar o
volume referido de solução diluída de permanganato de potássio.
13.2 O grupo de alunos dispunha de duas pipetas com igual capacidade, sendo que
uma era volumétrica (± 0,02 mL) e a outra era graduada (± 0,05 mL).
Qual das pipetas permite a medição mais rigorosa do volume da solução mais
concentrada?
66
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
H O
O O
H H
H C H + O C O +
O O O
H H H
Fig. 2.19 Reação de combustão do metano. Há conservação do número total de átomos de cada elemento químico.
67
QUÍMICA 10.° Ano
A rutura de uma ligação é um processo que envolve absorção de energia – processo en-
doenergético. Quando se forma uma nova ligação, há libertação de energia – processo
exoenergético.
Num sistema isolado, a energia interna permanece constante porque não há trocas de ener-
gia nem de matéria com a vizinhança. Num sistema fechado, a energia interna diminui se o
sistema ceder energia à vizinhança e aumenta se o sistema receber energia da vizinhança.
Reação exotérmica – quando ocorre com libertação de energia por calor (a pressão e tem-
peratura constantes). Se a reação ocorresse em sistema isolado, a temperatura do sistema
aumentava, sinal de que a energia cinética interna do sistema aumentava; como a energia in-
terna de um sistema isolado é constante, conclui-se que a energia potencial interna (energia
associada às ligações entre os átomos) diminui.
Reação endotérmica – quando ocorre com absorção de energia por calor (a pressão e tem-
peratura constantes). Se a reação ocorresse em sistema isolado, a temperatura do sistema
diminuía, sinal de que a energia cinética interna do sistema diminuía; como a energia interna
de um sistema isolado é constante, conclui-se que a energia potencial interna (energia asso-
ciada às ligações entre os átomos) aumenta.
N N
H H H H H H
Energia
N N
Ereação= – 92 kJ mol-1 H H
H H
H H
68
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Questão resolvida
Ep
Produtos
Reagentes
14.1 Como a energia potencial dos produtos é maior do que a energia potencial
dos reagentes, se a reação ocorrer a temperatura constante, o sistema terá
que absorver energia por calor da vizinhança para que ocorra aquele aumen-
to de energia potencial. A reação é endotérmica.
14.2 (C). A energia interna de um sistema isolado mantém-se constante. Como a
energia potencial dos produtos é maior do que a dos reagentes, há aumento
da energia potencial interna. Logo, para que a energia interna se mantenha
constante, a energia cinética interna tem de diminuir, logo, a temperatura do
sistema diminui.
14.3 (D).
Variação de entalpia
A variação de entalpia padrão, !H°, de uma reação corresponde à energia transferida, por
calor, para ou do exterior, quando a reação é realizada a pressão constante (105 Pa) e a tem-
peratura constante (25 °C).
69
QUÍMICA 10.° Ano
Numa reação exotérmica, o sistema cede energia, por calor, à vizinhança, por isso !H < 0
(energia potencial associada às ligações entre os átomos diminui) (Fig. 2.21).
Numa reação endotérmica, o sistema absorve energia, por calor, da vizinhança, por isso !H > 0
(a energia potencial associada às ligações entre os átomos aumenta) (Fig. 2.22).
Energia
Energia
Reagentes Produtos
Fig. 2.21 Variação de entalpia para uma reação Fig. 2.22 Variação de entalpia para uma reação
exotérmica. endotérmica.
Questão resolvida
15.1 A variação de entalpia padrão, !H°, de uma reação é dada pela energia
transferida, por calor, entre o sistema e a vizinhança, a pressão constante
e a temperatura constante: se a energia absorvida por calor for Q, então
!H° = Q; se a energia cedida por calor for Q, então !H° = –Q, a 25 °C.
15.2 Não. A entalpia é uma propriedade do sistema reacional, pelo que a varia-
ção de entalpia só depende do estado inicial e final do sistema e não do
modo como este evolui.
15.3 Como o sistema recebeu calor, a reação é endotérmica. O calor transferido
a pressão constante corresponde à variação de entalpia, logo, !H > 0 (calor
absorvido).
70
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Questão resolvida
Com base nos valores das energias de ligação da tabela, calcule a variação de en-
talpia, !H, da reação de síntese do amoníaco e compare o resultado com o valor
experimental (– 93 kJ/mol), a 25 °C.
71
QUÍMICA 10.° Ano
Fotodissociação e fotoionização
Com base nos valores das energias de dissociação pode concluir-se que a molécula de ni-
trogénio, N2, é a mais estável (ligação mais forte), pois apresenta maior energia de ligação.
Pode ainda concluir-se que a ligação entre os átomos de oxigénio é mais forte na molécula
de oxigénio, O2, do que na molécula de ozono, O3, pelo que a molécula de oxigénio é mais
estável do que a de ozono.
A fotoionização consiste na ionização de átomos ou moléculas por ação da luz.
luz
A A+ + e– !H > 0
Alguns dos processos de fotoionização ocorrem nas camadas mais exteriores da atmosfera
(termosfera e mesosfera). As radiações solares que atingem essas camadas têm energia su-
ficiente para provocar a ionização das espécies aí existentes. Este processo envolve maior
energia do que a fotodissociação.
• O2 (g) O2+ (g) + e– !H = 1205 kJ mol–1
• N2 (g) N2+ (g) + e– !H = 1495 kJ mol–1
Radicais (radicais livres) são entidades (átomos, moléculas ou iões) em que os spins dos ele-
trões não estão todos compensados, ou seja, cujas orbitais possuem eletrões desemparelhados.
Representam-se pelo símbolo da espécie química seguida de • e são, em geral, muito reativos.
Qualquer entidade com um número ímpar de eletrões é um radical, uma vez que tem, neces-
sariamente, pelo menos, um eletrão desemparelhado.
Questão resolvida
72
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
945 × 1000 J
17.1 A energia de dissociação de uma molécula de nitrogénio é =
6,02 × 1023
498 × 1000 J
= 1,57 × 10–18 J e a de uma molécula de oxigénio é = 8,27 × 10–19 J.
6,02 × 1023
Para ocorrer dissociação das moléculas presentes na estratosfera, as suas
energias de dissociação terão de estar compreendidas entre 6,6 × 10–19 J
e 9,9 × 10–19 J, o que apenas se verifica para a molécula de oxigénio.
17.3 Com base nos valores das energias de dissociação, pode concluir-se que a
molécula de nitrogénio requer maior energia para quebrar a ligação N—N.
Assim, a dissociação da molécula de nitrogénio deverá ocorrer na camada
mais exterior da atmosfera (termosfera), pois a essa camada (maior altitude)
chegam radiações mais energéticas do que as que chegam à estratosfera.
Ozono estratosférico Q 10
O ozono existe na troposfera e na estratosfera (Fig. 2.24).
Altitude / km
Formação do ozono:
O2
O2 UV-C
O• + O• (absorção de energia necessária à quebra das
ligações oxigénio-oxigénio)
O O O• + O2 O3 (libertação de energia)
+ +
O2 O2
Decomposição do ozono:
O3 O3
As moléculas de O3, por sua vez, também podem absorver radia-
Fig. 2.25 Formação do ozono ção UV:
estratosférico.
O UV-B O• + O
3 2
73
QUÍMICA 10.° Ano
Questão resolvida
18.1 Classifique cada uma das reações considerando o processo ocorrido em cada
situação.
18.2 A frequência das radiações UV aumenta na sequência UV-A, UV-B e UV-C.
A ionização de N2 necessita de _________ energia do que a ionização de
O2, prevendo-se assim que para ionizar N2 deverá ser necessário radiação
_________.
(A) mais … UV-A
(B) menos … UV-A
(C) mais … UV-C
(D) menos … UV-C
18.2 (C). A ligação em N2 é mais forte do que a ligação em O2, assim, prevê-se
que para ionizar N2 seja necessário mais energia do que para ionizar O2.
A uma maior energia corresponde uma maior frequência, portanto, deverá
ser necessário radiação UV-C.
74
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
Devido à sua inércia química, estes gases, após libertados na troposfera, duram o tempo sufi-
ciente para subirem até à estratosfera, onde ocorre a sua fotodissociação provocada pela ra-
diação UV – originando radicais livres. Por exemplo, para o CC!3F dá-se a reação traduzida por:
CC!3F UV
CC!2F• + C!•
Os átomos de cloro (um dos radicais livres formados) são extremamente reativos, reagindo
rapidamente com o ozono na estratosfera (Fig. 2.27).
Cl O
OO
OO O OO
Cl O O OO Cl
OO Q 10
Fig. 2.27 Esquema da destruição do ozono pelo cloro libertado pelos CFC.
No desenrolar desta ação eles de novo são gerados, podendo continuar a reagir com molé-
culas de ozono sucessivamente (reação em cadeia):
C!• + O3 C!O• + O2
C!O• + O• C!• + O2
C!• + O … 3
A luz pode desencadear reações químicas. Materiais fotossensíveis são materiais que na pre-
sença da luz sofrem transformações químicas.
luz
2 AgC! (s) 2 Ag (s) + C!2 (g)
Se uma amostra de cloreto de prata for submetida a diferentes tipos de luz visível, verifica-se
que quanto mais energética for o tipo de radiação, mais intenso é o escurecimento.
No laboratório, o cloreto de prata pode ser obtido a partir da reação entre soluções aquosas de
nitrato de prata, AgNO3, e de cloreto de sódio, NaC!, de acordo com a equação química seguinte:
75
QUÍMICA 10.° Ano
Questões propostas
Ligação química
3. Um aluno, ao rever os seus apontamentos sobre estruturas de Lewis, verificou que repre-
sentara a molécula de acetaldeído, CH3CHO, pela fórmula de Lewis seguinte.
H O
—
H—C—C—H
—
—
3.1 Conclua, justificando, porque se trata de uma estrutura impossível, analisando a regra do
octeto.
3.2 Escreva a fórmula de estrutura de Lewis para a molécula de acetaldeído.
76
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
6. Os óxidos de nitrogénio ameaçam a camada de ozono que protege a Terra das radiações
UV mais energéticas.
Na molécula de NO a energia de ligação é 632 kJ mol−1 e o comprimento de ligação é
115 pm. Por sua vez, a energia de ligação NO na molécula de NO2 é 469 kJ mol−1.
6.1 A ligação NO na molécula de NO, comparativamente à ligação NO em NO2, tem
____________ eletrões partilhados e um comprimento de ligação __________.
(A) mais … superior
(B) mais … inferior
(C) menos … inferior
(D) menos … superior
6.2 Quando, a partir de uma mole de NO (g) e a pressão constante, se formam uma mole de
átomos de nitrogénio e uma mole de átomos de oxigénio, ambos no estado gasoso, é
_____________, como calor, uma energia de ___________ kJ.
(A) absorvida … 1264
(B) libertada … 1264
(C) absorvida … 632
(D) libertada … 632
H — C" H — Br H—I
+ -
77
QUÍMICA 10.° Ano
Questões propostas
CH4 CH3C!
CH — CH3
—
CH3
Identifique o:
a) composto de fórmula molecular C6H12;
b) hidrocarboneto insaturado;
c) hidrocarboneto saturado;
d) composto que contém o grupo carboxilo.
10.2 Considere os seguintes compostos orgânicos:
I. C(CH3)4
II. C4H10
III. CH2CHC(CH3)3
IV. CH3(CH2)4CH3
Conclua, justificando, qual dos compostos é insaturado.
78
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
6
H3C NH2
O
5 4 3 2 1
C CH CH CH2 C
O H
OH
OH
H3C CH3 CH3 CH3 O
O OH
OH
CH3 HO OH
Vitamina A Vitamina C
Justifique o facto de o éter etilmetílico apresentar maior ponto de ebulição, num texto
estruturado e com linguagem científica adequada.
79
QUÍMICA 10.° Ano
Questões propostas
Gases e dispersões
15. Considere quatro amostras de diferentes gases, cujos volumes, medidos nas condições
normais de pressão e temperatura, são indicados na tabela.
Amostra I II III IV
Gás H2O NO O2 C2H4
Volume / mL 100 100 50 50
15.1 O número total de átomos é igual nos recipientes que contêm as amostras
(A) I e II. (B) II e III. (C) III e IV. (D) I e IV.
15.2 A densidade do vapor de água à temperatura de 100 °C e à pressão de 1 atm é 0,590 g/dm3.
O volume ocupado por 1,81 × 1024 moléculas de H2O contidas numa amostra pura de
vapor de água, nas condições de pressão e de temperatura referidas, é
16. Num recipiente de 3,00 dm3 encontram-se 2,00 g de hélio, He. Se transferirmos o gás para
um recipiente de 3,70 dm3, determine a massa de hélio que se deve adicionar ao recipiente
para que se mantenham as mesmas condições de pressão e temperatura.
17. Em 1811, Avogadro concluiu que volumes iguais de gases dife- V / dm3 n / mol
rentes, medidos nas mesmas condições de pressão e de tem-
4,14 0,20
peratura, contêm o mesmo número de partículas. Com base
neste resultado é possível determinar o volume molar, Vm, de 8,22 0,40
um gás, e também a sua densidade, em determinadas condi- 12,38 0,60
ções de pressão e temperatura.
16,56 0,80
17.1 Na tabela registou-se o volume, V, de diferentes amostras
de nitrogénio, N2 e a respetiva quantidade de matéria, n, nas
mesmas condições de pressão e temperatura.
Determine o volume molar de N2 a partir da equação da reta que melhor se ajusta a um
gráfico adequado (utilize a calculadora gráfica).
Apresente todas as etapas de resolução.
17.2 Calcule a densidade de N2 nas condições de pressão e temperatura consideradas.
18. Considere uma mistura de poluentes atmosféricos cuja composição é a seguinte: 40 mol
de moléculas de NO, 716,8 L de SO2 e 280,0 g de CO.
Nas condições PTN, determine:
18.1 a relação entre o número de moléculas de cada um dos poluentes na mistura;
18.2 a densidade do dióxido de enxofre relativamente ao ar.
Dado: !ar = 1,23 g dm–3.
80
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
20. O hipoclorito de sódio, NaC!O, tem diversas aplicações, como o tratamento de efluentes
domésticos e industriais, de água de piscinas e de água destinada ao consumo humano.
A figura representa três recipientes que contêm soluções aquosas (A, B e C) de hipoclorito
de sódio.
A B
1,0 L C
500 mL
0,10 250
0,050 cm3
mol dm–3
mol dm–3
Transformações químicas
I II
2 C (s) + O2 (g) 2 NO (g)
Energia
Energia
81
QUÍMICA 10.° Ano
Questões propostas
23.1 Sabendo que as energias das ligações C–H, C!–C! e C–C! são, respetivamente,
413 kJ mol−1, 242 kJ mol−1 e 328 kJ mol−1, a energia da ligação na molécula de cloreto
de hidrogénio é dada por
(A) E(H–C!) = (413 + 242 − 104 − 328) kJ mol−1.
(B) E(H–C!) = (4 × 413 + 242 − 104 − 3 × 328) kJ mol−1.
(C) E(H–C!) = (413 + 242 + 104 − 328) kJ mol−1.
(D) E(H–C!) = [413 + 242 − (104 − 328)] kJ mol−1.
23.2 Preveja, justificando, o que aconteceria à temperatura do sistema se a reação ocorres-
se num sistema isolado.
82
DOMÍNIO 2 Propriedades e transformações da matéria
NO + O3 NO2 + O2
NO2 + O• NO + O2
25.1 Explique por que razão, em condições normais, a quantidade de ozono permanece
aproximadamente constante na estratosfera.
25.2 Escreva a equação química que traduz a reação global de decomposição do ozono
provocada pelo NO. Que função desempenha o NO neste processo?
27. A formação do ozono na estratosfera pode ser ilustrada pelo esquema da figura seguinte.
O2
O O
+ +
O2 O2
O3 O3
83
Física
10.º Ano
Domínio 1
Energia e sua conservação
FÍSICA 10.° Ano
Domínio 1
Energia e sua conservação
A energia e a sua conservação são ideias centrais na in-
terpretação de fenómenos mecânicos, elétricos e térmicos. Fronteira
A energia pode transferir-se entre sistemas físicos mas pode também sofrer transformações
num mesmo sistema físico: a energia que se apresenta de uma forma converte-se noutra
forma de energia.
Todos os corpos têm uma propriedade intrínseca, a sua massa, que é expressa, no Sistema
Internacional, SI, na unidade quilograma (símbolo kg). Se para o estudo do movimento do cor-
po não nos interessar a sua constituição ou forma, nem deformações ou rotações, podemos
representá-lo por um ponto. Este ponto é equivalente a uma partícula com a massa do corpo
e denomina-se centro de massa, CM (Fig. 1.3).
m = 10 kg
CM
m = 10 kg
86
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Existem dois tipos fundamentais de energia, a energia cinética, Ec, associada ao movimento
de partículas, e a energia potencial, Ep, associada à interação entre partículas.
A energia é uma grandeza escalar (fica completamente caracterizada por um número e por
uma unidade). A unidade SI de energia é o joule (símbolo J).
Energia cinética, Ec
Um corpo em movimento tem uma energia associada ao seu movimento: energia cinética, Ec.
A energia cinética de translação aumenta com a massa do corpo, m, e com o quadrado da
sua velocidade, v2. A expressão matemática que traduz essa relação (as unidades SI são as
indicadas) é:
1
Ec = m v2
2
J kg m s–1
joule quilograma metro por segundo
Questões resolvidas
1. Um carro com a massa de 800 kg viaja à velocidade de 75 km/h. Calcule a sua ener-
gia cinética na unidade coerente com as unidades de base do SI.
87
FÍSICA 10.° Ano
Questão resolvida
3. A energia cinética de um rapaz que corre a 18 km/h é 750 J. Qual é a sua massa?
km 1000 m 1 1
v = 18 = 18 × = 5,0 m s–1 ; Ec = m v2 ⇒ 750 = m 5,02 ⇔
h 3600 s 2 2
750 × 2
⇔m= kg = 60 kg
5,02
Energia potencial, Ep
A energia potencial resulta da interação de um corpo com outros corpos. Diz-se que a energia
potencial é uma energia armazenada, por não estar associada ao movimento mas poder provo-
car movimento, transformando-se em energia cinética.
A expressão que indica as grandezas de que depende a energia potencial gravítica do sis-
tema corpo + Terra à superfície da Terra é:
Ep = m g h
J kg m s–2 m
joule quilograma metro por metro
segundo quadrado
88
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Questões resolvidas
km 1000 m
4.1 m = 50 g = 0,050 kg ; v = 234 h = 234 × 3600 s = 65,0 m s–1
A energia cinética com que a flecha é disparada é:
1 1
Ec = m v2 = × 0,050 × 65,02 J = 106 J
2 2
Como a energia potencial elástica se converteu em energia cinética,
a energia potencial elástica era Ep = 1,1 × 102 J.
F 10
5. Atirou-se uma pedra para cima, na vertical. Considerando o sistema constituído pela
Terra e pela pedra, classifique como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações
seguintes. Fundamente as suas respostas.
(A) Só depois da pedra atingir a altura máxima é que o sistema fica com energia
potencial.
(B) Logo depois de sair da mão, o sistema adquire a energia potencial que faz
subir a pedra.
(C) Quando a pedra está a subir, a energia cinética diminui e transforma-se em
energia potencial gravítica.
(D) Durante a subida da pedra, existe apenas energia potencial gravítica.
(E) Durante a descida da pedra, existe energia potencial gravítica e energia cinética.
(F) Durante a subida, a energia potencial gravítica diminui e transforma-se em
energia cinética.
(A) Falsa. A energia potencial gravítica vai aumentando à medida que a altura da
pedra aumenta.
(B) Falsa. Na subida, a energia cinética vai diminuindo e a energia potencial vai
aumentando.
(C) Verdadeira.
(D) Falsa. Desde que a pedra tenha velocidade tem energia cinética.
(E) Verdadeira.
(F) Falsa. A energia cinética diminui, transformando-se em energia potencial gra-
vítica (que aumenta).
89
FÍSICA 10.° Ano
Questão resolvida
A
6. Uma bola, de massa 200 g, estava parada em
cima de um apoio. O apoio foi retirado e a bola
caiu, aumentando a sua velocidade à medida
que se aproximava do solo. Considere o sistema h = 1,5 m
as suas respostas.
6.1 Qual foi a transformação de energia que ocorreu na queda?
6.2 Calcule a energia potencial gravítica do sistema no nível A.
6.3 Durante a queda, de A para B, 4% da energia inicial do sistema transfere-se para
a vizinhança. Determine o módulo da velocidade da bola ao embater em B.
6.1 No nível A há energia potencial gravítica mas não há energia cinética, pois
inicialmente a bola estava parada. À medida que a bola vai caindo a sua ve-
locidade aumenta, pelo que adquire energia cinética e essa energia vai au-
mentando. Mas a energia potencial diminui, pois a altura em relação ao solo
vai diminuindo. Então, na queda há uma transformação de energia potencial
gravítica em energia cinética.
6.3 Se 4% da energia inicial da bola se transfere, a bola fica com 96% dessa ener-
gia.
96
96% = = 0,96 ; Efinal = 0,96 × 3,0 J = 2,88 J.
100
A energia final é a energia cinética.
1 1 2,88
Ec = m v2 ; × 0,200 × v2 = 2,88 ⇔ 0,100 × v2 = 2,88 ⇒ v = m s–1 =
2 2 0,100
= 5,4 m s–1
Potência, P
A potência é a grandeza física que mede a rapidez com que a energia é transferida. A potência,
P, pode calcular-se pelo quociente entre a energia transferida, E, e o intervalo de tempo que
levou a transferir, !t.
J
E joule
W P= "
watt !t
s
segundo
1J
Um watt corresponde à transferência de um joule por segundo: 1 W = = 1 J s–1.
1s
90
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Um corpo parado, mesmo sem ter em conta a sua interação com outros, possui uma certa ener-
gia. Essa energia chama-se energia interna, U. A energia interna resulta das energias cinéticas
de todas as partículas, Ec (partículas), que constituem o corpo, e das energias associadas às
interações entre elas, Ep (partículas).
U = Ec (partículas) + Ep (partículas)
Questão resolvida
F 10
(D). Entre dois sistemas, constituídos pela mesma substância, com a mesma tem-
peratura, casos de A e C e de B e D, tem mais energia interna o que tiver maior
número de partículas (maior massa). Entre dois sistemas com o mesmo número
de partículas (mesma massa), casos de A e B ou C e D, o que tiver maior tempe-
ratura tem mais energia interna.
Não é possível, com a informação do enunciado, comparar as energias internas
de B e C: B tem maior temperatura, mas C tem maior massa.
O trabalho é uma medida da energia transferida entre sistemas por ação de forças. Para que
exista trabalho, é necessário que uma força atue sobre um corpo e que, simultaneamente,
exista um deslocamento do ponto de aplicação da força. Mas não é suficiente, pois pode exis-
tir deslocamento do ponto de aplicação da força sem que exista trabalho realizado.
91
FÍSICA 10.° Ano
A expressão que permite calcular o trabalho, W, de uma força constante (Fig. 1.7) é:
W = F d cos !
F F
! d
O trabalho é uma grandeza escalar, bastando para a sua caracterização um número e uma
unidade. O trabalho positivo chama-se de trabalho potente e o trabalho negativo chama-se
trabalho resistente.
A unidade SI de trabalho é o joule (J). Um joule é o trabalho realizado por uma força constan-
te, de um newton, quando o deslocamento é de um metro, tendo a força e o deslocamento a
mesma direção e sentido (Fig. 1.8).
1J=1N×1m
A força F , representada a vermelho, que atua no caixote, é equivalente à soma de duas for-
ças, a azul com a verde (Fig. 1.9). Estas duas forças são as componentes da força: a verde é a
componente da força paralela à direção do movimento; a azul é a componente da força per-
pendicular ao deslocamento. O trabalho da força a azul é igual ao produto da sua intensidade
pelo módulo do deslocamento e pelo cosseno de 90º. Como cos 90º = 0, esta força realiza
um trabalho nulo. Assim, só a força a verde é que irá realizar trabalho. Esta componente da
d
ef
A componente escalar da força eficaz na direção do movimento pode ser calculada pelo
produto da intensidade da força, F, pelo cosseno do ângulo entre a força e o deslocamento,
F cos θ.
92
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Quando várias forças atuam num sistema que possua apenas movimento de translação, o
trabalho total, Wtotal, ou seja, a soma dos trabalhos realizados por cada uma das forças é igual
ao trabalho que seria realizado pela resultante das forças, WF resultante (Fig. 1.10).
d
1 2 res
1 1
2
res
2
res
F 10
Soma dos trabalhos realizados por cada uma das forças = Trabalho da resultante das forças
d d
P =mg
Fig. 1.11 Pesar um corpo.
O peso define a vertical e o sentido descendente, podendo considerar-se igual à força graví-
tica que a Terra exerce sobre o corpo.
93
FÍSICA 10.° Ano
Questão resolvida
8. O caixote da figura, de massa 50 kg, é deslocado 6,0 m da posição (A) para a posi-
d d
B A
d d
8.1 Fg: força gravítica (exercida pela Terra sobre o caixote); N : força normal (exer-
d
cida pela superfície sobre o caixote); Fa: força de atrito (exercida pela superfí-
d
força F , pois esta é mais intensa do que a força de atrito Fa , e tem módulo Fres
= (300 – 50) N = 250 N.
WFres = Fres d cos 0o = 250 N × 6,0 m × 1 = 1,5 × 103 J
Este trabalho é igual ao trabalho total
Wtotal = WFg + WN + WF + WFa = (0 + 0 + 1,8 × 103 – 3,0 × 102) J = 1,5 × 103 J
94
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Ângulo (θ ) θ = 0º 0º < θ < 90º θ = 90º 90º < θ < 180º θ = 180º
Cosseno do
+1 positivo 0 negativo –1
ângulo ( cos θ )
Existindo força e também deslocamento, como será o trabalho se o ângulo entre a força e o
deslocamento variar entre 0o e 180o?
140º 90º
60º
180º 0º d
Ângulo (θ ) θ = 0º 0º < θ < 90º θ = 90º 90º < θ < 180º θ = 180º
Direção
mesma mesma direção
e sentido de direção direção direção
direção e sentido
força em relação
ao deslocamento
e sentido
oblíqua perpendicular oblíqua
oposto F 10
negativo
W, trabalho da positivo
positivo nulo negativo e máximo em
força constante e máximo
módulo
Questão resolvida
posição (B). Calcule o trabalho da força F que atua sobre ele no deslocamento entre
A e B.
B A
30º
= 300 N
95
FÍSICA 10.° Ano
Questões resolvidas
(C). Como a força exercida pelo fio é sempre perpendicular à trajetória do avião,
o trabalho desta força é nulo qualquer que seja a situação do movimento.
96
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
13. Um carro desceu um plano inclinado, ficando 15 m abaixo do nível inicial. O traba-
lho do peso do carro no deslocamento foi de 7,5 × 104 J. A massa do carro era de
(A) 7,5 × 103 kg. (B) 5,0 × 103 kg. (C) 7,5 × 102 kg. (D) 5,0 × 102 kg.
A
(D). WFg = Fg AB cos θ = m g AB cos θ
h
Mas como cos θ = , temos !
AB h
!
h
WFg = m g AB =mgh B
AB Fg
WFg = 7,5 × 104 J ; g = 10 m s–2 ; h = 15 m
7,5 × 104
WFg = m g h ⇒ 7,5 × 104 = m × 10 × 15 ⇒ m = kg = 5,0 × 102 kg
10 × 15
Se as variações de energia interna forem desprezáveis, sempre que a energia cinética do cor-
po variar, a variação sofrida é igual ao trabalho realizado pela força. Se atuarem várias forças,
F 10
esta lei mantém-se válida. Esta igualdade é conhecida como Teorema da Energia Cinética,
ou Lei do Trabalho-Energia: a soma dos trabalhos realizados por todas as forças é igual à
variação da energia cinética do corpo.
1 1
∑W = "Ec = Ec, final – Ec, inicial = m v2final – m v2inicial
2 2
Para um corpo apenas com movimento de translação, a soma dos trabalhos realizados por
cada força é igual ao trabalho realizado pela resultante das forças, WFres. Logo, WFres = "Ec.
Questão resolvida
14. Um automóvel, de massa 800 kg, atinge 100 km/h, partindo do repouso, em 10,8 s.
Admita válido o modelo da partícula material.
14.1 Determine a soma dos trabalhos das forças que atuam sobre o automóvel nos 10,8 s.
14.2 Calcule a potência média no arranque.
km 1000 m
14.1 vi = 0; vf = 100 = 100 × = 27,8 m s–1.
h 3600 s
1
A energia cinética final é Ec = m v2 = 0,5 × 800 × 27,82 J = 3,09 × 105 J.
2
O trabalho realizado é ∑W = "Ec = (3,09 × 105 – 0) J = 3,09 × 105 J.
W 3,09 × 105 J
14.2 P = = = 2,86 × 104 W
"t 10,8 s
97
FÍSICA 10.° Ano
Questão resolvida
15.1 Qual foi o trabalho realizado pelas forças que atuaram sobre o aspirador?
15.2 Quanto se deslocou o aspirador?
15.1 O trabalho total de todas as forças, Wt, é igual à variação de energia cinética.
15.2 O trabalho do peso e o da força normal são nulos, pois são duas forças per-
pendiculares ao deslocamento. A força de atrito faz um ângulo de 180o com
o deslocamento.
WP + WN + WFh + WFa = 0 + 0 + Fh × cos 30o × d – Fa × d = (Fh × cos 30o – Fa) × d
é o trabalho total e igual à variação de energia cinética,
10 = (50 × cos 30o – 10) × d, vindo d = 0,30 m = 30 cm
A energia cinética do centro de massa de um carrinho que desce uma rampa aumenta com a
distância percorrida, pois na descida a velocidade vai aumentando e, consequentemente, a
energia cinética também aumenta. A distância percorrida pode medir-se diretamente com uma
fita métrica. Para medir a energia cinética num dado ponto do plano inclinado, deve medir-se a
massa do carrinho e a sua velocidade no instante em que o carrinho passa nesse ponto.
Cronómetro digital
Célula fotoelétrica
98
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Para medir experimentalmente a velocidade do carrinho quando passa num dado ponto, usa-se
uma célula fotoelétrica associada a um cronómetro digital. Se se colocar na parte superior do
carrinho uma tira opaca estreita, dividindo a sua largura pelo tempo de passagem dessa tira
em frente à célula fotoelétrica, obter-se-á uma boa aproximação para o módulo da velocidade,
porque o intervalo de tempo medido vai ser pequeno.
Assim, mede-se a distância percorrida pelo carrinho até um dado ponto e a energia cinética do
carrinho nesse ponto, repetindo o procedimento, pelo menos, para cinco pontos diferentes ao
longo do plano inclinado. De seguida, constrói-se um gráfico de pontos (diagrama de disper-
são) da variação da energia cinética, !Ec, em função da distância percorrida, d, sobre o plano.
Prevê-se que a energia cinética aumente proporcionalmente com a distância percorrida, uma
!Ec
vez que ∑W = !Ec ⇒ WFres = !Ec ⇒ Fresd cos 0° = !Ec ⇒
d
= Fres = constante (na descida a re-
d
sultante das forças pode ser considerada constante).
Força conservativa: o trabalho realizado por uma força conservativa entre quaisquer dois
pontos é sempre o mesmo, independentemente da trajetória seguida. Se a trajetória for fe-
chada, o trabalho realizado por uma força conservativa será nulo, pois as posições final e
inicial são as mesmas (o trabalho é nulo, pois, por não depender da trajetória, tem de coincidir
com o trabalho que seria realizado se o corpo se mantivesse em repouso na posição inicial).
F 10
Forças não conservativas: o trabalho realizado por uma força não conservativa entre quais-
quer duas posições depende da trajetória seguida.
As forças de atrito e as forças de resistência do ar são forças não conservativas. Por exemplo,
se um corpo for atirado para cima (Fig. 1.14):
Fa
• no movimento ascendente, a força de resistência do ar será
v
contrária à subida e realizará um trabalho negativo;
• depois de o corpo começar a cair, a força de resistência do ar v
terá o sentido ascendente, sendo também contrária ao movi-
mento, e realizará um trabalho negativo. Fa
A energia potencial gravítica é a energia de interação entre um corpo e a Terra (ou outro astro)
e a força gravítica (ou peso do corpo) traduz a interação entre o corpo e a Terra. A energia
potencial gravítica está relacionada com o trabalho da força gravítica.
O trabalho realizado pela força gravítica exercida pela Terra sobre um corpo, no desloca-
mento desse corpo entre dois pontos A e B, não depende do caminho seguido entre esses
pontos: diz-se que o peso é uma força conservativa e o seu trabalho é simétrico da variação
de energia potencial gravítica.
Wpeso = –!Ep
Wpeso = –(Ep, final – Ep, inicial) = –(m g hfinal – m g hinicial)
99
FÍSICA 10.° Ano
O nível de referência para a medida das alturas, h, é arbitrário, podendo tomar-se o valor nulo
para a altura mais baixa. Desta forma estabelece-se também o valor nulo para a energia potencial.
No percurso em que um corpo sobe e desce para a mesma altura de partida, Wpeso = 0.
Questões resolvidas
17. Por vezes usa-se uma prancha como plano inclinado para elevar objetos pesados.
17.1 Mostre que o trabalho realizado pelo peso do
corpo, no deslocamento entre dois pontos, é o
mesmo quer se desloque o corpo através da ram-
pa quer se desloque horizontalmente o corpo e
depois se proceda à sua elevação na vertical.
100
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
17.2 Como qualquer que seja a trajetória o trabalho realizado pelo peso é sempre
o mesmo, qual é a vantagem de colocar uma prancha como plano inclinado?
À soma da energia potencial, Ep, com a energia cinética, Ec, dá-se o nome de energia mecânica:
Em = Ep + Ec
Quando num corpo apenas atuam forças conservativas (fc), o trabalho dessas forças é igual
ao simétrico da variação de energia potencial, Wfc = –#Ep, mas, atendendo ao Teorema da
Energia Cinética, este trabalho também é igual à variação de energia cinética, Wfc = #Ec, en-
tão, verifica-se a igualdade #Ec = –#Ep ou #Ec + #Ep = 0.
101
FÍSICA 10.° Ano
Sempre que apenas existam forças conservativas (ou existindo forças não conservativas
realizando um trabalho nulo), a energia mecânica permanece constante no decurso do tem-
po, significando que a energia mecânica se conserva. A um certo aumento da energia ciné-
tica corresponde uma diminuição do mesmo valor da energia potencial e vice-versa.
Entre quaisquer pontos A e B a energia mecânica é constante, ou seja, conserva-se (Fig. 1.16):
Ec + Ep = Ec + Ep
A A B B
Ec
Questões resolvidas
102
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Quando para além das forças conservativas (fc) também são exercidas forças não conserva-
tivas (fnc), temos:
Wfnc + Wfc = !Ec F 10
Como Wfc = –!Ep , então Wfnc – !Ep = !Ec ⇒ Wfnc = !Ep + !Ec ou Wfnc = !Em = Em (final) – Em (inicial)
Sempre que existirem forças não conservativas, o seu trabalho é igual à variação de ener-
gia mecânica. As forças não conservativas podem aumentar ou diminuir a energia mecânica,
realizando um trabalho positivo ou negativo.
As forças não conservativas que realizam sempre trabalho negativo são chamadas forças
dissipativas. É o caso das forças de atrito entre superfícies em movimento.
Eútil
"=
Etotal
sendo Etotal toda a energia mecânica inicial disponível e Eútil a que é aproveitada para o movi-
mento no final de um certo processo (como há sempre alguma energia dissipada, segue-se
que " < 1; quanto maior for a energia dissipada, menor será o rendimento); é usualmente
expresso em percentagem. O rendimento pode também ser calculado em termos da energia
P
transferida por unidade de tempo, ou seja, da potência, " = útil .
Ptotal
103
FÍSICA 10.° Ano
Questões resolvidas
21. Um carrinho, largado no nível A, desce um plano com 20o de inclinação, encontran-
do depois um percurso plano e horizontal. No plano inclinado o atrito é desprezá-
vel, mas no percurso horizontal não o é.
4,0 kg
A
1,8 m
20º
B C
21.1 Represente, num esquema, as forças que atuam sobre o carrinho a meio do
plano inclinado e na superfície horizontal.
21.2 Calcule o módulo da velocidade com que o carrinho chega à posição B.
21.3 Se a força de atrito tiver a intensidade de 36 N, qual será a distância mínima
a que deve estar o obstáculo, posição C, para o carrinho não embater nele?
Fundamente a sua resposta.
21.1 N
P 70º N
Fa
20º
B P
104
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
21.2 Com os dados fornecidos, esta questão pode resolver-se por dois métodos.
1.o método: pela conservação da energia mecânica:
1 1
Eci + Epi = Ecf + Epf ⇒ m v i2 + m g hi = m v f2 + m g hf
2 2
Como a velocidade inicial é nula e tomando o nível mais baixo como a origem
para a energia potencial, a expressão fica
1 1
m g hi = m v 2f ⇒ 4 × 10 × 1,8 = × 4 × v 2f ⇒ v f = 6,0 m/s.
2 2
2.o método: pelo Teorema da Energia Cinética:
Quando uma bola é deixada cair na vertical, diminui a sua altura em relação ao solo e au-
menta a sua velocidade à medida que se aproxima dele. Assim, na descida vai diminuindo a
energia potencial gravítica do sistema bola + Terra e aumentando a energia cinética da bola.
Ao embater no solo, a bola vai ressaltar, subindo na vertical até uma altura máxima. Neste
movimento aumenta a energia potencial gravítica do sistema bola + Terra e diminui a energia
cinética da bola. Após ter alcançado a altura máxima, inverte o sentido do seu movimento e
reinicia a descida.
Na descida e na subida as forças dissipativas são desprezáveis. Assim, como durante a que-
da e a subida há conservação de energia mecânica, a energia potencial gravítica na altura
máxima é igual à energia cinética com que saiu do solo, após uma dada colisão, e à energia
cinética com que irá chegar ao solo, antes da colisão seguinte.
Pode então calcular-se a velocidade, v, com que chega ao solo após queda da altura hqueda, ou
a altura máxima, hressalto, após iniciar a subida com a velocidade v.
1 1 v2
m g hqueda= m v2 ⇒ v2 = 2 g hqueda ou m v2 = m g hressalto ⇒ hressalto=
2 2 2g
Todavia, na colisão com a superfície há dissipação de energia, a qual é tanto maior quanto
menor for a elasticidade do par de materiais em colisão (bola - superfície de ressalto).
105
FÍSICA 10.° Ano
Naturalmente, a altura máxima após cada ressalto vai sendo sucessivamente menor do que
a da anterior queda.
40
20
Calculadora
5 10 15 20 t/s
hressalto
= constante
hqueda
A constante obtida é igual ao declive da reta que melhor se ajusta aos dados experimentais
e obtém-se a partir da equação de regressão linear.
106
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Sob ação de uma força, os eletrões de condução na sua trajetória vão colidindo com os iões
da rede metálica. Apesar do movimento em ziguezague, os eletrões deslocam-se ao longo do
condutor no mesmo sentido, (Fig. 1.20 B).
(A) (B)
+ -
B Fe
Fig. 1.20 Um gerador,
que origina forças
A
elétricas sobre os F 10
Fe eletrões de condução
criando uma corrente
elétrica, e o seu
símbolo esquemático.
Como os eletrões têm um deslocamento e há forças exercidas sobre eles, estas forças reali-
zam trabalho, ou seja, transferem energia, E, para os eletrões.
A energia, E, transferida por unidade de carga elétrica, Q, no deslocamento dessa carga entre
dois pontos, permite definir a diferença de potencial elétrico, U, entre esses pontos.
E
U= (unidade SI volt, símbolo V)
Q
É transferida a energia de um joule (1 J) no des-
locamento da carga de um coulomb (1 C) quan-
do a diferença de potencial elétrico entre os
pontos do deslocamento é de um volt (1 V).
107
FÍSICA 10.° Ano
O sentido do movimento dos eletrões, do polo negativo para o polo positivo, designa-se por
sentido real e o sentido oposto, do polo positivo para o polo negativo, designa-se por sentido
convencional.
As pilhas são geradores de corrente contínua e a rede de distribuição elétrica fornece uma
corrente alternada.
Questão resolvida
108
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Questões resolvidas
23.1 Q = I !t = 0,25 A × 60 s = 15 C
23.2 E = U Q = 2,2 V × 15 C = 33 J
24. Uma carga Q atravessa uma secção reta de um condutor A em 2 minutos e uma
carga 2 Q atravessa a secção reta de um condutor B em 3 minutos.
Qual é a relação entre as correntes elétricas, IA e IB , nos condutores A e B, respe-
tivamente?
1 4 3
(A) IA = 3 IB (B) IA = I (C) IA = I (D) IA = I
3 B 3 B 4 B
Q 1
(D).
I 2 min 2 3
(D). A = = =
IB 2Q 2 4
3 min 3
F 10
U
R= (unidade SI ohm, símbolo Ω)
I
109
FÍSICA 10.° Ano
Questões resolvidas
U 12 V
(C). R = = = 60 Ω
I 0,200 A
I / mA
50
26.1 Indique, justificando, qual das duas cur-
vas, X ou Y, corresponde ao led. 40
110
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Um circuito percorrido por uma corrente eleva a sua temperatura até que a energia transfe-
rida para o ambiente, por calor, iguale o valor da energia elétrica transferida para esse circui-
to. Posteriormente, a temperatura mantém-se constante. Num
radiador elétrico, a temperatura do filamento eleva-se até que
a energia transferida para o ambiente por unidade de tempo
iguale a potência dissipada, R I 2.
Um díodo emissor de luz, conhecido pela sigla led (light emitting
diode, Fig. 1.27), é um dispositivo que emite luz, de forma muito efi-
ciente, quando a corrente elétrica o percorre num dado sentido. Fig. 1.27 LED de diferentes cores.
F 10
Questão resolvida
27. Quando ligado à rede de energia elétrica, que disponibiliza 230 V, um aquecedor
elétrico fornece a potência de 600 W.
27.1 Determine:
a) o valor da corrente elétrica que atravessa a resistência do aquecedor;
b) a resistência elétrica do aquecedor;
c) a energia, em joules e em quilowatt-hora, que é libertada em trinta minutos
de funcionamento.
27.2 O aquecedor tem um comutador que permite ligar apenas metade da resis-
tência. Com metade da resistência ligada, a potência disponibilizada
(A) diminui para metade. (C) aumenta quatro vezes.
(B) mantém-se. (D) aumenta para o dobro.
P 600 W U 230 V
27.1 a) I = = = 2,61 A b) R = = = 88 Ω
U 230 V I 2,61 A
30
c) E = P !t = 600 W × 30 × 60 s = 1,08 × 106 J; E = 0,600 kW × h = 0,300 kW h
60
27.2 (D). Mantendo-se a tensão e diminuindo a resistência para metade, a cor-
rente elétrica aumenta para o dobro.
R
Como a potência é calculada por P = R I 2, conclui-se P’ = (2I)2 =
2 ⇒
2
= 2R I P’ = 2P.
111
FÍSICA 10.° Ano
Questão resolvida
De forma semelhante ao que se definiu como diferença de potencial elétrico, define-se uma
grandeza característica de um gerador, a força eletromotriz, ε, como a energia disponibilizada
por um gerador, Egerador, por unidade de carga, Q, que o atravessa.
Egerador
ε= (unidade SI volt, símbolo V)
Q
Um gerador tem uma força eletromotriz de um volt (1 V) se disponibiliza a energia de um joule
(1 J) quando uma carga de um coulomb (1 C) o atravessa.
Egerador = ε Q e como Q = I Δt, obtém-se:
Egerador = ε I !t
112
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Sintetizando na tabela:
A curva característica de uma pilha pode obter-se usando o circuito esquematizado na Fig. 1.30.
R
Fig. 1.30 Esquema de circuito para obtenção da curva característica de uma pilha.
113
FÍSICA 10.° Ano
Questão resolvida
U/V
um gerador de tensão. 5,0
4,0
29.1 Determine as características do gerador:
3,0
força eletromotriz e resistência interna.
2,0
29.2 Indique o que significa a força eletro- 1,0
motriz do gerador.
0 0,20 0,40 0,60 0,80
29.3 Conclua, justificando, qual deverá ser o I/A
Os componentes num circuito elétrico podem associar-se em série, em paralelo ou numa com-
binação dessas duas associações.
Numa associação em série há um U1 U2 U3
único caminho para os eletrões,
pelo que a corrente elétrica é igual
em todos os componentes e a di- R1 R2 R3
ferença de potencial nos terminais
U = U1 + U2 + U3
da associação é igual à soma das
é igual nas várias resistências.
diferenças de potencial em cada
um dos componentes, (Fig. 1.31). Fig. 1.31 Esquema de associação de resistências em série.
Se um dos componentes de uma associação em série se danificar, não permitindo que nele
haja corrente elétrica, todos os componentes deixarão de funcionar.
Numa associação em paralelo, os terminais dos componentes são comuns. Por isso, a dife-
rença de potencial elétrico é a mesma para todos os componentes. A Fig. 1.32 mostra duas
resistências associadas em paralelo e os seus terminais A e B comuns.
114
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
R2
Os eletrões, ao chegarem a um terminal comum (um nó
do circuito), têm mais do que um caminho possível, se- R1 2
1
guindo alguns para um componente e outros para outro A B
(ramos do circuito). Como consequência, a soma das
correntes elétricas em cada ramo (para onde divergi- U
Questões resolvidas
(A). Verifica-se que I2 = 2I3, porque I3 é uma parte de corrente de I2 que diverge
no nó com as duas resistências iguais em paralelo. A tensão, U, entre P e Q é a
mesma para os dois ramos:
4
U = 2 R I1 = R I2 + R I3 e conclui-se que I2 = I.
3 1
115
FÍSICA 10.° Ano
Se no estudo de um sistema físico for necessário ter em conta a sua variação de energia in-
terna, ele deixa de ser tratado como um sistema mecânico e passa a ser estudado como um
sistema termodinâmico. Estes sistemas são o foco da termodinâmica, que estuda os fenóme-
nos térmicos, portanto, aqueles em que é necessário ter em conta a temperatura. Sabemos
que a temperatura de um sistema se relaciona com a agitação das partículas que o constituem:
quanto maior for essa agitação, maior será a temperatura (Fig. 1.33).
A B
40 oC 20 oC
Fig. 1.33 A temperatura do sistema será maior quando for maior a agitação das partículas.
Uma variação de temperatura em kelvin (!T) é igual a uma variação de temperatura em graus
Celsius (!t). Note-se que T ≠ t mas !T = !t (Fig. 1.35).
116
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
100° C
Ponto de ebulição da água
Escala Escala (à pressão de 1 atm)
Kelvin Celsius
373,15 K 100° C
273,15 K 0° C 0° C
Ponto de fusão do gelo
(à pressão de 1 atm)
No século XVIII, os físicos já tinham reconhecido que ao colocarem em contacto dois corpos a
temperaturas diferentes, o de maior temperatura cedia energia ao de menor temperatura. Mas
pensavam que uma substância, que designa-
ram de calórico, passava do corpo quente para
o corpo frio. Essa ideia foi posta em causa por F 10
Benjamin Thompson. Quando trabalhava numa
fábrica de armas observou a perfuração de ca-
nos de canhões: devido à fricção, as peças fica-
vam tão quentes que era necessário arrefecê-las
com água fria (Fig. 1.36)! A partir desta e de outras
observações, Thompson concluiu que o calor
não podia ser uma substância, devendo antes
Fig. 1.36 A perfuração de peças metálicas origina
ser um processo de transferência de energia. o seu aquecimento.
Em meados do século XIX, a ideia de Thompson viria a ser confirmada com a famosa expe-
riência de Joule, que usou uma montagem como a que se reproduz na Fig. 1.37.
117
FÍSICA 10.° Ano
As transferências de energia por calor podem ocorrer por processos físicos diferentes: condu-
ção térmica, convecção térmica e radiação (Fig. 1.38).
Questão resolvida
32. Joule repetiu inúmeras vezes a experiência da equivalência entre trabalho e calor,
introduzindo variantes no método. Numa «repetição» de uma dessas variantes, um
grupo de estudantes utilizou um fio com uma resistência elétrica de 70 Ω num vaso
calorimétrico com 1,0 kg de água. A temperatura inicial da água era 17 °C e, quando
se fez passar por esse fio uma corrente elétrica de 0,80 A, a temperatura da água
aumentou para 32 °C ao fim de 25 minutos.
1 kcal é a energia necessária para elevar de 1 °C a temperatura de 1 kg de água.
32.1 A energia é transferida do fio para a água como ___________ por um pro-
cesso de ___________.
(A) trabalho ... condução (C) calor ... condução
(B) trabalho ... convecção (D) calor ... convecção
32.2 Mostre que na experiência descrita o equivalente ao valor de 1,0 cal é 4,5 J.
Comece por determinar a energia transferida pelo fio para a água.
32.1 (C). O fio aquece por efeito Joule, ficando a uma temperatura superior à da
água que está em contacto com ele. Assim, ocorre transferência de energia
como calor do fio para a água, por condução.
118
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Para além de emitirem, os corpos também absorvem radiação. A radiação visível é totalmente
absorvida pelas superfícies pretas. O balanço entre as energias absorvida e emitida determina
a evolução da energia interna de um sistema.
A irradiância solar média no topo da atmosfera é 1,36 × 102 W m–2 (valor designado por cons-
tante solar): significa que cada metro quadrado do topo da atmosfera recebe, em média, a
energia de 1,36 × 102 J por segundo. Na superfície terrestre, a irradiância é menor, pois há
absorção de radiação pela atmosfera.
119
FÍSICA 10.° Ano
Os painéis devem estar colocados de modo a maximizar a irradiância solar incidente (no he-
misfério norte, orientados para Sul e com uma inclinação adequada à latitude do lugar). Veri-
fica-se que existe uma determinada diferença de potencial elétrico que maximiza a potência
elétrica fornecida por um painel fotovoltaico.
Nesta atividade não se mede a irradiância e apenas se pode avaliar as condições em que,
para uma dada irradiância, se tem o máximo de potência fornecida à resistência variável ou
verificar que ao diminuir-se a irradiância também diminui a potência fornecida pelo painel à
resistência. Assim, pode avaliar-se, para uma dada irradiância, as condições em que a potên-
cia fornecida pelo painel é máxima.
Para um painel fotovoltaico, e para uma dada irradiância, podem obter-se gráficos semelhan-
tes ao da Fig. 1.43 para a corrente, I, ou para a potência, P, fornecida pelo painel em função
da tensão, U, nos terminais da resistência. O gráfico P(U) permite determinar a tensão Umáx
U
(ou a resistência Rmáx = máx ) que maximiza a potência elétrica fornecida pelo painel (não se
Imáx
determina o rendimento do painel, pois desconhece-se a potência da radiação nele incidente).
Pmáx
Corrente, I ; Potência, P
Imáx
Umáx
Tensão, U
120
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Questões resolvidas
33. O conjunto de painéis fotovoltaicos instalado numa exploração agrícola tem uma
área total de 350 m2 e uma potência média de 2,0 kW. No local da exploração, a irra-
diância solar média é 1600 kW h m–2 ano–1 e há, em média, 6,0 h de luz solar por dia.
33.1 Indique o significado físico do valor da irradiância solar média neste local.
33.2 Apresente o valor da irradiância solar média na unidade SI.
33.3 Qual é o rendimento médio do conjunto de painéis fotovoltaicos? Interprete o
valor encontrado.
33.1 Uma irradiância solar de 1600 kW h m–2 ano–1 significa que a energia da
radiação solar que chega ao local considerado, por metro quadrado de su-
perfície e por ano, é, em média, 1600 kW h.
E 1600 kW h 1600 × 103 W × 1 h
33.2 Er = ⇒ Er = ⇔ E = = 182,5 W m–2
A !t 1 m2 × 1 ano r 1 m2 × 365,25 × 24 h
33.3 A energia da radiação solar que incide nos painéis, num dia, é, em média:
Erad = Er A !t ⇒ Erad = 182,5 W m–2 × 350 m2 × 6,0 h = 3,83 × 105 W h = 383 kW h.
A energia elétrica produzida pelos painéis ao fim de um dia é:
Eelétrica = P !t ⇒ Eelétrica = 2,0 kW × 24 h = 48,0 kW h.
E 48,0 kW h
O rendimento dos painéis é η = elétrica ⇒ η = = 0,13; portanto,
Eradiação 383 kW h
13% da energia incidente no painel é convertida em energia elétrica. F 10
121
FÍSICA 10.° Ano
Questão resolvida
35. Descreva o modo como se processa o aquecimento da água numa panela com a
fonte de aquecimento na sua base.
Nos coletores solares, a radiação é aproveitada para aquecimento de um fluido. Existem diver-
sos tipos de coletores solares, sendo o mais comum o coletor plano (Fig. 1.46).
Placa coletora
Tubo de aquecimento
Cobertura
transparente
Material Fig. 1.46 Componentes de um
isolante
Caixa coletor solar plano.
122
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
• cobertura transparente (de vidro ou acrílico), que provoca efeito de estufa (é transparen-
te à radiação visível mas opaca à radiação infravermelha);
• caixa com isolamento térmico, para minimizar as transferências de energia por calor, dar
rigidez ao conjunto e proteger o sistema dos agentes atmosféricos.
Questão resolvida
36. Num coletor solar, a radiação solar absorvida é determinante para a energia útil
obtida. Um modo de diminuir as perdas de energia por radiação consiste na utili-
zação de superfícies seletivas que absorvem muito no visível mas emitem pouco
no infravermelho.
36.1 Por que motivo a utilização de uma superfície seletiva diminui as perdas de
energia por radiação?
36.2 Indique outro modo vulgarmente utilizado nos coletores solares de diminuir as
perdas de energia por radiação. F 10
36.3 Considere a cobertura de vidro transparente de um coletor.
(A) Esta cobertura transmite a maior parte da radiação na região do infraver-
melho.
(B) Esta cobertura impede as perdas térmicas por convecção.
(C) Esta cobertura deve ser transparente ao infravermelho.
(D) O vidro deve ter um tratamento antirreflexo na parte interior.
36.1 A maior parte da radiação absorvida pelo coletor situa-se na região do visí-
vel, por isso pretende-se que a superfície seja boa absorsora nessa região
(uma elevada percentagem de radiação incidente deve ser absorvida). No
entanto, a maior parte da radiação emitida por essa superfície situa-se na
região do infravermelho e, como se procura minimizar as perdas de energia
do coletor, convém que a superfície seja má emissora no infravermelho.
36.2 A colocação de uma cobertura de vidro transparente à radiação visível, uma
vez que o vidro transmite mal na região do infravermelho. Assim, a radiação
infravermelha tende a ficar retida no interior do coletor, originando efeito
de estufa.
36.3 (B). A cobertura impede o deslocamento de ar do interior para o exterior do
coletor e vice-versa (correntes de convecção).
A cobertura deve ser transparente no visível, mas opaca no infravermelho.
A radiação infravermelha é refletida pelo vidro. O tratamento antirreflexo
serve para minimizar a reflexão da radiação incidente e, por isso, deve ser
colocado na superfície exterior da cobertura.
123
FÍSICA 10.° Ano
A energia interna é uma propriedade de um sistema. O calor e o trabalho, pelo contrário, não
são propriedades de um sistema, mas sim processos de transferir energia entre sistemas.
A Lei de Conservação da Energia pode ser traduzida, para um sistema termodinâmico, do se-
guinte modo: a energia interna, U, de um sistema isolado é constante no decurso do tempo
(a energia «não se cria nem se destrói»): a variação de energia interna é nula, !U = 0 (sistema
isolado).
Q>0
A equação anterior exprime a Primeira Lei da Termodi- W>0
nâmica e é equivalente à Lei de Conservação da Energia Sistema Exterior
para sistemas termodinâmicos: quando entra energia no Q<0
Se o volume do sistema diminuir (compressão), haverá trabalho realizado pela vizinhança so-
bre o sistema: W > 0 (se o sistema estiver isolado termicamente, a sua energia interna aumenta).
124
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Questões resolvidas
37. Um gás está contido num cilindro com êmbolo móvel. O sistema está
isolado termicamente do exterior. O êmbolo desloca-se da posição
1 para a posição 2, sendo realizado sobre o sistema um trabalho de 1
500 J. Para esta transformação pode concluir-se que 2
38. É fornecida ao ar de um balão a energia por calor de 3,0 × 104 kcal e ao aumentar o
volume do balão ele realiza um trabalho de 71 MJ. Determine a variação de energia
interna do ar, para este processo. Considere que 1 cal é igual a 4,18 J.
Q = 3,0 × 104 kcal = 3,0 × 107 cal = 3,0 × 107 × 4,18 J = 1,25 × 108 J F 10
W = –71 MJ = –71 × 106 J = –7,1 × 107 J
(Como o trabalho é realizado pelo sistema sobre a vizinhança, tem sinal negativo.)
Variação de energia interna: !U = W + Q ⇒ !U = (–7,1 × 107 + 1,25 × 108) J = 5,4 × 107 J
4000
pende da energia transferida entre o sistema 3500
e a vizinhança, da massa do sistema e do ma- 3000
2500
terial que o constitui. 2000
1500
A capacidade térmica mássica, c, de um ma- 1000
500
terial é igual à energia que é necessário trans- 0
Água Álcool Cobre Ferro Alumínio
ferir, como calor, por unidade de massa e por líquida etílico
unidade de variação de temperatura (Fig. 1.49):
Fig. 1.49 Calor a transferir a 1 kg de diferentes
c = E (unidade SI: J kg–1 K–1) substâncias para que a sua temperatura aumente 1 K.
m !T
Se o corpo receber energia, E > 0, a sua temperatura aumentará, !T > 0; se o corpo ceder ener-
gia, E < 0, a sua temperatura diminuirá, !T < 0.
Para duas substâncias com a mesma massa, a de maior capacidade térmica mássica necessita
de receber mais energia para o mesmo aumento de temperatura: E = m c !T (o mesmo se aplica
quando a substância cede energia, diminuindo a sua temperatura).
125
FÍSICA 10.° Ano
Se for fornecida a energia E a um material, sem que este mude de fase, ele sofre um aumento
de temperatura !T; portanto, a variação de temperatura depende da energia recebida. Seja
m a massa de um bloco do material e c a capacidade térmica mássica, a equação que rela-
ciona essas duas grandezas é
!T = 1 E ou T = 1 E – T0.
mc mc
Usando para aquecimento do material uma resistência elétrica, pode medir-se a corrente
elétrica, I, que a atravessa e a tensão elétrica, U, nos seus terminais. A potência fornecida
calcula-se pelo produto destas duas grandezas. Usando um cronómetro mede-se o intervalo
de tempo !t, e determina-se a energia, E, fornecida.
E = U I !t
Da equação T = 1 E – T0 conclui-se que os declives das retas de ajuste aos gráficos T(E) de-
mc
pendem da massa dos blocos e da capacidade térmica mássica do material e são iguais a 1 .
mc
Assim, se os blocos tiverem a mesma massa, tem menor capacidade térmica mássica aquele
que apresentar um gráfico com maior declive.
Questão resolvida
39. A uma amostra de 250 g de cobre, inicialmente a 15 °C, foram fornecidas 1382
cal de energia por calor e a sua temperatura subiu até 75 °C. Depois de aque-
cida, a amostra de cobre foi colocada num recipiente com 250 g de água a
18 °C. Despreze a massa do recipiente e considere-o isolado termicamente.
Considere 1 cal = 4,18 J.
126
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
39.4 O calor recebido pela água é igual ao calor cedido pelo cobre, mas as varia-
ções de temperatura dependem ainda das capacidades térmicas mássicas
de cada um dos corpos (neste caso, a massa de água é igual à de cobre).
Uma capacidade térmica mássica elevada, como é o caso da água, cor-
responde a uma menor variação de temperatura para a mesma troca de
energia por calor (considerando massas iguais).
F 10
1.3.9 Aquecimento e mudanças de estado: variação das entalpias de fusão
e de vaporização
Propano 80
A energia que é necessário fornecer, por calor, a Metano 59
pressão constante, por unidade de massa de subs-
tância, para que ocorra a sua fusão, ou a sua vapori-
zação, designa-se por variação de entalpia mássica
de fusão, !hfusão, ou variação de entalpia mássica de
vaporização, !hvaporização, respetivamente (unidade SI:
J kg–1). Assim, para uma mudança de estado:
Emudança de estado
!hmudança de estado = ⇒ Emudança de estado = m !hmudança de estado
m
em que Emudança de estado representa a energia fornecida por calor, a pressão constante, para que
a massa de uma determinada substância mude do estado sólido para o líquido (fusão) ou do
estado líquido para o estado gasoso (vaporização).
127
FÍSICA 10.° Ano
A mesma relação pode ser utilizada para prever qual seria a temperatura final, Tfinal, conside-
rando o sistema gelo + água isolado, se se conhecer a temperatura inicial da água, Tinicial água,
e a variação de entalpia mássica de fusão, !h, da água.
Questão resolvida
40. Determine a energia que é necessário fornecer, por calor, a 2,5 kg de prata a 20 °C
para a fundir completamente. Considere os seguintes dados relativos à prata:
cprata = 2,3 × 102 J kg–1 °C–1; tfusão = 961 °C e !hfusão = 8,8 × 104 J kg–1
Cálculo da energia, E1, para que a prata aumente a sua temperatura de 20 °C para
961 °C: E1 = m c !t ⇒ E1 = 2,5 × 2,3 × 102 × (961 – 20) J = 5,41 × 105 J
Cálculo da energia, E2, necessária para que a prata passe do estado sólido para o
líquido: E2 = m !hfusão ⇒ E2 = 2,5 × 8,8 × 104 J = 2,20 × 105 J
Energia total necessária: E = E1 + E2 ⇒ E = (5,41 × 105 + 2,20 × 105) J = 7,6 × 105 J.
Considere dois corpos a temperaturas diferentes em contacto térmico: verifica-se que o mais
quente arrefece e o mais frio aquece, e não o contrário (Fig. 1.51). Esta mudança ocorre esponta-
neamente num determinado sentido e nunca em sentido oposto. Trata-se de uma transforma-
ção irreversível: não pode ocorrer em sentido oposto se não houver alteração da vizinhança.
Instante inicial (TA > TB ). Instante posterior: A arrefece e B aquece. Instante em que se atinge o equilíbrio térmico.
Fig. 1.51 Transformação irreversível: a energia, por calor, transfere-se do corpo quente para o frio e não ao contrário.
128
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
Numa máquina térmica, como, por exemplo, as máquinas a vapor, uma determinada parte
da energia recebida por calor é utilizada para a realização de trabalho (energia cedida às
diferentes peças móveis do mecanismo da máquina). Mas, como existe sempre energia dissi-
pada, é impossível que num processo cíclico toda a energia fornecida ao sistema por calor
seja utilizada na realização de trabalho, pois existe sempre energia cedida ao exterior por
calor. Qualquer máquina térmica tem rendimento inferior a 100%.
Questão resolvida
Gases de
Caldeira
combustão
Turbina Gerador
F 10
Carvão
pulverizado
Água de
refrigeração
Ar Água
Torre de
refrigeração
Queimador Condensador
(A) Verdadeira. A água não utiliza toda a energia recebida por calor para a reali-
zação de trabalho, pois existe sempre dissipação de energia para o ambiente
(energia cedida como calor).
(B) Falsa. Não existe nenhuma máquina térmica com rendimento igual a 100%.
(C) Falsa. Na central ocorre uma enorme diversidade de processos irreversíveis,
pelo que a energia útil (energia disponível para a realização de trabalho) di-
minui.
(D) Verdadeira. A energia degrada-se e, por isso, a quantidade de energia útil
disponibilizada na turbina é sempre menor do que a energia útil presente
inicialmente.
129
FÍSICA 10.° Ano
Questões propostas
Energia e movimentos
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) A unidade SI de trabalho é o newton.
(B) O trabalho realizado por uma força depende da amplitude do ângulo definido entre o
deslocamento e a força e dos módulos destas grandezas.
(C) O trabalho realizado por uma força que faz um ângulo de 90o com o deslocamento é nulo.
(D) No deslizamento de um corpo, o trabalho realizado pela força de atrito é sempre negativo.
(E) O trabalho realizado por uma força é uma grandeza vetorial.
2v v
A B
m 2m
4. Um carro de massa 1,50 × 103 kg, rebocado por um pronto-socorro, move-se a 30 km/h e é
puxado por um cabo que faz 20o com a horizontal.
20º
Num deslocamento de 100 m, num plano horizontal, a intensidade da força de tensão exer-
cida pelo cabo manteve-se 2,00 × 103 N.
4.1 Represente as forças aplicadas no carro.
4.2 Determine a intensidade da componente horizontal da força exercida pelo cabo.
130
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
4.3 Determine o trabalho realizado pela força exercida pelo cabo durante aquele desloca-
mento.
4.4 Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) O trabalho da força de atrito é menor do que o da força exercida pelo cabo.
(B) A energia cinética do carro é igual ao trabalho da força exercida pelo cabo.
(C) É nula a soma dos trabalhos de todas as forças sobre o carro.
(D) O trabalho da força de atrito é –1,9 × 105 J.
(E) Se o ângulo entre a força exercida pelo cabo e a horizontal diminuísse, esta força rea-
lizaria um trabalho menor.
5. No laboratório, um grupo de alunos largou um carrinho de uma posição de uma rampa e me-
diu a velocidade com que ele chegou a outra posição. Para isso, colocaram sobre o carrinho
um pino, de 9,40 mm de largura, e mediram o seu tempo de passagem com um cronómetro
digital ligado a uma fotocélula.
5.1 Para uma certa distância percorrida, os alunos mediram os tempos de interrupção do feixe
da fotocélula, em três ensaios realizados nas mesmas condições, registados na tabela
seguinte.
Ensaio t / ms
1 19,0
2 18,9
3 18,7
Distância percorrida / m Ec / J
0,890 0,193
0,800 0,171
0,700 0,148
0,600 0,126
0,500 0,105
0,400 0,083
131
FÍSICA 10.° Ano
Questões propostas
5.3 Um outro grupo de alunos realizou a experiência com uma rampa mais inclinada.
Qual dos esboços de gráficos da energia cinética, Ec, do carrinho em função da distância
percorrida, d, pode representar os resultados da inclinação inicial (com pontos assinala-
dos) e da rampa mais inclinada?
(A) (B) (C) (D)
Ec Ec Ec Ec
d d d d
5.4 Um outro grupo de alunos executou a experiência colocando uma sobrecarga sobre o
carrinho.
Qual dos esboços de gráficos da energia cinética, Ec, do carrinho em função da distância
percorrida, d, pode representar os resultados da massa inicial (com pontos assinalados) e
com sobrecarga (sem pontos assinalados)?
d d d d
132
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
9. Um elevador tem uma cabina de 450 kg e transporta duas pessoas, uma com 80 kg e outra
com 70 kg. O elevador começou a subir e parou 20 m mais acima, tendo-se verificado que
o rendimento na transferência de energia pelos cabos para o sistema cabina + pessoas foi
de 95%.
9.1 Determine o trabalho do peso do conjunto cabina + pessoas.
9.2 Quanto aumentou a energia do conjunto cabina + pessoas?
9.3 Calcule a intensidade da força aplicada nos cabos, considerada constante, durante aquela
subida.
11. Um coqueiro tem 5,5 m de altura em relação ao chão. A cabeça de um macaco, sentado
debaixo do coqueiro, está a 0,50 m do solo. Um coco, de massa 250 g, desprende-se do
coqueiro e atinge a cabeça do macaco com uma energia cinética de 9,0 J.
11.1 Determine o trabalho realizado durante a queda:
a) pelo peso do coco;
b) pela força de resistência do ar.
11.2 Qual foi a energia dissipada na queda?
11.3 Durante a queda
(A) a variação de energia cinética e a variação de energia potencial gravítica são simétricas.
(B) o aumento de energia cinética é menor do que a diminuição de energia potencial.
(C) o trabalho da resultante das forças é negativo, uma vez que existe energia dissipada.
(D) a variação de energia mecânica do sistema coco + Terra é nula.
133
FÍSICA 10.° Ano
Questões propostas
13. Um avião a jato com uma massa de 10,0 × 103 kg percorreu 1000 m numa pista retilínea até
conseguir descolar. Suponha que durante esse percurso a resultante das forças que estive-
ram aplicadas no avião teve intensidade 1,67 × 104 N e que o avião é redutível ao centro de
massa.
13.1 Calcule a soma dos trabalhos das forças que atuaram no avião.
13.2 Determine o módulo da velocidade adquirida pelo avião no momento da descolagem.
14. Um camião de brinquedo, de massa 1,4 kg, desce uma calha inclinada, tendo uma velocidade de
0,60 m s–1 no ponto P, que está a uma altura de 1,5 m acima do nível QR. Quando o camião
alcança o ponto Q, tem uma velocidade de 3,0 m s–1.
h = 1,5 m
S Q R
134
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
15.2 Os gráficos A, B, C e D representam os valores das energias cinética (Ec), potencial elás-
tica (Epe) e potencial gravítica (Epg).
15.3 Estime o módulo da velocidade do atleta antes do salto, no instante imediatamente antes
de o atleta tocar com a vara no chão. Considere desprezável a massa da vara.
16. Um ciclista consome parte das suas reservas energéticas para fazer um dado percurso. Seja
P a potência em esforço máximo que o seu corpo disponibiliza e 85 kg a soma da sua massa
com a da bicicleta.
16.1 Qual é a energia mínima que o seu organismo tem de fornecer para o seu centro de
massa ser elevado 20 m acima da sua posição inicial?
16.2 Com velocidade constante, o ciclista demora 20 s a elevar 20 m o nível do seu centro
de massa. Determine a potência mínima do seu esforço.
16.3 Se fizer em esforço máximo um percurso de 1000 m em trajeto plano, ou os mesmos
1000 m numa subida com um desnível de 20 m, em qual dos casos terá o ciclista de
despender mais energia? Justifique.
16.4 Se a potência em esforço máximo é a mesma nas duas corridas, como pode a energia
despendida variar?
17. Um esquiador desliza numa montanha. A sua energia cinética em função do tempo, durante
uma parte do trajeto, está representada no gráfico seguinte. Despreze o atrito.
Ec R
18. Um carro desportivo, com 1,10 × 103 kg de massa, tem um motor que desenvolve uma potência
de 3,5 × 105 W. No processo de transformação em energia cinética de translação, o rendimento
é de 30%.
18.1 Determine o trabalho útil quando no arranque até atingir 100 km/h.
18.2 Calcule o tempo que demora a atingir 100 km/h.
135
FÍSICA 10.° Ano
Questões propostas
19. O Daniel e o seu irmão André estão parados num escorrega, nas posições mostradas na figura.
O Daniel tem o dobro da massa do André e a altura a que ele está, acima do solo, é metade
da altura a que está o irmão.
Os dois começam a escorregar no mesmo instante. Despreze as forças de atrito.
André
Daniel
h
h
2
Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) Os irmãos chegam ao final do escorrega com diferentes energias cinéticas.
(B) O trabalho da força gravítica é igual nos dois casos.
(C) O trabalho das forças conservativas é nulo.
(D) O trabalho das forças não conservativas é simétrico da variação de energia potencial.
(E) No final da descida o Daniel chega com velocidade menor.
(F) A variação de energia potencial é igual à variação de energia cinética.
20. Um carrinho, de massa m, é largado numa rampa, 34 cm acima do solo. Os gráficos mos-
tram como variaram as suas energias potencial gravítica e cinética ao longo da distância,
d, percorrida na rampa.
Ep / J Ec / J
2,0 2,0
1,0 1,0
0 0
50 100 d / cm 50 100 d / cm
20.1 Partindo da análise dos gráficos, conclua sobre o trabalho das forças não conservativas.
20.2 Comente a afirmação: «Neste movimento houve conservação de energia.»
20.3 Determine a intensidade da resultante das forças de atrito, Fa, considerando-a constante.
20.4 Represente o carrinho a meio da rampa e esquematize o diagrama de forças que sobre
ele atuam nesse instante.
20.5 Sendo ! o ângulo entre a rampa e o solo, a intensidade da resultante das forças que
atua no carrinho é
(A) m g sin !. (B) m g sin ! – Fa. (C) m g cos ! – Fa. (D) m g – Fa sin !.
20.6 Qual é a massa do carrinho?
20.7 Calcule o módulo da velocidade de chegada do carrinho ao solo.
21. Para investigar, com base em considerações energéticas, o movimento vertical de queda
e de ressalto de uma bola, um grupo de alunos deixou cair uma bola de basquetebol de
alturas diferentes. As alturas atingidas no primeiro ressalto foram medidas com uma fita
métrica, cuja menor divisão é um milímetro. Para cada altura de queda repetiram três vezes
a medição da altura de ressalto.
136
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
22. Uma secção de um condutor é atravessada por uma carga elétrica de 1,8 C por cada se-
gundo que decorre. A grandeza física associada a esta descrição é
(A) o ampere. (B) o volt. (C) a tensão elétrica. (D) a corrente elétrica.
23. A diferença de potencial elétrico, ou tensão elétrica, entre dois pontos A e B de um circuito,
define-se como o trabalho realizado pelas forças elétricas
(A) sobre as cargas elétricas que atravessam uma secção transversal desse troço.
(B) sobre os eletrões que circulam entre A e B.
(C) por cada eletrão que circula entre A e B.
(D) sobre as cargas elétricas entre A e B, por unidade de carga.
25. Num material condutor, uma secção transversal é atravessada por um carga elétrica de 6 C du-
rante 3 s e, simultaneamente e no mesmo intervalo de tempo, por outra carga elétrica de –6 C,
mas em sentido oposto. Conclua, justificando, qual é a corrente elétrica que um amperímetro
ligado a esse condutor deveria medir.
137
FÍSICA 10.° Ano
Questões propostas
26.1 Indique o tipo de corrente elétrica que os computadores usam no seu funcionamento.
26.2 A grandeza corrente elétrica num condutor define-se como
(A) o trabalho realizado pelas forças elétricas sobre as cargas elétricas entre dois pon-
tos do condutor.
(B) a carga elétrica que atravessa uma secção reta do condutor por unidade de tempo.
(C) a carga elétrica que circula entre dois pontos do condutor num intervalo de tempo.
(D) o movimento orientado das cargas elétricas no condutor.
26.3 Existem diferenças entre a corrente elétrica que é disponibilizada pela rede elétrica e a
que usam os computadores. Distinga os dois tipos de corrente elétrica.
26.4 Na sua carga máxima, a bateria de um computador fica com a energia de 432 kJ. Es-
tando o computador desligado e a bateria sem carga, calcule o tempo, em horas, que
o carregador demora a repor a carga máxima. Apresente todas a etapas de resolução.
(B) Podem construir-se mais facilmente leds das mais variadas cores.
(C) Podem construir-se leds muito pequenos.
(D) O efeito Joule não se aplica aos leds.
27.2 Indique o led que tem uma maior resistência para uma corrente de 20 mA.
27.3 Para que o led não se queime, normalmente a corrente
não deve ultrapassar os 20 mA e, para isso, utiliza-se uma 9V
resistência limitadora da corrente.
O esquema do circuito da figura mostra um led branco,
uma pilha de 9 V e uma resistência que limita a corrente a
20 mA. Calcule o valor da resistência. R
Apresente todas as etapas de resolução.
28. Dois aquecedores, X e Y, de potências 1,0 kW e 2,0 kW, respetivamente, são ligados num
apartamento. A diferença de potencial elétrico nas instalações domésticas é 230 V.
138
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
139
FÍSICA 10.° Ano
Questões propostas
140
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
U/V
35. O gráfico seguinte representa a curva teórica U(I) quando
um dado recetor é ligado a um gerador. 12,0
(A) ε = V1 + V2 + V3.
R
(B) V1 = V2 e V1 < V3.
(C) V2 = V1 + V3. R R
(D) ε = V2.
V1
37.1 Qual das montagens seguintes permite estudar as caracte- 27,5 8,54
rísticas da pilha? 34,3 8,46
58,4 8,19
(A) (C)
(B) (D)
141
FÍSICA 10.° Ano
Questões propostas
37.2 Usando os valores obtidos, elabore o gráfico U(I) e encontre a reta de ajuste.
Apresente, na sua folha de respostas, um esboço de gráfico, a equação da reta de ajuste
e, a partir dela, refira quais são a força eletromotriz da pilha e a sua resistência interna.
37.3 Indique como se pode medir diretamente a força eletromotriz de uma pilha.
38. As figuras seguintes apresentam a mesma situação: uma com radiação visível e outra com
radiação infravermelha.
38.1 Explique o facto de a mão do homem ser visível na figura da direita, mas invisível na da
esquerda.
38.2 Na figura da esquerda, o saco é preto porque ____________ toda a radiação
____________ que nele incide.
(A) absorve … visível (C) emite … visível
(B) absorve … infravermelha (D) emite … infravermelha
38.3 Na figura da direita, o homem aparece com os óculos escuros porque as lentes
____________ muito pouca radiação ____________.
(A) absorvem ... visível (C) emitem ... visível
(B) absorvem ... infravermelha (D) emitem ... infravermelha.
39. Três corpos de massa igual, um de madeira (M), um de porcelana (P) e outro de alumínio
(A), são colocados num forno mantido a temperatura constante.
39.1 Após se ter atingido o equilíbrio térmico, a relação entre as temperaturas da madeira
(TM), da porcelana (TP) e do alumínio (TA) será
(A) TM = TP = TA. (C) TM < TP < TA.
(B) TM > TP > TA. (D) TM = TP < TA.
39.2 Após se ter atingido o equilíbrio térmico, os três corpos
(A) apresentam energias internas diferentes.
(B) apresentam quantidades de calor diferentes.
(C) deixam de emitir radiação.
(D) deixam de absorver radiação.
40. No século XVIII, os físicos já tinham reconhecido que, ao colocarem em contacto dois cor-
pos a temperaturas diferentes, o de maior temperatura cedia energia ao de menor tempe-
ratura. Mas pensavam que, nesse processo, uma substância, invisível e sem peso, passava
do corpo quente para o corpo frio (teoria do calórico).
40.1 Descreva as experiências de Thompson e de Joule, identificando o seu contributo para
o reconhecimento de que o calor é energia.
142
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
40.2 Considere uma experiência semelhante à de Joule que possa realizar com o seguinte
material: tubo de cartão cilíndrico de 1,0 m de comprimento, fechado numa extremidade
e com uma tampa na outra, esferas de chumbo, termómetro e balança.
a) Descreva a experiência que realizaria tendo por objetivo o estabelecimento da rela-
ção entre calor e trabalho, explicitando as medições que deveriam ser realizadas.
b) Explique os fundamentos teóricos do método utilizado nesta experiência.
c) Para poder calcular, com base nesta experiência, o valor de uma caloria em joules, é
necessário conhecer para além da variação de temperatura das esferas de chumbo,
um dado sobre o chumbo. Conclua que dado sobre o chumbo seria necessário.
Apresente, num texto estruturado e com linguagem científica adequada, a conclusão
solicitada.
41. Montou-se um circuito com um painel fotovoltaico, um amperímetro e uma resistência va-
riável à qual se associa um voltímetro. Iluminou-se o painel com uma lâmpada fixa a uma
certa distância e com incidência perpendicular. Variou-se a resistência e, com base nas
medidas do amperímetro e do voltímetro, elaborou-se o gráfico da potência fornecida à
resistência em função da diferença de potencial elétrico fornecida pelo painel que se re-
produz na figura seguinte.
Célula fotovoltaica
20
P / mW
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 U/V
(A) (C)
A
V A V
(B) (D)
A V
V A
143
FÍSICA 10.° Ano
Questões propostas
41.2 Apresente a leitura que teria sido realizada no amperímetro para uma diferença de po-
tencial elétrico de 0,68 V.
41.3 Para que valores de diferença de potencial elétrico o painel fornece a potência de 10 mW?
41.4 Determine a resistência elétrica na situação em que o rendimento do painel é máximo.
42. Pretende-se dimensionar um painel fotovoltaico para alimentar um sistema elétrico cuja
potência é 500 W e que funciona, em média, 4,0 horas por dia. No local da instalação, a
irradiância, considerando apenas as horas de sol, tem um valor médio de 320 W m–2 e há,
em média, 8,0 horas de sol por dia.
42.1 Indique o significado físico do valor médio da irradiância solar no local da instalação
fotovoltaica.
42.2 Qual é o valor médio da irradiância solar neste local em kW h m–2 ano–1 ?
42.3 A energia da radiação solar que incide, por unidade de tempo, numa determinada área
do painel não depende
(A) da inclinação do painel relativamente à incidência da luz solar.
(B) do tipo de células fotovoltaicas utilizadas no painel.
(C) da hora do dia.
(D) das condições metereológicas.
42.4 Determine o valor mínimo que a área do painel deverá ter, admitindo que o seu rendi-
mento é, em média, 12%.
43. Nas regiões perto de grandes massas de água, mares ou lagos, ocorrem deslocações de
ar, tal como se mostra nas figuras. Estes movimentos contribuem para a moderação da
temperatura nessas regiões. As temperaturas do ar junto à água durante o dia e durante a
noite são muito próximas.
A B
TA TB TC TD
144
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
44. Se colocarmos um pouco de álcool sobre a pele temos uma sensação de frio, porque o
álcool
(A) encontra-se a uma temperatura inferior à da pele.
(B) fornece energia, como calor, à pele.
(C) absorve energia, como calor, da pele.
(D) encontra-se a uma temperatura superior à da pele.
46. Um sistema gasoso é aquecido da temperatura Ti até à temperatura Tf mediante dois pro-
cessos diferentes: no primeiro, o trabalho realizado é nulo, absorvendo 420 J de energia
por calor; no segundo, há trocas de energia por trabalho, absorvendo 500 J de energia
por calor.
Pode concluir-se que, no primeiro processo, a temperatura do sistema __________ e que,
no segundo processo, a variação de energia interna do sistema é __________ do que
500 J.
(A) aumenta … maior
(B) aumenta … menor
(C) diminui … maior
(D) diminui … menor
145
FÍSICA 10.° Ano
Questões propostas
47. Num coletor solar aproveita-se a radiação solar para o aquecimento de água. A figura é um
esquema dos principais componentes de um tipo de coletor solar:
Placa coletora
Tubo de aquecimento
Cobertura
transparente
Material
isolante
Caixa
Para uma irradiância solar de 8,0 W dm–2 e uma área de absorção de energia igual a 10 m2,
verificou-se que 50 kg de água aqueceram de 25 oC para 80 oC numa hora.
47.1 Explique porque é que a placa é pintada de preto.
47.2 Qual é a função da tampa de vidro transparente?
47.3 Calcule a energia que é absorvida, por hora, pela água.
47.4 Determine o rendimento deste coletor nas condições descritas.
48. Uma pessoa em repouso cede energia para o ambiente a uma taxa aproximada de 180 W.
Suponha que seis pessoas ficam presas num elevador durante cinco minutos.
Dados: car = 1,0 × 103 J kg–1 oC–1 e !ar = 1,2 g dm–3.
48.1 Qual é a energia total libertada pelas pessoas nesse intervalo de tempo?
48.2 Se toda essa energia fosse absorvida pelos 6,0 m3 de ar contidos no elevador, qual
seria o aumento de temperatura do ar? Despreze a energia emitida pelo ar naqueles
cinco minutos.
49. A mesma energia é fornecida, por calor, a dois corpos M e N, sendo a massa de M o triplo da
massa de N. Como resultado, esses corpos apresentam a mesma variação de temperatura.
Qual é a relação entre as capacidades térmicas mássicas, cM e cN, das substâncias que os
constituem?
1
(A) cM = 3cN (B) cM = 2cN (C) cM = cN (D) cM = c
3 N
50. Um bloco de alumínio X recebeu uma energia E por calor e a sua temperatura aumentou de
30 oC para 150 oC.
50.1 Se ao bloco de alumínio X tivesse sido fornecida uma energia 2E, qual seria a sua va-
riação de temperatura?
(A) 60 oC (B) 240 oC (C) 270 oC (D) 300 oC
50.2 Considere um bloco de alumínio Y com o triplo da massa do bloco X.
Para que o bloco Y sofra a mesma variação de temperatura que o bloco X, é necessário
que receba uma energia igual a
E .
(A) E. (B) 3E. (C) (D) 9E.
3
146
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
52. A figura mostra um tanque cilíndrico de água cuja área da base é A = 4,0 m2
4,0 m2, havendo uma camada de gelo de espessura L na superfície da Ar
água. O ar em contacto com o gelo está a uma temperatura Tar = –15 oC,
enquanto a temperatura da água em contacto com o gelo é Tágua = 0,0 oC. L
Gelo
A variação de entalpia mássica de fusão da água é 3,34 × 105 J kg–1 e a
densidade do gelo é 0,90 g cm–3. Água
53. Aqueceu-se uma amostra de 800 g de água num recipiente com uma resistência elétrica,
no fundo, de potência 400 W. A água encontrava-se inicialmente a 18,2 °C e após 14 minu-
tos e 50 segundos atinge a temperatura de 100 °C, entrando em ebulição.
A capacidade térmica mássica da água líquida é 4,18 × 103 J kg−1 °C−1 e a sua variação de
entalpia mássica de vaporização é 2,26 × 106 J kg−1.
53.1 Qual é o mecanismo de transferência de energia por calor que se pretende aproveitar
colocando a resistência de aquecimento no fundo do recipiente?
53.2 Determine o rendimento do processo de aquecimento.
53.3 A energia que a amostra de água, a 100 °C, tem que absorver para ser totalmente va-
porizada é
(A) (2,26 × 106 × 0,800 × 100) J. (C) !
2,26 × 106
0,800 × 100
J. "
(B) (2,26 × 106 × 0,800) J. (D) !
2,26 × 106
0,800
" J.
53.4 Pretende-se dimensionar um painel fotovoltaico para alimentar apenas a resistência
elétrica de 400 W, que funciona, em média, 5,0 h por dia. No local da instalação, a irra-
diância, considerando apenas as horas de sol, tem um valor médio de 320 W m−2 e há,
em média, 8,0 h de sol por dia.
Determine a área que o painel deve ter, admitindo que o seu rendimento é 12%.
147
FÍSICA 10.° Ano
Questões propostas
54. Numa central termoelétrica, a combustão do carvão é utilizada para aquecer a água, que
se transforma em vapor. A alta pressão do vapor de água é utilizada para mover as pás
giratórias de uma turbina.
Considere que o calor produzido na combustão do carvão durante uma hora é Q, o traba-
lho realizado pelas forças exercidas na turbina é W e a energia elétrica produzida é E.
Para a situação descrita, qual é a expressão verdadeira?
(A) Q = W = E (B) Q > W > E (C) Q = W > E (D) Q < W < E
55. Um bloco de 2,0 kg de gelo a –20 oC foi Água em diferentes Capacidade térmica
aquecido até se transformar completamente estados mássica / J kg–1 oC–1
em vapor de água a 120 oC. Todas as trans- Gelo 2,05 × 103
formações ocorreram a pressão constante.
Considere que a variação de entalpia mássi- Água líquida 4,18 × 103
ca de fusão da água é 3,34 × 105 J kg–1 e a de Vapor de água 2,08 × 103
vaporização é 2,26 × 106 J kg–1.
55.1 Relacione a energia absorvida pelo sistema na fusão com a energia de vaporização.
55.2 Qual é o estado físico da água em que para a mesma energia fornecida, como calor,
a variação de temperatura é maior?
55.3 Qual dos gráficos seguintes representa corretamente a variação de temperatura do
sistema com a energia fornecida?
(A) (C)
T / º C 120 T / º C 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
E E
–20 –20
(B) (D)
T / º C 120 T / º C 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
E E
–20 –20
Energia
148
DOMÍNIO 1 Energia e sua conservação
57. Um grupo de alunos realizou uma experiência adicionando 30,0 g de gelo em pequenos
pedaços, à temperatura de 0,0 °C, a 260,0 g de água líquida, a 20,0 °C. Verificaram que
a água líquida, resultante da mistura, atingiu o equilíbrio térmico quando a temperatura
estabilizou a 11,0 °C. Com base nos resultados obtidos experimentalmente, os alunos esta-
beleceram o balanço energético do sistema.
57.1 Enquanto os pequenos pedaços de gelo se fundem, a sua energia interna ________ e
a sua temperatura ________.
(A) mantém-se … mantém-se
(B) aumenta… aumenta
(C) mantém-se …. aumenta
(D) aumenta … mantém-se
57.2 Indique em que lei se baseia o estabelecimento do balanço energético do sistema.
57.3 Determine o valor experimental da entalpia mássica de fusão, !hfusão, da água, obtido
pelos alunos.
57.4 Para a água, encontraram numa tabela: !hfusão = 3,34 × 105 J kg−1.
Comparando este valor com o que foi obtido pelos alunos, concluíram que o sistema
água + gelo não era isolado. Conclua, justificando, em que sentido terá ocorrido a trans-
ferência de energia do sistema água + gelo com o exterior.
Apresente todas as etapas de resolução.
59. No interior de um bloco de alumínio, de massa 1,100 kg, um grupo de alunos colocou uma
resistência elétrica que ligou a um circuito. Um amperímetro indicou 2,6 A na resistência e
um voltímetro indicou 7,5 V nos seus terminais. Usando um cronómetro e um termómetro
obtiveram os valores indicados na tabela para a temperatura do bloco de alumínio em seis
instantes diferentes. Admita que toda a energia fornecida contribuiu para o aumento de
temperatura do cilindro de alumínio.
t/s T / ºC
0 18,7
60 19,8
120 21,1
180 22,3
240 23,4
300 24,5
149
Física
11.ºAno
Domínio 1
Mecânica
Domínio 2
Ondas e eletromagnetismo
FÍSICA 11.° Ano
Domínio 1
Mecânica
1.1 Tempo, posição e velocidade z
3D
P(x, y, z)
1.1.1 Posição, deslocamento, distância percorrida
e sentido do movimento 0 y
x
Movimentos retilíneos e gráficos posição-tempo 3D
2D
Para estudar o movimento pode usar-se coordenadas
y
cartesianas. Estas coordenadas resultam de um refe- P(x, y)
rencial com três eixos orientados, com uma origem co-
mum (O) e perpendiculares entre si. Neste referencial, x
a localização de um ponto, ou a sua posição, é dada 0
Trajetórias Características
Δr
152
DOMÍNIO 1 Mecânica
Δ x = x2 – x1 x
0 x1 x2
Δx
!x = xf – xi Sentido do movimento
Questão resolvida
1.1 A trajetória foi retilínea (foi necessária apenas uma coordenada de posição).
1.2 No instante 6,0 s.
1.3 [0, 1] s → Δx = x1 – x0 = (20 – 20) cm = 0 cm;
[3, 6] s → Δx = x6 – x3 = (0 – 60) cm = –60 cm;
[8, 11] s → Δx = x11 – x8 = [40 – (–40)] cm = 80 cm.
153
FÍSICA 11.° Ano
Questões resolvidas
1.1.2 Velocidade
v
A velocidade (ou velocidade instantânea) é uma gran- v
Na Fig. 1.4 as velocidades indicadas para o avião são todas diferentes, embora em alguns
casos o velocímetro possa indicar o mesmo valor – o que significa que têm o mesmo módulo.
d
A velocidade média, vm, é uma grandeza vetorial com a direção e o
sentido do deslocamento dada pelo quociente entre o deslocamento
e o intervalo de tempo em que ocorreu esse deslocamento (Fig. 1.5):
d
d
vm = !r (traduz o modo como o deslocamento varia por unidade de tempo). Δr
t vm
154
DOMÍNIO 1 Mecânica
Questão resolvida
(2 – 0) m (3 – 2) m (2 – 2) m
3.1 (B). vA = = 2 m s–1; vC = = 1 m s–1; vB = = 0 m s–1;
(1 – 0) s (3 – 2) s (2 – 1) s
(0 – 3) m
vD = = –1,5 m s–1.
(5 – 3) s
3.2 (A). O movimento é tanto mais rápido quanto maior for o módulo da veloci-
dade média. O corpo desloca-se 3 m no sentido positivo (de x = 0 a x = 3 m)
e 3 m no sentido negativo (de x = 3 m a x = 0 m): percorre 6 m (o seu deslo-
camento é nulo, pois regressa à posição inicial).
Num gráfico posição-tempo, pode-se conhecer a posição em cada instante e determinar a com-
F 11
ponente escalar da velocidade média e a velocidade.
x
Sendo vm = ! a componente escalar da velocidade x
t (I)
média, podemos calculá-la se conhecermos as posições xB
e os instantes respetivos. xA (II)
A componente escalar da velocidade média é igual ao declive da reta que passa pelos
pontos (t, x) nos instantes considerados.
Se os intervalos de tempo diminuírem até próximo de zero, a reta cujo declive dá a componen-
te escalar da velocidade média passará por um ponto no gráfico e por outro imediatamente a
seguir. No limite, quando o intervalo de tempo tende para zero, esta reta é tangente ao gráfico.
O declive da reta tangente ao gráfico x(t) dá a componente escalar da velocidade num instante.
155
FÍSICA 11.° Ano
Num gráfico v(t), a componente escalar do deslocamento é dada pela área entre a linha do
gráfico v(t) e o eixo dos tempos.
v / m s–1
Questões resolvidas
4. Um carro efetua uma manobra numa trajetória retilínea coincidente com um referen-
cial Ox. Na figura registaram-se algumas posições da situação e o gráfico mostra como
variou a posição em função do tempo.
F E D A C B
60 B
de média entre as posições A e F.
C
40
4.2 Pode afirmar-se que o carro A
20
(A) se deslocou 30 m no sentido positivo. 0
D
10 20 30 40 50 t / s
(B) a partir da posição D moveu-se no senti- –20
do negativo. –40
E
F
(C) percorreu, no total, uma distância de –60
50 m no sentido negativo.
(D) percorreu 120 m entre A e F.
156
DOMÍNIO 1 Mecânica
xF – xA (– 50 – 30) m
4.1 Usando vm = = = –1,6 m s–1.
tF – tA (50 – 0) s
4.2 (D). No sentido positivo, o carro moveu-se da posição A para B, deslocan-
do-se 20 m. A partir da posição B, o carro moveu-se no sentido negativo
percorrendo 100 m. No total o carro percorreu 120 m.
5.1
Obtém-se o gráfico 1.
Deve colocar-se x nas ordenadas e t nas abcissas.
Gráfico 1
157
FÍSICA 11.° Ano
Questões resolvidas
5.2 Existe inversão num máximo ou mínimo relativo da função x(t). O máximo
pode ser determinado do seguinte modo:
Gráfico 2 Gráfico 2
t/s 0 1 2 3 4 5
8
segundo um referencial Ox, da velocidade,
v, de uma locomotiva, em função do tempo, 4
158
DOMÍNIO 1 Mecânica
Destas forças, a gravítica e a elétrica anulam-se para uma distância infinita. Mas as forças
nuclear forte e fraca só se fazem sentir para distâncias inferiores ao tamanho do núcleo da
maioria dos átomos: diz-se que o seu alcance é muito curto. Para partículas fundamentais
pode associar-se uma intensidade relativa às forças de interação entre elas.
As forças designam-se por forças de contacto quando a ordem de grandeza das dimensões
dos corpos que interagem é muito maior do que a ordem de grandeza das distâncias entre as
partículas responsáveis por essa interação.
159
FÍSICA 11.° Ano
Atração e repulsão
Atração entre Estabilidade
entre cargas Decaimento beta
massas nuclear
elétricas
Efeitos +
! antineutrino
p
Terra n
n n neutrão
– n p protão
p p p
Lua n n n
– e eletrão
Intensidade
10–40 10–2 1 10–5
relativa
Questão resolvida
160
DOMÍNIO 1 Mecânica
A Terceira Lei de Newton, ou Lei da Ação-Reação, traduz a relação entre a ação e a reação:
Sempre que um corpo A exerce uma força sobre um corpo B, F A/B, este também exerce
d
uma força sobre o corpo A de igual módulo e direção, F B/A , mas de sentido oposto, ou
d d
Quando um corpo cai para a Terra, esta exerce uma força sobre o FT/c
corpo, para baixo, mas o corpo também atrai a Terra, puxando-a Fc/T
para cima (Fig. 1.10). Como as forças produzem efeito nos corpos
CM
em que atuam e as forças de um par ação-reação atuam sobre
corpos diferentes, o seu efeito sobre cada um dos corpos não
é nulo. Terra
Fig. 1.10 Interação Terra-corpo.
Questão resolvida
8.1 N
d
N = força normal;
d
P = peso da maçã.
P
d
8.2 A força normal N é a força que a mesa exerce sobre a maçã; o seu par é a
d d
forças formam um par ação-reação: F ’ = –F ’ (Fig. 1.11). Fig. 1.11 Atração universal.
A Lei da Gravitação Universal, formulada por Newton, diz que a força de atração gravítica
atua segundo a linha que une os centros dos dois corpos, considerados pontuais, é direta-
mente proporcional às suas massas, M e m, e inversamente proporcional ao quadrado da
distância, r, entre os seus centros. A expressão matemática que traduz a sua intensidade é:
Mm
F=G , em que G = 6,67 × 10–11 N m2 kg–2 é a constante de gravitação universal.
r2
161
FÍSICA 11.° Ano
mT m mT m
P=G =G Fig. 1.12 O peso
2
r (RT + h)2 é a força gravítica
exercida pelo planeta.
Questões resolvidas
(A) a força que faz cair uma bala de canhão tem a mesma na- D
(A). Newton concluiu que a força que mantém a Lua em órbita tem a mesma
natureza que a força que faz os objetos cair. As diferentes trajetórias resultam
de diferentes velocidades. Mas em todas as trajetórias a Terra exerce uma força
gravítica sobre a bala que depende da distância entre o centro da Terra e a bala,
assim como das suas massas.
10. O raio da órbita da Lua em redor da Terra é igual a 60 raios da Terra, enquanto o
da Estação Espacial Internacional (EEI) é de 1,05 raios da Terra. A intensidade da
força exercida pela Terra sobre a Lua é de 2,0 × 1020 N, enquanto a exercida sobre
a EEI é de 3,7 × 106 N.
10.1 Quantas vezes aumentaria a força exercida pela Terra sobre a Lua se a sua
trajetória fosse igual à da Estação Espacial Internacional?
10.2 Relacione as massas da Lua e da EEI.
10.3 Porque é que a força gravítica exercida pela Terra na Lua é muito maior do
que a exercida pela Terra na EEI?
162
DOMÍNIO 1 Mecânica
10.3 Embora a EEI esteja 57 vezes mais próxima do centro da Terra do que a Lua,
a massa da Lua é cerca de 1017 vezes maior do que a da EEI.
Sempre que sobre um corpo atuar uma ou mais forças não contrabalançadas por outras, a
d
sua velocidade, v , é alterada. A velocidade pode variar em módulo e em direção.
A soma das forças que atuam sobre um corpo designa-se resultante das forças ou força
resultante. Se o corpo estiver em repouso, a força resultante coloca-o em movimento.
vi vf vf vi
F F F F F 11
ti tf tf ti
Fig. 1.13 Movimento acelerado. Fig. 1.14 Movimento retardado.
163
FÍSICA 11.° Ano
v1
A aceleração média é uma grandeza vetorial com a mesma
d
v1 Δv am
direção e sentido da variação de velocidade !v (Fig. 1.16). v2
Esta componente é positiva ou negativa consoante a acelação média apontar no sentido con-
vencionado como positivo ou negativo, respetivamente (Fig. 1.17).
A B
vi Δv = vf – vi vf vi Δv = vf – vi vf
a a
ti tf x ti tf x
Questão resolvida
164
DOMÍNIO 1 Mecânica
d d d d
FR = 0 ⇒ a = 0
d
uniforme v é constante
Movimento d d
165
FÍSICA 11.° Ano
Questão resolvida
F/N
F/N
F/N
a / m s- 2 a / m s- 2 a / m s- 2 a / m s- 2
166
DOMÍNIO 1 Mecânica
!v v – v1
a = am= = 2
!t t2 – t1
los de tempo.
167
FÍSICA 11.° Ano
Questão resolvida
13.4 Os valores obtidos pelos dois grupos de alunos, 9,70 m s–2 e 9,41 m s–2, respe-
tivamente para as massas de 7,06 g e 110,05 g, são muito próximos. A diferen-
ça entre esses valores está dentro do erro do método experimental. Assim,
tendo por base os resultados, a aceleração gravítica não depende da massa.
Galileu (1564-1642) imaginou uma situação ideal em que um corpo deslizava numa superfície
horizontal sem atrito. Sendo a força resultante nula, o movimento não poderia ser nem acele-
rado nem retardado e a velocidade do corpo deveria ser constante em módulo (movimento
uniforme) e em direção (movimento retilíneo). Surge assim a Lei da Inércia:
Se a resultante das forças que atuam sobre um corpo for nula, a sua velocidade perma-
necerá constante.
d d
Resultante Situação
das forças Inicial Ao longo do tempo
d d
d d d d
FR = 0 d d d
Movimento: v i ≠ 0 v é constante em módulo e direção – Movimento retilíneo uniforme
168
DOMÍNIO 1 Mecânica
Questão resolvida
14. Um avião move-se com velocidade constante. Atuam sobre o avião quatro forças:
d d d
Para um corpo qualquer à superfície da Terra, a aceleração gravítica pode calcular-se a partir
da Lei da Gravitação Universal e da Segunda Lei de Newton:
d
FR = m a ⇔ P = m g ⇔ G
d
d
d
mT m
=mg⇔g=G
mT F 11
2
R T R 2T
5,97 × 10–24
Substituindo os valores de G, mT e RT, obtém-se: g = 6,67 × 10–11 × m s–2 = 9,8 m s–2.
(6,37 × 10 6) 2
Um grave tem aceleração constante: o movimento vertical de um grave é uniformemente
variado (retardado na subida e acelerado na descida). Para estudar o movimento retilíneo faz-
-se coincidir um eixo com a direção do movimento, convencionando uma origem e um sentido
positivo. Os sinais atribuídos à velocidade e à aceleração dependem de estas apontarem no
sentido positivo ou negativo do eixo escolhido.
No movimento retilíneo uniformemente variado, a componente escalar da velocidade, v, va-
ria linearmente com o tempo, a posição, x, varia no decurso do tempo e pode relacionar-se a
componente escalar da velocidade do corpo, v, com o seu deslocamento, !x. Nas equações,
x0 ,v0 e a são as componentes escalares no eixo escolhido da posição inicial, velocidade ini-
cial e aceleração, respetivamente.
169
FÍSICA 11.° Ano
Questões resolvidas
15.1 Explique porque é que o martelo e a pena chegam ao mesmo tempo ao solo.
15.2 Com base nos dados, determine o valor mais provável da aceleração gravíti-
ca na Lua.
15.3 Determine a velocidade do martelo após ter percorrido 50 cm, com base nas
equações x(t) e v(t) .
15.4 Considere que o astronauta atirava o martelo para cima, verticalmente, com
uma velocidade de 6,0 m/s, a partir de uma posição a 1,0 m de altura.
a) Qual seria a altura máxima atingida?
b) Quanto tempo demoraria a chegar ao solo?
15.1 Na Lua não existe atmosfera, por isso, sobre ambos os corpos atua apenas a
força gravítica. Ora, a aceleração gravítica não depende da massa dos corpos.
15.3 A aceleração do martelo é –1,72 m s–2 e, após ter percorrido 50 cm, a sua
posição é x = 1,00 – 0,50 = 0,50 m.
⎧ 1 2 ⎧ 1
⎪ x(t) = x0 + v0t + 2 at
2
⎪ 0,50 = 1,00 + 0 – × 1,72 × t
⎨ ⇔⎨ 2 ⇔
⎪ v(t) = v + at ⎪ v = 0 – 1,72 × t
⎩ 0 ⎩
⎧
⎪ t= 1
s = 0,762 s
⇔⎨ 1,72
⎪
⎩ v = –1,72 × 0,762 m s–1 = –1,3 m s–1
Após ter percorrido 50 cm, tem uma velocidade de módulo 1,3 m s–1, direção
vertical e sentido para baixo.
170
DOMÍNIO 1 Mecânica
15.4 a) As condições iniciais do movimento são x0 = 1,0 m e v0 = 6,0 m s–1. Para de-
terminar a altura máxima, é necessário determinar o tempo necessário para
que a velocidade se anule:
6,0
v(t) = v0 + at ⇒ 0 = 6,0 – 1,72t ⇔ t = s = 3,49 s
1,72
Basta agora calcular a posição ao fim deste tempo:
1 1
x(t) = x0 + v0t + at2 ⇒ x = 1,0 + 6,0 × 3,49 – × 1,72 × 3,492 ⇔ x = 11 m
2 2
b) Pretende-se determinar o tempo necessário para que atinja a posição x(t) = 0:
1 1
x(t) = x0 + v0t + at 2 ⇒ 0 = 1,0 + 6,0t – × 1,72 t2 ⇔ t = 7,1 s ou t = –0,16 s.
2 2
No contexto do problema só se consideram instantes após o inicial (t ≥ 0),
por isso demora 7,1 s a atingir o solo.
16.2 Com base na informação do gráfico vy(t) para o corpo Q, calcule a altura h.
y/m
t/s
t/s
t/s t/s
v / m s–1
171
FÍSICA 11.° Ano
Questão resolvida
Nesta atividade um carrinho estará ligado por um fio, que passa na gola de uma roldana, a um
corpo suspenso que irá cair na vertical após o carrinho ter sido largado. O corpo suspenso
irá ficar imobilizado no chão antes de o carrinho ter efetuado todo o seu movimento no plano
horizontal.
Enquanto o corpo suspenso cai na vertical, o fio estará sob tensão e, na direção horizontal,
desprezando as forças de atrito, a resultante das forças que atuam sobre o carrinho é a
d
tensão, T, que é constante (o peso e a força normal anulam-se, pois são perpendiculares
ao deslocamento). Portanto, até o corpo suspenso tocar no chão o carrinho terá aceleração
constante. Depois, com o corpo que esteve suspenso já imobilizado no chão, a tensão sobre
o fio será nula. O carrinho, que vinha em movimento, deverá manter a velocidade (movimento
retilíneo uniforme), porque na horizontal não haverá forças (na vertical a resultante das forças
mantém-se nula).
172
DOMÍNIO 1 Mecânica
Questão resolvida
17. Um grupo de alunos colocou um carrinho, de massa 548,06 g, num plano horizontal
e ligou-o por um fio, que passou por uma roldana, a um corpo suspenso. Após lar-
garem o carrinho este moveu-se, embatendo o corpo suspenso no chão antes de
o carrinho terminar o seu movimento. Um sensor de movimento permitiu recolher
o gráfico velocidade-tempo, do movimento do carrinho, que a seguir se apresenta.
v/ m s–1
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0,00 0,50 1,00 1,50
t/s
17.3 Entre 0,25 s e 1,0 s: Até ao instante 0,30 s e entre 1,00 s e 1,50 s:
N N
TA
PA PA
173
FÍSICA 11.° Ano
Questão resolvida
Nesta atividade estuda-se o movimento retardado, com aceleração constante, de um bloco num
plano horizontal, após ter descido uma rampa.
Das equações deste movimento uniformemente retardado, em que a velocidade se anula de-
pois do bloco ter percorrido a distância !x após ter a velocidade v
⎧ 1 2
⎪ !x = vt – at
⎨ 2 obtém-se 2 a!x = v2 em que a é o módulo da aceleração.
⎪
⎩ 0 = v – at
Portanto, o gráfico da distância de travagem, !x, em função do quadrado da velocidade inicial,
v2, no plano horizontal, traduz uma dependência linear.
174
DOMÍNIO 1 Mecânica
Questão resolvida
175
FÍSICA 11.° Ano
Questão resolvida
Existem muitas situações em que a resistência do ar não pode ser desprezada. A força de re-
d
sistência do ar, Rar, depende das dimensões, forma e orientação do corpo, da natureza da sua
superfície e da sua velocidade em relação ao ar. Aplicando a Segunda Lei de Newton, pode
escrever-se:
d d d d d
FR = m a ⇔ P + Rar = m a
Como a resistência do ar aumenta com a velocidade, conclui-se que sempre que a velocidade
d
d
variar (a ! 0) a aceleração também varia, portanto, o movimento é variado não uniformemente.
Tome-se como exemplo a queda de um paraquedista (Fig. 1.26).
P = Rar
D
2.a velocidade terminal Fig. 1.26 As várias etapas no movimento de um paraquedista.
176
DOMÍNIO 1 Mecânica
tornando-se maior do que o peso e, por isso, a sua velocidade vai diminuindo (FR tem senti-
d
d
do oposto a v ); como a velocidade diminui, 9Rar9também diminui, até que a partir de um
d d d
certo momento irá reequilibrar o peso (P + Rar = 0 ); a partir desse instante, o paraquedista
d
d
deixa de travar (a = 0 ): diz-se que atingiu outra velocidade terminal, sendo o seu movimento
novamente retilíneo e uniforme. No movimento retilíneo e uniforme verificam-se as seguin-
tes relações:
a(t) = 0 , v(t) = v0 = constante e x(t) = x0 + v0t.
Questão resolvida
v / m s–1
positivo de cima para baixo. O gráfico represen-
ta a componente escalar, segundo Oy, da veloci-
dade de um paraquedista em função do tempo.
A massa do sistema paraquedas + paraquedista
é 90 kg.
19.1 Estabeleça a correspondência entre os ins- 0
t1 t2 t 3 t4 t5 t/s
tantes indicados no gráfico e a resultante
das forças que atuam sobre o paraquedista,
identificadas com as letras A, B, C e D.
d d
A. FR = 0 B. C. D.
19.1 t1 — C; t2 — B; t3 — D; t4 — A; t5 — A.
De t1 a t2 a velocidade aumenta e, portanto, também aumenta a resistência
do ar. Em consequência, a força resultante diminui, mas aponta no sentido
do movimento, já que o movimento é acelerado. Em t3, o paraquedista di-
minui a sua velocidade, logo, a força resultante aponta no sentido oposto
ao movimento. De t4 a t5, a velocidade é constante e, por isso, a força resul-
tante é nula.
19.2 (C). A aceleração corresponde ao declive da tangente ao gráfico v(t) que
diminui no intervalo [t1, t2]. Como a aceleração não é constante, o movimento
é acelerado não uniformemente.
19.3 No intervalo [t4, t5], o movimento é retilíneo e uniforme, portanto, a resultan-
te das forças é nula:
d d d mg 90 × 10
P + R ar = 0 ⇔ m g – 25 v2 = 0 ⇒ v = = m s–1 = 6,0 m s–1
25 25
177
FÍSICA 11.° Ano
No movimento circular uniforme, a velocidade angular é constante, Fig. 1.28 Ângulo descrito
verificando-se que num período T o corpo dá uma volta, ou seja, no intervalo "t = tB – tA.
"θ = 2# :
"$ 2#
! = !média = ⇒!= (unidade SI: rad s–1)
"t T
O corpo, ao descrever uma circunferência de raio r, percorre uma distância igual ao perímetro,
2# r, em cada período, T. Logo, o módulo da velocidade é dado por:
2# r
v= ⇒v=!r
T
v2 (! r)2
O módulo da aceleração centrípeta é dado pela seguinte relação: ac = = = !2 r .
r r
2# v2 v2
Movimento 1 != =2#f v=!r ac =
r
= !2 r Fc = m
r
circular f= T
T
uniforme
Constante Variáveis mas constantes em módulo
178
DOMÍNIO 1 Mecânica
Se o plano da órbita do satélite for o plano equatorial e a órbita for circular chama-se satélite
geoestacionário, uma vez que permanecerá imóvel em relação a um ponto da Terra.
Questão resolvida
20. Uma antena na Terra pode apontar numa direção fixa e bem determinada para comu-
nicar com um satélite geostacionário. O satélite deve orbitar a uma altitude de cerca de
3,58 × 104 km no plano do equador terrestre.
Dados: mT (massa da Terra) = 5,97 × 1024 kg; RT (raio da Terra) = 6,37 × 106 m.
20.1 Justifique o primeiro parágrafo do enunciado.
20.2 Calcule o módulo da velocidade angular do satélite.
20.3 Qual é o módulo da velocidade do satélite?
20.4 Mostre que, para a altitude indicada, o satélite é geoestacionário.
20.5 A aceleração de um satélite geostacionário
(A) depende da massa do satélite. (C) depende da massa da Terra.
(B) é constante no decurso do tempo. (D) é perpendicular à força gravítica.
F 11
20.1 Como o período de um satélite geostacionário é igual ao da Terra e este roda
no mesmo sentido da rotação da Terra e num plano equatorial, a sua posição
em relação a um ponto fixo na superfície da Terra é sempre a mesma.
2" 2"
20.2 T = 24 h ⇒ ! = = rad s–1 = 7,27 × 10–5 rad s–1
T 24 × 60 × 60
20.3 r = RT + h = (6,37 × 106 + 3,58 × 107) m = 4,22 × 107 m
v = ! r = 7,27 × 10–5 × 4,22 × 107 m s–1 = 3,07 × 103 m s–1 = 3,07 km s–1
2
mT m mT
20.4 G
r2
= m ac ⇔ G
r2
= !2 r ⇔ G mT = ! "r ⇔
2"
T
3
179
FÍSICA 11.° Ano
Questões propostas
16
x/m
12
0
2 4 6 8 10 12 t/s
–4
–8
1.4 O atleta
(A) nos primeiros 3 s move-se com velocidade constante.
(B) de 3 s a 8 s, apresenta componente escalar, segundo Ox, do deslocamento igual a 16 m.
(C) no instante 11,5 s inverte o sentido do seu movimento.
(D) passa três vezes pela posição x = 5 m.
180
DOMÍNIO 1 Mecânica
(A) (C)
vx vx
t t
(B) (D)
vx vx
t t
5. Duas esferas com o mesmo volume, uma de madeira e a outra de chumbo, são deixadas
cair, simultaneamente, da mesma altura h e alcançam o solo ao mesmo tempo. Isto acontece
porque
(A) as duas esferas têm a mesma energia cinética quando alcançam o solo.
(B) a aceleração das esferas não depende da massa das esferas.
(C) à altura h, a energia potencial gravítica das duas esferas é igual.
(D) a força de resistência do ar não depende da massa das esferas.
181
FÍSICA 11.° Ano
Questões propostas
6. Dois corpos X e Y de massas mX e mY, respetivamente, cujos centros estão situados a uma
distância d, exercem um sobre o outro uma força de atração gravítica de intensidade F.
6.1 A distância entre estes dois corpos para que a intensidade da força gravítica entre eles
passe a ser igual a 2F é
d d
(A) . (B) 2 . (C) 2 d (B) 22d
2 2
6.2 Qual dos gráficos pode traduzir a intensidade da força de atração gravítica, Fg, entre os
dois corpos em função da massa do corpo X, mX, sendo a massa de Y e a distância entre
os centros dos dois corpos constante?
(A) (B) (C) (D)
Fg Fg Fg Fg
O mx O mx O mx O mx
7. Um carrinho telecomandado, de massa 200 g, move-se numa pista retilínea, coincidente com
um referencial unidimensional, Ox. Admita que o carrinho pode ser representado pelo seu
centro de massa (modelo da partícula material) e que no instante t = 0 se encontra na origem
do referencial. Representa-se a seguir o gráfico da componente escalar da velocidade, vx,
desse carrinho, segundo o referencial Ox considerado, em função do tempo, t.
vx / m s –1
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
-2,0 5,0 10,0 15,0 20,0
-4,0 t/s
-6,0
7.1 Em que intervalo de tempo o carrinho se moveu no sentido positivo do eixo Ox?
7.2 No instante _____ a componente escalar da aceleração do carrinho no eixo Ox foi _____.
(A) 4,0 s ... 2,0 m s−2 (B) 10,0 s ... −2,5 m s−2 (C) 13,0 s ... 0 m s−2 (D) 18,0 s ... −2,0 m s−2
7.3 Determine a intensidade da resultante das forças aplicadas sobre o carrinho no instante 13,0 s.
Apresente todas a etapas de resolução.
7.4 No instante 8,0 s o carrinho tinha percorrido 68,7 m. Determine a coordenada de posição, x,
do carrinho, no instante 13,0 s.
Apresente todas a etapas de resolução.
182
DOMÍNIO 1 Mecânica
S
B
B B
Nos vários ensaios realizados, abandonou-se uma esfera, com o diâmetro de 1,20 cm, sem-
pre da mesma posição inicial, a uma certa distância acima da célula fotoelétrica A.
Fixando a distância entre as duas células fotoelétricas, mediram-se o tempo, t3, da diferen-
ça entre a média dos instantes de interrupção e de reposição do feixe de luz nas células
fotoelétricas B e A e os tempos t1 e t2 que a esfera demorou a passar em frente das células
A e B, respetivamente. Admita que a esfera caiu em queda livre.
8.1 Na tabela apresenta-se o registo dos tempos obtidos para t1. t1 / ms
No conjunto de ensaios, realizados nas mesmas condições,
5,79
qual é o resultado da medição de t1?
(A) (5,83 ± 0,01) ms 5,88
183
FÍSICA 11.° Ano
Questões propostas
Forças e movimentos
9. A figura representa as sucessivas posições de uma bola que rola numa superfície horizontal
da direita para a esquerda, acabando por parar 4,0 s depois do início do seu movimento.
Trata-se de uma representação estroboscópica em que o intervalo de tempo entre posições
sucessivas é de 0,4 s.
–7 0 5 x/m
(A)
–7 0 5 x/m
(B)
–7 0 5 x/m
(C)
–7 0 5 x/m
(D)
–7 0 5 x/m
0 . 057kz
10. Uma bola de ténis, de 57 g, foi atirada verticalmente para cima, de um ponto a y
→
1,0 m de altura, em relação ao solo, com velocidade v 0. Atingiu uma altura máxima
de 4,2 m. Considere o referencial Oy com origem na posição inicial da bola, repre-
sentado na figura e despreze a resistência do ar.
v0
10.1 Caracterize a resultante das forças que atuam sobre a bola ao atingir a altura
máxima. A resultante e nula
de forces nesse instante e zero Uma vez que
,
O
10.2 Determine o módulo da velocidade de lançamento:
a) recorrendo exclusivamente às equações que traduzem o movimento, y(t) e v(t);
&
b) com base em considerações energéticas. Y(+) = 1 + vot -
4 , 9th
I
v(t) =
vo
-
4 , 972
10.3 Quanto tempo demora a bola a chegar ao solo?
10.4 O gráfico velocidade-tempo à direita descreve a dependência v
da componente escalar, segundo Oy, da velocidade da bola
com o tempo. A área sombreada a azul nesse gráfico é igual a t
(A) 1,0 m. (B) 3,2 m. (C) 4,2 m. (D) 7,4 m.
10.5 O que é que se pode concluir sobre o movimento da bola?
(A) A variação da velocidade da bola é diretamente proporcional ao intervalo de tempo
considerado.
(B) Quando a bola voltar a passar pela origem do referencial, fá-lo-á com a mesma velocidade.
(C) A força gravítica que atua sobre a bola faz alterar o módulo e a direção da velocidade.
(D) Quando a bola atinge a altura máxima, a sua aceleração anula-se.
184
DOMÍNIO 1 Mecânica
10.6 Seja m a massa da bola, mT a massa da Terra, RT o raio da Terra e G a constante de gra-
vitação universal. O módulo da aceleração da bola é
G mT Gm G mT m G
(A) . (B) . (C) . (D) .
RT2 RT2 RT2 RT2
10.7 Qual dos seguintes gráficos posição-tempo descreve corretamente o movimento da bola
desde o instante inicial até atingir o solo?
(A) (B) (C) (D)
y y y y
t t t t
11. Fez-se uma experiência em que se deixou cair uma bola de basquetebol, com uma mas-
sa de 620 g, de 0,78 m acima do solo. A bola ressaltou sucessivamente no solo. Com um
sensor e uma máquina de calcular gráfica obteve-se o gráfico da componente escalar da
velocidade, segundo Oy, em função do tempo. Aos pontos A e B correspondem os valores
indicados na tabela.
4,0
v / m s–1
3,0 B
Coluna I A B
2,0
1,0 t/s 0,34 0,47
0,0
–1,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 t / s v/ms –1
–3,40 2,82
–2,0
–3,0
–4,0 A
I N II III
185
FÍSICA 11.° Ano
Questões propostas
12. Um carrinho move-se segundo uma trajetória retilínea sobre um plano inclinado, como se apre-
senta na figura.
Considere que o carrinho pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da
partícula material). Admita que a componente escalar da posição, x, do carrinho em relação
ao referencial unidimensional Ox indicado, varia com o tempo, t, de acordo com a equação
expressa nas unidades de base do SI: x = 2,4 – 2,0t + 0,60t2.
12.1 A que distância da origem do referencial Ox considerado se encontra o carrinho, no
instante t = 0,0 s?
12.2 A componente escalar, segundo o referencial Ox considerado, da velocidade, vx, expres-
sa em m s–1, do carrinho varia com o tempo, t, expresso em s, de acordo com a equação
(A) vx = –2,0 + 1,2t
(B) vx = 0,4 + 1,2t
(C) vx = –2,0 + 0,60t
(D) vx = 0,4 + 0,60t
12.3 Em qual dos esquemas seguintes se encontram corretamente representadas, no instan-
→ →
te t = 0,0 s, a velocidade, v , e a aceleração, a, do carrinho?
v v v
v
a a
a a
12.4 Em qual dos esquemas seguintes está representado um diagrama das forças que atuam
no carrinho?
12.5 Determine a distância percorrida pelo carrinho no intervalo de tempo [0,0; 4,0] s, utilizan-
do as potencialidades gráficas da calculadora.
Apresente na sua resposta:
• um esboço do gráfico da componente escalar da posição, x, do carrinho em função do
tempo, t, desde o instante t = 0,0 s até, pelo menos, ao instante t = 4,0 s;
• os valores de x necessários ao cálculo daquela distância;
• o valor da distância percorrida pela bola no intervalo de tempo considerado.
186
DOMÍNIO 1 Mecânica
13. Um automóvel, de massa 900 kg, desloca-se a 72 km/h quando o condutor vê uma senhora
a atravessar uma passadeira para peões. Quando o condutor inicia a travagem, a passadei-
ra encontra-se a 25 m de distância. A força de atrito que atua sobre o automóvel durante a
travagem é constante e igual a 75% do seu peso. Considere que o movimento do automó-
vel se dá no sentido positivo do eixo Ox.
13.1 Qual das opções pode representar, em relação ao eixo Ox, as componentes escalares
da aceleração e da velocidade em função do tempo durante a travagem?
t t t t
v v v v
t t t t
14. Na figura está representada uma calha que termina num troço horizontal. A superfície do
troço horizontal está revestida por um material rugoso.
30°
B C
187
FÍSICA 11.° Ano
Questões propostas
A(A) B
(B) C
(C) D
(D)
F F F F
t t t t
y (A)
A y (B)
B y (C)
C y D(D)
t t t t
→ →
15.5 Quando a aceleração do paraquedista é –4g , sendo g a aceleração gravítica, podemos
concluir que a intensidade da resistência do ar é
(A) m g. (B) 4 m g. (C) 5 m g. (D) 3 m g.
16. A Lua move-se em redor da Terra numa órbita elíptica, com um período de 27 dias e 8 ho-
ras. No entanto, a excentricidade da órbita da Lua é pequena e, por aproximação, conside-
re para as questões seguintes que a Lua descreve uma órbita circular, de raio 3,84 × 108 m .
16.1 O módulo da velocidade angular do movimento da Lua em redor da Terra é
2!
(A) rad h–1 (C) 2! × (27 × 24 + 8 × 60) rad h–1
27 × 24 + 8 × 60
2!
(B) rad h–1 (D) 2! × (27 × 24 + 8) rad h–1
27 × 24 + 8
16.2 A Lua está em queda livre tal como uma bola que se largue à superfície da Terra, com
resistência do ar desprezável. Como a bola se encontra mais próximo do centro da Ter-
ra do que a Lua, a aceleração da bola, de módulo 9,8 m s–2, é muito maior do que a da
Lua. Mostre que o produto da aceleração gravítica pelo quadrado da distância ao centro
da Terra é o mesmo para a Lua e para uma bola à superfície da Terra. Considere o raio
da Terra 6,37 × 106 m.
188
DOMÍNIO 1 Mecânica
17. Wernher von Braun escreveu, em 1952, que em dez ou quinze anos a NASA poderia colo-
car uma estação espacial a orbitar o planeta Terra, a 1730 km de altitude. Sugeriu que essa
estação espacial deveria completar uma rotação completa em 12 s. O raio médio da Terra
é 6370 km.
17.1 Para um satélite numa órbita circular
(A) a velocidade e a aceleração têm a mesma direção e o mesmo sentido.
(B) a velocidade e a aceleração têm a mesma direção e sentidos opostos.
(C) a força que a Terra exerce sobre ele é paralela à sua velocidade.
(D) a força que a Terra exerce sobre ele é perpendicular à sua velocidade.
17.2 Qual é o módulo da aceleração gravítica, na unidade SI, à altitude sugerida por von
Braun para a colocação da estação espacial? Apresente o resultado com dois algaris-
mos significativos.
17.3 von Braun sugeriu a rotação da estação espacial para criar na periferia interior da sua sec-
ção circular uma aceleração de módulo igual à aceleração gravítica na superfície da Terra.
Considerando apenas aquele movimento de rotação, qual deveria ser o raio da estação
para alcançar aquele objetivo?
4!2 122 × 10 4!2 × 10 122
(A) m. (B) m. (C) m. (D) m.
122 × 10 4!2 122 4!2 × 10
18.2 Explique o significado da seguinte afirmação: «Ambos os satélites estão em queda livre.»
18.3 Selecione a opção correta.
(A) A aceleração do satélite SA é igual à aceleração gravítica à superfície da Terra.
(B) A aceleração do satélite SA é menor do que o do satélite SB.
(C) A força que a Terra exerce sobre os satélites faz variar o módulo das suas velocida-
des.
(D) A velocidade do satélite SB não é constante.
18.4 A relação entre a frequência dos movimentos dos dois satélites é
1
(A) fA = fB (B) fA = f (C) fA = 2 fB (D) fA = 4 fB
2 B
18.5 Identifique, justificando, qual é o satélite geoestacionário.
r
18.6 Determine a razão B entre os raios das órbitas dos satélites SB e SA, respetivamente.
rA
18.7 Calcule o módulo da aceleração do satélite geoestacionário.
189
FÍSICA 11.° Ano
Domínio 2
Ondas e eletromagnetismo
2.1 Sinais e ondas
2.1.1 Sinais. Ondas: transversais e longitudinais,
mecânicas e eletromagnéticas
Um sinal é uma perturbação, ou seja, uma alteração de uma propriedade física. Um sinal
mecânico é a alteração de uma propriedade física de um meio material (posição, densidade,
pressão, etc.), enquanto um sinal eletromagnético corresponde a propriedades (campos elé-
trico e magnético) não associadas necessariamente a um meio material.
A comunicação supõe que o sinal se propaga entre a fonte, ou emissor, que o produz, e o
recetor, que o recebe. Quando o sinal chega a um determinado ponto do espaço, já antes
perturbou outros pontos e irá ainda perturbar mais pontos. A esta propagação do sinal cha-
mamos onda. As ondas mecânicas (som, ondas sísmicas, tsunami, ondas numa corda, ondas
numa mola) necessitam de um meio material para se propagarem, enquanto as ondas eletro-
magnéticas não precisam de um meio material, propagam-se mesmo no vazio.
No caso das ondas numa corda, as partículas da corda oscilam perpendicularmente à direção
em que se dá a propagação, designando-se por ondas transversais (Figs. 2.2 e 2.4 da esquer-
da). Quando oscilamos a extremidade de uma mola para a frente e para trás, as partículas da
mola movem-se numa direção paralela à da propagação, designando-se, por isso, por ondas
longitudinais (Figs. 2.3 e 2.4 da direita). Neste caso, propaga-se na mola uma sucessão de
compressões e rarefações.
Fig. 2.2 Onda persistente transversal numa corda. Fig. 2.3 Onda persistente longitudinal numa mola.
190
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
direção da propagação
direção da propagação compressão rarefação
Quando um sinal se propaga num meio elástico, demora um certo tempo !t para avançar uma
certa distância s (Fig. 2.5). Assim, o módulo da velocidade de propagação é dado por:
s
v= "
!t
Perfil da corda
A velocidade de propagação de uma onda mecâ- no instante ti
nica depende das características do meio em que
a propagação ocorre e do facto de ser transversal s
ou longitudinal. Por exemplo, para um pulso numa Perfil da corda
Fig. 2.5 Propagação de um sinal.
mola, a velocidade de propagação vai depender no instante tf = ti + Δt
Questão resolvida
(D) t1 > t2
(B). É uma onda transversal, logo, o ponto P move-se numa direção perpendicu-
lar à da propagação, ou seja, na vertical. No instante t1 o ponto P move-se para
cima (a crista da onda aproxima-se de P), enquanto no instante t2 o ponto P se
move para baixo (a crista da onda afasta-se de P). t2 é posterior a t1 , pois a onda
propaga-se para a esquerda.
s 0,040
v= ⇒ 10 = ⇔ !t = 4,0 × 10–3 s = 4,0 ms
!t !t
191
FÍSICA 11.° Ano
Questão resolvida
Tipo
Movimento das partículas Velocidades
de onda
• 5 a 7 km/s na crusta terrestre
P Paralelos à direção de propagação
• ≥ 8 km/s no núcleo e manto da Terra
Horizontais e verticais,
• 3 a 4 km/s na crusta terrestre
S perpendiculares à direção
• ≥ 4,5 km/s no manto da Terra
de propagação
Horizontais, perpendiculares
L • 2 a 4,5 km/s na crusta terrestre
à direção de propagação
Paralelos e perpendiculares
R • 2 a 4,5 km/s na crusta terrestre
à direção de propagação
Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) As ondas P consistem em compressões e rarefações.
(B) A velocidade de propagação das ondas L não depende das características dos
materiais da crusta terrestre.
(C) Num sismograma as ondas S são registadas antes das ondas P.
(D) As ondas R apresentam movimentos transversais e longitudinais.
(E) As ondas sísmicas são eletromagnéticas.
(F) As ondas P não se propagam no vazio.
(G) As ondas S são transversais.
A
λ
Fig. 2.6 Periodicidade espacial: perfil de uma corda (num certo instante)
na qual se propaga uma onda periódica.
192
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
O comprimento de onda, !, é a distância mínima entre dois pontos com o mesmo afastamen-
to da posição de equilíbrio e o mesmo movimento de vibração, ou seja, a distância mínima
entre dois pontos do espaço no mesmo estado de vibração.
193
FÍSICA 11.° Ano
Assim, a intensidade de uma onda (energia transferida por unidade de tempo e por unidade
de área perpendicular à direção de propagação) é função crescente da amplitude da fonte
emissora e da frequência.
Questões resolvidas
16 s
3.1 A frequência da onda é f = = 1,6 Hz e a velocidade de propagação é v = !t =
10 s
12 m v 2,0 m s–1
= = 2,0 m s–1. Conclui-se que o comprimento de onda é " = = =
6,0 s f 1,6 s–1
= 1,25 m.
P
0,05 0,04
0,032
0
x/m
194
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
(A) (C)
0,06 0,06
y/m
y/m
0,04 0,04
0,02 0,02
0,00 0,00
– 0,02
0,5 t/s 0,5 t/s
– 0,02
– 0,04 – 0,04
– 0,06 – 0,06
(B) (D)
0,06 0,06
y/m
y/m
0,04 0,04
0,02 0,02
0,00 0,00
– 0,02
0,5 t/s 0,5 t/s
– 0,02
– 0,04 – 0,04
– 0,06 – 0,06
4.1 (C). O perfil da onda mostra que num segundo existiram 4 oscilações com-
1s
pletas, logo, 4 períodos. Então, o período é = 0,25 s.
4
0,8 m
4.2 (A). Do perfil da corda, o comprimento de onda é ! = = 0,4 m, e a velocidade
2
s 2 × 0,8 m
de propagação é v = "t = = 1,6 m s–1 (num segundo avançou 1,6 m).
1,0 s
Nos gráficos C e D, o período é cerca de 0,5 s, por isso, são incorretos.
No perfil espacial da onda no instante t = 1,0 s, a elongação do ponto P
é positiva, por isso, o gráfico B também é incorreto.
s 0,5 m
O ponto P começa a oscilar no sentido negativo passados "t = = =
v 1,6 m s–1
= 0,31 s do início da perturbação na extremidade da corda, o que está de acordo
com o gráfico A.
y / nm
F 11
5. O gráfico representa o deslocamento, y, de
uma camada de ar, em relação à posição de 10
1
5.1 Para o período de 2,0 × 10–3 s, a onda tem uma frequência f = = 500 Hz.
T
5.2 (C). A distância entre duas camadas no mesmo estado de vibração é o com-
v 340
primento de onda = = m = 0,68 m (10 nm é a amplitude, ou seja,
f 500
o afastamento máximo de uma camada de ar relativamente à posição de
equilíbrio). O produto do comprimento de onda pela frequência é o módulo
da velocidade de propagação da onda, 340 m s−1.
195
FÍSICA 11.° Ano
λ
λ
B
R C R C R C R C R C R C
λ
pressão
C
x
λ
Fig. 2.10 A – camadas de ar na ausência de som; B – camadas de ar na presença de um som originado pela
vibração de um diapasão (C = compressão e R = rarefação); C – gráfico da pressão em função da posição.
Se a onda sonora for sinusoidal, a pressão num dado ponto do meio varia entre um valor
máximo de pressão acima da pressão do meio em repouso (compressão máxima) e um valor
mínimo abaixo dessa mesma pressão (rarefação máxima).
A amplitude de pressão é igual ao módulo da diferença entre o valor máximo (ou mínimo) da
pressão e a pressão do meio em repouso.
196
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
2.1.4 Sons puros, intensidade e frequência; sons Frequência alta – som agudo (alto)
pressão
complexos. Espetro sonoro
t
O som emitido por um diapasão é um som harmónico, visto
Frequência baixa – som grave (baixo)
que a vibração que o origina é um sinal harmónico. Este som
pressão
harmónico corresponde a uma única frequência e, por isso,
t
também se designa por som simples, ou puro.
Se a frequência de uma onda sonora for elevada, o som é Fig. 2.11 Sons harmónicos (agudo e grave).
pressão
altura significa o mesmo que frequência: o som agudo cha-
ma-se alto e o grave chama-se baixo. Os sons podem ainda Amplitude grande
som forte
ser fortes ou fracos, consoante a sua intensidade (Fig. 2.12).
A
A uma maior intensidade corresponde uma maior amplitude Amplitude pequena
som fraco
A'
de pressão. t
A maioria dos sons são complexos, pois os seus sinais não são
sinusoidais. Um som complexo é a soma ou sobreposição
de vários sons puros, ou seja, de vários harmónicos (Fig. 2.13). Fig. 2.12 Sons da mesma frequência com
O número de harmónicos e a sua proporção nos sons emi- diferentes intensidades.
tidos por instrumentos musicais ou pela voz humana é o que som complexo = A + B + C
pressão
C = 3.º harmónico ƒC = 3 ƒA
pressão
197
FÍSICA 11.° Ano
Microfone 1
Régua
Diapasão Altifalante
Altifalante Microfone Microfone 2
Fig. 2.16 Sinal sonoro com as mesmas Fig. 2.17 A onda sonora produzida pela Fig. 2.18 Medição direta de
características do sinal elétrico produzido. diapasão é captada pelo microfone. um comprimento de onda.
Questões resolvidas
6. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) Em geral, os homens produzem sons de menor altura do que as mulheres.
(B) Os sons simples distinguem-se uns dos outros por três características: intensi-
dade, altura e timbre.
(C) A energia transportada por uma onda sonora por unidade de tempo depende
da amplitude da onda.
(D) Quando se aumenta o volume num rádio, aumenta-se a altura do som que ele
produz.
(E) Em geral, o som propaga-se mais rapidamente nos líquidos do que nos gases.
198
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
(F) O que nos permite distinguir a mesma nota musical tocada em instrumentos
diferentes é a frequência.
(G) A propriedade que distingue um som forte de um som fraco é a intensidade da
onda sonora.
(H) Na propagação do som ocorre transporte de energia sem que haja movimento
da matéria.
Verdadeiras: (A), (C), (E) e (G). Falsas: (B), (D), (F) e (H).
O timbre é uma característica que permite distinguir sons complexos. Aumentar o
volume num rádio corresponde a aumentar a intensidade do som. A intensidade
do som é proporcional à energia da onda sonora e, portanto, à sua amplitude de
pressão. O que permite diferenciar a mesma nota em instrumentos diferentes é
o timbre. Na propagação do som não há transporte de matéria, mas esta vibra e,
portanto, movimenta-se.
199
FÍSICA 11.° Ano
Questão resolvida
(A) (C)
y y
Q R
P P
S x S x
Q
R
(B) (D)
y y
S P
Q R
R
x Q x
P S
8.2 (C). Todos os pontos da corda se movem na direção do eixo dos yy, perpen-
dicularmente à direção de propagação. Como, neste caso, a onda se propaga
da esquerda para a direita, todos os pontos vão executar, sucessivamente,
os movimentos dos pontos da corda que estão à sua esquerda, portanto, o
ponto Q irá subir (os valores de y dos pontos imediatamente à esquerda de
Q são maiores que o valor de y de Q no instante t = 0 s).
8.3 (A). Passado um quarto de período os pontos que tinham y = 0 estão na posi-
ção de afastamento máximo da posição de equilíbrio (y = ±A). Como o ponto R
irá subir (no instante t = 0, os pontos à esquerda de R estão acima de R), pas-
sado um quarto de período estará na posição y = A, em que A é a amplitude.
200
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Para determinar a velocidade de propagação de um sinal sonoro no ar, pode, por exemplo,
determinar-se o tempo que um sinal sonoro produzido junto a uma extremidade de uma man-
gueira demora a ser detetado na outra extremidade (Fig. 2.19).
Pode também utilizar-se um sinal produzido num gerador a propagar-se do altifalante até
ao microfone: a medição da variação do intervalo de tempo de desfasamento entre o sinal
produzido pelo gerador e o detetado pelo microfone em função da distância percorrida pelo
microfone permite determinar a velocidade de propagação do som (Fig. 2.20).
Microfone
Altifalante
Régua
Questões resolvidas
9.1 Explique por que razão ocorreu o registo de dois sinais e as menores amplitudes
no segundo sinal.
9.2 Determine o módulo da velocidade de propagação do som no ar, nas condi-
ções em que decorreu a experiência.
201
FÍSICA 11.° Ano
Questões resolvidas
9.3 Numa outra experiência, obteve-se para o módulo da velocidade de propaga-
ção do som no ar 338 m s−1, a 25 °C. O valor de referência àquela temperatura
é 346 m s−1. Qual é o erro percentual (erro relativo, expresso em percentagem)
daquele valor experimental?
9.1 Surgem dois sinais porque o sinal produzido junto à extremidade A do tubo
é refletido na extremidade F, sendo captados pelo microfone em instantes
diferentes dado que o som demora um certo tempo a propagar-se de A até F
e, novamente, de F até A. O sinal refletido tem menor intensidade do que o
sinal original, o que implica menores amplitudes do sinal mais à direita, pois o
som propaga-se em todas as direções e o sinal refletido corresponde apenas
à reflexão do som que se propagou na direção do tubo. Além disso, parte do
som é absorvido na reflexão, assim como na propagação no interior do tubo.
9.2 A distância medida na imagem entre as origens dos dois sinais é 8,9 cm. Aos
1,0 cm correspondem 2,0 ms, portanto, o intervalo de tempo entre o sinal
2,0 ms
original e o sinal refletido é !t = 8,9 cm × = 17,8 ms.
1,0 cm
2 d 2 × 3,08 m
O módulo da velocidade de propagação do som é v = = =
!t 17,8 × 10–3 s
= 3,5 × 102 m s–1.
(338 –346) m s–1
9.3 Erro percentual = × 100% = –2,3% (ou 2,3% por defeito).
346 m s–1
10.2 Qual das opções pode representar, um período e meio depois, a mesma região
do espaço e a mesma camada de ar?
(A)
(A) (B)
(C)
L L
(B)
(C) (D)
(D)
L L
202
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
10.3 Num ensaio II propaga-se nessa região um outro som de igual frequência, mas
menos intenso.
Comparando os dois ensaios, pode concluir-se que a amplitude das variações
de pressão é __________ e a distância entre uma compressão e a rarefação
adjacente é __________.
(A) menor no ensaio II … menor no ensaio II (C) a mesma … menor no ensaio II
(B) menor no ensaio II … a mesma (D) a mesma … a mesma
10.3 (B). Uma menor intensidade significa uma menor amplitude de pressão. Para
a mesma frequência, e para o mesmo meio, o comprimento de onda não se
altera, portanto, a distância entre uma compressão e a rarefação adjacente,
meio comprimento de onda, também não se altera.
2.2 Eletromagnetismo
2.2.1 Campos magnéticos
F 11
Campos magnéticos criados por ímanes
sul (S). Os polos com o mesmo nome repelem-se e os polos com nome Fig. 2.21 Interação entre ímanes.
diferente atraem-se.
Se um íman for dividido em partes, os polos não se separam, resultando sim, dessa divi- S N
são, novos ímanes mais pequenos (Fig. 2.22). O que caracteriza um íman é a existência nas
suas proximidades de uma região onde se fazem sentir as propriedades magnéticas SN S N SN
que ele cria. Diz-se que nessa região existe um campo magnético. Fig. 2.22 Os polos
de um íman não se
Para caracterizar as propriedades magnéticas em cada ponto utiliza-se a grandeza ve- separam.
d
torial campo magnético (ou densidade de fluxo magnético), representado por B. A sua
unidade SI é o tesla (símbolo T).
Quando se deita limalha de ferro nas proximidades de um íman, ela dispõe-se segundo uma
certa geometria. A forma como a limalha se dispõe permite observar o espetro do campo
magnético. O campo também pode ser representado por linhas do campo magnético.
203
FÍSICA 11.° Ano
• são tangentes, em cada ponto, ao vetor campo magnético, B, e têm o sentido deste;
• são sempre linhas fechadas e nunca se cruzam;
• na região externa do íman, começam no polo norte e terminam no polo sul magnético.
S
S
B
B B
N
N
d
Um campo magnético B tem, em geral, características diferentes de ponto para ponto, quer
seja na intensidade, na direção ou no sentido. No entanto, existem campos magnéticos que
são iguais em todos os pontos de uma dada região do espaço. Nesta situação tem-se um
campo uniforme e em toda essa região o campo tem a mesma intensidade, direção e senti-
do: as linhas de campo são segmentos de reta paralelos.
Questão resolvida
nome.
(D) no zona II o campo é mais intenso do que na
zona III. II
(D). Entre as armaduras do íman há uma zona onde as linhas de campo são
segmentos de reta paralelos: aí o campo é constante. As linhas de campo
saem do polo norte (Y) e fecham-se através do polo sul (X). Como na zona II
a densidade de linhas de campo é maior do que na zona III, então, na zona II o
campo é mais intenso.
204
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Questão resolvida
d
12. Colocou-se uma agulha magnética numa zona onde há um campo magnético Bext uni-
forme. Após uns instantes, a agulha estabilizou numa dada posição. Qual dos esque-
mas representa corretamente as linhas do campo magnético existente nessa região?
(A) (B) (C) (D)
N S
N S S N
S N
Bext Bext Bext Bext
(D). Quando um íman é colocado numa região onde existe um campo magnético,
ele vai procurar alinhar-se com o campo magnético externo. A agulha magnética
assume uma posição paralela ao campo magnético externo e as linhas desse
campo «entram» no polo sul da agulha.
Concluiu-se que uma corrente elétrica também cria um campo magnético. Este campo
magnético aumenta com a corrente elétrica, mas diminui com a distância a essa corrente elé- F 11
trica. A forma das linhas de campo magnético criado por uma corrente depende da geometria
da corrente elétrica (Fig. 2.25).
A B C
I I I I
B1
B3
B2
Fig. 2.25 Espetro magnético e linhas de campo magnético criados por uma corrente elétrica retilínea (A), por uma
corrente elétrica circular (B) e por uma corrente elétrica que percorre várias espiras circulares paralelas (C).
205
FÍSICA 11.° Ano
Questão resolvida
S N
(B). As interações entre ímanes, entre correntes elétricas e ímanes ou entre cor-
rentes elétricas são equivalentes, pois todas resultam das interações entre campos
magnéticos.
As agulhas magnéticas mostram que na situação I o polo norte da bobina da es-
querda se encontra na proximidade do polo sul da bobina da direita: existe atração.
A mesma orientação dos polos se verifica na interação entre a bobina e o íman.
–F F –F F F –F
+ + − − − +
A uma dada distância da carga elétrica, o campo elétrico será tanto mais intenso quanto maior
for a carga elétrica que o cria.
206
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
d
O campo elétrico num ponto é uma grandeza vetorial e é simbolizado por E. A unidade SI é o
volt por metro (V m–1).
O campo elétrico num ponto manifesta-se através de uma ação sobre uma carga elétrica aí
colocada, originando-se uma força na direção do campo.
Carga elétrica colocada num campo elétrico Sentido da força sobre carga
Questões resolvidas F 11
14. Nas figuras estão representadas as linhas de campo de duas distribuições de car-
d
I II
+ + + + + + + + + + +
+ +
P2
P3
+
+ ++
+ +
+++
E1
P1 P4
P5
– – – – – – – – – – – – – – – – – –
Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) I e II representam dois campos elétricos uniformes.
(B) Os campos elétricos em P1 e em P2 são iguais.
(C) Os campos elétricos em P3 e em P4 são iguais.
(D) O campo elétrico em P4 tem o mesmo módulo que o campo em P5.
(E) Uma carga elétrica negativa colocada em repouso em P2 aproxima-se da placa
positiva.
(F) Uma carga elétrica positiva colocada em P3 move-se segundo a linha de campo
que passa nesse ponto.
207
FÍSICA 11.° Ano
Questões resolvidas
15. Selecione a opção em que se representa as linhas de campo elétrico de duas cargas
pontuais simétricas.
A B C D
+ − + − + − + −
(B). As linhas de campo têm origem na carga positiva e terminam na carga nega-
tiva. Estas linhas são contínuas e entre as duas cargas o campo aponta da carga
positiva para a negativa.
Um campo magnético variável cria um campo elétrico. No estudo da relação entre estes dois
campos, é útil o conceito de fluxo do campo magnético (Fig. 2.28).
208
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Se forem colocadas N espiras num campo magnético uniforme, o fluxo que atravessa as su-
perfícies delimitadas pelas N espiras será a soma dos fluxos magnéticos através de cada uma
(Fig. 2.29). Se tiverem igual área A e se forem dispostas paralelamente umas às outras, como
numa bobina, o fluxo será N vezes o fluxo numa só espira:
Questão resolvida
16. Foram colocadas quatro espiras num campo magnético uniforme de módulo
5,0 × 10–3 T. A espira menor, IV, tem uma área de 0,030 m2. As espiras II e III têm
igual área. O fluxo do campo magnético através da espira III é de 6,0 × 10–4 Wb.
n
B n n
I II n III IV
F 11
16.1 Calcule o fluxo do campo magnético através da espira IV.
16.2 Determine a área da espira III.
16.3 Sendo o fluxo do campo magnético através da espira II metade do da espira III,
qual é o ângulo entre a espira II e o campo magnético?
16.4 A espira I tem o dobro da área da espira III. Significará isso que o fluxo do campo
magnético que a atravessa é o dobro do que se verifica para a espira III? Justifique.
209
FÍSICA 11.° Ano
N N
S 0 S 0
Fig. 2.30 Indução
eletromagnética.
O módulo da força eletromotriz induzida, Ei ou !i, num circuito fechado, é igual ao módulo
da variação do fluxo magnético que atravessa o circuito por unidade de tempo.
|$" | A força eletromotriz induzida, Ei, é a tensão elétrica que surge num
|Ei | =
$t circuito fechado e a sua unidade SI é o volt, símbolo V.
Então, só é criada uma força eletromotriz induzida se o fluxo do campo magnético através da
espira variar (Fig. 2.31). Como " = B A cos #, existe variação de fluxo magnético se:
• variar o campo magnético, em módulo ou em direção;
• variar a área da espira sujeita ao campo magnético;
• mudar a orientação relativa entre o campo magnético e a espira (varia o cos #).
S N
Fig. 2.31 Produção de corrente elétrica induzida. Mais linhas de campo a atravessar a espira representam
maior fluxo magnético.
A Lei de Faraday indica que a força eletromotriz induzida será tanto maior quanto mais rapi-
damente variar o fluxo do campo magnético.
210
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Questão resolvida
17.1 O fluxo magnético através da bobina é ! = N B A cos ". Mas a área da bobina
sujeita ao campo magnético vai variar. Inicialmente a bobina está toda fora da
região onde existe o campo magnético, sendo aí o fluxo nulo; mas o fluxo vai
aumentar à medida que mais área da bobina ficar sujeita ao campo magnéti-
co. Como a bobina tem 10 cm de lado, haverá um intervalo de tempo em que
toda a área da bobina estará sujeita ao campo magnético uniforme. Neste in-
tervalo de tempo, o fluxo magnético é constante. Com a saída da bobina da re-
gião onde existe o campo magnético, o fluxo magnético diminui até se anular.
211
FÍSICA 11.° Ano
t
A corrente elétrica alternada utilizada no consumidor
final não tem as mesmas características da produzida
nas centrais. O dispositivo que altera algumas das ca-
racterísticas da corrente alternada é o transformador. Fig. 2.34 Força eletromotriz produzida
por um gerador de corrente alternada.
Os transformadores (Fig. 2.35) são dispositivos capazes
de variar a tensão elétrica, aumentando-a ou diminuin- Primário Secundário
do-a. O seu funcionamento baseia-se na indução ele-
tromagnética.
Np
Ns
Um transformador é constituído por:
• núcleo: material ferromagnético onde se enrolam Up
fios condutores (bobinas) e se produz um campo;
Us
o núcleo intensifica o campo magnético;
• enrolamentos: fios condutores isolados e enrola-
dos (bobinas) em torno do núcleo e que são per- Fig. 2.35 Transformador de dois
corridos por corrente elétrica alternada. enrolamentos.
212
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Para diminuir as perdas de energia por efeito Joule no transporte da corrente elétrica das
centrais até aos locais de consumo, são usados transformadores que primeiro elevam a ten-
são elétrica e depois, perto dos locais de consumo, por razões de segurança, outros transfor-
madores reduzem a tensão elétrica.
Questões resolvidas
18.1 Considerando que é necessário transmitir uma certa potência, conclua, justi-
ficando, sobre a influência do aumento da tensão sobre a potência dissipada
(efeito Joule) nas linhas utilizadas para o transporte de energia.
18.2 Indique o nome do fenómeno que está na base do funcionamento do gerador
e dos transformadores.
18.3 O transformador 1 tem maior número de espiras no ___________ e o transfor-
mador 2 tem maior número de espiras no ___________.
(A) primário … secundário (C) primário … primário
(B) secundário … secundário (D) secundário … primário
F 11
18.4 Num transformador, ao aplicar-se 230 V ao primário, com 500 espiras, obteve-
-se no secundário 150 V.
Determine o número de espiras do secundário. Admita que a tensão em cada
enrolamento é diretamente proporcional ao seu número de espiras.
213
FÍSICA 11.° Ano
Questão resolvida
O som cria uma vibração da membrana, que provoca um movimento relativo en-
tre a bobina do microfone e o íman que existe no seu interior.
Este movimento faz variar o fluxo magnético na espira, o que, de acordo com a Lei
! | !t | "
de Faraday |εi| = " , cria uma força eletromotriz induzida e correntes elétricas
com o mesmo padrão de variação do sinal sonoro que as originou.
214
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
A velocidade das ondas eletromagnéticas, com uma frequência determinada pela oscilação
de uma carga elétrica, depende do meio material onde estas se propagam.
v = !f
Questão resolvida
20. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) Faraday comprovou experimentalmente a teoria de Maxwell.
(B) Faraday, ao descobrir a indução eletromagnética, abriu caminho não só para
a produção de energia elétrica mas também para a produção de ondas eletro-
magnéticas.
(C) Através do seu trabalho teórico, Maxwell unificou conceptualmente a eletrici-
dade e o magnetismo.
(D) Heinrich Hertz estabeleceu a primeira comunicação por ondas eletromagnéticas
a longa distância.
(E) Foi Maxwell quem comprovou que as ondas de rádio e a luz são ambas ondas
eletromagnéticas.
(F) As ondas eletromagnéticas permitem comunicação a longas distâncias porque
são ondas longitudinais.
215
FÍSICA 11.° Ano
Embora a luz seja uma onda, no âmbito da ótica geométrica ela é representada por raios lu-
minosos. Um raio luminoso é uma linha reta com a direção e sentido da propagação da luz.
Um feixe de luz é um conjunto de raios luminosos.
Quando um feixe paralelo de luz incide num espelho (material muito polido), origina raios
refletidos paralelos. Esta reflexão especular, ou regular, é a que permite ver a imagem dos
objetos nos espelhos (Fig. 2.39 da esquerda).
Na reflexão difusa, ou difusão da luz, raios luminosos paralelos são refletidos em direções
variadas (Fig. 2.39 da direita). A reflexão permite-nos ver os objetos que nos rodeiam, apesar
de eles não emitirem luz visível.
Consoante o grau de polimento das superfícies, a reflexão pode ser mais especular (maior po-
limento) ou mais difusa (menor polimento). As ondas mecânicas, como, por exemplo, o som,
também podem sofrer reflexão especular e difusa.
Raios
Raios refletidos Raios
Raios refletidos
incidentes incidentes
Para cada um dos raios refletidos (Fig. 2.40) verificam-se as Leis da Reflexão:
216
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Questão resolvida
de ângulo de reflexão.
21.2 Qual é a amplitude do ângulo de incidência do raio que dá origem ao raio
refletido 3?
21.3 O raio refletido que permite que a pessoa veja os seus sapatos é o raio
(A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4.
217
FÍSICA 11.° Ano
Por vezes é útil considerar o índice de refração de um meio 2 em relação a um meio 1, n21, que
é igual à razão entre o índice de refração do meio 2 e o do meio 1:
n v
n21 = 2 = 1
n1 v2
Quando a luz se propaga de um meio, 1, menos refringente
maior n
para outro mais refringente (n2 > n1), o raio refratado aproxima-
-se da normal à superfície de separação entre os dois meios
(Figs. 2.42 e 2.43). Ocorre o oposto caso a luz se propague de um
meio mais refringente para outro menos refringente (n2 < n1).
fração:
Fig. 2.42 Refração de uma onda.
1.a Lei da Refração: o raio incidente (i), a normal à superfície
de separação no ponto de incidência (n) e o raio refratado (R)
i n
estão no mesmo plano.
α1
2.a Lei da Refração ou de Snell-Descartes: o ângulo entre a
Meio 1 n1
normal e o raio incidente (ângulo de incidência !1) e o ângulo
entre a normal e o raio refratado (ângulo de refração !2) rela- Meio 2 n2
cionam-se pela expressão:
α2
n1 sin !1 = n2 sin !2 ⇔ sin !1 = n21 sin !2 R
em que n1 e n2 são os índices de refração dos meios 1 e 2, Fig. 2.43 Refração (n2 > n1).
respetivamente.
Questão resolvida
do prisma de vidro.
218
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
23.1 O meio 2 é mais refringente (n2 > n1), já que o ângulo entre a direção de
propagação da onda refratada (transmitida) e a normal à interface entre os
dois meios é menor do que o ângulo entre a onda incidente e essa normal.
23.3 A onda refletida propaga-se no mesmo meio da onda incidente, por isso,
ambas têm o mesmo comprimento de onda.
A onda transmitida propaga-se num meio mais refringente (maior n), por
isso, a onda propaga-se mais lentamente (menor v), sendo, por essa razão,
menor o comprimento de onda da onda refratada:
(v1 > v2 ⇔ v1T > v2T ⇔ #refletida > #transmitida) Em suma, #incidente = #refletida > #transmitida.
219
FÍSICA 11.° Ano
n n n n
R
R
Ar
R
Água i r
i
r α
α lim
i r
i r α > α lim
Se a luz se propagar de um meio 1, de índice de refração n1, para um meio 2, de índice de refra-
ção n2, em que n1 > n2 , o ângulo limite é aquele para o qual o ângulo de refração seria de 90o:
n2
n1 sin !lim = n2 sin 90o ⇔ sin !lim = = n21
n1
Numa fibra ótica, a luz, ao propagar-se
no núcleo da fibra, incide na superfície
de separação núcleo-revestimento, com
um ângulo de incidência superior ao
ângulo limite, sofrendo, por isso, reflex-
ão total (Fig. 2.45). Por sucessivas reflex-
Fig. 2.45 Percurso de um raio luminoso numa fibra ótica.
ões totais a luz fica confinada ao núcleo,
sendo guiada através da fibra ótica com
baixíssima atenuação.
Questão resolvida
220
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
24.2 (A). Se o raio, ao entrar na fibra, fizer um ângulo com o eixo da fibra maior
do que !m, então, o ângulo de refração no núcleo será também maior do
que !r. Como o ângulo de incidência na superfície de separação núcleo-
-revestimento é complementar do ângulo de refração no núcleo, conclui-se
que este último será inferior ao ângulo limite !c e o raio será refratado para
o revestimento, mas também é refletido.
Fibra ótica
90°
c
m r
Eixo da fibra
F 11
m
221
FÍSICA 11.° Ano
Questão resolvida
25. Um feixe de luz laser, de comprimento de onda no ar igual a 650 nm, incide na face
plana de uma lente de acrílico, exatamente no centro dessa face. Na figura surge
desenhado um trajeto do feixe. Os alunos mediram para diversos ângulos de inci-
dência, !1, da luz na superfície de separação ar-acrílico, os correspondentes ângulos,
!2 , entre o feixe de luz que sai do acrílico para o ar, na face semicircular, e a normal à
face plana da placa. Na tabela apresentam-se os resultados obtidos.
!1 / º !2 / º sen !1 sen !2
90°
0°
10,0 7,0 0,1737 0,1219
!2 20,0 13,5 0,3420 0,2335
!1 30,0 18,5 0,5000 0,3173
Normal à 40,0 26,0 0,6428 0,4384
0° face plana
Escala
90°
50,0 31,0 0,7660 0,5150
angular
60,0 36,5 0,8660 0,5948
25.1 (B). Na refração, quando o ângulo entre o feixe de luz e a normal à superfície
de separação entre os meios diminui, o índice de refração do segundo meio,
c
n, aumenta. O índice de refração de um meio, n = em que c é a velocidade
v
222
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
F 11
A difração torna-se mais visível quando o obstáculo e o comprimento de onda têm dimensões
próximas (Fig. 2.49 e Fig. 2.50).
223
FÍSICA 11.° Ano
A A
d d
λ λ
d >> λ B d ~λ B
Devido ao tamanho dos obstáculos que encontram à superfície da Terra, as ondas eletromag-
néticas de maior comprimento de onda (de ordem de grandeza maior do que 1 metro) são as
que melhor se difratam, enquanto as de menor comprimento de onda (por exemplo, as micro-
-ondas) praticamente não se difratam, o que exige que entre o emissor e o recetor não haja
obstáculos. Na difração não há mundaça de meio, logo o comprimento da onda mantém-se.
O comprimento de onda de um laser pode ser determinado a partir da relação entre o padrão
de difração e o espaçamento entre as fendas por onde passa a luz.
Quando um feixe de luz monocromática incide perpendicularmente numa rede de difração, esse
feixe é difratado, podendo observar-se um padrão de pontos luminosos num alvo onde se projeta
a luz difratada. O padrão caracteriza-se por apresentar máximos e mínimos de intensidade lumino-
sa, em posições bem definidas no alvo, como a Fig. 2.51 exemplifica.
Alvo
ordem 3 (n = 3)
Rede de
difração ordem 2 (n = 2)
Luz ordem 1 (n = 1)
monocromática
ordem 0 (n = 0)
ordem 1 (n = 1)
ordem 2 (n = 2)
ordem 3 (n = 3)
Com uma rede de difração, a posição dos pontos luminosos no alvo pode ser determinada a
partir da expressão n λ = d sin θ, sendo:
• n um número inteiro que indica a ordem do máximo: n = 0 (ordem 0) para o ponto lumino-
so na direção perpendicular à rede, n = 1 (ordem 1) para os pontos luminosos mais próxi-
mos do ponto luminoso central (máximo de primeira ordem), etc.;
224
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Questões resolvidas
26. Por que razão é a difração das ondas sonoras evidente no dia a dia, contrariamente
à difração da luz, que praticamente não se observa?
27. Uma rede de difração, com 5,0 mm de largura, tem 3000 ranhuras. Sobre a rede de
difração incidiu perpendicularmente um laser de 532 nm.
27.1 Calcule a distância d entre duas fendas adjacentes.
27.2 Para que ângulo ocorrerá o máximo de primeira ordem?
5 mm
27.1 A distância entre duas fendas consecutivas é = 1,7 × 10–3 mm.
3000
27.2 n = 1; n λ = d sin θ ⇔ 532 × 10–9 m = 1,7 × 10–6 m sin θ ⇒ θ = 18o.
Se não variarem as posições relativas de um recetor e de um emissor de uma onda, são iguais
as frequências do sinal recebido e do emitido. Todavia, registam-se diferenças entre as fre-
quências das ondas recebidas e emitidas quando entre a fonte emissora da onda e o recetor F 11
há afastamento ou aproximação.
A este fenómeno, comum a todas as ondas, atribuiu-se o nome de efeito Doppler.
A B
225
FÍSICA 11.° Ano
Através da análise dos espetros da luz emitida por corpos celestes em movimento em relação
à Terra, o efeito Doppler permite medir a velocidade desses corpos. Se houver afastamento,
o espetro sofre globalmente um desvio para frequências menores, ou seja, deslocando-se
para o vermelho (redshift); se ocorrer aproximação, o desvio dá-se no sentido das frequências
maiores, ou seja, para o azul (blueshift) (Fig. 2.53).
A Estrela
parada
B Estrela a
afastar-se
Desvio Doppler
num sistema binário C Estrela a
aproximar-se
Fig. 2.53 Efeito Doppler devido a movimento orbital de um sistema binário de estrelas.
Tempo
Outra evidência a favor da teoria do big bang é a radiação cósmica
de fundo detetada por Penzias e Wilson, em 1965. Há uma radiação
de micro-ondas que atinge a Terra vinda com igual intensidade de
todas as direções do Espaço.
Questões resolvidas
Estando o oscilador fixo seria de esperar que a frequência das ondas medidas no
ponto A e no ponto B fossem iguais à do próprio oscilador. Na figura observa-se que
as frentes de onda que chegam ao ponto A estão mais próximas do que as que che-
gam ao ponto B (o comprimento de onda das ondas que se propagam até A é menor
do que o comprimento de onda das ondas que se propagam até B). Assim, verifica-se
que ao medir-se a frequência das ondas no ponto A se encontrará um valor maior do
que a medição efetuada em B. Como há variação na frequência que é recebida, pode
concluir-se que o oscilador está em movimento, aproximando-se do ponto A.
226
DOMÍNIO 2 Ondas e eletromagnetismo
Recetor
Recetor
Emissora
c 3,0 × 108 m
29.1 (D). λ = f = 1 × 106 Hz = 300 m
F 11
29.2 (B).
30. Uma rede de difração com 1,0 cm de largura tem 10 000 ranhuras paralelas. Um laser
vermelho, incidindo perpendicularmente à rede, sofre um desvio de 40,5o relativa-
mente a um máximo de primeira ordem.
30.1 Qual é o comprimento de onda, λ, da luz? Considere a expressão n λ = d sin θ.
30.2 O que se espera que ocorra se for usado um laser verde? Justifique.
1,0 × 102
30.1 n = 1; n λ = d sin θ ⇔ λ = m sin 40,5o ⇒ λ = 6,5 × 10–7 m
10000
30.2 A um laser verde corresponde um comprimento de onda menor do que ao
vermelho, por isso, tendo em conta a expressão para a rede de difração, as
amplitudes dos ângulos dos máximos irão diminuir (como λ aumenta, sin θ
também aumenta; ora, a um maior sin θ corresponde um maior θ – a função
seno é crescente no 1.º quadrante).
227
FÍSICA 11.° Ano
Questões propostas
Sinais e ondas
2. Uma oscilação periódica origina, na superfície de um lago, ondas que inicialmente se pro-
pagam a 2,9 m/s e têm um comprimento de onda de 4,2 m. Na região menos funda do lago,
essas ondas passam a propagar-se a 1,8 m/s.
O comprimento de onda das ondas na região menos funda do lago é
(A) 0,38 m. (B) 1,4 m. (C) 2,6 m. (D) 6,8 m.
y / cm P
3. A figura representa, no instante t = 0 s, uma 6
3
porção de corda onde se propaga uma onda 0
transversal a 2,0 m/s no sentido positivo do 0 10 20 30 40 x / cm
–3
eixo Ox. –6
Q
3.1 A frequência de oscilação é
(A) 0,40 Hz. (B) 5,0 Hz. (C) 10 Hz. (D) 20 Hz.
3.2 A distância entre os pontos P e Q da corda será mínima no instante
(A) 12,5 ms. (B) 25 ms. (C) 50 ms. (D) 100 ms.
3T
3.3 Qual das figuras pode representar aquela porção de corda no instante t = ?
4
y / cm
(A) y / cm
(C)
6 6
3 3
x / cm x / cm
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
–3 –3
–6 –6
(B) (D)
y / cm y / cm
6 6
3 3
x / cm x / cm
0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40
–3 –3
–6 –6
4. Um estudante produz uma onda numa corda, cuja forma, no instante t = 0 s, se representa no
gráfico I, no qual estão assinalados quatro pontos da corda: P, Q, R e S. A componente escalar y
da posição de um dos pontos assinalados no gráfico I, em função do tempo t, está representada
no gráfico II. Considere que a onda se propaga no sentido positivo do eixo dos xx.
Gráfico I Gráfico II
y / cm y / cm
6 Q 6
3 3
P R
0 0
0 15 30 45 60 x / cm 0 0,2 0,4 0,6 0,8 t/s
–3 S –3
–6 –6
228
DOMÍNIO 1 Ondas e eletromagnetismo
(B) (D)
y / cm y / cm
6 6
3 3
P
0 0
0 15 30 45 60 x / cm 0 15 P 30 45 60 x / cm
–3 –3
–6 –6
5. Um agitador produz um sinal harmónico de amplitude 1,0 mm que se propaga numa tina de
ondas. Verifica-se que, num dado ponto da água, passam 300 cristas num minuto e que a
distância entre cristas sucessivas é 4,0 cm. Admita que as ondas que se propagam na água
são transversais.
No final da experiência, o agitador é desligado. Após esse instante, qual é o intervalo de
tempo necessário para que um ponto na superfície da água, situado a 20 cm do agitador,
fique em repouso?
40 80 120 x / cm
6.1 Determine o número de vibrações completas executadas por uma camada de ar durante
o intervalo de tempo em que o Miguel assobia.
229
FÍSICA 11.° Ano
Questões propostas
6.3 O assobio da Rita produz uma onda sonora de frequência duas vezes maior do que o do
Miguel. Qual é o gráfico de p em função de x para esta segunda onda sonora?
(A) (C)
p p
40 80 120 x / cm 40 80 120 x / cm
(B) (D)
p p
40 80 120 x / cm 40 80 120 x / cm
Máxima Mínima
pressão pressão
230
DOMÍNIO 1 Ondas e eletromagnetismo
A D
B E
C F
Eletromagnetismo
231
FÍSICA 11.° Ano
Questões propostas
232
DOMÍNIO 1 Ondas e eletromagnetismo
13. Uma bobina com 30 espiras, cada uma com a área de 5,0 × 10−4 m2, foi
colocada com o seu plano fazendo um ângulo de 60° com a direção 60!
de um campo magnético uniforme de 0,25 T.
13.1 O módulo do fluxo magnético através da bobina B
(A) 1,1 × 10–4 Wb. (C) 3,2 × 10–3 Wb.
(B) 1,9 × 10–3 Wb. (D) 6,3 × 10–5 Wb.
13.2 Esta bobina foi colocada a rodar, funcionando como um gerador.
O gráfico representa a força eletromotriz induzida, i, na bobina em função do tempo, t,
em duas situações (curva a cheio e a tracejado).
εi / mV
20
10
0
0,05 0,10 0,15 0,20 t/s
!10
!20
14. Na figura, que não está à escala, representa-se, de duas perspetivas diferentes, uma bobina
de secção quadrada, com 9,0 cm de lado e 200 espiras, forçada a mover-se com velocida-
d
de, v, constante, perpendicularmente à direção Bobina Bobina
d
233
FÍSICA 11.° Ano
Questões propostas
15. A diferença de potencial elétrico eficaz nas tomadas das nossas casas é 230 V em corrente
alternada. Essa diferença de potencial tem origem na produção de correntes elétricas ge-
radas em centrais elétricas.
15.1 No transporte da corrente elétrica, das centrais até aos locais de consumo, são usados
transformadores que primeiro elevam e depois reduzem a diferença de potencial elétrico.
a) Qual é a razão deste procedimento?
b) Os transformadores utilizam corrente __________ e o seu funcionamento baseia-se no
facto de o fluxo do campo magnético através do secundário ser __________ .
(A) contínua … constante (C) alternada … constante
(B) contínua … variável (D) alternada … variável
15.2 Fundamente a seguinte afirmação com base na Lei de Faraday.
Um certo transformador opera com tensão de 8800 V no enrolamento primário e ten-
são de 220 V no enrolamento secundário, portanto, o número de espiras no primário
é 40 vezes maior do que no secundário.
Ondas eletromagnéticas
16. Um dínamo de bicicleta é constituído por uma parte fixa, a bobina onde é gerada a corren-
te elétrica, e por uma parte móvel, na qual um íman permanente roda por transmissão do
movimento de rotação da roda da bicicleta.
Lâmpada Lâmpada
Dínamo
N S
234
DOMÍNIO 1 Ondas e eletromagnetismo
A experiência mais famosa de Faraday foi, de certo modo, o recíproco da experiência de Oersted.
O movimento da carga elétrica causa o magnetismo. Porque não haveria então o movimento
magnético de causar a eletricidade?
O dispositivo experimental consistiu num circuito, sem pilha, no qual existia uma bobina.
Fazendo um íman entrar e sair no interior da bobina, criava-se uma corrente elétrica no circuito,
detetada pelo ponteiro de um instrumento de medida adequado. (…)
Faraday não imaginou, porém, a transmissão de notícias à distância com luz invisível. Era areia
de mais para a camioneta dele. O vaivém dos eletrões num circuito adequado provoca, em certas
condições, ondas de rádio, a luz que, apesar de invisível, permite hoje escutar vozes e ver imagens
à distância.
Carlos Fiolhais, Física Divertida, Gradiva, Lisboa, 1991, pp. 127-128, 137
17. Numa experiência para verificar a lei de Snell-Descartes, um grupo de alunos trabalhou
com um ponteiro laser e uma placa paralelepipédica de um material X desconhecido.
Fizeram incidir a luz na fronteira ar-material X e mediram 1, a amplitude do ângulo de inci-
dência no ar, e 2, a amplitude do ângulo de refração no material X.
Registaram os seguintes dados:
1
30o 40o 50o 55o 60o 65o 70o
2
19o 26o 30o 33o 36o 38o 40o
17.1 Qual dos esquemas pode traduzir a situação descrita para um ângulo de incidência de 40°?
(A) (B) (C) (D)
X X X X
18. Um feixe fino de luz laser vermelha I, incide sobre a superfície 40,0o !
da água de um aquário, como representado na figura. O fundo I II
do aquário é espelhado.
18.1 Identifique os fenómenos que originam os feixes II e III. III
28,9o
235
FÍSICA 11.° Ano
Questões propostas
1
(C) α > arcsin ! nn ".
2
1
(D) α + arcsin ! nn " > 90°.
2
19.3 Determine o índice de refração da casca, n2, para o qual o ângulo crítico na interface
núcleo-casca é 80°.
19.4 Qual é a característica da fibra ótica que minimiza a atenuação do sinal que se propaga
ao longo da fibra?
19.5 Indique uma aplicação das fibras óticas.
20. Uma onda sofre desvios ao encontrar obstáculos ou fendas, encurvando-se em torno deles.
Na figura seguinte esquematiza-se o que ocorre a três ondas quando encontram fendas de
diferentes tamanhos.
Onda I Onda II Onda III
236
DOMÍNIO 1 Ondas e eletromagnetismo
21. Duas antenas transmissoras, uma de rádio AM – 950 kHz e outra de rádio FM – 97,7 MHz, foram
instaladas no cimo de um monte. Entre as antenas e a casa da Maria há um prédio, como mostra
a figura. Na casa da Maria, a receção de rádio FM é fraca, mas a de rádio AM é boa.
AM
FM
21.1 Qual é o fenómeno, característico das ondas, que permite a receção do sinal na casa
da Maria?
21.2 Porque é que a emissão em AM é recebida em melhores condições do que a emissão
em FM?
22. A luz de um laser de comprimento de onda 650 nm incide numa rede de difração, o que
origina um padrão de difração num alvo a 50 cm da rede. No alvo, a distância entre os
máximos de segunda ordem e o centro é de 13,5 cm.
Considere a expressão nλ = d sin θ.
22.1 O padrão de difração pressupõe que a distância entre fendas e o comprimento de onda
da luz são de ordens de grandeza ___________ e os máximos desse padrão correspon-
dem aos pontos em que a luz proveniente das diversas fendas interfere ___________ .
(A) próximas … construtivamente
(B) próximas … destrutivamente
(C) afastadas … construtivamente
(D) afastadas … destrutivamente
22.2 Determine o número de linhas por milímetro da rede de difração.
22.3 As redes de difração são utilizadas em espetroscopia para decompor a luz proveniente
das estrelas.
a) Explique por que razão as redes de difração podem decompor luz policromática.
b) Qual das sete cores do arco-íris (anil, violeta, azul, verde, amarelo, cor de laranja e
vermelho) sofre maior desvio?
c) Indique duas vantagens de uma rede de difração em relação a um prisma de vidro
na análise espetral.
237
Química
11.ºAno
Domínio 1
Equilíbrio químico
Domínio 2
Reações em sistemas aquosos
QUÍMICA 11.° Ano
Domínio 1
Equilíbrio químico
1.1 Aspetos quantitativos das reações químicas
1.1.1 Reações químicas
Equações químicas
Uma reação química, por exemplo a formação da água resultante da reação entre o hidro-
génio e o oxigénio, pode ser representada com um modelo molecular em que cada átomo é
representado por uma esfera.
A nível molecular, cada duas moléculas de hidrogénio, H2, reagem com uma molécula de
oxigénio, O2, formando-se duas moléculas de água, H2O. Uma representação simbólica desta
reação, que usa as fórmulas de estrutura, é a que se segue:
H—H O O
+ O = O —
—> +
H—H H H H H
Sabe-se que numa reação que ocorra em recipiente fechado, o número de átomos de cada
elemento químico e, consequentemente, a massa total, permanece constante. Esta conserva-
ção da massa durante uma reação química denomina-se Lei da Conservação da Massa (ou
Lei de Lavoisier) e está na base de uma outra representação simbólica: as equações químicas.
Uma equação química é uma representação simbólica duma reação química. Para cada um
dos elementos químicos envolvidos numa reação química, tem-se que o número de áto-
mos nos reagentes deve ser igual ao número de átomos nos produtos da reação.
Numa equação química, os coeficientes estequiométricos são números que indicam a pro-
porção da quantidade de matéria em que os reagentes e os produtos intervêm na reação (são
omitidos na equação química quando são 1).
Coeficientes estequiométricos
H → (2 × 2) = 4 H → (2 × 2) = 4
O → (1 × 2) = 2 O → (2 × 1) = 2
A equação química também pode ser lida em termos de quantidade de matéria: 2 moles de
moléculas de hidrogénio, H2, reagem com 1 mole de moléculas de oxigénio, O2, originando 2
moles de moléculas de água, H2O.
240
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
Questão resolvida
2
É mais comum utilizar números inteiros para os coeficientes, e nesses casos de-
verão ser os menores coeficientes dos conjuntos possíveis de números inteiros.
Assim, a equação anterior também pode ser escrita como:
4 NH3 (g) + 5 O2 (g) → 4 NO (g) + 6 H2O (g).
Pt
Q 11
Relações estequiométricas
A interpretação das reações químicas permite, por exemplo, responder a questões do tipo
«Que quantidade de produto se poderá obter a partir de determinadas quantidades de rea-
gentes?» ou «Que quantidades de reagentes se devem utilizar para obter uma quantidade
específica de produto?»
Por exemplo, como se pode prever a quantidade de amoníaco, NH3, que se pode produzir a
partir da reação de 2,0 mol de hidrogénio, H2, com nitrogénio, N2?
3.o - Aplicar o fator de conversão à quantidade da substância conhecida (2,0 mol de H2) e
obter a informação requerida:
2 mol NH3
nNH = 2,0 mol H2 × = 1,3 mol NH3
3 3 mol H2
241
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
2. Nas naves espaciais utiliza-se hidróxido de lítio, LiOH, sólido, para eliminar o dióxido
de carbono, CO2, exalado pelos seus ocupantes. O hidróxido de lítio reage com o
dióxido de carbono gasoso, originando carbonato de lítio, Li2CO3, sólido, e água,
H2O, líquida.
2.1 Escreva a equação química que traduz a reação de remoção de CO2.
2.2 Determine:
a) a quantidade máxima de água produzida na reação de 3,20 mol de LiOH;
b) o número máximo de moléculas de CO2 que podem ser removidas da
atmosfera de uma nave espacial na reação de 1,00 g de LiOH.
1 mol CO2
⇒ nCO = (4,18 × 10–2 mol LiOH) × = 2,09 × 10–2 mol CO2 .
2 2 mol LiOH
Cálculo do número de moléculas de CO2:
NCO = nCO × NA = 2,09 × 10–2 mol × 6,02 × 1023 mol–1 = 1,26 × 1022
2 2
242
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
Questão resolvida
243
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
Esta diferença tem diversas causas. Por exemplo, é possível que uma parte dos reagentes não
tenha reagido (reação incompleta), ou que tenha reagido de uma forma diferente da desejada,
em que se formam produtos diferentes do produto pretendido (ocorrendo então reações secun-
dárias). Por outro lado, nem sempre é possível recuperar todo o produto da mistura reacional.
O rendimento de uma reação relaciona a quantidade real de produto obtida com a quantida-
de teórica (calculada a partir da relação estequiométrica):
n
η(%) = real de produto × 100%
nteórica de produto
O rendimento também pode calcular-se a partir da massa ou do volume (no caso de gases):
m V
η(%) = real de produto × 100% η(%) = real de produto × 100%
mteórica de produto Vteórico de produto
244
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
Questão resolvida
NaC! (aq) + NH3 (aq) + CO2 (g) + H2O (!) → NaHCO3 (s) + NH4C! (aq) (1)
2 NaHCO3 (s) → Na2CO3 (s) + CO2 (g) + H2O (!) (2)
Determine a massa de cloreto de sódio, NaC!, que deve ter sido utilizada para sin-
tetizar a referida amostra de carbonato de sódio.
A «química verde» está associada a uma prática da Química com objetivos de obter a priori
proteção intencional do ambiente e da saúde humana. Centra-se em conceber, desenvolver
e aplicar produtos e processos químicos que impliquem a redução ou eliminação de subpro-
dutos prejudiciais para a saúde humana e para o ambiente.
245
QUÍMICA 11.° Ano
+ + +
Todos os átomos dos reagentes Alguns átomos dos reagentes não foram
foram incorporados no produto incorporados no produto desejado.
desejado.
Questão resolvida
• processo eletrolítico:
TiO2 (s) → Ti (s) + O2 (g)
6.1 Compare a eficiência dos dois processos de produção do titânio com base na
economia atómica percentual, para cada uma das reações.
6.2 Indique uma vantagem do processo eletrolítico relativamente ao processo Hunter,
na produção de titânio, tendo em consideração o ponto de vista da «química verde».
246
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
A síntese do ácido acetilsalicílico pode ser feita a partir da reação entre o ácido salicílico e o
anidrido acético, na presença de ácido sulfúrico. A equação química que traduz a reação de
síntese do ácido acetilsalicílico é a seguinte:
O O
O O O
OH H2SO4 OH
+ ——————> +
H3 C O CH3 H3 C OH
OH O CH3
O
Ácido salicílico Anidrido acético Ácido acetilsalicílico Ácido acético
C7 H6 O3 C 4 H6 O3 C9 H8 O4 C2 H4 O2
(M = 138,13 g mol– 1 ) (M = 102,10 g mol– 1 ) (M = 180,17 g mol– 1 )
Q 11
Questão resolvida
247
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
248
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
Em sistema fechado, algumas reações, ao fim de um certo tempo, parecem «terminar»: a cor
deixa de variar, acaba a libertação de gases, não se forma mais sólido, etc. Em variadíssimos
casos, a reação aparentemente termina antes de pelo menos um dos reagentes praticamente
se esgotar, o que conduz a uma mistura reacional onde coexistem reagentes e produtos.
Se a reação fosse completa, a cor castanha deveria atenuar-se progressivamente até ficar
Q 11
incolor, pois no fim o N2O4 deveria ser a única espécie presente no sistema reacional. No en-
tanto, o que se observa é que, a partir de certa altura, a tonalidade do sistema reacional deixa
de variar e a cor observada é castanho claro.
Conclui-se assim que a reação é incompleta: termina sem que o reagente se esgote (existin-
do vários reagentes, nenhum deles se esgota). A explicação para este facto é que, à medida
que se vai formando N2O4, ocorre gradualmente a reação inversa descrita por:
N2O4 (g) → 2 NO2 (g)
A estabilização da cor, ao fim de algum tempo, significa que as concentrações dos gases NO2
e N2O4 presentes no sistema reacional não variam. O estado do sistema reacional em que as
concentrações de todos os reagentes e produtos deixam de variar com o tempo designa-se
por estado de equilíbrio químico.
249
QUÍMICA 11.° Ano
Equilíbrio químico
Na síntese de Haber, o amoníaco, NH3 (g), produzido na reação direta pode decompor-se em
nitrogénio, N2 (g), e hidrogénio, H2 (g), na reação inversa:
O diagrama da Fig. 1.2 mostra a variação das concentrações de N2, H2 e NH3 ao longo do
tempo, numa mistura mantida a temperatura constante. Verifica-se que inicialmente a con-
centração de amoníaco aumenta rapidamente, mas ao fim de um certo tempo atinge um valor
constante. A partir desse instante, a composição da mistura permanece a mesma, estando
ainda algum nitrogénio e hidrogénio presentes.
Dado que as concentrações dos reagentes e dos produtos não variam com o tempo, atinge-
-se o equilíbrio químico, daí se concluir que as velocidades das reações direta e inversa são
iguais (Fig. 1.3).
Concentração
Velocidade
N2
H2 Reação direta
Fig. 1.2 Evolução das concentrações Fig. 1.3 Evolução das velocidades das
das espécies químicas ao longo do reações direta e inversa ao longo do
tempo na reação de síntese tempo.
do amoníaco.
Um sistema químico pode atingir vários estados de equilíbrio à mesma temperatura, depen-
dendo das concentrações iniciais (Fig. 1.4).
A B
Concentração
Concentração
N2
NH3
H2
H2 NH3
N2
0 Tempo 0 Tempo
Fig. 1.4 Evolução temporal das concentrações de H2, N2 e NH3, partindo de situações em
que inicialmente existe apenas NH3 (A); inicialmente todas as espécies estão presentes (B).
250
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
Questão resolvida
Concentração
Concentração
Concentração
C
C
B
C B
B A
A
A
Tempo Tempo Tempo
251
QUÍMICA 11.° Ano
Em geral, para uma reação química em equilíbrio homogéneo a uma determinada temperatura:
a A + b B + ... c C + d D + ...
onde A, B, C, D... são as substâncias que participam na reação e a, b, c, d... os coeficientes es-
tequiométricos, há uma constante Kc para todos os estados de equílibrio a essa temperatura
e que é dada pela seguinte expressão algébrica:
O quociente entre o produto dos valores numéricos das concentrações dos produtos da rea-
ção no estado de equilíbrio, elevados aos respetivos coeficientes estequiométricos, e o produ-
to dos valores numéricos das concentrações dos reagentes no estado de equilíbrio, elevados
aos respetivos coeficientes estequiométricos, é constante, a uma determinada temperatura.
Kc é a constante de equilíbrio, em que o índice «c» significa que é expressa em função dos
valores numéricos das concentrações, quando expressas em mol dm−3. O índice «e» significa
que são valores correspondentes a um estado de equilíbrio. Kc é adimensional.
Se a temperatura for mantida constante, verifica-se que as concentrações iniciais dos rea-
gentes e dos produtos não influenciam o valor da constante de equilíbrio. Quando se faz
variar a temperatura do mesmo sistema reacional, verifica-se que o valor da constante de
equilíbrio depende da temperatura do sistema reacional.
A constante de equilíbrio está relacionada com a extensão das reações. Para a reação quí-
mica escrita acima, à temperatura T:
252
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
Quanto mais extensa for uma reação, menos extensa será a sua reação inversa.
Questão resolvida
A B
Concentração
Concentração
t t*
Tempo Tempo
Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) O gráfico A indica que há maior quantidade de produtos do que reagentes no Q 11
equilíbrio.
(B) A temperatura do sistema em B favoreceu mais a extensão da reação.
(C) As linhas a verde podem traduzir a variação ao longo do tempo da concentração
de CO + H2O.
(D) O instante no gráfico A em que a concentração dos produtos é igual à concen-
tração dos reagentes corresponde ao instante em que se atinge o equilíbrio
químico.
(E) A partir dos instantes t (gráfico A) e t* (gráfico B), a reação direta deixa de ocorrer.
(F) As alterações de temperatura a que foi submetido o sistema reacional que con-
duziram aos gráficos A e B alteraram a constante de equilíbrio, Kc.
253
QUÍMICA 11.° Ano
Questões resolvidas
10.1 Para produzir a mesma quantidade de NO2 é necessário utilizar menor quan-
tidade de N2O4 para a temperatura de 500 K. Como a constante de equilíbrio
mede a extensão das reações químicas, pode calcular-se Kc para as diferen-
tes temperaturas:
!NO2!e2 (1,3 × 10–1)2
T = 298 K Kc = = = 4,0 × 10–2
!N2O4!e 4,2 × 10–1
!NO2!e2 (1,3 × 10–1)2
T = 400 K Kc = = = 1,4
!N2O4!e 1,2 × 10–2
!NO2!e2 (1,3 × 10–1)2
T = 500 K Kc = = = 41
!N2O4!e 4,1 × 10–4
Ao aumento da temperatura do sistema corresponde um aumento no valor da
constante de equilíbrio, ou seja, a extensão da reação aumenta com a tempe-
ratura. Deste modo, a decomposição do tetróxido de nitrogénio é favorecida.
!N O4!e 1 1 1
2
10.2 2 NO2 (g) N2O4 (g); Kc' = !NO !2 = = = = 2,4 × 10–2
2e !NO2!e Kc 41
2
!N2O4!e
11. Uma reação crucial na produção industrial de ácido sulfúrico envolve a conversão
do dióxido de enxofre em trióxido de enxofre, que se pode traduzir por:
2 SO2 (g) + O2 (g) 2 SO3 (g).
Introduziram-se 0,20 mol de SO2 (g) e 0,20 mol de O2 (g), num reator de 1,6 L de
capacidade, à temperatura T. Depois de o sistema químico atingir o equilíbrio, veri-
ficou-se que 80% da quantidade inicial de SO2 (g) tinha reagido.
Determine a constante de equilíbrio, Kc, da reação considerada, à temperatura T.
254
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
Variação – 2x –x + 2x
Quociente da reação
Q 11
Para saber se, num determinado instante e a uma determinada temperatura, um sistema está
ou não em equilíbrio, determina-se o quociente da reação, Qc. Para uma reação química (sis-
tema homogéneo):
a A + b B + ... c C + d D + ...
o quociente da reação, Qc, exprime-se por uma relação idêntica à de Kc, mas as concentra-
ções dos reagentes e dos produtos da reação são as do estado do sistema nesse instante,
que, geralmente, não é o de equilíbrio:
!C!c× !D!d...
Qc =
!A!a× !B!b ...
Se o sistema não está em equilíbrio, as velocidades das reações direta e inversa são diferen-
tes. Qual será o sentido dominante para a reação até atingir um novo estado de equilíbrio?
255
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
12.2 Como Qc ≠ Kc, a reação não está em equilíbrio. O sistema evoluirá sempre
de maneira a tornar o valor de Qc mais próximo da constante de equilíbrio.
Neste caso, como Qc < Kc , Qc tende a aumentar, logo, a reação progride
no sentido de aumentar a concentração dos produtos e diminuir a concen-
tração dos reagentes, ou seja, o sentido dominante para a reação é o direto.
As perturbações que podem alterar o equilíbrio de um sistema reacional são as que se rela-
cionam com os fatores que afetam o quociente da reação ou a constante de equilíbrio:
Concentração
Para um sistema em equilíbrio um aumento da concentração dos reagentes (por exemplo, adi-
cionando reagentes a volume constante) ou uma diminuição da concentração dos produtos
da reação (por exemplo, retirando produtos a volume constante) implica que Qc fique menor
do que Kc, o que favorece a formação de produtos (favorecimento da reação no sentido di-
reto: Qc aumentará até igualar Kc). Uma diminuição da concentração dos reagentes ou um
aumento da concentração dos produtos da reação origina o efeito oposto.
256
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
Pressão
A pressão de um gás, para a mesma temperatura, é tanto maior quanto maior for a quantidade
de matéria por unidade de volume.
Se a soma dos coeficientes estequiométricos das espécies reagentes no estado gasoso for
igual à soma dos coeficientes estequiométricos dos produtos no estado gasoso, a alteração
da pressão (por variação do volume) não influencia o estado de equilíbrio.
Temperatura
Princípio de Le Châtelier
Princípio de Le Châtelier
Um sistema químico em equilíbrio, sujeito a alterações (de temperatura, pressão ou
concentração), tende a contrariar a perturbação que lhe foi imposta até atingir um novo
estado de equilíbrio.
257
QUÍMICA 11.° Ano
Questões resolvidas
13. Uma das principais etapas de produção do ácido sulfúrico é traduzida pela equação:
2 SO2 (g) + O2 (g) 2 SO3 (g)
A 400 oC, o equilíbrio apresenta 99% de SO3 e a 800 oC apenas 14%.
13.1 Classifique este processo do ponto de vista energético.
13.2 Preveja, com base no Princípio de Le Châtelier, como:
a) evolui a reação quando se retira SO3 (g) ao sistema em equilíbrio;
b) varia a percentagem de SO3 (g) em equilíbrio quando se diminui a pressão.
0,14
0,12 C!2
0,10
CO
0,08
0,06
COC!2
0,04
0,02
0,00
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
t / min
258
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
259
QUÍMICA 11.° Ano
Para aumentar a rapidez do processo utilizam-se catalisadores. Estes apenas permitem que
se atinja o equilíbrio mais rapidamente (aumentam a eficiência do processo), não havendo, no
entanto, influência na extensão da reação.
Quando se mistura uma solução que contém iões ferro(III), Fe3+ (Fig. 1.5), com uma solução que
contém iões tiocianato, SCN− (Fig. 1.6), forma-se o ião complexo tiocianato de ferro(III), [FeSCN]2+.
Fig. 1.5 Solução aquosa de Fe(NO3)3. Fig. 1.6 Solução aquosa de KSCN.
A reação dá origem a um equilíbrio homogéneo, em fase líquida, traduzido pela equação química:
Fe3+ (aq) + SCN– (aq) [FeSCN]2+ (aq)
amarelo vermelho
A cor produzida pelo ião complexo formado pode ser um indicador da posição de equilíbrio.
260
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
Para o estudo do efeito da variação da concentração no equilíbrio referido (célula A1 da Fig. 1.7)
adiciona-se:
• KSCN (aq);
• Fe(NO3)3 (aq);
• AgNO3 (aq);
• KF (s).
261
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
1. Na produção industrial do ácido nítrico pelo processo de Ostwald, o primeiro passo consiste
na oxidação do amoníaco a óxido nítrico, na presença de um catalisador de platina. A figura
seguinte representa a reação com um modelo molecular .
N O
Pt
H
3. O acetato de etilo, CH3COOC2H5 (M = 88,12 g mol–1) pode ser preparado a partir da reação
entre o etanol, C2H5OH (M = 46,08 g mol–1), e o ácido acético, CH3COOH (M = 60,06 g mol–1),
utilizando ácido sulfúrico como catalisador. Na reação também se produz água, H2O.
3.1 Escreva a equação química da reação, considerando que esta ocorre em meio aquoso.
3.2 Considere que se fizeram reagir 15,0 mL de etanol (ρ = 0,798 g cm–3) com igual volume de
ácido acético (ρ = 1,049 g cm–3). Determine:
a) a massa de reagente que fica por reagir se, na reação considerada, o reagente limitante
se esgotar;
b) o valor máximo da massa de acetato de etilo que pode ser preparado.
262
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
4. Um dos processos de purificação do dióxido de titânio, TiO2, obtido a partir do minério rutilo,
é a cloração, que pode ser traduzida por:
3 TiO2 (s) + 4 C (s) + 6 C!2 (g) → 3 TiC!4 (!) + 2 CO (g) + 2 CO2 (g)
4.1 Qual é a massa de cloreto de titânio, TiC!4, que se obtém da reação de 1,25 × 104 kg de
rutilo, com 95% em massa de dióxido de titânio, com 5,00 × 103 kg de carbono e cloro em
excesso? Apresente todas as etapas de resolução.
4.2 Indique por que razão, no primeiro passo do processo de purificação do dióxido de titâ-
nio, o carbono e o cloro são utilizados em excesso.
5. Para eliminar o dióxido de carbono, CO2, da atmosfera das naves espaciais, são utilizados
recipientes com hidróxido de lítio, LiOH. A reação que ocorre pode ser traduzida por:
5.1 Determine o volume máximo de dióxido de carbono, medido em condições PTN, que
pode ser eliminado por 323 g de hidróxido de lítio.
5.2 Na reação de 2,72 mol de CO2 com 8,35 mol de LiOH obtiveram-se 187 g de Li2CO3 (s).
a) De acordo com a informação, conclui-se que o LiOH é o reagente _________
e o rendimento da reação é _________.
(A) em excesso … 100%
(B) limitante … 100%
(C) em excesso … inferior a 100%
(D) limitante … inferior a 100%
b) Admitindo que um dos reagentes se esgota e que as substâncias que reagem se trans-
formam totalmente nos produtos da reação dada, a massa de sólido presente no final
da reação seria
(A) 271 g.
(B) 257 g.
(C) 201 g.
(D) 187 g.
6. Jacques Charles ficou famoso por ter participado na construção do primeiro balão com hi-
drogénio, em substituição do balão de ar quente. Para produzir o hidrogénio, com o qual o
balão foi cheio, Charles utilizou ferro metálico e ácido sulfúrico, de acordo com a equação:
O balão de Charles tinha um volume de 380 m3, medido em condições em que o volume
molar era 24,5 dm3 mol−1. Determine:
6.1 a quantidade de ferro usada na produção do H2;
6.2 o número de garrafas de ácido sulfúrico, de concentração 18 mol dm−3 e com a capacida-
de 20,0 L, necessárias ao enchimento do balão.
263
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
9. O hidrogénio pode ser obtido laboratorialmente a partir da reação do alumínio, A!, com
ácido sulfúrico, H2SO4, de acordo com a seguinte equação química:
10. Nas centrais termoelétricas, o processo usado para minimizar a quantidade de dióxido de
enxofre, SO2, libertado para a atmosfera consiste em usar o óxido de magnésio, MgO, para
fixar este poluente. Este processo é descrito pela equação:
Considere que numa central termoelétrica são, em média, libertadas para a atmosfera cerca
de 3000 toneladas de SO2 por cada MW h de energia elétrica produzida.
10.1 Determine a massa mínima de óxido de magnésio necessária para remover o SO2 pro-
duzido por cada MW h.
10.2 Calcule o volume mínimo de ar, medido em condições PTN, que contém o oxigénio
necessário à remoção do SO2 produzido.
Considere a percentagem, em volume, de O2 no ar 21%.
264
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
11. Dissolveram-se 6,50 g de uma amostra de cloreto de sódio, NaC!, com 10% de impurezas
em 100 mL de água destilada. A esta solução adicionou-se uma solução de nitrato de pra-
ta, AgNO3, para que todo o ião cloreto, C!–, presente na solução inicial, precipitasse sob a
forma de cloreto de prata, AgC!:
C!– (aq) + Ag+ (aq) → AgC! (s)
12. O cianeto de hidrogénio, HCN, pode ser sintetizado através da reação do metano, CH4,
com amoníaco, NH3, e oxigénio, O2. Nesta reação, que ocorre em fase gasosa, também se
produz água, H2O.
12.1 Escreva a equação química da reação, considerando que esta ocorre em fase gasosa.
12.2 Considere que se fizeram reagir 175 kg de metano com igual massa de amoníaco e
oxigénio em excesso. Determine:
a) o valor máximo da quantidade de HCN que pode ser sintetizado;
b) a quantidade de reagente que fica por reagir quando um dos reagentes é totalmente
consumido.
12.3 Se o rendimento da reação fosse 97,5%, qual seria a massa de amoníaco necessária
para sintetizar a mesma quantidade de HCN?
13. O ácido adípico, C6H10O4, pode ser preparado fazendo reagir ciclo-hexeno, C6H10 , com di-
cromato de sódio, Na2Cr2O7, em solução aquosa de ácido sulfúrico, H2SO4. A reação global
pode ser traduzida pela equação:
3 C6H10 (!) + 4 Na2Cr2O7 (aq) + 16 H2SO4 (aq) → 3 C6H10O4 (aq) + 4 Cr2(SO4)3 (aq) + 4 Na2SO4 (aq) + 16 H2O (!)
O rendimento global para este processo de preparação do ácido adípico é cerca de 70%.
13.1 Qual é a massa de ciclo-hexeno necessária para preparar 12,0 g de ácido adípico?
13.2 Dispondo apenas em laboratório de dicromato de sódio di-hidratado, Na2Cr2O7•2H2O,
determine a massa de sal di-hidratado necessária à preparação de 12,0 g de ácido
adípico.
265
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
15. O dicromato de sódio, Na2Cr2O7 , pode ser preparado por reação do cromato de sódio,
Na2CrO4, com água e dióxido de carbono:
2 Na2CrO4 (s) + H2O (!) + 2 CO2 (g) → Na2Cr2O7 (aq) + 2 NaHCO3 (aq)
15.1 Mostre que o cromato de sódio é o reagente limitante quando 85,0 g de cromato de
sódio reagem com 11,0 g de água e dióxido de carbono em excesso.
15.2 Com base nos pressupostos da «química verde», explique porque se opta por usar um
excesso de água e de dióxido de carbono.
16. A reação entre o óxido de ferro(III), Fe2O3, e o monóxido de carbono, CO, tem como produto
desejado o ferro metálico:
16.2 Comente a afirmação: «De acordo com os pressupostos da “química verde”, uma reação
que apresente elevada eficiência é ambientalmente adequada.»
16.3 De acordo com os pressupostos da «química verde», para avaliar a eficiência de uma
reação química tem de se ter em conta
(A) a rentabilização do processo em termos económicos.
(B) a maximização da incorporação dos reagentes no produto final.
(C) a utilização de energias renováveis.
(D) apenas o rendimento da reação.
17. O hidrogénio, H2, pode ser obtido por reformação catalítica de gás natural (CH4):
Um outro processo consiste em fazer passar o vapor de água através de carvão, como
mostra a equação seguinte:
C (s) + 2 H2O (g) → CO2 (g) + 2 H2 (g)
17.1 Compare a eficiência dos dois processos com base na economia atómica para cada uma
das reações.
17.2 Indique uma desvantagem do processo de reformação catalítica relativamente ao do
carvão, tendo em consideração o ponto de vista da «química verde».
266
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
18. Um dos métodos de síntese de iodeto de hidrogénio, HI (g), utiliza a reação entre o iodo,
I2, e o hidrogénio, H2. Numa experiência, 0,100 mol de cada uma das substâncias, I2 e H2,
foram colocadas num recipiente fechado de 1,00 L de capacidade e a mistura foi aquecida
a 425 °C. A figura representa a progressão da reação química com um modelo molecular.
Iodo
Hidrogénio
Iodeto de hidrogénio
18.1 Conclua, justificando com base na figura, que a reação de síntese do iodeto de hidrogé-
nio, nestas condições, é uma reação incompleta.
18.2 Escreva a equação química que traduz a reação de síntese do iodeto de hidrogénio.
18.3 Após estabelecido o equilíbrio, a concentração de
(A) HI é o dobro da concentração inicial de H2.
(B) H2 é metade da concentração de I2.
(C) H2 é igual à concentração de I2.
(D) I2 é igual a zero.
18.4 Considere que, no equilíbrio, a quantidade de I2 na mistura reacional é 0,021 mol.
Determine a constante de equilíbrio da reação, à temperatura de 425 ºC.
18.5 Qual das condições não é necessária para se atingir um estado de equilíbrio químico?
(A) Temperatura constante.
(B) Massa do sistema constante.
(C) Sistema fechado.
(D) Concentrações iguais de reagentes e produtos.
c / mol dm – 3
24,0
19. Um recipiente fechado, contendo amoníaco, NH3, foi sub-
20,0
metido à temperatura de 800 °C, o que provocou a decom-
16,0
posição do amoníaco. O gráfico representa a evolução das
12,0 A
concentrações do reagente e dos produtos da reação ao
longo do tempo. 8,0 B
4,0
2 NH3 (g) N2 (g) + 3 H2 (g) C
0
t
19.1 Faça corresponder cada uma das curvas A, B e C à
substância respetiva presente no sistema reacional.
19.2 Que expressão traduz a constante de equilíbrio para a reação de decomposição do
amoníaco?
!N2!e 3!H2!e !N !e !H !e3 2!NH3!e !NH3!e2
2 2
(A) Kc = 2!NH ! (B) Kc = ! (C) Kc = (D) Kc =
3e NH3!e2 !N2!e 3!H2!e !N2!e !H2!e3
267
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
T / ºC KC
25 3,3 × 108
327 4,1
20. A figura apresenta o esboço do gráfico que traduz a evolução da concentração, ao longo
do tempo, das espécies X, Y e Z que intervêm numa reação química em fase gasosa, à
temperatura T.
20.1 Qual é a equação que traduz a reação química entre as espécies X, Y e Z?
(A) Y (g) Z (g) + 3 X (g)
(B) X (g) Y (g) + 2 Z (g)
(C) 3 X (g) + Z (g) Y (g)
(D) 2 X (g) + Z (g) 2 Y (g)
Concentração
268
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
23. Num recipiente fechado de 2,0 L de capacidade foi introduzida, à temperatura de 250 °C,
uma determinada quantidade de pentacloreto de fósforo, PC!5 (g). Ao fim de algum tempo,
estabelece-se o equilíbrio representado pela seguinte equação química:
23.1 Determine a quantidade inicial de PC!5 (g) colocado no recipiente, sabendo que a quan-
tidade de reagente no equilíbrio, à temperatura de 250 °C, é de 5,76 × 10–3 mol.
23.2 Preveja, justificando, como variará a composição da mistura reacional se ocorrer uma
diminuição da temperatura do sistema em equilíbrio.
269
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
Concentração
Concentração
Concentração
PC!3(g)
C!2(g) C!2(g) PC!3(g)
C!2(g)
C!2(g)
PC!5(g) PC!5(g) PC!5(g)
PC!5(g)
t Tempo t Tempo t Tempo t Tempo
24. A 400 °C, a constante de equilíbrio, Kc, para a reação de síntese do amoníaco é 0,5.
24.1 Num recipiente fechado de 2,0 dm3 de capacidade foram introduzidos, à temperatura
de 400 °C, 0,342 mol de N2, 1,260 mol de H2 e 0,546 mol de NH3.
Determine se na evolução do sistema para o equilíbrio há consumo ou formação de NH3.
24.2 Preveja, com base no Princípio de Le Châtelier, em que sentido se deslocaria o
equilíbrio se se introduzisse N2 (g) no recipiente, mantendo a temperatura constante.
24.3 Qual das seguintes perturbações favorece a reação de síntese do amoníaco?
(A) Arrefecimento do sistema.
(B) Aumento do volume do sistema.
(C) Utilização de um catalisador.
(D) Remoção de H2 do sistema.
25. O iodeto de hidrogénio, HI, pode ser obtido da reação entre o hidrogénio, H2, e o iodo, I2,
traduzida pela equação química seguinte:
H2 (g) + I2 (g) 2 HI (g)
270
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
Concentração (mol / L)
25.2 Considere que se introduziu num reator de 1,00 L uma
HI
mistura de iodeto de hidrogénio, iodo e hidrogénio 5,0
em fase gasosa. O gráfico representa a evolução ao
longo do tempo das concentrações dessas substân- 3,0
cias, à temperatura de 770 K. I2
1,0 H2
H2 (g) + I2 (g) 2 HI (g) te Tempo
[HI(g)]
[HI(g)]
[HI(g)]
Num recipiente fechado, mantido a temperatura constante, fez-se reagir nitrogénio, N2 (g),
e hidrogénio, H2 (g).
A reação química progrediu, tendo-se atingido, num dado instante, uma situação de
equilíbrio. Este equilíbrio foi depois perturbado por alterações feitas ao sistema reacional.
26.1 Os gráficos seguintes representam a evolução das concentrações dos reagentes e do
produto da reação, ao longo do tempo, à mesma temperatura.
c/mol dm-3
c/mol dm-3
c/mol dm-3
H2 H2 H2 H2
N2 N2 N2 N2
Indique o gráfico que melhor representa a evolução do sistema reacional após as per-
turbações seguintes ao estado de equilíbrio.
I. Aumento da concentração do produto da reação.
II. Aumento da concentração de um dos reagentes.
III. Diminuição da concentração do produto da reação.
IV. Diminuição da concentração de um reagente.
271
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
Pressão
200 63,6
300 27,4
400 8,7
500 2,9
100
do amoníaco implica um compromisso entre os va- 20 0 ºC
rentes temperaturas. 40 ºC
500
27.1 Com base na informação do gráfico, indique ºC
20 600
700 ºC
as condições de pressão e temperatura que
seriam mais adequadas à síntese de NH3. 0
200 400 600 800 1000
27.2 A otimização do processo de produção indus- Pressão / atm
272
DOMÍNIO 1 Equilíbrio químico
28. Um grupo de alunos realizou um trabalho laboratorial em que utilizou o seguinte equilíbrio:
O efeito da concentração das espécies presentes no equilíbrio foi estudado usando uma
placa de microanálise (ver figura). A solução aquosa de [FeSCN]2+ é vermelha.
O grupo de alunos colocou 3 gotas da mistura reacional em equilíbrio anteriormente
preparada em cada uma das células da coluna B e apenas numa célula da coluna A.
Posteriormente, foram feitas alterações à mistura reacional das células da coluna B.
Na figura seguinte apresentam-se os resultados dos testes realizados pelo grupo de alunos.
A B
Adição de Fe(NO3)3 (aq)
28.1 Explique a alteração observada na cor da mistura reacional das células da coluna B
comparada com a do equilíbrio inicial (coluna A), em relação à adição de:
a) Fe(NO3)3 (aq); b) AgNO3 (aq); c) NaF (s).
28.2 O gráfico ao lado traduz a evolução, ao longo do tempo, das concentrações das espé-
cies envolvidas na reação de formação do tiocianato de ferro(III), após perturbação do
equilíbrio inicial do sistema reacional.
c / mol dm-3
t1 Tempo
273
QUÍMICA 11.° Ano
Domínio 2
Reações em sistemas aquosos
2.1 Reações ácido-base
2.1.1 Definição de ácido e de base
Evolução histórica
O termo «ácido» foi associado ao sabor azedo, enquanto «base» foi associado a materiais
amargos e escorregadios ao tato.
Antoine Laurent Lavoisier (século XVIII) supunha que todos os ácidos continham oxigénio.
Humphrey Davy (século XIX) demonstrou que existem substâncias ácidas sem oxigénio,
como, por exemplo, o ácido clorídrico, HC! (aq). Assim, surgiu a ideia de que o princípio aci-
dificante poderia ser atribuído ao hidrogénio.
Justus von Liebig (século XIX) considerou que todos os ácidos deveriam ser «compostos de
hidrogénio em que este pode ser facilmente substituído por um metal».
Svante August Arrhenius (século XIX) – teoria iónica – admitiu a existência de iões em solu-
ções aquosas, e propôs uma nova teoria:
• ácido: substância que contém hidrogénio e que, dissolvida em água, dá origem a iões
hidrogénio, H+;
• base: substância que contém OH e que, dissolvida em água, se dissocia produzindo iões
hidróxido, OH−.
Limitações da teoria iónica (Arrhenius):
• o ião H+ não existe livre em solução aquosa, pois estabelece ligação com a molécula de
água, H2O, originando o ião hidrónio (ou oxónio), H3O+;
+
H – O + H+ H – O–H
–
H H
• não explicava por que razão o amoníaco, NH3 (substância molecular), se comportava
como uma base, nem a acidez e basicidade de soluções aquosas de sais;
• aplicava-se apenas a reações em solução aquosa e, por isso, não explicava o comporta-
mento de ácidos e bases noutros solventes ou em fase gasosa.
Ácido: espécie (molécula ou ião) com tendência para ceder um ião hidrogénio (H+) a
outra espécie.
Base: espécie (molécula ou ião) com tendência para aceitar um ião hidrogénio (H+).
274
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Questão resolvida
Por exemplo, na reação do cloreto de hidrogénio com a água, esta comporta-se como uma
base de Brønsted-Lowry (recetor de iões hidrogénio).
+
H
-
H C! + H O H O + C!
H H
Cloreto de hidrogénio Água Ião oxónio Ião cloreto
A cedência de H+ pelo cloreto de hidrogénio implica a rutura da ligação H–C! nas moléculas
de cloreto de hidrogénio, devido às interações com as moléculas de água que, por sua vez,
estabelecem uma ligação com o ião hidrogénio, originando o ião oxónio, H3O+.
Num outro exemplo, na reação do amoníaco, NH3, com a água (reação incompleta), esta com-
porta-se como ácido de Brønsted-Lowry, sendo o amoníaco o recetor de iões hidrogénio
(base de Brønsted-Lowry).
+
H
-
H N H + H O H N H + O H
H H H
Amoníaco Água Ião amónio Ião hidróxido
275
QUÍMICA 11.° Ano
A cedência de H+ pela água resulta da rutura de uma ligação H–O nas moléculas de água,
devido às interações com as moléculas de amoníaco, NH3, que, por sua vez, estabelecem
uma ligação com o ião hidrogénio, H+, originando o ião amónio, NH4+.
O pH, um conceito introduzido por Sørensen, fornece indicação sobre o maior ou menor grau
de acidez, ou de alcalinidade, de soluções aquosas, ou sobre a sua neutralidade.
Soluções neutras
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
pH e concentração hidrogeniónica
Concentração de H3O+
276
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
O pH de uma solução é dado, aproximadamente, pelo simétrico do logaritmo (na base 10) do
valor numérico da concentração hidrogeniónica:
pH
0 pH < 7 7 pH > 7 14
Água pura
Solução aquosa ácida Solução neutra Solução aquosa alcalina
Concentração de H3O+
Questão resolvida
277
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
2.1 Água do mar (pH = 8) → água de piscina → (pH = 7,4) → água da chuva
(pH = 5,6) → água com gás (pH = 4,0).
(B) [H3O+]água pura = 10–pH = 10–7 mol dm–3 ; [H3O+]água do mar = 10–pH = 10–8 mol dm–3
[H3O+]água pura
! 10 "
10–7
Relação entre os valores das concentrações: !! +
= ! –8
= 10.
[H3O ]água do mar
(C) [H3O+]água com gás = 10–pH = 10–4 mol dm–3
Cálculo da quantidade de H3O+:
n H O+
cH O+ = !! 3
⇒ nH O+ = 10–4 mol dm–3 × 0,500 dm3 = 5,0 × 10–5 mol
3 V 3
(D) pH = 7,4 ⇒ [H3O+]água de piscina = 10–pH = 10–7,4 = 3,98 × 10–8 mol dm–3
2.3 (C). pH = 5,6 ⇒ [H3O+]água da chuva = 10–pH = 10–5,6 = 2,5 × 10–6 mol dm–3
Aumento de acidez de 100%:
[H3O+]água da chuva = 2,5 × 10–6 mol dm–3 + 2,5 × 10–6 mol dm–3 =
= 5,0 × 10–6 mol dm–3
pH = –log |H3O+|água da chuva = –log (5,0 × 10–6) = 5,3
A água no estado líquido, quando quimicamente pura, apresenta uma pequena condutivida-
de elétrica, pelo que devem existir iões na água «pura». Estes iões resultam de uma reação
espontânea entre as moléculas de água (Fig. 2.4), que origina iões H3O+ (aq), os iões hidrónio,
e iões OH− (aq), os iões hidróxido. Esta reação, de extensão muito reduzida, designa-se por
autoionização da água:
+
–
( ( ( (
H H + –
–
O –H + O –H O –H + O –H
–
H H
278
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
KW = |H3O+|e |OH–|e
A 25 °C, Kw = 1,0 × 10–14.
Na água pura, as concentrações do ião hidrónio e do ião hidróxido são sempre iguais; no entan-
to, para a maioria das soluções aquosas isso não se verifica. De qualquer modo, em qualquer
solução aquosa, verifica-se sempre que |H3O+|e |OH–|e = KW.
Qualquer solução aquosa com concentrações de H3O+ (aq) e OH− (aq) iguais é considerada
neutra (Fig. 2.5).
H3O+ OH
Q 11
[H3O+] [H3O+] = [OH-] [OH-]
[OH-] [H3O+]
Fig. 2.5 Relação entre a concentração de H3O+, a concentração de OH– e o caráter químico de uma solução aquosa.
A relação entre as concentrações de H3O+ e de OH− (Fig. 2.6), que é uma relação de proporcio-
nalidade inversa, em qualquer solução aquosa (diluída), pode traduzir-se graficamente como se
apresenta a seguir, por exemplo, para a temperatura de 25 °C:
[ OH -] / (×10 -7 mol dm -3 )
279
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
(D). pHamostra X = 6,0 ⇒ –log |H3O+| = 6,0 ⇒ [H3O+]amostra X = 1,0 × 10–6 mol dm–3
ou [H3O+ ]amostra X = 10–pH = 10–6 mol dm–3.
KW 1,0 × 10–14
KW = |H3O+|e |OH–|e ⇒ |H3O+| = !! = !! = 1,0 × 10–5 ⇒ pHamostra Y =
|OH–| 1,0 × 10–9
= –log |H3O+| = 5.
A amostra Y (pH = 5) tem menor pH do que a amostra X (pH = 6), logo, maior
acidez.
KW 1,0 × 10–14
[OH–]amostra X = !! +
= !! –6
= 1,0 × 10–8 mol dm–3 ⇒ [OH–]amostra Y < [OH–]amostra X
|H3O | 10
H2O (!) + H2O (!) — H3O+ (aq) + OH– (aq) ; "H = 55,8 kJ mol–1
Questão resolvida
280
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
4. Verdadeiras: (A), (C), (E) e (H). Falsas: (B), (D), (F) e (G).
A água pura é constituída por moléculas de água e uma pequeníssima quan-
tidade de iões H3O+ e OH−, em que [H3O+] = [OH−], sendo pH = 7 a 25 °C. Dos
valores tabelados, conclui-se que a reação de autoionização da água é endo-
térmica, pois a extensão da reação aumenta (aumento de Kw) com o aumento
da temperatura. Deste modo, a elevação da temperatura provoca um aumento
da concentração dos iões H3O+ (aq) e OH− (aq), o que se traduz numa diminui-
ção do pH.
Cálculo de [OH−] a 60 °C e a 10 °C:
Água pura ⇒ [H3O+] = [OH−],
Kw = |H3O+| × |OH–| ⇒ [OH–]60 ºC = Kw = 9,6 × 10–14 = 3,1 × 10–7 mol dm–3
Q 11
[OH–]10 ºC = Kw = 2,9 × 10–15 = 5,4 × 10–8 mol dm–3
A concentração de OH− na água pura a 60 °C é maior do que a 10 °C.
Cálculo do pH a 10 °C:
Água pura ⇒ [H3O+] = [OH–] = 5,4 × 10–8 mol dm–3 ⇒ pH = –log |H3O+| = 7,3.
281
QUÍMICA 11.° Ano
Algumas bases são compostos iónicos. Quando estas entram em contacto com a água, os
iões que já existem no composto separam-se: ocorre uma dissociação. As ligações existentes
entre os iões do sólido, que formavam a rede cristalina, quebram-se e os iões separados são
solvatados (hidratados) pelas moléculas do solvente (água), como, por exemplo, na dissocia-
ção do hidróxido de sódio (Fig. 2.8):
H2O
NaOH (s) Na+ (aq) + OH– (aq)
– +– + Moléculas
Ião Na+ + –+ – Ião OH– de H2O
– +– + Ião Na+
+ –+ – rodeado por moléculas
de água (hidratado)
+
+
–
–
Ião OH– – + – + Desagregação
rodeado por moléculas + – + – da estrutura
de água (hidratado) – + iónica cristalina
Base 2 Ácido 2
Ácido 1 Base 1
Diferença de um ião H+
282
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Questão resolvida
5. Alguns dos processos mais importantes nos sistemas químicos e biológicos são reações
ácido-base em solução aquosa. As equações seguintes traduzem alguns exemplos.
(A) H2CO3 (aq) + H2O (!) — ____________ (aq) + ____________ (aq)
(B) NH3 (aq) + H2O (!) — ____________ (aq) + ____________ (aq)
(C) HCO3– (aq) + H2O (!) — ____________ (aq) + ____________ (aq)
(D) F– (aq) + H2O (!) — ____________ (aq) + ____________ (aq)
5.1 Complete as equações anteriores prevendo os produtos formados.
5.2 Segundo Brønsted-Lowry, o que são reações ácido-base?
5.3 Indique os pares conjugados ácido-base para cada reação.
A lei do equilíbrio químico aplica-se às reações entre um ácido, ou uma base, e a água. Em
soluções diluídas, a água, por ser o solvente, não é considerada para o cálculo da constante
de equilíbrio.
283
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
6.1 Determine o valor da constante de acidez, Ka, do ácido em estudo para cada uma
das soluções e compare-o com o valor tabelado, 1,75 × 10–5, nas condições em
que foi realizada a atividade.
6.2 O que pode concluir-se acerca da influência da concentração do ácido acético
na respetiva constante de acidez?
6.3 Um outro grupo de alunos registou para cada uma das soluções valores de pH
superiores aos previstos teoricamente, o que implica um valor ________ para
a quantidade de ácido ionizado, em relação ao valor teórico, determinando um
erro por ________ no valor experimental da constante de acidez.
(A) inferior … excesso (C) superior … excesso
(B) inferior … defeito (D) superior … defeito
284
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
6.2 Os valores obtidos para a constante de acidez permitem concluir que, para a mes-
ma temperatura, o valor da constante de equilíbrio não depende da concentração
inicial do ácido.
Ácidos fortes: ácidos cuja reação de ionização em solução aquosa é muito extensa, ou seja, Q 11
Ka é muito elevada.
A maior parte dos ácidos são ácidos fracos porque em solução aquosa estão parcialmente
ionizados.
A uma dada temperatura, a força do ácido pode ser medida pelo valor de Ka, ou seja, quanto
maior é o valor de Ka, mais forte é o ácido e, nas mesmas condições, mais extensa é a sua
ionização e, consequentemente, maior é, para uma dada concentração do ácido, a concen-
tração de iões H3O+ no equilíbrio.
Reação Ka (a 25 ºC)
–
HC! (aq) + H2O (!) — H3O (aq) + C! (aq)
+
Muito grande
HNO3 (aq) + H2O (!) — H3O+ (aq) + NO3– (aq) Muito grande
H2SO4 (aq) + H2O (!) — H3O+ (aq) + HSO4– (aq) Muito grande
Reação Ka (a 25 ºC)
HF (aq) + H2O (!) — H3O+ (aq) + F– (aq) 7,1 × 10–4
HNO2 (aq) + H2O (!) — H3O+ (aq) + NO2– (aq) 4,5 × 10–4
CH3COOH (aq) + H2O (!) — H3O+ (aq) + CH3COO– (aq) 1,8 × 10–5
285
QUÍMICA 11.° Ano
Bases fortes: bases que têm uma grande tendência para receber iões hidrogénio, H+.
O ião OH−, por exemplo, resultante da dissociação completa dos hidróxidos de metais alcali-
nos em solução aquosa, como NaOH e KOH, e o ião amideto, NH2–, são bases fortes.
Bases fracas: bases que têm pouca tendência para receber iões hidrogénio, H+. O amoníaco,
NH3, e o ião acetato, CH3COO−, são exemplos de bases fracas.
A uma dada temperatura, a força da base pode ser medida pelo valor de Kb: quanto maior for
o valor de Kb, mais forte é a base e mais extensa é a reação com a água; consequentemente,
para uma dada concentração da base, é maior a concentração de iões OH− no equilíbrio.
!HCN!e !OH–!e
CN– (aq) + H2O (!) — HCN (aq) + OH– (aq) Kb = !!
!CN–!e
Ka Kb = !H3O+!e !OH–!e = Kw
Questões resolvidas
H2SO3 + (aq) + H2O (!) — H3O+ (aq) + HSO3– (aq) Ka = 1,7 × 10–2
1
HNO2 (aq) + H2O (!) — H3O+ (aq) + NO2– (aq) Ka = 5,1 × 10–4
2
7.1 Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) A ionização do ácido sulfuroso é mais extensa do que a do ácido nitroso.
(B) HNO2 e H2SO3 são dois ácidos igualmente fracos.
(C) Para soluções com igual concentração inicial, o ácido sulfuroso apresenta me-
nor valor de pH.
(D) O ácido sulfuroso é o que apresenta a base conjugada mais forte.
(E) O valor da constante de basicidade da base conjugada do ácido nitroso
é 1,96 × 103.
286
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Questão resolvida
7.3 Uma solução aquosa de ácido sulfuroso tem pH igual a 1,47, a 25 °C. Calcule a
concentração dessa solução em ácido sulfuroso.
7.2 (B).
!HSO3–!e × !H3O+!e Ka1 × !H2SO3!e
Ka = !!! ⇒ !H3O+!e = !!
1 !H2SO3!e – 1 !HSO3 !e
!NO2–!e × !H3O+!e Ka2 × !HNO2!e
Ka = !! ⇒ !H3O+!e = !!
2 !HNO2!e 2 – !NO2 !e
!H3O+!e Ka × !H SO ! × !NO– ! Kw !H3O+!e Kb × !H SO ! × !NO– !
!! 1
= !!1 2 3e 2e
Como K = !!!! ⇒ !! 1
= !!2 2 3e 2e
!H3O !e
+
K × !HNO ! × !HSO –! a
Kb
! H3
O +!
e K × ! HNO ! × !HSO –!
2 a2 2e 3 e 2 b1 2e 3 e
287
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
8.1 Numa solução aquosa de concentração 0,26 mol dm–3 de metilamina, esta en-
contra-se 4,0% ionizada, a 25 °C. Calcule:
a) o pH da solução; b) a constante de basicidade.
8.2 Explique porque é que para diminuir o cheiro desagradável que fica nas mãos
após o manuseio do peixe, é comum a utilização de limão.
Apresente num texto a explicação solicitada.
Neutralização
Uma reação de neutralização é aquela que ocorre entre um ácido e uma base. As reações
de neutralização produzem um sal (composto iónico) e água.
Por exemplo, quando se mistura uma solução de HC! com uma solução de NaOH ocorre a
formação do sal cloreto de sódio, NaC! (aq), e de água segundo a reação:
Mas em solução aquosa, o HC! (ácido forte) está totalmente ionizado e o NaOH está total-
mente dissociado (base forte OH−). Assim, pode reescrever-se a equação:
288
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
H3O+ (aq) + C!– (aq) + Na+ (aq) + OH– (aq) → Na+ (aq) + C!– (aq) + 2 H2O (!)
+ – + – –
– – – +
+
– + + +
+ – + –
– –
+
– +
H3O+ + – +
+
+
– Na +
– C!-
– – + +
– Na+ +
C!- OH-
Questão resolvida
9.1 O antiácido é uma base que tem a função de neutralizar o ácido em excesso
produzido no estômago.
9.2 a) Cálculo da quantidade de A!(OH)3:
mA! (OH)3 240 × 10–3 g
nA!(OH) = !! = !! = 0,003077 mol
3 MA! (OH) –1
78,01 g mol
3
289
QUÍMICA 11.° Ano
Ponto de equivalência
A volumetria de ácido-base, ou titulação, como também é conhecida, é uma técnica que ge-
ralmente se utiliza em estudos quantitativos de reações de neutralização ácido-base (Fig. 2.9).
Bureta
Numa titulação, a adição gradual do titulante é feita até ao ponto em que a reação química
entre as duas soluções seja completa, ou seja, em que o ácido e a base foram adicionados na
proporção estequiométrica. No momento em que isto se verifica atinge-se o ponto de equiva-
lência, ou seja, o ponto em que não há excesso nem de ácido nem de base em solução. Nes-
se momento, tem-se uma solução aquosa do sal que se formou na reação de neutralização.
Questão resolvida
290
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
10.2 Calcule:
a) a concentração da solução de hidróxido de bário;
b) o pH da solução de hidróxido de bário.
10.3 De acordo com a curva de titulação obtida, à solução inicial de Ba(OH)2 foi adi-
cionado um volume total de 30,0 cm3 de solução de HC!, pelo que o volume
total da solução resultante é 50,0 cm3.
Determine o pH da solução resultante.
291
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
11. A figura representa o gráfico de dispersão dos resultados obtidos na atividade des-
crita anteriormente, realizada a 25 °C.
(14,3; 6,9)
292
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Quando se mistura uma solução ácida com uma solução básica ocorre uma reação de neu-
tralização. O termo «neutralização» significa que as quantidades de ácido e de base são es-
tequiometricamente equivalentes, mas tal não significa que a solução resultante (sal + água)
seja neutra. Exemplos:
A B
O caráter das soluções de sais é interpretado com base nos valores das constantes de acidez
ou basicidade dos iões do sal em solução, ou seja, na extensão da reação desses iões com
a água (reação de hidrólise). A extensão das reações dos iões do sal com a água, com a con-
sequente formação de iões OH− ou H3O+, determina o caráter ácido ou básico das soluções
aquosas de sais.
293
QUÍMICA 11.° Ano
Em síntese:
• os catiões dos metais alcalinos (exceto o lítio) e alcalinoterrosos (exceto o berílio) não
sofrem hidrólise;
• qualquer catião cuja base conjugada é fraca sofre hidrólise, originando iões H3O+;
• qualquer anião cujo ácido conjugado é forte não sofre hidrólise;
• qualquer anião cujo ácido conjugado é fraco sofre hidrólise, originando iões OH−.
Questão resolvida
12. Soluções ácidas, básicas ou neutras podem ser obtidas pela dissolução de sais em
água.
294
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Kw 1,0 × 10–14
HCO3– (aq) + H2O (!) — H2CO3 (aq) + OH– (aq) Kb = !!!! = !!!! =
1
Ka 4,2 × 10
–7
= 2,4 × 10–8
A reação em que o ião hidrogenocarbonato se comporta como base é mais
extensa, pelo que a quantidade de iões OH– formados é superior à de H3O+,
sendo responsáveis pelo caráter básico da solução de hidrogenocarbonato.
O aumento da acidez da chuva tem provocado, ao longo dos anos, a deterioração de cons-
truções de calcário e de mármore, a corrosão de objetos metálicos e também o aumento da
acidez dos cursos de água e de lagos. Este problema ambiental, caracterizado pela diminui-
ção do pH da água da chuva, é designado por «chuva ácida».
% % % %
70 70 70 70
60% 60%
60 60 60 60
50 50 50 50
40 40 40 40
30 25% 30 30 30
20 15% 20 20 15% 20
SOx 10%10%
10 10 5% 10 10
SOx NOx NOx SOx NOx SOx NOx
0 0 0 0
Fig. 2.12 Fontes antropogénicas de óxidos de enxofre e de nitrogénio: valores típicos em países desenvolvidos.
295
QUÍMICA 11.° Ano
O dióxido de enxofre, SO2, emitido para a atmosfera transforma-se em trióxido de enxofre, SO3:
As chuvas ácidas são as principais responsáveis pelo Fig. 2.13 Monumento afetado pela chuva
ácida.
desgaste de mármores e calcários (Fig. 2.13).
Estes são constituídos essencialmente por carbonato de cálcio, CaCO3, que ao reagir com
os ácidos liberta dióxido de carbono. Assim, a deterioração das construções de mármore e
calcário pode ser explicada pelo efeito da chuva ácida sobre o carbonato de cálcio, o qual se
traduz por:
CaCO3 (s) + H2SO4 (aq) — CaSO4 (s) + CO2 (g) + H2O (!)
Como o sulfato de cálcio, CaSO4, é moderadamente solúvel em água, o resultado desta rea-
ção é a dissolução do mármore e do calcário.
Questão resolvida
13. Para avaliar o impacto da precipitação atmosférica num meio urbano e altamente
industrializado, fez-se a recolha de um grande número de amostras de água da
chuva e mediu-se o pH. O valor médio obtido foi de 4,3, a 25 °C.
13.1 Escreva as equações químicas que traduzem a acidificação da água da chuva
devido à presença de óxidos de nitrogénio, NOx, na atmosfera do referido meio.
13.2 Num meio rural, o valor médio obtido para o pH da água da chuva foi de 5,6,
a 25 °C.
a) Compare, justificando, a concentração hidrogeniónica na água da chuva do
meio urbano e na água da chuva do meio rural.
b) Explique o facto de o valor obtido de pH para a água da chuva do meio rural
ser inferior a 7,0.
13.3 Um dos processos utilizados para minimizar a quantidade de dióxido de enxo-
fre libertado para a atmosfera consiste na injeção, na câmara de combustão de
uma central termoelétrica, de grandes quantidades de cal viva (CaO), produzin-
do sulfito de cálcio sólido, CaSO3.
Escreva a equação química que traduz a deposição do dióxido de enxofre sob
a forma de sulfito de cálcio.
296
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Q 11
2.2 Reações de oxidação-redução
2.2.1 Caracterização das reações de oxidação-redução
• Oxidação significa cedência de eletrões, ou seja, uma espécie oxida-se quando cede
eletrões;
• Redução significa ganho de eletrões, ou seja, uma espécie reduz-se quando ganha
eletrões.
Numa reação de oxidação-redução uma espécie cede eletrões e, simultaneamente, outra
recebe eletrões, sendo o número de eletrões cedidos igual ao número de eletrões recebidos,
de modo que a carga elétrica total permaneça constante.
297
QUÍMICA 11.° Ano
A espécie que é oxidada é o ferro, Fe (s), pois sofre oxidação ao ceder eletrões, transformando-
-se no ião Fe2+ (aq), e a espécie que é reduzida é o ião cobre, Cu2+ (aq) , pois sofre redução ao
receber eletrões, transformando-se em cobre, Cu (s).
Oxidante e redutor
Para que uma espécie química seja oxidada (ceda eletrões) tem de coexistir com outra espé-
cie que provoque essa oxidação, a qual se designa por oxidante ao receber eletrões da outra
espécie. Do mesmo modo, para que uma espécie química seja reduzida (ganhe eletrões),
tem de reagir com outra espécie que provoque essa redução, designando-se por redutor ao
ceder eletrões à outra espécie.
Zn 2+ Zn 2+
2e –
Zn Zn
Cu 2+ Cu 2+
Cu
Fig. 2.15 Barra de zinco mergulhada numa solução aquosa de sulfato de cobre. Deposita-se cobre metálico sobre
a barra de zinco.
A oxidação do zinco ocorre porque o ião cobre se reduz: o ião cobre é o agente oxidante
(recebe eletrões). A redução do ião cobre ocorre porque o zinco se oxida: o zinco é o agente
redutor (cede eletrões).
298
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Número de oxidação
Por exemplo, na molécula de água existem ligações entre cada um dos átomos de hidrogénio
e o átomo de oxigénio. Em cada ligação, dois eletrões são partilhados entre o átomo de oxi-
génio e o átomo de hidrogénio, H:O:H.
Muitos elementos apresentam vários números de oxidação (por exemplo, os metais de transi-
ção). Usa-se o termo estado de oxidação para referir a condição de uma espécie que apresen-
ta um determinado número de oxidação. Assim, Fe3+ é um estado de oxidação do ferro com
número de oxidação +3; C!− é um estado de oxidação do cloro com número de oxidação −1.
As espécies oxidada e reduzida podem ainda definir-se com base no número de oxidação:
• espécie oxidada (ou redutor, porque permite que outra se reduza): espécie que contém
o elemento cujo número de oxidação aumenta;
• espécie reduzida (ou oxidante, porque permite que outra se oxide): espécie que contém
o elemento cujo número de oxidação diminui.
299
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
14.1 NO–3
N2 ⇒ n.o.(N) = 0; NO–2 ⇒ n.o.(N) + 2 × (–2) = –1 ⇒ n.o.(N) = +3
NH4+ ⇒ n.o.(N) + 4 × (+1) = +1 ⇒ n.o.(N) = –3; NO–3 ⇒ n.o.(N) + 3 × (–2) = –1 ⇒
⇒ n.o.(N) = + 5
A equação que traduz a reação global pode ser escrita a partir das duas semirreações, mas
essa equação global tem de estar de acordo com a lei da conservação da massa e a lei da
conservação da carga, o que implica a igualdade do número de eletrões cedidos na oxida-
ção com o número de eletrões recebidos na redução.
300
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Questão resolvida
15. O iodo, I2, pode ser obtido a partir da reação entre cloro gasoso e uma solução de
iodeto de sódio, de acordo com a seguinte equação:
C!2 (g) + 2 NaI (aq) 2 NaC! (aq) + I2 (s)
15.1 Verifique que a reação é de oxidação-redução, com base na variação dos
números de oxidação.
15.2 Identifique os agentes redutor e oxidante.
15.3 Identifique as espécies oxidada e reduzida.
15.4 Escreva a equação química que traduz a reação descrita relacionando-a com
as semirreações de oxidação-redução.
Reação ácido-metal
Muitos metais reagem com ácidos originando sais e hidrogénio gasoso.
Por exemplo, o magnésio reage com ácido clorídrico formando-se clo-
reto de magnésio e hidrogénio gasoso, Fig. 2.17:
Mg (s) + 2 HC! (aq) MgC!2 (aq) + H2 (g)
Fig. 2.17 Reação do
ou magnésio com ácido
Mg (s) + 2 H+ (aq) Mg2+ (aq) + H2 (g) clorídrico.
O metal é oxidado pelo ácido, formando-se o catião metálico; o ião H+ do ácido reduz -se para
formar H2.
301
QUÍMICA 11.° Ano
Os metais apresentam diferenças quanto à facilidade com que se oxidam. Por exemplo, o
zinco metálico sofre oxidação em soluções aquosas do ião cobre(II), mas se se colocar uma
barra de cobre numa solução contendo iões zinco não se observa nenhuma reação. Assim,
pode concluir-se que o zinco cede eletrões (oxida-se) mais facilmente do que o cobre, pelo
que, nas mesmas condições, o zinco apresenta maior poder redutor do que o cobre.
O poder redutor de uma espécie química relaciona-se com a facilidade de ela ceder eletrões
(sofre oxidação) e o poder oxidante com a facilidade com que recebe eletrões (sofre redução).
Série eletroquímica
É possível listar os metais por ordem decrescente de facilidade de oxidação – série eletroquímica:
Semirreação de redução
Li+ + e– — Li
Aumento da facilidade de redução dos iões metálicos (aumento do poder oxidante)
K+ + e– — K
Ba2+ + 2e– — Ba
A partir da tabela, é possível prever quais as espécies que reagem espontaneamente com ou-
tras, provocando a sua oxidação ou redução, como, por exemplo, prever qual a possibilidade
de um metal se oxidar na presença do ião H+, originando H2.
Os metais têm, na maior parte dos casos, grandes poderes redutores, uma vez que facilmente
cedem eletrões.
302
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Questão resolvida
16. Algumas evidências experimentais mostram que muitos metais são capazes de rea-
gir com os ácidos originando H2 (deslocamento de hidrogénio). Também um metal
num composto pode ser «deslocado» por outro metal no estado não combinado.
Considere que foram testados quatro metais, X, Y, W e Z, que apresentaram as
seguintes propriedades:
• X e Y deslocam o hidrogénio do ácido clorídrico;
• quando se adiciona Y a soluções aquosas de sais contendo os catiões dos outros
metais, formam-se X, W e Z metálicos;
• quando se adiciona Z a uma solução aquosa contendo iões W2+, estes são deslo-
cados da solução, ou seja, forma-se W metálico.
Quanto à reatividade dos metais X, Y, Z e W, pode estabelecer-se a relação:
(A) X < W < Z < Y (B) Y < W < X < Z (C) W < Z < X < Y (D) Y < X < Z < W
A corrosão é a oxidação não desejada de um metal. Esta diminui a duração de produtos me- Q 11
tálicos, principalmente de ferro e de aço, presentes em edifícios, pontes, navios, etc.
Questão resolvida
303
QUÍMICA 11.° Ano
Questões resolvidas
17.2 Na experiência realizada pelos alunos, que metal poderia servir para enrolar
fios de Zn ou Cu de forma a permanecer inalterado?
17.3 Escreva as equações globais de oxidação-redução ocorridas em cada tubo.
17.1 Tubo 2. No tubo 1, o zinco oxida-se porque tem maior poder redutor do que
o ferro. A água sofre redução, libertando hidrogénio, enquanto o ferro per-
manece como espectador. No tubo 2, o ferro tem maior poder redutor do
que o cobre, cedendo eletrões com maior facilidade à água. É o cobre que
permanece inalterado.
17.2 Qualquer um com maior poder oxidante (logo, menor poder redutor) do que
o do cobre. Por exemplo, a prata.
17.3 Tubo 1: Zn (s) + 2 H2O (!) Zn (OH)2 (aq) + H2 (g)
Tubo 2: Fe (s) + 2 H2O (!) Fe(OH)2 (aq) + H2 (g)
Ag Cu H Pb Sn Fe Cr Zn A! Mg Ca
18.2 A proteção do cobre é tanto mais eficaz quanto maior for a capacidade do
metal presente na tinta para ceder eletrões. Com base na série eletroquími-
ca, verifica-se que o alumínio é, dos quatro metais, aquele que tem maior
poder redutor, logo, o que protegerá melhor o alambique da corrosão.
304
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Com esta atividade, pretende-se comparar a tendência de diversos metais para serem oxida-
dos e dos respetivos iões para serem reduzidos.
Questão resolvida
19.1 (B). A forma e o tamanho das amostras de metal é uma das variáveis a con-
trolar.
19.2 a) Mg2+. Não reagiu com nenhum dos metais, o que significa que é o que tem
menor capacidade para oxidar os metais utilizados e, consequentemente,
para sofrer redução, ou seja, para receber eletrões.
b) Cu2+. Reagiu com todos os metais, o que significa que é o que tem maior
capacidade para oxidar os metais utilizados e, consequentemente, para
sofrer redução, ou seja, para receber eletrões.
19.3 Mg > Zn > Pb > Cu
19.4 Apenas o cobre pode ser utilizado como recipiente para qualquer uma
das soluções usadas, pois seria o único dos metais utilizados a não sofrer
corrosão, uma vez que não reagiu com nenhum dos iões dos outros metais
presentes em solução.
305
QUÍMICA 11.° Ano
Em cada quilograma de água do mar estão dissolvidos, em média, cerca de 35 g de sais, que
lhe conferem a salinidade, e dos quais o maioritário é o cloreto de sódio, NaC! (Fig. 2.20).
Sais 34,4 g
Cloreto (C!–)
Água 965,6 g 18,98 g Sódio (Na+)
10,56 g
Sulfato (SO42– )
2,649 g
As águas dos diferentes mares podem ser mais ou menos salgadas, mas a proporção em que
os vários solutos estão presentes mantém-se.
A água do mar é ligeiramente alcalina devido à dissolução do ião carbonato, CO32–. O aumento
da concentração do dióxido de carbono na atmosfera tem contribuído para a diminuição do
pH dos oceanos.
As águas naturais doces também dissolvem muitos materiais, sendo a maioria sais minerais.
No entanto, também existem compostos moleculares dissolvidos, como a sílica, SiO2, e gases,
como o nitrogénio, o oxigénio e o dióxido de carbono atmosféricos.
A composição destas águas depende da composição das rochas (origem geológica) por onde
passam e do tipo de materiais que arrastam e dissolvem na sua passagem (lixiviação). A mine-
ralização da água é a massa, em mg, do material inorgânico existente por litro de água (mg L−1).
Questão resolvida
20. Considerando água do mar = 1,03 g cm–3 e com base na informação da Fig. 2.20 e do
texto conexo, pode concluir-se que
(A) os iões cloreto e cálcio são os mais abundantes na água do mar.
(B) quando se evaporam 28 litros de água do mar obtêm-se cerca de 3 kg de sais.
(C) a equação química seguinte traduz o aumento da alcalinidade da água do mar:
2 H2O (!) + CO2 (g) — H2CO3 (aq) + H2O (!) — HCO3– (aq) + H3O+ (aq)
(D) a água do mar é uma água natural com um valor de pH > 7, a 25 °C.
306
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Solubilidade
Quanto à solubilidade em água, os sais podem classificar-se em muito solúveis, pouco solú-
veis e medianamente solúveis.
Solubilidade em água
Sais muito Apresentam valores elevados de solubilidade.
solúveis Exemplo: sais de metais alcalinos, de amónio e nitratos.
KNO3
KC!
50 Na2SO4
NaC!
Ce2(SO4 )3
0 Fig. 2.21 Solubilidade de alguns sais em água, em função da
20 40 60 80 100
Temperatura / ºC temperatura.
307
QUÍMICA 11.° Ano
Uma solução diz-se saturada quando, a uma dada temperatura, se atinge o seguinte equilíbrio:
dissolução
Solutosólido Solutosolução
cristalização
ou seja, uma solução saturada é uma solução em que o soluto dissolvido e o soluto por dis-
solver estão em equilíbrio (Fig. 2.22).
Solução saturada
A solução não saturada é uma solução em que a quantidade de soluto dissolvido, a uma
dada temperatura, é inferior à da respetiva solubilidade a essa mesma temperatura.
Uma solução que contém maior quantidade de soluto, para um certo volume, do que a exis-
tente numa solução saturada, diz-se sobressaturada. As soluções sobressaturadas não são,
em geral, estáveis e o soluto dissolvido em «excesso» tenderá a depositar-se na forma de
sólido, atingindo o sistema um estado de equilíbrio em que a solução fica saturada.
Questões resolvidas
21. Com base nas informações da Fig. 2.21 e nos conhecimentos sobre solubilidade,
expressa em gramas de soluto por 100 g de solvente, classifique como verdadeira
(V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes.
(A) Até 70 °C, o nitrato de potássio, KNO3, é o sal mais solúvel em água.
(B) O nitrato de sódio, NaNO3, é menos solúvel em água do que o nitrato de chum-
bo, Pb(NO3)2, a qualquer temperatura.
(C) A 40 °C, a solubilidade do cloreto de potássio, KC!, é maior do que a do cloreto
de sódio, NaC!.
(D) A dissolução do sulfato de cério, Ce2(SO4)3, em água é um processo exotérmico.
(E) Se se dissolver 125 g de nitrato de chumbo, Pb(NO3)2, em 200 g de água, a 100 °C,
obtém-se uma solução saturada.
(F) Se se dissolver 50 g de brometo de potássio, KBr, em 100 g de água, a 60 °C,
obtém-se uma solução não saturada.
(G) Se se misturar 80 g de KNO3 com 100 g de água, a 50 °C, não se pode verificar
equilíbrio de solubilidade.
(H) Ao arrefecer de 60 °C para 40 °C uma solução saturada de NaNO3 que contém
125 g de sal em 100 g de água, haverá precipitação de cerca de 25 g de NaNO3.
308
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Verdadeiras: (A), (D), (F) e (H). Falsas: (B), (C), (E) e (G).
A solubilidade do sulfato de cério a 20 °C é 25 g/100 g de água e a 100 °C
é muito menor. Como quando a temperatura aumenta a solubilidade diminui,
o aumento de temperatura não favorece a solubilização do sal, portanto,
a dissolução do sulfato de cério é um processo exotérmico.
A 100 °C, a solubilidade da solução de nitrato de chumbo em água é
125 g/100 g de água, portanto, para 200 g de água seriam necessários
250 g de Pb(NO3)2 para obter uma solução saturada.
A solubilidade do brometo de potássio em água, a 60 °C, é 75 g. Se a esta temper-
atura se dissolverem 50 g de sal em 100 g de água, a solução obtida é não saturada.
A solubilidade do nitrato de potássio em água, a 50 °C, é 75 g. Se se adicionarem
80 g de nitrato de potássio à água, à temperatura de 50 °C, vão ficar cerca de 5 g
por dissolver. A presença de sal sólido indica que se verifica equilíbrio de solubili-
dade entre o soluto sólido e a solução saturada de soluto.
A dissolução do nitrato de sódio é um processo endotérmico, pelo que uma dimi-
nuição de temperatura não favorece a solubilização do sal, originando precipita-
ção. A 60 °C, a massa de sal dissolvido era de 125 g; como a 40 °C a massa de sal
que, no máximo, se pode dissolver é 100 g, isto significa que precipitarão cerca
de 25 g de nitrato de sódio quando se baixa a temperatura de 60 °C para 40 °C.
0,4
bilidade do CO2 em água com a tempe-
ratura. 0,3
Q 11
22.1 Determine a solubilidade do dióxido
0,2
de carbono em água, a 12,5 °C, em
mol dm–3.
0,1
22.2 Indique uma consequência resul-
tante do aumento da quantidade de 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
dióxido de carbono na água. Temperatura / ºC
m 0,2 g
n M 44,01 g mol–1
22.1 sCO2 (12,5 ºC) = 0,2 g /100 mL H2O; sCO2 = !! = !! = !! =
V V 0,100 dm3
= 0,05 mol dm–3
22.3 A dissolução do CO2 pode ser traduzida por CO2 (g) — CO2 (aq).
De acordo com o gráfico, um aumento de temperatura diminui a solubi-
lidade do CO2, isto é, a reação anterior é favorecida no sentido inverso.
De acordo com o Princípio de Le Châtelier, um aumento de temperatura
favorece a reação endotérmica, portanto, neste caso, o sentido inverso.
Assim, conclui-se que a dissolução de CO2, sentido direto, é exotérmica:
ΔHdissolução < 0.
309
QUÍMICA 11.° Ano
Por exemplo, o equilíbrio que se estabelece, a uma dada temperatura numa solução saturada
de sulfato de bário pode ser traduzido por:
H2O
BaSO4 (s) — Ba2+ (aq) + SO42– (aq) Ks = |Ba2+|e |SO42–|e
H2O
AaBb (s) — a Ab+ (aq) + b Ba– (aq) Ks = |Ab+|ae |Ba–|be
A partir dos valores do produto de solubilidade, é possível determinar, de uma forma aproxi-
mada, a solubilidade do sal em água. Assim, sendo s a solubilidade do sal, tem-se, por exem-
plo, para o BaSO4:
[Ba2+] = s e [SO42–] = s ⇒ Ks = s × s
Questões resolvidas
310
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
24.1 À temperatura de 25 oC, o sulfato de cálcio é o sal mais solúvel, pois é o que
apresenta maior solubilidade.
24.2 A concentração em massa de sal dissolvido para qualquer um dos sais é sem-
pre inferior à respetiva solubilidade em água, à temperatura de 25 oC, pelo que
a amostra de água mineralizada não está saturada em relação a nenhum deles.
24.3 Cálculo da solubilidade, em mol dm–3:
9,8 × 10–4 g dm–3
M (Ca3(PO4)2) = 310,18 g mol–1 ⇒ s(Ca (PO ) ) = !!! =
3 42 310,18 g mol–1
= 3,16 × 10 mol dm
–6 –3
311
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
25. A solubilidade de hidróxido de ferro(II), Fe(OH)2, é 1,59 × 10–5 mol dm–3, a 25 °C.
25.1 Escreva a equação química que traduz o equilíbrio de solubilidade do hidró-
xido de ferro(II) em água.
25.2 Determine a constante de produto de solubilidade do hidróxido de ferro(II).
25.3 Determine o pH de uma solução saturada de hidróxido de ferro(II), a 25 °C.
25.4 A 50,0 mL de uma solução de FeSO4 (aq) de concentração 3,00 × 10–4 mol dm–3,
adiciona-se 50,0 mL de uma solução de NaOH (aq) com a concentração de
2,00 × 10–5 mol dm–3, à temperatura de 25 °C.
Preveja se ocorrerá precipitação de Fe(OH)2.
H2O
25.1 Fe(OH)2 (s) — Fe2+ (aq) + 2 OH– (aq)
25.2 Ks = |Fe2+|e |OH–|e2 = s × (2s)2 = 4 × (1,59 × 10–5)3 = 1,61 × 10–14
25.3 Cálculo da concentração dos iões OH– na solução saturada:
[OH–] = 2s = 2 × 1,59 × 10–5 mol dm–3 = 3,180 × 10–5 mol dm–3
Cálculo do pH:
Kw 1,0 × 10–14
Kw = |H3O+|e |OH–|e ⇒ |H3O+| = !!! = !!! = 3,145 × 10–10 ⇒
|OH | 3,180 × 10–5
–
A solubilidade de um sal é afetada não só pela temperatura, mas também pela presença de
outras espécies em solução, em conformidade com o Princípio de Le Châtelier.
312
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
H2O
CaF2 (s) — Ca2+ (aq) + 2 F– (aq)
A solubilidade de um sal numa solução que contenha iões do mesmo sal é menor do que a
solubilidade do mesmo sal em água, à mesma temperatura. O produto de solubilidade não
se altera.
Questão resolvida
(C). A uma dada temperatura, o equilíbrio que se estabelece numa solução saturada
de sulfato de bário é dado pela equação:
313
QUÍMICA 11.° Ano
1.o Pesar quatro amostras de nitrato de potássio, KNO3, de diferentes massas e transferir as
amostras para quatro tubos de ensaio.
2.o Adicionar 10,00 mL (10,00 g) de água destilada a cada tubo e agitar.
3.o Colocar os quatro tubos de ensaio num banho de água quente dentro de um copo de
250 mL e agitar as soluções até que o sólido se dissolva completamente.
4.o Retirar da água um tubo de cada vez e colocar dentro dele um sensor de temperatura.
Deixar arrefecer continuando a agitar, cuidadosamente, até se observar a formação dos
cristais. Registar o valor da temperatura.
Questão resolvida
atividade. 160
140
27.2 No rótulo do sal de nitrato de
Solubilidade /
120
potássio encontra-se o picto- 100
grama de perigo exibido abai- 80
314
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
27.1 Uma das variáveis a controlar é o volume de água adicionado a cada tubo.
27.2 (B).
27.3 A pipeta graduada apresenta uma maior incerteza absoluta de leitura do
que a volumétrica. Assim, a utilização da pipeta volumétrica permitiria dimi-
nuir a incerteza da medida e permitiria, consequentemente, uma medição
mais rigorosa do volume de água.
c) T = 48 °C ⇒ s = 80 g (KNO3)/100 g H2O
mKNO3 80 g
%(m/m) = !! × 100 = !!! × 100 = 44%
msolução (80 + 100) g
315
QUÍMICA 11.° Ano
Questão resolvida
28. A dureza da água é provocada pela existência de catiões metálicos, sendo os iões
cálcio, Ca2+, e magnésio, Mg2+, os mais importantes.
A dissolução do carbonato de cálcio, CaCO3, por ação de uma água contendo dióxido
de carbono, CO2, dissolvido pode ser traduzida por
CaCO3 (s) + CO2 (g) + H2O (!) — Ca2+ (aq) + 2 HCO3– (aq)
Conclua, justificando, com base na reação acima referida, de que modo a presença de
uma quantidade apreciável de CO2 dissolvido pode alterar a dureza da mesma água.
Adaptado de Exame Nacional
Remoção de poluentes
A remoção de poluentes metálicos pode ser feita através de reações de precipitação de sais.
Uma reação de precipitação é uma reação que é caracterizada pela formação de um com-
posto insolúvel (precipitado) que se separa da solução. Estas reações ocorrem, geralmente,
entre compostos iónicos.
316
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
Questão resolvida
29. Numa tentativa de tratar a água de um pequeno lago, cujas análises químicas re-
velaram a presença de iões cálcio, Ca2+, e magnésio, Mg2+, nas concentrações de
3,5 × 10–4 mol dm–3 e 4,0 × 10–3 mol dm–3, foram feitas adições de pequenas quanti-
dades de carbonato de sódio, Na2CO3, no estado sólido. Considere que a concen-
tração final de ião sódio na água do lago é de 2,0 × 10–4 mol dm–3 e que a dissocia-
ção do Na2CO3 foi completa.
29.1 Determine se este processo permite remover por decantação o cálcio e o
magnésio.
29.2 Calcule a concentração em ião carbonato necessária para o magnésio
também precipitar.
Dados: Ks (CaCO3) = 8,7 × 10–9; Ks (MgCO3) = 1,0 × 10–5.
317
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
Reações ácido-base
2. A água quimicamente pura apresenta uma condutividade elétrica muito pequena, o que
significa não existirem somente moléculas H2O, mas também iões que só poderão resultar
da sua autoionização.
2.1 Escreva a equação química que traduz a autoionização da água.
2.2 A tabela apresenta alguns valores da constante de ionização da água em função da tem-
peratura.
T / ºC 10 20 25 30 40 50
Kw 2,9 × 10–15 6,8 × 10–15 1,0 × 10–14 1,5 × 10–14 2,9 × 10–14 5,5 × 10–14
pH 7,5
7,0
6,5
6,0
0 10 20 30 40 50 60
T / °C
3.1 Conclua, justificando, como varia o produto iónico da água com a temperatura.
3.2 Determine o produto iónico da água a 45 °C.
Apresente todas as etapas de resolução.
318
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
3.3 A concentração hidrogeniónica, [H3O+], numa amostra pura de água _______ à medida que
a temperatura diminui, _______ alteração do caráter neutro da água.
(A) aumenta … havendo
(B) diminui … não havendo
(C) diminui … havendo
(D) aumenta … não havendo
5. O pH de uma solução aquosa de ácido clorídrico, HC! (aq), é 3,00. Considere que uma amos-
tra de 100 mL dessa solução foi diluída, passando a registar-se um valor de pH igual a 3,50.
O volume da amostra após a diluição é __________ e a concentração de iões H3O+ (aq) teve
um decréscimo de _________.
(A) 0,316 dm3 … 68,4%
(B) 0,316 dm3 … 16,7%
(C) 0,117 dm3 … 68,4%
(D) 0,117 dm3 … 16,7%
319
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
HA = H3O+ = A– =
HX HY HZ
7.1 A sequência que ordena os ácidos por ordem crescente de extensão da reação de ioni-
zação é
(A) HX < HY < HZ.
(B) HZ < HY < HX.
(C) HY < HZ < HX.
(D) HX < HZ < HY.
7.2 Indique a percentagem de ionização do ácido HZ.
7.3 A figura permite concluir que
(A) HY é um ácido forte.
(B) HZ é o ácido que apresenta a maior constante de acidez.
(C) para iguais concentrações dos três ácidos, o HX apresenta um menor valor de pH.
(D) HY é o ácido cuja base conjugada apresenta maior constante de basicidade.
CH3COOH (aq) + H2O (!) — CH3COO– (aq) + H3O+ (aq) Ka = 1,78 × 10–5 a 25 oC
320
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
9.2 Com o objetivo de determinar o valor da constante de acidez do ácido acético, um grupo
de alunos começou por medir o pH de uma solução de ácido acético de concentração
2,7 × 10–3 mol dm–3. O valor de pH obtido foi 3,70, a 25 oC.
a) Determine a concentração de ácido acético não ionizado.
b) Calcule o valor da constante de acidez.
c) Em medições repetidas, este grupo de alunos determinou sempre o mesmo valor de Ka.
O valor de Ka determinado pelo grupo de alunos é __________ tabelado, o que pode
justificar-se pela ocorrência de erros __________.
(A) igual ao … aleatórios
(B) igual ao … sistemáticos
(C) diferente do … aleatórios
(D) diferente do … sistemáticos
10.
A Câmara Municipal de Gaia avançou hoje que o derrame de ácido clorídrico ocorrido na ma-
nhã de ontem na A29, após o despiste de um camião-cisterna, destruiu parte significativa da
vida no rio Febros. De acordo com a autarquia, foram derramadas quatro toneladas de ácido.
Num dia, a água do rio contava com um pH de 7,1, quase boa para ser bebida. Um dia depois
tinha acidez extrema de 3,2. Por isso, injetaram-se no rio milhares de metros cúbicos de água
para ajudar a diluir o ácido, ao mesmo tempo que se realizaram centenas de análises.
10.2 Mostre que todo o ácido derramado pode ser neutralizado com a adição de 5,5 t de
carbonato de cálcio, de acordo com a equação:
2 HC! (aq) + CaCO3 (s) → CaC!2 (aq) + CO2 (g) + H2O (!)
11. No decorrer de uma titulação ácido-base mediram-se os valores de pH, a 25 °C. O titula-
do tinha um valor de pH de 9,5 e a solução obtida apresentou pH igual a 4,5 quando se
atingiu o ponto de equivalência. Admita que apenas um dos iões do sal formado sofre
hidrólise.
Na titulação considerada, o titulado é uma base __________ e o titulante é um ácido
__________.
(A) forte … fraco
(B) fraca … fraco
(C) forte … forte
(D) fraca … forte
321
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
12. No laboratório foi encontrado um frasco com uma solução aquosa de ácido iodídrico,
HI (aq), um ácido forte, com uma etiqueta parcialmente corroída, o que impossibilitou
conhecer a concentração da solução.
Com o objetivo de determinar a concentração da solução de HI (aq), procedeu-se
à titulação de 20,0 mL dessa solução com uma solução padrão de hidróxido de sódio,
NaOH (aq), de concentração 1,00 × 10−2 mol dm−3.
12.1 Escreva a equação química que traduz a reação de neu- mL mL
tralização da solução de HI (aq) com a solução de hidró-
xido de sódio. 23
12.2 Na figura estão representados os níveis de titulante na Início 38
bureta no início da titulação e quando se atingiu o ponto
de equivalência. Qual é o volume de titulante gasto até Fim
ao ponto de equivalência? 24
39
12.3 Determine a concentração da solução de ácido iodídrico.
Apresente todas as etapas de resolução.
13. Titulou-se uma solução contendo 0,181 g de um ácido monoprótico forte com uma solução
aquosa de hidróxido de potássio, KOH (aq), de concentração 0,150 mol dm−3.
Na tabela seguinte estão registados os volumes gastos de titulante em três ensaios diferen-
tes, até ao ponto de equivalência da titulação de um mesmo volume V do ácido monoprótico.
Ensaio 1 2 3
3
Volume de titulante / cm 19,10 19,10 19,20
14. O estômago de uma pessoa, que sofre de indigestão ácida contém 75 mL de ácido clorídri-
co, HC! (aq), de concentração 0,22 mol dm−3.
Determine quantos comprimidos antiácido são necessários para neutralizar 90% do ácido
do estômago, considerando que cada comprimido contém 500 mg de CaCO3.
A reação que ocorre pode ser traduzida por:
2 HC! (aq) + CaCO3 (s) → CaC!2 (aq) + H2CO3 (aq)
Apresente todas as etapas de resolução.
15. O hidróxido de lítio, LiOH, pode ser utilizado no tratamento de gases de exaustão industrial.
Para neutralizar uma solução aquosa de hidróxido de lítio, com pH = 12,20, foram usados
26,4 mL de uma solução de HC! 0,100 mol dm–3, a 25 oC.
15.1 Determine o volume da solução de LiOH neutralizado.
15.2 Calcule a massa de hidróxido de lítio que teria de se utilizar para preparar 200 mL da
referida solução.
322
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
16. A figura mostra a curva da titulação de 12,50 mL de HC! com NaOH 0,025 mol dm–3.
pH
14
Fenolftaleína
Vermelho de metilo
0 10 20 30 40 50 60 70 80
VNaOH adicionado / mL
17. O pH de uma solução aquosa de fluoreto de potássio, KF (aq), a 25 °C, é superior a 7, uma
vez que o __________ sofre hidrólise, por ser o par conjugado de __________.
(A) catião … uma base fraca
(B) anião … uma base fraca
(C) catião … um ácido fraco
(D) anião … um ácido fraco
Tabela 1 Tabela 2
pH Cor Solução (a 25º) Cor da solução na presença do indicador
1 Vermelho HC! A
4 Cor-de-rosa NaOH B
7 Lavanda NH3 C
10 Verde NaC! D
13 Amarelo NH4C! E
323
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
19. Os óxidos responsáveis pela acidificação atmosférica podem ter na sua origem atividades
naturais ou antropogénicas. A figura apresenta as principais fontes emissoras de gases
poluentes, alguns dos quais estão na origem das chuvas ácidas.
Transformação química
NO2 HNO3
SO2 H2SO4
Foto-oxidação
Poluentes ácidos (NO2 e SO2)
Partículas
Hidrocarbonetos
Emissão para a atmosfera
Gases
Chuva ácida
Gases
Lixo
Indústria
Residências Veículos
Reações de oxidação-redução
21. O fosfato de amónio, (NH4)3PO4, é um componente importante dos fertilizantes agrícolas.
As reações envolvidas num dos processos de síntese do fosfato de amónio podem ser tra-
duzidas pelas seguintes equações químicas:
I. 2 Ca3(PO4)2 (s) + 6 SiO2 (s) + 10 C (s) → P4 (!) + 10 CO (g) + 6 CaSiO3 (s)
II. P4 (!) + 5 O2 (g) + 6 H2O (!) → 4 H3PO4 (!)
III. H3PO4 (!) + 3 NH3 (!) → (NH4)3PO4 (s)
324
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
21.1 Verifique se cada uma das reações é de oxidação-redução, calculando a variação dos
números de oxidação.
21.2 Identifique para cada reação de oxidação-redução:
a) as espécies oxidada e reduzida;
b) os agentes redutor e oxidante.
22. O brometo de alumínio, A!Br3, pode ser obtido a partir da reação entre o bromo e o alumí-
nio, traduzida pela equação química seguinte:
23. As baterias de níquel-cádmio (NiCd) são constituídas por um elétrodo positivo de dióxido
de níquel, NiO2, um elétrodo negativo de cádmio metálico, Cd, e uma solução que permite
a transferência de eletrões. Quando esses constituintes entram em contacto ocorre a se-
guinte reação:
Durante a descarga da bateria, a reação química evolui no sentido da formação dos hidróxi-
dos de cádmio e de níquel. Durante a carga, a reação evolui no sentido inverso, repondo os
constituintes originais.
23.1 Verifique que o processo de descarga da bateria é uma reação de oxidação-redução.
23.2 Identifique, para o processo de carga de uma bateria NiCd, os agentes redutor e oxi-
dante.
325
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
Zn Fe Ni Cu Ag Pt Au
27. Um parafuso de níquel enroscado numa porca de cobre foi colocado numa solução de
ácido clorídrico. Passado algum tempo, observou-se a libertação de bolhas gasosas e a
solução ficou esverdeada.
Cu H Pb Sn Ni
326
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
28.2 Uma das possíveis causas da presença dos iões hidrogenocarbonato, HCO3–, na água
do mar é a dissolução do dióxido de carbono atmosférico. Escreva as equações quí-
micas que traduzem a formação desses iões a partir da dissolução do CO2 na água do
mar.
30. O sulfato de prata, Ag2SO4, é o principal responsável pela cor castanha-amarelada que as
radiografias apresentam quando a sua revelação não é executada nas melhores condi-
ções. À temperatura de 25 oC, a constante do produto de solubilidade do sulfato de prata
em água é 1,7 × 10–5.
À temperatura de 25 oC, a solubilidade do sulfato de prata em água é
(A) menor do que numa solução de sulfato de cobre.
(B) igual ao quadrado da concentração do ião sulfato em solução saturada.
(C) menor do que a concentração do ião prata na solução saturada.
(D) igual a 0,032 mol dm–3.
327
QUÍMICA 11.° Ano
Questões propostas
32.2 A adição de algumas gotas de solução de fluoreto de potássio, KF (aq), a uma solução
saturada de fluoreto de magnésio, irá originar
(A) um aumento da concentração dos iões F– e uma diminuição da concentração dos
iões Mg2+.
(B) um aumento da concentração dos iões F–, permanecendo constante a concentra-
ção dos iões Mg2+.
(C) uma diminuição das concentrações dos iões F– e Mg2+.
(D) um aumento das concentrações dos iões F– e Mg2+.
32.3 Adicionaram-se 200,0 mL de uma solução de Mg(NO3)2 3,0 × 10–3 mol dm–3 a 100,0 mL
de uma solução NaF 2,0 × 10–3 mol dm–3. Preveja, com base no valor do quociente da
reação, se poderá ocorrer precipitação de MgF2.
32.4 A 18 oC, a concentração de Mg2+ numa solução saturada de MgF2 é 1,21 × 10–3 mol dm–3.
Preveja se a dissolução do fluoreto de magnésio em água é um processo endotérmico
ou exotérmico.
328
DOMÍNIO 2 Reações em sistemas aquosos
33. A contaminação da água com vários poluentes é, em grande parte, de origem antropo-
génica. Os efluentes aquosos de uma determinada indústria contêm iões de níquel, Ni2+
que são um exemplo dos referidos poluentes. Considere que os iões níquel permanecem
nesses efluentes na forma de hidróxido de níquel e que a concentração desses iões, na
solução saturada, é 5,8 × 10−6 mol dm−3.
33.1 Escreva a equação química que traduz o equilíbrio de solubilidade do hidróxido de
níquel em água.
33.2 Mostre que, nas condições referidas, o produto de solubilidade do hidróxido de níquel
é 7,8 × 10–16.
33.3 Um dos processos de remoção dos iões níquel dos efluentes industriais consiste na
utilização de um agente precipitante. Considere que o agente precipitante é o hidróxi-
do de sódio.
a) Refira, justificando, com base no Princípio de Le Châtelier, de que modo a adição de
NaOH (aq) contribui para a remoção dos iões níquel da solução.
b) Suponha que 990 L dos efluentes foram tratados com 10 L de solução de NaOH (aq)
0,50 mol dm−3, antes de serem libertados no ambiente.
Determine a concentração em iões Ni2+ que permaneceram na solução resultante,
comentando o resultado.
329
Provas-modelo
Física e Química A
Física e Química A
Prova-modelo de exame 1
GRUPO I
(A) emissão … maior (B) absorção … maior (C) emissão … menor (D) absorção … menor
GRUPO II
nio, O2 (g).
6,0
Considere uma mistura de H2 (g) e O2 (g), com
5,0
80,8% (V/V) de H2 (g).
4,0
O gráfico da figura representa o volume, V, dessa
3,0
mistura em função da quantidade de matéria total,
n, à pressão de 2 atm e à temperatura de 19 °C. 2,0
1,0
1. A composição da mistura, em volume, em O2 (g) é 0,0
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70
n / mol
(A) 1,92 × 105 ppm. (C) 8,08 × 105 ppm.
(B) 1,92 × 107 ppm. (D) 8,08 × 107 ppm.
2. Qual das expressões traduz o número de átomos em 3,0 dm3 da mistura a 19 °C e à pressão de 2 atm?
6,02 × 1023 × 2
(A) (C) 0,25 × 6,02 × 1023 × 2
0,25
6,02 × 1023 × 4
(B) (D) 0,25 × 6,02 × 1023 × 4
0,25
332
PROVA-MODELO DE EXAME 1
4. A reação entre o hidrogénio e o oxigénio pode ser representada pela equação seguinte:
2 H2 (g) + O2 (g) → 2 H2O (g)
Esta reação, à pressão de 1 bar e a 25 °C, liberta 286 kJ por calor, por cada mole de água formada.
A expressão que relaciona as energias de ligação de reagentes e produtos é
(A) 2 E(H–H) + E(O=O) − 2 E(O–H) = −286 kJ. (C) 2 E(O–H) − 2 E(H–H) − E(O=O) = −286 kJ.
(B) 2 E(H–H) + E(O=O) − 4 E(O–H) = −2 × 286 kJ. (D) 4 E(O–H) − 2 E(H–H) − E(O=O) = −2 × 286 kJ.
GRUPO III
A água do mar tem dissolvidas várias substâncias, sendo o sal maioritário o cloreto de sódio, NaC!.
1. Para uma água do mar com salinidade de 35 g/kg, os valores comuns das percentagens em massa dos
iões cloreto, C!−, e sódio, Na+, são 1,94% e 1,08%, respetivamente. Existem ainda, por quilograma de
água, cerca de 6,23 × 1022 iões de outras espécies.
1.1 Determine o quociente entre a quantidade de iões cloreto e a quantidade total de iões da água do
mar considerada.
Apresente todas as etapas de resolução.
1.2 Explique porque é que o raio atómico do sódio é maior do que o raio atómico do cloro.
Tenha em consideração as configurações eletrónicas destes átomos, no estado fundamental.
80
a 40 °C, está insaturada.
60
(B) a dissolução do Na2SO4•10H2O (s) é exotérmica. Na2SO4
40
(C) uma solução contendo 50 g de Na2SO4 (aq) por 150 g de água, 20
Na2SO4.10H2O
a 80 °C, está insaturada.
0
20 40 60 80 100
(D) a dissolução do Na2SO4 (s) é endotérmica. Temperatura / ºC
3
Pb2+ (aq) e S2− (aq), provenientes de minerais de composição maioritária
Pb2+
em sulfureto de chumbo, PbS (s), em função do pH.
2
Pode afirmar-se que
1
(A) a acidificação do meio favorece a diminuição da concentração de
S2–
Pb2+ (aq) na água dos oceanos. 0
333
Física e Química A
4. O ácido sulfídrico, H2S (aq), é um ácido cuja ionização ocorre em duas etapas sucessivas: a segunda
etapa, por ser muito menos extensa do que a primeira, pode ser desprezada. A primeira etapa de ioni-
zação pode ser traduzida por:
H2S (aq) + H2O (!) — HS− (aq) + H3O+ (aq) ; Ka = 1,3 × 10−7, a 25 °C.
Considere uma amostra de 250 cm3 de uma solução de ácido sulfídrico, de concentração 0,10 mol dm−3.
Despreze a variação da concentração de H2S (aq) em resultado da sua ionização.
Determine quantos iões H3O+ (aq) existem em solução por cada ião OH− (aq).
Apresente todas as etapas de resolução.
6. A análise de uma amostra de água do mar revelou a presença de algumas espécies químicas, nomeada-
mente iões sódio (Na+), iões cloreto (C!−), iões sulfato (SO42–), dióxido de carbono (CO2) e oxigénio (O2).
Sobre as espécies referidas, pode afirmar-se que
GRUPO IV
1. A uma altura de 80 m, um helicóptero, em repouso em relação ao solo, larga uma caixa. No instante em
que a caixa inicia a queda o seu paraquedas encontra-se já aberto.
Durante a queda, na vertical, sobre o sistema caixa + paraquedas, de massa 60 kg, atua uma força de
resistência do ar de intensidade Far = b v, em que b é uma constante e v é o módulo da velocidade do
sistema. Quando o sistema atinge a velocidade de módulo 7,5 m s−1 passa a mover-se com velocidade
constante.
1.1 Determine o módulo da aceleração do sistema caixa + paraquedas no instante em que a sua velo-
cidade é 20 km/h.
(A) −4,8 × 104 J. (B) −1,7 × 103 J. (C) −4,6 × 104 J. (D) −1,1 × 103 J.
2. De uma varanda de um prédio, a uma altura h, uma bola é lançada verticalmente para cima, a 6,0 m s−1.
Simultaneamente, do mesmo nível, um vaso cai, acidentalmente, partindo do repouso, atingindo o solo
decorridos 2,0 s.
Considere um referencial Oy vertical, com origem na varanda, e sentido positivo de cima para baixo.
334
PROVA-MODELO DE EXAME 1
d
d
2.1 Qual dos esquemas pode representar a velocidade, v, e a resultante das forças, FR, que atuam na
bola, imediatamente após o seu lançamento?
FR FR
v v
v v
FR
FR
2.2 Qual dos esboços de gráfico pode representar a energia cinética, Ec, da bola em função do tempo, t?
(A) (B) (C) (D)
Ec Ec Ec Ec
t t t t
2.3 Qual dos esboços de gráfico pode representar a energia potencial gravítica, Epg, do sistema
vaso + Terra em função do tempo, t?
t t t t
2.4 Determine quanto tempo após o vaso ter chegado ao solo a bola atingirá o solo.
Apresente todas as etapas de resolução.
GRUPO V
Gerador
A figura apresenta um corpo, de massa 2,0 kg, suspen- elétrico
Água
so por um fio enrolado num cilindro, ligado ao eixo de
um gerador elétrico. A queda do corpo provoca o mo-
vimento do eixo do gerador elétrico que alimenta uma
Resistência
resistência elétrica, imersa num recipiente com 80 g de elétrica
água, inicialmente a 15,0 °C. Após 30 quedas sucessivas m
do corpo, de uma mesma altura de 1,2 m, a temperatura
da água é 15,9 °C.
335
Física e Química A
3. Qual é o gráfico que relaciona a potência, P, dissipada num condutor por efeito Joule, com a tensão
elétrica, U, aos seus terminais? Admita que a resistência elétrica do condutor permanece constante.
P P P P
0 U 0 U 0 U2 0 U2
GRUPO VI
1. Um anel metálico, de raio r, rola sobre uma mesa com velocidade constante, passando, sucessivamente,
pelas posições P, Q, R, S e T, como representado na figura.
P Q R S T
Na região indicada pela parte sombreada a azul na figura existe um campo magnético uniforme, de in-
tensidade B, perpendicular ao plano do anel e que aponta para fora da página.
1.1 Se o fluxo do campo magnético através do anel no ponto Q for igual a , qual será o fluxo do campo
magnético no ponto R?
1.3 Qual é o gráfico que pode representar corretamente o módulo do fluxo magnético através do anel
ao longo do percurso PQRST?
x x x x
336
PROVA-MODELO DE EXAME 1
2. A luz de um laser incide na superfície de separação meio 1-meio 2, apresentando dois comportamentos
diferentes, A e B, como mostra a figura (que não está à escala).
Comparando os módulos da velocidade de propagação da luz nos meios 1 e 2, verifica-se que é 1,5
vezes maior no meio 2.
Na situação A, a amplitude do ângulo de incidência é 20°.
A B
!2
meio 2 meio 2
meio 1 meio 1
!3 !4
!1 !1
2.1 Determine, para a situação A, a amplitude do ângulo que o feixe refratado faz com a superfície de
separação dos dois meios.
Apresente todas as etapas de resolução.
2.2 Para determinados ângulos de incidência a luz passa a ter o comportamento apresentado na situa-
ção B. Explique as condições necessárias para que ocorra o fenómeno representado na situação B.
Apresente, num texto estruturado e com linguagem científica adequada, a explicação solicitada.
FIM
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3.
I 18
6 6 6
1. 2. 3. 4.
II 28
6 6 10 6
1.1 1.2 2. 3. 4. 5. 6.
III 54
10 10 6 6 10 6 6
1.1 1.2 2.1 2.2 2.3 2.4
IV 44
10 6 6 6 6 10
1. 2. 3.
V 22
6 10 6
1.1 1.2 1.3 2.1 2.2
VI 34
6 6 6 6 10
Total 200
337
Física e Química A
Prova-modelo de exame 2
GRUPO I
Árgon 0,93
1. A expressão que traduz o teor de CO2 na atmosfera terrestre, expresso em partes por milhão, em vo-
lume é
4,1 × 10–2 × 106 4,1 × 10–2 4,1 × 10–2 × 102
(A) 4,1 × 10−2 × 106 (B) (C) (D)
102 102 × 106 106
2. Qual é a quantidade de átomos de nitrogénio em 10,0 dm3 de ar, medidos em condições PTN?
(A) 0,35 mol (B) 0,70 mol (C) 2,9 mol (D) 5,7 mol
3. Numa respiração normal, um adulto inspira cerca de 0,500 dm3 de ar. À pressão normal e a uma tempe-
ratura de 25 °C, esse volume contém 2,58 × 1021 moléculas de oxigénio.
Determine o volume molar de um gás nessas condições de pressão e temperatura. Apresente todas as
etapas de resolução.
(A) as ligações múltiplas entre átomos de carbono apresentam maiores comprimentos de ligação do
que as simples.
(B) uma ligação dupla carbono-carbono tem maior energia de ligação do que uma ligação tripla
carbono-carbono.
(C) as moléculas de metano, CH4, apresentam uma geometria piramidal.
(D) as moléculas de clorometano, CH3C!, são polares.
GRUPO II
Nos gases de escape dos automóveis existem diversos poluentes. Para eliminar estes contaminantes utili-
zam-se conversores catalíticos. Estes dispositivos têm a função de converter os gases poluentes, entre eles
os óxidos de nitrogénio, NOx, e o monóxido de carbono, CO, em nitrogénio, N2, e dióxido de carbono, CO2.
338
PROVA-MODELO DE EXAME 2
1.2 Considere que num recipiente fechado contendo inicialmente 6,0 mol de monóxido de carbono e
4,0 mol de monóxido de nitrogénio, o equilíbrio foi estabelecido, a uma dada temperatura, quando
85% de monóxido de nitrogénio foi consumido.
A quantidade total de gases no equilíbrio é
(A) 5,10 mol. (B) 3,40 mol. (C) 5,70 mol. (D) 8,3 mol.
2. À saída do escape, o monóxido de nitrogénio, NO, contacta com o ar atmosférico, sendo rapidamente
oxidado a NO2:
2 NO (g) + O2 (g) → 2 NO2 (g)
Fez-se reagir uma amostra de 50,0 L de ar, contaminada com 30,0 mg L−1 de NO, com 1,8 dm3 de oxigé-
nio, O2, tendo-se obtido 0,112 dm3 de NO2.
Determine o rendimento do processo de conversão do NO em NO2. Considere que os volumes foram
medidos em condições PTN.
GRUPO III
O dióxido de enxofre reage com o oxigénio, originando trióxido de enxofre, de acordo com a equação
química seguinte:
2 SO2 (g) + O2 (g) — 2 SO3 (g)
1.2 Considere que num determinado instante, depois de atingido o equilíbrio à temperatura de 700 °C,
se aumenta a concentração de O2 (g). Conclua, justificando, como variará o quociente da reação até
ser atingido um novo estado de equilíbrio, à mesma temperatura.
339
Física e Química A
3. Os óxidos de enxofre reagem com a água da chuva originando ácido sulfuroso, H2SO3 (aq), e ácido
sulfúrico, H2SO4 (aq). As primeiras etapas de ionização desses ácidos podem ser traduzidas por:
H2SO3 (aq) + H2O (!) — HSO3– (aq) + H3O+ (aq) ; Ka = 1,6 × 10–2, a 25 °C
1
H2SO4 (aq) + H2O (!) — HSO4– (aq) + H3O+ (aq) ; Ka = 1,3 × 103, a 25 °C
1
3.1 Comparando, em termos das respetivas ordens de grandeza, a força do ácido sulfúrico com a força
do ácido sulfuroso, conclui-se que o ácido sulfúrico é cerca de
(A) 103 vezes mais forte. (C) 103 vezes mais fraco.
(B) 105 vezes mais forte. (D) 105 vezes mais fraco.
3.2 A base conjugada do ácido sulfúrico é __________ do que a base conjugada do ácido sulfuroso,
pois tem __________ constante de basicidade.
GRUPO IV
Dois esquiadores, 1 e 2, com a mesma massa, descem dois percursos diferentes, como se mostra na figura
(que não está à escala): o esquiador 1 desloca-se no percurso ABC, enquanto o esquiador 2 faz o percurso
DEF.
Esquiador 1 Esquiador 2
A D
B
E
24 m
12 m
C F
Tome o nível dos esquis nos pontos C e F como referência para a energia potencial gravítica.
Considere que ambos os esquiadores iniciam a descida a partir do repouso e que no final do percurso as
energias mecânicas são 90% e 80% das energias mecânicas iniciais, respetivamente para o esquiador 1
e para o esquiador 2.
Considere que os esquiadores podem ser representados pelo seu centro de massa (modelo da partícula
material).
340
PROVA-MODELO DE EXAME 2
1. Na descida, entre as posições iniciais e finais, as variações de energia potencial gravítica dos sistemas
esquiador + Terra são __________ e o trabalho realizado pela força gravítica que atua sobre o esquia-
dor 1 é __________ realizado pela força gravítica que atua sobre o esquiador 2.
(A) positivas … maior do que o (C) negativas … maior do que o
(B) positivas … igual ao (D) negativas … igual ao
2. Qual dos esboços de gráfico seguintes poderá traduzir a energia mecânica, Em, dos esquiadores 1 e 2
em função da altura, h?
(A) (B) (C) (D)
Em 2 Em 1 Em 2 Em 1
1 2 1 2
0 h 0 h 0 h 0 h
3. Para percursos na região retilínea da descida, com um mesmo desnível !h, é maior a variação de velo-
cidade do esquiador 2, podendo concluir-se que para o esquiador 2 é maior, em módulo,
(A) a resultante das forças de atrito que nele atuam.
(B) a resultante das forças que nele atuam.
(C) a soma dos trabalhos realizados pelas forças que nele atuam.
(D) a soma dos trabalhos realizados pelas forças de atrito que nele atuam.
4. Considere que o troço retilíneo onde se inclui o ponto E faz um ângulo de 30° com a horizontal.
A intensidade da resultante das forças de atrito que atuam sobre o esquiador 2, ao passar em E, é 12%
da intensidade da força normal que a rampa exerce sobre esse esquiador.
Determine, com base na Segunda Lei de Newton, o módulo da aceleração do esquiador 2 na posição E.
Apresente todas as etapas de resolução.
5. Admita que no troço retilíneo da descida é constante a resultante das forças que atua sobre o esquia-
dor 1 e que o movimento se inicia no instante t = 0.
Qual das expressões seguintes poderia traduzir a distância percorrida, d, pelo esquiador 1, na descida,
em função do tempo, t, estando essas grandezas expressas nas unidades de base do SI?
(A) d = 10t (B) d = 6,0t (C) d = 5,0t2 (D) d = 3,0t2
GRUPO V
341
PROVA-MODELO DE EXAME 2
2. Em alguns automóveis existe um sistema automático, esquematizado na figura seguinte, que aciona o
limpa para-brisas quando cai água sobre o vidro.
Emissor Emissor
de IV de IV
Para-brisas Para-brisas
Escovas Escovas
Detetor paradas Detetor em
de IV de IV movimento
O dispositivo contém um emissor de infravermelhos (IV) e um detetor para essa radiação. A radiação
emitida pelo emissor propaga-se do ar para o vidro e, se não existir água sobre o vidro, grande parte
da radiação passa do vidro para o ar no detetor atingindo-o. Se existir água sobre o vidro, uma grande
parte da radiação não atinge o detetor, e as escovas são ativadas.
2.1 Quando não há água sobre o vidro, a radiação IV emitida, que atinge o detetor, sofre, sequencial-
mente, os seguintes fenómenos:
2.2 Para que este sistema funcione, é necessário que o ângulo de inci-
Meio n
dência da radiação IV na superfície exterior do para-brisas esteja com-
preendido num determinado intervalo. Vidro 1,49
Determine, com base nos índices de refração apresentados na tabela, Água 1,33
esse intervalo de amplitudes do ângulo de incidência.
Apresente todas as etapas de resolução.
FIM
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3. 4.1 4.2
I 34
6 6 10 6 6
1.1 1.2 1.3 2.
II 28
6 6 6 10
1.1 1.2 2. 3.1 3.2
III 38
10 10 6 6 6
1. 2. 3. 4. 5. 6.
IV 44
6 6 6 10 6 10
1.1 1.2 2.1 2.2
V 28
6 6 6 10
1.1 1.2 2.1 2.2
VI 28
6 6 6 10
Total 200
343
Física e Química A
Prova-modelo de exame 3
GRUPO I
No concurso CanSat cada equipa concorrente apresenta um projeto e constrói um pequeno satélite
(cansat) que desempenhará uma missão científico-tecnológica. Um foguete transporta o cansat e larga-o no
ponto mais alto da sua trajetória. Depois, o cansat desce preso por um fio a um paraquedas. Durante todo o
percurso comunica com a estação de base e é possível conhecer a sua altitude em função do tempo.
De acordo com o regulamento do concurso, a velocidade de descida deve situar-se entre 8 m s−1 e 11 m s−1.
Considere que o cansat pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula material) e
admita que tem um movimento aproximadamente vertical.
1. Os gráficos seguintes apresentam, para um cansat com a massa de 350 g, a altitude em função do tem-
po, t, para todo o movimento, e o módulo da velocidade, v, em função do tempo, t, para os primeiros 17 s.
altitude / m v / m s-1
1200
140
1000 120
800 100
80
600
60
400
40
200
20
0 0
0 20 40 60 80 100 120 140 0 4 8 12 16 20
t/s t/s
1.1 Para os primeiros 4 s de movimento, o movimento do foguete foi _______ e a aceleração _______.
1.3 Conclua, justificando, qual foi, no instante 60 s, a intensidade da força exercida no cansat pelo fio
que o ligava ao paraquedas.
1.4 Qual dos esboços de gráfico seguintes pode representar, durante a descida, a energia mecânica, Em,
do sistema cansat + Terra, em função da altura, h, em relação ao solo?
Considere o solo como nível de referência da energia potencial gravítica.
(A) (B) (C) (D)
Em Em Em Em
0 h 0 h 0 h 0 h
344
PROVA-MODELO DE EXAME 3
2. O cansat deve ser capaz de suportar uma força resultante que origine uma aceleração até 20g, ou
seja, uma força 20 vezes maior do que a força gravítica nele exercida. Para testar aquele limite de
aceleração, uma equipa considerou a hipótese de o fixar a uma plataforma giratória, descrevendo um
movimento circular uniforme num plano horizontal.
2.1 Quando o cansat descreve um movimento circular uniforme, qual dos diagramas seguintes repre-
d
FR FR
2.3 O cansat foi colocado na plataforma giratória. Um sensor de ultravioletas, U, de massa m, e outro
de pressão, P, de massa 1,5m, foram ligados ao cansat. O raio da trajetória de U é 1,5 vezes maior
do que o raio da trajetória de P.
Quando a plataforma roda, o módulo da aceleração de U é __________ ao módulo da aceleração
do ponto P, sendo __________ a intensidade da resultante das forças sobre U.
(A) inferior … menor (B) superior … igual (C) inferior … igual (D) superior… menor
GRUPO II
Do estudo experimental de uma célula fotovoltaica, com a área de 34 cm2, e de duas células idênticas,
associadas em paralelo ou em série, obtiveram-se os gráficos, da potência, P, fornecida em função da
tensão elétrica, U, nos seus terminais, quando a irradiância era 170 W m–2, que se apresentam na figura
seguinte.
P / mW Uma célula Paralelo duas células Série duas células
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
U/V
345
Física e Química A
2. Considere um dispositivo que funciona com uma corrente elétrica de 67 mA, ligado diretamente aos
terminais da associação de duas células. Indique qual é o tipo de associação adequado.
3. Com as células estudadas, pretende-se construir um sistema de alimentação de um satélite com uma
potência máxima de 10 W. Considere que o satélite orbita numa região de irradiância solar 1400 W m–2,
a luz solar incide sempre perpendicularmente aos painéis e o rendimento máximo das células se man-
tém constante.
Determine o número mínimo de células necessárias.
Apresente todas as etapas de resolução.
GRUPO III
Há diversos satélites que monitorizam as condições meteorológicas e registam dados do clima usando
feixes de radiação eletromagnética, por exemplo para medir o nível dos oceanos.
1. Os satélites meteorológicos medem a velocidade dos ventos com base no efeito Doppler (diminuição
da frequência quando a fonte e o recetor se afastam e aumento da frequência quando a fonte e o rece-
tor se aproximam). Estes satélites emitem um feixe laser de frequência bem determinada. Após o feixe
entrar em contacto com as camadas de ar volta a ser recebido no satélite.
O feixe recebido pelo satélite resulta da __________ do feixe emitido e tem frequência __________
do feixe emitido.
2. Um satélite emite uma onda eletromagnética que se propaga de um meio, 1, para outro, 2, diminuindo
o comprimento de onda de 40 cm para 30 cm.
Pode concluir-se que a velocidade de propagação no meio 1 é __________ do que no meio 2, sendo
o índice de refração do meio 1 em relação ao meio 2 __________.
4 3 4 3
(A) maior … (B) maior … (C) menor … (D) menor …
3 4 3 4
3. Os satélites têm registado uma subida do nível médio do mar. Considere que recebem a mesma energia
iguais massas de ar, água e gelo, e que não ocorrem mudanças de estado físico.
cágua líquida = 4,18 × 103 J kg–1 ºC–1; cgelo = 2,4 × 103 J kg–1 ºC–1; car = 1,00 × 103 J kg–1 ºC–1
A sequência que traduz uma ordem crescente das variações de temperatura é
(A) gelo, água e ar. (B) água, gelo e ar. (C) ar, gelo e água. (D) água, gelo e ar.
GRUPO IV
Na indústria siderúrgica, a extração de ferro a partir do minério de ferro hematite, Fe2O3, é feita num alto-
-forno. As reações químicas que aí ocorrem podem ser traduzidas pela reação global:
346
PROVA-MODELO DE EXAME 3
1. Calcule a massa de ferro produzido a partir de 100 toneladas de hematite, com 30% (m/m) de impurezas.
Apresente todas a etapas de resolução.
2. A água de um lago, em contacto com o ar, dissolve dióxido de carbono, CO2. O dióxido de carbono
reage com a água, como é traduzido pela equação seguinte:
Qual dos gráficos pode representar a variação das percentagens de HCO3– (aq) e CO2 (aq) em função do
pH numa solução resultante da dissolução do dióxido de carbono?
% HCO3–
% HCO3–
% HCO3–
% CO2
% CO2
% CO2
% CO2
0 100 0 100 0 100 0 100
0 pH 14 0 pH 14 0 pH 14 0 pH 14
3. Uma amostra de água, recolhida no referido lago, apresenta uma concentração de 2,0 mol dm−3 em CO2
dissolvido. Admitindo que apenas 0,05% do CO2 se transforma em hidrogenocarbonato, HCO3–, deter-
mine o pH da amostra de água do lago.
GRUPO V
1,0
em água, a 25 ºC, dos hidróxidos de ferro(III), Fe(OH)3, e
0,8
do hidróxido de alumínio, A!(OH)3, em função do pH do
meio. 0,6
0,4
1. Para valores de pH __________ precipitará __________. Fe (OH)3 A! (OH)3
0,2
(A) inferiores a 1 … apenas o Fe(OH)3 0
1 2 3 4 5 6 7 pH
(B) entre 2 e 3,5 … o Fe(OH)3 e o A!(OH)3
(C) inferiores a 3 … apenas o A!(OH)3
(D) entre 2 e 3 …apenas o Fe(OH)3
2. Conclua, sobre o que se poderá verificar quanto à solubilização das referidas substâncias, quando se
adicionam 0,1 mol de cada uma das substâncias a 1,0 dm3 de água quimicamente pura, a 25 °C.
GRUPO VI
1. O néon foi o primeiro elemento para o qual se demonstrou a existência de isótopos estáveis: em 1913,
por aplicação da técnica da espetrometria de massa, foi revelada a existência de Ne-20 e Ne-22. O ter-
ceiro isótopo estável, Ne-21, foi detetado mais tarde.
347
Física e Química A
(A) 9,25% ... [19,9; 20,4] (C) 9,25% ... [20,9; 21,4]
(B) 22% ... [19,9; 20,4] (D) 22% ... [20,9; 21,4]
21,991385
Y
X
0,27%
19 20 21 22 23
Massas isotópicas
84 82 4 2
Energia de remoção / MJ mol −1
3.2 A fórmula química do fluoreto de magnésio é __________ e as suas unidades estruturais são
__________.
(A) MgF2 … moléculas (B) MgF2 … iões (C) Mg2F … moléculas (D) Mg2F … iões
348
PROVA-MODELO DE EXAME 3
3.3 Comparando os átomos de flúor e cloro, tem maior energia de ionização o __________ e maior raio
atómico o __________.
(A) flúor … flúor (B) flúor … cloro (C) cloro … flúor (D) cloro … cloro
GRUPO VII
Um aluno preparou 1,0 L de uma solução aquosa com 15,0 g dm–3 de NaOH. Em seguida, transferiu
250 mL dessa solução para um balão volumétrico de 500 mL e adicionou-lhe água destilada até ao traço
de referência do balão volumétrico.
2. Um outro aluno retirou o excesso de solução com um conta-gotas para acertar o menisco da solução
preparada pelo traço de referência. Conclua, justificando, sobre o rigor da concentração da solução
preparada pelo aluno e qual a atitude a tomar numa situação como esta.
FIM
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1.1 1.2 1.3 1.4 2.1 2.2 2.3 3.
I 60
6 10 10 6 6 10 6 6
1. 2. 3.
II 22
6 6 10
1. 2. 3.
III 18
6 6 6
1. 2. 3.
IV 26
10 6 10
1. 2.
V 16
6 10
1.1 1.2 2. 3.1 3.2 3.3
VI 36
6 6 6 6 6 6
1. 2. 3.
VII 22
6 10 6
Total 200
349
Física e Química A
Prova-modelo de exame 4
GRUPO I
I/A
Na figura representam-se os gráficos da corrente 2,5
1000 W m-2
elétrica, I, fornecida por uma célula fotovoltaica, P
2,0
com 100 cm2 de área, em função da tensão, U, nos
seus terminais, para duas irradiâncias, 200 W m–2 1,5
e 1000 W m–2. Nos pontos P e Q, assinalados nos
gráficos, a potência fornecida pela célula é máxima. 1,0
0,5
1. A energia que incidiu na célula ao fim de 5 h, 200 W m-2 Q
para uma irradiância de 1000 W m–2, foi
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
(A) 20 kW h. (B) 0,20 kW h. U/V
GRUPO II
C
1. O circuito da figura é constituído por um gerador, de re- Y
!,r X
sistência interna r, uma associação de três resistências R2
V
elétricas, R1, R2 e R3, sendo R1 uma resistência variável,
e um comutador C que permite estabelecer uma liga-
E A
ção no ponto X ou no ponto Y. Instalaram-se ainda um F G
R1
voltímetro e um amperímetro. O valor da resistência
R3
R3 é triplo do da resistência R2.
Considere desprezáveis as resistências dos fios de ligação e dos contactos.
1.1 O comutador C é ligado ao ponto X e varia-se o valor da resistência R1. Qual dos esboços de gráfico
pode representar a corrente elétrica, I, em função da resistência elétrica, R1?
(A) (B) (C) (D)
I I I I
0 R1 0 R1 0 R1 0 R1
1.2 Liga-se o comutador ao ponto Y e regula-se R1 para que fique com o mesmo valor de R2 (R1 = R2).
No voltímetro regista-se 8,4 V e no amperímetro 0,24 A.
350
PROVA-MODELO DE EXAME 4
1.2.2 Nestas condições, o rendimento da pilha é 93%. Pode concluir-se que a força eletromotriz da
pilha é __________ a sua resistência interna é __________.
(A) 8,4 V … 2,5 Ω (B) 8,4 V … 0,6 Ω (C) 9,0 V … 0,6 Ω (D) 9,0 V … 2,5 Ω
2. Montou-se um circuito com duas bobinas circulares iguais, B1 e B2, ligadas em série e com
N
os seus centros alinhados na vertical. Um íman foi largado verticalmente sobre o eixo das
S
duas bobinas, como mostra a figura. Entre B1 e B2 a velocidade do íman aumenta. B1
X
Num osciloscópio ligado nos terminais XY registou-se a força eletromotriz induzida, ε, no
circuito.
Qual dos gráficos pode traduzir o módulo do sinal obtido no osciloscópio, |ε|, em função Y B2
do tempo de queda, t?
(A) (C)
|!| |!|
t t
(B) (D)
|!| |!|
t t
GRUPO III
2. Determine a velocidade de propagação das ondas na água da tina, a partir dos registos do osciloscópio
e da imagem da onda gerada.
Apresente todas as etapas de resolução.
3. Se a base de tempo do osciloscópio for alterada para 10,0 ms por divisão, mantendo-se o sinal produ-
zido pelo gerador, a frequência das ondas na água _________ e o comprimento de onda _________.
351
Física e Química A
(A) menor … 24° (B) maior … 24° (C) menor … 30° (D) maior… 30°
GRUPO IV
Um carro, de massa 1000 kg, deslocava-se a 80 km h–1 quando entrou numa superfície plana gelada. Para
parar, mantendo-se sempre na mesma superfície, percorreu uma distância de 186 m, em linha reta.
Considere a variação de entalpia mássica de fusão da água 3,34 × 105 J kg–1.
1. Admitindo que toda a energia dissipada na travagem do carro se transferia para o gelo a 0 ºC, e que não
existiam outras transferências de energia, qual seria a massa de gelo que fundiria?
2. Determine a intensidade da resultante das forças de atrito, Fa, que atuaram sobre o carro. Comece por
calcular a aceleração do carro partindo das equações x(t) e v(t). Considere um referencial unidimensio-
nal Ox com direção e sentido do movimento.
Apresente todas as etapas de resolução.
3. Se a superfície gelada fosse inclinada, o carro, usando igualmente dos travões, também acabaria por
parar após ter ficado a uma determinada altura acima do nível inicial. Compare as distâncias percorridas
na travagem no plano inclinado e no plano horizontal. Considere que a intensidade da resultante das
forças de atrito é a mesma nos dois planos.
Apresente, num texto estruturado e com linguagem científica adequada, a fundamentação da compa-
ração solicitada.
4. Se a resultante das forças de atrito na superfície plana gelada fosse nula, o módulo da velocidade do
carro, depois de ter percorrido 186 m, seria __________ 80 km h−1, e as forças que atuam sobre o carro,
nesse percurso, __________.
GRUPO V
Considere a reação, em fase gasosa, em que as espécies químicas A e B se transformam nas espécies, C e D.
A figura apresenta o gráfico das concentrações, c, ao longo do tempo, das espécies A, B, C e D, a uma
dada temperatura.
352
PROVA-MODELO DE EXAME 4
c / mol dm3
3,0 B
2,5
C
2,0 A D
A
1,5
1,0
C
B
0,5
D
0,0
Tempo
(A) 1 mol A : 5 mol B (B) 2 mol A : 3 mol B (C) 3 mol A : 2 mol B (D) 3 mol A : 1 mol B
2. Considere que a variação de entalpia da reação considerada é positiva. Conclua como variará a compo-
sição do sistema em equilíbrio quando a sua temperatura diminui, a volume constante.
Apresente, num texto estruturado e com linguagem científica adequada, a fundamentação da conclu-
são solicitada.
GRUPO VI
A densidade relativa do estanho foi determinada experimentalmente por picnometria de sólidos. O proce-
dimento experimental incluiu as pesagens I, II e III, efetuadas a 20 °C, que estão representadas na figura.
I II III
Massa da amostra de estanho Massa do picnómetro com água Massa do picnómetro com a amostra
mA = 32,41 g mB = 208,06 g de estanho e com água
mC = 235,97 g
1. Qual das expressões permite calcular a densidade relativa do estanho, à temperatura de 20 °C?
32,41 32,41
(A) (C)
235,97 – 208,06 (208,06 – 32,41) + 235,97
32,41 32,41
(B) (D)
(208,06 + 32,41) – 235,97 235,97 – 32,41
353
Física e Química A
(A) precisão … superior (B) precisão … inferior (C) exatidão … superior (D) exatidão … inferior
GRUPO VII
(A) o chumbo tem maior tendência para ceder eletrões do que a prata.
(B) a prata tem um poder redutor superior ao do chumbo.
(C) o catião Cu2+ (aq) tem menor poder oxidante do que o catião Pb2+ (aq).
(D) o catião Pb2+ (aq) tem maior tendência para captar eletrões do que o catião Ag+ (aq).
3. Para restaurar o brilho de uma lâmina de cobre recoberta com uma camada de óxido de cobre(II),
CuO (s), a lâmina, de massa 2,572 g, foi aquecida numa câmara com hidrogénio gasoso, H2 (g). Neste
processo químico ocorreu a redução completa do catião e formou-se vapor de água, apresentando a
lâmina, no final, a massa de 2,552 g. Admita que o metal formado permanece na lâmina.
3.1 Antes do restauro, a percentagem em massa de óxido de cobre(II) presente na lâmina era
3.2 Conclua, justificando com base na variação do número de oxidação, que o processo de restauro do
brilho da lâmina traduz uma reação de oxidação-redução. Comece por escrever a equação química
que traduz a reação entre o óxido de cobre (II), CuO (s), e o hidrogénio, H2 (g).
GRUPO VIII
O equilíbrio que se estabelece entre o fluoreto de chumbo, PbF2 (s), e os iões resultantes da sua dissolu-
ção em água pode ser traduzido por:
PbF2 (s) — Pb2+ (aq) + 2 F– (aq)
354
PROVA-MODELO DE EXAME 4
2. Considere que se dissolveu fluoreto de chumbo em água até a solução ficar saturada, a 25,0 °C. Qual é
a concentração de iões F− (aq) nessa solução?
(A) 4,2 × 10–4 mol dm−3 (B) 8,4 × 10−4 mol dm−3 (C) 1,1 × 10−2 mol dm−3 (D) 5,6 × 10−3 mol dm−3
4. Suponha que se pretende precipitar fluoreto de chumbo a partir de uma solução contendo iões Pb2+,
de concentração 1,50 × 10−3 mol dm−3, utilizando ácido fluorídrico, HF, de concentração 0,10 mol dm−3,
que se mantém constante ao longo da reação.
A constante de acidez do ácido fluorídrico é Ka = 6,8 × 10−4, a 25 °C.
Determine o valor de pH necessário para que o fluoreto de chumbo possa precipitar.
FIM
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2.
I 16
6 10
1.1 1.2.1 1.2.2 2.
II 24
6 6 6 6
1. 2. 3. 4.
III 28
6 10 6 6
1. 2. 3. 4.
IV 32
6 10 10 6
1. 2. 3.
V 22
6 10 6
1. 2. 3.
VI 18
6 6 6
1. 2. 3.1 3.2
VII 28
6 6 6 10
1. 2. 3. 4.
VIII 32
6 6 10 10
Total 200
355
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
356
SOLUÇÕES
357
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
32.3 (D). O átomo Y forma o ião estável Y +, cedendo o único ele- 38.4 (A). A densidade relativa estabelece uma relação entre a mas-
trão de valência. O átomo X para ficar estável tende a receber 2 sa volúmica de uma substância e a massa volúmica do padrão
eletrões que preenchem completamente o nível de valência, for- considerado. A massa volúmica, a uma determinada temperatu-
mando o ião X2–. O composto formado é Y2X. ra, é uma propriedade característica das substâncias, pelo que a
33.1 Substância elementar. A cor, a toxicidade e a reatividade são densidade relativa deverá ser a mesma independentemente da
algumas das propriedades da substância elementar. massa da amostra.
906,4 × 103 J 38.5 A presença de bolhas de ar no picnómetro, após entrada do
33.2 E = ! = 1,51 × 10–18 J
6,02 × 1023 metal, faz com que a massa mIII seja menor do que se apenas se
tivesse introduzido o metal, pelo que, de acordo com a expressão
34.1 W. Ao longo de um mesmo período da Tabela Periódica, o
mamostra mamostra
metal alcalino é o que apresenta menor energia de ionização. d=! = o denominador da fração anterior
mágua deslocada !(mI + mII) – mIII
34.2 Elemento sódio: configuração eletrónica ([Ne]3s1), raio atómi- será maior. Assim, o resultado experimental obtido para a densida-
co (180 pm) e energia de ionização (495,7 kJ mol–1). de relativa será menor do que o esperado e o erro será por defeito.
Substância elementar potássio: ponto de fusão (63 °C) e massa
volúmica (0,86 g cm–3). Domínio 2
34.3 Os metais alcalinos têm baixas energias de ionização, pelo
2.1 Ligação química (QP, pág. 76)
que são muito reativos, perdendo facilmente o seu eletrão de va-
lência, transformando-se em iões monopositivos, muito estáveis. 1.1 a) Eligação = 436 kJ mol–1. b) Comprimento de ligação H-H:
35. (B). O raio atómico aumenta ao longo do grupo e diminui ao r0 = 74 pm = 74 × 10–12 m = 7,4 × 10–11 m.
longo do período. Os elementos dos metais alcalinos são os que 1.2 (D). Para distâncias internucleares muito pequenas, as forças
apresentam maior raio no período respetivo. repulsivas (entre núcleos e entre eletrões) são predominantes, ve-
36.1 (C). 7E: 1s2 2s2 2px1 2py1 2pz1 Nível de valência: n = 2; orbitais do rificando-se um aumento brusco da energia do sistema e conse-
nível de valência (quatro): 2s, 2px, 2py e 2pz ; eletrões de valência quente diminuição da estabilidade da molécula.
(cinco): 2 na orbital 2s e 3 nas orbitais 2p. 2. (D). Y é um gás nobre, X é um halogéneo (grupo 17), Z é um metal
36.2 Os eletrões de valência dos átomos do elemento C até ao alcalino (grupo 1) e W é um halogéneo, pois pertence ao mesmo
elemento E, no estado fundamental, encontram-se no mesmo ní- grupo de X. Z estabelece ligação metálica com outros átomos de Z,
vel de energia (n = 2). Sendo a carga nuclear do átomo do ele- partilhando eletrões deslocalizados por todos os átomos. X estabe-
mento C (+5) inferior à do átomo de D (+6) e de E (+7), as forças lece ligação com Z formando o composto iónico ZX.
atrativas exercidas pelos núcleos dos átomos de C, D e E sobre 3.1 Como o número de eletrões de valência representados na mo-
os seus eletrões de valência são sucessivamente maiores. Assim, lécula (20) é superior ao total de eletrões de valência dos átomos
será necessária menos energia para remover um dos eletrões de envolvidos nas ligações (18), esta fórmula de estrutura é impossível.
valência mais energéticos do átomo de C do que para remover um Segundo a regra do octeto, os átomos ligam-se partilhando eletrões
dos eletrões de valência mais energéticos do átomo de D. Esta ener- de modo que cada um fique com 8 eletrões de valência (no caso do
gia, por sua vez, é menor do que a necessária para remover um dos hidrogénio são apenas 2). A estrutura representada mostra 1 átomo
eletrões de valência mais energéticos do átomo de E. de hidrogénio, com dupla ligação, a partilhar 4 eletrões de valência,
36.3 (A). o átomo de carbono do grupo CH3 ficou com 10 eletrões de valên-
37.1 Cálculo do valor mais provável de mfio: cia, enquanto o átomo de carbono ligado ao oxigénio ficou apenas
com 6 eletrões de valência.
10,02 + 10,05 + 10,01
m = ! = 10,03 g. 3.2
3 H O
—
—
—
3
Cálculo da densidade do metal: H—P—H O C O O—F C
—
C! F
—
m
d = ! = ! = 2,68.
10,03 g H F F
m' – m'' (65,96 – 62,22) g
2,68 –2,70 4.2 PH3 CO2 OF2 CC!2F2
37.2 Erro(%) = ! × 100 = –0,74%.
2,70 a) N.o eletrões
ligantes 6 8 4 8
37.3 O erro percentual é muito pequeno, logo, o resultado obtido
tem grande exatidão. b) N. eletrões
o
2 8 16 24
não-ligantes
37.4 A secagem inadequada do picnómetro e a formação de bo- Piramidal
c) Geometria trigonal Linear Angular Tetraédrica
lhas de ar no interior do picnómetro.
mamostra mamostra 15,94 g
38.1 d = ! = = !! =
mágua deslocada !(mI + mII) – mIII [(15,84 + 56,29) – 70,79] g 5.1 S—H
—
15,94 g
= !! = 11,9. H
1,34 g
38.2 O chumbo é 11,9 vezes mais denso do que a água líquida a 5.2 Têm a mesma geometria. O sulfureto de hidrogénio apresenta
16,0 °C. uma estrutura de Lewis semelhante à da água, H2O, pois o enxofre,
valor experimental – valor de referência S, é do mesmo grupo do oxigénio (6 eletrões de valência). Assim, na
38.3 Erro(%) = !!!! × 100% = molécula de H2S o átomo central (S) tem duas ligações covalentes
valor de referência
11,9 – 11,4 simples e dois pares não-ligantes, pelo que a repulsão mínima entre
= ! × 100% = 4,4% . A exatidão pode considerar-se eleva- os quatro pares de eletrões pressupõe uma geometria angular.
11,4
da, pois o erro percentual é pequeno. 5.3 Geometria angular.
358
SOLUÇÕES
5.4 H2O. Quanto maior for a energia de ligação, mais energia se de dispersão de London. As moléculas de éter etilmetílico apre-
liberta quando a ligação se forma, pelo que mais estável é a molé- sentam tamanho semelhante ao das de metilpropano, mas são
cula. Mais forte é a ligação, pois mais energia será necessária para polares devido à presença do átomo de oxigénio, pelo que as li-
a quebrar. Quanto mais estável é uma molécula, menos reativa é. gações intermoleculares predominantes são ligações de van der
Deste modo, será a molécula de água que terá maior dificuldade Waals do tipo dipolo-dipolo. Estas ligações são mais intensas do
em perder um átomo de hidrogénio, H. que as forças de dispersão de London. Para «vencer» uma maior
6.1 (B). A ligação N–O na molécula de NO apresenta uma maior atração intermolecular é necessário, em média, uma maior energia
energia de ligação, pelo que é uma ligação mais forte, o que im- cinética molecular, logo uma maior temperatura, o que justifica um
plica um maior número de eletrões partilhados e um menor com- maior ponto de ebulição para o éter etilmetílico.
primento de ligação.
2.2 Gases e dispersões (QP, pág. 80)
6.2 (C). A quebra de uma ligação química envolve sempre a ab-
sorção de energia. A formação de 1 mol de átomos de N e 1 mol 15.1 (D). Segundo a Lei de Avogadro, volumes iguais de quaisquer
de átomos de O a partir de 1 mol de moléculas de NO implica a gases (ideais) contêm o mesmo número de moléculas quando me-
quebra de 1 mol de ligações NO e, assim, a absorção de 632 kJ. didos nas mesmas condições de pressão e temperatura. Assim, os
7. As zonas vermelhas e azuis representam zonas de alta e bai- recipientes I e II apresentam o mesmo número de moléculas, tal
xa densidade eletrónica, respetivamente. Assim, a molécula que como os recipientes III e IV. O número de moléculas no recipiente
apresenta uma maior assimetria na distribuição de carga elétrica I é o dobro das contidas no recipiente IV. Cada molécula de H2O
em torno dos átomos envolvidos na ligação é a de HC!, apresen- é formada por três átomos enquanto a molécula C2H4 é formada
tando então maior polaridade. A molécula de HI é a que apresenta por 6 átomos, pelo que se pode concluir que o número total de
uma menor assimetria na distribuição de carga em torno dos áto- átomos é igual nos recipientes I e IV.
mos envolvidos na ligação, por isso apresenta menor polaridade. N
!× M
8. Nas duas moléculas (CH4 e CH3C!) existem 4 ligações cova- m n×M NA N×M
15.2 (C). V = ! = ! = ! = ! =
lentes simples, pelo que a repulsão mínima entre os 4 pares de ρ ρ ρ ρ × NA
eletrões pressupõe uma geometria tetraédrica. Assim, apesar de 1,81 × 1024 × 18,02 g mol–1
= !!!
as ligações C H serem polares, a molécula de CH4 é apolar, pois 0,590 g dm–3 × 6,02 × 1023 mol–1
a geometria da molécula conduz a uma distribuição simétrica de m 2,00 g
carga em torno do átomo central. Ainda que haja menor densida- 16. nHe = ! = !!! = 0,5000 mol
M 4,00 g mol–1
de eletrónica junto aos átomos de hidrogénio, a posição simétrica V V1 V2
desses quatro átomos no espaço anula essa assimetria local. Na Segundo a Lei de Avogadro, ! = constante, ! = ! ⇔
n n1 n2
3 3
molécula de CH3C!, a presença do átomo de cloro gera uma as- 3,00 dm 3,70 dm
⇔ !!! = !!! ⇔ n2 = 0,6167 mol.
simetria de carga na molécula do clorometano (evidenciada pela 0,5000 mol n2
diferença de cor no mapa de potencial eletrostático). Conclui-se, n = (0,6167 – 0,500) mol = 0,1167 mol a adicionar
assim, que a molécula é polar. mHe a adicionar = n × M = 0,1167 mol × 4,00 g mol–1 = 0,467 g
9. Verdadeiras: (C), (E) e (F). Falsas: (A), (B) e (D).
17.1 A equação da reta de ajuste ao gráfico do volume, V, em fun-
10.1 a) I; b) I; c) III; d) II ção da quantidade de matéria, n, é V = 20,7 n + (−0,030). O declive
10.2 III. Nos hidrocarbonetos saturados a fórmula geral é CnH2n+2. V V–0
desta reta, ! = !, coincide com o volume molar (constante
Em I, II e IV os átomos de carbono e de hidrogénio são, respetiva- n n–0
mente, 5 e 12, 4 e 10, e 6 e 14, portanto, estes compostos são todos de proporcionalidade da função V = f(n)). A ordenada na origem
saturados, pois, para n átomos de carbono existem (2n + 2) átomos é desprezável e resulta de incertezas de medição. Logo,
de hidrogénio. Em III há 6 átomos de carbono e 12 de hidrogénio, Vm = 20,7 dm3 mol−1 = 21 dm3 mol−1.
logo, III não é um hidrocarboneto saturado de cadeia aberta. Pela mN n × MN MN
17.2 M(N2) = 28,02 g mol−1 ; ρN2= !!!2 = !!!2 = !!!2 =
análise da fórmula dada, conclui-se que não pode ser de cadeia V N2 n × Vm Vm
fechada. Assim, III é um hidrocarboneto insaturado. 28,02 g mol–1 –3
= !! = 1,35 g dm
20,71 dm3 mol–1
11. (D).
12. 1 – Grupo formilo (grupo carbonilo terminal); 3 – grupo hidroxilo; 18.1 VNO = nNO × Vm ⇔ VNO = 40 mol × 22,4 dm3 mol–1 = 9,0 × 102 dm3
4 – grupo amino; 5 – grupo carbonilo. VSO2 = 716,8 dm3
mCO 280,0 g
13.1 Vitamina C. A vitamina C apresenta uma estrutura molecular VCO = nCO × Vm ⇔ VCO = !! × Vm = !! × 22,4 dm3 mol–1 =
MCO 28,01 g mol–1
com vários grupos OH, logo é uma molécula polar. Os sumos de fruta 2
= 2,2 × 10 dm 3
entre as moléculas de vitamina C e as moléculas de água do mesmo de acordo com a Lei de Avogadro.
tipo das existentes entre as moléculas de vitamina C, pelo que é a MSO 64,07 g mol–1
18.2 ρSO2 = !!2 = !! = 2,860 g dm–3
mais indicada para ser utilizada como aditivo num sumo de fruta. Vm 22,4 dm3 mol–1
13.2 Vitamina A. As manteigas são misturas em que os principais ρSO2 2,860 g dm—3
d=! !=! ! ! ! = 2,33
constituintes são gorduras, que apresentam uma estrutura mole- ρar 1,23 g dm–3
cular fracamente polar com longas cadeias de hidrocarbonetos.
n
A vitamina A apresenta na estrutura molecular apenas um grupo 19.1 c = !! ⇒ n = c × V = 0,030 mol dm–3 × 0,025 dm3 =
V
OH e uma longa cadeia carbonada, logo, é fracamente polar. As-
= 7,50 × 10–4 mol de (NH2)2CO
sim, poderão estabelecer-se interações intermoleculares entre as
moléculas de gordura e as de vitamina A do mesmo tipo das exis- M[(NH2)2CO] = 60,07 g mol–1
tentes entre as moléculas de vitamina A, pelo que esta é a mais msoluto = n × M = 7,50 × 10–4 mol × 60,07 g mol–1 = 0,0451 g
indicada para ser utilizada como aditivo numa manteiga. msolução m
ρsolução = !! ⇒ 1,05 g cm–3 = !!3 ⇒ msolução = 26,3 g
14. As moléculas do metilpropano são apolares, pelo que as inte- Vsolução 25,0 cm
rações intermoleculares predominantes são ligações de van der msoluto 0,0451 g
Waals do tipo dipolo instantâneo-dipolo induzido, ou seja, forças % (m/m) = !! ⇒ %(m/m) = !! × 100 = 0,17%
msolução 26,3 g
359
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
360
SOLUÇÕES
9.2 A energia aumentou 1,2 × 105 J. 20.2 A energia conserva-se, mas transforma-se ou transfere-se.
Eútil 1,2 × 105 J Neste caso, a energia mecânica transformou-se em energia inter-
9.3 η = !!! × 100% = !!! × 100% = 95%; O cabo realizou o na do carrinho e do exterior, por ação de forças dissipativas, neste
Eforn Eforn
W caso, forças de atrito.
trabalho de 1,2 × 105 J/0,95 = 1,26 × 105 J; Fm = !!! = 6,3 × 103 N.
d 20.3 d = 1,00 m ; WF = Em = Ep + Ec = –0,5 J ;
a
10.1 Sendo constante a velocidade, não há variação de energia Fa d cos 180º = –0,5 J ; Fa = 0,5 N
cinética. Apenas varia a energia potencial, para ambas as situações, 20.4 N
Fa
com igual valor. O Manuel apenas utilizaria mais energia se existisse
atrito entre o plano e a mala. Como o atrito é desprezável, ambos
utilizam a mesma energia.
P
10.2 (A). A energia transferida é a mesma no mesmo tempo.
11.1 a) WP = – Ep = + m g (hi – hf) = 0,25 × 10 × (5,5 – 0,5) J = 12,5 J 20.5 (B).
361
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
1.2 Energia e fenómenos elétricos (QP. pág. 137) 32.2 A resistência do condutor C pode ser determinada a partir
U 20 V
22. (D). A corrente elétrica é a grandeza física que corresponde à do gráfico: RC = !!! = !!! = 100 Ω. A energia fornecida pelo
I 0,200 A
carga elétrica por unidade de tempo que atravessa uma seção de U
gerador é a dissipada na resistência: E = P t = UI t = U !!! t =
um condutor. 2
10 V 2 R
= !!! × (15 × 60) s = 9,0 × 102 J.
23. (D). Ver definição de diferença de potencial elétrico. 100 Ω
24.1 Q = l × t = 0,200 A × 30 × 60 s = 360 C 33.1 (D). Num gerador ideal, há sempre a mesma tensão aos seus
360 C terminais. Assim, o voltímetro V1 indica sempre o mesmo valor.
24.2 N = !!! = 2,24 × 1021 eletrões Com o interruptor aberto, o voltímetro V2 indica metade do V1. Ao
1,61 × 10–19 C
25. O efeito do movimento de cargas elétricas positivas num fechar-se o interruptor, a corrente em cada resistência em paralelo
sentido é o mesmo das cargas simétricas (negativas) em senti- é metade da corrente na outra resistência. Assim, diminuindo a
do contrário. 6 C movendo-se num sentido e –6 C movendo-se corrente também diminui a tensão, a qual é a mesma para as duas
no sentido contrário equivale a 12 C a mover-se num só sentido. resistências em paralelo.
Q 12 C 33.2 (A). Admitindo que a tensão aos terminais do gerador se
A corrente elétrica que seria medida era I = !!! = !!! = 4 A.
t 3s mantinha constante, concluir-se-ia que a corrente fornecida
26.1 Corrente contínua.
pelo gerador iria aumentar, pois, antes de se fechar o interruptor
26.2 (B). Esta é a definição da grandeza corrente elétrica. I’ 3
U1 = RI + RI = 2 RI e depois U1 = RI’ + R !!! = !!! RI’ (comparando as
26.3 A rede de energia elétrica disponibiliza corrente alternada. 2 2
Nesta, o valor da corrente varia periodicamente, tomando também expressões, conclui-se que I < I’ < 2I). Ora, a tensão aos terminais
periodicamente valores negativos e positivos, consoante o senti- de um gerador com resistência interna, r, diminui se a corrente
do do movimento dos eletrões de condução. A tensão da rede aumentar (U’ = ε – rI’). Assim, ao fechar-se o interruptor, a leitura
portuguesa é de 230 V (tensão eficaz) com frequência de 50 Hz. do voltímetro V1 diminui. A leitura do voltímetro V2 passa de U2 = RI
I’
De modo diferente, os computadores utilizam corrente contínua. para U’2 = R !!! . Embora ao fechar-se o interruptor a corrente no
2
Nesta, os eletrões movem-se sempre no mesmo sentido e o valor
ramo principal aumente, I’ > I, não chega a duplicar, por isso, a
da corrente é constante.
leitura do voltímetro V2 diminui (U’2 < U2).
E 4,32 × 105 J
26.4 P = UI = 19 V × 3,16 A = 60 W; E = P t → t = !!! = !!! = 34.1 Uma força eletromotriz de 24 V significa que por cada unida-
P 60 W
= 7200 s = 2,0 h de de carga (1 C) que atravessa a bateria é fornecida uma energia
27.1 (A). O led é um componente de elevada eficiência luminosa. de 24 J.
18 W
27.2 O led branco. Para o mesmo valor de corrente é necessária 34.2 a) P = R I2 ⇔ 18 W = R(1,5 A)2, resultando R = !!!2 = 8,0 Ω.
(1,5 A)
uma maior diferença de potencial elétrico. b) A potência fornecida ao circuito é ε l – rl2 = PL + RI2 ou
27.3 A tensão aos terminais do led é 3,5 V. A tensão aos terminais 24 V × 1,5 A – r(1,5 A)2 = 18 W + 6,0 Ω × (1,5 A)2, resolvendo, segue-se
da resistência é U = (9 – 3,5) V = 5,5 V. A resistência limitadora vale r = 2,0 Ω.
U 5,5 V 34.3 a) ε – rl = U = 24 V – 2,0 Ω × 2,0 A = 20 V. b) A tensão aos ter-
R = !!! = !!! = 275 Ω = 2,8 × 102 Ω.
I 20 × 10–3 A minais da lâmpada é U = 8,0 Ω × 2,0 A = 16 V, logo, aos extremos
28.1 Significa que a energia transferida para um certo recetor, por da resistência X e da de 6,0 Ω há 20 V – 16 V = 4 V. A corrente na
trabalho das forças elétricas, é 230 J por cada unidade de carga 4V
4 V = 1,3 A. A resistência X é R = !!!
resistência X é l = 2,0 A – !!! =
elétrica que o atravessa. 6Ω 1,3 A
1,0 × 103 W 1,0 × 103 = 3,1 Ω. c) E = P t = UI t = 16 V × 2,0 A × 2 × 60 s = 3,8 × 10 J
3
28.2 (B). I = !!! = !!! A.
230 V 230 ε – U 12,0 V – 8,0 V
35.1 (D). r = !!! = !!! = 2,0 Ω
I 2,0 A
!
28.3 E = P t = 3,0 kW × 2,0 + !!!
60"
40 h = 8,0 kW h
ε 12,0 V
35.2 (A). l = !! = !!! = 3,0 A e P = 2,0 Ω × (3,0 A)2 = 18 W
U U2 U2 U2 U2 1R 2r 2 × 2,0 Ω
28.4 (A). P = UI = U !!! = !!! , logo, R = !!! ; RY = !!! = !!! = !!! 36. (C).
R R P PY 2PX 2 X
37.1 (A). A pilha, o amperímetro, a resistência e o interruptor de-
28.5 Uma menor diferença de potencial elétrico para a mesma vem ficar em série e o voltímetro em paralelo com a resistência.
resistência elétrica implica uma menor corrente elétrica. Como a
potência dissipada é igual ao produto da diferença de potencial 37.2 Colocando uma nova coluna com a corrente em amperes,
elétrico pela corrente elétrica, ambas menores, conclui-se que a elabora-se um gráfico semelhante ao seguinte.
potência dissipada nos aquecedores seria menor nos EUA. 9,5
U/V
362
SOLUÇÕES
daí ser possível ver a imagem da radiação infravermelha emitida Para produzir esta energia elétrica, é necessário que a energia da
pela mão do homem. Eútil 2,00 kW h
radiação seja Eluz = !!! = !!! = 16,7 kW h. Para receber esta
38.2 (A). η 0,12
energia da radiação, durante um dia, é necessária uma área
38.3 (B). Os óculos, embora transparentes à radiação visível, são
opacos ao infravermelho. Eluz 16,7 kW h
A = !!! = !!!!!! = 6,5 m2.
Er t 0,320 kW m–2 × 8,0 h
39.1 (A). A temperatura é a propriedade comum dos corpos que es-
tão em equilíbrio térmico. 43.1 O calor é transferido pelo movimento de porções de ar (con-
vecção térmica): movimento ascendente e descendente de partes
39.2 (A). A energia interna depende da temperatura, da massa do
do fluido. Em geral, as partes mais quentes sobem e as mais frias
sistema e da natureza das substâncias que o constituem. O calor
descem, pois as mais quentes são menos densas.
não é uma propriedade de um sistema (corpo).
43.2 Quer o mar, quer a terra absorvem energia da radiação. Du-
40.1 Thompson observou que, na perfuração de canhões, as peças,
rante o dia a terra aquece mais do que o mar, pois a água tem ele-
devido à fricção, ficavam tão quentes que era necessário arrefecê-
vada capacidade térmica mássica e parte da energia absorvida é
-las com água fria, que chegava mesmo a ferver.
utilizada em processos de evaporação; em consequência, junto à
Joule montou um sistema que girava no interior de um vaso calori-
terra o ar fica mais quente, logo, menos denso e com menor pres-
métrico contendo água, enquanto um corpo caía por ação da força
são do que junto ao mar. O ar move-se das pressões mais altas para
gravítica (transferência de energia por trabalho). Esta transferência
as mais baixas. À noite acontece o contrário, pois o mar arrefece
de energia, num sistema isolado termicamente, provocou um au-
mais lentamente do que a terra.
mento de temperatura.
Estas experiências permitiram concluir que o calor não podia ser 43.3 TA = 23 oC, TB = 19 oC, TC = 15 oC, TD = 18 oC.
uma substância, devendo antes ser um processo de transferência 44. (C). As sensações de frio ou de quente são originadas pela
de energia. transferência de energia, por calor, do corpo para a vizinhança ou
40.2 a) Com o tubo de cartão na vertical, com ambas as extremida- da vizinhança para o corpo, respetivamente. O álcool ao evaporar
de fechadas com um material isolante e com as esferas de chumbo absorve energia da pele, daí a sensação de frio (a vaporização
no seu interior, inverter rapidamente o tubo de modo que as esferas ocorre com absorção de energia).
caiam na vertical, repetindo, sucessivamente, estas inversões. 45.1 U = Q + W = –14 kJ + 36 kJ = 22 kJ.
Medições a realizar: temperatura inicial das esferas, massa das es-
45.2 Significa que, apesar de haver variação de temperatura do
feras colocadas no interior do tubo, comprimento do tubo, número
recipiente, a variação de energia que lhe corresponde é despre-
de inversões e temperatura final das esferas.
zável face à energia transferida para o hélio.
b) O trabalho realizado pela força gravítica durante a queda das
esferas faz aumentar a sua energia cinética. Esta energia é dissi- 45.3 (D). A mesma variação de temperatura implica a mesma varia-
pada na colisão das esferas com a extremidade inferior do tubo: a ção de energia interna, como W = 0, segue-se que Q = U = 22 kJ.
E
energia cinética das esferas converte-se em energia interna das 45.4 A variação de temperatura é t = !!! , portanto, para a mesma
mc
esferas. Assim, desprezando as transferências de energia para o
energia recebida é inversamente proporcional à massa da amostra.
ar e para o próprio tubo, o trabalho realizado pela força gravítica
m 150 g
é igual à variação da energia interna das esferas, o que permite Assim, t’ = !!! t = !!! × 27,6 °C = 41,4 °C.
m’ 100 g
determinar a equivalência entre trabalho e calor.
46. (B). Em ambos os processos o sistema absorve energia e a
c) Seria necessário conhecer a capacidade térmica mássica do
sua temperatura aumenta igualmente. Sendo os estados iniciais
chumbo expressa em calorias por unidade de massa e por unida-
e finais os mesmos, a variação de energia interna é a mesma nos
de de variação de temperatura. O conhecimento da capacidade
dois processos. Conclui-se que no segundo processo, o sistema
térmica mássica e da variação de temperatura permite determinar
deve ter transferido uma energia, por trabalho, de 80 J, para a
a energia ganha pelas esferas de chumbo, expressa em calorias
vizinhança (420 J = 500 J − 80 J).
por quilograma. Essa energia resulta do trabalho realizado pela
força gravítica na queda das esferas, expresso em joules. Da igual- 47.1 O preto absorve toda a radiação visível nele incidente. Ora,
dade dessas energias determina-se o equivalente de uma caloria a maior percentagem da energia solar incidente na Terra situa-
em joule. -se na região do visível. A radiação emitida, por ser na região do
41.1 (C). O amperímetro liga-se em série e o voltímetro em paralelo infravermelho, tende a ficar retida no coletor, sendo reabsorvida
com a célula fotovoltaica. pela placa.
41.2 Para uma diferença de potencial de 0,68 V, a potência forneci- 47.2 O vidro é transparente à maior parte da radiação incidente, já
P 15 × 10–3 W que nessa radiação predomina a visível, maximizando, por isso, a
da pela célula é 15 mW. Portanto, a corrente é I = !!! = !!! = entrada de luz visível. A placa coletora emite sobretudo no infra-
U 0,68 V
= 2,2 × 10–2 A. vermelho. Como o vidro é relativamente opaco ao infravermelho,
41.3 0,44 V e 1,16 V. as perdas de energia por radiação são minimizadas.
41.4 A potência é máxima, 17 mW, para uma diferença de potencial 47.3 E = c m T = 4,18 × 103 × 50 × (80 – 25) J = 1,15 × 107 J
U U U2 47.4 Eluz = P t = Er A t = 8,0 × 102 × 10 × 3600 J = 2,88 × 107 J
elétrico de 0,92 V. A resistência elétrica é R = ! = ! = ! =
I P P
0,92 V2 ! Eútil 1,15 × 107 J
= !!! = 50 Ω. U η = !!! × 100% = !!!!!! × 100% = 40%
–3
17 × 10 W Eforn 2,88 × 107 J
42.1 A energia da radiação que naquele local incide numa área de 48.1 E = 6 × P t = 6 × 180 W × 300 s = 3,24 × 105 J
1,0 m2, em cada segundo, é, em média, 320 J. Q E 3,24 × 105 J
48.2 t = !!! = !!! = !!!!!! =
E 0,320 kW × 8,0 h d–1 365 d c m c ρ V 1,0 × 103 J kg–1 ºC–1 × 1,2 kg m–3 × 6,0 m3
42.2 934 kW h m–2 ano–1 (Er = !!! = !!!!!! =
A t 1,0 m2 × 1 ano = 45 oC
–2 –1
= 934 kW h m ano ) 49. (D). Sendo a energia e a variação de temperatura iguais, a ca-
42.3 (B). pacidade térmica mássica é inversamente proporcional à massa.
42.4 A energia elétrica utilizada pelo sistema elétrico, num dia, é 50.1 (B).
Eútil = P t = 0,500 kW × 4,0 h = 2,00 kWh. 50.2 (B).
363
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
2,00 kW h
no painel, por dia, seja Eradiação = !!!!!! = !!!!!! = 16,7 kW h. 25,0
η 0,12
Eradiação 23,0
Por dia, a energia da radiação por metro quadrado é !!!!!! =
A 21,0
–2 –2
= 0,320 kW m × 8,0 h = 2,56 kW h m . Assim, a área do painel y = 0,0195x + 18,705
19,0
16,7 kW h
deverá ser A = !!!!!! = 6,5 m2. 17,0
2,56 kW h m–2
54. (B). Existe sempre energia dissipada e transferência de energia 15,0
0 50 100 150 200 250 300
para a vizinhança (nos processos espontâneos verifica-se uma di-
t/s
minuição de energia útil).
Efusão m hfusão hfusão 3,34 × 105 P 19,5 19,5 W
55.1 !!!!!! = !!!!!! = !!!!!! = !!!!!!6 = 0,148 !!!!!! = !!!!!! = 0,0195 ⇒ c = !!!!!!! = 909 J kg–1 ºC–1
Evaporização m Δhvaporização Δhvaporização 2,26 × 10 m c 1,100 c 1,100 kg × 0,0195 ºC s–1
364
SOLUÇÕES
FÍSICA 11.º ANO tempo medido na interrupção de cada célula vai ser inferior ao
que deveria ser se fosse o diâmetro da esfera a interromper o fei-
Domínio 1 xe. Em vez da distância que efetivamente foi percorrida divide-se
1.1 Tempo, posição e velocidade (QP. pág. 180) um valor maior de distância (o diâmetro da esfera) por um intervalo
de tempo menor do que o que deveria ocorrer se fosse o diâmetro
1.1 a) De 5 s a 7 s. b) De 4 s a 5 s e de 12 s a 14 s. c) De 8 s a 10 s. da esfera a interromper o feixe. Assim, o módulo da variação de
d) De 8 s a 12 s ou de 2 s a 8 s ou de 0 s a 14 s, etc. (num intervalo velocidade calculada vai ter um erro por excesso, e a mesma ten-
de tempo que inclua inversão de sentido). dência no erro ocorre para o módulo da aceleração.
1.2 1-W; 2-Y; 3-Z; 4-X. 1.3 1-Z; 2-Y; 3-X; 4-W. 1.4 (D). 8.3 Os módulos das velocidades nos instantes médios de passa-
2. (B). A velocidade é a mesma no instante em que os declives das gem da esfera em frente às células fotoelétricas são:
tangentes aos dois gráficos x(t), o de A e o de B, são iguais.
1,20 × 10–2 m 1,20 × 10–2 m
3. (A). A componente escalar da velocidade num certo instante t vA = !!!!!! = 2,06 m s–1 e vB = !!!!!! = 2,70 m s–1.
5,83 × 10–3 s 4,44 × 10–3 s
é igual ao declive da reta tangente ao gráfico x(t) nesse instante. (2,70 – 2,06) m s–1
Inicialmente, o declive da reta tangente ao gráfico x(t) é constante O módulo da aceleração é a = v/ t = !!!!!! = 9,64 m s–2.
66,37 × 10–3 s
e positivo, depois aumenta, passando a constante num pequeno
(9,64 – 9,8) m s–2 × 100% = –2,0%.
O erro percentual é !!!!!!
intervalo de tempo, e, a seguir, diminui até ocorrer inversão no sen-
tido do movimento. Após a inversão, o declive é negativo e diminui 9,8 m s–2
o seu módulo até se anular, quando a posição deixa de variar.
1.3 Forças e movimentos (QP. pág. 184)
1.2 Interações e seus efeitos (QP. pág. 181) x –7 – 5
9.1 (C). 9.2 vm = ! = !!!!!! = –3 m s–1
4. (D). 5. (B). t 4–0
9.3 (C). A componente escalar da posição inicial é 5 m, a da veloci-
6.1 (A). A intensidade da força gravítica é inversamente proporcio-
dade inicial é negativa e a da aceleração é positiva (no movimento
nal ao quadrado da distância entre os corpos: quando a distância
retardado, a aceleração tem sentido oposto à velocidade).
diminui V√2 vezes, a intensidade da força aumenta V√22 = 2 vezes
mxmy mxmy 9.4 (A).
(F’ = G !!!!!! = 2 G !!!!!! = 2 F ).
d2 10.1 A força resultante é a força gravítica: direção vertical, sentido
! "
d 2
d
!!!!!! negativo do eixo dos yy e intensidade |F R| = m g = 0,057 × 10 N =
2 = 0,57 N.
6.2 (D). A intensidade da força é diretamente proporcional à massa 1 a t2
# #
10.2 a) y = y0 + v0t + !!! 3,2 = 0 + v0t – 5 t2
mxmy my 2 ⇒ ⇔
de X: F = G !!!!!! = G !!!!!! m.
d2 d2 x v = v0 + at 0 = v0 – 10 t
6.3 A força gravítica que Y exerce sobre X e a força gravítica que
# #
X exerce sobre Y constituem um par ação-reação, portanto, essas 3,2 = 10 t2 – 5 t2 t = 0,80 s
⇔ ⇔
duas forças têm a mesma intensidade, a mesma direção e senti- v0 = 10 t v0 = 8,0 m s–1
dos opostos.
1 m v2 + 0 = 0 + m g h ⇔
b) Em (A) = Em (B) ⇒ !!!
7.1 De 0 s até 13,0 s. Quando a componente escalar da velocidade 2 0 max
é positiva.
v0 = 2 g hmax = 2 × 10 × 3,2 m s–1 = 8,0 m s–1
7.2 (B). No instante 10,0 s, o declive da reta tangente ao grá-
v 1 a t2 ⇒ –1 = 0 + 8t – 5 t2 ⇔ t =
fico, ou seja, a componente escalar da aceleração, é ax = !!!!!!x = 10.3 y = y0 + v0t + !!! –0,12 s ou t = 1,7 s.
Δt 2
(0 – 13,0) m s–1 Demora 1,7 s.
= !!!!!! = –2,5 m s–2.
(13,0 – 9,0) s 10.4 (B). 10.5 (A). 10.6 (A). 10.7 (D).
7.3 O instante 13,0 s está incluído no intervalo de tempo em que a 11.1 A componente escalar da velocidade tem um mínimo em A,
componente escalar da velocidade varia linearmente com o tem- mas 0,13 s depois, em B, tem um máximo. De A para B, há uma
po [8,0; 15,0] s, o que significa que a componente escalar da ace- inversão brusca do sentido da velocidade. Em A, a bola entra em
leração é constante. Para o instante 9,0 s a componente escalar contacto com o solo; em B, deixa de estar em contacto com o solo.
(0 – 13,0) m s–1
da aceleração é !!!!!! = –2,5 m s–2. 11.2 a) x → tempo; y → velocidade. b) Representa a componente
(13,0 – 9,0) s
escalar da variação de velocidade por unidade de tempo, ou seja,
A intensidade da resultante das forças é F = m a = 0,200 kg × 1 a t2 ⇒ y =
a componente escalar da aceleração. c) y = y0 + v0t + !!!
× 2,5 m s–2 = 0,50 N. 2 2
= 0,78 – 4,95t (SI)
7.4 A área entre a linha do gráfico vx(t) e o eixo dos tempos é
11.3 Direção vertical, sentido de baixo para cima e intensidade
igual à componente escalar do deslocamento, x. x13 – x8 =
! " $ $ $ $
"v
vx (8) × (13,0 – 8,0) s
= !!!!!! 12,5 × 5 m = 100 m.
⇔ x13 = 68,7 + !!!!!! |FR| = m |am| = m ! = 0,620 × 2,82 – (–3,40)
!! N = 48 N.
2 "t 0,47 – 0,34
2
11.4 Diagrama I.
8.1 (B). O valor mais provável é o valor médio, 5,83 ms, e a in-
certeza absoluta de observação é igual ao maior desvio absoluto
(5,88 − 5,83) ms = 0,05 ms.
11.5 "Em = "Ec + "Ep = !!!
2 !
1 m v 2 – 1 m v2 + 0 ⇒
B !!!
2 A
"
1
⇒ "Em = !!! × 0,620 × (2,82 – 3,40 ) = –1,12 J
2 2
8.2 a) Admitindo uma aceleração constante, a velocidade é dire- 2
tamente proporcional ao tempo. Neste caso, a velocidade média Dissipou-se uma energia de 1,12 J.
entre dois instantes de um certo intervalo de tempo é igual à velo- 12.1 No instante t = 0,0 s, o carrinho encontra-se a 2,4 m da origem.
cidade no instante médio desse intervalo.
12.2 (A). A equação da componente escalar da posição, x, do
b) (A). Os módulos das velocidades determinam-se pelos quocien- carrinho traduz um movimento uniformemente variado, de
tes do diâmetro, d, da esfera pelos intervalos de tempo, por isso, equações gerais x = x0 + v0t + 0,5 at2 e v = v0 + a t, sendo, então,
a variação de velocidade é v = d !!!!!!
Δt2 !
1 – 1 . O intervalo de
!!!!!!
Δt1 " v0 = –2,0 m s–1 e a = 1,2 m s–2.
365
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
12.3 (D). No instante t = 0,0 s, em relação ao referencial Ox, a com- (o produto da aceleração gravítica pelo quadrado da distância ao
ponente escalar da velocidade é negativa e a da aceleração é centro da Terra, para a Lua e para uma bola à superfície da Terra,
positiva. é constante).
12.4 (B). Como a componente escalar da aceleração, segundo Ox, 17.1 (D). O satélite tem um movimento circular uniforme, sendo, re-
é positiva, a resultante das forças aponta também no sentido posi- lativamente à trajetória, a velocidade tangente e a aceleração per-
tivo do eixo. Assim, para além do peso e da força normal há ainda pendicular, tal como a força que a Terra exerce nele.
uma força que tem a direção do eixo e o sentido positivo. 17.2 Sendo aceleração gravítica à superfície da Terra gT e gs à alti-
12.5 x/m
" # =" #
2 2
gT rT + h 6,37 × 106 + 1,73 × 106
tude do satélite, tem-se = =
4,0 gs rT 6,37 × 106
gT 10 m s–2
2,0 = 1,74, logo, gs = = = 5,7 m s–2.
1,74 1,74
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 t / s 0,4 4π2 122 × 10
17.3 (B). g = ac = ω2 r = 2
r⇔r= m.
T 4π2
No instante 1,67 s a componente escalar da posição tem um míni- 18.1 (B). A força gravítica é centrípeta.
mo, 0,73 m, ocorrendo nesse instante uma inversão de sentido de
movimento. Aos 4,0 s a componente escalar da posição é 4,0 m. 18.2 A única força a que estão sujeitos é a força gravítica.
A distância percorrida é a soma dos módulos dos deslocamentos 18.3 (D). A direção da velocidade varia. 18.4 (C).
em ambos os sentidos: d = (|0,73 – 2,4| + |4,0 – 0,73|) m = 4,9 m. 18.5 SB, pois o seu período é igual ao período de rotação da Terra
13.1 (A). (24 horas), a sua órbita é circular no plano do equador.
" #
13.2 FR = m a ⇔ Fa = m a ⇔ –0,75 m g = m a ⇔ a = –0,75 g = –7,5 m s–2 MT ms M 2π 2
18.6 Fg = ms a ⇔ G = ms ω2 r ⇔ G 2T = r⇔
r2 r T
13.3 1 a t2 x = 20t – 7,5
! !
x = v0t + !!! !!! t2
2 ⇒ 2 ⇔ G MT 2
3 3
⇔r= T = constante × V√T 2, logo,
v = v0 + at 0 = 20 – 7,5 t 4 π2V√ 3
V√" #
rB constante × V√TB2 3 TB 2 3 2
x = (20 × 2,67 – 7,5 = = = V√2 = 1,59
!
!!! × 2,672) m = 27 m 3
rA constante × V√TA2 TA
⇔ 2
t = 2,67 s 3 G MT 2
18.7 T = 24 h = 8,64 × 104 s ⇔ r = T = 4,23 × 107 m
x > 25 m, portanto, a senhora é atropelada. V√ 4 π2
4 π2
" T # r = (8,64 × 10 ) × 4,23 × 10 m s
2
14.1 (D). A altura de A em relação ao troço horizontal é h = sin 30° × 2π
a = ω2 r = 42
7 –2
= 0,22 m s–2
× 0,40 m = 0,20 m. Usando a Lei de conservação de energia mecâ-
nica, a velocidade em B é vB = V√2gh = V√2 × 10 × 0,2 m s–1 = 2,0 m s–1.
14.2 Considerando a origem do eixo em B e o sentido positivo de B Domínio 2
para C, para as posições a equação é x = 2t + 0,5 at2 e para a veloci- 2.1 Sinais e ondas (QP, pág. 228)
dade v = 2,0 + at. Em C a velocidade anula-se. Resolvendo as equa- 1 1
1.1 f =
" #
2,0 2,02 = = 2,5 Hz
ções: 0,60 = 2t + 0,5 at2; 0 = 2,0 + at; 0,60 = 2 × – – 0,5 × ; T 0,40 s
a a
a = –3,3 m s–2. A intensidade da resultante das forças é |F| = m|a| = 1.2 A distância entre duas cristais consecutivas é igual ao compri-
= 0,300 kg × 3,3 m s–2 = 1,0 N . mento de onda. λ = v × T = 0,80 m s–1 × 0,40 s = 0,32 m.
v2 v1 v2 1,8 m s–1
14.3 (C). Havendo conservação de energia mecânica de A para B, 2. (C). f2 = f1 ⇔ = ⇔ λ2 = λ1 = × 4,2 m = 2,6 m
λ2 λ1 v1 2,9 m s–1
a velocidade com que chega a B não depende da massa. Aumen-
tando a massa para o dobro aumenta igualmente a resultante das v 2,0 m s–1
3.1 (C). f = = = 10 Hz
forças. λ 0,20 m
15.1 (A). 15.2 (D). 15.3 (C). 15.4 (D). 15.5 (C). T 0,10 s 1
3.2 (B). t == = 0,025 s. Passado um do período a onda avan-
16.1 (B). O período em horas é T = 27 d × 24 h d–1 + 8 h = (27 × 24 + 8) h. 4 4 4
Neste intervalo tempo, o ângulo descrito é 2π. Assim, o módulo da çará ficando com o perfil da figura e os pontos P e Q ficam mais
2π 2π rad 2π próximos.
velocidade angular é ω = = = rad h–1.
T (27 × 24 + 8) h 27 × 24 + 8 3.3 (A). Por exemplo, as ordenadas do ponto de abcissa x = 5 cm
16.2 A aceleração da Lua no seu movimento em redor da Terra (ace- T
serão sucessivamente y = −6 cm, y = 0 e y = 6 cm nos instantes ,
leração centrípeta » ac), i.e., a aceleração gravítica, »
gr = rL, a uma distân- 4
T T
cia da Terra igual ao raio da órbita da Lua, rL, é: 2 e 3 , respetivamente.
2π rL 2 4 4
v2 "
T #4π2 rL2 4π2 rL 4π2 (3,84 × 108) m 4.1 (A). 4.2 (B).
λ 0,20 m
4.3 v = =
T 0,60 s
= 0,33 m s–1
gr = r = a = r = r = 2 = 2 = =
L c L L T r T L
[(27 × 24 + 8) × 60 × 60 s]2 60 s λ 0,040
= 2,72 × 10–3 m s–2, comparando-a com a aceleração gravítica à su- 5. T = = 0,20 s; x = v t = t ⇔ 0,20 = t ⇒ t = 1,0 s
300 T 0,20
gr = rL 2,72 × 10–3 m s–2
perfície da Terra, »
gr = rT, obtém-se = = 2,78 × 10–4 λ 0,80 m t
gr = rT 9,8 m s –2 6.1 T = ; T = = 2,4 × 10–3 s; n = = 2,1 × 103
1 v 340 m s–1 T
(a aceleração da Lua é ≈ 3,6 × 103 vezes menor do que a 6.2 (A). O som no ar é uma onda longitudinal.
2,78 × 10–4
aceleração da bola à superfície da Terra). O quadrado do quociente da 6.3 (C). O comprimento de onda é inversamente proporcional à fre-
rL 2 3,84 × 108 m 2 quência.
distância Terra-Lua pelo raio da Terra é
rT
= " # "
6,37 × 106 m
≈ 3,6 × 103. # 7. Verdadeiras: (C), (E), (F), (G) e (H). Falsas: (A), (B) e (D).
gr = rL gr = rL r 2 8.1 (B). O sinal A tem maior amplitude, logo, maior intensidade, e tem
" #
1
Verificou-se que = ⇔ = T ⇔ gr = r rL2 = gr = r rT2 maior período, logo, menor frequência.
gr = rT rL 2 gr = rT rL
" #
L T
rT
366
SOLUÇÕES
8.2 a) (D). Pontos no mesmo estado de vibração estão afastados de 15.1 a) Na linha de transporte, a potência dissipada por efeito Joule
múltiplos do comprimento de onda (o tempo que a onda demora a é dada por P = R I2, sendo R a resistência da linha e I a corrente elé-
propagar-se entre eles é múltiplo do período) e estados de vibração trica que nela circula. Para minimizar essa dissipação, diminui-se a
opostos estão afastados de múltiplos ímpares de meio comprimen- corrente. A potência fornecida à linha é dada por P = U I, assim, para
to de onda (o tempo que a onda demora a propagar-se entre eles é diminuir I mantendo a potência fornecida, aumenta-se a tensão elé-
a soma de um múltiplo do período com meio período). trica, U. Nos locais de consumo é necessário reduzir a tensão, dado
b) (C). Y é um ponto de pressão máxima e W é um ponto de pressão que seria extremamente perigoso utilizar altas tensões.
mínima. A distância entre Y e W é um comprimento de onda e meio: b) (D). A corrente alternada varia, logo, também o campo magnético
3 2 por ela criado e o fluxo desse campo, originando uma força eletro-
√ W= λ⇒λ= Y
Y √ W.
2 3 motriz no enrolamento secundário.
9.1 O microfone transforma um sinal mecânico (variação de pressão 15.2 A força eletromotriz induzida é igual, em módulo, à variação do
associada ao som) num sinal elétrico (corrente elétrica gerada pela fluxo do campo magnético por unidade de tempo. A variação do flu-
força eletromotriz induzida). xo é proporcional ao número de espiras, por isso, a relação entre as
9.2 a) D. b) D. c) F. 9.3 (C). 9.4 Timbre. tensões no primário e no secundário coincide com a relação entre
os números de espiras desses dois enrolamentos.
2.2 Eletromagnetismo (QP, pág. 231)
10.1 As linhas de campo emergem da carga Q e convergem para
2.3 Ondas eletromagnéticas (QP, pág. 234)
a carga Q'. Como as linhas de campo saem das cargas positivas 16.1 (A).
e entram nas cargas negativas, Q é uma carga positiva e Q' é uma 16.2 Foi Oersted quem descobriu, através de uma experiência,
carga negativa. que uma corrente elétrica produzia um campo magnético. Faraday
10.2 Em O e H os campos elétricos têm a mesma direção e sentido descobriu que um campo magnético variável produzia uma força
(são tangentes à mesma linha de campo retilínea), mas as densi- eletromotriz induzida e uma corrente elétrica induzida num circuito.
dades de linhas de campo em O e H são diferentes. Logo, em O é Mas para produzir a corrente elétrica, o fluxo do campo magnético
maior a intensidade do campo, e os campos diferem na intensidade. através de uma espira tem de ser variável. A corrente é tanto mais
intensa quanto mais depressa variar o fluxo do campo magnético.
10.3 EW < EP < EY. A intensidade do campo elétrico num ponto é pro-
Tendo Maxwell elaborado uma teoria de ondas eletromagnéticas,
porcional à densidade das linhas de campo.
foi Heinrich Hertz quem pela primeira vez, através de uma experiên-
11.1 (A). Uma corrente elétrica cria um campo magnético. cia, de uma forma controlada, produziu ondas eletromagnéticas e,
11.2 Verdadeiras: (B), (C) e (F). Falsas: (A), (D) e (E). logo de seguida, as detetou. Confirmou assim a teoria de Maxwell.
12.1 (D). Só existe corrente elétrica induzida se existir variação do 17.1 (C). Os ângulos de incidência e de refração são medidos em re-
fluxo do campo magnético. lação à normal da superfície de separação ar-material X, respetiva-
12.2 90°. mente, com o raio incidente e com o raio refratado. Como o ângulo
de refração é menor do que o de incidência, o raio aproxima-se da
13.1 (C). Φ = N B A cos α = 30 × 0,25 T × 5,0 × 10–4 m2 cos(90° – 60°) =
normal, assim os esquemas (B) e (D) podem ser logo eliminados.
= 3,2 × 10–3 Wb
Se o ângulo de incidência é 40° segue-se que o ângulo entre o raio
13.2 (D). Qualquer uma das alterações indicadas nas alternativas incidente e a superfície de separação ar-material X é (90° − 40°) =
conduz ao aumento verificado na amplitude da força eletromotriz, = 50°, o que apenas se verifica na opção (C). Nessa opção, o ângulo
mas apenas o aumento para o dobro da velocidade angular conduz entre o raio refratado e a superfície de separação ar-material X é
a uma diminuição do período para metade. 64°, o que corresponde a um ângulo de refração de (90° − 64°) = 26°.
14.1 Nos primeiros 45 ms, a bobina está a entrar na região em que 17.2 Com base na lei de Snell-Descartes, nar sin α1 = nX sin α2, em
existe campo magnético. Assim, a área submetida ao campo mag- que nar e nX são os índices de refração do ar e do material X, respe-
nético vai aumentando e, em consequência, também o fluxo mag- nar
nético. No intervalo [45, 125] ms, a área sujeita ao campo magnético tivamente, segue-se que sin α2 = sin α1. Assim, o gráfico de sin α2
nX
mantém-se constante e, também, o fluxo. Nos últimos 45 ms está a em função de sin α1 permite obter o índice de refração do material
sair da região em que existe campo magnético. Assim, a área sub- X, conhecido o índice de refração do ar.
metida ao campo magnético vai diminuindo e, em consequência,
também o fluxo magnético. sin 2
367
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
18.1 II – reflexão; III – refração. 18.2 (C). 18.3 40,0o. 22.3 a) Na luz policromática estão presentes diferentes comprimen-
var sin 40,0º tos de onda (cores) e a separação entre máximos do padrão de difra-
18.4 = = 1,33
vágua sin 28,9º ção varia com o comprimento de onda. Como os padrões de difração
de diferentes cores apresentam espaçamentos diferentes, ocorre
18.5 (A). A luz verde tem menor comprimento de onda do que a
separação das cores. b) O desvio será maior para a luz de maior com-
vermelha, logo, maior n e maior desvio (ângulo de refração menor).
primento de onda, a luz vermelha. c) Num prisma ocorre absorção
19.1 Para que possa ocorrer reflexão total, a luz, ao passar do meio 1 de certos comprimentos de onda da luz (o que não sucede na rede
para o meio 2, afasta-se da normal, pois n1 > n2. A partir de um certo de difração). A separação angular entre diferentes comprimentos de
ângulo, a luz deixa de passar de um meio de maior índice de refração, onda num prisma é pequena (a variação de n com λ é pequena), en-
n1, para um de menor, n2, ocorrendo então a desejada reflexão total. quanto numa rede de difração essa separação é muito maior.
19.2 (B). Para o ângulo crítico, i, o ângulo de refração é 90º, assim,
n
! "
n1 sin i = n2 sin 90º, portanto, i = arcsin 2 .
n1
n2 QUÍMICA 11.º ANO
A reflexão total ocorre se i > arcsin
n2
! "n1
, como α + i = 90º, conclui-se
que α < 90º – arcsin ! "
n1
. Domínio 1
1.1 Aspetos quantitativos das reações químicas (QP. pág. 262)
19.3 n1 sin i = n2 sin 90º ⇒ 1,50 × sin 80º = n2 ⇒ n2 = 1,48
1.1 A equação química respeita a Lei de Lavoisier (Lei da Conser-
19.4 A transparência. As fibras devem ter uma elevada transparên- vação da Massa), pois, para cada um dos elementos químicos en-
cia (ou baixa taxa de absorção da luz) ou minimizarem a dispersão volvidos na reação, o número de átomos nos reagentes é igual ao
da luz. número de átomos nos produtos da reação (4 N, 10 O e 12 H).
19.5 Sistemas de comunicação (troca de informação entre compu- 1.2 A equação química que representa a reação é
tadores, televisão por cabo), sistema de controlo e processamento 4 NH3 (g) + 5 O2 (g) → 4 NO (g) + 6 H2O (g).
industrial, endoscopia (visualização do interior de um organismo,
gastroscopia, broncoscopia, ortoscopia,…), fibroscopia, diversos ti- 1.3 Cálculo da quantidade de NH3:
pos de sensores, etc. 5,4 g
M(NH3) = 17,04 g mol–1; nNH = = 0,317 mol
3 17,04 g mol–1
20.1 Difração (espalhamento de uma onda quando encontra um
obstáculo ou fenda cuja dimensão é de uma ordem de grandeza Cálculo da quantidade de O2 necessário à reação:
próxima da do comprimento de onda). 4 mol de NH3 é estequiometricamente equivalente a 5 mol de O2,
20.2 As ondas II e III são difratadas de forma semelhante, pois em 5 mol O2
nO2 = (0,317 mol NH3) × = 0,396 mol O2.
ambos os casos existe uma relação semelhante entre a largura 4 mol NH3
da fenda, d, e o comprimento de onda, λ, dado serem ambos pro- Cálculo do correspondente volume de O2:
porcionalmente maiores para a onda III em relação à onda II, i.e.,
dII d M(O2) = 32,00 g mol–1; mO = nO M(O2) = 0,396 mol × 32,00 g mol–1 =
2 2
~ III . O espalhamento das ondas II e III é apreciável, pois em mO2
λII λIII = 12,7 g; VO =
12,7 g 3
ambos os casos a fenda e o comprimento de onda apresentam a 2 ρO2 = 1,43 g dm–3 = 8,9 dm .
mesma ordem de grandeza: dII ~ λII e dIII ~ λIII . 2.1 A equação química que traduz a reformação do metano com o
Para a onda I o espalhamento é menos acentuado, pois a largura vapor de água é CH4 (g) + H2O (g) → 3 H2 (g) + CO (g). Assim, 1 mol
da fenda é maior do que a encontrada pela onda II (dI > dII), mas o de CH4 é estequiometricamente equivalente a 1 mol de H2O, logo,
dI o reagente limitante é o metano, pois existem mais moléculas de
comprimento de onda é o mesmo (λI = λII): é significativamente
dII λI H2O do que de CH4.
maior do que . Nos três casos o comprimento de onda não se 2.2 a) Cálculo da massa de H2:
λII
altera após a onda ser difratada. 1 mol de CH4 é estequiometricamente equivalente a 3 mol de H2.
3 mol H2
20.3 (D). Devido à difração, a onda sonora contorna o muro, chegan- nH2 = (5 mol CH4) × = 15 mol H2; M(H2) = 2,02 g mol–1;
1 mol CH4
do ao menino atrás deste. Em (A), repetição do próprio grito (eco),
o fenómeno subjacente é a reflexão do som. Em (B), audição do mH2 = nH2 M(H2) = 15 mol × 2,02 g mol–1 = 30,3 g.
som da locomotiva através do solo, o fenómeno é a propagação do b) 1 mol de CH4 é estequiometricamente equivalente a 1 mol de H2O,
som no solo, sendo nesse meio a velocidade de propagação maior logo, 5 mol de CH4 reagem consumindo 5 mol de H2O.
do que no ar. Em (C), alteração da frequência devido ao movimen- nH2O excesso = nH2O inicial – nH2O consumido = 6 mol – 5 mol = 1 mol
to relativo da fonte e do recetor, trata-se de uma manifestação do
efeito Doppler. M(H2O) = 18,02 g mol–1; mH O = 1 mol × 18,02 g mol–1 = 18,02 g
2
! "
c
de onda é da ordem de grandeza dos obstáculos λ = . Para as m C2H5OH
=ρ ×V
C2H5OH
= 0,798 g cm–3 × 15,0 cm3 = 11,97 g
C2H5OH
f
ondas indicadas: λAM = 316 m, λFM = 3 m, por esta razão as ondas AM mCH3COOH = ρCH3COOH × VCH3COOH = 1,049 g cm–3 × 15,0 cm3 = 15,74 g
são mais difratadas do que as FM. 11,97 g
nC2H5OH = = 0,2598 mol
22.1 (A). A difração só é significativa se a dimensão do obstáculo ou 46,08 g mol–1
da fenda for de ordem de grandeza próximo da do comprimento de 15,74 g
nCH3COOH = = 0,2621 mol
onda. Nos máximos a intensidade da luz é maior, o que significa que 60,06 g mol–1
as ondas interferiram construtivamente. Determinar o reagente limitante: 1 mol de C2H5OH é estequiome-
0,135 tricamente equivalente a 1 mol de CH3COOH, logo, 0,2598 mol de
22.2 nλ = d sin θ ⇒ 2 × 650 × 10–9 m = d × ⇒
V√0,1352 + 0,502 C2H5OH reage consumindo 0,2598 mol de CH3COOH.
⇒ d = 5,0 × 10 m, assim, o número de linhas por milímetro é
–6
nCH3COOHteórica = 0,2598 mol < nCH3COOHdisponível = 0,2621 mol ⇒
1,0 × 10–3 m
n= = 200. ⇒ o CH3COOH é o reagente em excesso e o C2H5OH é o limitante.
5,0 × 10–6 m
368
SOLUÇÕES
nCH3COOH excesso = (0,2621 – 0,2598) mol = 0,0023 mol 7. Cálculo da quantidade de matéria de cada reagente:
mCH3COOH excesso = nCH3COOH × M(CH3COOH) = 1,25 × 103 g 2,75 × 103 g
nZn = ! ! ! = 19,12 mol nSO = ! ! ! = 42,92 mol
65,39 g mol–1 2 64,07 g mol–1
= 0,0023 mol × 60,06 g mol–1 = 0,138 g
Determinar o reagente limitante:
b) 1 mol de C2H5OH é estequiometricamente equivalente a 1 mol
1 mol de Zn é estequiometricamente equivalente a 2 mol de SO2,
de CH3COOC2H5, logo, 0,2598 mol de C2H5OH produz 0,2598 mol
2 mol SO2
de CH3COOC2H5; M(CH3COOC2H5) = 88,12 g mol–1; mCH3COOC2H5 = nSO = (19,12 mol Zn) × ! ! = 38,24 mol
2
1 mol Zn
0,2598 mol × 88,12 g mol–1 = 22,9 g. nSO teórica = 38,24 mol < nSO disponível = 42,92 mol ⇒ o SO2 é o reagen-
2 2
4.1 Cálculo da quantidade de cada reagente: M(TiO2) = 236,38 g mol−1; te em excesso e o Zn é o limitante.
1,188 × 107 g Cálculo da massa de Na2S2O4 produzida:
m(TiO2) = 0,95 × 1,25 × 107 g = 1,188 × 107 g; n = =
= 5,026 × 104 mol TiO . 236,38 g mol–1 1 mol de Zn é estequiometricamente equivalente a 1 mol de
2
5,00 × 106 g Na2S2O4, logo, 19,12 mol de Zn produz 19,12 mol de Na2S2O4.
M(C) = 12,01 g mol−1; n = = 4,163 × 105 mol C
12,01 g mol–1 mNa = nNa × M(Na2S2O4) = 19,12 mol × 174,12 g mol–1 = 3329 g
2S2O4 2S2O4
Quantidade de dióxido de titânio para reagir com o carbono
Cálculo da massa de hidrossulfito comercial:
3 mol TiO2 mditionilo de sódio 3329 g
existente: nTiO2 = 4,163 × 105 mol C ×
4 mol C
= 3,122 × 105 mol . % (m/m) = ! ! ! × 100 ⇒ 90,1 = ! ! ! × 100 ⇒
mhidrossulfito de sódio mhidrossulfito de sódio
Como esta quantidade é maior do que a disponível, 5,026 × 104 mol,
⇒ mhidrossulfito de sódio = 3695 g = 3,70 kg
o TiO2 é o reagente limitante.
Cálculo da massa de TiC!4 obtida: 3 mol de TiO2 é estequiometri- V 448 dm3
8. (D). nCH = ! = !!!!!!! = 20,00 mol
camente equivalente a 3 mol de TiC!4, logo, 5,026 × 104 mol TiO2 4 Vm 22,4 dm3 mol–1
produzem 5,026 × 104 mol de TiC!4. M(TiC!4) = 346,18 g mol−1; m 756 g
m = 5,026 × 104 mol × 346,18 g mol−1 = 1,74 × 107 g. nH = ! = !!!!!! = 41,95 mol
2O M 18,02 g mol–1
4.2 No primeiro passo do processo de purificação, o objetivo é 1 mol de CH4 é estequiometricamente equivalente a 2 mol de
converter todo o TiO2 presente na amostra em TiC!4. Assim, o H2O, logo, 20,00 mol de CH4 reagem com 40,00 mol de H2O ⇒
carbono e o cloro devem ser utilizados em excesso para que todo
⇒ nH O teórica = 40,00 mol < nH O disponível = 41,98 mol ⇒ a água é
o TiO2, sendo o reagente limitante, reaja totalmente, transforman- 2 2
369
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
90 5,85 g
11.1 mNaC! = 6,50 g × ! = 5,85 g; nNaC! = !!!! = 0,100 mol 14.3 (C). 4 mol de KO2 é estequiometricamente equivalente a 2 mol
100 58,44 g mol–1 de H2O e a 4 mol de CO2.
1 mol de NaC! é estequiometricamente equivalente a 1 mol
15.1 Cálculo da quantidade de cada reagente:
de C!– e a 1 mol de AgC!, logo, 0,100 mol de NaC! produz
85,0 g
0,100 mol de AgC!. nNa CrO = !!! = 0,5248 mol
14,16 g 2 4 161,98 g mol–1
mAgC! = 0,100 mol × 143,3 g mol–1 = 14,3 g; η = !! × 100 = 99%
14,3 g 11,0 g
0,100 mol nH O = !!! = 0,6104 mol
11.2 nNaC! = nC!– = 0,100 mol; cC!– = ! ! ! ! = 1,00 mol dm–3 2 18,02 g mol–1
0,100 dm3
Determinar o reagente limitante:
12.1 2 CH4 (g) + 2 NH3 (g) + 3 O2 (g) → 2 HCN (g) + 6 H2O (g)
2 mol de Na2CrO4 é estequiometricamente equivalente a 1 mol de
12.2 a) M(CH4) = 16,05 g mol–1 ; M(NH3) = 17,04 g mol–1 H2O,
175 × 103 g 2 mol Na CrO
nCH = ! ! ! ! = 1,090 × 104 mol nNa CrO = (0,6104 mol H2O) × !!2!4 = 1,221 mol Na2CrO4
4 16,05 g mol–1 2 4 1 mol H2O
nNH = !
175 × 103 g
! ! ! = 1,027 × 104 mol nNa = 1,221 mol > nNa = 0,5253 mol ⇒ Na2CrO4
2CrO4 teórica 2CrO4 disponível
3 17,04 g mol–1 é o reagente limitante.
2 mol de CH4 é estequiometricamente equivalente a 2 mol de 15.2 A «química verde» procura a redução ou eliminação de
NH3, logo, 1,027 × 104 mol de NH3 consome 1,027 × 104 mol de CH4 substâncias prejudiciais à saúde humana e ao ambiente. Nesta
< nCH disponível ⇒ CH4 é o reagente em excesso e o NH3 é o reagente reação, opta-se por usar a água e o dióxido de carbono em exces-
4
limitante. so para garantir que todo o cromato de sódio se consome, pois o
2 mol de NH3 é estequiometricamente equivalente a 2 mol de cromato de sódio é o mais perigoso dos três reagentes.
HCN, logo, 1,027 × 104 mol de NH3 produz 1,027 × 104 mol de HCN, mátomos de reagentes incorporados no produto desejado
logo, nHCN = 1,03 × 104 mol. 16.1 EA (%) = !!!!! × 100%
mtotal de átomos nos reagentes
b) nCH = (1,090 × 104 – 1,027 × 104) mol = 6,3 × 10–2 mol.
4 em excesso mátomos de reagentes incorporados no produto desejado = 55,85 × 2 = 111,7
nHCN real 1,03 × 104 mol
12.3 nHCN teórica = ! = !!!! = 1,056 × 104 mol
η! 0,975
mtotal de átomos nos reagentes = 55,85 × 2 + 16,00 × 3 + (12,01 + 16,00) × 3 =
Segundo a estequiometria da reação nHCN = nNH = 1,056 × 104 mol ⇒ = 243,73
3 111,7
⇒ mNH = 1,056 × 104 mol × 17,04 g mol–1 = 1,80 × 105 g = 180 kg EA (%) = ! ! × 100% = 45,8%.
3 243,73
13.1 Cálculo da massa teórica de ácido adípico: 16.2 Uma reação com elevada eficiência deverá ter não só um
mC H O real 12,0 elevado rendimento mas também uma elevada economia atómi-
η (%) = !! !! × 100 ⇒ 0,70 = !!!! ⇒ mC6H10O4 = 17,1 g
6 10 4
mC H O teórica mC H O teórica ca, mas a eficiência não é o único aspeto a ter em conta para que
6 10 4 6 10 4
esta seja ambientalmente adequada, pois devem também ser con-
Cálculo da massa de ciclo-hexeno consumida:
templados outros fatores como a toxicidade, o uso de substâncias
M (C6H10O4) = 146,16 g mol–1 e M (C6H10) = 82,16 g mol–1 auxiliares, a eficiência energética, a origem da matéria-prima e o
17,1 g uso de catalisadores, tão seletivos quanto possível.
nC H O = !!!! = 0,117 mol
6 10 4 146,16 g mol–1
16.3 (B).
3 mol de C6H10 é estequiometricamente equivalente a 3 mol de
17.1 Processo por reformação catalítica:
C6H10O4, logo, para produzir 0,117 mol de C6H10O4, é necessário
0,117 mol de C6H10. mC6H10 = 0,117 mol × 82,16 g mol–1 = 9,6 g. mátomos de reagentes incorporados no produto desejado = 3 × (1,01 × 2) = 6,06
13.2 4 mol de Na2Cr2O7 é estequiometricamente equivalente a mtotal de átomos nos reagentes = (12,01 + 1,01 × 4) + (1,01 × 2 + 16,00) = 34,07
3 mol de C6H10O4, 6,06
4 mol Na2Cr2O7 EA (%) = ! ! × 100% = 17,8%
34,07
nNa2Cr2O7 = (0,117 mol C6H10O4) × ! ! ! ! = 0,156 mol Na2Cr2O7 ⇒
3 mol C6H10O4 Processo por via de carvão:
⇒ 0,156 mol Na2Cr2O7. 2 H2O mátomos de reagentes incorporados no produto desejado = 2 × (1,01 × 2) = 4,04
M (Na2Cr2O7. 2 H2O) = 298,02 g mol–1 mtotal de átomos nos reagentes = 12,01 + 2 × (1,01 × 2 + 16,00) = 48,05
m (Na2Cr2O7. 2 H2O) = 298,02 g mol–1 × 0,156 mol = 46,5 g 4,04
EA (%) = ! ! × 100% = 8,41%
14.1 Cálculo da quantidade de vapor de água removida: 48,05
24,0 g Tendo em conta a economia atómica dos processos, conclui-se
M (H2O) = 18,02 g mol–1; nH O = ! ! ! ! = 1,332 mol
que a reformação catalítica é o processo mais eficiente, pois tem
2 18,02 g mol–1
Cálculo da massa de O2 produzida: maior economia atómica.
2 mol de H2O é estequiometricamente equivalente a 3 mol de O2 17.2 O processo por reformação catalítica tem como subproduto
3 mol O2 o monóxido de carbono, CO, substância com elevada toxicidade
nO = (1,332 mol H2O) × ! ! ! = 1,998 mol O2
2 2 mol H2O quando comparada com o dióxido de carbono produzido no pro-
M(O2) = 32,00 g mol–1; mO = 1,998 mol × 32,00 g mol–1 = 63,9 g cesso por via de carvão.
2
14.2 Cálculo da quantidade de CO2 a remover: 1.2 Equilíbrio químico e extensão das reações químicas
mCO2 mCO2
ρCO = ! ! ⇒ 1,80 g dm–3 = !! ⇒ mCO = 180,0 g (QP. pág. 267)
2 VCO 100 dm3 2
2
180,0 g 18.1 A figura mostra que a reação ocorreu em sistema fechado,
M (CO2) = 44,01 g mol–1 nCO = !!! = 4,090 mol
2 44,01 g mol–1 verificando-se que, inicialmente, havia iodo e hidrogénio e, quan-
Cálculo da massa de KO2 necessária: 1 mol de CO2 é estequio- do a reação termina, estão presentes não só o produto da reação,
metricamente equivalente a 1 mol de KOH, logo, para remover HI, mas também os dois reagentes, H2 e I2, ou seja, a reação ter-
4,090 mol de CO2, é necessário 4,090 mol de KOH. Por outro mina sem que nenhum dos reagentes esgote. Assim, conclui-se
lado, 4 mol de KOH é estequiometricamente equivalente a que a reação é incompleta.
4 mol de KO2, logo, para produzir 4,090 mol de KOH, é necessário 18.2 H2 (g) + I2 (g) — 2 HI (g) 18.3 (C).
4,090 mol de KO2. 18.4 De acordo com a estequiometria da reação, 1 mol de I2 reage
M (KO2) = 71,10 g mol–1; mKO = 4,090 mol × 71,10 g mol–1 = 291 g com 1 mol de H2, originando 2 mol de HI.
2
370
SOLUÇÕES
371
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
! " ! "
0,342 3 0,126 concentração de Fe3+; o sistema evoluirá no sentido do consumo
!!! × !!!
2,0 2,0 de Fe3+ e SCN–, formando-se [FeSCN]2+, até se estabelecer um
Qc > Kc, o sistema vai evoluir no sentido inverso, ou seja, no senti- novo estado de equilíbrio. Assim, a cor vermelha da solução será
do de consumo de NH3. mais intensa comparada com a do equilíbrio inicial.
b) A adição de solução de AgNO3 implica a diminuição da concen-
24.2 O aumento da quantidade de N2 (g) altera o estado de
tração de SCN–, pois os iões Ag+ reagem com os iões tiocianato, de
equilíbrio, provocando uma evolução do sistema no sentido de
acordo com a seguinte equação: SCN– (aq) + Ag+ (aq) — AgSCN(s).
contrariar a perturbação imposta, ou seja, no sentido da reação
O sistema evoluirá no sentido da formação de Fe3+ e SCN–, con-
em que haja consumo de N2, o da reação direta, até se esta-
sumindo-se [FeSCN]2+, até se estabelecer um novo estado de
belecer um novo equilíbrio.
equilíbrio. Assim, a cor vermelha da solução será muito menos
24.3 (A). De acordo com o Princípio de Le Châtelier, a diminuição intensa comparada com a do equilíbrio inicial.
da temperatura do sistema reacional favorece a reação exotér- c) A adição de NaF irá diminuir a concentração de Fe3+, pois a
mica, neste caso, a reação direta ( H < 0), ou seja, a reação de adição de NaF (s) à mistura reacional conduz à presença de iões
síntese do amoníaco. fluoreto, F–, em solução, que reagem com os iões Fe3+, segundo
25.1 (C). A reação no sentido direto é exotérmica, pois os valores a equação: Fe3+ (aq) + 6F– (aq) — [FeF6]3- (aq). O sistema evoluirá
da constante de equilíbrio diminuem com o aumento da tempe- no sentido de formação de Fe3+ e SCN–, consumindo-se [FeSCN]2+,
ratura. De acordo com a estequiometria da reação (1 + 1 → 2), a até se atingir um novo estado de equilíbrio. Assim, a cor vermelha
alteração da pressão não altera o estado de equilíbrio. A constan- da solução será menos intensa comparada com a do equilíbrio
te de equilíbrio só depende da temperatura, pelo que o seu valor inicial.
não se altera após a perturbação. 28.2 (C). Sendo o processo exotérmico, um aumento de temperatura
1 mol H2
25.2 Verificação do reagente limitante: nH2 = 3,0 mol I2 × = do sistema altera o estado de equilíbrio, provocando uma evolução
1 mol I2
do sistema no sentido em que a reação absorve energia, ou seja,
= 3,0 mol H2 > nH2 disponível = 2,0 mol ⇒ o H2 é o reagente limitante. no sentido inverso, e, consequentemente, aumenta a concentração
Cálculo da quantidade de HI que se formaria, de acordo com a de SCN– e de Fe3+, diminuindo a de [FeSCN]2+, o que está de acordo
estequiometria da reação, a partir da quantidade de reagente com o gráfico.
2 mol HI
limitante: nHI = 2,0 mol H2 × = 4,0 mol HI. 2.1 Reações ácido-base (QP, pág. 318)
1 mol H2
Cálculo da quantidade real de HI que se forma, nas condições 1.1 a) HCN; H2SO4; NH4+; H2PO4–; HCO3–.
consideradas: nHI = (6,0 – 4,0) mol = 2,0 mol. b) OH–; OC!–; HCO3–; H2PO4–.
Cálculo do rendimento da reação: η =
2,0 mol
× 100% = 50%. 1.2 a) H2PO4– (aq) + H3O+ (aq) — H3PO4 (aq) + H2O (!)
4,0 mol HCO 3– (aq) + H3O+ (aq) — H2CO3 (aq) + H2O (!)
25.3 (D). A diminuição da concentração de HI (g) leva o sistema b) H2PO4– (aq) + OH– (aq) — HPO 42– (aq) + H2O (!)
a evoluir no sentido de produzir iodeto de hidrogénio até se
HCO 3– (aq) + OH– (aq) — CO 32– (aq) + H2O (!)
atingir um novo estado de equilíbrio. No entanto, o aumento da
quantidade de HI (g), até se atingir um novo estado de equilíbrio, 1.3 H3PO4/H2PO 4– e H3O+/H2O; H2PO4–/HPO 42– e H2O / OH–.
é inferior à diminuição provocada no sistema reacional, pelo que H2CO3/HCO 3– e H3O+/H2O; HCO 3–/CO 32– e H2O/OH–.
a concentração de HI (g) no novo estado de equilíbrio é inferior à
2.1 2 H2O (!) — H3O+ (aq) + OH– (aq)
do equilíbrio inicial.
2.2 (B). A autoionização da água quimicamente pura produz iguais
26.1 I → (B); II → (A); III → (C); IV → (D).
quantidades de H3O+ e OH–, pelo que a água quimicamente pura
26.2 A – De acordo com o Princípio de Le Châtelier, o aumento é neutra para qualquer temperatura. A reação no sentido direto é
da pressão favorece a reação que conduz a uma diminuição da endotérmica, pois os valores do KW aumentam com o aumento da
pressão, ou seja, que conduz a uma diminuição da quantidade temperatura. Um maior valor de KW implica maior concentração de
de gases. Neste caso, a reação que conduz a uma diminuição H3O+ e OH– simultaneamente, pelo que o pH da água diminui.
da quantidade de gases é a reação direta, consequentemente, a
2.3 KW = |H3O+|e |OH–|e = 5,5 × 10–14, como [H3O+] = [OH–],
quantidade de produto aumenta.
|H3O+|2 = 5,5 × 10–14 ⇒ [H3O+] = 2,35 × 10–7 mol dm–3 ⇒ pH = 6,6.
372
SOLUÇÕES
3.1 De acordo com o gráfico o pH da amostra de água diminui 9.1 (A). A constante de equilíbrio é uma medida da extensão de
com o aumento da temperatura, o que permite concluir que, uma reação. Assim, a reação de ionização do ácido acético, a 25
nessa amostra, a concentração hidrogeniónica, [H3O+], aumenta °C, é pouco extensa. Em soluções básicas (pH > 7) há consumo de
com o aumento de temperatura. Numa amostra de água pura as H3O+, pelo que, de acordo com o Princípio de Le Châtelier, é favo-
concentrações dos iões oxónio, H3O+ (aq), e hidróxido, OH− (aq), recida a reação de ionização do ácido acético e não a sua forma-
são iguais entre si. Consequentemente, a expressão do produto ção. No equilíbrio prevalece a espécie CH3COOH, pois a reação
iónico da água, KW, pode ser escrita em função do valor numérico é pouco extensa no sentido direto. Consequentemente, é baixa a
da concentração de H3O+ (aq): KW = |H3O+| |OH−| = |H3O+|2. Assim, concentração de H3O+, daí a baixa acidez do ácido acético.
um aumento da concentração hidrogeniónica, [H3O+], implica um KW 1,0 × 10–14
aumento de KW. Conclui-se que KW aumenta com o aumento de Kb(CH3COO–) = !!! = !! = 5,6 × 10–10. Como Kb > KW o ião
Ka 1,78 × 10–5
temperatura.
acetato sofre hidrólise de acordo com a equação
3.2 Valor de pH a 45 °C, pH = 6,7. CH3COO– (aq) + H2O (!) — CH3COOH (aq) + OH– (aq), pelo que
Cálculo da concentração hidrogeniónica na água, a essa tempe- as soluções de ião acetato são básicas (pH > 7).
ratura: [H3O+] = 10–6,7 mol dm−3 = 2,00 × 10−7 mol dm−3.
9.2 a) De acordo com a estequiometria da reação, 1 mol de
Cálculo de KW, a essa temperatura: como em água pura [H3O+] =
CH3COOH origina 1 mol de CH3COO– e 1 mol de H3O+.
= [OH−], tem-se KW = |H3O+| |OH−| = |H3O+|2 = (2,00 × 10−7)2 = 4,0 × 10−14.
3.3 (B). Com a diminuição da temperatura, o valor do pH aumenta CH3COOH CH3COO– H3O+
e a concentração hidrogeniónica, [H3O+], diminui, não havendo, Início / mol 2,7 × 10 –3
– –
contudo, alteração do caráter neutro da água uma vez que as
Variação / mol –x +x +x
concentrações dos iões H3O+ e OH− se mantêm iguais entre si.
Equilíbrio / mol 2,7 × 10–3 – x +x +x
4.1 (D). menor pH ⇒ maior acidez. O suco gástrico é a solução mais
ácida, logo, é o que contém maior concentração hidrogeniónica.
x = [H3O+]e = 10–3,70 mol dm–3 = 2,00 × 10–4 mol dm–3
[H3O+]intracelular 10–6,9
= –7,4 = 100,5 = 3,16 (2,7 × 10–3 – 2,00 × 10–4) mol
[H3O+]plasma 10
[CH3COOH]não ionizado = !!!! !! =
4.2 Intervalo de pHplasma [7,0; 7,8]; [H3O+]máx = 1,0 × 10–7 mol dm–3 1 dm3
= 2,5 × 10–3 mol dm–3
4.3 (A). [H3O+]plasma = 10–7,4 mol dm–3 = 3,98 × 10–8 mol dm–3
|H3O+|e |CH3COO–|e
|H3O+|e |HCO3–|e |HCO3–|e K 7,94 × 10–7 b) Ka = !!!! e |H3O+|e = |CH3COO–|e
K = !!! ⇒ !! = !! = !! = 20 |CH3COOH|e
|CO2|e |CO2|e |H3O |e 3,98 × 10–8
+
(2,0 × 10–4)2
5. (A). O HC! é um ácido forte, assim, [H3O+] = [HC!]inicial. Ka = ! ! ! = 1,6 × 10–5
2,5 × 10–3
Sendo a concentração de [H3O+] = 10−pH mol dm–3, a variação per- c) (D). Numa medição, os erros sistemáticos são a componente
centual da concentração de H3O+ é: do erro que permanece constante ou varia de maneira previsível.
10–3,00 mol dm–3 –10–3,50 mol dm–3 10.1 (A). O pH da água do rio diminui. Consequentemente, a
× 100% = –68,4%, o que significa
10–3,00 mol dm–3 concentração em H3O+ aumenta, pelo que a concentração em
que diminuiu 68,4%. O quociente entre a concentração inicial de OH– diminui, pois |H3O+| |OH–| = Kw. O HC! é um ácido forte, pelo
10–3,00 mol dm–3 que a sua ionização em água é muito extensa (ionização com-
H3O+ e a da solução diluída é = 3,16. Como a
10–3,50 mol dm–3 pleta), o que contribuiu para um aumento drástico da acidez da
quantidade não varia, diminuindo a concentração tem de aumen- água do rio, provocando a destruição da vida aquática. A injeção
tar o volume, sendo na solução final Vsolução final = 3,16 × 100 cm3 = de milhões de metros cúbicos de água apenas contribuiu para a
= 316 cm3 = 0,316 dm3. diminuição da concentração (diluição).
6. (B) e (C). As duas equações traduzem reações ácido-base, [H3O+]final 10–3,2 mol dm–3
pois há transferência de iões hidrogénio, H+, de um ácido (H2O e !! = !!! = 7,9 × 103.
[H3O+]inicial 10–7,1 mol dm–3
HNO3) para uma base, NH3 e H2O, respetivamente. 4 × 106 g
10.2 M (HC!) = 36,46 g mol–1 ⇒ nHC! = !!!! = 1,1 × 105 mol.
7.1 (D) HX < HZ < HY 36,46 g mol–1
n.o de moléculas de ácido ionizado De acordo com a equação química, 2 mol de HC! é estequiome-
7.2 % (ionização) = !!! !! × 100% = tricamente equivalente a 1 mol de CaCO3:
n.o total de moléculas de ácido
4 1 mol CaCO
= !! × 100% = 50% nCaCO = (1,1 × 105 mol de HC!) × !!!!3 = 5,5 × 104 mol CaCO3
8 3 2 mol HC!
7.3 (A). HY é o ácido mais forte (maior número de moléculas ion- M(CaCO3) = 100,09 g mol–1 ⇒ mCaCO = 5,5 × 104 mol × 100,09 g mol–1 =
3
izadas), pelo que é o que apresenta maior constante de acidez = 5,5 × 106 g = 5,5 t
e, consequentemente, a sua base conjugada apresenta menor 11. (D). O titulado (pH = 9,5) é uma base (pH > 7, a 25 °C) e o titu-
constante de basicidade (KaKb = KW). HX é o mais fraco (menor lante terá de ser um ácido, uma vez que a titulação ácido-base é
percentagem de moléculas ionizadas), logo, para iguais concen- uma técnica analítica que se baseia numa reação de neutraliza-
trações dos três ácidos, é o que apresenta maior valor de pH. ção. No ponto de equivalência nenhum dos reagentes (ácido e
8. Cálculo da concentração de H3O+ (aq) na solução: base) se encontram em excesso, sendo a mistura resultante uma
solução aquosa do sal que se formou na reação de neutraliza-
[H3O+] = 10−pH = 10−2,4 mol dm−3 = 3,98 × 10−3 mol dm−3.
ção. A extensão das reações dos iões do sal com a água, com a
Cálculo da concentração de F− (aq) na solução, de acordo com consequente formação de iões H3O+ ou OH−, determina o caráter
a estequiometria da reação: [H3O+]e = [F−]e = 3,98 × 10−3 mol dm−3. ácido ou básico da respetiva solução. Neste caso, a solução final
Cálculo da concentração da espécie HF (aq): tem caráter ácido, porque tem pH = 4,5, que é inferior a 7. Sig-
|H3O+|e |F–|e (3,98 × 10–3)2 nificando que foram originados iões H3O+ na hidrólise do catião
Ka = ⇒ 6,8 × 10–4 = ⇒ |HF|e =
|HF|e |HF|e do sal obtido após a reação de neutralização. Assim, pode pres-
supor-se que o catião do sal é o ácido conjugado de uma base
(3,98 × 10–3)2
= = 2,33 × 10–2 ⇒ [HF]e = 2,33 × 10–2 mol dm−3. fraca. Como apenas um dos iões se hidrolisa, o anião é a base
6,8 × 10–4
conjugada de um ácido forte, pelo que não se hidrolisa e por isso
A concentração da solução é [HF]inicial = [HF]e + [HF]ionizado = 2,33 ×
não contribui para alterar o valor do pH da solução.
× 10–2 mol dm−3 + 3,98 × 10−3 mol dm−3 = 2,7 × 10–2 mol dm−3.
373
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
12.1 HI (aq) + NaOH (aq) → NaI (aq) + H2O (!) 16.2 NaOH (aq) + HC! (aq) → Na+ (aq) + OH– (aq) + H+ (aq) + C!– (aq)
12.2 O volume de titulante gasto até ao ponto de equivalência → H2O (!) + NaC! (aq)
é 15,30 mL. Vinicial = (23,30 ± 0,05) mL e Vfinal = (38,60 ± 0,05) mL, 16.3 a) Vtitulante no p.e. = VNaOH (aq) = 50 mL; cNaOH = 0,025 mol dm–3
ΔV = (38,60 − 23,30) mL = 15,30 mL. nNaOH = c V = 0,025 mol dm–3 × 0,050 dm3 = 1,25 × 10–3 mol
12.3 Volume de titulante (solução de NaOH) adicionado até ao De acordo com a equação química: 1 mol de HC! é estequiome-
ponto de equivalência: Vsol.NaOH = 15,30 mL. tricamente equivalente a 1 mol de NaOH, logo, 1,25 × 10–3 mol de
Cálculo da quantidade de NaOH que reagiu: NaOH neutralizaram 1,25 × 10–3 mol de HC!.
nNaOH = cNaOH Vsol.NaOH = 1,00 × 10–2 mol dm–3 × 15,30 × 10–3 dm3 = 1,25 × 10–3 mol
cHC! = !!! = 0,10 mol dm–3
= 1,530 × 10–4 mol. 0,0125 dm–3
Cálculo da quantidade de HI que existia na solução titulada: de b) [HC! (aq)] ≈ [H3O+ (aq)] ⇒ pH = –log (0,10) = 1
acordo com a equação química, 1 mol de HI é estequiometrica- c) nHC! inicial = 0,10 mol dm–3 × 0,0125 dm3 = 1,25 × 10–3 mol
mente equivalente a 1 mol de NaOH, logo, 1,530 × 10−4 mol de nNaOH adicionado = 0,025 mol dm–3 × 0,010 dm3 = 2,50 × 10–4 mol
NaOH neutralizaram 1,530 × 10−4 mol de HI.
De acordo com a estequiometria da reação: 2,50 × 10–4 mol de
Cálculo da concentração da solução de ácido iodídrico:
NaOH neutralizam 2,50 × 10–4 mol de HC!
nHI 1,530 × 10–4 mol
cHI = = = 7,65 × 10–3 mol dm–3. nHC! que não reagiu = nHC! inicial – nHC! que reagiu =
Vsol.HI 20,0 × 10–3 dm3
= (1,25 × 10–3 – 2,50 × 10–4) mol = 1,00 × 10–3 mol ⇒ n + = H3O
–– (19,10 + 19,10 + 19,20) cm3
13.1 V = = 19,13 cm3. 1,00 × 10–3 mol
3 = 1,00 × 10–3 mol ⇒ [H3O+] = !!!!3 =
13.2 Cálculo do módulo do desvio de cada valor medido (em (0,0125 + 0,010) dm
relação ao valor mais provável): |d1| = |19,10 – 19,13| = 0,03 cm3; = 0,0444 mol dm–3 ⇒ pH = –log 0,0444 = 1,4
|d2| = |19,10 – 19,13| = 0,03 cm3; |d3| = |19,20 – 19,13| = 0,07 cm3. 16.4 O ponto de equivalência atinge-se quando o ácido e a base
A incerteza absoluta de observação é dada pelo módulo do maior reagiram completamente, não havendo excesso nem de ácido
desvio, ou seja, 0,07 cm3. nem de base em solução. Neste caso restam em solução os iões
13.3 Cálculo da quantidade de KOH (aq) adicionada até ao ponto Na+ e C!– que não reagem com a água e os iões provenientes
de equivalência da titulação: da autoionização da água, a 25 °C. Assim, [H3O +] = [OH –] =
Vsol.KOH = 19,13 cm3; nKOH = cKOH Vsol.KOH = 0,150 mol dm–3 × 19,13 × = 1,0 × 10–7 mol dm–3 ⇒ pH = 7.
× 10–3 dm3 = 2,870 × 10–3 mol. 16.5 Quer o vermelho de metilo quer a fenolftaleína mudam de cor
Cálculo da massa molar do ácido monoprótico em solução: na proximidade do ponto de equivalência, pois a zona de viragem
1 mol de ácido é estequiometricamente equivalente a 1 mol de do indicador está contida na região de variação brusca de pH.
KOH, uma vez que o ácido é monoprótico; assim, no ponto de 17. (D). O caráter das soluções de sais é interpretado com base
equivalência, nácido = nKOH = 2,870 × 10–3 mol. na extensão da reação desses iões com a água (reação de
m 0,181 g hidrólise). A dissociação do fluoreto de potássio em água pode
m=nM⇔M= = = 63,1 g mol–1. H2O
n 2,870 × 10–3 mol ser traduzida por: KF (s) –––→ K+ (aq) + F− (aq). O ião K+, catião
14. Cálculo da quantidade de HC! neutralizada: de um metal alcalino não sofre hidrólise (se o catião reagisse
com a água, o pH da solução seria inferior a 7), enquanto o
nHC! inicial = cHC! Vsol.HC! = 0,22 mol dm–3 × 75 × 10–3 dm3 = 1,65 × 10–2 mol.
anião F− reage com a água de acordo com a equação química
nHC! neutralizado = 0,90 × 1,65 × 10–2 mol = 1,49 × 10–2 mol F− (aq) + H2O (!) — HF (aq) + OH– (aq), já que é a base conjugada
Cálculo do número de comprimidos: de um ácido fraco; os iões OH– formados são os responsáveis
de acordo com a equação química, 2 mol de HC! é estequiome- pelo caráter básico, pH > 7, da solução de fluoreto de potássio.
tricamente equivalente a 1 mol de CaCO3, 18. A – Vermelho. Como o HC! é um ácido forte ioniza-se com-
1 mol CaCO3 nCaCO3
= ⇒ nCaCO3 = 7,45 × 10–3 mol. pletamente e a concentração hidrogeniónica em solução vai ser
2 mol HC! 1,49 × 10–2 mol elevada, consequentemente, terá um valor de pH baixo.
mCaCO3 = nCaCO3 M(CaCO3) = 7,45 × 10–3 mol × (40,08 + 12,01 + 3 × B – Amarelo. Como o NaOH se dissocia completamente, a con-
× 16,00) g mol–1 = 0,746 g. centração de OH– (base forte) em solução vai ser elevada e, con-
0,746 g sequentemente, a concentração de H3O+ vai ser pequena. Assim,
N.o de comprimidos = = 1,5. o valor de pH será alto.
0,500 g
C – Verde. O amoníaco é uma base fraca que se ioniza parcial-
15.1 LiOH (aq) + HC! (aq) → LiC! (aq) + H2O (!) mente em solução aquosa. A concentração de OH– presente em
pHLiOH (aq) = 12,20; [H3O+] = 10–pH = 10–12,20 mol dm–3 = 6,310 × solução vai ser superior à da água quimicamente pura, conferin-
KW 1,0 × 10–14 do-lhe um pH ligeiramente superior a 7.
× 10–13 mol dm–3; [OH–] = = = 0,01585 mol dm–3
[H30 ] 6,310 × 10–13
+ D – Lavanda. O NaC! é um sal muito solúvel em água, disso-
nHC! que reagiu = c V = 0,100 mol dm–3 × 0,0264 dm3 = 2,64 × 10–3 mol ciando-se completamente. Os iões Na+ são muito estáveis (iões
1 mol de LiOH é estequiometricamente equivalente a 1 mol de espectadores) e não reagem com a água. Os iões C!– são uma
HC!, logo, a quantidade de LiOH neutralizado foi 2,64 × 10-3 mol. base conjugada de um ácido forte, não têm tendência a reagir
nLiOH = nOH– = 2,64 × 10–3 mol, porque o LiOH está totalmente dis- com a água, assim, pH = 7.
sociado em solução aquosa. E – Cor-de-rosa. O NH4C! é um sal muito solúvel em água, disso-
ciando-se completamente. Os iões C!– não têm tendência para
nLiOH 2,64 × 10–3 mol reagir com a água. O NH4+ é um ácido conjugado de uma base
VLiOH (aq) = !! = !!!!!! = 0,167 dm3 = 167 cm3
cLiOH 0,01585 mol dm–3 fraca (NH3), tendo tendência para reagir com a água. Assim, a
15.2 [OH–] = 0,01585 mol dm–3; M(LiOH) = 23,95 g mol–1 solução deverá apresentar um pH inferior a 7.
nOH– = c V = 0,01585 mol dm–3 × 0,200 dm3 = 3,17 × 10–3 mol 19. (C).
nOH– = nLiOH = 3,17 × 10–3 mol ⇒ mLiOH = 3,17 × 10–3 mol × 23,95 g mol–1 = 20.1 Um aumento da concentração de CO2 atmosférico aumenta
= 0,0759 g = 75,9 mg a quantidade de dióxido de carbono que se dissolve na água e,
consequentemente, aumenta a produção de ácido carbónico,
16.1 titulante → NaOH; titulado → HC! H2CO3. O ácido carbónico é um ácido fraco e reage com a água:
374
SOLUÇÕES
H2CO3 (aq) + H2O (!) — HCO–3 (aq) + H3O+ (aq). Se aumentar a Cu (s). Assim, a concentração de catiões Cu2+ na solução diminui,
concentração de H2CO3, altera-se o equilíbrio e o sistema reage tornando-se mais clara.
favorecendo a reação no sentido direto, produzindo H3O+. O aumen- 24.2 Semirreação de oxidação: Sn (s) → Sn2+ (aq) + 2 e–
to da concentração de H3O+ faz diminuir o pH da água do mar. Semirreação de redução: Cu2+ (aq) + 2 e– → Cu (s)
20.2 [H3O+]atual = 10–8,05 mol dm–3 = 8,91 × 10–9 mol dm–3 Equação de oxidação-redução: Sn (s) + Cu2+ (aq) → Sn2+ (aq) + Cu (s)
[H3O+]2100 = 10–7,7 mol dm–3 = 2,00 × 10–8 mol dm–3 24.3 Quantidade de Cu2+ existente na solução inicial:
nCuSO = nCu2+ = c V = 0,10 mol dm–3 × 0,250 dm3 = 0,0250 mol
2,00 × 10–8 – 8,91 × 10–9 4
%(Δ[H3O+])= !!!!!! !! × 100 = 124% Quantidade de cobre metálico formada:
8,91 × 10–9
m 0,325 g
nCu = ! = !!!!! = 0,00511 mol = nCu2+ que reagiu
M 63,55 g mol–1
2.2 Reações de oxidação-redução (QP. pág. 324) Quantidade de iões cobre na solução final:
21.1 nCu2+ final = 0,0250 mol – 0,00511 mol = 0,0199 mol
I. 2 Ca3 (PO4)2 (s) + 6 SiO2 (s) + 10 C (s) → P4 (S) + 10 CO (g) + 6 CaSiO3 (s) Concentração da solução final:
n.o. +2 +5 –2 +4 –2 0 0 +2 –2 +2 +4 –2 nfinal 0,0199 mol
c = !! = !!!!! = 0,080 mol dm–3
V 0,250 dm3
oxidação
redução 25. (D). A corrosão de um metal consiste na sua oxidação espon-
tânea em determinadas condições. Os metais com maior facili-
Δn.o. (C) = (2 – 0) = +2 = ⇒ oxidação (aumenta o número de oxi- dade de oxidação, mais reativos, Zn e Fe, aparecem na natureza
dação, cede eletrões). na forma de óxidos (para o Fe) ou sulfuretos (para o Zn), ou seja,
Δn.o. (P) = (0 – 5) = –5 = ⇒ redução (diminui o número de oxi- como substâncias compostas.
dação, ganha eletrões). 26.1 Forma e tamanho das barras metálicas, inexistência de oxi-
A variação dos números de oxidação implica transferência de dação prévia nas barras metálicas, concentração e volume das
eletrões entre as espécies envolvidas, logo, a reação é de oxidação- soluções e tempo de reação.
-redução. 26.2 Zn> Pb> Cu
II. P4 (!) + 5 O2 (g) + 6 H2O (!) → 4 H3PO4 (!) 26.3 De acordo com os resultados da atividade, conclui-se que o
n.o. 0 0 +1 –2 +1 +5 –2 zinco tem maior poder redutor do que o chumbo e que o chum-
redução
bo tem maior poder redutor do que o cobre, pois o zinco sofreu
oxidação
oxidação na solução de nitrato de chumbo e o chumbo oxidou-se
na solução de nitrato de cobre. Assim, o zinco sofre corrosão em
Δn.o. (P) = (5 – 0) = +5 oxidação (aumenta o número de oxidação, contacto com soluções que contenham iões Pb2+ ou Cu2+, pelo
cede eletrões). que um recipiente de zinco não pode armazenar soluções de
Δn.o. (O) = (–2 – 0) = –2 redução (diminui o número de oxidação, nitrato de chumbo. Como o chumbo tem maior poder redutor do
ganha eletrões). que o cobre, significa que os iões Pb2+ (menor poder oxidante do
A variação dos números de oxidação implica transferência de que os iões Cu2+) não têm capacidade para oxidar o cobre, pelo
eletrões entre as espécies envolvidas, logo, a reação é de oxi- que soluções de nitrato de chumbo podem ser armazenadas em
dação-redução. recipientes de cobre.
III. H3PO4 (!) +3 NH3 (!) → (NH4)3PO4 (s) 27.1 O níquel tem maior poder redutor do que o hidrogénio, logo,
este metal sofre oxidação, cedendo eletrões aos iões H+, formando
n.o. +1 +5 –2 –3 +1 –3 +1 +5 –2
H2, que se liberta na forma de bolhas gasosas. O níquel, ao sofrer
A reação não é de oxidação-redução, pois não há variação dos oxidação, passa para a solução na forma de Ni2+(aq), sendo este
números de oxidação, ou seja, não há transferências de eletrões ião responsável pela cor esverdeada que a solução adquire. O
entre as espécies envolvidas. cobre, como tem menor poder redutor do que o hidrogénio, não
21.2 a) I. Espécie oxidada: C; espécie reduzida: PO43–. II. Espécie sofre alteração.
oxidada: P4; espécie reduzida: O2. 27.2 Semirreação de redução: 2H+ (aq) + 2 e– → H2 (g)
b) I. Agente redutor: C (cede eletrões); agente oxidante: PO43– Semirreação de oxidação: Ni (s) → Ni2+ (aq) + 2e–
(recebe eletrões). II. Agente redutor: P4 (cede eletrões); agente Equação da reação de oxidação-redução:
oxidante: O2 (recebe eletrões). Ni (s) + 2 H+ (aq) → Ni2+ (aq) + H2 (g)
22.1 (C). O número de oxidação do A! passa de 0 para +3, logo,
cede eletrões para o Br, cujo número de oxidação passa de 0
para –1. 2.3 Soluções e equilíbrio de solubilidade (QP, pág. 327)
22.2 A! → A! + 3 e semirreação de oxidação.
3+ –
28.1 (B).
Br2 + 2e– → 2 Br– semirreação de redução. 19,22 g 10,70 g
nC!– = !!!!! = 0,5422 mol; nNa+ = !!!!!! = 0,4654 mol
35,45 g mol–1 22,99 g mol–1
23.1 Cd + NiO2 + 2H2O → Cd(OH)2 + Ni(OH)2 A quantidade de C!– presente na água do mar é diferente da
0 +4 +2 +2
quantidade de Na+, o que significa que a contribuição para a pre-
oxidação
sença de iões cloreto na água do mar não é apenas resultante da
redução dissolução de NaC!.
mCa2+ 0,40 g
%(m/m) = !!!! × 100% = !!! × 100% = 1,15%
23.2 O processo de carga corresponde à reação inversa. Neste mtodos os iões 34,65 g
processo, o hidróxido de cádmio reduz-se (o número de oxidação 34,65 g
do Cd diminui), logo, é o agente oxidante, enquanto o hidróxido mtotal iões = cm V = !!! × 10 dm3 = 347 g
1 dm3
de níquel se oxida (o número de oxidação do Ni aumenta), logo, é
A mineralização da água do mar resulta da dissolução de sais e
o agente redutor.
da dissolução de CO2.
24.1 (C). O Sn (s) tem maior poder redutor do que o cobre, sofre 28.2 CO2 (g) + 2 H2O (!) — H2CO3(aq) + H2O (!) — HCO3– (aq) +
oxidação ao ceder eletrões ao catião Cu2+ (aq), que se reduz a + H3O+ (aq)
375
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
376
SOLUÇÕES
1.2 11Na: 1s2 2s2 2p6 3s1; 17CS: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5. Os eletrões de 1.2 (C). A soma dos trabalhos realizados pela força gravítica e
valência dos átomos de sódio e de cloro no estado fundamental pela força de resistência do ar é igual à variação de energia ciné-
encontram-se no mesmo nível de energia (n = 3). Sendo a carga tica do sistema: WFg + WFar = ΔEc ⇔ –ΔEpg + WFar = ΔEc ⇔ WFar =
→ → → →
O– C – O H
30 quedas sucessivas é:
W = 30 × Fgd cos 0° = 30 × mgd cos 0° = 30 × 2,0 × 10 × 1,2 J = 720 J.
GRUPO IV A variação de energia interna da água é: E = mcΔT = 0,080 × 4,18 ×
1.1 Sobre o sistema atuam duas forças→
com a mesma direção e × 103 × (15,9 – 15,0) = 3,0 × 102 J. Portanto, o rendimento do processo
sentido oposto: a força gravítica, Fg, e a força de resistência do ar,
→ 3,0 × 102 J
Far. Quando o sistema se move a velocidade constante, a resultan- de aquecimento da água é × 100% = 42%.
te das forças que nele atuam é nula: FR = 0 ⇒ Fg – Far = 0 ⇔ Far = 720 J
mg 60 kg × 10 m s–2 3. (D). A potência, P, dissipada numa resistência R é P = RI2 =
= Fg ⇔ bv = mg ⇒ b =
! "
= = 80 kg s–1. Quando U 2 U2
v 7,5 m s–1 =R = . Logo, se R for constante, P varia com U2: o gráfico
20 km 20 × 103 m R R
o sistema se move a = = 5,56 m s–1, o módulo da de P(U) é uma parábola e o de P(U2) é uma reta que passa na
1h 3600 s
! "
F Fg – Far mg – bv bv P 1
sua aceleração é a = R = = =g– = origem = = constante .
m m m m U2 R
! "
80 × 5,56
= 10 – m s–2 = 2,6 m s–2.
60
377
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
1.3 (A). O→fluxo magnético é nulo fora da região sombreada visto 4.2 (D). Os compostos orgânicos são normalmente compostos mo-
→
que B = 0 e é constante enquanto o anel está todo dentro dessa leculares em que os átomos de carbono estabelecem, entre si,
região, aumentando enquanto entra naquela região e diminuindo ligações covalentes, ou seja, ligações por partilha localizada de
ao sair. eletrões de valência. O número de eletrões partilhados por cada
3 átomo numa ligação carbono-carbono pode ser 1 (ligação sim-
2.1 Sabemos que v2 = v e que α1 = 20o. A amplitude do ângulo
2 1 ples), 2 ou 3 (ligações múltiplas). Nas ligações múltiplas (duplas ou
de refração, α2, obtém-se da Lei de Snell-Descartes: n2 sin α2= triplas) entre átomos de carbono as forças atrativas são mais inten-
c c v sas, aproximando mais os núcleos dos átomos ligados, pelo que
= n1 sin α1 ⇔ sin α2 = sin α1 ⇔ sin α2 = 2 sin α1 ⇔ sin α2 = apresentam menores comprimentos de ligação. À medida que o
v2 v1 v1
3 número de pares de eletrões ligantes aumenta a ligação fica mais
v1
! "
2 3 forte, pelo que a energia de ligação aumenta. Assim, a energia
= sin 20° ⇒ α2 = arcsin sin 20° = 30,9°.
v1 2 de uma ligação dupla é menor do que a de uma ligação tripla.
O ângulo de refração é o ângulo entre o feixe refratado e a normal Nas moléculas de metano, CH4, e de clorometano, CH3C!, existem
à superfície de separação dos dois meios, no ponto de incidência, 4 ligações covalentes simples, pelo que a repulsão mínima entre
logo, a amplitude do ângulo entre esse feixe e a superfície de se- os 4 pares de eletrões pressupõe uma geometria tetraédrica. Mas
paração é (90° – 30,9°) = 59°. a presença do átomo de cloro, C!, gera uma assimetria de carga
na molécula do clorometano, pelo que a molécula é polar.
2.2 Na situação B, a luz ao incidir na fronteira dos dois meios não
é refratada para o meio 2, o que sugere ter ocorrido reflexão total. Metano: Clorometano:
Poderá ocorrer reflexão total se o ângulo de incidência for menor H H
do que o ângulo de refração. Assim, quando aumenta o ângulo de H C C
H C H
incidência ocorrerá reflexão total se o feixe de luz que incida na
H
fronteira segundo um ângulo de incidência, α3, for maior que o ân- H
gulo de incidência que daria origem a um feixe refratado paralelo
GRUPO II
a essa fronteira, pois, nesse caso, o ângulo de refração atingiria
a amplitude máxima, 90o. Para que o ângulo de refração (meio 2) 1.1 (B). A reação é exotérmica ( H < 0), pelo que a energia liberta-
seja maior do que o ângulo de incidência (meio 1) é necessário da na formação das ligações nos produtos é maior do que a ener-
que o índice de refração do meio 2 seja menor do que o índice de gia absorvida na quebra das ligações dos reagentes. Se a reação
refração do meio 1, o que é equivalente à velocidade de propaga- ocorrer em sistema isolado não há transferência de energia para o
ção da luz no meio 2 ser maior do que no meio 1. exterior. A energia cinética interna do sistema aumenta à custa da
diminuição da energia potencial interna (energia associada às liga-
Prova-modelo 2 (pág. 336) ções entre os átomos), mantendo-se constante a energia interna
do sistema. O aumento da energia cinética interna representa um
GRUPO I aumento da temperatura do sistema, uma vez que este é isolado.
1. (B). Se o teor de CO2 na atmosfera terrestre é 0,041% em volume, 1.2 (D). nNO que reagiu = 0,85 × 4,0 mol = 3,40 mol ⇒ nNO no equilíbrio =
o mesmo teor expresso em partes por milhão, em volume, pode
= (4,0 − 3,40) mol = 0,600 mol. De acordo com a estequiometria
ser obtido considerando:
da reação, 2 mol de CO reagem com 2 mol de NO para formar
0,041 dm3 x 4,1 × 10–2 × 106
= 6 ⇒x= . 2 mol de CO2 e 1 mol de N2. Então, reagiram 3,40 mol de NO com
100 dm3 10 dm3 102
3,40 mol de CO e foram originadas 3,40 mol de CO2 e 1,70 mol de N2.
2. (B). A percentagem, em volume, de N2 no ar é 78%. Assim, o vo-
nCO no equilíbrio = (6,0 − 3,40) mol = 2,60 mol.
lume de N2 em 10,0 dm3 de ar, em condições PTN, seria
ntotal de gases no equilíbrio = (2,60 + 0,600 + 3,40 + 1,70) mol = 8,3 mol.
! "
78
VN2 = × 10,0 dm3 = 7,8 dm3. A quantidade de moléculas de 1.3 (A). N.o de oxidação do carbono na espécie CO: x + (−2) = 0 ⇒
100
⇒ x = +2. N.o de oxidação do carbono na espécie CO2: x + 2 × (−2) =
VN2 7,8 dm3
N2 é nN2 = = = 0,35 mol, pelo que a quanti- = 0 ⇒ x = +4. Variação do número de oxidação do carbono:
Vm 22,4 dm3 mol–1 +4 – (+2) = +2. O CO oxida-se, logo o NO atua como oxidante.
dade de átomos de nitrogénio é nN = 2nN2 = 2 × 0,35 mol = 0,70 mol.
2. Cálculo da quantidade de NO existente na amostra de ar:
3. Cálculo da quantidade de matéria de oxigénio em 0,500 dm3: m 50,0 L × (30,0 × 10–3) g L–1
2,58 × 1021 nNO = NO = = 0,0500 mol.
nO2 = = 4,286 × 10–3 mol. MNO 30,01 g mol–1
6,02 × 1023 mol–1 Cálculo da quantidade de O2:
Cálculo da quantidade total de moléculas no volume de ar inspi- VO2 1,8 dm3
rado: como a quantidade de matéria é, nas mesmas condições n O2 = = = 0,0804 mol.
Vm 22,4 dm3 mol–1
de pressão e temperatura, diretamente proporcional ao volume, a
Identificação do reagente limitante: de acordo com a estequiometria
quantidade total de moléculas, ntotal, obtém-se da proporção:
2 mol NO 0,0500 mol NO
ntotal 1 nO2 4,286 × 10–3 mol da reação (2 mol NO : 1 mol O2) = ⇒
= , logo ntotal = = = 2,041 × 10–2 mol. 1 mol O2 x
nO2 0,21 0,21 0,21 ⇒ x = 0,0250 mol O2.
378
SOLUÇÕES
Como a quantidade de O2 utilizada (0,0804 mol) é superior à A intensidade da resultante das forças, FR, que atuam sobre
quantidade necessária para fazer reagir completamente 0,0500 o esquiador 2 é menor do que aquela que atua sobre o esquiador 1,
mol de NO, conclui-se que o oxigénio é o reagente em excesso. ΔEc
pois, FR = (no esquiador 2 é menor o aumento da energia
Cálculo da quantidade de NO2 obtido: d
0,112 dm3 cinética e é maior o módulo do deslocamento para o mesmo des-
nNO2obtido = = 0,00500 mol. nível Δh). Sobre a intensidade da resultante das forças de atrito, Fa,
22,4 dm3 mol–1
nobtida 0,00500 mol nada se pode concluir, pois, para o esquiador 2 é maior, em mó-
Cálculo do rendimento da reação: η = = = 0,10.
nprevista 0,0500 mol dulo, o trabalho realizado por essas forças, mas também é maior o
–WFa
→
379
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
– em (A) o padrão é idêntico, logo deslocou-se de um múltiplo in- 2.2 FR = 20Fg ⇒ m a = 20m g ⇒ a = 20g = 20 × 10 m s−2 = 200 m s−2;
teiro do comprimento de onda e o instante poderá corresponder 200
f = 200 r.p.m. = = 3,33 Hz; ω = 2 π f = 20,9 rad s−1; a = ω2 r ⇔
a um instante múltiplo inteiro do período; 60 s
– em (B) o padrão está deslocado para a direita, aproximadamente ⇔ 200 m s−2 = (20,9 rad s−1)2 r ⇔ r = 0,46 m.
λ T 2.3 (B). O módulo da velocidade angular, ω, é o mesmo para am-
de , logo poderá corresponder a um instante t = ou múlti- bos os sensores, logo, o de trajetória com maior raio, U, tem tam-
4 4
plos inteiros desse instante; aU rU
λ bém maior aceleração (ac = ω2 r): = = 1,5. Sendo o quociente
ap rp
– em (C) o padrão está deslocado de , logo poderá correspon-
2 dos raios das trajetórias inverso do quociente das massas, as in-
T
der a um instante t = e aos seus múltiplos inteiros; FU mUaU m × 1,5ap
2 tensidades das forças são iguais: = = = 1.
3λ Fp mpap 1,5m × ap
– em (D) o padrão está deslocado para a direita, de , logo po-
4 c 3 × 108 m s–1
3T 3. 0,693 m; λ = = = 0,693 m.
derá corresponder a um instante t = ou aos seus múltiplos f 433 × 106 Hz
4
inteiros.
2.1 (A). Após ser emitida, a radiação sofre refração ao passar do ar GRUPO II
para o vidro, reflexão total na superfície exterior do para-brisas e, 1. (C). A potência incidente no painel é
novamente, refração ao passar do vidro para ar, antes de atingir Pinc = Er × A = 170 W m–2 × 34 × 10–4 m2 = 0,578 W = 578 mW
o detetor. P 80 mW
e o rendimento é η = × 100% = × 100% = 14%.
2.2 Para que o sistema funcione adequadamente, é necessário Pinc 578 mW
que a luz sofra reflexão total na superfície exterior do para-brisas 2. Associação em série. Um painel fornece uma potência máxima
quando está seco. Assim, o ângulo de incidência na superfície de de 80 mW para uma tensão de 1,20 V, ou seja, a corrente elétrica é
separação vidro-ar deve ser superior a um ângulo limite 1, αlim 1: P 80 mW
I= = = 67 mA. Na associação em paralelo, a tensão
! " ! "
nar 1,000
nvidro sin αlim 1 = nar sin 90° ⇒ αlim 1 = arcsin = arcsin = U 1,20 V
nvidro 1,49 máxima é igual, mas a potência aumenta para o dobro, aumentan-
= 42,1°. Por outro lado, quando o para-brisas está molhado, a luz não do também a corrente. Na associação em série, a tensão máxima
deve sofrer reflexão total, sendo refratada do vidro para a água. aumenta para o dobro, mantendo-se a corrente elétrica.
Para que não sofra reflexão total, o ângulo de incidência na superfí-
3. No satélite, a energia incidente num segundo na célula aumenta
cie de separação vidro-água deve ser inferior a um ângulo limite 2, 1400 W m–2
! "
nágua de um fator igual ao do aumento da irradiância: 8,24 = .
αlim 2 : nvidro sin αlim 2 = nágua sin 90° ⇒ αlim 2 = arcsin = 170 W m–2
nvidro Assim, a potência útil máxima aumentará também de um fator
! "
1,33
= arcsin = 63,2°. Conclui-se que para que o sistema funcio- igual Pútil = 8,24 × 80 × 10–3 W = 0,659 W. O número de células ne-
1,49 10 W
ne, a amplitude do ângulo de incidência deverá estar contida no cessárias é = 15,2; dever-se-á optar por 15 células.
0,659 W
intervalo [42,1°, 63,2°].
GRUPO III
1. (B). O Efeito Doppler consiste na variação da frequência devida
Prova-modelo 3 (pág. 342)
ao movimento relativo entre emissor e recetor. Neste caso, as on-
GRUPO I das são refletidas nas camadas de ar e a frequência detetada será
1.1 (D). No gráfico do módulo da velocidade em função do tempo, diferente devido ao movimento relativo dessas camadas de ar re-
v(t), verifica-se que, no intervalo de tempo [0, 4] s, a velocidade au- lativamente ao satélite.
menta, logo, trata-se de um movimento acelerado. Como o aumen- 2. (B). O comprimento de onda é diretamente proporcional à velo-
to da velocidade não é o mesmo para iguais intervalos de tempo cidade de propagação e o índice de refração é inversamente pro-
! "
(a linha no gráfico não é uma reta), a aceleração não é constante. n v
porcional à velocidade 1 = 2 .
1.2 Na descida do cansat, entre aproximadamente 17 s e 122 s, o n2 v1
gráfico h(t) apresenta uma reta, o que significa uma velocidade de 3. (D). Se uma mesma massa receber a mesma energia, a variação
descida constante (o declive da tangente ao gráfico é sempre o de temperatura será inversamente proporcional à capacidade tér-
mesmo), e igual à velocidade média. Admitindo que um referencial E
mica mássica: ΔT = .
Ox, de sentido positivo de baixo para cima, a componente escalar mc
Δh (120 – 920) m
da velocidade média, segundo Ox, é vm = = = GRUPO IV
Δt (110 – 35) s
–1 –1
= –10,7 m s . O módulo da velocidade, 10,7 m s , encontra-se in- 1. Cálculo da massa de Fe2O3 (s) que existe em 100 toneladas de
cluído no intervalo recomendado. hematite: 100 toneladas de hematite contêm 30% de impurezas,
logo contêm (100% − 30%) = 70% de Fe2O3 (s); mFe2O3 = 1,0 × 108 g ×
1.3 No instante 60 s, a velocidade é constante, logo a aceleração × 0,70 = 7,00 × 107 g.
é nula. As forças que atuam são o peso e a força de tensão do fio. m
Cálculo da quantidade de Fe2O3 (s) que reage: nFe2O3 = =
Como a resultante é nula, elas são simétricas. A intensidade da 7
7,00 × 10 g M
5
tensão do fio é igual a mg = 0,350 kg × 10 m s–2 = 3,5 N. = = 4,383 × 10 mol.
159,70 g mol–1
1.4 (A). Na descida a velocidade é constante, logo, também a Cálculo da massa de ferro que é produzida: de acordo com a es-
1 tequiometria da reação, por reação de 1 mol de Fe2O3 obtém-se
energia cinética, Ec = mv2. Assim, a energia mecânica aumen-
2 1 mol Fe2O3 4,383 × 105 mol Fe2O3
ta com a energia potencial gravítica (Epg = m g h): Em = Ec + m g h 2 mol de Fe, pelo que = ⇒
2 mol Fe nFe
(a energia mecânica aumenta linearmente com a altura; ao atingir
⇒ nFe = 8,766 × 105 mol ⇒ mFe = 55,85 g mol–1 × 8,766 × 105 mol =
o solo, h = 0, a energia mecânica é igual à energia cinética com
= 4,90 × 107 g = 49,0 t.
que o cansat chega ao solo).
2. (C). Um aumento de pH implica a diminuição da concentração
2.1 (A). No movimento circular uniforme a resultante das forças é
de H3O+. A reação direta é favorecida, pelo que a concentração de
perpendicular à circunferência descrita e aponta para o centro da
CO2 diminui e a concentração de HCO –3 aumenta.
circunferência.
380
SOLUÇÕES
3. Cálculo da quantidade de CO2 que reagiu em 1,0 dm3 de solu- 3. (A). As afirmações (B), (C) e (D) são recomendações de prudência.
0,05
ção: nCO2 = 2,0 mol × = 0,0010 mol.
100 Prova-modelo 4 (pág. 348)
Cálculo da quantidade de H3O+ que se formou, em 1,0 dm3 de so-
lução, e do pH: da estequiometria da reação, 1 mol de CO2 origina GRUPO I
1 mol de H3O+, n(H3O+) = 0,0010 mol ⇒ [H3O+] = 1,0 × 10–3 mol dm–3 ⇒ 1. (D). E = Er A Δt = 1 kW m–2 × 100 × 10–4 m2 × 5 h = 0,050 kW h.
⇒ pH = 3. 2. O rendimento estabelece-se pelo quociente entre a potência
GRUPO V útil, Pu = U I, e a potência incidente na célula, Pinc = Er A. Do grá-
fico, verifica-se que as potências máximas úteis ocorrem ambas
1. (D). Verifica-se, a partir do gráfico, que o Fe(OH)3 (s) é muito solúvel
para tensões de 0,40 V, quando as correntes elétricas são 2,10 A e
em água para valores de pH inferiores a 2, enquanto o A!(OH)3 (s)
0,40 A, respetivamente, para a maior e a menor irradiância. Assim,
é muito solúvel em água para valores de pH inferiores a 4. Assim, Pu 0,40 × 2,10 W
para valores de pH entre 2 e 3 apenas precipitará o Fe(OH)3. os rendimentos (η = × 100) são: η1000 = ×
Pinc 1000 × 100 × 10–4 W
2. A água quimicamente pura a 25 °C tem pH = 7. Verifica-se, a 0,40 × 0,40 W
partir do gráfico, que para este pH, ambos os sais se tornam inso- × 100% = 8,4% e η200 = × 100% = 8,0%. A cé-
200 × 100 × 10–4 W
lúveis. Conclui-se, assim, que não se verificará a solubilização de lula apresenta um rendimento máximo praticamente igual para as
nenhuma das substâncias. duas irradiâncias. A pequena diferença registada pode justificar-
-se pelas incertezas de leitura.
GRUPO VI
1.1 (A). A abundância Y é 100 − (90,48 + 0,27) = 9,25%. Se os isó- GRUPO II
topos Ne-20 e Ne-22 (os dois isótopos mais abundantes) tives- 1.1 (A). A corrente elétrica diminui quando aumenta a resistência
sem abundâncias semelhantes, a massa atómica relativa média do ε
néon seria próxima de 21,0. Como o isótopo Ne-20 é muito mais
abundante do que o Ne-22, prevê-se que a massa atómica relativa
elétrica, não se relacionando linearmente I =
ε
! R1 + r "
. A corrente
381
FÍSICA E QUÍMICA A
Soluções
de energia potencial, pelo que também é simétrica da variação de 3.1 (B). mO = (2,572 − 2,552) g = 0,020 g, a que corresponde a
! "
80 2 MCuO
energia cinética: –ΔEc = 0,5 × 1000 kg × m s–1 = 2,47 × 10–5 J. seguinte massa de óxido de cobre(II): mCuO = 0,020 × =
3,6 MO
–ΔEc 2,47 × 10–5 J 79,55 g mol–1 mCuO
A massa de gelo que fundiria seria m = = = = 0,020 g × = 0,099 g. %(CuO) = × 100 =
Δh 3,34 × 105 J kg–1 16,00 g mol–1 mlâmina
= 0,74 kg. 0,099 g
= × 100 = 3,8%.
80 80 2,572 g
2. x = v0t – 0,5at2 → 186 = t – 0,5at2 e v = v0 – at → 0 = – at.
3,6 3,6 3.2 A equação química da reação de restauro do brilho da lâmina
Resolvendo o sistema das duas equações obtém-se a = 1,33 m s–2. e os números de oxidação dos diferentes átomos são
A resultante das forças é a resultante das forças de atrito, CuO (s) + H2 (g) ⇒ H2O (g) + Cu (s)
F = Fa = m a = 1000 kg × 1,33 m s–2 = 1,33 × 103 N → 1,3 × 103 N . +2 −2 0 +1 −2 0
3. Em ambos os casos, a soma dos trabalhos realizados pelas Δn.o.(Cu) = 0 – (+2) = –2 e Δn.o.(H) = +1 – 0 = +1. Verifica-se que o
forças que atuam no carro é a mesma, dado que a variação de número de oxidação do cobre diminui, o que traduz a redução da
energia cinética é a mesma, pois, em ambos os casos, o carro espécie CuO, enquanto o número de oxidação do hidrogénio au-
acaba por se imobilizar. Na subida do plano inclinado, para além menta, o que traduz a oxidação da espécie H2. Conclui-se, assim,
do trabalho das forças de atrito, a força gravítica também realiza que o processo de restauro do brilho da lâmina traduz uma reação
trabalho, ambos do mesmo sinal (negativos). Assim, o trabalho rea- de oxidação-redução, pois há variação dos números de oxidação,
lizado pela resultante das forças de atrito seria menor, em módulo, ou seja, há transferência de eletrões entre as espécies envolvidas.
no plano inclinado. Como o trabalho realizado pela resultante das
forças de atrito é diretamente proporcional ao deslocamento, a GRUPO VIII
distância percorrida no plano inclinado seria também menor.
1. (D). As soluções I e II estão saturadas, ou seja, a quantidade de
4. (C). Se as forças de atrito fossem nulas também seria nula a re- soluto dissolvida por unidade de volume é a mesma, pelo que a
sultante das forças, pelo que não haveria variação da velocidade. concentração das duas soluções é igual. O fluoreto de chumbo
Assim, a velocidade seria constante. (soluto) adicionado à solução I dissolve-se e precipita ao mesmo
ritmo, atingindo-se assim, o equilíbrio entre o soluto dissolvido e
GRUPO V o soluto por dissolver, mantendo-se, por isso, a concentração da
1. (A). As concentrações iniciais de A e de B, respetivamente solução já saturada.
2,0 mol dm−3 e 3,0 mol dm−3, passam no equilíbrio para 1,5 mol dm−3 2. (C). Ks = |Pb2+|e |F–|e2 ⇔ Ks = s × (2s)2 = 4s3 ⇒
e 0,5 mol dm−3. Assim, por cada dm3, as quantidades das espécies
# #
3 3
A e B diminuem −0,5 mol e −2,5 mol, respetivamente, o que per- Ks 7,1 × 10–7
⇒s= = = 5,62 × 10–3 mol dm–3 ;
mite concluir que a proporção em que as espécies A e B reagem 4 4
entre si é 1 mol A : 5 mol B. [F–] = 2s = 2 × 5,62 × 10–3 mol dm–3 = 1,1 × 10–2 mol dm–3.
2. Uma vez que a variação de entalpia do sistema é positiva, a rea- 3. O Pb(NO3)2 é um sal muito solúvel, pelo que se prevê que a
ção de formação das espécies C e D, ou seja, a reação direta, é concentração do ião Pb2+ (aq) seja muito maior do que a solubili-
endotérmica, pelo que a reação inversa é exotérmica. De acordo dade de PbF2. Assim, quando se adiciona PbF2 a uma solução de
com o Princípio de Le Châtelier, uma diminuição da temperatura Pb(NO3)2 (aq), a solubilidade do PbF2 será menor do que em água
favorece a reação exotérmica, que, neste caso, é a reação inversa. devido à presença em solução de iões Pb2+ (aq), que, de acordo
Deste modo, se a temperatura diminuir as concentrações de C e D com o Princípio de Le Châtelier, irão favorecer a reação de preci-
irão diminuir e as concentrações de A e B irão aumentar. pitação.
3. (A). O valor da constante de equilíbrio varia com a temperatura, 4. Cálculo da concentração de ião F– (aq): Ks = |Pb2+|e |F–|e2 ⇔
não dependendo da composição inicial do sistema.
#
7,1 × 10–7
⇔ 7,1 × 10–7 = 1,50 × 10–3 × |F–|2 ⇒ [F–] = mol dm–3 =
GRUPO VI 1,50 × 10–3
1. (B). A densidade relativa do estanho constituinte da amostra = 2,17 × 10–2 mol dm–3.
pode ser determinada pelo quociente entre a massa da amostra Cálculo da concentração hidrogeniónica e do pH da solução ne-
do metal de estanho (mA) e a massa de água de volume igual ao cessário para que o fluoreto de chumbo possa precipitar:
|F–|e|H3O+|e 2,17 × 10–2 × |H3O+|
volume daquela amostra. A massa de água de volume igual ao vo- Ka = ⇔ 6,8 × 10–4 = ⇒ [H3O+] =
lume da amostra do metal (ou a massa de água deslocada) é dada |HF|e 0,10
por [(mA + mB) − mC]. = 3,13 × 10–3 mol dm–3; pH = –log|H3O+| = –log (3,13 × 10–3 ) = 2,5.
2. (D). Uma vez que o erro percentual é negativo, o valor experi-
mental da densidade relativa do metal é inferior ao valor usado
como referência. Como aquele erro é muito pequeno, pode consi-
derar-se que o resultado obtido tem grande exatidão (maior exati-
dão significa maior proximidade relativa entre o valor experimental
e o valor de referência).
3. (A). Dado que se trata de um aparelho digital, a incerteza de lei-
tura é a menor diferença entre leituras, neste caso é 0,01 g.
GRUPO VII
1. (A). Apenas a lâmina de chumbo cede eletrões ao Cu2+ (aq), logo,
o chumbo é o metal que apresenta maior poder redutor, e, conse-
quentemente, os iões Pb2+ (aq) têm menor poder oxidante, ou seja,
têm menor tendência para captar eletrões.
2. (C). Ocorre a redução dos iões Cu2+ (aq) e forma-se um depósi-
to de cobre.
382
Anexos
Anexos
Tabela de constantes
Capacidade térmica mássica da água líquida c = 4,18 × 103 J kg−1 K−1
Formulário
N m V m
"= !
n= !
! M= !
! Vm = !
! !
NA n n V
• Soluções
n nA
c= !
! xA = !
!! pH = –log ![H3O+] / mol dm–3"
V ntotal
1
Ec = ! m v 2 Epg = m g h Em = Ec + Ep
2
W = F d cos # W = $Ec W = – Epg
U=RI P = R I2 U=%–rl
E = m c $T $U = W + Q P
Er = !
A
• Mecânica
1
x = x0 + v0 t + ! a t2 v = v0 + a t
2
v2 2'
ac = ! &= ! v=&r
r T
d
d m1 m2
F =ma Fg = G !
r2
• Ondas e eletromagnetismo
v |$)m |
(= ! )m = B A cos # |εi| = ! !
f $t
c n1 sin #1 = n2 sin #2
n= !
v
383
384
TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS
Anexos
1 18
1 2
H He
1,01 2 13 14 15 16 17 4,00
3 4 Número atómico 5 6 7 8 9 10
Li Be Elemento B C N O F Ne
6,94 9,01 Massa atómica relativa 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg Al Si P S Cl Ar
22,99 24,31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,98 28,09 30,97 32,06 35,45 39,95
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,38 69,72 72,63 74,92 78,97 79,90 83,80
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,95 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29
55 56 57-71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba Lantanídeos Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98
87 88 89-103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Fl Mc Lv Ts Og
Actinídeos
57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
138,91 140,12 140,91 144,24 150,36 151,96 157,25 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97
Bom estudo.
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