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Leia os textos abaixo.

REVISÃO SAERJINHO
Texto 1
O OUTRO LADO DO REALITY SHOW
Pode-se dizer que tudo começou com a webcam. O uso pessoal da câmera para internet atraiu milhares
de curiosos, que passavam horas observando outro internauta navegando,comendo, dormindo. Observando
até mesmo sua ausência.
Foi então que a webcam deu lugar a 60 câmeras espalhadas por uma casa habitada por pessoas que não
se importam em compartilhar sua intimidade com todo o país. Pelo contrário, muitos até gostam de expor
seu comportamento e sua total incapacidade para desenvolver uma conversa cujo conteúdo não seja a vida
dos demais.
Muitos, não todos. Apesar de a maioria dos participantes dos reality shows atender às expectativas do
público, alguns nos surpreendem com suas atitudes, dando verdadeiras lições de moral, companheirismo e
autenticidade. Mas será que alguém aqui fora consegue enxergar isso?
A qualidade do reality show depende também do telespectador, de como ele entende o programa. [...]
Tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, e se as pessoas optarem pelo bom poderão desfrutar, nos reality
shows, de momentos de observação da espécie humana, como aqueles proporcionados pelos programas do
National Geographic. Claro, se este estiver fora do ar.
DIAS, Cristina. Disponível em: <http://www.pucrs.br/provas/red022b.htm>. Acesso em: 11 jan. 2014. Fragmento .
Texto 2
EDUCAÇÃO NUM PROGRAMA DE DIVERSÃO?
A diversão é a alma do negócio. O intuito de distrair a população surgiu já na Idade Antiga, com o
panis et circences (pão e circo), pois assim [...] amenizavam os problemas sociais vividos na época. Os anos
passaram, mas o objetivo continua o mesmo: desviar a atenção da realidade [...].
Essa grande leva de programas que se intitulam “shows de realidade” servem para abstrair um pouco das
nossas mentes as incomodações que temos durante o dia.
[...] A trama criada (intuitivamente ou não) pelos “pseudoatores” nos remete ao mesmo sentimento que
temos com as novelas, porém, com um ingrediente diferente: o nosso total desconhecimento dos “artistas”.
Essa junção de suspense e tragicomédia é que nos leva à frente dos televisores todos os dias.
O aculturamento, no entanto, que os reality shows trazem consigo é grande, pois tiram um espaço
precioso no maior meio de comunicação disponível no momento. No lugar desses programas, poderíamos
estar aprendendo alguma coisa mais importante, interessante, educativa, que nos inspirasse um sentimento
de cidadania maior. O espaço ocupado por bobagens é imenso. [...]
A televisão deveria, portanto, organizar sua grade de programação de forma a prestigiar aquilo que
pode melhorar a cultura da população. Partindo desse princípio, aí sim poderíamos investir em outros tipos
de entretenimento, pois realmente se faz necessário um descanso alegre e tranquilo para o povo, que trabalha
e estuda durante o dia inteiro. [...]
ZUCATTI, Daniel Noronha. Disponível em: <http://www.pucrs.br/provas/red022b.htm>. Acesso em: 11 jan. 2014. Fragmento.

Questão 01
Sobre os reality shows, os autores desses textos
A) compartilham da mesma opinião. B) defendem a extinção desse tipo de programa.
C) demonstram opiniões diferentes. D) expõem argumentos semelhantes.
E) mostram uma visão positiva desses programas.

Questão 02
No Texto 1, no trecho “Mas será que alguém aqui fora consegue enxergar isso?” (ℓ. 10-11), o ponto de
interrogação foi usado para
A) demonstrar suspense. B) despertar curiosidade no leitor.
C) expressar uma dúvida do autor. D) indicar indignação.
E) propor uma reflexão ao leitor.

Questão 03
No segundo parágrafo do Texto 2, entende-se que o autor
A) conhece a fórmula dos reality shows. B) demonstra sua preferência por filmes de suspense.
C) gosta de programas que unem comédia e tragédia. D) prefere assistir novelas a reality shows.
E) reconhece a importância desses programas na mídia.

Questão 04
No Texto 1, o trecho que apresenta ironia é:
A) “Pode-se dizer que tudo começou com a webcam.”. (ℓ. 1)
B) “Observando até mesmo sua ausência.”. (ℓ. 3)
C) “... alguns nos surpreendem com suas atitudes, dando verdadeiras lições de moral,...”. (ℓ. 9-10)
D) “A qualidade do reality show depende também do telespectador, de como ele entende o programa.”.
E) “... como aqueles proporcionados pelos programas do National Geographic. Claro, se este estiver fora
do ar.”. (ℓ. 15-16)
Questão 05
No Texto 2, qual é o trecho que apresenta a tese defendida pelo autor?
A) “A diversão é a alma do negócio.”. (ℓ. 1)
B) “Essa junção de suspense e tragicomédia é que nos leva à frente...”. (ℓ. 9-10)
C) “O aculturamento, [...] que os reality shows trazem consigo é grande,...”. (ℓ. 11)
D) “A televisão deveria, portanto, organizar sua grade de programação...”. (ℓ. 16)
E) “... investir em outros tipos de entretenimento,...”. (ℓ. 18)
Questão 06
De acordo com o Texto 2, os reality shows provocam um aculturamento porque
A) amenizam os problemas sociais vividos pelos telespectadores.
B) apresentam pessoas desconhecidas do meio artístico.
C) despertam nos telespectadores o mesmo sentimento que as novelas.
D) ocupam um espaço que poderia ser usado para programas culturais.
E) provocam incomodações nas mentes dos telespectadores.
Questão 07
No Texto 2, no trecho “A diversão é a alma do negócio.” (ℓ. 1), a palavra em destaque é o mesmo que
A) condição principal. B) coragem.
C) criação. D) fase inicial.
E) sensibilidade.
Questão 8
No Texto 2, no trecho “A televisão deveria,...” (ℓ. 16), o uso da palavra destacada
A) apresenta um pedido. B) dá uma sugestão.
C) demonstra insegurança. D) indica dúvida.
E) passa uma ordem.

Leia o texto abaixo.


BEGOROTIRE – O HOMEM-CHUVA
Begorotire era um índio feliz. Certo dia, porém, tendo sido injustiçado na divisão da caça, ficou
furioso, decidindo sair à procura de um novo lugar para viver.
Cortou os cabelos da esposa e da filha, pintando a família com uma tintura preta que havia retirado do
jenipapo. Pegou um pedaço de madeira pesada e resistente, fazendo a primeira borduna1 Kaiapó2, com o
cabo trançado em preto e a ponta tingida com sangue da caça. Chegou, então, ao alto de uma montanha [...]
e começou a gritar. Seus gritos soaram como trovões. Girou fortemente a borduna no ar e de suas pontas
saíram relâmpagos. Em meio ao barulho e às luzes, Begorotire subiu aos céus.
Os índios, assustados, atiraram as suas flechas, mas nada conseguiu impedir que o índio desaparecesse
no firmamento. As nuvens assustadas derramaram chuva. Por isso, Begorotire tornou-se o homem-chuva.
Tempos depois, levou toda a sua família para o céu, onde nada lhes faltava, e de lá muito fez para
ajudar os que tinham ficado na Terra. Juntou sementes de suas fartas roças, secou-as sobre o jirau3,
entregando depois à filha, para levá-las à Terra. A índia desceu dentro de uma enorme cabaça amarrada a
uma longa corda, tecida com as próprias ramas do vegetal.
Um dia, caminhando pela floresta, um jovem encontrou a cabaça, amarrou-a com cipós e pedaços de
madeira e, com a ajuda dos amigos levou-a para a aldeia. Sua mãe, abrindo a cabaça, encontrou a índia, a
filha da chuva, que estava magra e com longos cabelos, por ter permanecido dentro da cabaça por muito
tempo.
A jovem, retirada da cabaça e alimentada, teve seus cabelos aparados. Ao ser indagada, a filha da
chuva explicou por que viera, entregando-lhes as sementes enviadas por seu pai e deixando todos muito
felizes. O jovem que encontrou a cabaça casou-se com a moça, passando esta a morar novamente na Terra.
Com o tempo, ela resolveu visitar os pais.
Pediu ao esposo que vergasse um pé de pindaíba, trazendo a copa até o chão. Sentou-se sobre ela, ao
soltarem a árvore, a índia foi lançada ao céu. Ao retornar, trouxe consigo toda a família e cestos repletos de
bananas e outros frutos silvestres.
Begorotire ensinou a todos como cultivar as sementes e cuidar das roças, regressando depois ao seu
novo lar. Até hoje, quando as plantas necessitam de água, o homem-chuva provoca trovões, fazendo a chuva
cair sobre as roças para mantê-las sempre verdes.
Disponível em: <http://carmemdevas.arteblog.com.br/r32741/Lendas-e-Mitos-dos-Indios-Brasileiros/>. Acesso em: 13 maio 2014.
1Borduna: instrumento de defesa indígena. 2Kaiapó: tribo indígena. 3Jirau: esteira.

Questão 09
Esse texto é um exemplo de
A) biografia. B) crônica.
C) lenda. D) notícia.
E) resumo
Questão 10
De acordo com esse texto, o homem-chuva provoca trovões quando
A) as plantas precisam de água. B) as roças precisam ser cuidadas.
C) as sementes são plantadas nas roças. D) os amigos da aldeia precisam de ajuda.
E) os índios atiram flechas.
Questão 11
No trecho “... para levá-las à Terra.” (ℓ. 14), o termo em destaque retoma
A) luzes. B) flechas.
C) sementes. D) ramas.
E) plantas.
Questão 12
Nesse texto, na frase “As nuvens assustadas derramaram chuva.” (ℓ. 10), se o termo em destaque for
substituído pela palavra “céu”, a frase seria:
A) O céu assustado derramaram chuva. B) O céu assustado derramou chuva.
C) Os céu assustado derramou chuva. D) Os céu assustados derramaram chuva.
E) Os céus assustado derramaram chuvas.

Questão 13
A história contada nesse texto tem início quando
A) Begorotire girou a borduna no ar e formou relâmpagos.
B) Begorotire provocou trovões para que a chuva caísse.
C) Begorotire sofreu uma injustiça na divisão da caça.
D) o jovem achou a cabaça no caminho pela floresta.
E) os índios atiraram suas flechas em Begorotire.
Leia os textos abaixo:
Texto 1
UM DIA SEM COMPUTADOR
O que fazer num dia sem computador? Existe um mundo de coisas contido nesta pergunta. Primeiro, e
antes de tudo, se trata de um dia sem cliques. Sem Google, sem Reuters, sem BBC de Londres, sem
Wikipédia, sem Gmail, [...] sem YouTube, [...] sem Word, sem Photoshop, sem copy e paste, sem zoom,
sem abrir nada, sem fechar nada, sem salvar nada. [...] sem queimar disco, sem usar este Nero que
homenageia aquele outro que, num dia enfadonho, tocou fogo em Roma. [...]
E vejo que tantas são as coisas que faço com o computador ligado. E são “coisas” tão
rotineiras que, somente ao pensar em um dia sem computador, me dou conta do muito que é minha
interação, minuto a minuto, hora a hora, com o computador. [...]
E, no entanto, reza a lenda que medos, persas e fenícios nasciam, cresciam e morriam sem ao menos
fazer uso de computador. Estes povos não abriam programas, percorriam livros. Não salvavam documentos,
acessavam memórias. Não digitavam documentos, escreviam mensagens. Não clicavam na tela “enviar”
para que as notícias viajassem o mundo, deslocavam-se a agências dos correios, escolhiam o selo,
lambuzavam a goma arábica, observavam o envelope enrugar, criar ondulações, pagavam e saíam felizes da
vida por saberem que a mensagem já estava “a caminho”. [...]
ARAÚJO, Washington. Disponível em: <http://www.mundotexto.com.br/redacao/redacaoDissertativa_81.html>. Acesso em: 21 fev. 2014.
Fragmento.
Texto 2
OS DESCONECTADOS
[...] Nessa febre pelas novas tecnologias da informação simultânea não podemos desconhecer as
armadilhas que estão em jogo. Uma delas é bem notória e familiar, está dentro de nossas casas. Os anseios
por conexões a longas distâncias podem revelar lacunas inconscientes na dimensão dos afetos primordiais. A
sociedade moderna ou pós-moderna, com destaque para o universo urbano, tende a romper os laços
primários, de parentesco, de amizade, de carinho etc. Em seu lugar, criam novos laços de caráter secundário
ou virtual.
Facilmente encontramos pessoas que se conectam o tempo todo, via internet ou via telefone, com
pessoas à distância. Recebem e enviam “torpedos” [...].
No mundo urbano, na “multidão solitária” (para usar a expressão de David Riesman), as pessoas se
aglomeram, se tropeçam, disputam lugar nos meios de transporte, aplaudem e vaiam nos shows, [...] torcem
pelo mesmo time, vivem em apartamentos geminados – mas não se conhecem, não se cumprimentam,
tendem a isolar-se. [...] As pessoas se fecham atrás de um livro, de um jornal, de seus fones de ouvido ou de
suas próprias carrancas. [...]
GONÇALVES, Alfredo J. Disponível em: <http://www.mundotexto.com.br/redacao/redacaoDissertativa_243.html>. Acesso em: 21 fev. 2014.
Fragmento.
Questão 14
No Texto 1, o trecho que apresenta a informação principal é:
A) “Existe um mundo de coisas contido nesta pergunta.”. (ℓ. 1-2)
B) “... somente ao pensar em um dia sem computador, me dou conta do muito que é minha interação,
minuto a minuto, hora a hora, com o computador.”. (ℓ. 8-9)
C) “... reza a lenda que medos, persas e fenícios nasciam, cresciam e morriam sem ao menos fazer uso
de computador.”. (ℓ. 10-11)
D) “Não salvavam documentos, acessavam memórias.”. (ℓ. 12)
E) “Não clicavam na tela ‘enviar’ para que as notícias viajassem o mundo, deslocavam-se a agências dos
correios, escolhiam o selo,...”. (ℓ. 13-14)
Questão 15
No Texto 2, um argumento utilizado a favor da ideia de que a tecnologia tem armadilhas é
A) a urgência pela informação simultânea.
B) as pessoas disputarem lugar nos meios de transporte.
C) as pessoas se comunicarem a distância.
D) o envio e o recebimento imediato de torpedos.
E) os laços de amizade serem substituídos pelos virtuais.
Questão 16
Qual é o assunto do Texto 2?
A) A dificuldade de demonstração de afeto na família.
B) As inovações dos principais meios de comunicação.
C) O isolamento das pessoas provocado pelas inovações tecnológicas.
D) O sentimento de ansiedade causado pelas conexões a distância.
E) Os benefícios que as novidades tecnológicas trouxeram para a sociedade.
Questão 17
No Texto 2, no último parágrafo, o autor utiliza como argumento
A) dados estatísticos.
B) exemplos de situações cotidianas.
C) raciocínio lógico.
D) relação de causa e consequência.
E) resultados de pesquisas científicas.

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