Filipenses 3:12 Não que eu o tenha já recebido ou tenha
já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, 14 prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Ao longo dos últimos dois sábados, temos considerado esse texto como um texto de motivação, de encorajamento para todos. E os irmãos lembram que esse texto ele vem como um exemplo como parte de Paulo, da atitude que ele tinha. E eu fico pensando como não deve ser a nossa atitude nesses dias que antecedem a volta do Senhor. E não apenas isso, o fato é que nenhum de nós sabe quanto tempo ainda tem diante de Deus sobre essa terra para viver. E deve ser extremamente frustrante chegar ao final e descobrir que muito daquilo que o Senhor já havia preparado para nós e que bastava a nós tomarmos posse e para isso é apenas um exercício de fé, não que seja simples, mas é um exercício de fé e o tempo passa e vemos que não aconteceu, e poderia ter acontecido porque em última análise depende do Senhor e da nossa rendição a Ele. Não é? E aqui eu creio que temos nesses versículos um exemplo de Paulo em ele diz: eu não cheguei lá, não avalio ter chegado lá, mas olhe, estou para frente, vou para frente, prossigo. Essa expressão aparece duas vezes, prossigo. E o versículo 12 fala essa expressão tão importante: prossigo para conquistar aquilo que eu fui conquistado por Cristo Jesus. É conquistar não qualquer coisa, não é conquistar o que eu quero, não é conquistar o que eu desejo, o que eu almejo. Não. É descobrir para o que o Senhor nos conquistou e aí nós dizemos amém à vontade de Deus e nós colocamos diante dele para conquistar aquilo para que fomos conquistados. Então, venho encorajando os irmãos a estudarem o livro de Josué como um livro em que encontramos exemplos bastante práticos dessa postura, ou desse afã de conquistar aquilo para o que fomos conquistado por Cristo Jesus. O livro de Josué é um livro de conquista, é um livro que conta a conquista da terra. O povo precisava lutar para conquistar a terra prometida, mas isso era viável, e era viável por única razão, porque Deus já havia dado a eles essa terra, em promessa. Mas nem por isso, eles tinham o direito de usufruir da terra. Era deles apenas em potencial, objetiva, mas a experiência deles não era a experiência da terra. A experiência deles era a experiência, de antes do Jordão, de deserto. Então temos olhado para algumas coisas no início do livro de Josué, como exemplo, de como o Senhor conduziu por intermédio de Josué, o povo de Israel a entrarem na terra e a conquistarem aquilo que o Senhor já havia conquistado para eles, de maneira potencial. Então apenas para lembrarmos do início do livro de Josué 1:2 Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Veja, a terra que Eu dou. O Senhor estava efetivamente dando mas Ele diz: vocês tem que passar e conquistar, tomar posse, herdar aquilo que eu dou para vocês. E no versículo 3 Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés. Já era uma promessa feita. Ele havia prometido isso a Moisés, e de fato a terra já havia sido prometido a Abraão. Mas a eles cabia ir lá tomar posse e isso seria feito de forma muito prática, colocando a planta do pé. Onde quer que eles pousassem a planta dos seus pés, aquilo era deles. Se por alguma razão, um pedaço ficou sem colocar a planta do pé, não era deles, apesar do que Deus disse: se você puser, é seu, mas se você não puser, você verá isso na mão de outrem. Não será seu para usufruir. E a primeira palavra que o Senhor deu a Josué é foi: dispõe-te. E logo depois ao longo desse capítulo vemos a expressão “sê forte e corajoso” quatro vezes e aí começamos a entender como é que o Senhor estava procurando encorajar Josué a prosseguir e dessa maneira a entrar na terra e conquistá-la. Muito bem. Então nós não vamos rever todas as coisas pelas quais passamos nos sábados passados, mas chegamos mais ou menos ao final do capítulo 3 e eles estavam prontos para atravessar o Jordão. Capítulo 4, é de fato um capítulo que descreve, de fato a travessia do Jordão. No cap. 3 há algumas lembranças importantes, coisas que dizem respeito à Arca, eles precisavam estar atentos ao mover da Arca. Eles precisavam ver a Arca se mover, e tendo visto a Arca se mover, eles precisavam se movimentar, e ir atrás da Arca. E essa seqüência é importante. Primeiro ver a Arca, ver a Arca se mover, aí você se move e se move no sentido de seguir a Arca. Muitas vezes nós nos movemos muito antes da Arca, fazer qualquer tipo de ação, lembrando que a Arca nos remete a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Muito bem. Tendo passado por alguns tratamentos e posições diante de Deus, eles agora estavam prontos para atravessar o Jordão e foram mesmo fazê-lo, e vamos ver alguns versículos do cap. 4 a partir do 1. Josué 4:1 Tendo, pois, todo o povo passado o Jordão, falou o SENHOR a Josué, dizendo: 2 Tomai do povo doze homens, um de cada tribo, 3 e ordenai-lhes, dizendo: Daqui do meio do Jordão, do lugar onde, parados, pousaram os sacerdotes os pés, tomai doze pedras; e levai-as convosco e depositai-as no alojamento em que haveis de passar esta noite. 6 para que isto seja por sinal entre vós; e, quando vossos filhos, no futuro, perguntarem, dizendo: Que vos significam estas pedras?, 7 então, lhes direis que as águas do Jordão foram cortadas diante da arca da Aliança do SENHOR; em passando ela, foram as águas do Jordão cortadas. Estas pedras serão, para sempre, por memorial aos filhos de Israel. 8 Fizeram, pois, os filhos de Israel como Josué ordenara, e levantaram doze pedras do meio do Jordão, como o SENHOR tinha dito a Josué, segundo o número das tribos dos filhos de Israel, e levaram-nas consigo ao alojamento, e as depositaram ali. Então observe que tem um conjunto de doze pedras, que haviam sido tiradas do leito do rio, e levadas para o alojamento. 9 Levantou Josué também doze pedras no meio do Jordão, no lugar em que, parados, pousaram os pés os sacerdotes que levavam a arca da Aliança; e ali estão até ao dia de hoje. Havia outro conjunto de doze pedras que foram erigidas onde os sacerdotes ficaram parados, carregando a Arca, enquanto o povo passava. Portanto depois que as águas voltaram ao seu curso natural, havia doze pedras submersas que ninguém via e doze pedras como testemunho lá na tenda que obviamente os remeteriam a esse fato de que eles haviam passado pelo Jordão e que havia doze pedras debaixo d’água que é onde eles estariam não fosse a ação do Senhor. Esse conjunto de vinte e quatro pedras, certamente falam de morte e de ressurreição e nós pensando de vários aspectos podemos sempre lembrar que em Cristo morremos, mas em Cristo fomos ressuscitados. Em Cristo fomos assentados nos lugares celestes. Essas pedras fazem essa alusão. Mas é interessante que o texto ele explicitamente nos diz como é que eles usariam aquelas pedras e o que diriam para os seus filhos quando os filhos perguntassem o que é que significam essas pedras. Então vimos uma menção a isso nos versículos 6 e 7, e a outra menção aparece aqui nos versículos 23 e 24, mas principalmente o 23. Observe então a partir do 22. 22 fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão. 23 Porque o SENHOR, vosso Deus, fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o SENHOR, vosso Deus, fez ao mar Vermelho, ao qual secou perante nós, até que passamos. 24 Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do SENHOR é forte, a fim de que temais ao SENHOR, vosso Deus, todos os dias. Os irmãos lembram da primeira passagem de Israel pelas águas, vamos chamar assim. As águas não foram as águas do Jordão. Foram as águas do Mar Vermelho, quando eles saíram do Egito. Pouco depois de celebrarem a Páscoa, os irmãos conhecem a história, eles foram expelidos por pouco tempo por faraó, e eles fugiram e daí a pouco faraó se arrependeu, e ele mandou persegui-los e faraó e seus exércitos, seus cavalarianos perseguindo Israel e Israel fugindo, fugindo e de repente eles chegaram à beira do Mar Vermelho, encurralados. O desespero deve ter tomado conta. Não foi por um acaso. Eu creio que muitas vezes nós nos encontramos em situações como essas. Inimigos por um lado e o precipício por outro mas no caso deles era o mar. Então a alternativa é olhar para cima. Por um lado, inimigos e por outro água. Olhe para cima e foi o que eles fizeram clamaram e Deus deu instrução a Moisés. E os irmãos lembram que a instrução foi levanta a vara. E as águas se abrirão. E as águas se abriram e passaram em terra seca e quando os exércitos de faraó chegaram naquela posição, o povo já havia atravessado e o texto diz que durante toda aquela noite, a coluna de nuvem que estava à frente de Israel se pôs na retaguarda. Para Israel iluminava e para os egípcios criava confusão. Era a escuridão e eles não conseguiram se aproximar. Quando então clareou o dia, Israel já havia passado e o egípcio estava ali no meio e quando Moisés levantou a vara a água se fechou e ali ficaram faraó e os seus cavalarianos, como as doze pedras aqui no leito do Jordão. Nós não somos melhores do que aquela turma do faraó. Não fosse o Senhor, não fosse a Arca, nós estaríamos junto com aquelas doze pedras. Aliás, as doze pedras que saíram, são para lembrar isso, que em Cristo morremos. Mas em Cristo ressuscitamos. Muito bem. Quando chegou a hora de atravessar o Jordão, as instruções não foram as mesmas. Observe a Arca, na hora em que ela se mover, vocês se movam, movimentem-se atrás da Arca e acontecerá que quando os sacerdotes que levam a Arca, quando eles molharem os pés, então as águas do Jordão se abrirão. Ninguém molhou o pé lá atrás, na travessia do mar vermelho. Moisés só levantou a vara e as águas se abriram. Mas aqui não. Aqui teve uma turminha de sacerdote que teve os pés molhados. Mas quando eles o fizeram e o fizeram em fé. No caso de Moisés, e na época de Moisés, o exercício da fé foi menor. Moisés levantou a mão, eles viram as águas se abrindo e então foram. Aqui não. Aqui eles foram, a água estava ali, se aproximaram e a água estava ali, eles puseram o pé, se molharam mas molharam só o pé, porque aí as águas se abriram. Isso nos lembra de dois momentos diferentes na nossa vida cristã. A travessia do Mar Vermelho nos lembra de quando saímos do Egito. Saímos debaixo das garras do faraó, do príncipe deste século. Como o Senhor nos resgatou, e muitas vezes se faz menção a aquela travessia como se fosse um símbolo do batismo, etc, e de fato era o início da caminhada de Israel. A gente pode imaginar isso como ilustrando o início da nossa caminhada. E nesse momento, Deus realmente nos carrega no colo de forma especial. O Senhor sempre nos carrega no colo. Mas, de vez em quando, na medida em que a gente cresce Ele nos põe no chão para podermos darmos uns passos também mas ele está sempre ali. Ao chegar ao Jordão, as instruções eram diferentes. O exercício da fé, seria maior o que é absolutamente natural e compreensível, dado que o povo já tinha caminhado, já tinha visto o Senhor e as suas maravilhas ao longo de quarenta anos pelo deserto. Mas, qual é a mensagem que está por detrás das doze pedras? Josué 4:23 Porque o SENHOR, vosso Deus, fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o SENHOR, vosso Deus, fez ao mar Vermelho. Foi o Senhor quem abriu o mar Vermelho, foi o Senhor quem abriu as águas do Jordão. E isso nós jamais podemos esquecer. Eu quero ler dois textos com os irmãos no Novo Testamento, que eles nos lembram de algumas verdades relacionadas a esse ponto. Irmãos, é um dos pontos mais difíceis da nossa vida cristã. E isso a gente vê inclusive porque tem textos específicos com respeito a isso, são as dificuldades que não é apenas nossa. Colossenses cap. 2. Leremos os versículos 6 e 7. Lembrem-se da expressão utilizada lá em Josué. Eles diriam para os seus filhos: olha. Deus abriu as águas do Jordão como Ele abriu as águas do Mar Vermelho. O Senhor abriu as águas lá e o Senhor abriu as águas aqui. Colossenses 2:6 Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, assim como atravessamos o Mar Vermelho assim atravessaremos o Jordão e assim conquistaremos a terra. Assim como, 7 nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. Qual é a nossa tendência? Nós temos a capacidade de irmos para dois extremos. Um extremo é achar que o Senhor vai tratar conosco do mesmo jeito o tempo todo. Então, assim que convertemos o Senhor dava papinha na boca. Andamos quarenta anos perambulando por aí, espero eu que não seja no deserto, mas e achamos que o Senhor vai continuar dando papinha na boca. E quando o Senhor dá uma coisa um pouco mais sólida ou não dá a papinha, e diz que agora quem cozinha é você, aí, o que é que a gente fala? “Ah!!!” A gente não fala. A gente pensa: o Senhor está diferente comigo. Sim. O Senhor não muda irmãos. Então, de fato o trato de Deus com Israel mudou, assim como muda conosco e tem que mudar. Como é que Ele pode nos levar a posição que Ele deseja que ocupemos se não é pelo exercício? Ele tem que nos exercitar. Mas aí a gente cai em um outro extremo muitas vezes. A gente acha que no início de fato, Deus faz tudo por nós. Mas daqui a pouco já temos que fazer algumas coisas, nós mesmos, por nossa conta. Enganado. Errado. Não é isso não. Não é bem isso. É assim como Ele abriu as águas do Mar Vermelho, assim também ele abriu o Jordão. A mesma energia, vamos colocar assim, a mesma fonte de vida, que salvou o povo lá do Egito, seria exatamente essa fonte de vida que energizaria o povo na conquista de Canaã. E aqui diz o seguinte, que a nossa conversão ela foi cristocêntrica. Muitos de nós, que não viemos de um contexto evangélico, vamos colocar dessa maneira, então, quando a gente entende que é o Senhor e só o Senhor, há libertação. Joga para fora todo o resto e é só o Senhor. Para muitos de nós é isso que caracterizou o início, os primeiros passos, mas como a gente vai adquirindo, coisas vão colocando na gente igual a carrapicho. Depois que você passa pelo mato a calça está toda cheia de carrapicho e coisas que foram colando que não são do Senhor e isso nos atrapalha. E esse versículo diz: assim como recebestes a Cristo Jesus o Senhor. Tenta lembrar como é que você recebeu a Cristo Jesus o Senhor. Como o único Senhor e Salvador, único, mais nada. Pois bem, assim andai Nele. É o mesmo padrão. O padrão da conversão é o padrão do caminhar. Assim como o povo saiu do Egito, seria a mesma maneira pela qual eles entrariam e conquistariam a terra. Nele radicados, Nele edificados, Nele confirmados. É cristocêntrico. Não apenas a conversão é cristocêntrica mas irmãos, também o caminhar também tem que ser cristocêntrico. E aquelas doze pedras, exatamente nos deveriam lembrar disso, porque quando os filhos perguntassem, qual o objetivo daquelas pedras: olha, do jeito que o Senhor fez lá atrás, Ele fez aqui também. É o mesmo Senhor, é o mesmo Deus, é o mesmo poder, é o mesmo milagre, mesmo que a responsabilidade do povo tivesse sido um pouco diferente, porque afinal de contas, eles já haviam crescido. Então irmãos, como é difícil muitas vezes termos esse equilíbrio. Não simplesmente cruzarmos os braços e dizer: “Ah, mas o Senhor fazia assim comigo”. É. Mas não vai fazer mais. Não é? Mas isso não quer dizer que não é o Senhor. Ainda é o Senhor e só pode ser o Senhor. Irmãos que tiveram essa dificuldade, irmãos para os quais Paulo escreveu, quando escreveu a epístola aos Gálatas que é um outro texto que eu gostaria de ler com os irmãos. Esse início do capítulo 3, é uma advertência importante, séria para nós irmãos. E observe que eu estou colocando isso de maneira individual mas como isso é verdade também no aspecto coletivo. Muitas vezes começamos muito bem. No início, um grupo pequeno, assim e assim, e o Senhor é tudo. E é só o Senhor. Mas vai passando o tempo, e lá vem os carrapichos. Um colando aqui outro colando ali, e na hora em que vemos, somos um bolo de carrapicho. E aí agarra e esbarra em outro, fica colado e não consegue caminhar. Irmãos, a gente vai acumulando coisas que não são o Senhor. Precisamos considerar a mensagem que está por detrás daquelas doze pedras que Ele erigiu em Gilgal e depois os irmãos observem que Gilgal era a base de operação deles. Eles iam fazer conquistas, voltavam para Gilgal. Antes de ir para outro lugar, voltavam para Gilgal. E assim era. Quando conquistaram Jericó, naquele rodear a cidade uma vez por dia, rodeavam e voltavam para Gilgal. Doze pedras lá. Dava uma volta e voltavam às doze pedras em Gilgal. No sétimo dia, sete vezes. Conquistaram a cidade de Jericó. Gálatas 3:1 Ó gálatas insensatos! - Insensatos é falta de sensatez. - Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? 2 Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? 3 Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne? 4 Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão. 5 Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Irmãos, percebem como que os Gálatas começaram no Espírito, mas em algum momento eles estavam tentando ganhar, conquistar certas coisas por outros meios que não o Espírito. E Paulo foi e fez essa repreensão. Os chamou de insensatos. Irmãos, e precisamos considerar com muita atenção essa lição e que o Senhor possa nos desvendar os olhos para aquilo que quer individual, quer coletivamente, estejamos adquirindo no sentido de nos apegarmos a coisas que não sejam exclusivamente o Senhor. Quero fazer algumas menções do cap. 5 e encerraremos com isso. Capítulo 5 é um capítulo importante, muito interessante esse capítulo, por que? No cap. 4 o povo havia acabado de atravessar o Jordão. Então as mensagens das pedras estão ali no cap. 4 e o cap. 6 já é o capítulo da primeira batalha na terra, que é a batalha contra Jericó. O cap. 5 é aquele capítulo intermediário em que alguns, vamos colocar nesses termos, alguns ajustes finais precisavam ser feitos antes que o povo tivesse condição de enfrentar a sua primeira batalha. E essencialmente acontecem três coisas importantes que eu quero mencionar aqui no cap. 5. Josué 5:1 Sucedeu que, ouvindo todos os reis dos amorreus que habitavam deste lado do Jordão, ao ocidente, e todos os reis dos cananeus que estavam ao pé do mar que o SENHOR tinha secado as águas do Jordão, de diante dos filhos de Israel, até que passamos, desmaiou-se-lhes o coração, e não houve mais alento neles, por causa dos filhos de Israel. 2 Naquele tempo, disse o SENHOR a Josué: Faze facas de pederneira e passa, de novo, a circuncidar os filhos de Israel. 3 Então, Josué fez para si facas de pederneira e circuncidou os filhos de Israel em Gibeate-Haralote. 5 Porque todo o povo que saíra estava circuncidado, mas a nem um deles que nascera no deserto, pelo caminho, depois de terem saído do Egito, haviam circuncidado. Então os irmãos lembram que o Senhor estabeleceu a circuncisão como um símbolo do seu povo com Abraão. Abraão até Moisés são em torno de uns quatrocentos e trinta anos. O povo vinha esse tempo todo praticando a circuncisão. Saíram do Egito praticando a circuncisão. Então, quem saiu estava circuncidado, mas durante o deserto, aqueles quarenta anos, nenhum dos que haviam nascido foram circuncidados. É isso que diz esse texto. 5 Porque todo o povo que saíra estava circuncidado, mas a nem um deles que nascera no deserto, pelo caminho, depois de terem saído do Egito, haviam circuncidado. 6 Porque quarenta anos andaram os filhos de Israel pelo deserto, até se acabar toda a gente dos homens de guerra que saíram do Egito, que não obedeceram à voz do SENHOR, aos quais o SENHOR tinha jurado que lhes não havia de deixar ver a terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a seus pais, terra que mana leite e mel. 8 Tendo sido circuncidada toda a nação, ficaram no seu lugar no arraial, até que sararam. 9 Disse mais o SENHOR a Josué: Hoje, removi de vós o opróbrio do Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal até o dia de hoje. O Senhor resgatou a circuncisão depois desses quarenta anos de não circuncisão no deserto. Isso mostra que para Deus, o conceito que está por detrás da circuncisão não apenas é importante como ele é fundamental para a batalha e para a conquista que estavam diante deles na terra de Canaã. E nós vamos buscar um versículo no Novo Testamento, para nos ajudar a entender o que está por detrás desse conceito da circuncisão. Eu não acredito que seja coincidência mas ele ocorre no cap. 3 de Filipenses. Vamos voltar ao capítulo 3, apenas para dar um pequeno contexto para os irmãos. À época, o primeiro século, havia uma turma chamada de judaizantes. Estes eram pessoas que supostamente haviam crido no Senhor, mas que diziam assim: o Senhor Jesus Cristo é Senhor, mas para salvação ser adquirida, alcançada por Jesus Cristo, só Jesus Cristo não basta. A lei de Moisés tem de ser guardada. Então é por isso que eles são chamados de judaizantes e boa parte do que Paulo lutou nas suas epístolas foi contra as questões levantadas pelos os judaizantes. Então estes, claro entre outras coisas, faziam questão de que o povo se circuncidasse. E se não se circuncidasse, diziam que a salvação em Cristo você não consegue usufruir dela. Então esse é um texto em que Paulo vai utilizar e chamar a atenção dizendo cuidado, atenção com esse pessoal. Esse é o versículo 2, é cautela. E o versículo 3 explica em essência, qual que é a realidade espiritual por detrás da circuncisão. Filipenses 3:2 Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão! Então é como se a circuncisão, meramente física, só para aparentar, mostrar ou dizer qualquer coisa, essa era a falsa circuncisão. Qual que é a verdadeira circuncisão? 3 Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne. Então por analogia é como se dissesse, nós é que somos a verdadeira circuncisão. Quais são as características disso? Nós que adoramos a Deus no Espírito. Então irmãos, adoração. E o Senhor falando com a mulher samaritana já havia dito que Deus busca adoradores que o adorem em Espírito e em verdade. É assim que se adora a Deus, em Espírito e em verdade. Nós que adoramos a Deus no Espírito e nos gloriamos em Cristo Jesus. Aí talvez um pouco mais difícil pensar o que é gloriar em Cristo Jesus? Eu acho que a última frase nos ajuda a entender: e não confiamos na carne. Quando nós não confiamos na carne, nós dizemos assim: tudo depende do Senhor. Nada pode depender de mim. O Senhor disse: sem mim, nada podeis fazer. Então, nós gloriamos no Senhor, quando dizemos: Senhor, é só pelo Senhor. Não é por mim. Por nada que eu possa contribuir, fazer, sugerir, é o Senhor. Então a circuncisão traz essas três marcas. Primeiro: não confiamos na carne. Então a circuncisão, de fato, o despojamento da carne, era uma marca física, visível, desse aspecto, o aspecto espiritual de que a carne para nada aproveita. Nós dizemos amém à palavra do Senhor. A circuncisão é isso, a carne, enquanto capacidade para nada aproveita. E temos a dificuldades às vezes, porque associamos o conceito da carne a alguma coisa que tem a aparência ruim. Porque claro, a carne tem um monte de lado feio. Suponhamos, a inveja e coisas do tipo. Coisa feia. Isso é da carne. Boas idéias, podem vir da carne. Boas intenções podem vir da carne. E é isso que o Senhor disse: olha, a carne para nada aproveita. (João 6:63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.) As nossas boas idéias, se forem nossas, para nada aproveita. É só mesmo aquilo que tem a sua o r i g e m no Senhor. Então irmãos, origem em Cristo, é celestial. Origem em Adão, carne. E não tem outra alternativa. Então a nossa vida cristã, o nosso caminhar, é um constante permitir que o Espírito milite contra a carne e a carne contra o Espírito, para que não façais o que seja do vosso querer e ali o vosso indica a carne. Gálatas cap. 5. Mesmo aquilo que tem a aparência boa, não é difícil buscar exemplos no Antigo Testamento. Os amalequitas. Quando eles tiveram que exterminar os amalequitas, fala assim: vão passar pelo fio da espada o homem, o velho, as mulheres, as crianças de peito. E aí falamos: tadinha!! Mas aquela criança de peito é em potencial aquele velhaco que tinha que passar pelo fio da espada. Tudo aquilo, carne. Os animais, coisas que a nossa natureza diz: ai que dó. Irmãos, é isso mesmo. A carne é isso. Para nada aproveita. Só que nós, nessa de poupar e lembre-se que Saul fez isso, e foi quando Deus disse chega. Escolhi alguém melhor do que você. E Samuel virou e foi lançar mão do manto, diz que o manto se rasgou e Samuel disse: hoje o Senhor rasgou de ti o reino de Israel. Há alguém melhor do que tu. (1 Samuel 15:27 Virando-se Samuel para se ir, Saul o segurou pela orla do manto, e este se rasgou. 28 Então, Samuel lhe disse: O SENHOR rasgou, hoje, de ti o reino de Israel e o deu ao teu próximo, que é melhor do que tu.) Davi já havia sido ungido. A carne irmãos, nós não temos a capacidade de lidar com a carne e por isso diz que é o Espírito que milita contra a carne. (Gálatas 5:17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne,) A nossa parte é nos rendermos ao Senhor para que Ele possa operar a cruz em nossa vida, para que essa carne ocupe o lugar de nada. Para nós isso é impossível. Então não é de admirar que logo antes de entrarem na primeira batalha o Senhor resgate essa verdade. Circuncidou todo o povo. E então isso nos lembra o seguinte: na conquista da terra, eles não poderiam confiar em si mesmos. Eles não poderiam confiar na sua capacidade, na sua capacidade bélica. Eles precisariam confiar, cem por cento no Senhor. Lembrando ali, falei de três coisas: primeira delas, despojamento do corpo da carne, circuncisão. Josué 5:10 Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó. Irmãos, Páscoa. Essa é a segunda coisa. Primeiro, circuncisão. A carne para nada aproveita. E a Páscoa sempre haverá de nos lembrar do sacrifício do Senhor. O Senhor pagou o preço para que nós pudéssemos ser salvos, mas muito mais do que isso, para que nós pudéssemos viver pela sua vida. Não é apenas fugir da morte, fugir da morte eterna, escapar do inferno. Grande benção, não me entendam mal. Mas é mais do que isso. Eles precisavam conquistar uma terra e precisavam ter alguma vida que os movesse lá dentro para conquistar. E aqui a Páscoa tem que lembrar que alguém deu a sua vida, mas essa vida ressurgiu e essa vida pelo Espírito Santo está à disposição e é a única vida que pode efetivamente operar e garantir a vitória em Canaã. A Páscoa. Nós é que somos a circuncisão. Nós que adoramos a Deus no Espírito, nos gloriamos em Cristo Jesus porque Ele é o nosso Cordeiro Pascal e não confiamos na carne. Estão percebendo que esse texto está percorrendo essa três coisas só que de trás para frente? Começou com “não confiamos na carne”, circuncisão. Nós gloriamos em Cristo Jesus, celebraram a Páscoa. E agora o último pedacinho, precioso pedacinho, diz respeito a adoramos a Deus no Espírito. Então, vamos encerrar com a leitura desses versículos 13. Irmãos, é um texto tão bonito. Josué 5:13 Estando Josué ao pé de Jericó, levantou os olhos e olhou; eis que se achava em pé diante dele um homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele e disse- lhe: És tu dos nossos ou dos nossos adversários? Mentalizem isso irmãos. Estando Josué ao pé de Jericó. Depois de quarenta anos no deserto, finalmente chegaram a Sitim, finalmente depois de algumas preparações, alguns dias, separando comida, se santificando, buscando força, procurando ser forte e corajoso, passando por circuncisão, se recuperando, porque não é fácil, celebrando a Páscoa - também não haviam celebrado a Páscoa no deserto - muitos daqueles nãos sabiam o que era aquilo, sabiam só de ouvir falar, nunca haviam tido a experiência pessoal, finalmente, estavam ali, aos pés da primeira batalha. Chegam ali. Sabemos que Jericó, só para vocês terem uma idéia de como estava Jericó. Pula para o primeiro versículo do próximo capítulo: Josué 6:1 Ora, Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía, nem entrava. Acho que não tinha uma viva alma, só aquele muro. Estava ali. Sabe lá o que estava passando pelo coração de Josué. Deveria estar pensando: e agora, o que é que eu vou fazer? Soprarei, soprarei. Não. Não vai dar certo. Mas olhem que coisa. Ele levantou os olhos e olhou. Agora, veja lá. Você está ao pé de Jericó, aquele muro sabe-se lá o tamanho, você levanta os olhos, o que é que você vê? O muro. Não foi isso que ele viu. Naturalmente falando, a única coisa que o homem poderia ver nessa hora, é uma baita cidade fechada, lacrada, murada, impenetrável, muros intransponíveis, mas ele quando levantou os olhos: Josué 5:13....eis que se achava em pé diante dele um homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos nossos adversários? 14 Respondeu ele: Não; sou príncipe do exército do SENHOR e acabo de chegar. Então, Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo? 15 Respondeu o príncipe do exército do SENHOR a Josué: Descalça as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim. Irmãos isso aqui é um dos pontos pacíficos de que esse aqui é a Pessoa do Senhor. É uma daquelas instâncias em que o Senhor apareceu no Antigo Testamento. Assim como Ele apareceu a Jacó, e lutou com ele toda a noite, sabemos que foi a pessoa do Senhor. Aqui também. Então logo antes de enfrentar Jericó, Josué precisava de uma visão do Senhor. Ele precisava contemplar o Senhor, precisava adorar o Senhor. E é tão impressionante que estando aos pés de Jericó, erguendo os olhos, o que o homem natural veria seria simplesmente a mera impossibilidade, ele viu o Senhor e viu o Senhor como homem de guerra porque o Senhor estava com uma espada nua nas mãos. Como alguém já disse, nós precisamos ver que o Senhor é tudo o que a gente precisa. Logo antes da guerra, Ele é o homem de guerra; no momento em que a gente precisa de pastor, Ele é o nosso bom Pastor; e assim vai. O Senhor é aquele que ocupa a lacuna que a gente tiver, mas precisamos vê-lo assim. E o curioso é que a postura de Josué, ela é tão clara que na hora em que ele viu, ele não sabia quem era. Pense bem. Ninguém entrava nem saía. De repente aparece alguém: és dos nossos ou és dos nossos adversários? Ele não deu uma terceira opção. Essa é a postura de quem está indo para a guerra. Batalha espiritual irmãos, não tem meio campo. “Ah talvez”. Não. Ou é dos nossos ou é dos nossos adversários. E o curioso é que quando o Senhor diz eu sou príncipe dos exércitos do Senhor, e acabo de chegar, Josué se prostrou e adorou. Ele entendeu que era a Pessoa do Senhor. E sabemos que era mesmo porque se fosse um anjo ele teria levantado a Josué e dizer para que não o adorasse. Adoração só a Deus. E o que o Senhor disse a ele, foi: Descalça as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim. Eu não consigo ler esse texto sem ter a clara impressão de que isso aqui é só o começo de alguma coisa que se travou entre os dois em adoração, em devoção. Mas que está e precisa continuar oculto, porque a nossa vida, nós temos que ter uma vida oculta com Deus. Nós não sabemos o que é que aconteceu, mas você lê o texto e você tem a nítida impressão de que alguma coisa de importante ia começar ali, como conseqüência daquela adoração. Isso aqui não é uma despedida. Isso aqui é o começo, mas é um começo que ficou oculto aos nossos olhos. Irmãos, esse ponto eu acho que é tão importante. Logo a seguir já vem a conquista, a batalha de Jericó. Como precisamos ter esse momento diante das nossas batalhas, diante das nossas dificuldades, das lutas, fracassos, precisamos de um tempo com o Senhor, a sós. Algo que seja Dele conosco, meu com Ele em que a gente adore ao Senhor. Não é uma coisa que depois você vai contar em uma reunião de oração. É um segredo. É seu com o Senhor. Só vocês sabem o que é que aconteceu. Só você sabe o que o Senhor te disse, as impressões que o Senhor deixou no seu coração. Muitas delas a gente não conhece. Será que foi Ele? Será que fui eu? Temos que fazer como Maria. Guarda no coração. Não sai contando para todo mundo. Guarda no coração, cozinhe aquilo diante do Senhor, procure confirmação, vai à palavra, volte ao Senhor, e é assim que eles puderam ir para Jericó. Depois pode fazer a lista. Começou no cap. 1. Desde a disposição, sê forte e corajoso, buscar alimento, se preparar, atravessar, as doze pedras, a circuncisão, a Páscoa, a adoração. E agora entendemos aquele texto de Paulo, porque nós somos a circuncisão. Nós que adoramos a Deus no Espírito, nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne. É assim que se vai para Jericó. Não é de admirar que em Jericó, aconteceu o que aconteceu e Hebreus diz: Hebreus 11:30 Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias. Não foi pela força, não foi pela estratégia, não foi por nada. Foi pelo exercício de fé. O Senhor encontrou um canal, via fé do povo e a obediência do povo para manifestar o Seu poder e a Sua glória. Pela fé ruíram as muralhas de Jericó. Mas esse ponto, como é importante. Nós precisamos chegar a aquele momento de ver o Senhor. Talvez aos pés do nosso grande muro, contemplar ao Senhor e ver que Ele é o que a gente precisa. Ele haverá de se apresentar a nós como Aquele que está com a espada nua na mão. E aí, Josué teve dúvidas. Nós podemos ter dúvidas. O Senhor não repreendeu a Josué. Ele disse: Eu sou. Eu sou o príncipe. Pode tirar a sandália porque essa terra é santa. E aí houve adoração. E nós não sabemos o que é que aconteceu a partir daí. Mas certamente o Senhor deve ter encorajado a Josué. Quem sabe voltado a dizer: Josué, sê forte e corajoso. Prossegue, esquece das coisas que para trás ficam. Vá em frente. Depois ele diz; hoje exaltarei o teu nome como exaltei o nome de Moisés. Eu te glorificarei perante o povo. O Senhor fez uma obra, mas eles tiveram aquele momento de comunhão, de adoração e é tão importante. O cap. 5 termina assim e aí sim, começa a batalha de Jericó. Quando fazemos as escolinhas para crianças, a gente só pega Jericó, e canta, “vem com Josué lutar em Jericó”, mas antes disso, falar para as crianças: nós precisamos ver o Senhor; nós precisamos adorar o Senhor. E aí sim, o Senhor poderá achar um caminho por nós para chegar em Jericó. Que o Senhor nos abençoe. Amém.