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Alcoviteira

Na cena da Alcoviteira do Auto da barca do inferno de Gil Vicente, Brísida Vaz quando chega
ao cais é questionada sobre a bagagem que leva, e a mesma responde que são instrumentos do
seu oficio, os símbolos cénicos que levava eram: 600 virgos postiços e um estrado de cortiça
(que estavam ligados á prostituição) , 3 arcas com feitiços (que estavam ligadas á feitiçaria) 3
almarios de mentir e 5 cofres de enleios ( que estavam ligados á mentira) e alguns frutos alheios
e joias de vestir ( que estavam ligados ao roubo).
Durante o percurso da personagem ela passa pela barca do inferno, barca da glória e novamente
pela barca do inferno, porem desta vez de forma definitiva.
A alcoviteira era uma personagem que explorava a prostituição, arranjava casamentos, mentia e
roubava. Ela também era cínica, hipócrita, convencida e enganadora.
Nesta cena, Gil Vicente pretendia criticar a atividade da alcoviteira, mas também os seus
clientes, sobretudo os membros do clero que recorriam aos favores destas mulheres para
arranjarem raparigas.

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