3 - O Messias Já Veio

CLASSE DE JOVENS | ENCORAJAMENTO, INSTRUÇÃO E CONSELHO:
ALCANCE UMA VIDA CRISTÃ FELIZ COM OS ENSINOS DOS SALMOS
LIÇÃO 3 – O MESSIAS JÁ VEIO
 Texto Principal: “Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu

hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua
possessão” (Salmos 2:7,8).
 Resumo da Lição: Quem se submete ao reinado e ao senhorio de Cristo Jesus tem
sua vida completamente ordenada por ele.
 Texto Bíblico: Salmos 2:1-9
1- Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vàs?2- Os reis da
terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o
seu ungido, dizendo: 3- Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas
cordas. 4- Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. 5- Então
lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará. 6- Eu, porém, ungi o meu Rei sobre
o meu santo monte de Sião. 7- Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu
Filho, eu hoje te gerei. 8- Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da
terra por tua possessão. 9- Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os
despedaçarás como a um vaso de oleiro.
{Veja os Objetivos, Interação e Orientação Pedagógica, na Lição, pág 18}.
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1. A Rebelião Contra o Ungido de Deus:

• 1.1 A Importância do Salmo 2;
• 1.2 A Rebelião das Nações;
• 1.3 Rebelião Contra Deus é Tolice.
2. O Ungido Pedirá Contas:

• 2.1 Como Deus Contempla a Rebelião dos Homens?
• 2.2 O Ungido do Senhor Regerá o Mundo Todo;
• 2.3 Todos Prestarão Contas.
3. Um Chamado à Rendição e à Submissão:

• 3.1 Um Chamado aos Reis da Terra;
• 3.2 Se Curvando ao Filho;
• 3.3 Jesus é Rei e Senhor?
Introdução:
“A história é marcada por impérios que tentaram dominar o mundo. Até hoje há
líderes que possuem a utopia de dominá-lo. O Salmo 2 mostra que há um rei em que
seu reinado nunca terá fim. Veremos como as nações insistem em rebelar-se contra
esse rei, como este pedirá contas dos homens e, finalmente, como que o rei
messiânico apela para que os reis se rendam ao seu senhorio”.
Nesta lição 03, estaremos abordando, como proposta dos autores Telma Bueno e
Tiago Santos, um Salmo Messiânico, o Salmo 02, com o objetivo de descobrir a
soberania de Jesus, como o Messias.
Matthew Henry destaca que o Salmo 01 apresenta a natureza moral e mostra quais
são os nossos deveres; já o Salmo 02, é messiânico e mostra o Salvador. Sob o tipo
do reino de Davi, que foi por indicação divina que conheceu muita oposição, mas no
final prevaleceu.
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Segundo Warren Wierbse, o Salmo 01 enfatiza a Lei de Deus, enquanto o Salmo

02 concentra-se na profecia. As pessoas, no Salmo 01, se comprazem com a lei, mas
as pessoas do Salmo 02 desafiam a lei.
O Salmo 01 começa com a bem-aventurança. O Novo Testamento não cita o
Salmo 01 em algum momento, mas cita o Salmo 02 em diversas alusões sobre o
senhorio do Messias, em 18 menções (Mt 3.17;7.23;17.5; Mc 1.11; 9.7; Lc 3.22; 9.35;
Jo 1;49; At 4.25; 13.33; Fp 2.12; Hb 1.2,5; 5.5; Ap 2.26,27; 11.18;12.5;19.15).
O Salmo 02 está na categoria dos Salmos Messiânicos a saber: Salmos 08,
16,22,23,40,41,45,68,69,102,110, e 118. Para que um salmo seja considerado
messiânico, ele deve ser citado no Novo Testamento com referência a Jesus (Lc
24;27,44).
No entanto, o Salmo 02 também é um Salmo real, trata da coroação de um rei de
Israel e da rebelião de algumas nações vassalas que desejavam se libertar. Os Salmos
18, 20, 21, 45, 72,89,101,110 e 144 também são salmos reais.
De acordo com Atos 4.25, o Salmo 02 foi escrito por Davi, de modo que é possível
ser decorrente dos acontecimentos relatados em 2 Samuel 5.17-25, 8.1-14 e 10.1-19.
Israel foi governado diretamente pelo Senhor, por meio de profetas e juízes, até que
a nação pediu um rei (1 Sm 8). O Senhor sabia que isso aconteceria (Gn 17.6, 16;
35.11; Nm 24;7,17) e fez todos os preparativos (Dt 17.14).
Saul não foi escolhido para fundar uma dinastia, pois o rei viria da tribo de Judá
(Gn 49.10), e Saul era da Tribo de Benjamim. Davi era um homem que Deus havia
escolhido para instruir uma dinastia que, a seu tempo, daria ao mundo o Messias (2
Sm 7).
Porém, o Salmo 02 e 2Samuel 2 e2 Samuel 7 vão muito de Davi e seus sucessores,
pois tanto a aliança quanto o Salmos falam de um reino universal e de um torno
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estabelecido para sempre – um reinado que só pode se cumprir em Jesus, o filho de

Davi (Mt 1.1).
Alguns Salmos são feitos apara serem vistos (114,130,133), outros, para serem
sentidos (22, 129, 137, 142), mas este é para ser ouvido, pois é um registro de quatro
vozes, a saber:
1. A voz das Nações (Salmo 2. 1-3);
2. A voz de Deus, o Pai (Salmo 2.4-6);
3. A voz de Deus, o Filho (Salmo 2.7-9);
4. A voz do Espírito Santo (Salmo 2.10-12).
1. A Rebelião Contra O Ungido De Deus:

“Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vàs? Os reis da
terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu
ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas”
(Salmos 2:1-3).
1.1 A Importância do Salmo 2:

“O Salmo 2 está na categoria dos salmos régios ou messiânicos. Segundos
estudiosos, é possível que os salmos régios se refiram a Davi ou algum rei em Israel.
O ponto importante é que esses salmos são uma descrição do rei messiânico. Não
por acaso, o Novo Testamento aplica o Salmo 2 à pessoa de Jesus tanto na
perspectiva do ministério terreno quanto na perspectiva futura daquEle que
implantará o seu glorioso reino na terra. Em Mateus 3:17, a expressão “este é o
meu filho amado” tem a ver com Salmo 2:7; Atos 4:25-28, o evangelista cita os
versículos de Salmo 2:1,2 e aplica a perseguição registrada no Salmo a Jesus. Em
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Hebreus 1:5 e 5:5, você verá paralelos do salmo. Por isso, o Salmo 2 é muito
importante para nós os cristãos”.
De acordo com Matthew Henry, o Salmo 02 aponta para o Messias como o

descendente de Davi, profetizado como a interpretação primaria do Salmo. Neste
texto, vemos o Espírito agindo assim:
1. A oposição que deveria ser feita ao reino do Messias (Salmo 2.1-3);
2. O desconcerto e castigo de tal oposição (Salmo 2.4,5);
3. A determinação do reino de Cristo, apesar da oposição (Salmo 2.4,5);
4. A sua confirmação e seu estabelecimento (Salmo 2.7);
5. Uma promessa de seu crescimento e sucesso (Salmo 2.8,9);
6. Um chamado e exortação aos reis e príncipes para cederem os súditos mais
solícitos do seu reino (Salmo 2.10-12).
Segundo Russell Champlim, o Salmo 2 é um salmo real, de coroamento. Está em
vista o rei ideal, e muitos supõem que se trate de um salmo messiânico que faz
referência ao Rei dos Reis. Talvez este Salmo fosse empregado para encabeçar os
Salmos de Davi, tal como o primeiro salmo tornou-se a habilidosa introdução dos
Salmos. Davi era considerado o rei ideal de Israel (1Rs 15.3; Dt 17.14). O Messias,
como é óbvio, era o verdadeiro Rei ideal, que Davi previu com antecedência.
O conteúdo do Salmo 2 descreve uma celebração de coroamento, a despeito da
oposição por parte de pessoas rebeldes, em territórios circunstantes. Em uma palavra,
o salmista exortou as nações pagãs a abandonar seus planos rebeldes contra o Senhor
e contra o Reino Unido, submetendo-se a autoridade do seu Filho, a quem Deus
determinou que governasse as nações com centro de ferro (At 4.25).
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1.2 A Rebelião das Nações:

“O Salmo está estruturado em quatro blocos de três versículos cada: vv.1-3; vv.
4-6; vv. 7-9; vv. 10-12. O primeiro bloco diz respeito à rebelião dos gentios contra a
autoridade de Deus. O versículo primeiro inicia com uma pergunta retórica: “Por
que se amontinam as nações [...]” (v.1). Essa pergunta, na verdade, revela a
presunção dos reis das nações ao se voltar contra o Senhor. Eles se preparam,
planejam estratégias acreditando que terão êxito em seu propósito. O problema é
que eles se levantam contra o Ungido do Senhor, na verdade, levantam-se contra o
próprio Senhor (v.2). Eles acham mesmo que terão autonomia para romper o
domínio divino, bem como seus planos (v.3). Os primeiros cristãos aplicaram essa
passagem na perseguição que eles sofreram (At 4:25,26). No contexto do Novo
Testamento, o Senhor Jesus é o Ungido, o Cristo de Deus, acima de todo principado,
poder, potestade e domínio (Ef 2:20,21)”.
Matthew Henry descreve que uma forte oposição seria feita ao Messias e ao seu
reino, à sua revelação santa e a todos os interesses dela (Salmo 2.1-3).
Alguém talvez pudesse esperar que uma benção tão grande para esse mundo fosse
universalmente recebida pela acolhida e que cada feixe fosse arqueado ao Messias e
todas as coroas e cetros da Terra fossem deixados aos seus pés, mas neste Salmo
vemos exatamente o contrário, com o relato da rebelião das Nações.
Nunca as noções de qualquer grupo de filósofos, ainda que fossem tão absurdas,
nem os poderes de qualquer príncipe ou Estado, ainda que tão tirânicos, sofreram
tanta violência como a doutrina e o governo de Cristo.
O Russell Champlim apresenta a resposta sobre o questionamento dos gentios
endurecerem o coração. A primeira dentre as seis seções do Salmo 2 apresenta a fúria
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das nações contra o ungido do Senhor – O rei de Israel e, profeticamente, o Rei dos
Reis. Seu reino seria estabelecido no meio da hostilidade e contra toda a oposição.
No oriente, a morte de um rei e a apresentação do seu substituto eram, com
frequência, seguidas por um tempo de levantes e assassinatos. Usualmente, a família
do antigo rei era eliminada para impedir que qualquer pretendente ao trono se
opusesse à coroação do novo rei e ao governo subsequente.
Nações vizinhas, como Moabe, Amom e Edom, por muitas vezes estiveram em
sujeição a Israel e poderiam aproveitar da transição para iniciar uma revolta. Tais
circunstancias históricas provavelmente emprestaram o contexto do Salmo 2.
A questão retratada, no Salmo 2, entretanto, é ainda mais profunda, pois os planos
traçados eram contra o Senhor e seu ungido, uma linguagem que quase certamente
aponta para algo além de uma sucessão ordinária de reis em Israel. Portanto, falava
sobre o Messias.
Os críticos não têm sido capazes de identificar com exatidão as circunstâncias
históricas do Salmo 2. Portanto, provavelmente faremos bem relatando a questão do
Rei Ideal da Casa de Davi (Sl 17.23-24), isto é, Jesus (At 4.25,26; 13.33; Hb 1.5;
5.5; Ap 2.27 e 19.18).
1.3 Rebelião Contra Deus é Tolice:

“Há uma lição muito preciosa nesses primeiros versículos. Se uma pessoa não
servir ao Senhor Jesus e praticar o eu ensino, servirá a outro segundo a sua filosofia
(Mt 6:24). Não tem como escapar. Liberdade longe de Deus é uma completa ilusão.
Infelizmente, quando alguém se rebela contra o Altíssimo, deixando de seguir seus
valores, tal pessoa passa a seguir uma série de falsidades e ilusões. Ora, os valores
de Deus são eternos, bons e verdadeiros. O que leva um(a) jovem a deixar de
desfrutar do bem espiritual que tem impacto positivo e construtivo na vida terrena
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para abraçar um estilo tolo e desordenado, que só trará prejuízos? Perder a

juventude na rebelião contra Deus nunca foi uma boa ideia”.
(Ver Subsídio 1, na Lição, pag 20).
Russell Champlim aponta que o Salmo 2.1 é uma espécie de expressão retórica
que indica admiração. Como poderia algum homem ou nação opor-se ao Rei ideal
de Israel? Os homens deveriam apoiar os planos de Deus, que são sempre
beneficentes. Mas os homens rebeldes surpreenderam o salmista com os seus atos.
Segundo Warren Wierbse, desde a torre de Babel (Gn 11) até a crucificação de
Cristo (At 4:21-31) e o Armagedom (Ap 19:11ss), a Bíblia registra as rebeliões tolas
e inúteis contra o Criador.
Os reis e outros governantes menores formam uma conspiração para romper os
vínculos que o Senhor havia estabelecido para o próprio bem deles. Vemos então, o
retrato de um animal obstinado e enfurecido, tentando romper as amarras que
prendem em seu corpo (Jr 5.5).
Porém, suas tentativas são fúteis (vãs), pois a liberdade verdadeira só pode ser
encontrada quando nos sujeitamos a Deus e fazemos a sua vontade. Liberdade sem
autoridade é anarquia, e anarquia é destrutiva.
Neste Salmo, vemos as nações se rebelando contra Deus e desafiando o Messias.
A única coisa sobre a qual as nações concordam entre si é: “Não queremos que este
reine sobre nós” (Lc 19.14).
O termo “Messias” vem de uma palavra hebraica que significa “ungir”; o
equivalente ao termo grego “Cristo”. No Antigo Testamento, costuma-se ungir os
reis (1Sm 10.1 2 Rs 11.12) e também os profetas (1 Rs 9.16) e sacerdotes (Êx 28.41).
Jesus disse que o mundo o odiava e que também odiaria aqueles que o seguissem
(Jo 7.7,15,18,19, 24,25).
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O verbo “levantar” no versículo 2, significa “preparar-se para guerra”. As

consequências dessa rebeldia contra o Senhor e o seu Cristo são descritas em
Romanos 1.18ss e não são nada agradáveis.
2. O Ungido Pedirá Contas:

“Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes falará na
sua ira, e no seu furor os turbará. Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte
de Sião. Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei”
(Salmos 2:4-7).
2.1 Como Deus Contempla a Rebelião dos Homens?

“No versículo 4, temos uma resposta de Deus num tom de desprezo e escárnio,
típicas expressões da natureza humana. É muito comum essa linguagem na Bíblia
denominada em Teologia de antropopatismo, ou seja, atribuição das paixões
humanas a Deus (cf. Gn 6:6; Zc 8:2). Essa figura de linguagem nos ajuda a
compreender as verdades eternas da Bíblia de acordo com a nossa capacidade.
Então, Deus está olhando para a rebelião humana, zombando dela porque Ele
mesmo falará aos homens no derramamento de sua ira (v.5). Os homens não podem
fazer nada contra a soberania divina. Deus ungiu o seu rei sobre o monte Sião, isto
é, o monte de sua santidade, onde está o Santo Templo (v.6). Não por acaso, o Novo
Testamento apresenta a passagem que revela essa mesma relação entre Jesus e o
Pai: “Quem vos recebe a mim me recebe; e quem recebe a mim, recebe aquele que
me enviou” (Mt 10:40; cf. Jo 13:20)”.
Para Telma Bueno e Tiago Santos os homens não podem fazer nada contra a
soberania divina.
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Matthew Henry comenta que a oposição feita pelos homens é descrita no Salmo
2.1, como uma oposição rancorosa e maliciosa. Eles amotinam e irritam-se contra o
Senhor. Eles rangem seus dentes com aflição na futilidade e os enche de indignação,
a ponto deles não terem alegria neles mesmos (Lc 13.14; Jo 11.47; At 5;17,33;
19.38).
Os idolatras, citados no texto, se enfurecem na descoberta de sua tolice, o sumo
sacerdote e os fariseus, no eclipse da sua glória e no estreitamento do seu domínio,
se enfureceram contra o Senhor. Aqueles que fizeram o mal se enraiveceram com a
sua luz.
É uma oposição deliberada e política. Eles imaginam e meditam, isto é, eles
planejam meios para combater os interesses principais do reino de Deus e são muito
confiantes no que dizem a respeito ao sucesso dos seus planos. Eles prometem a si
mesmos que irão perseguir o reino de Cristo e continuar nesta tarefa.
Ainda, percebe-se que é uma oposição resoluta e obstinada. Eles se levantam,
colocam seus rostos como uma rocha e seus corações como um escudo, em desafio
à razão e consciência e a todos os medos da ira do Senhor. Eles são orgulhos e
ousados.
O texto também apresenta uma oposição combinada e confederada. Eles juntos
se mancomunam, auxiliam e animam uns aos outros nesta oposição. Eles carregam
suas decisões unicamente, de modo que eles prosseguem com a guerra ímpia contra
o Messias com o maior vigor. E, por isso, os conselhos são chamados, intrigas são
formadas e todas as suas habilidades são voltadas, a fim de descobrir caminhos e
meios para prevenção do estabelecimento do reino de Cristo.
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2.2 O Ungido do Senhor Regerá o Mundo Todo:

“O versículo 7 remonta um oráculo divino, ou profecia, em que é dito ao ungido
do Senhor: “Tu és o meu filho; eu hoje te gerei” (v.7). Essa expressão tem a ver com
um herdeiro da casa de Davi para sempre (2Sm 7:13,14). No Novo Testamento, o
autor dos Hebreus desenvolve a messianidade de Jesus a partir dessa mesma
expressão (1:5). Nesse caso, Deus dará por herança as nações ao rei (v.8) e o ungido
destruirá com “vara de ferro” os rebeldes e seu reinado será de justiça (v.9)”.
Conforme Telma Bueno e Tiago Santos, a luz do Novo Testamento, o Salmo 2.7
aponta para a messianidade de Jesus.
Segundo Warren Wierbse a declaração “Proclamarei o decreto” informa os
rebeldes de que Deus governa sobre sua criação por meio de decretos soberanos. Os
decretos de Deus são justos (Sl 7.6), e Ele nunca erra.
De acordo com Atos 13.33, o versículo 7, refere-se a ressurreição de Cristo,
quando foi “gerado” da sepultura e surgiu em glória (Rm 1.4; Hb 1.15; 5.5).
No antigo oriente próximo, os reis eram considerados filhos dos deuses, mas Jesus
Cristo é, verdadeiramente o filho de Deus (2 Sm 7.14). No batismo de Jesus, o Pai
fez alusão ao versículo 7 e anunciou que Jesus era o seu filho amado (Mt 3;17; Mc
1.11; Lc 3.22).
O Pai prometeu ao Filho vitória absoluta sobre as nações, o que significa que, um
dia ele governará sobre todos os reinos do mundo. Satanás lhe ofereceu essa honra
em troca de sua adoração, mas Jesus recusou (Mt 4.8-11). O governo de Cristo será
justo, porém firme, e se as nações lhe fizerem frente, Ele as esmagará como vasos de
barro.
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Na antiguidade, antes de sair para a batalha, os reis do Oriente costumavam

participar de um ritual no qual se quebravam vasos, para simbolizar o exército
inimigo, garantindo, deste modo, a ajuda dos deuses para derrota-los.
Jesus não precisa desses rituais tolos, pois esmaga os inimigos completamente
(Ap 19.11). Jesus é Deus, Jesus é Rei é Conquistador.
2.3 Todos Prestarão Contas:

“Deus “ri” das artimanhas dos homens aqui da Terra porque todo poder vem
dEle. Os homens que arrogam para si orgulho e soberba e, ao mesmo tempo, buscam
a rebelião contra o Altíssimo, estão fadados ao fracasso. Da mesma forma que eles
foram dotados de poder, podem perdê-lo a qualquer momento (Dn 2:21). Por isso,
precisamos andar em humildade e mansidão como Jesus ensinou (Mt 11:29). A
soberba e a arrogância humanas só levam ao caminho de perdição. A Palavra de
Deus mostra com clareza que, seja quem for, um dia todos estaremos diante do Juiz
para prestar contas de todas as nossas ações (Rm 2:6,7). E tudo será feito de acordo
com a reta justiça divina (Rm 2:14-16)”.
(Ver Subsídio 2, na Lição, pág 21).
De acordo com Telma Bueno e Tiago Santos a soberba e a arrogância humana só

levam as pessoas ao caminho da perdição e condenação.
Russell Champlim comenta que nos versículos 10-12, que foi feito um apelo para
que as nações rebeldes se sujeitassem ao príncipe universal de Israel.
Para William Taylor, na estrofe de conclusão, nossa atenção volta-se aos
conquistadores. Um ultimato é dirigido a eles. Aquilo que tinham ouvido teria de
modificar os seus conselhos. Caso contrário, a fúria do Senhor irromperia contra eles.
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Eles deviam prestar contas e obediência a ele, isto é, ao Pai, por meio do Filho. A
revolta contra o Rei é a mesma coisa que se revoltar contra Deus.
Os rebeldes que derem ouvidos as advertências serão sábios, portanto o que
fizerem pode salvar sua vida e sua alma.
Se os homens não possuíssem livre-arbítrio não se levantariam contra o Senhor.
Deus reprova os reis e os príncipes da Terra, por causa dos seus pecados e por causa
do seu povo, para que aprendam a justiça (Sl 105.14,15).
3. Um Chamado à Redenção e à Submissão:

“Servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor” (Salmos 2:11).
3.1 Um Chamado Aos Reis da Terra:

“O último bloco do Salmo, ou estrofe, traz um chamado à rendição completa:
“Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra” (Sl 2:10).
É uma oportunidade dada às nações para reverter seus caminhos tortuosos. Esse
chamado lembra muito o convite de sabedoria que lemos no livro de Provérbios
(9:10). Ademais, o chamado também é para servir a Deus com temor e tremor (v.11).
Por isso, a Bíblia diz que o temor do Senhor é o princípio do saber (Pv 1:7 – NAA)”.
Para Telma Bueno e Tiago Santos, o Salmo 02 é um convite a conhecer a

soberania, através da sabedoria de Deus, revelada em Jesus.
Para Russell Champlin, o Salmo 2:11 descreve o principio da sabedoria que é o
temor ao Senhor, conforme Salmo 111.10.
Há um temor real, e então, como resultado, uma confiança reverente. Tendo sido
humilhados e espiritualizados até certo ponto, eles podiam, subsequentemente, servir
ao Senhor com regozijo, mas mesmo assim não sem temor.
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Alguns estudiosos, contudo, põem o tremor em Salmos 2.12, ou seja, “beijai o

Filho com tremor”.
Servir, regozijar-se, temer e tremer descrevem as reações religiosas dos justos na
adoração. Eles são levados a viver em submissão; vidas caracterizadas muito mais
pelo temor que pela arrogância; vidas cheias de exultação, e não da melancolia da
opressão. A imagem é a da sujeição a um monarca supremo.
Os que antes eram rebeldes podem torna-se abençoados, se forem obedientes.
Confiança é uma palavra caracterizada do Novo Testamento para a fé.
3.2 Se Curvando ao Filho:

“Aquele que se arrepende da rebelião contra Deus e o seu ungido, deve se
submeter ao Altíssimo e ao seu Filho: “Beijai o Filho” (v.12). É uma homenagem
de submissão e senhorio do Filho. Quem assim proceder será poupado da ira
vindoura. Por isso, é feliz e realizado quem se refugia e confia no Filho (v.12).
Assim, o Salmo encerra exatamente com o convite de cultivar a confiança no ungido
do Senhor. O Novo Testamento nos orienta a olhar “para Jesus, autor e consumador
da fé” (Hb 12:2)”.
Submeter-nos à soberania de Cristo é um dos aspectos centrais do Cristianismo.

Jesus diz em Lucas 14:27 “Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser
meu discípulo”.
Sem exceção, a palavra grega para “submissão”, hupotassõ, sempre sinaliza
obediência à autoridade dada por Deus. Jesus se submeteu à autoridade de seus pais
(Lucas 2.51), os demônios se submetiam aos discípulos (Lucas 10.17), cidadãos
estão sujeitos a autoridades do governo (Romanos 13.1, 5), o universo está sujeito a
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Cristo (1Coríntios 15.25; Efésios 1.22), Cristo está sujeito a Deus, o Pai (1Coríntios
15.28), e assim poderíamos continuar.
Como podemos ver, os crentes recebem bem a oportunidade de se submeterem
aos líderes legítimos. Submissão bíblica nunca significa uma obediência robótica,
sem pensar. Ela significa, de fato, o oposto: um compromisso alegre, de todo o
coração para seguir uma figura digna.
Submissão não depende de um desempenho perfeito, tampouco. Enquanto
membros da igreja, somos chamados para nos sujeitarmos aos líderes da igreja.
(1Coríntios 16.15-16; 1Pedro 5.5).
Submissão à autoridade constituída por Deus não vem e vai. É a própria essência
da fé e discipulado cristão. Quando nos arrependemos e cremos, não fazemos nada
além de confessar a um Deus santo: “você está certo e eu estou errado, submeto-me
a você”. A postura fundamental de um crente para com Deus é a submissão (Hebreus
12.9; Tiago 4.7).
A submissão é umas das chaves para alcançar harmonia num casamento cristão.
A Bíblia diz em 1 Coríntios 11:3 “Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça
de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo”.
A submissão bíblica é um sinal de igualdade e é baseado no amor. A Bíblia diz
em Efésios 5:21 “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”.
3.3 Jesus é Rei e Senhor?

“De maneira geral, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito da completa rendição
e submissão a Jesus. No mundo de hoje, submeter-se e render-se a Jesus não é um
desafio fácil. Isso significa fazer dEle o Rei do nosso coração. Aqui, é que acontece
a verdadeira batalha: quando Jesus deve ser o Rei do nosso pensamento, do nosso
sentimento e da nossa vontade (2Co 10:5). Quando nosso Senhor se torna Rei do
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nosso mundo interior, o mundo exterior é completamente ordenado. Entretanto,

quando Ele não é Rei da nossa vida interior, a exterior fica completamente
desordenada. Por isso, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito de não lutarmos mais
contra o reinado de Jesus em nós. Deixemo-Lo reinar! Então seremos
verdadeiramente livres”.
(Ler Subsídio 3, na Lição, pag. 22)
Jesus Cristo é o Filho de Deus, que morreu pelos pecados de todo o mundo,
ressuscitou e continua vivo hoje. Ele é Deus, mas também foi um homem e viveu na
terra durante cerca de trinta anos. Jesus mudou o mundo para sempre e pode mudar
sua vida também.
A Bíblia diz que Jesus é Deus, revelado em forma humana ao mundo. Ele veio
para nos salvar, porque não conseguimos pagar o preço de nossos pecados. Essa foi
sua grande missão na terra, levar o castigo de nossos pecados em nosso lugar. Mas a
história de Jesus não acabou na cruz. Ele ressuscitou e continua vivo até hoje!
Todos estamos em uma situação ruim, insustentável. Todos pecamos e o pecado
tem muitas consequências negativas. Por causa do pecado, ficamos separados de
Deus, que é a fonte de toda a vida, e por isso somos destinados a morrer, ficando
eternamente separados de Deus (Romanos 6:23). O pecado também nos escraviza,
nos compelindo a fazer muitas coisas erradas.
Ninguém consegue se salvar sozinho do pecado e das suas consequências. O
preço é demasiado alto e estamos presos. Precisamos de um salvador. Por isso, Deus
enviou Jesus para nos salvar. Com sua morte e ressurreição, Jesus pagou o preço do
pecado e nos deu a chance de sermos salvos (João 3:16-17). Através de Jesus,
podemos ficar novamente unidos a Deus. Jesus é nosso salvador.
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Conclusão: “O Salmo 2 tem uma ligação muito profunda com o reinado messiânico
do Senhor Jesus. Ao longo dos séculos, os cristãos sempre leram esse Salmo com
vista ao reino messiânico do Senhor Jesus. Haverá um tempo, quem que o reino do
Senhor será plenamente estabelecido neste mundo. Todavia, ele pode ser
experimentado agora por meio do reinado de Cristo em nossos corações. É tempo
de deixar Jesus reinar dentro de nós”.
Referências e Indicações de Leitura:

DILLARD, Raymond B.; Introdução ao Antigo Testamento – São Paulo: Vida
Nova, 2006.
ELLISEN, Stanley A; Conheça melhor o Antigo Testamento: um guia com
esboços e gráficos explicativos dos primeiros 39 livros da Bíblia – São Paulo:
Editora Vida, 2007, 2 ed.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry – Vol. 03 – CPAD 6º
Impressão – Rio de Janeiro 2020.
LORENZIN, Tiziano. Livros Sapienciais e Poéticos – Editora Vozes – Petrópolis,
Rj, 2020.
OLIVEIRA, Marcelo. Lições Bíblicas – Jovens, 2º Trimestre de 2023:
Encorajamento, Instrução e Conselho: Alcance Uma Vida Cristã Feliz com os
Ensinos dos Salmos. CPAD, 2023.
OLIVEIRA, Marcelo. Livro de Apoio – Jovens, 2º Trimestre de 2023:
Encorajamento, Instrução e Conselho: Alcance Uma Vida Cristã Feliz com os
Ensinos dos Salmos. CPAD, 2023.
PINTO, Carlos Osvaldo Cardoso (1950-2014); Foco e desenvolvimento no Antigo
Testamento: estruturas e mensagens dos livros do Antigo Testamento. – São
Paulo: Hagnos, 2006.
18

3 - O Messias Já Veio

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CLASSE DE JOVENS | ENCORAJAMENTO, INSTRUÇÃO E CONSELHO:

ALCANCE UMA VIDA CRISTÃ FELIZ COM OS ENSINOS DOS SALMOS

LIÇÃO 3 – O MESSIAS JÁ VEIO

 Texto Principal: “Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu

{Veja os Objetivos, Interação e Orientação Pedagógica, na Lição, pág 18}.

1. A Rebelião Contra o Ungido de Deus:

2. O Ungido Pedirá Contas:

3. Um Chamado à Rendição e à Submissão:

Segundo Warren Wierbse, o Salmo 01 enfatiza a Lei de Deus, enquanto o Salmo

estabelecido para sempre – um reinado que só pode se cumprir em Jesus, o filho de

1. A Rebelião Contra O Ungido De Deus:

1.1 A Importância do Salmo 2:

De acordo com Matthew Henry, o Salmo 02 aponta para o Messias como o

1.2 A Rebelião das Nações:

1.3 Rebelião Contra Deus é Tolice:

para abraçar um estilo tolo e desordenado, que só trará prejuízos? Perder a

O verbo “levantar” no versículo 2, significa “preparar-se para guerra”. As

2. O Ungido Pedirá Contas:

2.1 Como Deus Contempla a Rebelião dos Homens?

2.2 O Ungido do Senhor Regerá o Mundo Todo:

Na antiguidade, antes de sair para a batalha, os reis do Oriente costumavam

2.3 Todos Prestarão Contas:

De acordo com Telma Bueno e Tiago Santos a soberba e a arrogância humana só

3. Um Chamado à Redenção e à Submissão:

3.1 Um Chamado Aos Reis da Terra:

Para Telma Bueno e Tiago Santos, o Salmo 02 é um convite a conhecer a

Alguns estudiosos, contudo, põem o tremor em Salmos 2.12, ou seja, “beijai o

3.2 Se Curvando ao Filho:

Submeter-nos à soberania de Cristo é um dos aspectos centrais do Cristianismo.

3.3 Jesus é Rei e Senhor?

nosso mundo interior, o mundo exterior é completamente ordenado. Entretanto,

Referências e Indicações de Leitura:

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