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Leia.
A pipoca surgiu há mais de mil anos, na América, mas ninguém sabe ao certo como foi. Um nativo pode ter
deixado grãos de milho perto do fogo e de repente: POP! POP! Eles estouraram e viraram flocos brancos e fofos.
Que susto!
Quando os primeiros europeus chegaram ao continente americano, no século 15, eles conheceram a pipoca
como um salgado feito de milho e usado pelos índios como alimento e enfeite de cabelo e colares.
Arqueólogos também encontraram sementes de milho de pipoca no Peru e no atual estado de Utah, nos Estados
Unidos. Por isso, acreditam que ela já fazia parte da alimentação de vários povos da América no passado.
Disponível em: www.recreionline.abril.com.br
02.De acordo com esse texto, no século 15, chegaram ao continente americano os:
(A) nativos. (B) índios. (C) europeus. (D) arqueólogos.
04. Nesse texto, a expressão “cabeça no mundo da lua” significa que o filho
(A) dorme pouco à noite.
(B) é bagunceiro.
(C) está disperso.
(D) está fora da sala de aula
Leia.
Dos 20.000 habitantes de Pompeia, só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto
de 79 D.C. Varrida do mapa em horas, a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas. Por ironia, a
catástrofe salvou Pompeia dos conquistadores e preservou-a para o futuro, como uma joia arqueológica. Para quem já
esteve lá, a visita é inesquecível.
A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual Avançada da Universidade
Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, criar imagens minuciosas, com apoio do Instituto Americano de Arqueologia.
Milhares de detalhes arquitetônicos tornaram-se visíveis. As imagens mostram até que nas casas dos ricos se comia pão
branco, de farinha de trigo, enquanto na dos pobres comia-se pão preto, de centeio.
Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020, da Universidade da Califórnia, trata da restauração virtual da
história de Roma, desde os primeiros habitantes, no século XV A.C., até a decadência, no século V. Guias turísticos
virtuais conduzirão o visitante por paisagens animadas por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas, aquedutos, termas e
sepulturas desfilarão, interativamente. Será possível percorrer vinte séculos da história num dia. E ver com os próprios
olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para contar com palavras.
Disponível em: Revista Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.
07. Ao observar o quadro da previsão do tempo para o final de semana, pode-se afirmar que no sábado haverá sol com
(A) muitas nuvens durante o dia. Períodos nublados, com chuva a qualquer hora.
(B) algumas nuvens ao longo do dia. À noite ocorrem pancadas de chuva.
(C) muitas nuvens. À noite não chove.
(D) pancadas de chuva ao longo do dia. À noite, tempo aberto sem nuvens.
Texto I – Telenovelas empobrecem o país
Parece que não há vida inteligente na telenovela brasileira. O que se assiste todos os dias às 6, 7 ou 8 horas da noite é algo
muito pior do que os mais baratos filmes “B” americanos. Os diálogos são péssimos. As atuações, sofríveis. Três minutos
em frente a qualquer novela são capazes de me deixar absolutamente entediado – nada pode ser mais previsível.
Disponível em: texto 1 - Antunes Filho. Veja, 11/mar/96. Texto 2 - Veja, 24/jan/96.
Texto 1 - As Borboletas
Brancas São alegres e francas.
Azuis Borboletas azuis
Amarelas Gostam muito de luz.
E pretas As amarelinhas
Brincam na luz São tão bonitinhas!
As belas borboletas E as pretas, então . . .
Borboletas brancas Oh, que escuridão!
10. No último quadrinho desse texto, no trecho “Se eu conseguir tirar ele daqui...”, a palavra destacada estabelece relação
de
(A) alternância. (B) conclusão. (C) condição. (D) explicação.
FAMÍLIA BRASILEIRA NÃO É MAIS A MESMA
O crescimento da proporção de solitários é um aspecto das mudanças na estrutura familiar brasileira, reveladas
pelos dados do IBGE. Uma tendência confirmada pela amostra é o avanço da mulher como chefe de domicílio. No último
censo, 26,7% das famílias tinham a mulher como cabeça, contra 20,5% em 1991. Para a socióloga Lilibeth Cardoso
Roballo Ferreira, esse dado tem relação com o número de pessoas que vivem sós. Para efeito da Amostra do Censo, em
uma casa habitada por apenas uma mulher, ela é a chefe, o que ocorreu em 17,9% dos casos. Enquanto isso, apenas 6,2%
dos domicílios chefiados pelo homem tinham apenas um morador.
Outra mudança importante na estrutura familiar é o crescimento das uniões consensuais, acompanhado pela queda
no número de casamentos legais. Entre 1991 e 2000, subiu de 18,3% para 28,3% a porcentagem de brasileiros que
preferem a união consensual. Em contrapartida, a proporção de pessoas com casamento registrado em cartório caiu, no
mesmo período, de 57,8% para 50,1%.
A queda da taxa de fecundidade, por sua vez, provocou também a diminuição do número médio de pessoas por
família, de 3,9 em 1991 para 3,5 em 2000. As famílias com até quatro componentes representam 60% do total. Por causa
disso, o Brasil, aproxima-se de um padrão observado em países desenvolvidos, onde o crescimento populacional é
substituído pela reposição da população, ou seja, o número de nascimento está perto do número de óbitos.
11. O uso de “Em contrapartida”, no trecho “Em contrapartida, a proporção de pessoas com casamento registrado caiu”,
estabelece a relação de oposição com a ideia de
(A) acréscimo espantoso da população brasileira.
(B) aumento do percentual da preferência pela união consensual.
(C) aumento no número de nascimentos em relação ao óbito.
(D) crescimento do número de famílias que têm a mulher na liderança.
A letra e a música
Quando nos encontramos
Dizemo-nos sempre as mesmas palavras que todos os amantes dizem...
Mas que nos importa que as nossas palavras sejam as mesmas de sempre?
A música é outra!
QUINTANA, Mário. A cor do invisível. 2ª ed. São Paulo: lobo, 1994. p. 96.
12. No primeiro verso “Quando nos encontramos”, a expressão destacada estabelece uma relação de
(A) causalidade. (B) finalidade. (C) proporcionalidade. (D) temporalidade.
Necessidade de alegria
O ator que fazia o papel de Cristo no espetáculo de Nova Jerusalém ficou tão compenetrado da magnitude da
tarefa que, de ano para ano, mais exigia de si mesmo, tanto na representação como na vida rotineira.
Não que pretendesse copiar o modelo divino, mas sentia necessidade de aperfeiçoar-se moralmente, jamais se
permitindo a prática de ações menos nobres. E exagerou em contenção e silêncio. Sua vida tornou-se complicada, pois os
amigos de bar o estranhavam, os colegas de trabalho no escritório da Empetur (Empresa Pernambucana de Turismo)
passaram a olhá-lo com espanto, e em casa a mulher reclamava do seu alheamento.
No sexto ano de encenação do drama sacro, estava irreconhecível. Emagrecera, tinha expressão sombria no olhar,
e repetia maquinalmente as palavras tradicionais. Seu desempenho deixou a desejar.
Foi advertido pela Empetur e pela crítica: devia ser durante o ano um homem alegre, descontraído, para tornar-se
perfeito intérprete da Paixão na hora certa. Além do mais, até a chegada a Jerusalém, Jesus era jovial e costumava ir a
festas.
Ele não atendeu às ponderações, acabou destituído do papel, abandonou a família, e dizem que se alimenta de
gafanhotos no agreste.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei.2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p.56.
Moral da História: Não devemos exigir que alguém compartilhe conosco as desventuras, quando não lhes
compartilhamos também as nossas alegrias.
Disponível em: http://sitededicas.uol.com.br.
14.O fato que deu origem a essa história foi
(A) o amigo ter abandonado o outro companheiro. (B) o viajante ser perseguido por homens armados.
(C) os amigos ficarem perdidos em uma estrada. (D) os viajantes encontrarem uma bolsa com moedas.
16. Nesse texto, o argumento que sustenta a tese de que "investir em películas tem sido a regra em todo o mundo e dá
lucro" é que
(A) as cópias se multiplicam.
(B) as figuras saltam da tela.
(C) os filmes são quase reais.
(D) os lucros são astronômicos.
Guia do visitante
Um bom momento de lazer e entretenimento pode estar aliado à arte, cultura e história.
O MON realmente acredita nesta proposta e pretende ser um organismo vivo, que abriga ideias, pensamentos e
inquietações na forma de obras, manifestações artísticas, exposições. Um local para a comunidade conhecer e se
reconhecer. Aproveite. Frequente. Visite e volte sempre. Bem-vindo a esse patrimônio do povo brasileiro. Bem-vindo ao
nosso Museu. O Museu Oscar Niemeyer. [...]
DICAS DE VISITAÇÃO:
● Inicie sua visita pelas salas expositivas no piso superior.
● No subsolo, não deixe de conhecer o Espaço Oscar Niemeyer e a Galeria Niemeyer.
● Finalize sua visita na Torre e no famoso Olho.
● Caso tenha utilizado o guarda-volumes, não se esqueça de retirar seus pertences ao final da visita.
● Não toque nas obras de arte. As peças são únicas e muito delicadas. Ajude-nos a preservar o patrimônio para as futuras
gerações.
● As exposições só podem ser fotografadas mediante autorização, utilizando apenas câmeras de uso pessoal, sem flashes
ou luzes fortes.
● As salas de exposição são mantidas em temperaturas mais baixas e com umidade controlada. Essas condições são ideais
para a conservação das obras e seguem critérios museológicos de padrão internacional.
Guia do Visitante, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, PR, dez. 2010, p. 1. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
17. Nesse texto, em “DICAS DE VISITAÇÃO”, os três primeiros tópicos estão em destaque para:
(A) alertar o visitante sobre a Torre e o Olho.
(B) destacar cuidados que o visitante deve observar.
(C) orientar sobre pontos de destaque do museu.
(D) reforçar as ordens de visitação ao museu.
18. A expressão destacada na frase “– Nem lenço, nem 67ourenço. Não sou lenço de ninguém. A menos que...” indica
que o político
(A)pode aceitar o cargo, sob certas condições.
(B) foi interrompido e não conseguiu terminar a frase.
(C) tomará a decisão por conta própria.
(D) está despreparado para o cargo.
A CHUVA
A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as praças.
A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira.
A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu
de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os guarda-
chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou
meu nome. A chuva ligou o para-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A
chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva
senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva
corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo
teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva
molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas
poças. A chuva secou ao sol.
Poema de Arnaldo Antunes.
19. Todas as frases do texto começam com "a chuva". Esse recurso é utilizado para:
(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
(B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.
(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.
(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.
Um dia de professor
"E Dom Pedro tirou a espada e gritou...” Eu Iecionava para crianças de 7 anos. O desenho do personagem He-
man, com sua poderosa espada de Greyskull, era febre entre a garotada. Na semana da Pátria, eu estava empolgadíssima,
falando sobre a Independência do Brasil. Contava sobre a chegada de Dom Pedro às margens do riacho do Ipiranga, onde
havia ocorrido o grito da Independência. Diante da classe atenta, eu gesticulava, dando um colorido especial ao episódio:
– Dom Pedro, indignado, tirou a espada e disse... Nesse momento, um aluno se antecipou e, do meio da sala,
gritou:
– Pelos poderes de Greyskull!!! Parei espantada, olhei para ele e caí na gargalhada acompanhada, é claro, pelo
restante da classe.
FELISIMINA DALVA TEIXEIRA, dalvafelis@uol.com.br Revista Nova Escola. N°182, maio de 2005. P.6.
“Chatear” e “encher”
Um amigo meu me ensina a diferença entre ―chatear e encher. Chatear é assim: Você telefona para um escritório
qualquer na cidade.
– Alô! Quer me chamar, por favor, o Valdemar?
– Aqui não tem nenhum Valdemar. Daí a alguns minutos você liga de novo:
– O Valdemar, por obséquio. – Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar.
– Mas não é do número tal?
– É, mas aqui não trabalha nenhum Valdemar.
Mais cinco minutos, você liga o mesmo número:
– Por favor, o Valdemar já chegou?
– Vê se te manca, palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou aqui?
– Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí.
– Não chateia.
Daí a dez minutos, liga de novo
– Escute uma coisa! O Valdemar não deixou pelo menos um recado? O outro desta vez esquece a presença da
datilógrafa e diz coisas impublicáveis. Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova
ligação:
– Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém telefonou para mim?
21. No trecho ― Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar, o emprego do termo destacado sugere que o
personagem, no contexto
(A) era gentil.
(B) era curioso.
(C) desconhecia a outra pessoa.
(D) revelava impaciência.