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SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA


COORDENADORIA DE ENSINO
CENTRO DE ENSINO
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS
CAS/2022

AL CAS 2º SGT PM RE 100061987 CLAUDIO


AL CAS 2º SGT PM RE 100064795 ROSENEIDE
AL CAS 2º SGT PM RE 100063301 R. LIMA
AL CAS 2º SGT PM RE 100061236 F. LIMA

A APLICABILIDADE DA DIRETRIZ ADMINISTRATIVA 004/CORREGEPOM/2017,


NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: No âmbito do 5º Batalhão
de Polícia Militar - Batalhão Belmont

PORTO VELHO – RO
2022
AL CAS 2º SGT PM RE 100061987 CLAUDIO
AL CAS 2º SGT PM RE 100064795 ROSENEIDE
AL CAS 2º SGT PM RE 100063301 R. LIMA
AL CAS 2º SGT PM RE 100061236 F. LIMA

A APLICABILIDADE DA DIRETRIZ ADMINISTRATIVA 004/CORREGEPOM/2017,


NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: No âmbito do 5º Batalhão
de Polícia Militar - Batalhão Belmont

Artigo científico apresentado ao


Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos
– PM (CAS/2022), como requisito
avaliativo da disciplina de
Elaboração/Apresentação de
Trabalho Técnico e Científico e
apresentação, ministrada pelo Maj
PM Tarciso Pereira da Silva Júnior.
Orientador: Cap PM Josilene
Adelino Nascimento
Área de conhecimento: Violência
doméstica.

PORTO VELHO – RO
2022
FOLHA DE APROVAÇÃO

AL CAS 2º SGT PM RE 100061987 CLAUDIO


AL CAS 2º SGT PM RE 100064795 ROSENEIDE
AL CAS 2º SGT PM RE 100063301 R. LIMA
AL CAS 2º SGT PM RE 100061236 F. LIMA

A APLICABILIDADE DA DIRETRIZ ADMINISTRATIVA 004/CORREGEPOM/2017,


NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: No âmbito do 5º Batalhão
de Polícia Militar - Batalhão Belmont

Artigo científico apresentado ao


Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos
– PM (CAS/2022), como requisito
avaliativo da disciplina de
Elaboração/Apresentação de
Trabalho Técnico e Científico e
apresentação, ministrada pelo Maj
PM Tarciso Pereira da Silva Júnior.
Orientador: Cap PM Josilene
Adelino Nascimento
Área de conhecimento: Violência
doméstica

Porto Velho – RO, 22 de novembro de 2022

BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Presidente -
__________________________________________
Membro 01 -
__________________________________________
Membro 02 -
DEDICATÓRIA

Dedico a todos que contribuíram direta e


indiretamente para a construção de nossa
pesquisa em especial a minha família e amigos.

AL CAS RE 10006198-7 CLAUDIO

Dedico esta obra primeiramente ao Senhor Jesus


Cristo minha maior referência, em especial aos
meus pais Maria da Costa Lopes e Marcelino de
Souza Lopes (in memoriam), minha base e aos
meus pastores Francisco de Freitas Nunes
Oliveira e Eliane Maciel Gomes da 3° Igreja
Presbiteriana Renovada que me deram suporte
espiritual e compreenderam minha ausência.

AL CAS RE 10006479-5 ROSENEIDE

Dedico a todos que contribuíram direta e


indiretamente para a construção de nossa
pesquisa em especial a Deus e minha esposa
MARIA CLEONEIDE e meus filhos KAUÃ e
KAUANY.

AL CAS RE 10006330-1 R. LIMA

Dedico a todos que contribuíram direta e


indiretamente para a construção de nossa
pesquisa em especial primeiro à Deus e a minha
esposa JULIANNY e minhas filhos CAIKY e CAUÃ.

AL CAS RE 10006123-6 F. LIMA


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, quem deu a vida e jamais desistiu de nós.


Autor da nossa história. Revestiu-nos de força, coragem e sabedoria. O sustento e o
socorro. Para ele toda honra e toda glória para todo sempre.
Agradecemos imensamente, a nossos familiares, pela educação, amor e
carinho.
Aos Oficiais da Policia Militar de RO: Ten Cel Pontes, pela implantação do
projeto, Patrulha Maria da Penha no 5º Batalhão de Polícia Militar, ao Cap. PM
Lotalisa e o graduado Sgt PM M. Souza pelo apoio durante os cinco meses de curso.
A Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
(Porto Velho/RO) Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher-JVDFCM,
Ministério Público-MP/RO, Defensoria Pública-DP/RO, Secretaria Municipal de
Saúde SEMUSA/PVH, Conselho Municipal Da Defesa Dos direitos da Mulher-
CMDDM/PVH, Conselho Estadual dos Direitos da Mulher- CEDM/RO, Delegacia
Especializada No Atendimento A Mulher-DEAM/RO, Tribunal de Contas do Estado-
TCE/RO, Assembleia Legislativa-ALE/RO, pelo fortalecimento das policísticas
públicas no município de Porto Velho/RO.
À nossa orientadora Cap. PM Josilene Adelino Nascimento, por quem temos
profunda admiração, mesmo em meio à rotina atribulada, não mediu esforços em
nos orientar e contribuir para a agregação de conhecimentos, pelo suporte, incentivo
durante a orientação e pela contribuição na escolha do tema do Trabalho de
Conclusão de Curso.
Aos mestres que compõem o corpo docente e demais colaboradores da
coordenadoria de ensino da polícia militar de Rondônia, que deram suporte no
decorrer do curso de aperfeiçoamento CAS.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 2
2. POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA........... 3
2.1 Violência contra a mulher.................................................................................................. 3
2.1.1 Enfrentamento da Violência Doméstica no Brasil...................................................... 3
2.1.2 O papel das policiais militares frente à violência contra a mulher........................... 5
2.1.3 A relação da Diretriz Administrativa 004/2017 e prevenção.....................................7
2.2 Metodologia.......................................................................................................................8
2.2.1 Resultados e discussão.................................................................................................. 9
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................14
REFERÊNCIAS............................................................................................................................... 15
APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO..................................................................... 16
APÊNDICE B – PERGUNTAS .................................................................................................... 18
APÊNDICE C – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO...............................................................19
1

RESUMO

Este artigo tem como objeto de estudo a aplicabilidade da Diretriz Administrativa


004/CORREGEPOM/2017, no enfrentamento da violência doméstica: no âmbito do
5º Batalhão de Polícia Militar - Batalhão Belmont, bem como sua efetividade. A
Diretriz estabelece procedimento administrativo diante dos casos de envolvimento
de policiais militares em ocorrência de violência doméstica, através de medidas
administrativas, norteadas e alinhadas com o disposto da Lei nº 11.340, de 07 de
agosto de 2006. Foi utilizado método de abordagem qualitativo e quantitativo por
meio de uma pesquisa descritiva, consulta de referencial bibliográfico e pesquisa de
campo para levantamento de dados. O trabalho visou demonstrar que a
problemática da violência doméstica contra as mulheres mesmo com a aprovação
de uma Lei específica, necessita de políticas públicas, por meio de um conjunto
articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e
de ações não-governamentais, nas áreas de segurança pública, assistência social,
saúde, educação, trabalho e outras, para que apresente resultados positivos e
satisfatórios para as mulheres que sofrem agressões dentro de seu leito familiar.
Nesse sentido, o artigo contribuiu apresentando reflexões sobre políticas sociais
preventivas e a conscientização sobre a importância da sensibilização acerca da
violência doméstica na corporação, bem como o amadurecimento de ações
conjuntas entre as Organizações Militares da Capital e Diretoria de Saúde, afanando
a prevenção.
Palavras-chave: Aplicabilidade da Diretriz; Batalhão Belmont; Violência doméstica.

ABSTRACT
This article has as object of study the applicability of Administrative Directive
004/CORREGEPOM/2017, in tackling domestic violence: within the scope of the 5th
Military Police Battalion - Belmont Battalion, as well as its effectiveness. The
Guideline in question establishes an administrative procedure for cases involving the
involvement of military police officers in the occurrence of domestic violence, through
administrative measures, guided and aligned with the provisions of Law No. 11,340,
of August 7, 2006. A qualitative approach was used. and quantitative through
descriptive research, consultation of bibliographic references and field research for
data collection. The work aimed to demonstrate that the issue of domestic violence
against women, even with the approval of a specific law, requires public policies,
through an articulated set of actions by the Union, States, Federal District and
Municipalities and actions non-governmental organizations, in the areas of public
security, social assistance, health, education, work and others, so that it presents
positive and satisfactory results for women who suffer aggression within their family
bed. In this sense, the article contributed by presenting reflections on preventive
social policies and awareness of the importance of raising awareness about domestic
violence in the corporation, as well as the maturation of joint actions between the
Military Organizations of the Capital and the Health Board, squeezing prevention.

Keywords: Applicability of the Guideline; Belmont Battalion; Domestic violence.


2

1 INTRODUÇÃO

A violência doméstica contra a mulher, embora na maioria das vezes, ocorra


no âmbito privado, é um problema público de Estado que atinge todas as classes
sociais, desde tempos remotos.
É nesse cenário que o presente trabalho apresenta o tema sobre a
aplicabilidade da Diretriz Administrativa nº 004/CORREGEPOM/2017, no
enfrentamento da violência doméstica, no âmbito do 5º Batalhão de Polícia Militar –
BPM, questionando qual a efetividade desse mecanismo, nas ocorrências de
violência doméstica, envolvendo policiais militares?
Uma das hipóteses levantadas é que ocorreu a aplicabilidade da Diretriz
como mecanismo de coibição e prevenção, no enfrentamento da violência doméstica
no 5º Batalhão, foi aplicada e ainda que diante de certos desafios, apresentou um
bom resultado. O objetivo geral do estudo foi abordar a aplicabilidade e efetividade
de medidas administrativas na prevenção e coibição da violência doméstica, em
ocorrências envolvendo policiais militares do Batalhão Belmont.
A presente pesquisa é relevante, uma vez que a Polícia Militar do Estado de
Rondônia - PMRO, faz parte do conjunto articulado de ações dos Órgãos
Governamentais de coibição da violência doméstica e familiar contra a mulher,
previsto no artigo 8º da Lei nº 11.340/2006, e as ações e comportamentos dos
servidores militares, ainda que no âmbito particular, devem estar em harmonia com
a atuação da instituição.
Para tanto, adotou-se a pesquisa aplicada do tipo exploratória descritiva, com
abordagem quantitativa e qualitativa e quanto aos procedimentos, utilizou-se a
pesquisa bibliográfica constituída de obras e artigos científicos, e cujos dados foram
obtidos por meio de questionário aplicado ao Comandante do 5º Batalhão com a
finalidade de verificar a aplicabilidade da Diretriz Administrativa nº
004/CORREGEPOM/2017, e a efetividade desse mecanismo.
Nos resultados alcançados, revelou-se que a Diretriz Administrativa
004/CORREGEPOM/2017 em questão não apresentou tanta efetividade na coibição
da violência doméstica dentro do Batalhão Belmont, no entanto, a Diretriz é seguida
na OPM em questão, bem como ações de promoção e prevenção contra o tipo de
violência analisada.
3

2 POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), dispõe no artigo 8º sobre políticas


públicas que visam coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, utilizando
para tanto, um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais. E partindo dessa
prognose, assim como o dever que permeia a instituição, a PMRO estabeleceu, no
âmbito da instituição, procedimentos administrativos diante dos casos de
envolvimento de policiais militares em ocorrência de violência doméstica contra a
mulher, por meio da Diretriz Administrativa 004/CORREGEPOM/2017.

2.1 Violência contra a mulher

A violência doméstica contra a mulher, ainda que na maioria das vezes,


ocorra no âmbito privado, é um problema público, histórico-cultural, que alcança
todas as classes sociais e que permeia a sociedade ao longo da humanidade.
Partindo desse viés, passa-se a discorrer sobre mecanismo de coibição desse tipo
de violência, cuja finalidade será verificar a aplicabilidade da diretriz administrativa
institucional, em ocorrências de violência doméstica contra a mulher, envolvendo
policiais militares, permitindo também analisar resultados eficientes e efetivos no
enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.

2.1.1 Enfrentamento da Violência Doméstica no Brasil

A Constituição Federal, no seu artigo 226, § 8º dispõe que o Estado deve


garantir assistência a qualquer pessoa que integra a família. E para efetivar essa
garantia, deve-se criar meios para impedir a violência no âmbito de suas relações.
Baseado nessa fundamentação legal é que as atividades policiais devem ser
voltadas para coibir a violência doméstica e familiar, a fim de promover ações que
visem respeitar a dignidade da pessoa humana.
A Lei nº 11.340, de 06 de agosto de 2006, cria mecanismos para coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher, atribuindo especial tutela do Estado
às mulheres vítimas desse crime.
4

A Convenção de Belém do Pará é uma norma internacional específica na


questão da violência contra a mulher, e com a sua ratificação em 1995, passou a
vigorar no país. A Convenção definiu a violência contra a mulher como uma violação
de direitos humanos, e uma afronta à dignidade humana e manifestação das
relações de poder historicamente desiguais entre mulheres e homens.
A Convenção interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência
contra a Mulher, conhecida como Convenção de Belém do Pará, traz no seu artigo
1º, a definição de violência contra a mulher como “qualquer ato ou conduta baseada
no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à
mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”.
O Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres foi
lançado em 2007, como parte da agenda social do governo federal. É um acordo
federativo entre o governo federal, os governos dos estados e dos municípios
brasileiros para o planejamento de ações que consolidam a Política Nacional pelo
Enfrentamento à Violência contra as Mulheres por meio da implementação de
políticas públicas integradas em todo território nacional (BRASIL, 2011). Está
estruturado em cinco eixos:
I. Garantia da aplicabilidade da Lei Maria da Penha.
II. Ampliação e fortalecimento da rede de serviços para mulheres em situação
de violência.
III. Garantia da segurança cidadã e acesso à Justiça.
IV. Garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, enfrentamento à exploração
sexual e ao tráfico de mulheres.
V. Garantia da autonomia das mulheres em situação de violência e ampliação
de seus direitos.
Apesar de vários mecanismos existentes no nosso sistema jurídico legal, o
rastro deixado pela violência doméstica e familiar contra a mulher, tem
consequências majestrosas, pois os efeitos desta hostilidade não atinge somente a
vítima que tem seus direitos violados, reflete diretamente no desenvolvimento
socioeconômico do país. Pois envolve uma rede de recursos e órgãos públicos para
atuarem no enfrentamento desse problema.
O Atlas da Violência 2021 (CERQUEIRA et al., 2021), indica a redução dos
homicídios femininos em 2019, em relação ao ano de 2018, em 17,3%, dos casos
5

registrados. Em 2018, 4.519 mulheres foram assassinadas no Brasil, enquanto que


em 2019, esse número caiu para 3.737 mortes.
Esse dado, segundo o relatório, representa o total de mulheres vítimas da
violência letal no Brasil no ano de 2019, e engloba tanto situações em que as
mulheres foram mortas em razão de sua condição de gênero feminino, melhor
dizendo, homicídios derivados de violência doméstica e familiar, ou quando resulta
do menosprezo ou discriminação à condição de mulher (CHAKIAN, 2019), como
também em circunstâncias da própria violência social.

2.1.2 O papel das policiais militares frente à violência contra a mulher

A atual Carta Magna institui o Estado Democrático de Direito no Brasil e


enumerou uma relação de direitos e garantias individuais ao cidadão, além de dispor
obrigações ao Estado e à sociedade para a concretização destes direitos.

Diante das conquistas trazidas pela Constituição de 1988, Bengochea et al.


(2004) relata que sucederam mudanças nas instituições públicas e, de forma
específica, nas corporações policiais, em razão do questionamento levantado pela
população quanto ao papel da polícia em um Estado Democrático de Direito.

A Polícia Militar do Estado de Rondônia é uma organização pública, e tem


sua competência disciplinada no art. 144, § 5º da Constituição Federal de 1988,
dispõe:

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos,


é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 104, de 2019)
(...)
6

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem


pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,
incumbe a execução de atividades de defesa civil.

Embora a polícia militar seja uma organização da área de segurança pública


e que tem por dever prevenir e combater a criminalidade, verifica-se que até os dias
atuais, ocorrem certos desalinhos de conduta de alguns policiais militares frente às
mudanças sociais e políticas, e que a certo modo, arranha a imagem institucional,
como é o caso da violência doméstica cometida por alguns servidores, e expostos
ao público pelos artigos de jornais, conforme se verifica:

Sargento da PM é preso suspeito de matar a esposa e jogar o corpo no rio Madeira


em Porto Velho

PM é suspeito de matar a esposa e jogar corpo no Rio Madeira.


Um sargento da Polícia Militar (PM) foi preso suspeito de matar a esposa, de 52
anos, com um tiro e jogar o corpo dela no rio Madeira, próximo ao ramal Maravilha
em Porto Velho. O crime teria acontecido na noite do domingo (3), mas o suspeito
foi preso somente na tarde desta segunda-feira (4).
Em nota, a Polícia Militar informou que a arma utilizada no crime não pertence à
corporação e que o caso deve ser investigado pela Corregedoria-Geral da PM,
“mesmo não sendo um crime militar”.
Os policiais atenderam a ocorrência depois que familiares da vítima acionaram uma
guarnição. O suspeito teria dito inicialmente aos policiais que o tiro foi acidental. Foi
ele também que indicou o local onde o corpo foi abandonado.

Confira a nota da PM na íntegra:


"A Polícia Militar do Estado de Rondônia esclarece que o crime praticado na noite
do dia 3 de julho de 2022, por um de seus integrantes, foi um ato isolado e não
reflete aos ensinamentos e postura de um policial militar. Mesmo não sendo um
crime militar, todo o caso será apurado pela Corregedoria-Geral da Corporação.
O militar estava no interior do Estado e foi transferido recentemente para Porto
Velho e estava lotado no 1º Batalhão de Polícia Militar. Ele foi preso, levado a
Central de Flagrantes para os procedimentos legais e, depois, será encaminhado
ao presídio local. A arma utilizada não é da Corporação." (g1 RO, 2022)

Condutas de policiais militares como a anterior, entra em contradição com a


identidade daquele policial militar investido pelo Estado na atividade de preservar a
ordem pública e a segurança de todos, no qual compreende que as pessoas têm
direito à vida, à liberdade de escolhas, ou seja, todos os direitos fundamentais
protegidos e defendidos.
7

2.1.3 Diretriz Administrativa 004/2017 e a prevenção

Gerhard (2014, p. 61) afirma que é preciso um conjunto de medidas adotadas


pelo Estado e pela comunidade para que as condutas de prevenção e diminuição da
violência doméstica sejam efetivadas.
A Polícia Militar encarregada de dar a primeira resposta, nem sempre é
suficiente para solucionar o problema. Necessita-se de articulação com a rede de
atendimento (Judiciário, Ministério Público, CREAS, CRAS, dentre outros) para que
juntos, construam-se soluções efetivas para enfrentar a violência doméstica.
A PMRO vem se aperfeiçoando no intuito de garantir os direitos humanos das
mulheres, prevenindo e enfrentando a violência doméstica de forma qualificada.
Sendo assim, a Corporação desenvolve várias ações visando coibir esse tipo de
violência.
O policial militar, garantidor e promotor de direitos humanos, contribui na
solução do grave problema da violência doméstica e familiar, prestando um serviço
mais humanitário, controlando a criminalidade, a desordem e aumentando a
sensação de segurança.
Portanto, é nessa conjuntura, que a Polícia Militar do Estado de Rondônia,
instituiu a Diretriz Administrativa 004/CORREGEPOM/2017, no qual estabelece
procedimentos administrativos nos casos de envolvimento de policiais militares em
ocorrência de violência doméstica.
A Diretriz Administrativa 004/2017, assim como as fiscalizações das medidas
protetivas de urgência, faz parte das ações da Instituição no enfrentamento da
violência doméstica. A diferença entre a ação de fiscalização e aplicação da diretriz,
é que aquela se destina à vítima, e esta ao agressor.
Na fiscalização das medidas protetivas de urgência – MPUs, que são
mecanismos criados pela Lei nº 11.340/2006 para coibir, prevenir e proteger a
mulher em situação de violência doméstica e familiar, o policial militar atua dando
efetividade à lei.
Pertinente à diretriz administrativa, as medidas se voltam para o policial
militar agressor, cujas ações são participativas entre o comandante do servidor,
saúde e assistência social. (PMRO, 2017)
8

Umas das medidas estabelecida na diretriz é apresentar o policial militar ao


atendimento psicológico e de assistência social, e caso necessário, realizar o
eventual afastamento do policial do serviço operacional. (PMRO, 2017)
Outra medida importante é a suspensão da cautela do material bélico, caso
houver em posse do servidor. A arma de fogo, é considerado instrumento
pontecializador desse tipo de violência e por vezes, inibe a vítima de denunciar o
agressor. (PMRO, 2017)
Nesse sentido, a Diretriz Administrativa 04, é um instrumento importante para
a prevenção da violência, pois se aplicada de forma efetiva, aborda as ações e
condutas do policial diante do contexto da violência praticada e oportuniza a reflexão
e conscientização da gravidade dos seus atos por meio do atendimento psicológico
e assistencial. (PMRO, 2017)

2.2 Metodologia

A natureza da pesquisa é do tipo orientada para um problema específico e


quanto ao seu objetivo, trata-se de uma pesquisa descritiva. Segundo, Figueiredo
(2010), é aquela em que o pesquisador procura conhecer e interpretar a realidade,
sem nela interferir para modificá-la.
A objetividade desse trabalho é apresentar a descrição das características de
um determinado fenômeno em que acontece no campo de investigação, através de
uma pesquisa de campo por meio de um questionário, coleta de dados padronizados,
técnicas de observação e consulta de referencial bibliográfico com a finalidade de
investigar a aplicabilidade de política administrativa interna, no enfrentamento da
violência, no âmbito do Batalhão Belmont do Estado de Rondônia e propor novas
reflexões acerca do tema abordado.
Para Gil (2004), a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato
de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais
ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Essa vantagem torna-se
particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito
dispersos pelo espaço. A pesquisa utilizará livros, artigos publicados e acessíveis no
acervo da instituição.
9

A pesquisa de campo empregado será a análise das respostas do


questionário aberto, compreendendo-se de seis perguntas, dispostas em quesitos.
Objetivando responder as perguntas elencadas, o estudo possui uma abordagem
quantitativa e qualitativa que privilegia a análise e realiza um exame intensivo dos
dados, e caracterizado pela heterodoxia no momento da análise.
Almejando identificar os fatores que podem determinar os elementos que
acometem a dinâmica, a violência contra a mulher, praticada por policiais militares, o
método aqui empregado enfatiza as peculiaridades de um fenômeno em termos de
seu significado para o grupo pesquisado, qual seja no Batalhão Belmont.

2.2.1 Resultados e discussão

Houve a utilização de metodologia quanti-qualitativa, com a pesquisa de


levantamento de informações dentro do Batalhão Belmont do Estado de Rondônia.
Na presente Organização militar obteve-se as seguintes respostas e
subsequentes dados sobre a violência doméstica com envolvimento de policiais
militares. Que estão dispostos em quesitos a seguir:
Quesito Nº 1. Qual o número de casos registrados de violência doméstica em
desfavor de policiais desde o ano de 2018, dentro do Batalhão Belmont?

Tabela 1 – Registro de Violência doméstica no Batalhão


ANO PROCESSOS
2018 04
2019 04
2020 04
2021 10
2022 01
Fonte: [o autor (2022)]

Segundo a Tabela 1 observou-se constante o número de casos e processos


registrados de violência doméstica envolvendo policiais militares após a edição da
Diretriz Administrativa 004/2017. A característica permaneceu entre os anos de 2018
a 2020.
Mas a partir do ano de 2021 houve uma curva ascendente de crescimento de
casos e processos registrados, estudos apontam que pode haver uma relação direta
com a Pandemia pelo COVID-19 e as situações de isolamento social. Entretanto, a
Diretriz cumpriu seu papel de acompanhamento e alinhamento com a Lei Maria da
10

Penha. Contudo, as políticas internas da Corporação e de Comando presentes no


Batalhão, juntamente com a Diretriz e medidas de prevenção, bem como a
conscientização, auxiliou no sentido de diminuir o número de casos registrados,
como apontam a sequência do estudo.
Quesito Nº 2. Qual foi a conduta do Batalhão Belmont utilizando a Diretriz
Administrativa 004/2017, relacionada à violência registrada praticada por policiais
militares?
O batalhão em apoio as ações desenvolvidas pela Diretoria de Serviço Social,
atendendo o que preconiza a Diretriz Administrativa 004/2017, disponibiliza uma
psicóloga todas as sextas-feiras para atender os policiais militares nas suas diversas
formas. Esses Profissionais, por sua vez, realizam atendimentos e fazem
agendamentos bem como encaminhamentos a outros órgãos, em conformidade com
a Diretriz, entre eles:

Quadro 1 – Encaminhamentos em conformidade com a Diretriz Administrativa 004/2017


01 Atendimento Psicológico
02 Rede pública – CAPS
03 Atendimento Psiquiátrico (quando necessário)
04 Atendimento Terapêutico Ocupacional (quando necessário)
05 Afastamento laboral e acompanhamento do Assistente Social
Fonte: [o autor (2022)]

O Quadro 1 apresenta o apoio que o 5º BPM oferece nos casos de


envolvimento de policiais militares nos crimes de violência doméstica, ou seja, ações
em conjunto com a Diretoria de Serviço Social da PMRO, nas quais, a DISS realiza
atendimento individualizado, por profissional qualificado, bem como, outras
situações necessárias de atendimento e afastamento do serviço operacional,
preconizados pela Diretriz em estudo.
Nesse sentido, os envolvidos nesse tipo de crime pertencentes ao 5º BPM
estão sendo assistidos de acordo com suas peculiaridades.
Quesito Nº 3. É realizada pelo Batalhão Belmont alguma atividade de
prevenção à violência doméstica, dentre as que estão previstas na Diretriz
Administrativa 004/2017?
11

Figura 1 – Ações promovidas pelo 5º BPM

Fonte: [o autor (2022)]

A resposta a esse quesito é positiva, apresentada pela Figura 1. Evidenciando


uma atenção dada pelo Batalhão em ordem de prioridade, como segue: 1. A
importância da instituição família preconizada pelo Batalhão; 2. A condição de saúde
– entre elas a mental do militar; 3. A conscientização da tropa através de preleção
de parada diárias informando sobre as estatísticas dos números que tem ocorrido; 4.
As medidas preventivas de atendimento presencial de profissionais da área de
saúde no Batalhão às sextas-feiras.
Trata-se de um posicionamento fundamental para a prevenção, pois o
Batalhão, está vigiando seus comandados, educando, oferecendo apoio e
atendendo o que é estabelecido pela legislação, seja ela a Maria da Penha ou a
Diretriz Administrativa 004/2017. Nesse sentido, o Batalhão promove paradas diárias
com a finalidade de prevenção e informando sobre as estatísticas dos números de
casos que vem ocorrendo.
Quesito Nº 4. É realizada pelo Batalhão Belmont algum convênio ou Acordo
de Cooperação Técnica - ACT com outros órgãos ou unidades objetivando ações de
prevenção, tratamento da saúde mental, conscientização e abordagem relacionada
ao tema violência doméstica?
A resposta a esta indagação é positiva, pois o 5° Batalhão em apoio a
Diretoria de Serviço Social – DISS, disponibiliza um espaço, com atendimento
individualizado, com respeito ao militar, oferecendo em conjunto um profissional
qualificado com atendimento todas as sextas-feiras promovendo a saúde e
assistência nas suas diversas formas. Como preconiza a Diretriz em evidência.
12

Quesito Nº 5. Há algum planejamento pelo batalhão Belmont de ações


visando coibir a violência doméstica, com o efetivo da Unidade?
A resposta ao quesito foi negativa, em razão da competência ser da DISS.
Entretanto, o Batalhão encontra-se aberto a sugestões e minimização e/ou
eliminação deste problema de saúde pública que está presente dentro da Instituição.
Quesito Nº 6. Houve no Batalhão Belmont casos de afastamento laboral em
virtude da violência doméstica registrada?
De acordo com o quesito acima, houve sim afastamentos em virtude de
envolvimento de policiais relacionados ao crime Maria da Penha. Estes, no entanto,
foram afastados da atividade operacional, realizado o recolhimento de material
bélico, encaminhado procedimentos à Corregedoria para providências necessárias.
Contudo, o Batalhão promove ações visando atender a legislação vigente,
acrescentando a Diretriz Administrativa 004/2017 em suas ações para que seja
alcançado o atendimento às normas.
Observa-se que os afastamentos laborais ocorreram constantes nos anos de
2018 a 2020, desde a edição da Diretriz em epígrafe. Entretanto, no ano
subsequente, 2021, houve um aumento significativo de afastamentos, como dito
anteriormente, pode estar relacionado ao isolamento social decorrente da Pandemia
COVID-2019.
A porcentagem do número de afastamentos possui relação direta com o Mapa
da Força da Unidade em estudo, 5º BPM, ou seja, do efetivo existente. Que
representa o quantitativo de 349 (trezentos e quarenta e nove) policiais.

Figura 2 – Afastamento laboral no 5º BPM por ano

Fonte: [o autor (2022)]


13

A Figura 2 indica que no ano de 2021 houve um maior afastamento, 2,87% do


efetivo, o qual possuiu envolvimento com violência doméstica. E o ano de menor
incidência está representado pela porcentagem 0,29% do efetivo total, registrado no
ano de 2022 (até a presente data).
Números, até de certa forma, representativos, em se tratando de uma
instituição que tem por dever proteger a sociedade. Mesmo assim, tanto as políticas
sociais e públicas, bem como legislação pertinente, diretrizes e normas, ainda não
são suficientes para inibir a violência doméstica com envolvimento de policiais. Já
que, os mecanismos de defesa social ainda não alcançaram o fator humano e suas
concepções.
14

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A convicção de que as atuações preventivas conseguem prever possíveis


impasses futuros e consequentemente já trabalhar na resolução deles, faz com que
as medidas administrativas sejam uma oportuna ferramenta para responder aos
crimes de violência doméstica.
Portanto, a conscientização dos policiais militares sobre a relevância de
refletir sobre o seu papel na sociedade e no âmbito familiar, possibilita a Corporação
de ter profissionais qualificados e que respeitam os direitos humanos das pessoas e
principalmente da mulher que teve seus direitos violados.
Os resultados foram alcançados, visto que as medidas administrativas
impostas pela Diretriz foram apresentadas de forma positiva e visa coibir e prevenir a
violência doméstica e familiar contra a mulher. A conscientização realizada pelo
Batalhão Belmon é fundamental na prevenção e na coibição da violência doméstica.
Ademais, a Lei Maria da Penha é uma das mais completas no mundo, no que
tange a proteção da mulher, e a Diretriz Administrativa 004/2017 contribui como
mecanismo de proteção dos direitos humanos das mulheres, ao mesmo tempo que
possibilita a prevenção desse tipo de violência.
15

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988.


Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>
Acesso em: 20 de set. 2022.

BRASIL. Lei n. 11.340, 2006. Disponível em <


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm> Acesso
em: 21 set. 2022.

BRASIL. Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres,


2007. Disponível em <https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-
para-mulheres/arquivo/assuntos/violencia/pacto-nacional> Acesso em: 21 out. 2022.

BRASIL. Atlas da Violência, 2021. Disponível em


<https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/5141atlasdaviolencia2021co
mpleto.pdf> Acesso em: 21 out. 2022.

BENGOCHEA, Jorge Luiz Paz; GUIMARÃES, Luiz Brenner; GOMES, Martin Luiz;
ABREU, Sérgio Roberto. A transição de uma polícia de controle para uma polícia
cidadã. São Paulo em Perspectiva. v. 18. n. 01, 2004, p. 119 – 131. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/spp/v18n1/22234.pdf> Acesso em: 17 de nov. de 2022.

Sargento da PM é preso suspeito de matar a esposa e jogar o corpo no rio Madeira


em Porto Velho. g1 RO, Rondônia, 04 de jul. de 2011. Disponível em:
<https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2022/07/04/sargento-da-pm-e-preso-
suspeito-de-matar-a-esposa-e-jogar-o-corpo-no-rio-madeira-em-porto-velho.ghtml/.
Acesso em: 20 de nov. de 2022.

GERHARD, Nádia. Patrulha Maria da Penha: o impacto da ação da polícia militar


no enfretamento da violência doméstica. 1. ed. Porto Alegre: AGE: EDIPUCRS, 2014.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
Organização dos Estados Americanos, Convenção Interamericana para a
Prevenção, Punição e Erradicação da Violência contra a Mulher ("Convenção de
Belém do Pará"), 1994.

RONDÔNIA. Polícia Militar. Diretriz Administrativa 004/CORREGEPOM/2017.


Estabelece procedimento administrativo diante dos casos de envolvimento de
policiais militares em ocorrência de violência doméstica. Rondônia, 2017.

RONDÔNIA. Polícia Militar. Normas de Padronização de Rotinas no atendimento


à mulher pela Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar do Estado de
Rondônia – NPR. Rondônia, 2019.
16

APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA
COORDENADORIA DE ENSINO
CENTRO DE ENSINO
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS
CAS 2022

AL CAS 2º SGT PM RE 100061987 CLAUDIO


AL CAS 2º SGT PM RE 100064795 ROSENEIDE
AL CAS 2º SGT PM RE 100063301 R. LIMA
AL CAS 2º SGT PM RE 100061236 F. LIMA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA ELABORAÇÃO


DE TCC

Título da Pesquisa: A APLICABILIDADE DA DIRETRIZ ADMINISTRATIVA


004/CORREGEPOM/2017, NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA,
NO ÂMBITO DO 5º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR - BATALHÃO BELMONT.

1. Natureza da pesquisa: o sr. está sendo convidado a participar desta pesquisa que tem
como finalidade a Conclusão do Curso CAS/2022.
2. Participantes da pesquisa: Âmbito do 5º BPM (integrantes).
3. Envolvimento na pesquisa: ao participar deste estudo o sr. permitirá que o (a)
pesquisador (a) tem liberdade de se recusar a participar e ainda se recusar a continuar
participando em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo para o sr. Sempre que
quiser poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através do telefone do (a)
pesquisador (a) do projeto e, se necessário através do telefone do Comitê de Ética em
Pesquisa.
4. Sobre as entrevistas: Responder a um questionário elaborado no Projeto (em anexo).
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5. Riscos e desconforto: a participação nesta pesquisa não traz complicações legais. Os


procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com
Seres Humanos conforme Resolução no. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos
procedimentos usados oferece riscos à sua dignidade.
6. Confidencialidade: todas as informações coletadas neste estudo são estritamente
confidenciais. Somente o (a) pesquisador (a) e o (a) orientador (a) terão conhecimento dos
dados.
7. Benefícios: ao participar desta pesquisa o sr. não terá nenhum benefício direto.
Entretanto, esperamos que este estudo traga informações importantes sobre o tema abordado,
de forma que o conhecimento que será construído a partir desta pesquisa possa trazer
benefícios à unidade pesquisada, onde pesquisador se compromete a divulgar os resultados
obtidos.
8. Pagamento: o sr. não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem
como nada será pago por sua participação.

Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para


participar desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se seguem.
Obs: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito.
Consentimento Livre e Esclarecido
Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida,
manifesto meu consentimento em participar da pesquisa. Declaro que recebi cópia
deste termo de consentimento, e autorizo a realização da pesquisa e a divulgação
dos dados obtidos neste estudo.
___________________________
Nome do Participante da Pesquisa
______________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa
__________________________________
Assinatura dos Pesquisadores
___________________________________
Assinatura do Orientador
Porto Velho - RO, 05 de setembro 2022.
18

APÊNDICE B – PERGUNTAS

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA
COORDENADORIA DE ENSINO
CENTRO DE ENSINO
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS
CAS 2022

AL CAS 2º SGT PM RE 100061987 CLAUDIO


AL CAS 2º SGT PM RE 100064795 ROSENEIDE
AL CAS 2º SGT PM RE 100063301 R. LIMA
AL CAS 2º SGT PM RE 100061236 F. LIMA

1. Qual o número de casos registrados de violência doméstica em desfavor de


policiais desde o ano de 2018, dentro do Batalhão Belmont?
2. Qual foi a conduta do Batalhão Belmont utilizando a Diretriz Administrativa
004/2017, relacionada à violência registrada praticada por policiais militares?
3. É realizada pelo Batalhão Belmont alguma atividade de prevenção à violência
doméstica, dentre as que estão previstas Diretriz Administrativa 004/2017?
4. É realizada pelo Batalhão Belmont algum convênio ou Acordo de Cooperação
Técnica – ACT com outros órgãos ou unidades objetivando ações de prevenção,
tratamento da saúde mental, conscientização e abordagem relacionada ao tema
violência doméstica?
5. Há algum interesse planejado pelo Batalhão Belmont de ações visando coibir a
violência doméstica, praticada por policiais militares, efetivo da Unidade?
6. Houve no Batalhão Belmont casos de afastamento laboral em virtude da
violência doméstica registrada?
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APÊNDICE C – RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO


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