LINGUAGEM E SUAS TECNOLOGIAS

1º BIMESTRE | AULA: 30 | 1ª SÉRIE - LÍNGUA PORTUGUESA

08/ abril/2024

Tema da Aula
PROJETO DE LEITURA
CONTOS EM ANÁLISE

PROFESSORA JOANEDE XAVIER

 Projeto de Leitura de contos Goianos.
Os melhores contos de Bernado Élis e Estórias da Velha Casa
da Ponte, Cora Coralina: o direito à Literatura.

O Projeto tem o objetivo de tornar acessível essas obras e incentivar os

estudantes à leitura contemplativa e apreciativa, sem necessariamente
apresentar uma abordagem de análise escrita dos contos, mas também
envolver e despertar o interesse dos estudantes a fim de que esse direito à
leitura faça parte do seu cotidiano, incorporando-a como entretenimento e
apropriação cultural.

JOANEDE XAVIER
CRO
NO
GRA
MA
SEÇÃO 1 – (FEVEREIRO)

CONTO 1 – Nhola dos anjos e a cheia do Rio Corumbá – Bernardo Élis.

CONTO 2 – Procissão das almas – Cora Coralina.

SEÇÃO 2 – (MARÇO)
CONTO 3 – O louco da sombra – Bernardo Élis.
CONTO 4 – A pedrinha de “Briante” – Cora Coralina – Cora Coralina.

SEÇÃO 3 – (ABRIL)
CONTO 5 – A lavadeira chamava-se pedra – Bernardo Élis.
CONTO 6 – Campos Sales – Cora Coralina.
SEÇÃO 4 – (MAIO)

CONTO 7– As adivinhações do coronel – Bernardo Élis.

CONTO 8 – – O caso da Mana – Cora Coralina.

SEÇÃO 5 – (JUNHO)

CONTO 9 – Caminhão de arroz– Bernardo Élis.

CONTO 10 – O Boi de Guia – Cora Coralina.
ANÁLISE DOS CONTOS
 Nhola dos Anjos e a Cheia do Rio Corumbá.

— Fio, fais um zóio de boi lá fora pra nóis.

[...]

E o menino voltou:
— Pronto, vó.
— O rio já encheu mais? — perguntou ela.
— Chi, tá um mar d’água! Qué vê, espia, — e apontou com o dedo
para fora do rancho.
 [...]
“— Este ano, se Deus ajudá, nóis se muda.” Há quarenta anos a velha
Nhola vinha ouvindo aquela conversa fiada. A princípio fora seu marido: “—
Nóis precisa de mudá, pruquê senão a água leva nóis”. Ele morreu de
maleita e os outros continuaram no lugar.
[...]
Quelemente viu a velha cair nágua, [...]
A velha debatia-se, presa ainda à jangada por uma mão, despendendo
esforços impossíveis por subir novamente para os buritis. Nisso Quelemente
notou que a jangada já não suportava três pessoas.
[...]
— Mãe, ô mãe!
 Variedade Condição
Linguística Do
idoso

Vulnerabi- NHOLA DOS ANJOS E A

lidade da CHEIA DO RIO CORUMBÁ Remorso
família

Problema
Problema
Socioeco
de saúde
nômico
 Procissão das Almas
Antigamente, as casas de Goiás tinham janelas de rótulas, como
tiveram todas as cidades coloniais deste imenso Brasil.
Em Goiás ela sobreviveram por mais de dois séculos.
Sobreviveram ainda com velhos costumes domésticos que vão se
diluindo através das gerações, ao tempo que as rótulas se
modificam, sem desaparecer de um todo. [...]
No meu tempo de menina pouco se usava a palavra rótula, só as
pessoas mais antigas. Dizíamos “tabuleta” – estar na tabuleta já
sabia estar alguém por dentro, olhando sem ser vista, hábito esse
que perdurou em Goiás até o começo deste século. [...]
Rótula (português brasileiro), é uma
espécie de janela feita
de madeira entrelaçada que também
poderia emoldurar portas com o
objetivo de amenizar a entrada da luz
solar e ventanias. Também tinha o
propósito de resguardar as mulheres,
que realizavam os serviços domésticos,
dos olhares de transeuntes, durante o
período colonial.
 Rótula Contemporânea

Desde 2020, estamos testemunhando significativas

mudanças nos hábitos digitais das pessoas em todo
o mundo. Durante e após a pandemia o uso das
mídias sociais aumentou significativamente. Isso
acabou gerando algumas novidades na lista das 10
redes sociais mais usadas no Brasil.
O número mais recente, do fim de 2022, indica que
os brasileiros passam, em média, 3 horas e 46
minutos por dia conectados às redes sociais. Nesse
quesito, perdemos apenas dos nigerianos, que
passam quase 1 hora a mais que nós de olho no
celular.
 Rótulas/
Cenário Tecnolo-
Colonial gia

Cultura
Épica
PROCISSÃO Misticis
mo
DAS ALMAS

Tradição Simbolo
Religiosa gia
 A pedrinha de “Briante”
Cora Coralina.

Foi a velha Honorata quem acabou de criar o sobrinho, quando a mãe

morreu e deixou o molecote amarelo lombriguento, feioso e com um jeito de
retardado.

Deu foi trabalho prá Siá Norata.

[...]
Ia indo sossegado, bem pobrezinho, só pensando na sua lida e nos seus bois,
quando deu uma topada e machucou o dedão. Achou ruim. [...] No volteio que
a pedra deu, ele viu uma chispa fosforescente, esquisita. Ficou impressionado.
Foi até o barraco, caçou a pedra, achou. Pedrinha escurinha, com sua chispa
azulada.
[...]
 Meses passados era já um outro que trabalhava com o carro e com os bois. O
carreiro mesmo da topada estava era dono de um bar de esquina na cidade de
Igarapava, senhor de uma dúzia de casas de aluguel, anel de pedras nos dedos e com
muito dinheiro. A pedra, de grande valor, de uma porção de quilates, tinha sido
vendida por muitos vinte contos de réis.
[...]
— Lembra-se da pedrinha de brilhante que você procurava, Zidoro?
— É, eu se alembro, dona, mais a minha saiu farsa... é sina.
— Não só a sua, Zidoro, disse eu. Quanta pedrinha boa a agente encontra na
estrada da vida, apanha, limpa e depois descobre que é falsa...
— É sina...

Cora Coralina. Em “Estórias da casa velha da ponte” / Contos brasileiros I. 14 ed. – São Paulo: Global, 2014. 112p.
 Projeto
Orfanda-
de
de.
Vida.

PEDRINHA

Adoção. Escolhas/
Destino.

DE ‘BRIANTE”

Relacio-
Sonho/
namen-
Ambição.
tos.
 Projeto de Leitura de contos Goianos.
Os melhores contos de Bernado Élis e Estórias da
Velha Casa da Ponte, Cora Coralina:
o direito à Literatura.
PRATICANDO
Roda de Leitura

“Os melhores contos de

Bernardo Élis”
PRATICANDO
Para hoje:

O louco da Sombra.

Após a leitura é hora de responder ao Questionário por meio do link

Agora é com você!
 Proposta de Redação
A resenha é um gênero textual sucinto, cuja principal característica é
tecer, de maneira breve, uma crítica sobre determinado produto
cultural. É muito comum procurarmos resenhas quando temos
interesse em comprar um livro ou assistir a um filme, por exemplo,
pois a opinião de alguém pode nos convencer ou não. Com base na
leitura dos contos do mês de março do projeto de leitura “O louco
da sombra – Bernardo Élis e A pedrinha de “Briante” – Cora
Coralina – Cora Coralina.” e no seu conhecimento sobre o gênero,
escreva uma resenha crítica sobre um desses contos. Lembre-se de
evidenciar sua opinião e apresentar uma sinopse ou um breve
resumo do conto escolhido, para a compreensão do leitor, mesmo
que não tenha lido. Esse texto deve ter, no mínimo, 15 linhas.
Obrigada!

Joanede Xavier.