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Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
Laboratório de Geotecnia e Pavimentação
Referências
O INÍCIO
• 1879 Escócia: revestimento muito bom,
porém se deteriorou rapidamente
• 1893 EUA (Rochester, NY): deterioração
em menos de 3 anos devido trincas
térmicas e ferraduras dos cavalos
• 1894 EUA (Bellefontaine, Ohio)
• Êxito na pavimentação
• Químico George Bartholomew
• Em operação até os dias atuais
INTRODUÇÃO
• Primeiras placas de concreto
– Espessura: 15 cm
– Largura e comprimento: 1,8 a 2,4 m
– Dimensões limitadas aos misturadores
• Juntas entre as placas
– Trincas e quebras nas bordas
– Solução: entrosamento entre os agregados
• 1914: Manual de dimensionamento e
construção de pavimentos rígidos
INTRODUÇÃO
• 1917: barras de aço nas juntas permitiu
vários tipos de seções, juntas e reforço
das placas
• Década de 20: uso de malhas de aço para
impedir o trincamento da placa
• Anos 50: estudo das propriedades das
placas de concreto, transferência de
cargas nas juntas, efeitos da velocidade e
das cargas, e problemas devido ao
bombeamento dos finos
Fonte: http://www.fhwa.dot.gov (2011)
UFPB/CT/DECA/LAPAV. Projeto e dimensionamento de pavimentos rígidos. Prof. Ricardo Melo.
Bombeamento de
finos
http://www.pavementinteractive.org/wp-content/uploads/
2009/04/Pumping2.jpg (acesso em 17-06-2014); SHRP (1993)
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INTRODUÇÃO
• 1956: melhoria da tecnologia construtiva,
uso de máquinas pavimentadoras
• 1958 a 1961: AASHO Road Test
– Dimensionamento baseado
em desempenho
– Graduação de sub-bases granulares
e juntas com barras de aço
• Após 1970: modelos mecanísticos, esforços
dinâmicos, durabilidade da estrutura,
técnicas de reciclagem e reconstrução
Fonte: http://www.fhwa.dot.gov (2011)
UFPB/CT/DECA/LAPAV. Projeto e dimensionamento de pavimentos rígidos. Prof. Ricardo Melo.
Pavimento rígido
APLICAÇÕES TÍPICAS DO
PAVIMENTO DE CONCRETO
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Rodovias
Faixa de rolamento; BR101 Norte - PB
Curitiba
Aeroportos
Recife
30,4 cm
qc = 7,5 kgf/cm2
Redução da carga:
20 cm a diferença é
absorvida pela placa
qf = 0,22 kgf/cm2
88,7 cm
FUNDAÇÃO DO PAVIMENTO
• Estudos geológicos e geotécnicos:
– Presença de solos expansivos
– Camadas espessas de argila mole
• Coeficiente de recalque (k)
– Determinação por prova de carga estática
(DNIT 055/2004-ME)
– Placa com 76 cm de diâmetro
– Define a capacidade de suporte
– Por simplicidade, usa-se o CBR
– Valores para cálculos preliminares de custo
Prova de carga
estática
A1-a ≥ 110
A1-b 70 a 165
A2-4, A2-5 ≥ 80
A2-6, A2-7 50 a 90
A3 55 a 90
A4 25 a 80
A5 ≤ 50
A6 ≤ 60
A7-5, A7-6 ≤ 60
Fonte: ABCP (ano?)
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Correspondência
entre valores de
suporte do subleito
SUB-BASE
• Proporciona suporte uniforme e constante
• Elimina o bombeamento dos finos do subleito
• Evita os efeitos das mudanças excessivas de
volume dos solos do subleito
• Tipos de sub-base
Concreto rolado
SUB-BASE
• Coeficiente de recalque:
– Prova de carga
– Correlações do coeficiente de recalque do
subleito, tipo de material e espessura da sub-
base
• Para efeitos de dimensionamento,
recomenda-se limitar o valor do
coeficiente de recalque, no topo da sub-
base, em 150 MPa/m
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Aumento de k devido
à presença de sub-
base granular
91
Aumento de k devido
à presença de sub-
base granular
74
69
64
Exemplo para
CBR = 12%
58 (subleito)
TRÁFEGO DE VEÍCULOS
• Contagem volumétrica classificatória e veículos de
projeto: definem ábacos usados no
dimensionamento
• Horizonte de projeto
– Brasil: 20 anos
– EUA e Europa: 50 anos
• Fatores de segurança para cargas (FSC)
FADIGA
• Fadiga é resultado do processo de
repetição de cargas www.imagensanimadas.com
Tandem triplo
Exemplo
DS: 6t TD: 17t
2S3
– Vm = (3 + 6)/2 = 4,5 ou 5
• Número total de veículos durante período de projeto (Vt):
– Vt = 365×20x5 = 36.500 veículos
• Número de solicitações de eixo, por classe de veículo (N)
– N = (33,3%×36.500×2)/100 = 24.309 eixos (caminhão 3C)
– N = (33,3%×36.500×3)/100 = 36.464 eixos (caminhão 2S3)
– N = (33,4%×36.500×4)/100 = 48.764 eixos (caminhão 2D4)
• Frequência das cargas por eixo, por classe de veículo (Nji) e somatório:
– N6t = 1/2×24.309 + 1/3×36.464 + 1/4×48.764 = 36.500
– N10t = 1/3×36.464 + 1/4×48.764 = 24.346
– N17t = 1/2×24.309 + 2/4×48.764 = 36.536
– N25,5t = 1/3×36.464 = 12.155
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15 cm
Sub-total:
Eixos tandem duplo
Sub-total:
Eixos tandem duplo
Sub-total:
TOTAL:
Cargas por eixo
Projeto: Exemplo Período de projeto: 20 Anos
Subleito: Tipo de sub-base Espessura, cm Sistema subleito/sub-base:
k, Mpa/m: 60 granular 15 ksb, Mpa/m: 69
Fator de segurança de carga, Fsc: 1,1 Acostamento de concreto (S/N): SIM
´(1) ´(2) ´(3) ´(4) ´(5) ´(6) ´(7)
espessura tentativa: 15 cm fctMk 4,5 Mpa
carga por carga por tensão na relação de no. repetições no. repetições consumo de
eixo eixo x Fsc placa tensões admissíveis previstas resist. à
(tf) (tf) (Mpa) (no.) (no.) (no.) fadiga, %
Eixos simples
6 6,6 1,76 0,39 ilimitado 36.500 0%
10 11 2,70 0,60 32.000 24.346 76%
sub-total: 76%
Eixos tandem duplo
17 18,7 2,65 0,59 42.000 36.536 87%
sub-total: 87%
Eixos tandem triplo
25,5 28,05 2,50 0,56 100.000 12.155 12%
sub-total: 12%
soma 175%
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1,76
78
6,6
Fonte: DNIT (2005)
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Tensão na placa
Projeto: Exemplo Período de projeto: 20 Anos
Subleito: Tipo de sub-base Espessura, cm Sistema subleito/sub-base:
k, Mpa/m: 60 granular 15 ksb, Mpa/m: 69
Fator de segurança de carga, Fsc: 1,1 Acostamento de concreto (S/N): SIM
´(1) ´(2) ´(3) ´(4) ´(5) ´(6) ´(7)
espessura tentativa: 15 cm fctMk 4,5 Mpa
carga por carga por tensão na relação de no. repetições no. repetições consumo de
eixo eixo x Fsc placa tensões admissíveis previstas resist. à
(tf) (tf) (Mpa) (no.) (no.) (no.) fadiga, %
Eixos simples
6 6,6 1,76 0,39 ilimitado 36.500 0%
10 11 2,70 0,60 32.000 24.346 76%
sub-total: 76%
Eixos tandem duplo
17 18,7 2,65 0,59 42.000 36.536 87%
sub-total: 87%
Eixos tandem triplo
25,5 28,05 2,50 0,56 100.000 12.155 12%
sub-total: 12%
soma 175%
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Relação de tensões
Projeto: Exemplo Período de projeto: 20 Anos
Subleito: Tipo de sub-base Espessura, cm Sistema subleito/sub-base:
k, Mpa/m: 60 granular 15 ksb, Mpa/m: 69
Fator de segurança de carga, Fsc: 1,1 Acostamento de concreto (S/N): SIM
´(1) ´(2) ´(3) ´(4) ´(5) ´(6) ´(7)
espessura tentativa: 15 cm fctMk 4,5 Mpa
carga por carga por tensão na relação de no. repetições no. repetições consumo de
eixo eixo x Fsc placa tensões admissíveis previstas resist. à
(tf) (tf) (Mpa) (no.) (no.) (no.) fadiga, %
Eixos simples
6 6,6 1,76 0,39 ilimitado 36.500 0%
10 11 2,70 0,60 32.000 24.346 76%
sub-total: 76%
Eixos tandem duplo
17 18,7 2,65 0,59 42.000 36.536 87%
sub-total: 87%
Eixos tandem triplo
25,5 28,05 2,50 0,56 100.000 12.155 12%
sub-total: 12%
soma 175%
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Sentido do tráfego
Junta
• Permite retração/contração do
longitudinal concreto
• Controle das fissuras na placa de
concreto
Junta
• Transferência de carga entre placas
transversal
• Construção por etapas
• Permite a dilatação/expansão entre
placas e estrutura adjacente
Fonte: https://theconstructor.org/concrete/fiber-reinforced-concrete-in-pavements/4781/
(acesso 28-8-19); DNIT (2005)
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Juntas longitudinais
h/2
(mm)
Junta longitudinal
Fonte: ?
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areia
Impede a entrada
de materiais
Impede a entrada incompressíveis
da água
Sem escala
Tipos de
selantes
CAP silicone
Fonte: ABCP(1998); DNIT (2005); http://classes.engr.oregonstate.edu/(2012)
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cordão
MÉTODO PCA/84
PCA/84
Upgrade
PCA/66
PCA/84
Aplicação
Upgrade
PCA/84
Aplicação
Upgrade
17 cm
MÉTODO PCA/84
• Efeito do acostamento de concreto
– Redução das deformações verticais na borda
– Pode reduzir espessura da placa em até 4 cm
• Sub-bases tratadas com cimento
– Suporte de alto valor, não bombeáveis e não
sujeitas à erosão
– Podem resultar em redução de 3 cm na
espessura, para pavimentos sem barra de
transferência e tráfego pesado
• Modelo de ruína por erosão da fundação,
junto com modelo modificado de fadiga
Fonte: DNIT (2005); adaptado de Rao and Roesler (2004); adaptado de Rao and Roesler (2004)
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2 cm
ERRATA
• DNIT. Manual de pavimentos rígidos. IPR publ.
714, 2ª. Ed., 234 p.. Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes. Rio de Janeiro,
2005.
• Os Quadros 20 a 23, entre as páginas 109 a 112,
leia-se juntas com barras de transferência, ao
invés de (...) sem barras (...)
• Nas páginas 113 a 115, leia-se Figuras 24, 25 e 26,
respectivamente, ao invés de Figuras 27, 28 e 29
• Na página 117, idem, leia-se Figuras 24 e 25, ao
invés de Figuras 27 e 28, respectivamente
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2S3
3C
2D4
Modelo de planilha
Método PCA/84
Projeto: Período de projeto: Anos
Subleito, k (MPa/m): Tipo de sub-base Espessura, cm Sistema subleito/sub-base:
Juntas com BT (S/N): ksb, Mpa/m:
Fator de segurança de carga, Fsc: Acostamento de concreto (S/N):
SIM
´(1) ´(2) ´(3) ´(4) ´(5) ´(6) ´(7)
espessura tentativa: cm fctMk Mpa
Análise de fadiga Análise de erosão
carga por carga por no. repetiçõesno. repetiçõesConsumo de no. repetiçõesDanos por
eixo eixo x Fsc previstas admissíveis Fadiga admissíveis Erosão
(tf) (tf) (no.) (no.) (%) (no.) (%)
Eixos simples (8) tensão equivalente: (9) fator de erosão:
(10) fator de fadiga:
sub-total: sub-total:
Eixos Tandem (11) tensão equivalente: (12) fator de erosão:
Duplo (13) fator de fadiga:
sub-total: sub-total:
Eixos Tandem (14) tensão equivalente: (15) fator de erosão:
Triplo (16) fator de fadiga:
sub-total: sub-total:
TOTAL: TOTAL:
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Eixo simples
k= 60 tensão equivalente: 2,05
k= 80 tensão equivalente: 1,95
k= 78 tensão equivalente: 1,96
Quadro 18. Fator de erosão para eixos simples e tandem duplos (juntas
sem barras de transferência e pavimento com acostamento de concreto)
0,44
6,60
4.000.000
2,92
6,60
e= 15 cm: CRF < 100% -> OK! Danos por erosão < 100% -> OK!
e= 16 cm: CRF= 19% -> OK! Danos por erosão= 26% -> OK! Faça como exercício…
e= 14 cm: CRF= 326% -> NÃO! Danos por erosão= 71% -> NÃO! Faça como exercício…
A espessura da placa será de 15 cm (+ econômica).
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