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Copyright© 2021 by Lucas Naves

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida,
armazenada ou transmitida total ou parcialmente, por nenhuma forma e nenhum meio,
sem autorização prévia escrita do autor.

S
Coordenação editorial: Luiz Henrique Becker
Revisão: Isabelle Rodrigues
Diagramação: Erika Woelke

D I C P (CIP)

N243v
Naves, Lucas
Visualizar, sentir e agir: guia prático de cocriação da sua realidade
/ Lucas Naves ; [editor Luiz Henrique Becker]. 1.ed. – Campinas,
SP: Lucas Naves, 2021.

ISBN 978-65-00-29218-3

1. Neurociência. 2. Psicologia comportamental. 3. Programação


mental. I. Título.
CDD 616.8

Bibliotecária responsável: Aline Graziele Benitez CRB-1/3129


Dedico esta obra a todas as pessoas que querem acreditar no poder de suas
mentes.
Agradeço a Deus por me permitir ser um instrumento de renovação para a
vida de tantas pessoas.

Agradeço a minha família por ser meu pilar de sustentação.

Meus agradecimentos ao meu assessor de escrita, Gilberto Cabeggi, e ao


meu editor Luís Becker, que contribuíram muito para que esta obra chegasse
até você.

Sou muito grato ao amigo Edgar Ueda, por escrever o prefácio deste livro e
por todas as dicas acerca de como publicar um livro.

Agradeço ao meu sócio Fernando Projette, pela parceria de muitos anos.

Meu agradecimento especial a todos os meus alunos, fãs, seguidores e


admiradores.
SUMÁRIO

FICHA CATALOGRÁFICA

DEDICATÓRIA

AGRADECIMENTOS

PREFÁCIO

A SUA MENTE É QUE VAI LEVÁ-LO ONDE VOCÊ QUER CHEGAR

NÃO ACEITE VIVER COM LIMITAÇÕES

LIBERTE-SE DAS CRENÇAS QUE ESTÃO LIMITANDO O SEU SUCESSO

O PROTOCOLO NAVES DE VISUALIZAÇÃO

ESTADO DE CONCENTRAÇÃO AMPLIFICADO

DECLARAÇÃO VERBAL AFIRMATIVA

COMO USAR A FRASEOLOGIA CORRETA

VISUALIZAÇÃO CRIATIVA

ASSOCIAÇÃO À CENA

SENTIR A EMOÇÃO

PRATICANDO SUGESTÕES DIRETAS E AUTOSSUGESTÕES

SER GRATO

SOLTE O SEU OBJETIVO

VISUALIZE, SINTA, REALIZE

A BELEZA DE CONTRIBUIR

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PREFÁCIO

Visualizar, sentir e agir. É disto que este livro trata e isso é algo que faz todo
o sentido para tudo o que podemos querer realizar.

Tudo na minha vida sempre foi construído sobre esses pilares. Sempre tive
uma grande habilidade de visualizar as coisas que desejei. Fui um garoto
que sonhava muito grande, mas, instintivamente, nunca me limitava apenas
à arte de sonhar: sempre tive o poder de visualizar a realização daquilo com
que sonhava, de antever as minhas conquistas desejadas, os meus feitos
futuros.

E o que é mais interessante, também não me limitava a visualizar o que


queria: eu me visualizava já vivenciando aquele ganho, já desfrutando do
prazer das minhas conquistas. Visualizava com sentimento, com emoção,
me deliciando com os resultados daquilo que sonhava realizar.

Por exemplo, sempre z muitos planos de viajar pelo mundo, mas já durante
esses planos eu me visualizava visitando muitos países, curtindo os pontos
turísticos, vivendo coisas maravilhosas em cada local por onde passava,
desfrutando cada delícia daquele passeio. Sempre sonhei também em dirigir
bons carros e ganhar bastante dinheiro e mais uma vez usei minha
habilidade de visualizar e sentir essas coisas acontecendo, mesmo quando
elas ainda eram apenas partes dos meus sonhos.

Então, o primeiro ponto que recomendo para quem quer ter sucesso é:
treinar fortemente esse hábito de visualizar; visualizar realizando,
conquistando, experimentando, vivendo antecipadamente aquilo que deseja
ver realizado no futuro. Essa é uma habilidade que muda a regra do jogo a
nosso favor.

A visualização é algo muito poderoso e que ganha ainda mais força quando
colocamos sentimento em nossas visualizações. O sentimento é o catalisador
de todo o processo que nos leva do sonho e da visualização até a realização.
A emoção de felicidade pela conquista, aquele brilho nos olhos que nos faz
rejuvenescer décadas quando pensamos nos nossos sonhos sendo
concretizados, a sensação incrível de imaginar-se dando aquele grito pela
vitória conquistada. Isso faz toda a diferença do mundo.

Sentir profundamente nos faz agir, colocar movimento e energia na


execução do que é necessário para que o nosso sucesso aconteça. O
sentimento de alegria, de entusiasmo e, em alguns momentos, até mesmo de
euforia, gera a força que precisamos para agir na direção de realizar os
nossos sonhos. E agora, como é possível perceber, já estamos falando do
terceiro elemento dessa fórmula mágica de realização: a ação. Agir faz com
que nos aproximemos cada vez mais dos nossos sonhos, realizando nossos
objetivos e metas.

É muito importante sonhar, mas só isso não é su ciente. Sonhar é o começo


de tudo, mas por si só não basta. Gosto muito de uma frase, que inclusive
coloquei em destaque no meu livro “Kintsugi - O Poder de Dar a Volta por
Cima”, que diz o seguinte: “Enquanto muitos sonham com o sucesso, outros
acordam cedo e trabalham duro para conquistá-lo”. Em outras palavras, é a
ação que dá a dinâmica perfeita para que possamos de fato começar a
realizar nossos sonhos.

Existe ainda outro componente que considero importante para a realização


de um sonho: ter um porquê realizar aquilo que você deseja. Algumas
pessoas não têm clareza de qual é a razão pela qual devem buscar um sonho.
E se não existe um motivo claro, é provável que não aconteça ação alguma
naquela direção.

Então, é preciso ter motivação para agir. E para isso é preciso responder a
perguntas como: Qual é o grande motivo pelo qual você quer realizar o seu
sonho? Qual é o seu grande propósito? Esse propósito está claro na sua vida?
Se a pessoa não tiver clareza sobre isso, então ela não terá um grande porquê
para realizar seus sonhos.

En m, uma vez que você tenha claro o seu “porquê”, as ferramentas


principais para realizar os seus sonhos são o visualizar, o sentir e o agir.
Esses são os pilares de qualquer realização, que o Lucas Naves ensina com
muita maestria neste livro. Lucas é um dos maiores mestres, mentores e
facilitadores na arte da Hipnose Clínica. Tive a honra de participar de
treinamentos ministrados por ele, que foram de nitivos para ampliar o meu
sucesso e o meu poder de realização, tanto nos negócios quanto na minha
vida pessoal.

Por isso, recomendo: leia este livro com muita atenção, releia quantas vezes
sentir ser necessário e pratique todos os conceitos que o autor ensina. Você
vai car impressionado com as mudanças positivas que isso vai provocar em
sua vida.

Recomendo muito esta leitura e, mais ainda, sugiro que você indique este
livro para todos aqueles com quem tiver oportunidade de se relacionar,
porque é importante que o maior número possível de pessoas se alimentem
desta fonte, para fazer uma diferença ainda mais positiva em suas próprias
vidas e no mundo.

Assino abaixo com muita con ança no poder transformador desta obra.

Um grande abraço,
E U

Fundador da Neximob - Empresa de Inteligência Imobiliária, palestrante e escritor, autor do livro


“Kintsugi”, Best-seller que cou 12 semanas na lista dos mais vendidos da Veja e da Publishnews,
autor dos livros “Desvendando a caixa-preta do sucesso” e “O poder do Método”. Idealizador do Inside
Imob, evento de inteligência imobiliária, sócio-fundador do Instituto Êxito. Siga nas redes sociais:
@edgaruedao cial
A SUA MENTE É QUE VAI LEVÁ-
LO ONDE VOCÊ QUER CHEGAR

O único responsável por alcançar seus objetivos e suas metas, por conquistar aquilo
que deseja, é você mesmo. Você e sua maneira de pensar a respeito daquilo que deseja.

Do que depende a realização dos seus sonhos? De vários fatores, com


certeza. Mas certamente depende prioritariamente de você.

É claro que você quer ter sucesso, seja lá o que for que esteja empreendendo,
tanto na sua vida pessoal quanto na área pro ssional – a nal, ninguém
começa coisa alguma pensando em fracassar. Mas será que você está com os
pensamentos certos, com a forma de pensar adequada, que o levarão a ser
vitorioso?

É importante compreender que o que diferencia uma pessoa de sucesso de


outra que ainda não chegou lá não é o que elas têm de posses na parte
material da vida, mas sim os programas que rodam na mente de cada uma
delas. Os programas mentais (so wares mentais) de alguém que nunca dá
certo e os de uma pessoa de sucesso são completamente diferentes.

Certa vez, perguntaram para Henry Ford “caso ele perdesse toda a sua
fortuna, o que faria?”. Ele respondeu que em menos de cinco anos seria
novamente um milionário. Perceba como era alto o nível de con ança dele,
principalmente levando em conta que já havia falido e se reerguido várias
vezes, antes de criar a montadora Ford, que revolucionou a indústria de
automobilismo no mundo.
Ford simplesmente tinha uma crença interior, um estado a rmativo interno
tão grande, era tão convicto de sua capacidade, que sabia que mesmo que
perdesse tudo, ele voltaria a construir sua fortuna e seu sucesso. Na mente
dele rodavam sempre programas voltados para a vitória, para a realização do
que ele planejava. Ou seja, ele não era milionário e tinha sucesso porque
tinha muitos carros, pelas fábricas que possuía ou pela quantidade de
funcionários em suas indústrias, mas sim pelos programas que rodavam
dentro de sua mente.

Na mente dele rodavam sempre programas voltados para a vitória, para a realização
do que ele planejava.

Existe uma crença bastante fundamentada no comportamento humano que


diz o seguinte: 90% da fortuna do mundo está concentrada nas mãos de 5%
das pessoas. Mas se pegassem toda a riqueza do mundo e dividissem
igualmente entre todos os cidadãos, depois de pouco tempo, o dinheiro
estaria novamente concentrado nas mãos daqueles mesmos 5% que
inicialmente eram ricos. Ou seja, ser rico não é simplesmente uma questão
de ter dinheiro, mas sim de ter a mentalidade certa para fazer dinheiro, para
atrair e conservar o dinheiro consigo.

E quanto a você? Quais são os programas que rodam na sua mente? São
programas que levam ao sucesso ou ao fracasso? Quais são os resultados que
esses programas têm trazido para a sua vida? Como você lida com os seus
sonhos, dentro da sua mente mais profunda?

Saiba que a maneira como você se relaciona com os seus sonhos de ne se


eles serão realizados, ou não. Então, procure responder agora estas questões:
quando você pensa em seus sonhos, os imagina como se já os tivesse
realizado? Eles lhe parecem perto ou longe de seu campo de visão interna?
Você vê uma imagem colorida ou em preto e branco? Você está dentro ou
fora de seus sonhos, quando os visualiza?
É fundamental entender que se você não enxergar com precisão de detalhes
o seu objetivo, ele não se realizará. Seu subconsciente contém uma força
poderosa na de nição do que será a sua realidade. Mas como você espera
que seu subconsciente faça alguma coisa para realizar um sonho cuja
imagem seja apagada, distante e fraca?

É fundamental entender que se você não enxergar com precisão de detalhes o seu
objetivo, ele não se realizará.

Além disso, se você não se inclui no seu sonho, essa é mais uma razão para
que ele não se realize. Seu subconsciente não agirá na direção da realização
de algo que ele entenda que nada tem a ver com você.

É preciso olhar para seus sonhos com a maior riqueza de detalhes possível,
sentindo sempre como se eles já fossem uma realidade na sua vida. Se não
for assim, suas possibilidades de realizá-los se tornam muito pequenas.

Diversas vezes na minha vida, eu simplesmente não atingi os meus objetivos


exatamente porque, em minha mente, deixei de trabalhar meus sonhos
como se eles já fossem parte da minha realidade. E, assim, não potencializei
as ações necessárias para realizá-los e as estratégias que adotei me levaram a
resultados que não foram satisfatórios.

Houve uma época em que eu queria emagrecer, mas só falava isso “da boca
para fora”, como se costuma dizer. Ou seja, eu só falava em emagrecer, mas
não deixava isso muito claro para o meu subconsciente. Resultado: por mais
que eu quisesse perder peso, não atingia o meu objetivo porque não
conseguia formatar na minha mente uma estratégia e ciente de
emagrecimento.

O que você espera que seu subconsciente faça por você se a mensagem
enviada não é clara o su ciente? Ou seja, se você não se comunicar com seu
subconsciente da maneira correta, ele nada poderá fazer.
Sem essa clareza, eu não fazia um planejamento alimentar, não calculava
calorias e nem estipulava quantos quilos eu deveria perder e em quanto
tempo. Não avaliava se teria os recursos necessários e a disposição para fazer
exercícios físicos, frequentar uma academia e buscar orientação com
pro ssionais da área de nutrição e outras a ns, para saber se eu tinha algum
problema hormonal ou de pico de insulina, ou se precisaria mudar a minha
alimentação.

Fiquei nessa inde nição, até que um dia eu disse para mim mesmo: existem
pessoas que emagrecem, certo? Ora, se alguém fez eu também posso fazer.
Só preciso saber quais programas rodam na mente dessas pessoas e que não
rodam na minha.

Mudei meu modo de lidar, dentro de minha mente, com meu desejo de
emagrecer. A partir dali, passei a de nir exatamente quantos quilos eu
queria emagrecer e em quanto tempo, de que forma, quais alimentos eu
poderia comer e quais estavam proibidos, quais atividades físicas deveria
fazer, quantas vezes por semana, de que jeito, em que local, e outros detalhes
importantes.

Dessa forma, coloquei no meu subconsciente todas as informações


necessárias, e toda a minha energia e crença no sucesso, e parti para a ação.
Dessa vez, sim, consegui atingir o objetivo de emagrecer, de chegar ao peso
ideal para mim.

Entenda, o subconsciente adora sugestões especí cas.

Em outra ocasião da minha vida, quando eu ainda era adolescente, o meu


sonho era ser um rock star, um músico famoso. Não me faltavam
habilidades para isso – eu tocava e cantava muito bem e amava tudo isso.
Mas não bastou ensaiar tanto, sem ter uma estratégia para me levar ao
sucesso.
Não deixei claro para o meu subconsciente onde eu queria chegar e nem
como pretendia fazê-lo. E por não ter bem de nido mentalmente e com
detalhes o contexto de como eu faria sucesso, onde, quando, de que maneira
especi camente, os resultados não vinham e fui desanimando, naturalmente
por não ver a recompensa daquele meu sonho, até que abandonei a minha
banda, depois de anos trabalhando com ela.

Quando conto essa história costumo brincar que não me tornei um rockstar,
mas um “hipnostar”. O que foi ótimo também; mas se quando adolescente
eu já soubesse as estratégias corretas de como cocriar sonhos, certamente
teria tido sucesso também na música. Hoje, posso dizer que minha
capacidade de atingir resultados é brilhante, porém quando aprendi isso
tudo, meu foco já não estava mais no mundo artístico.

O tempo passou e outro sonho surgiu: eu queria ser um professor de


hipnose. Era outro período da minha vida, eu já havia aprendido diversas
técnicas comprovadamente e cazes para levar ao sucesso e já conhecia o
poder da mente na construção dos nossos objetivos. Por isso, agi de uma
forma totalmente diferente do que eu tinha feito antes: alimentei meu
subconsciente com elementos positivos e direcionados para o meu sucesso,
planejei, mensurei, tracei objetivos, de ni quando, onde e de que forma tudo
deveria acontecer e passei a viver essa realização dentro de minha mente, dia
após dia, como se ela já zesse parte da minha vida real. E então, me tornei o
professor que mais forma pessoas em hipnose no mundo. E isso ocorreu em
menos de 2 anos, desde que visualizei e comecei a agir.

Às vezes co pensando que se eu tivesse usado essas mesmas estratégias com


a música, certamente hoje eu seria também um rock star. Não só um
hipnólogo, mas também um artista, um músico de sucesso. Aliás, quem sabe
eu ainda me torne? A nal, agora sei como planejar.
Portanto, quero agora convidar você a pensar um pouco mais nestas
questões: você realmente acredita que realizará o seu sonho? Quando?
Como? Onde? De que forma, especi camente? Ou você acredita que
realizará apenas parte dele? Qual porcentagem de seus objetivos você
realmente acredita que atingirá? O sonho que você quer realizar depende
somente de você, ou depende também de fatores fora do seu poder de ação?

Onde estou?
Para onde vou?

Quando falamos em atingir objetivos temos que ter em mente que


precisamos detalhar o que queremos. Saber o que queremos, para onde
vamos e também saber onde estamos. É o famoso jargão “Onde estou e para
onde vou?”. Foco em ambos os estados: o atual e o desejado.

Por que é tão importante saber onde estou? Porque quando sei onde
realmente estou eu sei dos recursos que tenho: físicos, mentais, intelectuais,
nanceiros e outros. Sei quais as habilidades que possuo e se os recursos
necessários que tenho nesse momento são su cientes para eu continuar, ou
se preciso buscar mais recursos em outros lugares.

Agora, se eu não sei para onde vou, qualquer lugar serve – exatamente como
o gato disse para Alice. Então, preciso ter um objetivo bem-de nido. E mais
ainda: chegar a esse objetivo deve depender prioritariamente de mim
mesmo. Não adianta você dizer: “Ah, o meu objetivo é ganhar na loteria”. É
possível? Sim. Depende só de você? Claro que não. Depende das
probabilidades estatísticas, depende de todo o processo de sorteio, de como
isso é feito, depende de sorte. Ou seja, não depende só de você.

O que depende de mim? Emagrecer depende de você? Sim. Ganhar dinheiro


depende de você? Sim. Ou melhor, “fazer dinheiro” depende de você? Sim,
porque, como se diz na cultura norte-americana, “to make money”. Ninguém
ganha dinheiro, a gente faz dinheiro.

Esses são apenas alguns exemplos para mostrar que é preciso ter muita
clareza do que realmente queremos e que nossos objetivos devem depender
exclusivamente de nós. Pode até ser que em algum momento dependa da
ajuda de alguém, de parceiros, de sócios, mas tem que depender
prioritariamente de nós mesmos.

Para ter essa clareza e essa objetividade é que é tão importante você
responder a essas perguntas que coloquei anteriormente. Se você não sabe
responder essas perguntas com clareza, você tem um problema sério. A sua
mente não vai trabalhar a seu favor, na busca de seus objetivos.

“Aja como se fosse e assim será”.

A boa noticia aqui é que você pode mudar a sua programação mental e
adotar uma outra que o leve para o sucesso, que o ajude a realizar os seus
sonhos. Veja, tem uma frase que adoro e que é parte fundamental da minha
forma de ser e agir, que diz “Aja como se fosse e assim será”. Ela é tão
importante que você vai me ver repeti-la diversas vezes, ao longo deste livro
— isso é proposital, para que você mantenha essa ideia muito clara em sua
mente.

O segredo por trás dessa ideia é que o nosso subconsciente acredita no que
dizemos para ele. Ele sente aquilo como algo real e age como se assim fosse.
É importante dizer que quer você esteja certo ou errado, você está sempre
certo para o seu subconsciente.

Quer você esteja certo ou errado, você está sempre certo para o seu subconsciente.
Que diferença isso faz? Toda a diferença do mundo, porque quando agimos
como se algo fosse real, como se já estivesse manifestado na nossa vida,
todos os nossos comportamentos se tornam coerentes com aquilo que
acreditamos. Então começamos a agir como já tendo sucesso, mesmo sem
ainda “poder pegar efetivamente os resultados em nossas mãos”. Isso é
possível, pois o sucesso nasce de um pensamento, de uma onda de energia,
de um sentimento. Nosso sucesso é re exo de como nos sentimos e
funcionamos interiormente.

Todo mundo conhece aquela velha frase que as pessoas usam, que diz “Sou
como São Tomé... Tenho que ver para crer”. A origem desse modo de pensar
vem do fato que São Tomé, um dos doze apóstolos de Jesus, duvidou de seus
companheiros, quando lhe a rmaram terem visto Jesus ressuscitado. Tomé
quis “ver para crer” e, com isso, se identi cou a cada um de nós, quando
deixamos que a dúvida seja maior do que a nossa fé – sim, porque a fé é a
certeza daqueles que “creem sem terem visto”. Fé é uma crença
subconsciente.

Abandone a ideia de “ver para crer” e abrace com força o hábito de “crer para ver”.

Pois bem, quando trabalhamos com o nosso subconsciente, precisamos


abandonar a ideia de “ver para crer” e abraçar com força o hábito de “crer
para ver”, ou ainda “crer para ser”. Lembre-se: “Aja como se fosse e assim
será”. Também pre ro o “ser para ter” do que o “ter para ser”, porque toda
mudança vem de dentro para fora.

Então, talvez você não seja um milionário no plano real, mas você pode ser
um milionário dentro da sua mente e a rmar: “dentro da minha mente isso
é real. Eu me sinto como um milionário”. E isso vai mudar toda a sua
realidade, não em um passe de mágica, como um milagre, mas porque vai
fazer com que você foque no sucesso, veja o sucesso e aja para construir o
sucesso. Ou seja, me sentindo como alguém próspero, eu posso ter
comportamentos prósperos.

Por exemplo, um vendedor que está com as vendas baixas consegue


sugestionar a sua mente mais profunda de que ele é um vendedor
maravilhoso, vende milhares de produtos por mês, atinge todas as metas e
prospera de vida. Em sua mente, ele visualiza, sente, ouve, cheira, toca o seu
novo estilo de vida com suas metas incríveis sendo atingidas.

Ao fazer tudo isso, é claro que novas vendas maravilhosas não cairão do céu,
mas ele vai acessar um estado interno, um poder tão grande, que em sua
mente vai acreditar que já é esse vendedor de sucesso. E ele vai começar a
trabalhar da forma certa para conseguir isso, para tornar tudo uma
realidade.

Quer um exemplo? Responda: como você acha que esse vendedor vai
oferecer os seus produtos para os seus clientes, após acessar esse estado de
plena convicção em si mesmo? Com certeza ele vai ter atitudes, gestos e
comportamentos completamente coerentes e condizentes com um vendedor
de sucesso. E isso fará toda a diferença em seus resultados. E se ele não tiver
os recursos ou as habilidades de um bom vendedor, certamente terá
motivação para buscar aprendê-las.

Mas observe que, para isso, ele não precisou ser um vendedor de sucesso
para poder acreditar que o era. Ele simplesmente acreditou que era e depois
se tornou um vendedor de sucesso.

Eis o ponto: mude a sua realidade interna e a sua realidade externa mudará.
Mude as suas percepções, tudo aquilo que lhe chega à mente, ressigni cando
para algo mais positivo, e tudo à sua volta também mudará.

Mude a sua realidade interna e a sua realidade externa mudará.


“Aja como se fosse e assim será”. Usei muito esse modo de ver – e continuo a
aplicá-lo em minha vida e ensiná-lo para o maior número de pessoas que eu
posso – quando comecei a construir mentalmente a minha carreira de
professor de hipnose.

Desde o início, visualizei-me e acreditei ser um professor de hipnose de


sucesso. Mas eu ainda estava trabalhando no restaurante do meu pai,
servindo quibes, es rras e refrigerantes. Porém, mesmo daquele balcão de
atendimento eu já acreditava que era um professor de muito sucesso. Eu
fechava meus olhos e sentia que tudo isso já era real na minha vida.

Quando abria meus olhos, eu realmente sabia que estava no restaurante.


Mas era como se houvesse uma divisão na minha mente: a parte consciente
sabia que eu ainda estava servindo mesas e refeições, mas que isso era algo
apenas provisório. Já a minha mente subconsciente acreditava totalmente
que eu era um professor de sucesso.

Você consegue imaginar qual é o poder disso? Qual é o verdadeiro potencial


dessa situação? É aqui que está o grande segredo do sucesso. Pense por um
momento nestas informações: nossa mente consciente representa de 5% a
7% do total de nossa mente. Toda a parte restante é inconsciente (sistema
nervoso central e sistema imune) e subconsciente (memórias, crenças,
hábitos, habilidades, etc.). E essa mente subconsciente, diferentemente da
mente consciente, tem a inabilidade de questionar informações recebidas. O
que lhe chega de sugestão, ela aceita. Portanto, acreditar rmemente em
algo, no nível de nosso subconsciente, gera uma força imensa que nos leva
na direção da realização daquilo em que acreditamos – e o melhor é que
você poderá aprender a se comunicar de modo efetivo com essa mente sábia,
logo mais.

Acreditar rmemente em algo, no nível de nosso subconsciente, gera uma força imensa
que nos leva na direção da realização daquilo em que acreditamos.
Embora ainda soubesse que estava trabalhando no restaurante, dentro da
minha mente eu tinha a convicção plena de que já era bem-sucedido como
professor de hipnose. E ao sentir isso comecei a me conectar com todos os
atributos práticos necessários para me tornar um professor também na vida
real. Comecei a estudar e a me quali car, a escrever minhas apostilas, a
anunciar datas de cursos que daria, a encontrar formas de divulgar os meus
eventos.

Pergunto: como eu poderia entender o que eu precisava ter e saber para dar
um curso de hipnose, e qual seria a melhor forma de fazê-lo, se não
acreditasse que eu era um professor? Eu só passei a fazer o negócio
acontecer mesmo e se tornar uma realidade, depois que passei a acreditar
que ele já era real no meu nível interno.

E, de novo, aqui está o grande segredo: a nossa realidade interna molda a


nossa realidade externa. Aquilo que acreditamos ser real em nossa mente
subconsciente, já é uma verdade na nossa vida – apenas precisamos fazer o
que for necessário para manifestar essa verdade no nosso mundo material.

E aqui está o segundo grande segredo: precisamos “fazer o que for


necessário para manifestar essa verdade no nosso mundo material”. Não é
esperar cair do céu. Precisamos visualizar em nosso subconsciente o nosso
sonho já realizado e com isso ganhar força e motivação para entrar em ação
e construir as bases do nosso sucesso.

O que estou dizendo é que se você não construir as bases para atingir o seu
objetivo, não adianta só visualizar. Se você não executar, não adianta só
sentir e planejar. Por isso, a base em que este livro foi construído é o tripé
“visualize, sinta e faça”. Sonhe, acredite, visualize, sinta como verdade e
execute. Isso é muito importante.

Em resumo, é fundamental ter em mente que se você construir uma crença


subconsciente de que já é a pessoa que quer se tornar e for el a essa
imagem, a essa representação, a essa sensação, então internamente você já
será essa pessoa.

Mantendo a delidade a esse estado, você poderá ver no mundo prático


tudo o que precisa fazer e todos os caminhos que precisa pegar, para realizar
aquilo com que sonha.

No tempo certo, mantendo sua crença viva e usando seus sentidos para fazer
o que for necessário, verá seus sonhos se tornando cada vez mais reais, de
acordo com aquilo que percebe já ser real dentro de você.

Assim, conseguimos impregnar a nossa mente mais profunda com o nosso


objetivo e, a partir daí, motivamos nossa mente consciente, o nosso corpo e
todo o nosso sistema para nos movermos em direção ao sucesso.

Não aceite viver com limitações que o impeçam de realizar os seus sonhos.

Neste livro, você vai aprender a utilizar os recursos da sua mente para atingir
seus sonhos, metas e objetivos. Mas quero deixar claro que não basta pensar
positivo que tudo se resolve, como em um passe de mágica. Existem técnicas
reais e e cazes para colocar seu subconsciente no estado ideal para que você
seja cada vez mais um vencedor, para que realize cada vez mais coisas na sua
vida.

Você vai aprender a visualizar em sua mente seus sonhos se realizando com
tanta clareza como você vê, sente e ouve com seus sentidos externos. Vai
aprender a acessar um estado interno de con ança e certeza que o tornará
preparado não só para começar qualquer plano de ação, mas também para
conseguir concluí-los e realizar tudo o que deseja.

Você vai aprender conceitos e técnicas e vai colocá-los em prática de


maneira a preparar seu subconsciente para se transformar em seu mais forte
aliado na realização de seus sonhos. E, então, partir para a ação com a
con ança e a certeza de que seu sucesso será apenas uma questão de tempo.

Derrube suas crenças limitantes. Não aceite viver com limitações que o
impeçam de realizar os seus sonhos.

Vou estar ao seu lado nessa jornada que iniciamos agora. Se algo dentro de
você toca seu coração e lhe diz que esse é o caminho, venha comigo. Serei
seu guia nesse processo.
NÃO ACEITE VIVER COM
LIMITAÇÕES

No mundo, infelizmente, há mais pessoas que vivem frustradas e infelizes do


que pessoas realmente realizadas. Existe um incômodo enorme no interior
da maioria das pessoas, por não conseguirem atingir suas metas e nem
realizar seus sonhos. Dessa forma, a vida passa a ser um peso para elas,
quando poderia ser uma viagem fascinante e cheia de emoções e alegrias.

Talvez você também esteja, neste momento, entre essas pessoas que vivem
com menos qualidade do que merecem e até mesmo já acreditam que não
têm o direito de serem felizes e realizadas na vida.

Quem sabe você ainda não tenha encontrado uma forma de fazer acontecer
na sua vida tantas ideias e sonhos incríveis que povoam a sua mente, mas
que tantas vezes parecem muito distantes da sua realidade.

Mas tenha calma. Você tem todas as condições de mudar essa sua realidade
e passar para o time daquelas pessoas que realmente aproveitam a vida e
realizam coisas maravilhosas. E o primeiro passo a ser dado é você não
aceitar viver com limitações. Digo não aceitar, porque é você quem decide
como vai tocar a sua vida e, também, porque somente quem decide superar
seus limites é capaz de realizar seus sonhos mais verdadeiros.

Somente quem decide superar seus limites é capaz de realizar seus sonhos.

Mas o que são limitações? São estruturas que nos impedem de fazer algo e,
muitas vezes, atrapalham a realização dos nossos sonhos.
Existem limitações físicas, reais, que muitas vezes somos obrigados a aceitar
porque não podem ser mudadas, mas por incrível que pareça as maiores
limitações, as que causam maiores prejuízos, são aquelas que nós mesmos
nos impomos. São aquelas nossas limitações mentais, baseadas em crenças
inadequadas, que moram dentro do nosso subconsciente e controlam a
nossa vida de modo silencioso e sem que nos demos conta disso.

Como construímos essas limitações internas? Em geral, baseados em


experiências passadas, negativas ou mesmo traumáticas, que deixaram uma
marca profunda no nosso subconsciente e despertam o nosso medo de
passar por aquilo de novo.

Acontece que o nosso sistema de crenças norteia a nossa vida. A partir de


causas e efeitos de experiências que vivemos, fomos aprendendo uma série
de coisas e criando certezas ou crenças, como, por exemplo: se eu colocar o
dedo na tomada, tomo um choque; se eu subir na mesa, posso cair; se eu
obedecer meu pai, ele me dá uma recompensa. Esse aprendizado passa a
compor as nossas “verdades”, que muitas vezes obedecemos sem nem
mesmo questionar.

Na verdade, esses aprendizados, ou crenças, que acumulamos podem


trabalhar a nosso favor – com as crenças fortalecedoras – ou contra nós
mesmos – com as crenças limitantes. Um exemplo de crença limitante
poderia ser algo como a conhecida frase “dinheiro é a razão de todo mal”,
que cria uma resistência mental tão negativa e forte que pode afastar a
pessoa da abundância nanceira.

Muitas dessas crenças que adquirimos podem nos ser muito uteis, pois são
aprendizados, ensinamentos que a vida nos deu, a partir de nossos pais,
professores, líderes religiosos e outras pessoas que nos in uenciaram, mas
também, convenhamos, já ouvimos e acreditamos em um monte de
bobagens.
Existem crenças limitantes e crenças fortalecedoras.

Aqui eu quero deixar claro um conceito que considero muito importante:


costumo dizer que não existe crença errada e crença certa. O que existe é
crença limitante e crença fortalecedora.

A crença limitante é aquela que di culta, e às vezes até nos impede, de


chegarmos a algum lugar que queremos. Ela nos desestimula, di culta a
nossa caminhada, diminui a nossa motivação. Alguns exemplos de crenças
limitantes estão embutidos em frases do tipo: ganhar dinheiro é muito
difícil; eu não consigo emagrecer, porque no meu caso ser gordo é genético;
prosperar só é possível para quem ganha na loteria ou para quem herda
alguma coisa de valor; relacionamento saudável, feliz, não existe.

Não vamos entrar no mérito de cada um desses exemplos, porque não nos
interessa de nir se essas crenças são certas ou erradas. Mas temos que
concordar que elas são limitantes, certo? Por exemplo, uma vez que você
acredita que não pode emagrecer porque é genético, está limitando suas
opções de métodos válidos e de oportunidades que poderia escolher na sua
vida para conquistar um emagrecimento saudável.

Ainda nos mantendo um pouco sobre esse exemplo, podemos dizer que
somos o resultado não só da nossa genética, mas também do nosso meio
ambiente e da maneira que nos relacionamos com ele. Ou seja, nossas
escolhas, atividades físicas, hábitos alimentares, a forma como vemos o
nosso corpo, e muitas outras coisas. Mas o que está por trás do modo como
nos relacionamos com tudo isso? As nossas crenças.

Outra crença que parece estar correta, mas que pode limitar demais os
nossos resultados nanceiros é aquela que diz que “só ganha muito dinheiro
quem trabalha muito”. Mas nós sabemos que se fosse assim todos os
operários, prestadores de serviços braçais, professores e outras pessoas que
fazem jornadas de trabalho duplas ou triplas seriam milionários. Veja bem:
não estou dizendo que o trabalho não é necessário e importante, mas achar
que a independência nanceira só vai acontecer com uma quantidade
enorme de horas trabalhadas é um grande engano.

Nesse aspecto, o livro “Trabalhe Quatro Horas Por Semana”, do empresário e


palestrante norte-americano Timothy Ferriss, me deu um chacoalhão na
mente. Quando li esse livro, aquelas ideias me ajudaram a quebrar várias
crenças que eu tinha em relação ao dinheiro e que limitavam o meu
potencial de conseguir a liberdade nanceira.

Para completar, estudei ainda no livro “O Segredo da Mente Milionária”, do


também empresário norte-americano T. Harv Eker, em que ele desmisti ca
a crença de que algumas pessoas estão destinadas à riqueza e outras a uma
vida de dureza. E ensina que é possível enriquecer mudando seus conceitos
sobre o dinheiro e adotando os hábitos das pessoas bem-sucedidas.

Tudo isso me fez criar novas crenças na minha mente, que me levaram a
fazer mais dinheiro e a conquistar o sucesso nanceiro.

En m, como já comentei antes, as crenças que acumulamos podem


trabalhar a nosso favor – crenças fortalecedoras – ou contra nós – crenças
limitantes. E a quais delas damos ouvidos, quais seguimos, depende
exclusivamente da nossa decisão.

Quais crenças seguimos, depende exclusivamente da nossa decisão.

Existe uma história bastante conhecida, que adaptei para esta nossa
conversa, para deixar bem claro o que estou dizendo: em uma aldeia antiga,
havia regularmente uma disputa entre dois lobos e as pessoas apostavam
para ver quem acertava qual dos dois iria ganhar a luta. Um dos lobos se
chamava Crença Limitante e o outro Crença Fortalecedora. Invariavelmente,
o curandeiro da tribo, que era quem tratava dos lobos, ganhava as apostas.
Certo dia, um jovem perguntou ao curandeiro: – Como é que você sempre
sabe qual dos lobos vai ganhar a briga?

E o curandeiro respondeu: – É simples: ganha aquele que eu alimentar.

Então, tudo depende daquilo em que queremos acreditar. A crença que


alimentamos é aquela que ganha espaço na nossa vida e de ne o nosso
destino.

Vence a crença que você alimentar.

Na PNL — Programação Neurolinguística1 — há um pressuposto que diz:


“Nós respondemos às nossas experiências e não à realidade em si”. Ou seja,
criamos uma série de crenças baseadas em fatos anteriores da nossa vida e
assumimos isso como padrões de comportamento. A partir daí nossas
respostas às situações do dia a dia seguem esses mesmos padrões – se for um
padrão de sucesso, vamos agir na direção da vitória; porém, se o padrão for
de fracasso, nossas ações apenas serão para con rmar a nossa crença na
derrota.

En m, o que é importante compreender neste momento é que o nosso


cérebro aprende por meio de causa e efeito. E quando respondemos às
nossas experiências passadas, estamos apenas dizendo que “por conta de
algo que já aconteceu, outro algo vai acontecer”. A fórmula é essa: “Toda vez
que X acontece, então Y também acontece”.

É muito comum ouvirmos pessoas dizendo: “Não quero um novo


relacionamento, porque o meu relacionamento anterior foi muito trágico”;
ou “Não quero investir nesse ramo, porque uma vez meu pai investiu nisso e
perdeu muito dinheiro”; ou ainda “Não quero viajar para tal lugar, porque
uma vez fui para lá e aconteceu algo muito grave”.
Ou seja, criamos representações imaginárias baseadas em fatos anteriores,
que imitam nossas ações no presente. Para nos protegermos, para fugir da
dor, acabamos evitando repetir experiências que já foram danosas para
nossa vida ou da nossa família.

É claro que a autoproteção, ou a proteção das pessoas com quem nos


importamos, não é algo errado. Mas não podemos nos deixar levar por
medos que não traduzem a realidade em si. Por exemplo, deixar de namorar
alguém porque o seu ex-namorado foi ruim para você não faz sentido, já
que cada pessoa é de um jeito e cada relacionamento é um universo
totalmente diferente.

Não acreditar na prosperidade porque os seus pais tiveram problemas


nanceiros não é a realidade em si, mas apenas uma experiência que você
viveu e que não tem necessariamente que se repetir nas suas conquistas na
vida.

Existem outras pessoas para quem namorar, casar, viver a dois, são coisas
maravilhosas. Para muitas outras pessoas, prosperar e ter sucesso é algo
incrível e natural. Para muita gente, viajar para aquele lugar onde você teve
uma experiência negativa pode ser uma aventura incrível.

De novo: a verdade é que temos crenças limitantes e temos crenças


fortalecedoras. Por isso, não devemos aceitar viver com limitações, porque
da mesma forma como podemos aceitar os nossos limites internos,
podemos também decidir não aceitar sermos controlados ou atrapalhados
por eles.

É interessante compreender que tanto as crenças limitantes quanto as


fortalecedoras não são a realidade. São apenas formas como você interpreta
a realidade. Porém, as crenças fortalecedoras nos estimulam a ter atitudes
consistentes, por caminhos positivos que nos levam a realizar nossos sonhos
– e somente por isso já é muito mais interessante cultivá-las.
É você quem decide no que acreditar e, a partir das suas crenças, constrói a sua
realidade.

É você quem escolhe no que acreditar e, a partir das suas crenças, constrói a
sua realidade. Então, por que não optar sempre pelo lado melhor, pelas
crenças positivas e otimistas?

Costumo dizer a seguinte frase: “Eu pre ro ser um otimista iludido do que
um realista convicto. As pessoas realistas demais estão sempre pessimistas,
são sempre limitadas”. Concordo com essa ideia, porque os otimistas,
mesmo que estejam um tanto iludidos, desenvolvem uma grande habilidade
de ressigni car as adversidades do seu dia a dia. Não importa se pegam
trânsito, se enfrentam las no banco, ou se alguém derruba café neles, estão
sempre dando um novo signi cado ao fato e tirando proveito de cada coisa.

A capacidade de ressigni car os fatos em nossa vida é uma ferramenta


poderosa. Ela nos dá um imenso poder sobre o nosso destino, nos fortalece
e orienta para o caminho certo que irá nos levar para a realização de nossos
sonhos. Com certeza você já deve ter experimentado essa força na sua vida,
mesmo que não tenha tomado consciência disso. Se você vasculhar um
pouco a sua história, com certeza vai encontrar provas disso que estou lhe
dizendo.

No meu caso, lembro-me de vários momentos em que não aceitei viver com
limitações e optei por ressigni car os fatos da minha vida. Apenas para
ilustrar, vou contar aqui uma dessas ocasiões.

Eu fui uma criança muito arteira, brincalhona, mas comecei a desenvolver


uma depressão na adolescência. Eu não sabia bem o que era aquilo, mas
vivia trancado no quarto escuro, sem saber o que eu tinha, com indisposição
e medo. Em função disso, desenvolvi uma gagueira.
Imagine a situação: um jovem gago, aos 14 anos de idade, em um estado
depressivo. Naquela época, eu não tinha acesso a terapeutas, tanto por
condições nanceiras quanto por falta de conhecimento sobre qual linha de
terapia poderia ser mais útil no meu caso. Por isso, segui frustrado por um
bom tempo, achando que teria que carregar aquele problema para o resto da
minha vida.

A gagueira me atrapalhava em tudo e tirava minha autocon ança. Para


apresentar um trabalho na escola era um drama, era muito difícil. Eu
travava, principalmente com a presença de guras de autoridade.

Até que um dia, eu tive acesso a um livro chamado “O Poder do


Subconsciente“, do Dr. Joseph Murphy2. E tudo começou a mudar na minha
vida. Quando comecei a lê-lo, compreendi: “Uau, então quer dizer que eu
não preciso ser gago e depressivo para o resto da vida? Quer dizer que existe
uma mente mais profunda, que responde às minhas sugestões e que eu
posso alterar da forma que me convém?”.

Percebi que muitas pessoas haviam conseguido reprogramar suas vidas por
meio de sugestões feitas ao próprio subconsciente. E comecei a praticar os
ensinamentos do Dr. Murphy. Hoje, compreendo que esses ensinamentos
são basicamente de auto-hipnose, muito embora a palavra hipnose não seja
mencionada no livro do Dr. Murphy.

Lembro-me de praticar os exercícios, que continham comandos como:


“Sente-se confortavelmente em uma poltrona, faça uma respiração
profunda, feche seus olhos e quando estiver bem relaxado, com a mente bem
aquietada, a rme o seguinte...”.

E aí, vinham declarações como:

- É incrível a minha autoestima;

- Eu tenho muita con ança;


- Tudo conspira a meu favor;

- Eu tenho capacidade de criar riqueza e prosperidade na minha vida;

- Eu sou uma pessoa maravilhosa;

- A inteligência in nita do meu subconsciente ativa o poder interior que


existe em mim;

- Tudo conspira para a saúde, o bem-estar e a alegria na minha vida.

Comecei a fazer declarações de que eu falava perfeitamente, me comunicava


bem, era uma pessoa saudável, feliz, comunicativa. Confesso que nas
primeiras vezes que z essas a rmativas me senti meio ridículo e em dúvida
e em minha mente surgiam pensamentos como “Ah, o que isso? Você não
vai deixar de ser gago e depressivo só fazendo esses exercícios”.

Mas continuei persistindo. Praticamente devorei o livro do Dr. Murphy, que


até hoje considero como um manual de vida – ele ensina um modo de
encarar a vida de uma forma muito otimista e com um pensamento bastante
positivo.

Recordo que um pouco mais de um mês depois de começar a fazer essas


autoa rmações, observei que eu não estava mais em estado depressivo.
Comecei a frequentar um clube perto de casa, passei a apresentar meus
trabalhos na escola, comecei a gostar mais de mim, a me amar mais e, de
repente, destravei a minha fala. E, a partir daquele momento, nunca mais
gaguejei. Eu costumo até brincar dizendo que eu sei gaguejar. Se um dia
alguém pedir “Lucas, gagueja”, eu sei gaguejar.

En m, aprendi uma forma de falar bem. Foi como se eu tivesse instalado


um novo so ware na minha mente, uma nova versão do Lucas Naves que se
comunica bem. Criei um novo caminho neural em minha mente e essa nova
trilha me possibilitou ser uma pessoa comunicativa, desinibida e com a fala
totalmente normal.

Na faculdade, fui orador da turma durante todos os anos, fui representante


de sala, tinha enorme facilidade de apresentar trabalhos, meu rendimento
acadêmico era de notas exemplares. Algo muito diferente das notas que eu
tinha na infância e na adolescência, época em que muitas vezes cheguei na
iminência de ser reprovado.

Sabemos muito mais do que imaginamos saber.

Após essa experiência de superação que tive, a partir do livro “O Poder do


Subconsciente”, apaixonei-me pelo trabalho com o subconsciente e por esse
poder oculto que tem a nossa mente, essa sabedoria interior que existe
dentro de nós. Compreendi que nós sabemos muito mais do que
imaginamos saber e que temos um acervo de in nitas possibilidades no
nosso subconsciente.

Aprendi ainda outra coisa fundamental: todos os ensinamentos que


adquirimos estão armazenados na nossa mente mais profunda. Tudo aquilo
que a gente ouviu, sentiu, aprendeu, leu, todas as aulas a que assistimos,
en m, tudo está arquivado ali. E tudo isso in uencia nas nossas decisões e
nas nossas ações. O que temos que fazer é decidir como vamos deixar que
seja essa in uência: positiva ou negativa, destrutiva ou construtiva.

O subconsciente tem inúmeras qualidades, mas tem uma inabilidade, que


também pode ser considerada como uma qualidade, se for bem usada: ele é
desprovido da habilidade de questionar, ou seja, a sugestão que adentra
nossa mente mais profunda sempre é aceita como sendo verdadeira.

Isso signi ca que para o seu subconsciente você está sempre certo, porque
ele aceita sua sugestão independentemente de ela ser verdadeira ou falsa. E
torna essa sugestão uma crença, e você passa a se comportar de acordo com
aquilo que você acredita.

Foi o que aconteceu comigo: a partir do momento em que acreditei e a rmei


que eu não gaguejava mais, o desejo foi aceito com sucesso pelo meu
subconsciente e então passei a falar bem.

Como você pode perceber, inclusive olhando com cuidado para a sua
própria vida você vai encontrar provas disso, podemos dar outro signi cado
a muitos acontecimentos da nossa vida e ampliar nosso poder sobre o nosso
futuro e ganhar forças e orientação sobre que caminhos devemos tomar para
realizar nossos sonhos.

Portanto, o grande problema não é ter crenças limitantes, pois todos nós as
temos. O maior problema é ter essas crenças, não reconhecer que elas são
limitantes e fazer delas o guia da nossa vida. Esse é o ponto.

O maior problema é não reconhecer nossas crenças limitantes e fazer delas o guia da
nossa vida.

É bem possível que você conheça pessoas que trazem em seus


subconscientes certas crenças limitantes – de origem familiar, religiosa,
educacional, ou outras tantas – que muitas vezes lhes restringem a iniciativa,
o raciocínio, o pensamento, prendendo-as a normas rígidas – muitas vezes
inadequadas – e assim as limitam, engessam, as deixam in exíveis às
situações e atrapalham suas vidas.

Porém, se você resolver falar com essas pessoas e sugerir que mudem de
crenças, elas resistem e insistem em se manter da mesma forma. O mais
comum de acontecer é que elas insistam em sua posição, não assumindo que
estão sendo vítimas de crenças limitantes. Mas elas não enxergam que estão
perdendo um ganho muito maior, que teriam caso abandonassem essas
crenças que as limitam.
Por isso, é muito importante ter a consciência de até que ponto nossas
crenças limitantes estão afetando a nossa vida e nos impedindo de viver
tudo o que temos direito. Pare agora por alguns instantes e responda estas
perguntas:

Quais são as crenças que você percebe que estão afetando a sua
vida?

Essas crenças são construtivas ou são limitantes?

Até que ponto essas crenças podem estar in uenciando a sua vida?

Quanto você crê que aquilo que você acredita in uencia na sua
saúde, na biologia do seu corpo?

Quanto você acredita que suas doenças e dores são causadas pelas
crenças que existem em sua mente?

Qual seria o seu novo modo de vida, caso as suas crenças


limitantes parem de in uenciar a sua realidade?

Que tal trocar suas crenças limitantes por crenças fortalecedoras? Trocar por
crenças que podem dar uma nova energia para você e colocar uma nova
perspectiva em sua vida? Crenças como, por exemplo:

Sei que é da minha natureza prosperar e enriquecer;

Se alguém fez algo, eu também posso fazer;

Sei que posso emagrecer e consigo emagrecer, desde que eu busque


as estratégias necessárias para isto;

Posso e mereço ter um relacionamento saudável e feliz. Estou


disponível para isso;
Mesmo já tendo vivido e sofrido com relacionamentos tóxicos na
minha vida, tenho certeza de que existe alguém que se encaixa
perfeitamente em mim.

É importante que você perceba a diferença de energia que existe, como


mostrado nestes exemplos, entre as crenças limitantes e as crenças
fortalecedoras. Por isso, pare mais um pouco agora e releia essas duas listas
anteriores, procurando sentir a energia que se movimenta dentro de sua
mente ao analisar cada situação sugerida.

O entendimento que precisamos ter claro neste momento é que nosso


sistema de crenças é como se fossem so wares que rodam dentro do nosso
cérebro. O cérebro físico é como se fosse o hardware, o disco físico do nosso
computador, onde cam armazenados todos os nossos programas.
Basicamente, o hardware é igual para todas as pessoas. Mas os nossos
so wares, os programas que rodam na mente de cada ser humano são
sempre diferentes, de pessoa para pessoa. São os programas que rodam em
nossa mente – ou seja, nossas crenças – que nos diferem uns dos outros.

Nossas crenças determinam nossos comportamentos, atitudes e respostas.

Sim, são as nossas crenças que determinam nossos comportamentos,


atitudes e respostas. E são elas que podem nos paralisar ou nos fazer
avançar. Ou seja, temos em nossa mente um grande cardápio de crenças. O
que faz toda diferença na nossa vida é o que decidimos escolher.

Em um seminário que participei em Portugal, em 2019, com John Grinder,


um dos criadores da PNL, ele disse uma frase que me deixou encantado. Ele
disse: “Troco de crença como troco de roupas. Se eu perceber que uma
crença que tenho já não é mais útil para mim, eu simplesmente troco de
crença. Simples assim”.
Essa frase dele me deixou perplexo e muito animado. Veja: se o criador da
Programação Neurolinguística, que poderia ser uma pessoa presunçosa ou
arrogante, admite que muda de crença quando percebe que ela não é mais
útil, quem somos nós para carmos com certas crenças para o resto das
nossas vidas?

Não se apegue às suas crenças. Não tenha “crenças de estimação”. Escolha


crenças fortalecedoras e siga com base nelas, enquanto elas lhe forem úteis.
Quando for necessário, troque por outras crenças, também fortalecedoras. E
siga em frente.

Não se apegue às suas crenças limitadoras. Não tenha “crenças de estimação”.

A verdade é que estamos falando aqui de algo bem simples, mas que tem um
poder enorme de mudar a nossa vida. É simples, mas exige que você se
posicione na tarefa de abandonar suas crenças limitantes e substitui-las por
outras fortalecedoras. E renovar suas crenças sempre que perceber que as
atuais já não lhe servem mais.

Existe aí um trabalho a ser feito, que depende da sua decisão e da sua


dedicação, mas que funciona muito e que vai transformar a sua vida.
Portanto, a partir de hoje, não aceite mais viver com limitações. Assuma que
sua vida vai melhorar a cada dia e trabalhe para isso acontecer.

Meu propósito com este livro é ajudar você a compreender todo o poder que
existe em sua mente e ensinar-lhe algumas técnicas para resolver esse
incômodo que existe dentro de você e que o impede de progredir. A ideia
aqui é fornecer ferramentas, técnicas e práticas que o ajudem a se libertar
dessa sensação de frustração e assumir o controle de sua vida.

Você é capaz de desenvolver e treinar habilidades mentais e estratégicas que


o levarão mais próximo da realização dos seus sonhos e o farão mais feliz e
con ante.
1 A Programação Neurolinguística, ou PNL, é um estudo desenvolvido por Richard Blander e John
Grinder que acredita que nossas atitudes são frutos de crenças internas que impactam diretamente nos
nossos resultados obtidos durante a vida.
2 O Dr. Joseph Murphy foi um dos mais famosos escritores norte-americano, autor de mais de 30 livros
de autoajuda, muitos deles Best-sellers no mundo inteiro.
LIBERTE-SE DAS CRENÇAS QUE
ESTÃO LIMITANDO O SEU
SUCESSO

É justamente por não terem desenvolvido e treinado suas habilidades


mentais e estratégicas que muitas pessoas se encontram distantes dos seus
sonhos, totalmente frustradas, procrastinando ou até mesmo inviabilizando
a sua realização.

A não realização dos sonhos, como vimos, está diretamente ligada ao


sistema de crenças que limitam as pessoas. Além do que, o desconhecimento
de um método que permita a elas usar a seu favor todo o poder que têm em
sua mente é outro fator que deve ser corrigido, dentro do objetivo de tornar
seus sonhos uma realidade.

E existem também outras causas que distanciam as pessoas do sucesso,


como o excesso de tempo perdido com futilidades e, principalmente, não
empregarem o tempo, que é seu ativo mais valioso, na realização de seu
propósito de vida.

O que nos leva a outro ponto fundamental: muitas pessoas não têm clareza
sobre qual é o seu propósito de vida e quais são realmente os seus sonhos
verdadeiros, e isso as faz andar em círculos e perder tempo e energia.

Conheça o seu propósito de vida


Pense um pouco: em quais momentos da sua vida você se sentiu limitado,
ou simplesmente imerso em crenças limitantes? Provavelmente, foi em
épocas em que experimentava uma sensação de impotência total na posição
em que se encontrava. É isso que uma crença limitante faz conosco: nos
paralisa e nos passa a impressão de que somos inábeis ou incapazes de fazer
algo.

A necessidade de mudar bate à nossa porta a toda hora, mas nos apegamos
ao que temos, mesmo que seja pouco, mesmo que seja insu ciente, ou que
pouco tenha a ver com o que nos propomos realizar, tudo porque nossas
crenças limitam o nosso poder de decisão e de ação. E deixamos de fazer o
que sabemos ser o nosso propósito, mesmo que isso nos agrida em nossa
essência.

Mas saiba que a vida vai cobrar de você o cumprimento de seu propósito.
Pode ter certeza disso. Confesso que houve um tempo em minha vida que
passou a ser desesperador. O estado de aparente “conforto” — mas fora da
minha verdadeira razão de viver — em que eu vivia estava se tornando
angustiante. A cada dia que passava, na minha cabeça era como se fosse um
dia a mais sem viver o meu verdadeiro propósito. É como se eu estivesse
encarcerado dentro de um personagem que não era realmente eu.

Acredito que temos a capacidade de viver vários personagens em uma


mesma vida, e creio que é o que fazemos constantemente. Não vejo nada de
errado em mudar de personagens, porém, temos que ter satisfação na
medida em que incorporamos cada um deles. Saber entrar e sair deles
conscientemente é o nosso maior desa o, já que muitas vezes um
personagem vai tão fundo na nossa alma que para movê-lo precisamos
arrancar a nossa própria pele. O problema é que se passarmos a vida como
personagens diversos, mas nenhum deles se adequar ao nosso propósito
verdadeiro, a frustração e a infelicidade vão ser os resultados que vamos
obter.
Então, todo aquele processo foi importante para mim, mas nem por isso eu
deixei de ser cobrado pela vida, e por mim mesmo, sobre o cumprimento do
meu propósito. Com o passar do tempo, essa autocobrança, ou seja, essa
zona de desconforto foi aumentando. E à medida que ela foi crescendo,
comecei a identi car certas crenças limitantes que eu tinha, coisas como os
pensamentos: “Mas se eu sair daqui deste emprego, vou passar di culdades?;
e se eu largar este trabalho e der tudo errado?; e se eu mudar de cidade e não
me adaptar ao novo local?”. E se, e se, e se... Eram tantas as dúvidas e grande
o medo de fracassar. Até que um dia ouvi uma frase que me fez pensar
seriamente sobre tudo isso: “O Maior risco é o de não correr riscos”.

E então, chegou uma hora em que eu disse para mim mesmo: “Eu vou em
frente, mesmo que corra o risco de fracassar”. E foi assim que aprendi que
“não existe fracasso; o que existe é feedback”. Aceitei que errar faz parte do
aprendizado para chegar aos resultados que sempre esperei conquistar.
Resolvi realizar o meu propósito de vida e saí em busca de meus sonhos.

Não existe fracasso; o que existe é feedback.

Já faz bastante tempo que decidi abdicar de minhas limitações, romper a


zona de conforto, quando a centelha do meu propósito ardeu em mim e eu
não tinha mais como negar aquilo que nasci para ser. Eu sentia que nasci
para ser livre, para ajudar as pessoas. Percebi que nasci não só para ser um
professor de Hipnose, de PNL, mas também para tratar as pessoas, para
ensinar, para mostrar o caminho para que elas pudessem ser mais felizes.
Essa é a minha essência: ensinar e ajudar. É o que me torna vivo. Esse é o
meu propósito.

Naquela época, no local em que trabalhava eu era apenas um reprodutor


mecânico de atividades. E, por um tempo, foi confortável estar em uma
posição que não seguia o meu propósito de vida, mas que me dava alguns
ganhos secundários interessantes: por exemplo, o salário não era ruim,
apesar de que não me sobrava nada no nal do mês. Mas pagava as minhas
contas.

Só que o seu propósito jamais vai deixá-lo em paz, enquanto você não o
realizar. Passava o tempo e cada vez mais meu propósito interior, aquele
chamado que existia dentro de mim me perguntava: “E aí? Não vai fazer o
que tem que ser feito?”. É o seu coração falando mais alto e cobrando de
você um compromisso com a verdadeira felicidade.

O seu propósito de vida jamais vai deixá-lo em paz, enquanto você não o realizar.

Dizem que “o coração tem razões que nem mesmo a razão entende”. Então,
siga o seu coração, siga a sua intuição, pois quando você realmente assume
aquilo que veio fazer neste mundo, aquilo que faz brilhar os seus olhos, você
se torna o melhor naquilo, se torna o melhor você que pode ser.

Todos nós temos dons e habilidades. E, talvez, você só esteja


momentaneamente fazendo algo que não está relacionado ao seu propósito
de vida. Aceite isso como um processo importante e o viva enquanto ele for
necessário. Aprenda o que for preciso e então siga adiante, sendo grato por
tudo o que aprendeu. Mas jamais abra mão do seu propósito de vida, por
medo de se arriscar. Lembre-se:

O Maior risco é o de não correr riscos.

Traga o seu sonho mais para perto de você

Traga os seus sonhos mais para perto de você, mantenha-os por perto. Eles
nunca podem ser esquecidos e você nunca pode deixar de visualizá-los.

O Dr. Alberto Saraiva, fundador de uma das maiores redes de fast-food do


país, o Habib’s, dizia em suas palestras: “Os seus sonhos devem ser escritos e
relidos diariamente”.

Olha que interessante: se eu escrevo, exteriorizo aquilo que desejo. Se eu


leio, internalizo aquilo. Imagine só se eu declarar o meu sonho! Por isso,
considero que declarar é mais importante, mais forte do que simplesmente
pensar. Quando declaro, eu profetizo, decreto, determino – e isso é muito
importante para a realização de seus sonhos, pois grava profundamente a
sua determinação no seu subconsciente.

Certa vez, quando eu tinha uma loja da rede Habib’s, recebi uma visita do
Dr. Alberto Saraiva. Perguntei qual era o segredo de ter tanto sucesso e ele
respondeu: “Oras, é o poder do subconsciente! Ou você não leu o “Poder do
Subconsciente?”3. Eu realmente quei assustado, porque esse era o meu livro
de cabeceira, o que eu mais lia. E ele ainda a rmou: “A tal mente misteriosa
que eu falo em meus livros é o subconsciente”.

Lembrei que em seus livros – como em “Os Mandamentos da Lucratividade”


– o Dr. Alberto Saraiva escreveu frases como: “E naquele momento a minha
mente misteriosa trabalhou a meu favor, e me revelou qual deveria ser o
prato do mês, qual deveria ser a promoção mais importante, qual deveria ser
a charada para a lucratividade do restaurante.”

Foi ali que pude sentir que se um homem como o Dr. Alberto Saraiva, tão
próspero, um caso de muito sucesso, usa o poder do subconsciente, então eu
estava no caminho certo. Ele imagina, cria, ele sente como real e imprime
isso tudo no seu subconsciente. E, então, ele realiza.

Ouvi-lo dizer aquelas palavras me fez comprovar que esse era o caminho.
Ou seja: associe-se ao seu sonho, entre nele mentalmente. A sua imaginação
é livre. Acredite e agradeça como se o seu sonho já tivesse se realizado.
Quando agradecemos por algo, estamos dizendo a nós mesmos “Obrigado,
isso já é real na minha vida”.
Acredite e agradeça como se o seu sonho já tivesse se realizado.

Além de visualizar o seu sonho com clareza, além de reconhecê-lo como


algo real em sua vida, além de ter consciência de que realizá-lo depende de
você e de ter evidências sensoriais especí cas sobre o que deseja, é preciso
também ser prático com relação ao que se deve fazer para que seu sonho se
torne realidade.

Por isso, é importante levar em conta outras características que seu sonho
deve ter, como:
O seu sonho deve ter uma data para se concretizar;

Você deverá listar quais recursos serão necessários para a


realização desse sonho.

Será necessário de nir para quando você quer a realização do seu sonho, em
que dias da semana vai trabalhar nele, onde buscará recursos, quais
habilidades precisará aprender. Seu sonho precisa ser transformado em
objetivos claros para você realizar. Cada objetivo deve ser um passo a mais
na direção da realização de seu sonho.

Trace objetivos para realizar os seus sonhos

Certo, seu sonho deve ser dividido em objetivos a serem atingidos. Mas não
são quaisquer objetivos. Precisam ser objetivos coerentes e executáveis,
dentro das suas possibilidades de realizá-los. Não adianta extrapolar e
depois se frustrar.

Cada objetivo deve ser atingível, realizável. Não adianta planejar voar
pulando do 15º andar de um prédio, sem paraquedas – isso não é algo muito
inteligente. Não vai adiantar você visualizar, sentir e realizar essa proeza em
sua mente, porque existe a lei da gravidade, que não está sob seu controle.
Então, é impossível sair da janela voando. Seus objetivos devem ser
realizáveis, atingíveis.
Cada objetivo deve ser atingível, realizável.

Vamos supor que você queira emagrecer 10 quilos em um mês. É possível? É


possível. Mas é saudável? Nem sempre. Depende apenas de você? Não.
Depende de uma boa alimentação, depende de um bom nutricionista, talvez
de um bom pro ssional de preparo físico, talvez de uma boa reeducação
alimentar e até mesmo de um Coach de emagrecimento. E depende ainda de
suas condições físicas e de saúde, que podem ser fortes limitantes nessa sua
busca.

O importante é entender que é preciso que seus objetivos sejam muito bem
claros, de nidos, realizáveis, plausíveis e que você tenha bom senso ao traçá-
los.

Dito isto, a próxima coisa a considerar quando vamos traçar objetivos como
passos para a realização de nossos sonhos, é garantir que cada objetivo tenha
evidências sensoriais especí cas. O que é isso? Basicamente, você vai
precisar responder a perguntas como:

Quando você pensa no seu objetivo, como ele vem para você?

Você vê uma imagem, tem um som, tem sensações quando pensa


no seu objetivo?

Seu objetivo aparece para você dissociado ou você está associado a


ele?

Seu objetivo é algo muito distante, ou está próximo a você?

Se você vê o seu objetivo como algo muito distante, quando você fecha os
olhos, ou não consegue ver com clareza de detalhes as cores, o cheiro, o som,
o toque, as especi cações desse objetivo, o que você acha que o seu
subconsciente vai fazer por você? Como você acha que o seu subconsciente
vai se mobilizar para fazer alguma coisa que parece tão distante e tão
inde nida?

Então, um passo importante é você se associar a esse objetivo. Você precisa


entrar nessa visualização e senti-la como real, com seu corpo, com a sua
mente, e realmente experimentar todo esse objetivo como real dentro de
você.
Em meus estudos com John Grinder, cocriador da PNL, aprendi algumas
regras sobre como fazer uma boa formulação de objetivos. Ele, basicamente,
coloca seis passos fundamentais para que possamos de nir um objetivo e
para que ele seja congruente com a nossa vida:

1. O objetivo deve ser expresso em termos positivos;

2. O objetivo deve ser iniciado e controlado pela própria pessoa;

3. O objetivo deve ter evidências sensoriais especí cas;

4. O objetivo deve ser bem contextualizado;

5. O objetivo deve ser ecológico para a pessoa;

6. O objetivo deve ser testável na experiência da pessoa, isto é, dentro


do poder da pessoa de realizá-lo.

Vou explicar melhor cada um desses pontos:

1- O objetivo deve ser expresso em termos positivos


Ser expresso em termos positivos signi ca que você não deve falar frases
como: “Eu não quero mais ter di culdades para dormir, ou “Eu não quero
mais sofrer em relacionamentos”, ou ainda “Eu não quero mais ser pobre”.
Isso porque toda vez que você diz um não o seu subconsciente entende
como um sim. Ele gera a imagem mental que você está tentando negar.

Quer um exemplo? Experimente agora não imaginar um macaco vestindo


uma fralda azul. O que aconteceu? Você imaginou um macaco vestindo uma
fralda azul.

O segredo para a mentalização funcionar é trocar a frase sempre para o


positivo. Por exemplo: “Durmo muito bem”, “Tenho muito sucesso”, “Estou
cada vez mais rico”. Procure colocar sua frase sempre no presente, com
termos positivos, a rmativos.

2- O objetivo deve ser iniciado e controlado pela própria pessoa


É fundamental que o seu objetivo seja iniciado e controlado por você, ou
seja, por mais que se envolvam outras pessoas no seu objetivo, ninguém
além de você deve iniciá-lo e controlá-lo. Não pode ser um objetivo que
dependa de outras pessoas para ser atingido.

3- O objetivo deve ter evidências sensoriais especí cas


Você tem que ter clareza e certeza de que irá realizar seu objetivo, por meio
de evidências sensoriais especí cas: ver, ouvir e sentir.

4- O objetivo deve ser bem contextualizado


Em qual contexto você vai fazer isso? Aqui é que devem ser levados em
consideração o como, onde, quando, de que forma, etc. Em que local, em
que cidade, com quais pessoas, em que cenário, etc.

5- O objetivo deve ser ecológico para a pessoa


Neste caso, ser ecológico não tem a ver com a natureza. Ser ecológico
signi ca que seu objetivo não pode ferir alguma lei, algum princípio, não
pode fazer mal a alguém, não deve ferir algum padrão ou princípio seu, não
pode ir contra seus valores. Então, o seu objetivo deve agregar bons
resultados, satisfazer suas intenções positivas e ser bom também para as
pessoas e para a sociedade.

O que você faz, em troca do que você ganha?


Bruce Lee, o famoso ator e lutador de artes marciais norte-americano, antes
de ter sucesso, escreveu uma carta para si mesmo em que dizia algo como:
“eu serei o ator mais bem-pago do mundo e da minha época, mas em troca
disso tudo serei também o ator mais dedicado de Hollywood, o artista
marcial mais centrado, o mais entusiasmado”. Ou seja, ele sabia que não
adiantava só querer ter tudo de bom para ele mesmo; era preciso ser bom
também para a sociedade, para o mundo ao seu redor.

Seus objetivos têm que levar em conta o que você está entregando para a
sociedade, para conseguir o retorno que você busca. Em troca do que você
ganha, o que você faz?

6- O objetivo deve ser testável na experiência da pessoa, isto é, dentro do


poder da pessoa de realizá-lo
O objetivo ser testável na experiência da pessoa signi ca que ele seja viável
dentro do poder dela de realizá-lo. Ou seja, você consegue testar o seu
objetivo? Consegue pôr em prática aquilo que está buscando? Você
consegue testar o modelo para ver se ele realmente funciona dentro das suas
possibilidades de execução, ou ele precisa ser adaptado?

Além dessa excelente checklist para a formulação de objetivos proposto por


John Grinder, percebi que também é muito importante veri car os recursos
que temos para começar – ou seja, sem os devidos recursos necessários eu
não posso chegar a lugar algum. Talvez eu não tenha o valor necessário, se
precisar de investimentos e tenha que ajustar o meu objetivo para alcançá-lo
em etapas. Talvez eu não tenha a habilidade especí ca para alcançar o
objetivo, mas posso desenvolvê-la.

Vamos exercitar um pouco essa ideia? Procure pensar sobre os seguintes


pontos e responda às questões propostas:
1. Escreva um objetivo qualquer que você sabe que terá de atingir
para realizar um sonho seu.

2. Explique em que contexto o seu objetivo está inserido.

3. Escreva uma frase, em termos positivos, dizendo clara e


a rmativamente qual é esse seu objetivo.

4. Anote uma data para quando esse objetivo vai estar realizado.

5. Escreva em que lugar esse objetivo será realizado.

6. Analise e veri que se esse objetivo só depende de você. O objetivo


é controlado por você, ou depende também de outras pessoas?

7. Liste cinco recursos imprescindíveis que você vai precisar ter para
realizar o seu objetivo.

Para completar esse exercício, visualize, sinta e realize esse objetivo em sua
mente, com o máximo de detalhes possível. Crie na sua mente as evidências
sensoriais especí cas do seu objetivo como sendo algo real, para que você
possa sentir a satisfação da realização.

Visualize, sinta e realize o seu objetivo em sua mente, com o máximo de detalhes
possível.

Quero lembrar a você, para reforçar a importância destes pontos que


estamos discutindo, que meu sonho de ser um professor de Hipnose e de
PNL reconhecido mundialmente só se tornou real a partir do momento em
que lancei uma data para que ele acontecesse.

Por isso, o conselho que lhe dou é que seja categórico ao a rmar: “Meu
sonho vai se realizar no dia tal, do mês tal, a tal hora, em tal local”. Quando
colocamos data, hora, prazo e outros detalhes importantes para a realização
de nossos sonhos, a gente se move para que aquilo aconteça. O sonho sai do
plano das ideias e vem para o plano prático da nossa vida.

Uma boa prática para visualizar os seus sonhos

Lembre-se que o seu subconsciente tem por natureza não questionar o que
você diz, apenas aceitar o que você apresenta a ele. Portanto, ao impregnar o
seu subconsciente com esse desejo, você irá criar conexões neurais
especí cas que irão te orientar, te ajudar, te impulsionar para que realmente
crie tudo isso no mundo real.

Nossos comportamentos são subprodutos dos nossos sentimentos. Seria


impossível tentar controlar cada pensamento. Mas, uma vez que escolhemos
um melhor estado interno, nossos pensamentos estarão na mesma
ressonância. Por exemplo, você nunca verá alguém sentindo raiva e tendo
pensamentos de amor ao mesmo tempo. Nunca verá alguém sentindo
gratidão e falando mal de outra pessoa ao mesmo tempo.

Então, de fato, só controlamos a qualidade dos pensamentos através do


controle do que estamos sentindo. E como faço para controlar os
sentimentos? Dando material positivo para sua mente trabalhar.
Sugestionando nossa mente a sentir bons sentimentos. E a imaginação pode
ser muito útil nesse processo.

Uma vez que você visualize, acredite, sinta ser possível realizar o que você
deseja, ca mais fácil colocar em prática tudo aquilo que vai levá-lo aonde
você quer chegar.

Ao impregnar o seu subconsciente com essas sugestões, ele irá despertar


uma grande força interior e o seu próprio diálogo interno irá te guiar, te
orientar. Você sentirá muita força interior e terá insights poderosos sobre
como deve realmente começar a implementar o seu desejo para que ele se
torne real o quanto antes.

Existe uma estratégia bastante e ciente para fazer com que nosso
subconsciente trabalhe a nosso favor. Basicamente, precisamos:

Ressigni car o nosso passado, trazendo para o agora apenas o


feedback de tudo o que aconteceu de positivo e que nos ensinou
algo precioso;

Ser gratos pelas nossas experiências vividas;

Acreditar em nós mesmos;

Criar dentro de nossa mente um mundo interno positivo,


estimulante e vitorioso;

Assumir, nesse mundo interno, que nós somos exatamente quem


nos propomos ser.

Com essas atitudes, nossos resultados práticos e desejáveis serão inevitáveis.

Finalmente, para completar esse contexto vitorioso que estamos criando,


preciso reforçar a sua consciência sobre um dos ingredientes principais para
atingir qualquer objetivo e realizar qualquer sonho: a gratidão.

A grande dica neste aspecto é a seguinte: não espere atingir seus objetivos
para só então ser grato. Seja grato mesmo antes de seu sonho se tornar
realidade. Ainda vamos falar mais sobre gratidão ao longo desta obra,
porque esse é um fator fundamental para potencializar a realização de seus
sonhos e objetivos.

Não espere atingir seus objetivos para só então ser grato.


En m, tudo gira em torno de você estar alinhado com seus propósitos, ter
coragem para se transformar e para seguir o seu sonho, cancelar crenças
limitadoras e instalar crenças fortalecedoras que o levem ao lugar desejado.
Perceber o que é ilusão e perceber o que é realidade, seguir a sua intuição e
fazer o que tem que ser feito, fazer o que você veio fazer nesta vida. E
agradecer sempre pelos sonhos que você busca, como se eles já tivessem se
realizado.

3 “O Poder do Subconsciente“, do Dr. Joseph Murphy.


O PROTOCOLO NAVES DE
VISUALIZAÇÃO

Aja como se fosse e assim será.

Não é segredo que eu tenho utilizado diariamente esse decreto na minha


vida e também tenho ensinado isso para os meus alunos ao longo de anos.

A ciência mostra que tanto aquilo que vemos a olho nu quanto aquilo que
imaginamos iluminam e trabalham as mesmas células cerebrais. Ou seja,
imaginação, visão e percepção são a mesma coisa, em termos dos resultados
que impregnamos em nossa mente.

Nosso cérebro não distingue a realidade do imaginário, para ele tudo é real,
de acordo com a percepção que temos. A percepção é que molda a realidade
do nosso cérebro e ela está ligada à nossa interpretação do meio, ou seja,
depende do signi cado que damos às coisas que vemos, ouvimos e sentimos.
Isso muda completamente a nossa compreensão da realidade e de como ela
vai agir no nosso corpo, inclusive em nível celular.

No livro “A Biologia da Crença”, Bruce Lipton4 mostra que as nossas células


não são vítimas da hereditariedade dos códigos genéticos, mas sim que o
comportamento delas se dá pela relação entre o meio ambiente e a biologia.
E essa interface entre o meio ambiente e a biologia é chamada de percepção.

Ou seja, é a percepção que faz com que nossas células se comportem de um


modo produtivo ou degenerativo. O que nos leva a compreender que tudo
vem pelo nosso sistema de crenças, ou ainda, nos leva a entender o quanto
nossas crenças podem realmente causar doenças, ou mesmo nos curar.

O biólogo Bruce Lipton traz a ideia da Epigenética, isto é, a ideia de que não
somos vítimas de genes de câncer ou genes de diabetes, por exemplo. Até
podemos trazer conosco esses genes, de acordo com o nosso código familiar,
mas eles são apenas moldes das células e só serão ativados ou desativados
através da relação entre nossa biologia e o meio ambiente. Isso inclui os
nossos hábitos, escolhas, comportamentos e principalmente nossas crenças e
percepções sobre todas as coisas. Ou seja, como decidimos signi car a
realidade.

A ideia básica seria a seguinte: por exemplo, uma criança que tenha o gene
da diabetes, mas é criada em um país onde praticamente não se consomem
carboidratos, di cilmente irá desenvolver a doença. Embora ela tenha ainda
o código genético, e talvez até venha a passar esse código para seus lhos, a
doença não será ativada devido às condições externas em que ela vive.

Ou seja, a Epigenética fala da relação da nossa biologia com o meio


ambiente e, nesse estudo, Bruce Lipton tem mostrado que realmente a nossa
realidade é moldada através da percepção.

E aqui trago outro ponto para considerarmos: a percepção tem tudo a ver
com o signi cado que damos à nossa vida, com o como atribuímos
signi cados às coisas que vivemos no dia a dia. E isso nos leva a outra
possibilidade bastante interessante, que é a ideia da ressigni cação.
Ressigni car é dar um novo sentido à nossa vida, à nossa história – o que
nos acena com a possibilidade de mudarmos a nossa própria história e os
nossos resultados.

Ressigni car é dar um novo sentido à nossa vida, à nossa história.


Perceba como isso funciona: se eu dou um sentido de mágoa, de sofrimento,
de tristeza, a algo que acontece em minha vida, todo esse sofrimento
psicossomatiza no meu corpo e então posso desenvolver vários tipos de
dores e doenças diferentes, desde bromialgia, síndrome do pânico, dores
gerais no corpo, e até mesmo um tumor. Portanto, perceber o ambiente e dar
o melhor signi cado possível ao que vivemos nos parece ser a opção mais
adequada para que tenhamos um corpo saudável e uma mente sã.

Ajuste o seu Mindset

Como tudo é uma questão de mentalidade, de mindset, se você realmente


pensar como pensam os milionários, os empreendedores, os visionários,
será apenas uma questão de tempo para encontrar fórmulas e insights
diferentes, que o levem a também se tornar um milionário. Ou seja, em
termos mentais, esta é a única coisa que diferencia você de um milionário:
os programas mentais (so wares) que rodam na mente dele e que ainda não
estão rodando na sua mente.

A única coisa que diferencia você dos milionários são os programas mentais que rodam
na mente deles e que ainda não estão rodando na sua.

Vou deixar isso ainda mais claro, dando um exemplo da minha própria
trajetória, que mostra bem como esse processo funciona.

À medida em que fui conhecendo o poder da minha mente, fui me


apaixonando por esse tema e comecei a pesquisar muito sobre o assunto. Eu
me deparei com o livro “Auto hipnose - Manual do Usuário”, de Fabio
Puentes, um grande hipnólogo brasileiro, um dos precursores da hipnose no
Brasil. Esse livro foi um marco na minha vida e me fez mergulhar ainda
mais na hipnose e praticar com frequência os exercícios que ele ensinava.
Basicamente, no início de meus estudos autodidatas sobre o tema, por
método dedutivo, fui criando minhas próprias técnicas. Até que, um pouco
mais adiante, tive a oportunidade de fazer os primeiros cursos, quando eles
se tornaram mais acessíveis e quando comecei a ter os meus primeiros
salários.

Procurei me aperfeiçoar mais e mais na área da hipnose, ao mesmo tempo


em que me formei em administração de empresas e passei a administrar os
negócios do meu pai. Embora eu até gostasse desse trabalho e tivesse
aptidão para isso, a verdade é que não me sentia satisfeito e não via o
momento de conseguir viver do que eu realmente sentia que me realizava.

Eu praticava a auto-hipnose com muita dedicação e a todo momento que era


possível. Lembro-me, por exemplo, de estar atendendo os clientes no drive-
through do Habib’s, uma das lojas de meu pai que eu trabalhava. Ali, eu
fechava meus olhos nos poucos minutos em que não passavam carros e me
visualizava ensinando hipnose para muitas pessoas, a turma lotada, muitos
alunos. Lembro da foto do certi cado que eu entregava aos alunos, do brilho
nos olhos deles, dos abraços, das induções que eu ensinava. Eu me via
viajando o Brasil, gravando vídeos na internet, sendo chamado para dar
entrevistas, escrevendo livros. Eu visualizava tudo isso colocando muitas
cores, muitas imagens, sons, sensações, ampli cava essas visualizações e
rea rmava: “Isso já é real na minha vida. Muito obrigado”. E essa frase virou
um mantra para mim, que repito sempre, declarando isso com muito
sentimento de gratidão.

Isso já é real na minha vida. Muito obrigado.

Ao fazer essas declarações, essas visualizações me enchiam de


empoderamento e isso fazia com que o meu subconsciente me desse mais
ideias criativas, para que eu empreendesse mais na área da hipnose.
Aos poucos, comecei a atender pessoas e ajudá-las em casos de gagueira, de
crises de ansiedade, com fobias. Vendo que eu estava conseguindo ajudar
tantas pessoas, resolvi desenvolver ainda mais esse meu lado e passei a
estudar ainda mais, a ler mais, a fazer mais cursos.

O meu primeiro consultório foi na cidade de Uberlândia, um local


improvisado na minha primeira casa, em que morei com minha esposa e
meus cachorros, depois de sair de uma quitinete de cerca de 25m². E foi um
sucesso.

Até que ganhei tanta con ança que aos 28 anos de idade, eu peguei o mapa
do Brasil, assinalei vários pontos e falei: “Quero dar aulas nessa cidade,
nessa, nessa e nessa...”. Escolhi as primeiras cidades. Eu dizia: vou estar em
Salvador na semana tal, nesta outra semana vou estar em Porto Alegre, na
semana tal em São Paulo, Brasília, Curitiba, Santos.

Juntei algum dinheiro, reservei e paguei as passagens, reservei os hotéis, as


salas de eventos – tudo isso sem ainda ter sequer um aluno con rmado.
Mas, quando coloquei uma meta, um prazo para realizar tudo isso, foi como
se o meu subconsciente tivesse acionado uma autocobrança, me lembrando
sempre: “Poxa, cara, você marcou essas datas todas e agora precisa conseguir
os alunos”.

Então, eu comecei a ter ideias: peguei meu celular, gravei um vídeo e postei
no Youtube; comecei a fazer hipnose de rua, em um parque chamado Parque
do Sabiá, na cidade de Uberlândia, onde eu morava. Eu colocava uma placa
“Hipnose Grátis – Experimente Aqui” e trabalhava com os voluntários.
Depois, juntamente com alguns colegas que começaram a fazer hipnose
comigo, eu passava as tardes de domingo hipnotizando pessoas, fazendo
brincadeiras com elas. Tudo isso, além de ser uma ótima forma de eu
praticar, ajudava muito a divulgar a hipnose e a entregar meus cartões de
terapia.
As pessoas foram chegando e muitas vezes faziam um círculo ao meu redor.
Já consegui o recorde de ter quase 100 pessoas me assistindo e eu
hipnotizando mais de 10 pessoas ao mesmo tempo.

Ganhei muita con ança e comecei a gravar mais vídeos, passei a ter mais
sucesso. Tanto nos vídeos quanto em todas as oportunidades que tinha, eu
divulgava as cidades em que iria dar cursos. E, assim, os negócios foram
evoluindo.

Minha primeira turma o cial de alunos foi mesmo dentro do Habib’s do


meu pai, no salão de festas, para 8 pessoas, em um nal de semana. Eu
estava com tanta sede de ensinar, que marquei dois dias de curso e no
primeiro dia já ensinei tudo o que havia programado para o curso todo. No
domingo, eu não sabia o que iria ensinar e então tive que criar novos temas e
exercícios. Dessa forma, fui aprendendo a improvisar técnicas e a criar
conteúdos, fui ganhando con ança. Dei um curso em São Paulo para 20
pessoas, depois foi em Brasília para 25 pessoas, depois no Rio para 36
pessoas e assim meu trabalho começou a se destacar e me tornei cada vez
mais conhecido. Além do que, é claro, passei a dominar mais o conteúdo
que eu ensinava, pois a melhor forma de aprender sempre será ensinar.

Com 29 anos, fui chamado para trabalhar em parceria com o Hipnose


Institute, na época o maior instituto de hipnose do Brasil. O que me
possibilitou ministrar treinamentos nas principais cidades do país.

A seguir, montei o Instituto Lucas Naves e passei a ser dono do meu próprio
negócio. Rapidamente, eu me tornei o professor de hipnose clínica que
ministrava mais cursos no Brasil. Hoje, sou o professor de hipnose que dá
mais cursos e que mais forma alunos no mundo. Fui condecorado pela
Academia Brasileira de Artes, Letras e Ciências do Brasil, como o professor
mais respeitado no Brasil, o que dá mais curso, o professor mais buscado.
Formei-me, me aprofundei e me tornei psicanalista e, na sequência, doutor
em Psicanálise Honoris Causa. Tornei-me Master Trainer em Programação
Neurolinguística, por ter estudado diretamente com o cocriador da PNL, o
gênio John Grinder. Fiz pós-graduação em Neurociências, estudei
Constelação Familiar, eta Healing, Mecânica Quântica e diversas outras
terapias alternativas e correntes teóricas envolvendo a mente humana e me
tornei referência nessa área. Minha esposa, Valeria, me ajudou muito nesses
processos, tendo cursado grande parte desses cursos junto comigo.

Hoje, o Instituto Lucas Naves tem sede nos Estados Unidos, em Miami, e
internacionalizei os meus cursos on-line, que hoje são vendidos nas línguas
Inglesa e espanhola para todo o mundo, além da língua portuguesa.

Ainda tenho inúmeros objetivos audaciosos com a hipnose para o Brasil e


para o mundo e também com a PNL, com o assunto mente humana, no
objetivo de cada vez mais explicar como fazer uso dessa ferramenta
poderosa que é a nossa mente.

E, tudo isso, começou com um sonho e com a mentalização correta para a


sua realização. Por isso, é tão importante organizar nossos pensamentos e
ações e alimentar nosso subconsciente com coisas que favoreçam o nosso
sucesso e a nossa felicidade.

O que é o Protocolo Naves de Visualização

Portanto, como já conversamos até aqui, é possível atingir metas, realizar


sonhos e chegar onde você quer. Mas é preciso que o seu projeto seja
realizável, dependa de você, do seu esforço e tenha um prazo e um
planejamento estratégico que de na como, onde e de que forma ele será feito.

Para facilitar a sua jornada até o sucesso, criei um método que chamo de “O
Protocolo Naves de Visualização”. Basicamente, ele se apoia em três
comportamentos fundamentais: visualizar, sentir e agir.

Para realizar algo, mesmo enquanto esse algo ainda está no plano dos nossos
pensamentos, devemos visualizar nosso objetivo com evidências sensoriais
especí cas: é preciso ver, ouvir e sentir com precisão de detalhes o seu
sucesso. Mais ainda, devemos visualizar esse objetivo de modo associado, ou
seja, devemos nos posicionar como parte desse objetivo, ver e sentir tudo
como algo real dentro de nós mesmos.

A etapa seguinte é colocar toda a sua estratégia por escrito, detalhando tudo
o que você se propõe a fazer para materializar o que você desejou. E, então,
partir para a ação. Colocar a “mão na massa” e agir na direção da realização
do que você planejou.

Visualizar, sentir e agir.

O sucesso é possível para quem decide que vai ter sucesso e passa a
visualizar a sua realização em seu plano mental. Como nosso cérebro não
distingue o real do imaginário, o que você imaginar com a intensidade certa
e ver como real dentro de sua mente tem grande chance de se realizar.
Portanto, con e na inteligência do seu subconsciente e seja grato por ter
claro em sua mente tudo o que você quer realizar.

Pare agora por uns instantes, pense e responda: você já contou para o seu
subconsciente qual é o seu sonho, qual é o seu objetivo? Faça essa
informação chegar com precisão ao seu subconsciente. Como fazer isso?
Usando estes passos básicos do “Protocolo Naves de Visualização”:

Entrar em um estado de concentração ampli cado;

Fazer uma declaração verbal a rmativa do seu objetivo;


Formar uma visão criativa do seu objetivo, visualizando-a usando
todos os seus sentidos;

Associar-se à cena do seu objetivo sendo realizado;

Sentir a emoção da realização;

Manifestar gratidão pelo objetivo conquistado;

Soltar e con ar.

Esses são temas que iremos explorar bastante neste livro, para que você se
sinta seguro em aplicá-los em sua vida e consiga realizar todos os seus
sonhos.

4 Bruce Harold Lipton é um biólogo norte-americano que apoia a teoria de que os fatores ambientais têm
um impacto maior na saúde do que a pesquisa genética determinou anteriormente.
ESTADO DE CONCENTRAÇÃO
AMPLIFICADO

Quando se trata de conquistar sonhos com a ajuda da PNL, além de ter


objetivos muito bem de nidos e claros sobre aquilo que deseja alcançar, é
preciso colocar-se em um estado de concentração ampliado, de forma que
você seja capaz de fazer observações sensoriais precisas sobre si mesmo e
sobre os outros. Dessa maneira, será possível trazer mais qualidade para
desempenhar suas tarefas e alcançar seus objetivos.

Para ser capaz de fazer essas observações sensoriais precisas, é necessário


trabalhar e treinar muito a sua acuidade sensorial (ver, ouvir, sentir, cheirar
e provar). A acuidade sensorial é um dos pilares da PNL que ajudam a evitar
que você caia em leituras mentais distorcidas e, portanto, o ajudam a se
manter no caminho certo para realizar os seus sonhos. O desenvolvimento e
a calibração de sua percepção sensorial são partes de uma habilidade
fundamental dentro desse contexto.

A acuidade sensorial é uma calibração que nos possibilita perceber detalhes


que a maioria das pessoas não se dá conta. Por exemplo, um enólogo
consegue perceber em um vinho notas, aromas e sabores que a maioria das
pessoas não notam. Isso, porque ele treinou sua acuidade gustativa e olfativa
e se tornou um perito em conhecer e perceber vinhos.

Já o músico tem uma acuidade auditiva muito grande, a ponto de conseguir


perceber quando o baixista ou o guitarrista dá uma nota fora. Ele consegue
perceber se alguém está a nado, desa nado, se está no tom ou fora do tom.
E isso só é possível porque ele calibrou sua acuidade sensorial auditiva.

Existem também pessoas que têm uma acuidade visual desenvolvida e


conseguem perceber detalhes à distância, ou em coisas muito pequenas.
Detalhes que passam despercebidos pela maioria das pessoas.

A acuidade sensorial se divide em dois grandes grupos. Um deles é a


acuidade macro, na qual ampli camos nossas percepções, e o outro é a
acuidade micro, na qual especi camos nossas percepções. Tanto a
habilidade de ampli car quanto a de especi car fazem parte de um treino e
ambas determinam a forma como percebemos aquilo que está ao nosso
redor, a forma como nos conectamos, como lidamos com os detalhes e a
forma como vemos o mundo — se de uma forma holística, sistêmica, ou de
uma forma geral.

Acuidade macro

Acuidade macro é quando ampli camos a nossa visão, a nossa audição e as


nossas sensações, a partir de um ponto externo a nós mesmos. Costumo
dizer que é como aquele ditado: “Quem vê de fora, vê melhor”.

Quem vê de fora, vê melhor.

Muitas vezes, nas minhas sessões de hipnoterapia, procuro dissociar o


paciente do problema, para que ele se veja como um observador. É como se
ele saísse do próprio corpo e visse a si mesmo lá dentro da confusão. E ao
ver seu problema de fora, ele pode perceber coisas que não estava
enxergando. É bastante comum, nesses casos, que a pessoa tome consciência
do que está fazendo de errado: “Caramba, estou fazendo uma burrada ali,
olha isso!”; essa é uma expressão bastante comum que as pessoas dizem,
pelo simples fato de estarem dissociadas de seu problema.

A acuidade macro é como você entrar em um helicóptero e sobrevoar a


cidade. Você vai ver detalhes que não conhecia ou nunca notou, porque
estava dentro da cidade e, portanto, conhecia apenas as ruas, os carros e as
paisagens locais; somente isso era possível conhecer, por meio daquela visão.
Mas quando você sai da cidade e tem uma visão ampli cada, começa a
perceber as cores dos telhados, vê que ali existem alguns sítios, algumas
chácaras ao redor da cidade e percebe que nunca tinha notado aquele rio
que sempre esteve ali. Isso é ver com uma acuidade macro, quando o nosso
raio de percepção é ampli cado.

Acuidade micro

A acuidade micro é quando vamos para o detalhe, para o especí co. Como o
enólogo que não está só tomando o vinho, degustando a bebida, mas sim o
está sentindo nas papilas gustativas, na forma como retém o vinho em sua
boca, na maneira como balança levemente a taça, cheirando a bebida para
perceber seu aroma, para falar com precisão sobre o tipo de uva usada e qual
é a região a qual ela pertence. Ele conhece exatamente a nota que tem aquele
vinho, o aroma, o sabor, a essência e a história daquela bebida.

Quem procura acha.

A acuidade micro é como olhar um prato de comida e ver um ozinho de


cabelo, que o chefe de cozinha não reparou. É ver nos detalhes, ver as
pequenas coisas. Quando estamos usando a acuidade micro, encontramos
coisas que a maioria das pessoas não veem. É como naquele ditado: “quem
procura acha”. É como se colocássemos toda a nossa percepção
especi camente naquilo.

Como tudo isso se relaciona

Você deve estar se perguntando em que isso pode ser útil para a sua vida,
não é verdade? Vamos analisar algumas situações para que que claro como
usar todo esse conhecimento a seu favor.

Por exemplo, algumas pessoas têm di culdade de descansar. Elas trabalham


tanto que quando vão para um resort não conseguem curtir o lugar,
simplesmente porque ainda estão extremamente conectadas com o seu
trabalho. Isso quer dizer que a mente delas está em uma acuidade sensorial
imaginária, ainda dentro do trabalho. Mas, elas poderiam estar mais
presentes ali no resort, sentindo a temperatura local, sentindo o peso do
corpo relaxado, percebendo detalhes da natureza, ouvindo o som dos
pássaros, en m, sentindo o seu corpo todo relaxar. O resort poderia assim
lhes trazer uma percepção de plenitude, como se fosse uma meditação de
atenção plena, em que o foco estaria no “aqui e agora”. Poderia estar
ocorrendo uma calibração microssensorial daquele momento, daquele
ambiente, de forma que essas pessoas seriam capazes de curtir muito mais
tudo aquilo. Mas elas não conseguem usufruir daqueles momentos,
simplesmente porque estão dissociadas.

Por outro lado, existem momentos em que é importante a pessoa se


dissociar. Por exemplo, quando recebe uma notícia ruim, que lhe faz mal, é
muito melhor a pessoa se dissociar, isto é, se afastar para olhar tudo de fora e
se proteger, em vez de permanecer associado ao sofrimento.

Então, microacuidade e macroacuidade têm muito a ver também com estar


associado e estar dissociado — vamos conversar com mais detalhes sobre
“associar-se à cena” em um dos próximos capítulos. Não existe uma
condição que possamos chamar de pior, nem de melhor; o que existem são
momentos em que nos convém nos associarmos e outros em que devemos
nos dissociar.

Quando você tem um objetivo, deve associar-se a ele.

Quando tenho um objetivo em vista, eu devo me associar a ele. A nal, se eu


pensar no meu objetivo como algo muito distante, o que o meu inconsciente
vai fazer por mim nesse caso? Que importância ele vai dar para algo que está
longe, apagado e fraco? Nesse caso, quando quero conquistar um objetivo, é
importante que eu entre nessa imagem, que eu queira vivê-la, que me sinta
associado a ela.

Por outro lado, no caso de uma imagem do passado que me incomoda, será
que vou querer estar dentro dela? Não, eu vou querer sair, vou querer vê-la
de fora, vou querer me afastar.

Da mesma forma, em um relacionamento talvez eu precise me dissociar dele


para ver o que estou fazendo de certo e o que estou fazendo de errado. Isso
porque, dentro daquele padrão em que vivo, talvez eu não consiga ver o que
é importante e o que está acontecendo. Muitas vezes, olhando de fora é que
podemos ver melhor.

Outro exemplo: se você vai dar uma consultoria para uma empresa, para
ajudá-la a alavancar seu negócio, somente ter a informação de que ela tem
uma di culdade no setor operacional, por exemplo, é uma acuidade vaga.
Para cumprir sua função é preciso entrar na empresa, é preciso conversar
com o pessoal da produção, conversar com o diretor, analisar as contas da
empresa, estudar o faturamento, veri car os cursos de aprimoramento
existentes, veri car os investimentos, ver se a equipe está em sinergia e
muitas outras coisas mais. Ou seja, é preciso que você tenha uma acuidade
microssensorial para que possa ver detalhes relevantes dentro da empresa,
que provavelmente ninguém mais está vendo.

Talvez você já tenha ouvido a história de uma empresa de creme dental que,
para aumentar as vendas, aumentou o diâmetro do furo de saída do tubo de
creme dental, levando as pessoas a gastarem mais produto e terem que
comprar mais para reposição. Certa ou errada, essa foi a solução que a
empresa arrumou naquele momento para vender mais. Só que para chegar a
uma solução como essa, as pessoas precisaram ter uma acuidade micro, isto
é, precisaram conhecer a fundo o produto, suas especi cações e os hábitos
dos consumidores.

Certa vez, comprei um doce caramelizado de uma vendedora de rua. Era


uma delícia, mas o plástico da embalagem estava grudado no produto de
uma forma que fez com que eu tivesse um trabalho enorme para saboreá-lo
e ao mesmo tempo separar o plástico, para não o engolir junto. Ou seja, a
vendedora não tinha uma microacuidade do produto dela. Talvez ela nem
soubesse que isso acontecia, porque ninguém tinha ainda reclamado sobre
isso e ela continua vendendo o doce sem saber.

Acuidade sensorial é a habilidade de calibração das sensações visuais, auditivas e


cinestésicas.

Resumindo as ideias que discutimos até aqui, a acuidade sensorial é uma


habilidade de calibração das sensações visuais, auditivas e cinestésicas. E
podemos ampli car ou especi car essas habilidades, indo para o
macrouniverso ou indo para o microuniverso. Dessa forma, podemos ter
uma visão mais ampla, geral e de conjunto da situação, ou então podemos
passar a perceber detalhes que a maioria das pessoas não enxergam. Dessa
forma, conseguimos ter algumas vantagens competitivas, seja em negócios,
seja no autoconhecimento, ou na aprendizagem de um novo tema.
Todo ano, eu me dou de presente pelo menos umas duas formações
internacionais — assim garanto um aprendizado constante e uma evolução
que procuro aplicar com meus clientes e ensinar aos meus alunos.
Normalmente, nesses cursos, percebo que acabo aprendendo um pouco
mais rápido do que as pessoas que estão na mesma sala comigo. E qual é o
motivo de eu estar retendo um pouco mais do que os outros colegas? É
porque calibrei a minha acuidade de uma forma tal que percebo detalhes
que a maioria dos alunos não enxergam. A minha forma de reter a
informação, de armazenar na minha mente, de correlacionar com a minha
vida e com os conhecimentos que já possuo, é algo que eu treino muito.
Então, estou mais preparado para aprender o que um palestrante diz, do que
uma pessoa que não tem esse treino. E, isso tudo, graças à acuidade
sensorial.

Como acabar com a procrastinação

Como já sabemos, para colocar-se em um estado de concentração


ampli cado e assim melhorar suas chances de conquistar seus sonhos, você
tem que trabalhar a sua acuidade sensorial. Dessa maneira, será possível
trazer mais qualidade e efetividade para desempenhar suas tarefas e alcançar
seus objetivos.

Porém, um dos grandes inimigos nesse processo é a mania que as pessoas


têm de deixar tudo para depois — inclusive as coisas importantes na vida
delas. Portanto, para ter uma acuidade sensorial ótima, você tem que
eliminar a procrastinação — porque não adianta querer ter foco naquilo que
você busca, se você vive procrastinando.

Um dos grandes inimigos do sucesso é a mania que as pessoas têm de deixar tudo para
depois.
O problema da procrastinação é que ela simplesmente afeta a sua capacidade
de ação, impedindo você de realizar em tempo hábil aquilo que é
importante. E isso pode causar desde uma tremenda frustração até uma
sensação de inutilidade muito grande, que como consequência pode
aumentar a ansiedade, trazer crises de pânico e até desencadear uma
depressão inesperada.

Para ajudá-lo a evitar todos esses problemas, separei aqui para você quatro
dicas para acabar com a procrastinação.

Tenha uma agenda


Essa é a primeira dica fundamental para você deixar de procrastinar. É
preciso que você tenha metas, datas, prazos e planos bem traçados para cada
um de seus objetivos. Não basta somente querer fazer alguma coisa, se você
não tem uma meta, se o que você quer não tem uma data para acontecer, se
aquilo não tem um prazo — senão, você cará apenas no mundo das ideias.

Não basta querer fazer alguma coisa e car apenas no mundo das ideias.

Portanto, compre uma agenda e passe a usá-la diariamente. Isso pode


parecer algo tolo, óbvio, mas de fato ter uma agenda é algo muito
importante. Tenha uma agenda e leve-a para onde você for. Coloque nela as
suas metas, os seus objetivos, coloque a quantidade de tempo, de horas que
você vai se dedicar para cumprir cada objetivo.

Lembre-se que quando você não sabe especi camente para onde vai,
qualquer lugar serve. E isso nem sempre — ou melhor, quase nunca — o
leva a realizar os seus sonhos.

Reduza as noti cações


A segunda dica importante é simplesmente reduzir as noti cações, ou seja,
as interferências naquilo que você está fazendo. Eu falo especi camente de
noti cações, porque hoje somos bombardeados com noti cações do
Instagram, do Facebook, do WhatsApp e um monte de outras fontes de
interferências. Pense: quantas vezes você se pegou tentando focar em alguma
coisa como, por exemplo, ler um livro, quando o seu celular vibrou? E ao
pegar o aparelho para ver do que se tratava, descobriu que não era algo
importante, mas sim apenas um bom dia do grupo da família, que poderia
muito bem ser respondido em outro momento. Ou então, era simplesmente
alguém perguntando algo que não era um bom momento de você responder.

É inegável que as redes sociais têm um papel muito importante em nossas


vidas, principalmente se trabalhamos vendendo nossos produtos através
dela. Mas, faça uma conta: quantas horas do seu dia você tem gasto com o
WhatsApp, Instagram ou Facebook? Se você zer essa conta, garanto que vai
car muito assustado.

Toda vez que damos atenção a uma noti cação, perdemos o foco.

Ou seja, toda vez que nos dispersamos por causa de uma noti cação,
perdemos o foco. E ao tentarmos retomar o foco, o que acontece é que não
conseguimos mais ter a mesma qualidade de concentração, pois não
conseguimos voltar a entrar naquilo que chamamos de “estado de ow” —
um estado em que estamos completamente focados, absorvidos por uma
ideia, por um propósito e que, muitas vezes, gera até uma distorção da nossa
noção de tempo; uma condição maravilhosa, em que as coisas realmente
uem e funcionam.

Filtre as informações
A terceira dica para você deixar de procrastinar é simplesmente criar um
ltro, para reter apenas o que interessa para você no meio dessa overdose de
informações existentes no mundo de hoje.

Percebo as pessoas querendo resolver muitas coisas ao mesmo tempo,


tentando aprender de tudo, fazer vários cursos, ler vários livros e, no nal,
acabam não sendo bons efetivamente em nada. É como se abrissem várias
pastas, várias janelas em seu computador e tivessem que olhar para todas
com a mesma atenção. Ou seja, isso requer um nível de atenção muito maior
e gera pouco resultado.

Cuidado com a overdose de informações.

Você precisa reduzir essa overdose de informações. Então, analise e veja o


que é possível ser ltrado, o que é possível ser deixado de lado, o que é
realmente imprescindível que você faça. Você não precisa ler 50 livros de
uma vez. Leia apenas um de cada vez, mas aproveite o aprendizado de
maneira mais profunda.

Tenha um aplicativo
A quarta dica é a recomendação para que você use um aplicativo para ajudá-
lo a usar melhor o seu tempo e manter a concentração naquilo que faz. Você
vai encontrar diversos desses aplicativos para baixar gratuitamente. É
possível encontrá-los com os nomes de “Meu Pomodoro”, ou então
“Focused”, ou simplesmente “Be Focused”. Tenho usado esses aplicativos e
eles me ajudam muito a usar melhor o meu tempo.

Basicamente, todos eles têm a mesma função. Por exemplo, você pode
programar o aplicativo como um timer, em um ciclo de 25 minutos. Então,
vamos supor que você pegou um livro para ler e ativou o aplicativo. E
determinou que durante esses 25 minutos só vai se dedicar a essa leitura —
vai esquecer as noti cações, vai avisar as pessoas na sua casa para não
incomodarem, vai desligar qualquer interferência que possa haver ao seu
redor. E só vai parar de ler depois que o aplicativo sinalizar que completou o
ciclo de tempo.

Faça pausas regulares. Nossa mente não consegue car focada 100% em alguma coisa
por um longo período de tempo.

Um recurso interessante desses aplicativos é que, após terminar esse prazo


de atividades que você programou, o aplicativo vai liberar um prazo de 5
minutos, para que você possa ir ao banheiro, tomar um café, resolver
alguma coisa prática simples e então retornar para a leitura. Isso tem um
propósito bem útil: a nossa mente não consegue car focada 100% em
alguma coisa por um longo período de tempo. Ela precisa de lapsos de
descanso. Justamente por isso, o aplicativo vai dar um descanso, para que
você se sinta revigorado e possa retornar à atividade com concentração total.

Ou seja, a cada 25 minutos você ganha uma pausa de 5 minutos, até cumprir
uma meta que você determinou, como, por exemplo, quatro ciclos de 25
minutos, ou um total de 100 minutos de leitura.

Imagine só se você determinasse 100 minutos do seu dia em prol de um


objetivo? Já é alguma coisa, não é mesmo? Aliás, já é muita coisa, porque
quando você somar 100 minutos na segunda, 100 minutos na terça, 100
minutos na quarta, e assim por diante, eu garanto que o seu resultado vai ser
incrível. Sem contar que, depois de concluída cada atividade, você vai ter o
seu merecido tempo de descanso.

Enfim...
Isso tudo deve funcionar muito bem para ajudar você a aproveitar melhor o
seu tempo e não car mais adiando o que tem que ser feito. Mas, caso o seu
grau de procrastinação seja muito mais avançado e você tenha a necessidade
de aprender ou realmente entender novas formas de agir, de ter o foco
necessário, a energia necessária para fazer o que é preciso para alcançar os
seus objetivos, eu recomendo que você procure um hipnoterapeuta, de
preferência com experiência em Coaching e PNL, porque ele poderá ajudar
você com técnicas que o levarão a realizar os seus objetivos.

Um hipnoterapeuta irá trabalhar seu hábito de procrastinação em um nível


subconsciente, por meio da hipnose, de uma forma muito mais profunda,
utilizando diversas técnicas de PNL, como âncoras, ressigni cações,
visualizações, mudança de crenças e paradigmas, mudança de valores, de
comportamentos, ou seja, técnicas muito mais completas que farão com que
você realmente tenha uma melhora rápida na sua vida prática.
DECLARAÇÃO VERBAL
AFIRMATIVA

Embora este capítulo tenha o nome de Declaração Verbal A rmativa, não


vamos falar exclusivamente de nos expressarmos com palavras ditas,
exteriorizadas em voz alta. Aliás, muitas vezes as pessoas me perguntam
mesmo se para fazer uma declaração a rmativa é preciso que seja verbal, ou
se basta ser em pensamento. Sempre digo que dizer em voz alta potencializa
o efeito positivo da sua a rmação, mas que você pode fazer as a rmações
também somente em pensamento.

Expressar palavras em voz alta aumenta muito o seu poder interior.

É claro que expressar palavras em voz alta aumenta muito o seu poder, mas
neste processo de a rmação podemos também usar outros modos de
expressão, deixando as palavras como parte — uma parte importante, é claro
— da forma como você faz a sua declaração a rmativa.

Por exemplo, se em um determinado contexto, dependendo do lugar em que


você se encontra ou de quem está ao seu lado, você não queira ou não se
sinta à vontade para fazer declarações verbais a rmativas, tudo bem fazê-las
em pensamento — é muito melhor do que deixar de fazê-las.

Entretanto, tenho que alertá-lo de que fazer declarações somente em


pensamento as deixa sujeitas a distorções. Sim, porque pensamos em muitas
coisas, em um ciclo de poucos segundos; são muitos os pensamentos que
passam pela nossa mente em um curto período de tempo. Então, isso pode
gerar interferências na sua mentalização e atrapalhar a sua declaração.
Perceba como pode ser complicado: enquanto você tenta pensar em alguma
coisa para dar forma na sua mente, é normal já vir outro pensamento no
lugar, pedindo a sua atenção e desviando do seu objetivo e logo depois vem
outro e mais outro, e esses pensamentos cam disputando a sua atenção.

A emoção é um fator fundamental quando você faz uma declaração a rmativa.

Outro ponto delicado é que fazer declarações somente em pensamento pode


não lhe proporcionar o clima ideal para que você se emocione com o que
está declarando. E a emoção é um fator fundamental quando você faz uma
declaração a rmativa.

Se você conseguir a rmar em pensamento e se emocionar com a sua


a rmação mental, perfeito. Mas, novamente, nesses casos você estará sempre
muito sujeito a interferências, internas e externas e cará mais difícil criar
um clima de emoção em suas declarações.

Por isso, é recomendável que você, sempre que puder, verbalize as suas
declarações, lembrando sempre que o que de fato reprograma sua mente e
realmente instala uma nova crença é a emoção criada quando você faz a sua
declaração. Desse modo, as palavras verbalizadas com emoção ajudam a dar
forma, a dar objetividade ao que você quer, potencializando ainda mais os
efeitos resultantes.

Em resumo, fazer sua declaração apenas em pensamento e ainda procurar se


emocionar sem usar palavras verbalizadas, é algo para pessoas experientes
no assunto de criação da realidade. Por isso, recomendo sempre que você se
dedique mais a fazer em voz alta, pelo menos no começo, até se habituar e
adquirir experiência para fazer de outras formas.

Lembre-se sempre: coloque emoção nas suas palavras


Somos seres linguísticos, temos a habilidade da linguagem dentro de nós.
Por isso, usar palavras para dar forma ao que queremos vai facilitar muito
para entrarmos em contato com nossos sentimentos. Então, insisto, porque é
muito importante: quando declarar verbalmente, procure sentir
profundamente aquilo que você está falando. Esse é o grande segredo de
uma declaração verbal poderosa.

Procure sentir profundamente aquilo que declara verbalmente.

Por exemplo, se você disser “eu estou muito motivado”, mas zer isso com
uma postura derrotista, sentindo-se para baixo, você não vai sentir
motivação. A motivação só virá quando você falar com ânimo. Encha o
peito de ar, respire fundo, erga a cabeça, olhe para dentro de si mesmo com
determinação e diga, cheio de animação, “eu estou muito motivado”. A
diferença que você vai notar é surpreendente. É preciso sentir emoção,
quando você busca a motivação.

Tudo aquilo que você verbalizar, você precisa sentir. Crie sintonia entre suas
palavras e seus sentimentos. Se você quer relaxar, fale com uma voz
relaxante, rítmica, suave, monótona e alongada: “Eu me permito relaxar
mais e mais”. Se quer sentir con ança, busque o estado de con ança que está
dentro de si e diga com energia: “Eu tenho muita con ança agora”. Sempre
procure sentir o que você está dizendo.

Ajuste a sua postura

Outro elemento que ajuda muito a impulsionar as declarações a rmativas é


o uso correto da sua postura e o envolvimento de toda a sua siologia nesse
processo. Como mente e corpo formam um só sistema, é muito importante
que você sinta também com o seu corpo aquilo que está falando.
Em outras palavras, aqui vale gesticular, agitar os braços, as mãos, os
ombros, fazer expressões faciais, movimentar-se, sorrir, empostar-se, en m,
elevar o potencial da sua declaração criando um estado emocional, usando
também o corpo.

Por exemplo, quando você declarar algo como “eu tenho total con ança em
mim”, não se limite a dizer essa frase somente com palavras, fale também
com seu corpo, com o seu estado emocional, como se todas as células do seu
ser dissessem aquilo. Você vai reparar que, quando entrar nessa sintonia
entre suas palavras e a sua postura, naturalmente o seu corpo fará os gestos
congruentes com cada frase que você proferir.

Fale também usando o seu corpo, como se todas as células do seu ser dissessem aquilo
que você declara.

Para reforçar estes conceitos que vimos até aqui, vamos resumir as principais
ideias. Quando você zer a sua declaração verbal a rmativa, lembre-se:

Fale em voz alta. A sua fala verbalizada tem mais força.

Todo o seu sistema, toda a sua siologia deve ser congruente com
aquilo que está sendo a rmado. Use o seu corpo para reforçar
aquilo que você declara.

A rme sempre buscando a emoção correta e profunda,


correspondente àquilo que você a rma.

Use a fraseologia correta

Ao fazer uma declaração verbal a rmativa, devemos levar em conta também


a fraseologia que usamos. Esse é um ponto tão importante que dediquei um
bom espaço neste livro, no próximo capítulo, para falar somente sobre isso.
Por enquanto, que com esta ideia em sua mente: devemos ter muito
cuidado com o que dizemos e, principalmente, com o como dizemos.

Devemos ter muito cuidado com o como dizemos aquilo que estamos declarando.

Muito bem. Agora vou deixar aqui um exercício para você poder praticar
um pouco do que vem aprendendo. Experimente fazer uma declaração
verbal a rmativa, seguindo as seguintes instruções:

1 - De na um objetivo que você quer alcançar


Esse objetivo deve ser expresso em termos positivos — nunca com
conotação negativa, como, por exemplo, “eu não quero dormir mal”; “eu não
quero mais ser pobre”.

A regra para a boa formulação de objetivos diz que eles devem ser expressos
em termos positivos, como, por exemplo, “a cada noite eu durmo melhor do
que a noite anterior”; “a cada dia estou mais rico e próspero”.

2 - Vá para um lugar agradável


Sugiro que você vá para um local agradável, onde se sinta à vontade e não
seja incomodado por outras pessoas. Pode ser uma sala, um quarto, um
banheiro, uma praça, não importa. O que interessa é que seja um lugar onde
você vai se sentir à vontade e não vai car preocupado se as pessoas o estão
olhando ou o criticando.

3 - Use seu corpo


Relaxe, solte o seu corpo e se prepare para usá-lo na sua declaração. Fique de
pé e, à medida que verbalizar sua declaração, sinta que está falando também
com o seu corpo. Deixe que ele se comporte conforme o que você diz. Deixe
que seus braços, suas mãos, seus ombros e tudo mais siga um uxo natural a
partir do que você fala. Declare com todo o seu corpo, com toda a sua
siologia.

4 - Traga para o tempo presente


Fique atento ao que você diz. Diga o que você quer (e não o que não quer).
Traga a sua a rmação para o tempo presente. Declare como se já fosse real,
como se já estivesse acontecendo, como se já estivesse realizado e atendido o
seu pedido.

5 - Use palavras estratégicas


Lembre-se de usar e abusar das palavras que citamos, tais como “eu
agradeço, eu sou, eu mereço, eu tenho, eu me permito, eu percebo, eu sinto,
eu crio”. Você também pode criar outras palavras, desde que elas reforcem a
sua a rmação (e que não trabalhem contra ela).

Esteja atento para que suas palavras tenham uma tonalidade de voz ideal e
sejam compatíveis e congruentes com aquilo que você quer.

Tome muito cuidado com a fraseologia que você usa. Caso tenha dúvidas
sobre isso, leia o próximo capítulo e depois refaça este exercício.

6 - Sinta o que você a rma


Lembre-se de sentir tudo o que você a rma. Quando perceber que está
sentindo, multiplique a sua percepção, para que sinta ainda mais profunda e
intensamente. Quanto maior for a intensidade da emoção gerada por suas
palavras, mais essas sugestões impregnarão o seu sistema e todo o seu
subconsciente.
7 - Agradeça sempre
Sempre acrescente palavras de gratidão durante as suas declarações.
Agradecer reforça a certeza de que você já conquistou o que deseja.

Para simpli car o uso deste passo a passo na prática e no seu dia a dia, tenha
sempre à mão este quadro:

Passo a passo para a prática da DECLARAÇÃO VERBAL AFIRMATIVA

1 - De na um objetivo que você quer alcançar.

2 - Vá para um lugar agradável.

3 - Use seu corpo para reforçar a sua declaração.

4 - Traga sua declaração para o tempo presente.

5 - Use palavras estratégicas, que reforcem o que você deseja realizar.

6 - Sinta profundamente a emoção do que você declara.

7 - Agradeça sempre, com a certeza de que você já conquistou o que deseja.

Depois de ter feito este exercício e treinado bastante, de na outro objetivo e


pratique novamente, seguindo este esquema. Quanto mais você praticar,
melhores vão car suas declarações verbais a rmativas e mais
surpreendentes serão os resultados que você vai conquistar.
COMO USAR A FRASEOLOGIA
CORRETA

Como já mencionei, ao fazer uma declaração verbal a rmativa, devemos


levar em alta conta a fraseologia que usamos. Ou seja, devemos ter muito
cuidado com o que dizemos e, principalmente, com o como dizemos. Esse é
um ponto muito importante e, por isso, vamos trabalhar mais nesse
conceito.

Use frases que reforcem o que você quer e tirem força daquilo que você não quer.

É fundamental usar frases que reforcem o que você quer e que também
tirem força daquilo que você não quer. Por isso, existem certas palavras e
certas formas de se dizer as coisas que podem favorecer a realização daquilo
que você declara como seus objetivos. Vou dar alguns exemplos que
explicam melhor essa ideia:

É importante evitar frases que colocam o que você quer no futuro,


como, por exemplo, “eu vou ser feliz”, “isso vai acontecer”, etc. Não
faça isso. Escreva sempre no presente. Lembre-se que a mente é
atemporal. Então, coloque as coisas no aqui e no agora.

Coloque os problemas que você está vivenciando no passado e o


que você quer no presente. Por exemplo, “eu dormia muito mal,
mas a cada dia tenho mais e mais me permitido dormir bem”.

Use e abuse da expressão “eu sou”, porque o “eu sou” associa você
àquilo que você quer. É uma expressão que cria um uníssono entre
você e o seu sonho.
Mais uma vez quero voltar a um ponto crucial em todo esse
processo de realizar um sonho: lembre-se sempre de acrescentar a
gratidão em tudo o que disser, em suas declarações verbais
a rmativas. Como já comentei diversas vezes, o ato de agradecer
reforça suas declarações e lhe traz o sentimento de que já
conseguiu o que deseja. É muito mais e caz quando você usa uma
frase como, por exemplo, “eu sou grato, porque a cada noite durmo
melhor”. Usando essa fraseologia, você vai perceber que isso se
torna uma realidade na sua vida muito mais rapidamente.

Como você pode perceber, existem termos e modos fundamentais na forma


como você faz suas declarações, para que elas trabalhem realmente a seu
favor. Por isso, quero reforçar aqui, até mesmo correndo o risco de ser
repetitivo — mas procurando sempre reforçar a relevância deste tema —,
alguns pontos muito importantes da fraseologia, que você deve considerar
ao fazer suas declarações verbais a rmativas. Acompanhe a seguir.

Coloque o que você quer no presente

Por exemplo, se você quer ter mais abundância nanceira, mesmo que ainda
não veja dinheiro na sua carteira ou no seu banco, a rme: “Eu sou uma
pessoa de natureza próspera, é da minha natureza prosperar”; “O dinheiro
vem facilmente e com abundância para a minha vida”.

Use e abuse destas expressões e outras semelhantes

“Eu mereço” — porque ela desbloqueia a crença do não merecimento.

“Eu tenho” — porque ela traz o sentimento de posse.


“Eu agradeço” — porque ela lhe dá a impressão de que você já recebeu
aquilo que deseja.

“Eu crio” — porque ela desperta o ser criativo em você.

“Está feito” — porque esta expressão signi ca que o fato está consumado,
que já foi realizado.

Acompanhe agora alguns exemplos de uso correto da fraseologia nas suas


declarações verbais a rmativas:

Se você busca a prosperidade

Eu sou a própria prosperidade.

A cada dia, mais e mais, tenho despertado em mim a habilidade de


fazer fortuna.

A riqueza circula livremente em minha vida.

Tudo o que eu empreendo cresce e prospera.

É magní ca a minha habilidade de me conectar às pessoas e de


criar relações fortalecedoras, que me trazem muita prosperidade.

Eu sou extremamente afortunado.

A minha mente é próspera.

O meu ser é próspero.

Eu mereço toda riqueza que vem a mim.

Eu crio mais e mais prosperidade todos os dias da minha vida.

A cada dia, mais e mais, tenho despertado o ser próspero que


existe dentro de mim.
Se você busca melhorar sua autoestima

Eu me permito sentir amor próprio.

A cada dia mais, eu me permito me amar de formas mais e cientes


e diferentes.

Eu mereço ter muito amor próprio. É ele que faz com que a minha
luz brilhe cada vez mais.

É incrível o poder da minha mente, que cria em mim uma


autoestima elevadíssima.

Eu sou extremamente con ante, carismático e simpático.

Eu agradeço, pois vem de mim toda essa luz e essa autocon ança.

Eu sou a própria autoestima elevada.

Todos podem perceber boa energia ao meu redor, pois eu emano


estas frequências em meus gestos, em meus comportamentos e em
minha fala.

Tudo aquilo que faço, faço com extrema convicção e con ança,
pois sei que sou uma pessoa competente.

Eu me basto, eu me amo, eu me aceito, eu mereço o melhor.

Está feito, está feito; muito obrigado.

Crie certezas em suas afirmações

Muitas vezes, no início do treinamento para fazer as declarações verbais


a rmativas, a pessoa pode se sentir “um tanto mentirosa”, isto é, se sentir
como se estivesse tentando enganar a si mesma.
Se você se sente à vontade para dizer “eu sou próspero, eu sou rico”, então
a rme isso categoricamente. Caso contrário, caso você se sinta
desconfortável ao fazer essa a rmação inicialmente, existem algumas
estratégias que ajudam a resolver o problema.

Faça perguntas para a sua mente subconsciente, convidando-a a encontrar um


caminho lógico para chegar aonde você quer.

Caso você se sinta mentiroso ao dizer “eu sou próspero” ou “eu tenho a
autoestima elevada”, use alguns dos recursos ensinados pelo escritor e
palestrante Noah St. John, em seu livro e Book of A ormations.

Por exemplo, faça perguntas para a sua mente subconsciente, como se você a
convidasse a encontrar uma resposta lógica. Algo como “Por que eu sou tão
próspero?”, “Por que eu tenho a autoestima tão elevada?”, etc.

A mente adora respostas óbvias e vai dar um jeito de encontrar uma


justi cativa para o “porquê” de você ser assim. Será uma forma indireta de
sugestionar a sua mente, sem que precise dizer diretamente “eu sou
próspero”.

Outra opção é você colocar a a rmação como um presente contínuo,


dizendo algo como: “eu estou prosperando a cada dia mais”; “eu estou
enriquecendo um dia após o outro”; “eu estou elevando a minha autoestima”.
A rme como se o que você deseja já estivesse em processo, já está
acontecendo, ou começando a acontecer.
VISUALIZAÇÃO CRIATIVA

Visualização é a capacidade de formar na mente imagens visuais de coisas


que não estão à vista. Falar de visualização é falar de uma ponte para o
futuro. Quando visualizamos algo, estamos acionando um processo de
construção mental que irá nos ajudar a realizar algo.

Falar de visualização é falar de uma ponte para o futuro, mas que ocorre neste
momento dentro de sua mente, como se fosse real.

O objetivo de visualizar é inserir em nossa mente subconsciente, com a


maior quantidade de detalhes possível, o nosso sonho sendo realizado.

Uma ponte para o futuro

Muitas pessoas querem atingir um objetivo e pensam muito sobre isso. Mas
quando pergunto a elas se, quando pensam nesse objetivo, a imagem de
realização que elas veem em suas mentes está clara, elas dizem: “Nossa,
parece longe, apagada, distante”.

Pergunto: como é que o seu subconsciente vai fazer algo por você, se o que
você deseja está longe, apagado e distante? É preciso fazer uma boa
visualização daquilo que você deseja, para que possa conquistar o seu
objetivo. Simplesmente porque para a nossa mente, aquilo que a gente vê no
mundo real e aquilo que a gente imagina é a mesma coisa – nosso
subconsciente interpreta ambas as situações como uma realidade já
presente.

Talvez, agora você queira me perguntar: “Então quer dizer que só basta eu
sentar e visualizar o que quero e tudo acontece?” Espere um pouco, não é
bem assim. Primeiro você visualiza, acredita, sente, mas depois você precisa
agir. Tem que entrar nessa equação o poder da ação – não dá para car só na
ideia da pedra losofal, achando que tudo vai se transformar em ouro em
um único toque. Não adianta car esperando as coisas acontecerem, como
se isso fosse um milagre – é preciso agir na direção da realização do que
você deseja.

Primeiro, visualize, acredite, sinta... Mas depois você precisa agir.

A grande diferença é que quando você visualiza, acredita e sente o seu


objetivo sendo realizado, o seu subconsciente também acredita que esse
objetivo é real e estimula você a começar a fazer de tudo para aquilo dar
certo.

Nosso subconsciente é poderoso e é capaz de organizar tudo o que é preciso


para que tenhamos as condições necessárias para realizar nossos sonhos,
para alcançar nossos objetivos. É na nossa mente que tudo o que realizamos
começa a acontecer.

Eu desa o você a apontar uma única coisa na face da terra, que tenha sido
criada pelo homem, que não tenha saído da imaginação do próprio homem.
Não existe tal coisa. Pense um pouco: como você constrói um prédio?
Primeiro, você o visualiza, depois planeja e o constrói. Como você ca com
aquele corpo “sarado”? Você visualiza o objetivo que quer realizar, de ter um
corpo bonito e saudável, e depois você se organiza e malha, se alimenta de
modo adequado, até chegar nesse objetivo. Como você cria um
experimento, um invento, um trabalho novo? Você visualiza aquilo que quer
criar e, então, trabalha na direção da realização.

Você nunca vai realizar algo que não tenha imaginado antes.

Em resumo: você precisa visualizar claramente o que deseja, antes de


realizar. E você nunca vai realizar algo que não tenha imaginado antes, que
não tenha visto com detalhes em sua mente subconsciente.

Napoleon Hill5 dizia que “O que a mente do homem pode conceber e


acreditar, pode ser alcançado”. Quando Hill entrevistou as maiores
personalidades do século passado, como Henry Ford, Einstein, omas
Edison e muitos outros, ele chegou à conclusão que todos eles tinham uma
coisa em comum: todos visualizavam mentalmente, com precisão de
detalhes, o que queriam realizar e eram éis a essas representações.

Ford imaginava as carruagens com pneus de borracha e sem necessitar de


cavalos para puxá-las; omas Edison imaginava cidades iluminadas,
mesmo ainda não existindo a lâmpada elétrica. Ele tinha tanta clareza no
que queria realizar que tentou mais de 10 mil vezes criar a lâmpada. A cada
tentativa que falhava ele dizia: “Cada vez que falho é mais uma forma que eu
sei de como não fazer”. Até que, nalmente, conseguiu materializar o que já
estava havia muito tempo de nido em sua mente e inventou a lâmpada
elétrica.

O incrível é que tudo sai da mente humana e mais ainda: a cada nova
descoberta que fazemos nossa mente se amplia em conhecimento e
capacidade de realização. Einstein já dizia que “uma mente que se expande
nunca mais volta ao seu tamanho original”.

Isso é expandir a consciência, literalmente. Quando a consciência se


expande, ela não volta mais ao estágio anterior; se potencializa, amplia sua
capacidade, cria novos horizontes.
Por exemplo, no início de minha carreira pro ssional eu trabalhei em
restaurantes, nos mais diversos serviços. Eu adorava o que fazia e realmente
me sentia bastante motivado. Mas os meus sonhos me levaram a buscar ser
o que sou hoje, um pro ssional na área da hipnose. E como minha mente se
expandiu à medida em que cresci pro ssionalmente, posso a rmar com toda
certeza que “o Lucas de hoje já não conseguiria trabalhar em um restaurante
de novo”. Continuo tendo todo o respeito pelos pro ssionais que trabalham
em restaurantes, mas a minha mentalidade se expandiu e hoje ela não cabe
mais naquele tipo de trabalho que eu fazia antes.

Quando sua consciência se expande, ela se potencializa, amplia sua capacidade, cria
novos horizontes.

Voltando à questão da visualização, ela é fundamental para dar forma aos


nossos objetivos e ativar nossos recursos interiores, para tornar realidade
aquilo que desejamos. Mas, é claro, só visualizar não tem a força necessária
para fazer acontecer. Esse é apenas o começo do processo – e tem que ser
muito bem-feito. Primeiro, você visualiza, acredita, sente e depois age.

Se eu só visualizo, mas não sinto, isso de pouco adianta.

Se eu só visualizo e não sinto, isso de pouco vale. A visualização dá apenas o


foco, ela mostra o objetivo subconsciente, mas se eu não sentir aquilo como
real, aquela informação não passa para todo o meu sistema, para todo o meu
corpo. É preciso ativar o poder de realizar, a partir de visualizar e sentir
aquilo como real.

A visualização dá apenas o foco. É preciso visualizar e sentir aquilo como real, para
ativar o poder de realizar.
Outro detalhe importante: quando a gente visualiza e sente, tem que fazer
isso no momento presente. Não adianta pensar, por exemplo, que “um dia
eu serei um grande professor de Hipnose”. Não é assim que funciona. É
preciso assumir que você já é aquela pessoa que deseja se tornar. Na sua
mente já tem que ter a mensagem “eu já sou um grande professor de
Hipnose”.

Lembre-se: “Aja como se fosse e assim será”

É fundamental perceber que você já tem que encontrar dentro de você


aquilo que deseja ser. Você quer ser feliz? Vai encontrar a felicidade nos
outros? Claro que não. A resposta está dentro de você mesmo: quer ser feliz,
seja a felicidade. Quer ser próspero, seja próspero em todas as suas atitudes e
pensamentos. Seja agora mesmo o que você quer se tornar: aja como se fosse
e assim será.

Aja como se fosse e assim será.

Então, o que eu quero dizer com isso? Estou dizendo algo que é unânime em
toda ciência, em toda religião, em toda técnica motivacional, em toda
terapia, algo que é categórico: aquilo que você visualiza, que acredita como
sendo real, o seu subconsciente faz de tudo para se tornar realidade no plano
físico.

É possível que em religiões especí cas, cada uma fale do poder de


visualização com suas próprias palavras e que essas palavras sejam diferentes
de uma religião para outra. Se você for assistir a um palestrante de mecânica
quântica, ele vai falar do poder da visualização de acordo com as teorias
quânticas: elétrons, átomos, nêutrons, eletromagnetismo e assim por diante.
Não importa em que área você busque ou que diferentes linguagens se usem,
sempre vai ser possível encontrar nos mais diversos meios, nas mais diversas
mensagens, uma referência ao poder de visualização e sua in uência na vida
de cada um de nós.

“Se você tiver fé do tamanho de um grão de mostarda...”

Por exemplo, na bíblia, em Mateus 17:20 está escrito: “Eu asseguro que, se
vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este
monte: ´Vá daqui para lá´ e ele irá. Nada será impossível para você”.

Quando uma pessoa fala com frequência sobre algo, de tal maneira que
impressione seu subconsciente, ela, na realidade, está construindo uma
ponte para o futuro. Só que essa ponte pode ser positiva ou negativa, o que
vai, dependendo de cada caso, ajudar ou atrapalhar sua própria vida.

Se alguém fala com frequência que tem medo de voar de avião, ela faz uma
ponte ao futuro, só que essa ponte é negativa – é o avião caindo, ela tendo
um ataque de pânico no avião, etc. Quer dizer, ela pratica a visualização, só
que visualiza de modo errado. Ela poderia, por exemplo, visualizar esse voo
como sendo plenamente perfeito, tranquilo e prazeroso. E isso, mudaria
para melhor tudo na vida dela que tivesse a ver com viajar de avião.

O que você tem visualizado?

Esse é o ponto crucial desta questão. É preciso que você que alerta e preste
muita atenção para descobrir como andam as visualizações que tem feito na
sua vida.

O que você tem visualizado? É positivo ou negativo? Construtivo ou


destrutivo? Na maior parte do seu tempo, visualizar tem sido algo
inconsciente ou você conscientemente tem criado uma visualização?
O que você tem visualizado? É positivo ou negativo? Construtivo ou destrutivo?

Vamos supor que você queira expandir a sua empresa, desenvolver seus
negócios, tornar a sua empresa mais forte no mercado e, com isso, ampliar e
consolidar o seu sucesso como empresário e como pro ssional. Seu
subconsciente sabe disso? Você já contou para o seu subconsciente que é
isso que você quer? Deixou claro para sua mente que esse é o seu objetivo?

Caso seu subconsciente não saiba exatamente qual é o seu objetivo, nada vai
acontecer, nenhuma mudança vai surgir, nenhum crescimento vai surgir
assim, do nada.

Mas, então, você começa a visualizar sua empresa crescendo, prosperando,


tendo mais funcionários, gerando mais empregos, abrindo liais, faturando
muito mais alto, dando lucros extraordinários e se tornando uma referência
de qualidade no mercado. E toda a sua história começa a mudar.

De novo: só de visualizar isso vai acontecer? É claro que não — já estamos


de acordo sobre isso, certo? Mas ao acreditar que isso é real, ao sentir que
isso é real, você começa a ligar a sua máquina, a virar um empresário
extraordinário, começa a se tornar um empreendedor extremamente capaz e
a buscar habilidades que você não tinha até o presente momento, mas que
farão toda a diferença nos seus resultados.

Você começa a fazer novos cursos, ler mais livros, a agir com seus
funcionários de maneira diferente e mais assertiva e motivadora. Começa a
ter ideias criativas e empreendedoras e passa a pensar e a sentir como um
grande empresário pensa e sente. A partir daí, você coloca em ação
procedimentos e atitudes que o levarão de encontro aos seus objetivos e,
então, será somente uma questão de tempo para você se tornar o empresário
que sempre sonhou ser.
Tudo começa com a visualização

Quando estava com meus vinte e poucos anos de idade, eu trabalhava em


um restaurante e em uma drogaria. Eram empresas familiares, sou muito
grato pelos trabalhos que tive, mas não era o que eu queria para o resto da
minha vida. Eu gostava do que fazia, mas não tinha uma paixão por aquilo.

Desde quando ainda era adolescente, eu já conhecia e praticava os benefícios


da auto-hipnose e da visualização. E queria ser um professor de Hipnose e
mais ainda: queria ser o mais conhecido e o que mais dá aulas, o que mais dá
cursos, o que mais forma hipnoterapeutas.

Por isso, comecei a usar o poder da visualização em mim mesmo. Todos os


dias, por 10 minutos, eu entrava no relaxamento, fechava os meus olhos e
criava uma tela mental colorida, rica em recursos visuais, auditivos e
cinestésicos.

Comecei a ver imagens minhas dando aulas e a ouvir o som das palmas dos
alunos. Eu criava na minha mente as fotos das turmas com certi cados nas
mãos e sentia a gratidão dos alunos, via o brilho nos olhos deles, por terem
feito uma formação comigo. Comecei a criar tudo isso na minha mente,
como se já fosse real.

Eu continuava trabalhando no restaurante, mas todos os dias me permitia


fazer esse exercício. Eu visualizava que eu já era esse pro ssional de sucesso,
conhecido e trabalhando no Brasil inteiro e em outros países, ensinando o
que eu mais gostava de fazer, que era hipnotizar.

Tudo começa sempre na mente humana.

É importante entender que não é porque eu visualizei que era o professor de


Hipnose mais conhecido do Brasil que isso caiu do céu para mim. Tudo o
que conquistei foi fruto de muito trabalho. O caminho que foi percorrido foi
grande e bastante trabalhoso, mas tudo começou com uma visualização.
Tudo começa sempre na mente humana. Eu ainda estava no restaurante, só
que continuava todos os dias visualizando o que eu queria, sentindo o que
queria fazer da minha vida.

Quando a sua visualização é real o su ciente,


ela o faz tomar as atitudes necessárias para realizar o que você sonha.

Ao começar a fazer esses exercícios, meus comportamentos e atitudes


naquela época mudaram. Como eu já me sentia como um grande professor
de hipnose, algumas coisas começaram a ser incongruentes para mim: eu
não via mais sentido em fazer as coisas que continuava fazendo. Então,
decidi focar ainda mais no que eu queria e comecei a otimizar meu tempo, a
fazer mais treinamentos, a ler mais livros. E passei a investir cada vez mais
em meu desenvolvimento pessoal e pro ssional como hipnoterapeuta e
professor de hipnose.

Aquela visualização que eu fazia era tão real que me fez tomar uma atitude,
me levou a decidir que iria assumir meus treinamentos, construir meus
próprios cursos, e que tomaria a frente dos meus negócios; não iria car
apenas esperando até que alguém viesse me contratar.

Eu assumi que era um professor de hipnose

O que teria acontecido com a minha vida, se eu tivesse cado lá no


restaurante, falando: “Será que eu sou essa pessoa? Será que vou mesmo ser
um professor de hipnose? Será que eu levo jeito para isso?” É claro que o
mais provável é que eu estaria até hoje servindo mesas ou, quem sabe,
somente gerenciando um restaurante.
A partir do momento em que assumi mentalmente que eu era um professor
de sucesso, porque conhecia Hipnose e vinha estudando isso a vida inteira e
passei a visualizar-me nessa nova pro ssão, tudo começou a mudar. A partir
do momento em que me assumi como um pro ssional de hipnose, a partir
do momento que coloquei datas para fazer acontecer as coisas que eu queria,
meu subconsciente começou a trabalhar para isso se tornar realidade.

Eu acreditei em um sonho, acreditei que fosse possível viver esse sonho e


prosperar dentro dele. E tudo aconteceu. É claro, como eu disse antes, que
nada disso caiu do céu para mim. Mas eu visualizei o que queria e isso
mexeu com as minhas atitudes e comportamentos, de modo que eu pudesse
realizar tudo o que sonhei.

Criar essas visualizações, naquela época, foi algo tão poderoso na minha
vida que eu tive a audácia de pegar o mapa do Brasil e falar algo assim: “dias
27 e 28 eu vou dar um curso em Salvador; dias 1 e 2, em Curitiba; dias 7 e 9,
em São José dos Campos, e assim por diante: São Luís, Belém, Belo
Horizonte... Comprei passagens de avião para o ano inteiro, reservei hotéis,
reservei salas de aula... e eu não tinha ainda sequer um aluno con rmado.
Tudo porque, no meu subconsciente, eu já acreditava que era um professor
de hipnose de sucesso.

A partir do momento que os treinamentos tinham datas para acontecer, eu


comecei a “mexer o doce”: passei a procurar pro ssionais de marketing,
conversei com o pessoal das rádios, fui para o facebook e criei postagens,
criei um canal do Youtube, e assim por diante.

Comecei a fazer as coisas que eram necessárias, me empenhei, me envolvi a


fundo e fui em frente. E nunca tive uma turma com poucos alunos. Todas as
turmas sempre foram grandes, nunca tive uma turma com prejuízo
nanceiro.
Como fazer uma visualização perfeita

Muitas pessoas se queixam de ter di culdades para visualizar alguma coisa.


A verdade é que todos sabemos como visualizar — exceto, é claro, quem
sofre de Afantasia6, que é um uma incapacidade real de formar imagens.

Existem técnicas para nos ajudar a formar uma visão criativa do nosso objetivo. Tudo é
uma questão de usá-las da maneira certa e treinar muito.

Visualizar é algo que faz parte da nossa natureza, mesmo que não nos demos
conta disso. Mesmo aquelas pessoas que relatam ter di culdades para
visualizar, que dizem não conseguirem formar imagens, na verdade podem
se tornar excelentes visualizadoras. Existem técnicas para nos ajudar a
formar uma visão criativa do nosso objetivo, visualizando-o usando todos os
nossos sentidos. Tudo é uma questão de usar a técnica certa e treinar.

Lembrando aqui que visualizar é diferente de imaginar. Visualizar é


estimular o sentido visual interno a criar imagens; já imaginação signi ca
imagem + ação. Ou seja, as imagens passam a virar uma espécie de lme da
sua cabeça, com movimento, som, cheiro, sessões, etc.

Vamos fazer um pequeno exercício: procure ver uma praia, agora, em sua
mente. Você está nela, desfrutando de toda aquela beleza. Talvez você sinta,
de início, uma di culdade em ver a si mesmo nessa praia. Então, siga estas
instruções:

Sinta os seus pés tocando a areia agora; perceba quão fo nha é


essa areia;

Ouça o som das ondas do mar, que estão vindo um pouco ao


longe;
Comece a caminhar em direção ao mar e então passe a pisar na
parte mais úmida da areia, aquela parte onde as ondas acabaram de
passar;

Sinta algumas ondas, pequenininhas, espumadas, começarem a


lamber os seus pés;

Ao mesmo tempo, sinta e perceba os raios solares tocando as suas


costas e dando uma gostosa sensação de calor e bem-estar.

Tenho certeza de que agora a imagem da praia veio à sua mente e que se eu
continuasse falando sobre isso você provavelmente iria ver pessoas andando,
quiosques vendendo água de coco, vozes de crianças brincando.

Ouça, sinta, perceba, observe... Esse tipo de fraseologia ativa a sua percepção
cinestésica.

En m, por que isso acontece? Porque eu ativei em você outros sentidos. Eu


falei aqui: ouça, sinta, perceba, observe... Esse tipo de fraseologia instigou
sua percepção cinestésica7 tátil.

Quando você sente os seus pés tocando a areia, ou o geladinho das ondas do
mar passando nos seus pés, ou a temperatura do sol tocando as suas costas,
já estamos usando elementos de um cinestésico padrão; quando
acrescentamos a isso o fato de você ouvir as ondas do mar, ouvir crianças,
ver quiosques, a imagem começa a se formar em sua mente e a visualização
se completa.

Cada pessoa se comporta de uma maneira especí ca com relação a como ela
percebe o mundo à sua volta, cada uma dispõe de um canal sensitivo
predominante para entender o seu entorno e para se relacionar com as
pessoas. Isso tudo funciona de acordo com a personalidade da pessoa e a
predominância de uns sentidos sobre os outros.
Por isso, existem pessoas que têm o sentido auditivo mais aguçado, outras o
cinestésico, outras o visual. Então, quando juntamos isso tudo, na descrição
de uma cena ou de um fato, a visualização começa automaticamente a
aparecer.

Então, se você tem di culdade de fazer visualizações, um grande segredo é


buscar usar informações sensoriais, cinestésicas, auditivas — pode também
colocar algo relativo às partes gustativa e olfativa; o que se inclui também na
cinestesia. Colocando todos esses elementos na cena que você descreve, é
muito mais fácil de a visualização acontecer. Ou seja, se você tem di culdade
em visualizar, então imagine. Imaginação signi ca imagem em ação;
portanto coloque sensações, sons, etc. na sua mente e a visualização
acontecerá.

Em tudo que você treina muito, você ca bom.

O segundo grande segredo para você ter uma capacidade de visualização


perfeita, uma habilidade de visualizar ótima, é o treino. Em tudo que você
treina muito, você ca bom.

Costumo dizer que quando comecei a estudar hipnose, lá atrás, quando


tinha 15 anos de idade, eu tentava visualizar algumas coisas e a minha
visualização era em preto e branco, era nebulosa, meio apagada.

Porém, passei a treinar muito fazer visualizações. E conforme fui treinando


regular e intensamente, as imagens que eu visualizava passaram a melhorar
muito em termos de qualidade.

Treinar visualização é como treinar para tocar um instrumento musical: no


primeiro dia você faz um acorde, não ca muito bom, mas você insiste e ele
melhora e o som começa a car limpo e claro; então você parte para o
segundo acorde, depois para outros e, dentro de algum tempo, você já estará
tocando uma canção. É preciso ter paciência e persistência, para conseguir
os melhores resultados.

Com o tempo e a prática, com os treinos constantes e regulares, depois de


algum tempo suas visualizações ganharão muita qualidade e se tornarão
perfeitas. Elas se tornarão coloridas, quase uorescentes, ganharão
profundidade e se transformarão em 3D.

A partir daí, você vai conseguir não só visualizar, mas entrar em uma cena
de sua visualização como se ela fosse real. O seu cérebro acredita que aquilo
é real, porque, como já mencionei aqui, o que você vê e o que você imagina,
para o cérebro é a mesma coisa. E essa é a base de tratamento de muitos
problemas clínicos, já que grande parte deles são imaginários e as soluções
também são imaginárias.

Melhorar a qualidade das suas visualizações é muito importante para os


tratamentos de hipnose, para a prática de auto-hipnose, para fazer
ressigni cações, para projetar ideias, encontrar soluções, en m, resolver
questões essenciais para a nossa vida, o nosso sucesso e a nossa felicidade.

É preciso entrar em uma cena de sua visualização como se ela fosse real.

Então, é treinar e trabalhar todos os sentidos, porque assim a sua capacidade


de visualização vai car muito melhor e você vai começar a ter benefícios
maiores na sua vida, mais qualidade no seu dia a dia e maior poder para
atingir os seus objetivos.

5 Napoleon Hill foi um escritor norte-americano influente na área de realização pessoal. Além de pioneiro
no estudo do comportamento humano para o sucesso, ainda é provavelmente o pensador que mais
inspira outros autores nessa área do conhecimento.
6 Afantasia, ou mente cega, é um tipo de dé cit neurológico que faz com que a pessoa não consiga
formar imagens em sua mente, nem mesmo trazer da memória imagens do que conhece ou já viveu.
7 “Cinestésico” é um termo usado para se referir a experiências táteis e a sensações corporais.
ASSOCIAÇÃO À CENA

Você deve ter percebido que para chegar até aqui, neste ponto do livro, eu
mencionei diversas vezes o termo associar-se à cena, associar-se ao seu
sonho, associar-se ao que você está visualizando e assim por diante.

Quando eu falo de associação à cena, quero chamar a sua atenção para o fato
de que, quando estamos associados, estamos conectados, estamos em
uníssono, nos tornamos uma coisa só com aquela cena que visualizamos. E
quando eu digo cena, estou falando sobre algo visual.

Então, quando você cria uma visualização, é muito comum que ela, de
início, apareça dissociada de você; ela apareça como se fosse uma tela, um
holograma, uma TV ou um lme. E, talvez, ela apareça muitas vezes como
se fossem ashes, que podem inclusive sofrer interferências de outros
pensamentos que estão concorrendo com a atenção da sua mente.

A associação à cena reforça as bases do processo de visualização.

Por isso, a associação à cena é muito importante, pois vai dar um alicerce de
concentração muito mais acentuado ao seu processo de visualização. Ao se
associar à cena que visualiza, você vai se projetar mentalmente para dentro
dessa imagem, não importa se ela seja pequena ou grande, se ela seja em
preto e branco ou que, en m, seja apenas em ashes. Associar-se à cena é
um convite para que sua mente ampli que, naturalmente, a tela e a coloque
no tamanho padrão relacionado ao tamanho do seu corpo, o tamanho da
sua realidade.
Então, associar-se à cena fará com que você convide o seu corpo a sentir o
que a visualização emite de informação e de energia. Vou dar um exemplo:

Tempos atrás, eu estava para construir a minha casa própria. Depois de


comprar o terreno, eu contratei um arquiteto. E, obviamente, quando o
arquiteto me apresentou o projeto em 3D, me facilitou muito a criação do
meu lme mental. Por quê? Porque no princípio eu tinha apenas uma
visualização da casa que eu mesmo havia criado. Mas quando o arquiteto me
apresentou aquela visualização, com base no que eu descrevi para ele em
uma reunião, em uma programação 3D, eu pude dar à casa, à imagem da
minha visualização, amplitude, forma, tamanho, dimensão. Eu pude saber
especi camente dos detalhes do que havia planejado e que eu queria
realizar. E isso facilitou muito a criação das minhas visualizações. Aliás, só
por assistir o lme da minha casa em 3D já era uma excelente prática de
visualização, pois quando vemos alguma coisa isso causa em nosso cérebro o
mesmo efeito de quando apenas imaginamos. Ao assistir o lme da minha
casa em 3D, meus olhos captavam a luminosidade que vinha do lme e
geravam imagens no meu lóbulo occipital. Bastava então que eu sentisse as
emoções associadas àquilo e já seria uma visualização mais do que perfeita.

Não sei se você já teve a experiência de assistir um lme em 3D,


apresentando uma casa, mas é uma sensação maravilhosa, de tão realista
que parece. É como se houvesse uma câmera que percorre toda a casa.
Então, você passa pela sala, pela região da piscina, pelos quartos, você vê
detalhes incríveis daquele imóvel.

E é justamente isso que eu quero convidar você a fazer, quando digo para
você se associar à cena. Entre na cena da sua visualização e faça um passeio
de 360 graus por toda ela. Veja os detalhes: o que tem dentro dessa
visualização? Você quer acrescentar alguma coisa? Então acrescente. Você
quer retirar alguma coisa? Retire. Você quer aumentar a luminosidade?
Aumente. Você quer aumentar a sua sensação de felicidade? Aumente,
expanda. Você é livre, é o editor e o produtor desse lme. E isso é o que é o
mais importante.

E claro, que à medida que você for praticando essa associação à cena, você
vai cando mais habilidoso em construir as imagens, sons e sensações. Sim,
sons, coloque sons também se quiser. Coloque mais sensações. Você quer
ver pessoas no local? Coloque-as também. Dê vida a essa cena, sinta-a como
real. Ou seja, a associação à cena fará com que você e a sua visualização se
tornem uma coisa só. Você vai fazer de conta que aquilo que você está
visualizando é o real. Aquilo que você está sentindo é o que existe. O seu
corpo está dentro da cena.

Quando você se associa à cena, possibilita a si mesmo ter sensações mais


aguçadas, inseridas na visualização que você criou. Você vai se dissociar do
aqui e do agora, de onde você estiver praticando a visualização, não importa
que seja na sua casa, em um parque, na sua cama, e vai se associar ao lme
que está construindo, colocando o que nós chamamos na PNL de
submodalidades, que são as variações especí cas do visual, do auditivo e do
cinestésico, que inclui o olfativo e o gustativo.

A associação à cena é um processo muito mais poderoso do que uma simples


visualização.

Dessa forma, você vai trazer muito mais informações para o seu
subconsciente, em comparação com uma simples a rmação ou declaração
daquilo que você quer. E o processo será muito mais poderoso do que uma
visualização simples, que a maioria das pessoas faz, sempre dissociadas.

Associando-se à cena, você vai sentir, ver e ouvir como se tudo fosse real.
Existe um ditado que diz que uma imagem vale mais do que mil palavras.
Então, imagine quantas informações a mais você estará inserindo na sua
mente, para que ela trabalhe a seu favor. Ou seja, é mais do que uma
visualização, é uma imaginação reforçada, é uma imagem mais a ação. E
uma imagem em ação, com todos os recursos visuais, auditivos e
cinestésicos, embalada em um estado de gratidão, é extremamente poderosa.

Agora que cou claro a importância de você se associar à cena, em um


processo de visualização, vamos aproveitar para fazer um exercício prático.

Após de nir aquilo que você quer realizar, e depois de seguir os passos do
Protocolo Naves de Visualização, você já se concentrou, já relaxou, já
declarou, já visualizou de forma dissociada. E agora, reserve 5 minutos do
seu tempo para fazer a sua associação à cena da sua visualização. Vamos lá:

Volte para a visualização do que você deseja e convide a sua mente


para projetar o seu corpo físico dentro da cena que você formou.
Isso é muito importante: projete o seu corpo físico dentro da cena.

Então, coloque detalhes na sua visualização, buscando associar-se


cada vez mais à cena. Veja-se dentro da cena que você construiu e
expanda as sensações, sons e imagens.

Projete o som, crie o som. Ajuste o ambiente, crie as cores do local.


Perceba as sensações e tudo o mais. Viva com intensidade a sua
presença dentro daquela cena que você visualizou.

É altamente recomendável que você pratique esse exercício diariamente. Isso


vai elevar sua habilidade de visualização e de associação à cena, de modo
que vai car cada vez mais natural e mais fácil para você usar esse recurso
quando estiver visualizando algo que deseje.

Lembre-se: é muito importante, quando a gente se associa à cena, colocar


emoção, sentimento, percepção e gratidão.

Ao associar-se à cena, procure sentir o seu corpo dentro dela.


Então, apenas como reforço para essa técnica tão importante, deixo aqui
mais uma dica para você praticar: ao associar-se à cena, procure sentir o seu
corpo dentro dela. Sinta os seus pés, sinta as suas mãos, sinta a temperatura,
sinta a sensação interna, sinta o cheiro do ambiente, sinta o gosto na sua
boca. É importante que você procure sempre se lembrar de preencher os
principais quesitos da modalidade cinestésica, como gosto, cheiro especí co,
peso, temperatura e estado interno. Procure preencher isso dentro da sua
visualização.

Vou deixar aqui mais um exercício para você praticar. Vamos colocar alguns
quesitos abaixo e você deve preencher exatamente como você quer se sentir
em cada um deles. Vamos supor que o seu objetivo seja voltar a frequentar a
academia de musculação. Então, responda a estas questões — de preferência,
responda em voz alta, ou escreva suas respostas:

Qual é a temperatura da academia?

Qual é o gosto na sua boca? — Pode ser o gosto da água que você
acabou de tomar no bebedouro, dentro da academia. Pode ser o
gosto da sua própria saliva, ou o gosto de um shake ou um suco
energético que você está tomando.

Qual é o cheiro que você está sentindo? — Tem um cheiro


ambiente ali na sua academia? Que tipo de cheiro?

Como está o peso do seu corpo ali na academia?

Com que roupa você está e como sente essa roupa no seu corpo?

Quais exercícios especi camente você vai fazer?

Como é a sensação de tocar e manusear os aparelhos?

Se você está fazendo um supino direto, como você pode criar a


sensação de estar empurrando esse supino?
Trabalhe com o cheiro, o toque, o calor, o paladar e perceba qual o seu
estado interno, qual o seu estado de motivação. Sinta como você pode
colocar esse estado de motivação para trabalhar a seu favor.

Para completar esta nossa conversa, uma vez que você já entendeu a
importância de se associar ao seu sonho, de tornar-se parte dele, de
vivenciá-lo mesmo enquanto ainda está em busca dele, e dar ao seu
subconsciente clareza sobre o que você quer, sugiro que agora faça mais um
pequeno exercício. Para facilitar a aplicação deste exercício, você pode
gravar um áudio com o passo a passo a seguir e o deixar tocando, enquanto
você segue as instruções que for ouvindo.

Sente-se confortavelmente em uma cadeira ou em uma poltrona de


seu agrado. Certi que-se de deixar o seu celular em modo avião e
de estar em um ambiente em que você não será interrompido
durante o exercício.

Inicie com uma respiração profunda, olhe xamente para um


ponto alto na parede e vá deixando seus olhos carem bem
cansados; cada vez mais cansados, mais pesados, mais embaçados,
querendo fechar.

Vá soltando seu corpo como se ele fosse um saco de batatas, bem


pesado. E vá contando de 5 até zero, até se relaxar completamente.
Cinco, mais profundo; quatro, mais relaxado; três, ainda mais
profundo; dois, muito profundo; um, feche os olhos e relaxe por
completo.

Imagine que você está sentado em uma poltrona de um cinema.


Sinta como é a textura da poltrona, como é o clima nesse
momento, a temperatura, como você se sente ali nessa sala, nessa
poltrona.
Na tela irá aparecer, em algum momento, o lme da realização do
seu sonho. Conte de 1 a 3... No 3 você verá acontecendo na tela do
cinema tudo o que você deseja, com luzes, cores, emoções,
sentimentos e tudo o mais. Agora: 1, 2, 3...

O lme começa a rodar. Assista. Veja como você está feliz. Veja
como você está realizado. Veja como é a sua vida quando você
realiza tudo isso. Ouça o elogio das pessoas que você mais ama.
Receba o abraço, o carinho, os parabéns de muitas pessoas
reconhecendo o seu trabalho. Veja o quanto você está orgulhoso de
si mesmo, por tudo o que fez para chegar até ali.

Muito bem. Você é um vitorioso, um guerreiro. Você realmente


atingiu seu objetivo. Olha como é maravilhoso isso. Agora, sinta
que o seu corpo está se descolando da poltrona e você começa a
utuar no meio da grande sala. Conte de 1 a 3. Quando você
chegar ao 3, veja a si mesmo sendo sugado para dentro da tela.
Agora: 1, 2, 3... Entre na tela.

Agora sinta com o seu corpo, ouça atentamente e veja tudo isso
acontecer ao seu redor. Perceba como é bom sentir tudo isso, como
é maravilhoso experimentar todo esse sonho como real.

Repita para si mesmo: “Muito obrigado. Muito obrigado, pois sei


que quando agradeço eu tomo posse disso tudo para mim, todo o
meu corpo e minha mente sabem que isso é real agora, em algum
plano da minha mente. E eu estou disposto a materializar tudo isso
na minha vida prática e física. Meu subconsciente agora está
impregnado dessa sugestão e da certeza da realização do meu
sonho.”

Agora conte até 3. No 3, abra os olhos se sentindo muito bem.


Agora: 1, 2, 3... Abra os olhos.
Ao fazer esse exercício, certi que-se de estar sempre imaginando o seu
objetivo e você vai sentir-se completamente associado a ele e muito mais
motivado para realizá-lo.

Pratique esse exercício no seu próprio tempo, mas com a maior frequência
possível, para que você impregne o seu subconsciente com as informações
daquilo que você quer realizar. Dessa maneira, você vai sanar a objeção de
que seu sonho parece longe, distante demais.
SENTIR A EMOÇÃO

O propósito aqui é ensinar e ajudar você a sentir a emoção necessária em


suas declarações, para que possa visualizar e mentalizar mais claramente a
realização dos seus objetivos. Em outras palavras, ajudar você a expandir o
seu lado cinestésico e usá-lo de forma congruente com o que você deseja
alcançar.

Quando sentimos a emoção em uma sugestão que fazemos a nós mesmos, o


resultado é que aquela autossugestão dure mais. Por isso, é importante você
“sentir” aquilo que deseja, como se já estivesse realizado. O sentir fará com
que aquela sugestão que impregnada no seu subconsciente com muito mais
força e vai gerar a motivação que você precisa para agir e alcançar aquilo que
busca.

O segredo é sentir a emoção da realização dos seus objetivos, mesmo


quando eles ainda estão apenas no seu plano mental, o que lhe possibilitará
trazer mais realidade e mais poder para as suas autossugestões. Sinta a
emoção, vibrando usando a rmativas do tipo “Já é real isso tudo que vejo,
ouço e sinto”.

Maior veracidade e intensidade na sua tela mental

Vamos então aprofundar a importância de você “sentir” sua autossugestão,


de se emocionar com as suas declarações.
A emoção ampli ca e potencializa o poder da sugestão. Também os
traumas, enquanto não forem ressigni cados, duram por toda a vida
justamente porque causam um impacto emocional muito grande. Coisas
corriqueiras do seu dia a dia você tende a esquecer, porque não são
relevantes. Mas uma coisa emocionalmente marcante é algo que dura, que
impregna, que programa a sua mente. Por isso, vamos usar esse recurso
natural, que é a nossa habilidade de sentir, para dar maior veracidade e
intensidade na nossa tela mental.

Uma coisa emocionalmente marcante é algo que programa a sua mente.

Inicialmente, quero lembrar aqui que quando falo em cinestésico, estou


falando do sentido tátil (aquilo que posso tocar), do sentido de estado
interno (que pode ser amor, gratidão, saudade, medo, esperança, raiva, etc.),
assim como da temperatura (calor, frio, pressão). E, também, dentro do
cinestésico temos o olfato e o paladar. Tudo isso é cinestésico.

Note que existe também a sinestesia (com “s”), que signi ca outra coisa. Só a
título de curiosidade, sinestesia é quando um sentido se sobrepõe ao outro.
Quando, por exemplo, uma cor tem cheiro, quando um cheiro tem forma,
quando uma forma tem peso. Então, quando os sentidos se misturam, ou
quando, por exemplo, você se lembra de uma memória da infância e logo
vem o cheiro daquele lugar em que você estava, isso é sinestesia.

Mas aqui vamos falar da cinestesia (com “c”), que é justamente o que tem de
mais importante dentro de uma visualização. Aliás, como já comentei antes,
a visualização é só para dar forma ao seu desejo. Ninguém cria a sua
realidade apenas visualizando e sentindo. Portanto, a sensação cinestésica
que criaremos deverá realmente ser muito poderosa. Por isso, vamos dar
aqui algumas dicas para que você consiga fazer o melhor uso possível dela.
Alterando a sua fisiologia

John Grinder disse que “A maneira como pensamos afeta nosso corpo, e
como usamos nosso corpo afeta a maneira como pensamos”. Ou seja, mente
e corpo formam um só sistema.

Portanto, outra dica muito importante é você alterar a sua siologia,


buscando fazer com que todo o seu corpo sinta a sua autossugestão. Então,
quando você estiver fazendo as suas declarações verbais daquilo que você
quer, busque sentir o que o seu corpo fala, de maneira congruente com o
que está declarando. Nesse momento, você pode se arrepiar inteiro, pode
sentir uma energia percorrendo todo o seu corpo, pode alterar a sua
postura, pode fazer gestos, movimentos, tudo intuitivamente.

Não racionalize, apenas sinta. Aquilo que você declara, sinta. Então, se você
declara, por exemplo, “eu sou extremamente disciplinado para atividades
físicas”, procure declarar isso com todo o seu corpo, como se ele falasse isso,
como se os seus gestos apontassem isso, como se a sua microexpressão facial
dissesse isso. Ou seja, já não é mais apenas a sua fala que está dizendo, mas
todo o seu corpo, é todo o seu sistema sentindo a mesma coisa.

Lembre-se que o que cria a realidade é o que sentimos e não especi camente
o que falamos. Mas quando falamos, sentimos e visualizamos, damos forma
e tornamos aquilo real em nosso coração, em nosso estado interno.

A Música como motivação

É também muito interessante e bené co praticar as visualizações ouvindo


alguma música que lhe agrade muito, uma música que o anime. Eu gosto
muito de fazer isso quando estou correndo na esteira, ou fazendo um
elíptico, ou até mesmo em uma caminhada, ou correndo na rua com os
meus fones de ouvido. Coloco aquelas músicas que mais me motivam, que
mais me inspiram. Enquanto estou fazendo mecanicamente os exercícios,
vamos supor, de corrida, dentro de mim estou sentindo a criação daquela
realidade que estou visualizando. E a música, na corrida, é uma forma de
intensi car tudo isso, de eu me sentir livre naquele momento, e então co
extremamente concentrado.

Trazendo o sentido cinestésico para dentro do


visual

Enquanto meu corpo corre e faz atividade física, dentro da minha mente
tem uma tela mental em que visualizo aquilo que desejo. E no meu corpo
físico, eu busco sentir o estado da realização desse objetivo, que não
necessariamente esteja ligado à corrida ou ao emagrecimento. Eu posso estar
correndo, com o meu fone de ouvido e posso estar visualizando um carro
novo que quero comprar. E como é estar dentro desse carro? E como é a
sensação tátil de segurar o volante? Como é o cheiro de novo desse carro?
Como é sentir o ronco do motor? E como é tomar uma água gelada dentro
desse carro? Ou seja, estou buscando trazer o sentido cinestésico para
dentro do visual, enquanto faço uma outra atividade.

Ocupando a mente consciente

Sabe por que isso tudo é importante? Porque o acesso ao subconsciente é


imediato. Quando estamos fazendo uma atividade motora, a parte
responsável pela motricidade é o nosso córtex frontal, que metaforicamente
é a nossa mente consciente. Então, quando estou correndo quer dizer que a
minha vigília, a parte da minha mente que poderia criticar a minha
autossugestão e sabotar tudo, está prioritariamente ocupada em manter o
equilíbrio, a corrida, o tônus muscular, a respiração, o foco. Enquanto isso,
eu visualizo algo muito potente e sinto algo muito poderoso. E isso
praticamente adere à minha mente sem ltros, pois estou dando uma
ocupação para a mente consciente.

Quando damos à nossa mente consciente uma ocupação, deixamos a mente


subconsciente mais aberta a sugestões.

Lembre-se que a sua mente consciente não é só aquela responsável pelo seu
pensamento, pela sua criticidade e planejamento de pensamento. Ela é
também responsável pela sua motricidade. Então, quando corremos damos
uma ocupação para a nossa mente consciente. E ao dar a ela essa ocupação,
deixamos a mente subconsciente mais aberta a sugestões. Uma vez que a
mente consciente está ocupada, ela não consegue car criticando as
visualizações e as sugestões que fazemos, porque precisa pensar na corrida.
É como se distraíssemos a nossa mente consciente, abrindo uma camada
mais profunda para a mente inconsciente.

Dessa forma, fazer uma visualização criativa, buscando o estado de gratidão


e o estado cinestésico em todos esses quesitos que sugeri, e ainda mantendo
a sua mente consciente ocupada, será muito mais e ciente.

Dando um estímulo mais intenso

Fazer uma autodeclaração enquanto você corre vai ser mais desa ador, até
mesmo pela sua própria respiração, que estará mais ofegante. Mas isso não
será problema, desde que você sinta o estímulo com muita intensidade.
Inclusive, naquele momento ápice da corrida, você pode dar um estímulo
ainda mais intenso e, consequentemente, o seu estado interno vai ampli car
também o poder de criação interna dessa realidade.
En m, para completar uma visualização da forma como ela deve realmente
ser feita, é só somar todos esses quesitos cinestésicos com o visual. E
acrescentar, também no visual: cor, brilho, forma, tamanho. Combine todos
esses estímulos visuais aos cinestésicos mencionados e você terá mais
sucesso em realizar tudo o que sonhou.

Então, lembre-se: coloque na sua visualização as especi cações táteis,


gustativas e olfativas também. Coloque a temperatura e principalmente o
estado interno criado. Pratique bastante para isso e certamente você ganhará
ainda mais experiência na sua habilidade de cocriador da sua realidade.
PRATICANDO SUGESTÕES
DIRETAS E AUTOSSUGESTÕES

Neste capítulo, vamos explorar um pouco mais o lado prático das sugestões
diretas e autossugestões. A nal, essa é uma das grandes bases de todo o seu
poder de realização, de criação da sua realidade.

Autossugestões de poder

Autossugestões de Poder é o nome que dou para aquelas a rmações e


decretos que faço para mim mesmo e que mudam a minha vida na direção
que eu quero que ela vá.

Sei que as Autossugestões de Poder funcionam efetivamente porque, além de


todo o estudo e o desenvolvimento que z sobre elas, pratiquei muito — e
ainda as pratico — na minha vida e na vida de muitos clientes que atendo.
Além de, é claro, ensinar todos os alunos de meus cursos a usá-las em suas
vidas e em seu trabalho com seus próprios clientes.

As Autossugestões de Poder têm o objetivo de reprogramar sua mente.

Pratico as autossugestões desde muito cedo na minha vida. Quando eu tinha


15 anos de idade, eu me tratei de uma depressão, com autossugestões;
transformei-me como pessoa e também curei um problema de gagueira que
tive na adolescência.
Essas autossugestões foram o grande diferencial para eu me tornar o
pro ssional que sou hoje, como professor que mais forma hipnoterapeutas
no mundo e também um ser humano que se desenvolve mais a cada dia.

As Autossugestões de Poder têm o objetivo de reprogramar sua mente, de


gerar em você uma neuroquímica cerebral incrível, voltada para o sucesso.
Por isso, elas vão mexer com suas atitudes, com os seus comportamentos,
vão mexer com você e o seu próprio modo de ser.

É muito importante entender como esse processo funciona, para que você
possa tirar o máximo proveito dele. Por exemplo, se você cria autossugestões
de riqueza, para ganhar dinheiro, isso não signi ca que o dinheiro vai
simplesmente cair na sua mão. Signi ca que sua autossugestão vai fazer com
que você pense como alguém rico. E, isso, vai fazer com que você aja como
alguém rico, o que vai fazer você se mexer, vender mais, aprender mais,
prosperar, galgar novos degraus pro ssionais; e a riqueza virá como
consequência disso tudo.

Se você quer saúde, as autossugestões vão fazer com que você melhore a sua
imunidade, o seu estado de espírito, mas vai fazer também com que você
procure um médico, tome o remédio certo, faça atividades físicas.

Ou seja, nada vai cair do céu. As Autossugestões de Poder apenas ajudam a


reprogramar a sua mente, a colocar uma neuroquímica de sucesso na sua
mente e fazer com que ela seja reprogramada para o sucesso, para a
qualidade de vida, para dormir bem e o que for mais que você desejar. Mas é
apenas uma parte do processo de realização daquilo que você deseja — uma
parte muito importante, aliás.

As pessoas normalmente me perguntam como podem fazer para criar suas


Autossugestões de Poder. Por isso, vou passar aqui para você alguns pontos
que são muito importantes de ter em mente, sempre que vai criar as suas
autossugestões. Já falei sobre algumas dessas sugestões várias vezes neste
livro, mas faço questão de repeti-las devido à extrema importância que elas
têm. Vamos lá:

O primeiro ponto que é preciso ter claro: não basta criar as autossugestões;
você tem que usá-las regularmente. Recomendo que as repita todas as
manhãs.

Repita regularmente suas autossugestões de poder.

Outro ponto fundamental é falar sempre no tempo presente: eu sou, eu


mereço, eu agradeço, isso já é meu, a partir de agora, toda vez que, mais e
mais, e assim por diante. Ou seja, suas frases precisam dizer respeito ao
agora. A nal de contas, só existe realmente o agora e nada mais.

Até para eu imaginar o futuro, preciso ver na minha mente o que está
acontecendo agora. E também o meu acervo de memórias está no presente e
não no passado. Para você lembrar do passado tem que acionar sua mente
no presente. Tudo o que você acha que é passado é, na verdade, uma
releitura do passado, é um sinal elétrico que se liga na sua mente no agora.

Fale sempre no tempo presente em suas autossugestões de poder. A nal, o agora é tudo
o que realmente existe.

Só existe o presente. Portanto, crie sugestões que estão no presente. Nada de


dizer coisas como “eu vou ser feliz; eu vou conquistar; no natal, eu vou fazer
aquilo” e assim por diante. Esses tipos de a rmações são usados no mundo
prático, com coisas concretas que você tenha que assumir no seu dia a dia.

Em nível subconsciente, é preciso usar a rmações que o levem para o rumo


e os objetivos que você quer atingir. Portanto, use frases com colocações
como “a partir de agora; toda vez que; sempre; eu sinto; eu percebo; eu
recebo; etc.”.
Mais um ponto que não deve ser esquecido: sempre fale com emoção. Use
uma entonação emocional, com sentimento, pois a nossa memória xa e
aprende com as emoções. De nada adianta você falar algo como “Estou
muito motivado agora”, se o seu tom de voz e a sua postura corporal
estiverem mostrando que você está desanimado. Que motivação é essa que
você está sentindo, se o que você está falando não está mexendo com suas
emoções?

Fale sempre com emoção. Sinta profundamente o que você sugere a si mesmo. O que
reprograma a sua mente de fato é o sentimento.

Outra dica importante: para fazer suas autossugestões, você não precisa
entrar em uma hipnose profunda. Embora as autossugestões possam
funcionar melhor em estado de transe, de relaxamento, elas também
funcionam perfeitamente em vigília. Porque o que reprograma a mente não
é o seu nível de relaxamento – o nível de relaxamento apenas ajuda. O que
reprograma a sua mente de fato é o sentimento, e isso pode acontecer em
vigília ou em transe, tanto faz.

Para reforçar estas ideias sobre as quais estamos conversando, vou dar
alguns exemplos de autossugestão. Preste bastante atenção nos padrões de
linguagem que vou utilizar, pois isso é fundamental para a prática correta
das Autossugestões de Poder – além do que, você vai car mais hábil em
criar suas próprias autossugestões e também a ajudar seus clientes a criarem
as deles.

Autossugestões para insônia, ou seja, para dormir


bem

A cada dia eu tenho dormido melhor; é incrível a minha capacidade de


entrar em sono profundo; todas as noites, antes mesmo de deitar na minha
cama, eu já sinto uma onda de relaxamento tomando todo o meu corpo; eu
sempre durmo muito bem.

Ao acordar pela manhã, já me lembro do quão produtiva foi a minha noite


de sono: eu sonhei, eu relaxei, eu adorei dormir. Sou grato por dormir bem e
por saber que, onde eu quiser dormir, na hora que eu quiser, durmo bem
porque dormir tranquilo faz parte de mim.

Autossugestões para a riqueza

A partir de agora eu sinto o poder gigantesco da minha mente para fazer


dinheiro; eu tenho a capacidade, a cognição e a inteligência criativa de
vender os melhores produtos e serviços; tudo aquilo em que coloco as
minhas mãos se transforma e prospera; é maravilhosa a minha capacidade
de receber dinheiro, porque eu também sei dar, sei doar produtos e serviços
e inteligência, ideias; eu adoro prosperar, amo prosperar, amo a riqueza e o
que eu posso fazer com ela; sou imensamente grato pela abundância
nanceira que é jorrada e transbordada para minha vida todos os dias; eu
sou muito feliz, porque sou extremamente próspero e agradeço por isso.

Autossugestões para confiança

Todos os dias, eu me percebo mais con ante em minhas atitudes. Eu sou


con ante, carismático, me conecto com as pessoas; tudo aquilo que faço, eu
faço com certeza, com autenticidade. A minha capacidade de concentração é
maravilhosa; a cada dia mais estou concentrado nas coisas que realmente
almejo.

Autossugestões para a saúde


Eu aceito a minha saúde plena, aceito que sou uma pessoa saudável; eu
mereço ser saudável, recebo toda a saúde que tenho porque eu sou a saúde;
eu sou a saúde, vibro a saúde, meus sentimentos são saudáveis, os meus
pensamentos são saudáveis, o meu corpo físico é saudável; sinto a saúde em
todos os meus gestos e atitudes; derramo abundância de saúde e por isso eu
sou muito saudável.

Autossugestões para o peso ideal

A partir de hoje, eu tenho certeza que estou no comando do meu peso ideal;
elimino de nitivamente os quilos que estavam sobrando, porque eu aprendo
a me alimentar bem. Eu escolho os melhores alimentos, consigo evitar os
alimentos calóricos e gordurosos; trato os alimentos ruins com indiferença,
pois eles, a partir de agora, simplesmente representam nada para mim.

Eu amo a minha saúde e por isso, a cada dia, estou mais e mais no meu peso
ideal; a cada dia, eu me sinto mais e mais saudável, a minha capacidade de
me manter bem sicamente é maravilhosa e eu sei exatamente o que comer;
estou consciente dos processos alimentares e sempre estou consciente do
que realmente devo ingerir.

Além disso, a minha capacidade de fazer atividades físicas é melhor a cada


dia; a cada dia mais eu consigo desempenhar bem sicamente, eliminar
peso, me colocar no melhor estado de recursos, como uma pessoa que
malha bem.

A cada dia, eu sou a minha melhor versão de atividade física. Eu amo me


exercitar e as atividades físicas fazem parte da minha saúde; sou grato,
porque o peso ideal está dentro de mim, a partir de hoje.

Dentro desses exemplos, é importante você perceber que existem alguns


padrões de linguagem muito importantes. Por exemplo, quando falei de
dormir bem, eu criei sugestões como “e quando acorda de manhã você
percebe que dormiu muito bem”, ou seja, criando uma ponte ao futuro.

Pense sobre isto: quando você dorme muito bem, no dia seguinte vai car
grato por ter dormido bem, certo? E o que vai acontecer se você car grato
antes mesmo de dormir bem? Se você já se visualiza acordando bem e se
lembrando que dormiu bem, isso é maravilhoso. Se você já deita para
dormir sendo grato porque “dormiu bem”, isso já faz parte da sua mente – já
é uma realidade em seu subconsciente.

Quando você agradece por algo que deseja realizar, como se já o tivesse realizado,
aquilo já se torna uma realidade em seu subconsciente.

Então, o que vai acontecer se você car feliz e grato por ser rico, antes
mesmo de ter riqueza? Eu tenho certeza que isso vai fazer com que você
esteja muito mais motivado para atingir riqueza, sucesso, prosperidade,
saúde, bom sono, boa capacidade de relacionamento.

Então, vamos supor que você queira se relacionar melhor com as pessoas, ter
mais paciência com elas. Você vai usar frases como: eu tenho paciência com
as pessoas. Veja bem que não é “eu vou ter”... É “eu tenho”.

E também: eu sou muito grato – ou seja, já é meu –, eu agradeço porque a


minha convivência com os demais é sempre harmônica; por mais errada que
pareça estar a outra pessoa, eu estou sempre calmo, seguro e harmônico e
sempre tenho as palavras mais sábias para dizer.

Perceba que eu uso palavras como “sempre, toda vez, a partir de agora, eu
sinto, eu mereço, eu me amo, eu me respeito, eu atinjo”. É essa linha de ação
que é importante usar nas autossugestões.

Esse é o ponto crucial: para o seu subconsciente não existe o tempo, ele é
atemporal. Então, não importa para quando você espera realizar algo,
coloque todas as suas palavras no presente e seja grato por “já ter realizado”
o que deseja realizar.

Outro ponto para o qual preciso chamar a sua atenção é que os padrões de
linguagem que utilizei aqui sempre foram carregados de sentimentos, de
emoções.

O grande segredo da autossugestão bem-feita e e caz é você falar com


sentimentos, falar com a alma, sentir o que você está falando. É assim que a
sua mente vai aprender, porque a memória é xada pela emoção e pelos
sentimentos.

Você não precisa falar rebuscado, complicado, nada disso. Você só precisa
sentir o que diz, colocar emoção naquilo que você deseja. As palavras são
apenas máscaras, porque é o sentimento que transforma, que reprograma e
que faz você atingir os seus objetivos.

A importância de fazer corretamente as sugestões diretas


Note bem que, se em uma sugestão direta eu falar assim (falando bem
devagar): “você ca muito con ante agora, você está muito motivado agora”.
Que motivação você está sentindo ao me ouvir? Nenhuma! Zero! Certo?
Isso acontece porque eu tenho que sentir aquilo que falo, tenho que passar a
certeza daquilo que a rmo.

Porém, se eu falar de forma mais intensa e entusiasmada, com emoção e


energia, “você ca muito motivado agora, você tem muita con ança”, passo a
você a certeza de que pode acreditar no que digo. E ganho mais
credibilidade e o que digo ganha mais força para quem ouve.

Quando sinto o que estou falando, a emoção entra no subconsciente de


quem me ouve, não preciso pedir licença para sua mente consciente.
Portanto, novamente ressaltando este conceito: uma forma das sugestões
diretas funcionarem melhor é quando buscamos usar a emoção.

Quando sentimos o que falamos, a emoção entra no nosso subconsciente e não


precisamos pedir licença para nossa mente consciente.

Vamos fazer um exercício agora. Vamos trabalhar em cima de alguns temas


que são procurados em um consultório, como prosperidade,
emagrecimento, insônia, para os quais vou dar a você exemplos de sugestões
diretas.

Claro que eu vou falar de uma maneira geral, não especí ca para o seu caso
em particular, porque eu não z uma anamnese8, mas vamos dar ênfase em
como você pode modelar e escrever padrões de linguagem, considerando os
pontos abaixo:

Que tempo verbal eu estou usando;

Quais as frases mais recorrentes;

Qual o estado em que eu estou entrando para falar o que estou


falando;

Como eu estou criando as sugestões.

Nos exemplos a seguir, estarei falando primeiro como se eu estivesse


conversando com o paciente — ou seja, vou fazer sugestões diretas a
alguém.

Depois, na sequência, vou dar alguns exemplos de textos em que a pessoa


está falando para ela mesma — ou seja, a pessoa vai estar fazendo uma
autossugestão.

Exemplos de sugestões diretas


Para Merecimento
Por exemplo, merecimento de dinheiro: a partir de agora, você realmente
acredita em quanto merece prosperar. O dinheiro para você representa a
abundância, fartura e é incrível a sua capacidade de gerar riqueza por meio
dos seus produtos e dos seus serviços.

A sua criatividade cresce e se expande a cada dia mais. Você fala com tanta
paixão, com tanto a nco sobre as coisas que realmente acredita, que é muito
mais simples e muito mais fácil do que você imaginava vender as coisas que
vende.

Você realmente se sente merecedor, porque toda essa riqueza está disponível
para você e a cada dia, mais e mais, você entende o uxo de dar e receber.

Quando você compra alguma coisa, compra com alegria, porque você
merece isso. Quando você investe em alguma coisa, investe com alegria e
quando você recebe algo também recebe com muita alegria, pois você sabe
que esse ciclo de ir e vir, de dar e receber, é um ciclo abundante de fortuna
na sua vida, que se expande a cada dia mais.

Para Depressão
Agora você percebe que é possível se colocar em um estado de profunda
estabilidade. Você entende que a depressão é uma página virada, é algo que
acontecia lá no seu passado e que te ensinou grandes lições; hoje você é
muito grato e feliz, pois sabe exatamente o que aqueles momentos de tristeza
profunda trouxeram de aprendizado para a sua vida.

Como você adora estar nesse estado de estabilidade emocional, de equilíbrio


sentimental, você faz de tudo para se manter crescendo nesse estado. E a
cada dia mais, quando você se lembra do estado que você esteve, percebe
que agora são imagens apagadas, insigni cantes, pequenas, sem vida, sem
cor, porque você sabe que está em um processo contínuo de crescimento.
Você realmente entende o valor da vida; o valor da vida é algo que não tem
preço. Todas as suas atitudes e comportamentos agora são em prol do seu
crescimento e da sua felicidade, e você adora tudo isso.

Para compulsão por doces


A partir deste momento, é incrível o que o seu subconsciente faz para você.
A sua relação com doces muda completamente a partir de hoje. Tudo aquilo
que você sentia, aquela ssura, aquela compulsão, já é página virada, é algo
antigo. Você é muito grato e feliz, pois sabe que todo o equilíbrio alimentar
existe dentro de você.

Quando você encontra alguns doces, se permite experimentar um


pedacinho ou outro. Basta uma pequena porção que já o satisfaz. Você
entende consciente e inconscientemente que exagerar a porção dos doces irá
fazer mal como no passado. Então, é incrível a sua capacidade, a sua
habilidade, a sua exibilidade, de lidar com esses alimentos.

Você cria a partir de agora um sentimento de indiferença por doces e


percebe que é possível inclusive car muitos períodos longe deles e se sentir
bem. Você sabe que todos os recursos existem na sua mente, inclusive o do
equilíbrio alimentar, e tudo isso está feito a partir de agora.

Para a timidez
É magní ca a sua habilidade de expandir a sua capacidade carismática. A
cada dia, mais e mais, você se permite ser você mesmo, por trás de todo o
véu da ilusão que foi criada, chamada timidez.

Toda aquela ilusão criada pela sua mente foi uma defesa para proteger você
de si mesmo. Mas é incrível como, a partir de agora, você percebe que existe
alguém muito valioso por trás desse véu, existe alguém realmente expansivo,
comunicativo, alguém que se sente bem ao redor das pessoas.
Você se reconhece como alguém que gosta de ser autêntico, de se expressar,
que se permite ser inclusive vulnerável em alguns momentos, se permite
falar das emoções, contar uma história e se permite ouvir. E é muito bom ser
expansivo, ser você mesmo na sua natureza.

A partir de agora, você se despede completamente daquela timidez, que é o


seu eu antigo, a quem você é grato e honra, pois sem ela você não estaria
aqui hoje aprendendo a se conectar consigo mesmo, mais e mais
comunicativo a cada dia.

Para dormir melhor


A partir de hoje, você realmente acredita que é capaz de dormir muito bem.
Assim como alguma vez em sua vida você teve um sono profundo,
duradouro e ininterrupto, você já se imagina acordando pelas manhãs,
lembrando-se do quanto a sua noite foi harmoniosa.

Sabe aquela sensação de acordar descansado, que alguma vez você já teve na
sua vida? Sim, isso está disponível para você, todos os dias. Quando você se
deita nessa cama, tem a certeza de que o seu sono é natural, simples, sem
esforço e que você acorda de manhã renovado e grato.

Passe esse lme na sua mente várias vezes, bem rápido: você dormindo bem
e acordando bem, dormindo e acordando, todos os dias a partir de agora.
Sinta o quanto isso é bom para você.

Ouça sua própria voz comentando com as pessoas da sua casa, frases como:
“nossa, como eu dormi bem”, “nossa, o meu sono é muito bom”, “é incrível o
quanto eu durmo bem”, “onde eu encosto eu durmo”, “é magní ca a minha
habilidade de dormir”. Aceite a sua habilidade natural de dormir melhor
todos os dias.

Exemplos de autossugestões
Quando falamos em autossugestão, precisamos trocar o sujeito das frases
para a primeira pessoa do singular. Acompanhe alguns exemplos a seguir.

Para ter mais concentração


Eu aceito que dentro de mim existe a capacidade e a habilidade de
concentração. Eu já me concentrei muito bem em muitas coisas e em várias
ocasiões na minha vida.

A partir de agora, eu me habilito a me concentrar em todas as coisas que


escolho; eu me habilito a me concentrar em todas as coisas pelas quais eu
me interesso.

É magní ca a minha capacidade de dar foco e concentração para aquilo que


eu determino. A minha siologia muda, a minha percepção e o meu olhar se
expandem, e é incrível a forma como eu armazeno o conhecimento e como
aquilo se processa no meu subconsciente.

Todas as vezes que eu coloco a mão esquerda no centro do meu peito, eu me


coloco no estado de plena concentração para aprender melhor tudo aquilo
que eu preciso. E eu sou muito grato por isso.

Para perdoar
A partir de hoje, eu me permito soltar todas as mágoas do passado, que são
como brasas que queimavam a minha mão. Eu solto essas brasas, libero as
minhas mágoas, pois sei que a habilidade do perdão é a química cerebral
mais curativa que existe.

Do fundo do meu coração, com toda a verdade e autenticidade que sinto e


que tenho, eu perdoo todos aqueles que me zeram mal, em algum
momento da minha história. E sou grato por tudo que eles me ensinaram,
pois aprendi com os erros deles.
Eu me permito perdoá-los, pois já errei também e igualmente preciso do
meu perdão. Portanto, eu me permito e aceito neste exato momento me
perdoar de todas as minhas falhas, todas as minhas faltas, tudo aquilo que
minha consciência disse que z de errado.

Também sou grato pelos meus erros. A partir de agora, eu me permito ser
mais saudável nos meus pensamentos, sentimentos e atitudes e ser uma
pessoa mais assertiva na vida. Eu perdoo a mim mesmo e a todos. Está tudo
certo. Muito obrigado.

Para parar o tabagismo


A cada dia mais, eu tenho percebido que o cigarro é algo sem importância
na minha vida. Por um tempo, ele foi necessário, mas eu tenho percebido e
realmente aceito, que a habilidade de me sentir aliviado, tranquilo e bem
comigo mesmo está dentro de mim e não depende de nada externo.

Todas as vezes que eu penso no cigarro, penso em algo superado, em algo do


passado. É incrível a minha capacidade de, a partir de hoje, me sentir
indiferente ao cigarro. Eu me sinto grato, pois aprendo a valorizar os
momentos de estar naturalmente na minha solitude, de gostar da minha
própria companhia.

Mesmo naqueles momentos em que co ansioso, mentalmente eu acesso o


estado de calma e logo evito o cigarro. Aliás, sempre quando falam a palavra
cigarro, eu sinto aversão.

A melhor versão de mim mesmo foi instalada no dia de hoje. Nesta nova
atualização, nessa nova forma de ser eu mesmo, me sinto feliz longe do
cigarro. Essa é uma realidade que já existe e eu a aceito na minha vida, de
todo o coração.
Fazendo uma análise dos pontos mais importantes
desses exercícios

É importante perceber que, como em todo processo de mudança, no início


tudo vai car meio mecânico — por isso mesmo é que você tem que
persistir, até começar a sentir de verdade o que diz para você mesmo.

Não se preocupe, pois no início para mim também cava um tanto


mecânico, eu me sentia meio estranho e até sem jeito praticando essas
sugestões, mas, com o tempo, a minha mente começou a fazer isso tudo
sozinha, de modo automático e natural.

Pratique bastante e persista, porque quando você começar a perceber as


mudanças que quer gerar acontecendo em sua vida, vai se motivar a se
dedicar cada vez mais a essa prática.

Pegue o “jeitão de fazer autossugestões” de maneira natural e não mecânica.


Assim você poderá criar declarações com padrões de linguagem
semelhantes, mas adaptadas à sua própria realidade, de forma personalizada.
Você pode escrevê-las em alguma folha de papel e, com o tempo, ir
interiorizando em sua mente, até não precisar mais se preocupar sobre como
criar as frases.

Uma atenção especial ao que foi feito


É interessante que você preste atenção a determinados pontos que levei em
consideração nesses exemplos que dei. São coisas que já venho repetindo
durante toda esta obra, mas que faço questão de ressaltar sempre, porque
são pontos que devem ser muito bem cuidados durante a prática de suas
sugestões. Acompanhe a seguir.

Que padrões de linguagem foram utilizados?


Quais foram os padrões de linguagem que eu mais utilizei? O que você
observou? Se você prestar atenção nos exercícios vai perceber que toda
linguagem usada leva para uma visão positiva, de solução do problema, de
incentivo para que você resolva a questão que o a ige. A energia colocada
nas sugestões precisa ser sempre positiva e motivadora, levando você para
cima, elevando sua autoestima e sua energia positiva.

A energia colocada nas sugestões precisa ser sempre positiva e motivadora.

Que fraseologia foi usada?


As frases usadas precisam ser sempre muito bem-cuidadas. Já falamos
bastante sobre essa questão da fraseologia — mas, ainda assim, recomendo
que você volte um pouco a sua leitura e releia o capítulo em que falamos
sobre fraseologia. Isso é muito importante.

Perceba que foram sempre usadas frases incluindo: “A partir de agora”;


“gratidão”; “a cada dia mais”; “mais e mais”; “eu realmente acredito”; “é
incrível o poder da minha mente”; “minha capacidade e habilidade”.

O problema é sempre falado no passado


É muito importante que você se acostume a falar do problema no passado,
como se ele já não existisse mais. Por exemplo, em vez de acordar de manhã
e dizer “Ah, eu nunca durmo bem, sabe? Todos os dias é difícil para dormir”,
é melhor jogar isso para o passado. Ou seja, mesmo que você esteja
dormindo mal, diga: “Quando eu dormia mal era muito ruim, mas a cada
dia tenho aprendido e me permitido dormir melhor”.

Caso você se sinta incomodado ao fazer uma a rmação no presente, ou se


“soar como mentira” você falar que dorme bem, por exemplo, experimente
dizer da seguinte maneira: ”A cada dia, eu tenho aprendido a dormir
melhor”. Quem sabe soe de modo irreal você dizer “eu sou rico”, então diga
“a cada dia, eu tenho me permitido criar mais riqueza na minha vida. A
cada dia, eu tenho prosperado mais e mais”. Fale sempre de uma forma em
que você que confortável, que possa sentir que é uma verdade para você.

Por isso, é tão importante jogar o problema no passado. Isso quer dizer que
ele já foi, não incomoda mais. E mesmo que você ainda não o tenha
superado, já começa a formar no seu subconsciente uma ideia de que o
problema está resolvido. Veja alguns exemplos: “quando eu gaguejava”;
“quando eu tinha depressão”; “quando eu dormia mal”.

Quando você joga o problema no passado, diz à sua mente subconsciente que ele já não
incomoda mais.

E traga para o presente uma situação positiva, acompanhada de gratidão.


“Mas, hoje, eu sou muito grato...” — perceba a sensação que a ideia de ser
grato traz. “Eu sou muito grato, porque durmo bem todas as noites”; “eu
estou muito agradecido, porque superei aquela depressão”; “eu me sinto
muito grato, porque tenho a habilidade e a empatia de falar em público”.

É preciso construir uma ponte para o futuro


Perceba que nesses exercícios nós usamos também um recurso que eu
chamo de “ponte ao futuro”. Sempre que eu construí as frases, z questão de
inserir, em um ponto ou outro, algumas palavras que trazem a ideia de que
aquilo que eu desejo já está acontecendo “daqui para frente”. Assim, coloquei
lá no futuro o objetivo como realizado.

Tenha cuidado ao falar no futuro


As pessoas costumam dizer coisas como: “Eu vou ser muito feliz um dia”.
Mas, um dia quando? “Um dia, eu vou ganhar muito dinheiro”. Tudo bem,
mas quando? Isso realmente não funciona. Mas tem um jeito melhor de
dizer isso. É possível falar de uma forma muito mais potente, como: “A cada
dia eu encontro novas habilidades e formas de prosperar”. Percebe como
muda a energia do que é a rmado?

Um dia uma aluna me disse o seguinte: “Sabe, Lucas, todo ano, no Natal, eu
brigo com a minha família. E eu já estou prevendo que no Natal deste ano a
gente vai brigar também. Como eu faço nesse caso? Eu tenho que falar que
vou car calma no Natal?”

Não! Essa não é a resposta. Se ela quer mesmo mudar isso na vida dela,
então deve repetir o seguinte: “É incrível como estou em paz e tranquila com
a minha família no Natal. Eu me mantenho sempre serena, calma e
equilibrada”. Então, na mente dela aquilo já tem que ser no presente. Porque
a mente não entende muito isso de “eu vou” — porque quando eu falo “eu
vou”, logo vem a pergunta “quando?”. E já gera a dúvida.

Vamos supor que eu quero estar tranquilo em um concurso público que vou
prestar. Em vez de falar “eu vou estar calmo lá no concurso”, eu digo o
seguinte: “é incrível o quanto no dia do concurso eu estou extremamente
calmo e sereno. Lembro de tudo o que estudei, tudo o que eu me dediquei
vem à tona na minha mente e a minha prova é tranquila e equilibrada, de
modo que tenho certeza do meu excelente resultado”. Certo? Já existe aquilo,
já é real para mim. Perceba a postura poderosa com que eu vou chegar na
prova.

Evite a palavra “não”


Procure perceber nos exercícios anteriores que eu evitei usar a palavra “não”.
Isso porque, para a nossa mente, o não vira sim. Nossa sociedade é muito
pautada no negativismo, em usar o não para tudo. Então, a gente tem que
inverter isso. Em vez de falar “não quero sofrer”, diga “quero me sentir bem”.
Em vez de dizer “não quero sentir dor de cabeça no m de tarde”, fale “quero
me sentir muito bem no m da tarde”. Assim, você muda o seu padrão de
linguagem e trabalha melhor sua mente.

Na nossa mente, o não vira sim.

Tenha convicção, sinta o que você fala


O segredo é o que você sente. A visualização só dá a você o Norte, mostra a
direção a seguir. O sentimento é que gera a transformação. É o como você
está sentindo aquilo que está falando que realmente faz a diferença.

Por exemplo, se você quer deixar de fumar, tem que sentir profundamente
essa sua determinação, quando a rma coisas como “Eu sinto indiferença por
cigarro. Não estou nem aí para o cigarro. Eu adoro viver sem o cigarro. A
minha vida é nova agora, é feliz sem o cigarro. Quando eu penso no cigarro
tenho convicção de que é algo superado na minha vida”.

É preciso sentir o que você está falando. É assim que isso ca gravado no seu
subconsciente. Sentiu, gravou; sentiu, gravou. Não sentiu, entrou por um
ouvido e saiu pelo outro.

Se você sente o que fala, você grava; se não sente, entra por um ouvido e sai pelo
outro.

Criando o estado em que você quer entrar


Vamos supor que eu estou na minha casa, assistindo a um lme e lembro
que é hora de ir para a academia. Mas o lme está tão bom, o sofá
confortável, a preguiça tomando conta. Como fazer para me animar para a
academia? Como é que eu crio esse estado de ânimo em mim?
Primeiro, mudo a siologia. Levanto, coloco uma música poderosa, adoto
uma postura ereta, respiro fundo. E, então, começo a criar em mim a
vontade, a disposição, a explosão muscular, a capacidade de treinar, de
malhar e de me desenvolver. Mentalizo estas palavras: “Eu acredito que essa
capacidade existe em mim, e ela se expande agora. Eu sinto, eu percebo, eu
me vejo praticando todo o treino de hoje com muita perfeição. A minha
habilidade de treinar é perfeita e eu crio isso agora em mim, quando toco a
minha mão esquerda no meu ombro direito, e sinto total vontade de ir para
academia. Isso...”.

E então? Agora vou me sentir menos ou mais motivado? Muito mais, é


claro! Agora é mais fácil pegar a roupa e ir para a academia, do que se eu
dissesse algo como: “Então tá... Deixe-me ir para aquela academia, vai”. — se
for assim, olha com que energia eu vou treinar. O treino já vai ser ruim. Vou
achar tudo difícil, tudo aborrecido e sem graça.

O mais importante é o estado em que você se coloca.

Então, pense em termos de estado. O mais importante é o estado em que


você se coloca. Qual é o melhor estado para estudar? Qual o melhor estado
para treinar? Qual é o melhor estado para palestrar?

Então, ative em você o estado que o leve a fazer aquilo que deseja ou precisa
fazer. Qual é o estado que você está precisando? Qual é o estado que o levará
para a direção certa, mas que você não criou ainda? Sim, porque ele existe aí
dentro de você. É só você se conectar com ele, é só você o chamar. Você
a rmando e visualizando é uma boa forma de chamar esse estado.

8 Anamnese é uma entrevista prévia, realizada pelo pro ssional de saúde com seu paciente, com a
intenção de obter um ponto inicial no diagnóstico de uma doença.
SER GRATO

Agora que você já sabe que é um cocriador da sua realidade, é muito


importante que se mantenha sempre com a energia certa, os pensamentos
adequados, a mentalização correta para criar na sua vida somente coisas
boas, aquelas coisas que você realmente deseja para ser feliz.

Desse modo, é interessante que você tenha consciência de que o sentimento


de amor é muito importante para a criação da realidade que você quer ter.
Não só o amor, mas também a alegria. Amor e alegria são ferramentas
poderosas para edi car a sua vida. Sem amor e sem alegria di cilmente você
conseguirá criar algo realmente sólido e valioso.

A maestria na cocriação está na sua capacidade de entrar em fase com a


matriz divina, essa matriz holográ ca quântica, ou o vácuo quântico, como
você quiser chamar. A cocriação plena está na sua sintonia com Deus, ou o
nome que você quiser dar, não importa, à fonte de toda a criação.

Por isso, começar o quanto antes a vibrar na energia do amor e da alegria vai
ser de nitivo, para que você realmente consiga construir uma vida melhor,
que você deseja, com que tanto sonha.

No entanto, eu entendo que para muitas pessoas que ainda vibram na


escassez, na dor, na falta, não é simples conseguir de imediato começar a
vibrar no amor, na alegria para o trabalho, na felicidade de viver. Dessa
forma, ca mais difícil para elas fazerem as coisas que têm que ser feitas para
mudarem a vida para melhor.
Manifeste gratidão

Nesses casos, o melhor caminho é buscar manifestar a gratidão. A gratidão


se mostra como um estado mais fácil de se atingir, também é muito e ciente
para construirmos visualizações fortes e e cazes, além de ser muito próxima
do amor.

Ou seja, se você não consegue sentir amor incondicional, inicialmente, pelo


menos gratidão você vai conseguir sentir, quando se propuser a treinar a
agradecer pelas coisas que deseja materializar na sua vida.

Comece com um estado de contemplação, de agradecimento. A disposição


para se sentir recompensado e grato pelo que você já tem já é um bom início
e é fundamental na sua caminhada. Agradeça pelo que você já tem e o
próximo passo cará mais fácil: agradecer pelo que você deseja ter, mas
ainda não está manifestado na sua vida material.

Agradeça pelo que você já tem e o próximo passo cará mais fácil: agradecer pelo que
você deseja ter.

É verdade que a grande maioria das pessoas manifesta gratidão somente


quando atingem um objetivo – isso quando manifestam, pois existem
pessoas que só sabem pedir ao Universo, mas nunca se lembram de
agradecer pelo que já receberam.

Quando a pessoa atinge um objetivo e ela se sente grata, isso ativa o


mecanismo de recompensa do cérebro, que acontece, especi camente, no
nosso estriado ventral, no cérebro límbico, conhecido popularmente como
núcleo accumbens9. E é essa área de recompensa que gera a dopamina,
neurotransmissor que traz a sensação de prazer, que nos move a querer
atingir um objetivo.
Portanto, agradecer traz felicidade. Porém, muitas das coisas que as pessoas
querem não são realizáveis no curto prazo. São coisas que demandam
tempo, dedicação, paciência, determinação, persistência e tolerância. E é
provável que muitas das pessoas que tentam realizar alguma coisa desistam
no meio do caminho, porque “está demorando muito” para atingir aquele
objetivo. Logo, elas não realizam o que querem e, portanto, também não
agradecem pelo que estavam buscando, porque não atingiram seus
objetivos.

Nossa mente precisa de motivação para tomar decisões.

Por exemplo, é como uma pessoa que quer emagrecer e que condiciona que
cará grata somente depois de eliminar 10 quilos. Porém, é bem possível que
demore em torno de seis meses para que ela consiga atingir esse objetivo.
Mas, depois do segundo ou terceiro mês, a pessoa já se cansou, perdeu a
motivação e nalmente desiste da dieta, porque não teve a sensação da
recompensa. E a recompensa é algo fundamental para a motivação para o
que nos propomos a fazer.

Ou seja, esperar, sentir gratidão atrelada só e especi camente à realização do


objetivo nal pode ser desestimulante para o nosso cérebro.

Nossa mente precisa de motivação para tomar decisões. Portanto,


precisamos nos manter motivados para continuarmos na nossa trajetória
rumo aos nossos objetivos. E uma forma de se fazer isso, de acordo com a
Programação Neurolinguística, é nos habituarmos a agradecer pelo que
buscamos, antes mesmo de ter conseguido realizar. Ou seja, não é ter para
ser, é ser para ter.

Agradecer durante a jornada


Dessa forma, não importa se o seu objetivo seja emagrecer, ganhar mais
dinheiro, construir uma casa ou qualquer outra coisa. O que importa é que
você ame mais a jornada do que o resultado, que se sinta grato pela jornada
que fará com que você chegue ao seu objetivo. O importante é você
manifestar a gratidão diariamente.

Porque o resultado, embora traga uma compensação, gere dopamina e lhe


traga prazer, é algo muito fugaz. Você conquista algo e logo depois já quer
algo mais. Você quer uma casa, mas assim que a conquista já quer um sítio,
uma chácara, depois um iate, um barco, um helicóptero e assim por diante.
O ser humano nunca ca satisfeito.

Então, o mais importante é que sintamos gratidão, alegria e procuremos


sentir amor durante toda a jornada, sendo o resultado apenas uma
consequência lógica e óbvia do que você trabalha, do que você constrói.

O importante é manifestar gratidão diariamente, em cada etapa da jornada.

Um exemplo que considero clássico é o de Silvio Santos. Com certeza, ele


não precisa mais trabalhar, pois é uma pessoa nanceiramente rica, com
tudo o que já construiu. Ele poderia car em casa assistindo televisão, ou
viajando, ou fazendo qualquer outra coisa. Mas escolheu continuar
trabalhando, pois sua maior motivação não é nanceira, mas sim a jornada.
Pode ter certeza de que ele adora estar todos os domingos apresentando seu
programa na televisão. Essa é a motivação dele. Isso gera dopamina e dá a
ele a sensação de prazer. E pode ter certeza de que ele é muito grato por tudo
aquilo.

Em contrapartida, di cilmente você vai ver as pessoas trabalhando alegres,


felizes, bem-humoradas, porque elas estão condicionadas a sentir gratidão
apenas quando realizam o feito máximo, quando chegam no alto, no topo de
uma montanha. E aí é que está o grande engano, que acaba fazendo com que
elas se frustrem e sejam derrotadas em grande parte do que planejam para a
vida delas. Elas não amam e nem valorizam a jornada e, por isso mesmo,
não costumam agradecer pelo processo de caminhar em direção aos seus
objetivos.

Veja como isso é determinante: tomemos como exemplo um alpinista, um


escalador de montanhas. Você pode ter certeza de que se pegarmos essa
pessoa, a colocarmos em um helicóptero e levá-la ao pico do Everest ela não
se realizará, essa situação não terá o menor valor para ela. Porque a
verdadeira realização dela está na jornada, na escalada, está no processo de
subir a montanha, enfrentando os desa os.

Chegar ao topo é a consequência nal, que gera, sim, muito prazer. Mas
antes disso a jornada já gerou prazer, adrenalina e muitos outros estímulos e
outras sensações que só se consegue obter durante a escalada. Aí sim, virá o
prazer completo da pessoa.

Outro exemplo é o daquelas pessoas que têm o hobby de fabricar sua


própria cerveja. Elas gostam do processo, da jornada e dizem que até a
apreciação nal da bebida “tem muito mais sabor”; ela ca mais saborosa,
sabendo que foi um trabalho artesanal, manual, ou seja, que teve uma
paixão pela jornada, pelo fazer.

Outra estratégia que ajuda muito a manter a motivação em alta e também a


criar as condições para a realização dos nossos desejos é o que poderíamos
chamar de gratidão por etapas. Por exemplo: se eu quero enriquecer, posso
manifestar gratidão a cada dinheiro que entra em minha conta. Se quero
construir a minha casa, posso agradecer a cada tijolo que é assentado, a cada
parte da casa que é concluída. Isso vai me trazer uma motivação muito
grande e fortalecedora, para que eu de fato conclua a casa.

Ser grato faz com que seu subconsciente acredite que aquilo já é real e que
de fato já aconteceu em sua vida, mesmo que o que você deseja ainda não
esteja materializado no mundo real. E isso faz toda a diferença na energia
que você adquire para batalhar pelo que quer realizar.

Agradecer, principalmente antes de ter


Quando recebemos um presente de alguém, costumamos dizer “Obrigado”.
É algo totalmente natural e não parece ter alguma conotação diferenciada.
Porém, esse comportamento acaba condicionando o nosso “obrigado” a
sempre ser usado quando já recebemos algo, quando ganhamos alguma
coisa de alguém.

Somando-se isso ao fato de que nosso subconsciente não distingue o que é


verdade daquilo que nós visualizamos como verdade, decorre daí uma
grande vantagem: quando em nossa imaginação e sentimento agradecemos
por algo que ainda não temos, para a química neural, ou seja, para a química
do nosso cérebro, aquilo já é real. O nosso subconsciente já acredita que
aquilo que queremos é real, que já existe em nossa vida.

Dessa maneira, vamos naturalmente agir, nos comportar, pensar e sentir


como alguém capaz de realizar nosso objetivo — a nal, nosso cérebro
entende que aquilo já é real — e não como alguém que ainda tenha dúvidas
sobre se poderá realizá-lo. Portanto, estamos associados aos nossos sonhos e
não dissociados deles.

A partir daí, antes mesmo de terminar de construir a minha casa, eu já


posso estar grato apenas por sonhar com ela, apenas por sentir que ela já é
minha, dentro da minha mente. Já posso visitá-la na minha mente. A minha
imaginação é livre e posso viver hoje as sensações de prazer que estariam
apenas no futuro.

E o grande ganho com essa situação é que quando sou grato por algo que eu
ainda não realizei, gero a química da gratidão no meu cérebro. Ativo o
mecanismo de recompensa no meu cérebro emocional e isso faz com que ele
produza a química necessária para a motivação. Faz com que eu tenha
razões comportamentais para continuar o meu processo de
desenvolvimento, de procura, de construção da realidade, na minha jornada
para a realização dos meus objetivos.

Nossa imaginação é livre e podemos viver hoje as sensações de prazer que estariam
apenas no futuro.

Quando somos gratos por algo que ainda não temos, nosso subconsciente
acredita que já temos aquilo e gera toda a química de recompensa necessária
para catalisar a nossa motivação, para que nossas ações e comportamentos
sejam congruentes com as nossas crenças.

Não há nada de místico nisso. Pelo contrário, é ciência pura. Sentir gratidão
antes de realizar algo é uma forma inteligente de motivar a sua mente a
continuar batalhando por aquilo que você deseja.

A importância da gratidão

A gratidão é um fator fundamental nesse nosso processo de ressigni cação


da nossa vida. Vou repetir, porque é muito importante: se você espera antes
atingir seus objetivos para só depois se sentir grato, é como se condicionasse
a recompensa da gratidão ao momento futuro, em que você atingir o seu
objetivo – e isso torna a sua estratégia pouco motivacional.

Mas se você já tiver gratidão pelo que está buscando, como se já o tivesse
conquistado, se você amar muito mais a jornada do que o objetivo, sua
energia se multiplicará e atingir o objetivo se tornará apenas uma
consequência. Lembre-se que para o nosso cérebro o que vemos a olho nu e
o que imaginamos ser real é a mesma coisa. O real é aquilo que acreditamos
ser real.
Quando eu digo “Aja como se fosse e assim será”, tenho que considerar que a
gratidão tem um papel fundamental nessa a rmação. Esse é o grande
entendimento que precisamos ter: tudo aquilo pelo que agradecemos já é
real na nossa mente.

Isso quer dizer que, quando você se sentir grato por já ter alguma coisa,
mesmo que materialmente ela ainda não exista, o seu subconsciente passará
a acreditar que aquilo já é real, você começará a se comportar como se já
tivesse aquilo e, desse modo, aumentará as suas chances de atingir aquele
objetivo.

A gratidão antecipada faz você amar também a jornada e não só o objetivo. Assim, sua
energia e o seu poder de realização se multiplicam.

Portanto, um dos ingredientes principais para a realização daquilo que


desejamos se chama gratidão. Precisamos nos acostumar a colocar a
gratidão à frente da realização.

Desde o início do meu processo pessoal de visualizações e de conquistas, eu


já sentia uma gratidão muito grande por tudo o que queria ter. Eu agradecia
como se já tivesse conquistado cada um de meus objetivos. Por exemplo, era
muito comum eu repetir frases como:

Muito obrigado, porque eu sou o professor de hipnose mais


reconhecido do Brasil;

É incrível como, a cada dia, mais e mais pessoas querem fazer o


meu curso. Muito obrigado;

Muito obrigado, porque a cada dia eu cresço e prospero mais;

Muito obrigado, porque as pessoas adoram meu treinamento.


Eu falo com paixão sobre hipnose, os meus atendimentos são feitos
com carinho, com amor e é incrível a minha capacidade de
ressigni car o problema das pessoas. Muito obrigado;

Obrigado, porque eu sinto dentro de mim que o meu crescimento


vem em ritmo exponencial;

Muito obrigado, porque os meus vídeos já alcançam milhares de


pessoas no mundo inteiro.

Eu impregnei essas crenças tão profundamente no meu subconsciente, que


agradecia sinceramente por todas elas. Eu podia ainda não ser ou ter tudo
aquilo pelo que eu agradecia, mas agradecia com tanta convicção que meu
subconsciente acreditava cada vez mais que aquilo já era real.

A gratidão é o sentimento padrão

Dentro do Protocolo Naves de Visualização, ca bem claro que no momento


de sentir, o mais importante ali é o sentimento de gratidão. Então, coloque a
gratidão em todas as suas visualizações e mentalizações.

Agora, se o seu objetivo, por exemplo, é falar bem em público, além da


gratidão, que outro sentimento pode ser importante estar ali? O sentimento
de empoderamento, de autocon ança. Portanto, você vai ter que combinar a
gratidão com o empoderamento e a autocon ança.

Vamos supor que você queira dormir bem e já é tarde da noite. Você já pode
sentir gratidão por isso, mas também deve acrescentar aí outro sentimento,
outro estado, que é o estado do sono. Talvez você nunca tenha parado para
pensar que o sono também é um estado interno. Como você já dormiu bem
alguma vez em sua vida, você consegue simular o estado de sono. Primeiro,
começa a bocejar, simular bocejos, se espreguiçar, se recolher na sua cama
de uma maneira mais agradável e então começa a convidar o estado de sono
a chegar. E, assim como o sono, o cansaço também é um estado e a
disposição também é um estado.

Resumindo, então, sempre combine a gratidão como sentimento padrão de


toda a visualização e acrescente outro estado interno, cinestésico, que é
justamente o que você precisa para realizar o que você almejou.

Praticando a gratidão

Escreva 5 coisas pelas quais você é extremamente grato.


Podem ser coisas que você pode ver, sentir, tocar, que estão presentes no seu
dia a dia, ou podem ser também coisas que você ainda não pode ver, sentir
ou tocar, mas que acredita que pode realizar.

Após escrever todas essas coisas, feche os olhos e crie uma tela mental, como
se fosse um holograma, no qual você vai contemplar essas coisas, sempre
com muita gratidão.

É especialmente positivo se você conseguir misturar na mesma imagem,


dentro da mesma tela, algumas coisas que já foram realizadas com coisas
que ainda não foram. Combinar tudo isso dá uma energia especial ao seu
exercício e melhora muito seus resultados.

Por exemplo, vamos supor que você é muito grato pelos lhos que tem, mas
ainda não viajou para a Disney com eles. Você pode, em uma mesma tela,
visualizar-se com os seus lhos na Disney e sentir as sensações de estarem
juntos nesse passeio. Ouça, veja, sinta, toque, explore e torne isso real no seu
subconsciente. Sinta-se extremamente grato por estar passeando na Disney
com seus lhos.
Pois bem, esse é um ponto importante: após listar essas coisas, visualize,
sinta, reproduza isso dentro de sua mente e busque dentro de você um
estado de contemplação muito grande, uma gratidão e repita: muito
obrigado, muito obrigado; eu sou muito grato; isso tudo já é real na minha
vida agora.

Ao impregnar o seu subconsciente com essas visualizações, com esses


sentimentos, a ideia é fazer com que a sua máquina ligue, fazer com que o
seu subconsciente ative outras regiões do seu cérebro, ative o seu córtex pré-
frontal, a sua razão, ative o seu ânimo, a sua capacidade de se mover, de agir,
de fazer, de realizar. Isso é o mais importante para que você possa realizar os
seus sonhos.

9 O Núcleo Accumbens é uma área cerebral cuja principal função é ativar a motivação. É uma parte da
via de recompensa, gerando prazer, impulsividade e comportamento maternal.
SOLTE O SEU OBJETIVO

Este é um dos passos mais importantes do Protocolo Naves de Visualização.


Depois que você conta para o seu subconsciente qual é o seu sonho, qual é o
seu objetivo, é preciso entregar a ele o controle para fazer isso acontecer,
deixar que o seu subconsciente trabalhe a favor da realização do que você
deseja. Em outras palavras, é preciso soltar o seu objetivo. Isso signi ca que
você precisa simplesmente liberar o seu objetivo, de tal maneira que você
não que ansioso na sua busca.

É preciso entender e con ar que, se você fez todos os passos anteriores deste
método, seu pedido já foi colocado no Universo e a energia para realizá-lo já
está sendo movimentada. Portanto, não é para car perguntando se o seu
desejo chegou ao destino que devia, nem car cobrando de si mesmo porque
ele ainda não está materializado na sua vida. A nal, não faz sentido, por
exemplo, você enviar um e-mail para alguém e depois car ligando para ver
se o e-mail chegou.

É preciso entender e con ar que seu projeto já foi lançado à sua mente mais profunda e
a energia para realizá-lo já está sendo movimentada.

Quando falamos de soltar o objetivo, estamos falando justamente de deixar


o nosso ego de lado. Soltar é exatamente o oposto do que o ego faz. Nosso
ego nos prende em angústias, ansiedade, temores e incertezas, porque ele
sempre quer tudo do jeito dele, na hora em que ele quer e, em geral, não tem
paciência de esperar o tempo de cada coisa acontecer.
O ego atrapalha o bom andamento das coisas, porque ele força uma situação
e interrompe o uxo natural dos acontecimentos. Justamente porque o ego
vai gerar pressão, vai trazer sensações de ansiedade, e estes estados não são
positivos para um comportamento de sucesso. Eles podem inclusive sabotar
a aceitação da sugestão feita ao seu subconsciente, boicotando totalmente o
processo de visualização.

Por isso, precisamos aprender a soltar nossos objetivos. Soltar é deixar uir.
Temos que praticar um soltar genuíno e sem ressentimentos, sem temores e
sem dúvidas. Tem que ser uma entrega total. Somente dessa forma, teremos
todos os benefícios da sugestão e da visualização que criamos e as teremos
totalmente aderidas à nossa mente mais profunda.

O soltar também nos proporciona aquele mesmo alívio que sentimos


quando algo se resolve. Aquela sensação de quando recebemos uma notícia
boa e desabafamos: “Ufa! Nossa, que maravilha! Poxa, que ótimo! Que boa
notícia!”. É aquela alegria porque algo deu certo, aquela sensação de que
vencemos mais uma etapa.

É esse estado interno que você precisa buscar, assim que acabar de criar e de
decretar as suas a rmações de sucesso.

Não reclamar

Reclamação é uma demonstração de descontentamento, de insatisfação, é


queixar-se de algo. Quando reclamamos geramos uma energia de
descon ança, de descrédito, e isso vai totalmente contra o nosso trabalho de
visualização positiva, que devemos fazer para realizar nossos objetivos.

Quando a pessoa reclama, ela demonstra para sua mente mais profunda que
ainda tem dúvidas, ou seja, que não soltou seus objetivos, que os está
mantendo presos e travados, devido às suas próprias incertezas.
De nada adianta fazer uma visualização criativa, uma a rmação positiva
daquilo que quer realizar, se logo na sequência você passa a reclamar de que
ainda não alcançou o que quer. Isso cancelará imediatamente tudo que
visualizou e decretou na sua mente. Por isso, é grande a importância do
soltar.

É importante entender que toda vez que reclamamos estamos apegados a


alguma coisa. Se tem reclamação, signi ca que tem apego, tem ego
envolvido e, consequentemente, tem a dor da frustração.

Toda vez que reclamamos, estamos apegados a alguma coisa.

Tudo que é oposto ao “soltar” é ego. É a ansiedade de que a realização tem


que acontecer no tempo que queremos, é a pressão que colocamos para que
aquilo saia do jeito que desejamos, é o medo de que nossa mente não tenha
aceitado aquela sugestão.

Isso tudo é ego, isso tudo tem apego e pode trazer sofrimento. Por isso
mesmo tem der ser abandonado.

Confiar é fundamental

O soltar é ter um nível alto de con ança, de certeza absoluta de que aquilo
que você programou na sua mente subconsciente já está feito. Para
consolidar essa certeza, sugiro que, assim que terminar de aplicar o passo a
passo do Protocolo Naves de Visualização a um objetivo seu, a rme
categoricamente: “Está feito. Eu aceito, eu mereço, eu recebo, eu sou grato”.

Perceba a grande importância de usar esse tipo de frase: “está feito, eu aceito,
eu mereço, eu sou grato”. Elas enfatizam que aquilo que você deseja já está
pronto, já foi consumado, já foi concluído, então basta você agir em prol do
seu objetivo, sabendo intimamente e com con ança que ele será alcançado.

“Está feito. Eu aceito, eu mereço, eu recebo, eu sou grato”.

Proponho agora que você faça um pequeno exercício, de acordo com os


passos a seguir:

1. Selecione um objetivo, uma meta, um sonho que você quer


realizar;

2. Pratique a visualização criativa, utilizando todos os passos do


Protocolo Naves de Visualização;

3. Após terminar a visualização, escreva em um papel as seguintes


frases, completando as a rmações com o objetivo que você
escolheu buscar:
Eu sou grato por ...

Eu mereço ...

Está feito ...

Eu descanso na ideia de que ...

Por exemplo, caso o seu objetivo seja comprar um carro novo, depois de ter
feito os passos da visualização, escreva em um papel as seguintes frases:

Eu sou grato pelo meu carro novo.

Eu mereço meu carro novo.

Está feita a compra do meu carro novo.

Eu descanso na ideia de que tenho um carro novo.


É muito importante que você con e, acredite mesmo, que uma vez que
enviou a informação para o seu subconsciente, da forma correta, tudo
acontecerá para favorecer a realização do seu objetivo. É essa con ança e
essa crença inabalável que vão permitir que você solte seu objetivo,
tranquilize a sua mente e siga trabalhando forte na direção da realização dos
seus sonhos.

É preciso descansar sua mente, baixar a ansiedade, relaxar e con ar. Não
coloque pressão nesse processo. Con e que o seu subconsciente já começou
a lhe indicar o que você deve fazer para realizar os seus objetivos e os seus
sonhos.

Lembre-se: o e-mail já foi enviado para a sua mente mais profunda, portanto
não precisa se preocupar se ela o recebeu. Apenas acredite que ele chegou a
seu destino e acionou as ferramentas que vai levar você a concretizar o que
deseja.
VISUALIZE, SINTA, REALIZE

Sinta-se orgulhoso de você mesmo, pois como chegou até aqui na leitura é
porque realmente levou a sério todo o ensinamento contido nesse livro e
deseja de verdade mudar a sua vida para melhor. Procure lembrar-se de
como você estava ao começar esta jornada de leitura e sinta como você está
agora. Lembre-se do que você aprendeu e perceba o que e quanto já mudou
dentro de você.

Use todo esse conhecimento agora para se tornar, a cada dia mais, uma
máquina de realizações. Visualize, sinta, realize. Use todo o seu poder para
conquistar seus objetivos.

Antes de encerrarmos esta nossa jornada por todos esses conhecimentos,


que lhe darão poder sobre o seu futuro, quero deixar aqui mais algumas
ideias inspiradoras que, com certeza, vão deixá-lo ainda mais entusiasmado
com o poder de transformação que agora tem nas mãos. Acompanhe a
seguir.

A Estratégia Disney de realização

Quando falamos de pessoas sonhadoras e realizadoras, é quase impossível


não pensar em Walt Disney e em tudo o que ele construiu.

Além de criar personagens inesquecíveis, Disney foi produtor


cinematográ co, cineasta, diretor, roteirista, dublador e animador. Foi
também um grande empreendedor e um dos fundadores da Walt Disney
Company. E ainda se dedicou com muita intensidade à lantropia. Sem
dúvida alguma, ele promoveu uma grande diferença positiva no mundo.

E o mais incrível é que ele viveu apenas 65 anos. O que nos faz perguntar:
como pode um homem viver apenas 65 anos e realizar tantas coisas, não é
mesmo?

Graças a ele, temos hoje a possibilidade de conhecer a Disney World e todos


os seus parques temáticos. Ele criou um mundo encantado sem igual. Um
oceano azul, onde podemos nos divertir, passear, conhecer os personagens
criados por ele e saber um pouco mais da história do mundo Disney. Um
legado de alegria e fantasia que o mundo aprendeu a amar.

Tudo isso só foi possível, porque Walt Disney tinha uma estratégia natural e
intrínseca que lhe permitia concluir todos os projetos que idealizava.

Robert Dilts, um dos desenvolvedores da PNL, aluno de John Grinder e


Richard Bandler, em seu livro “A Estratégia da Genialidade”, postulou quais
eram as bases dessa estratégia que Disney utilizava para idealizar e realizar
tantos feitos. Ele fez um estudo de modelagem do trabalho e dos materiais
existentes usados por Walt Disney.

Dilts percebeu que Disney, em suas criações e decisões, usava uma estratégia
– que cou conhecida como a Estratégia Disney – que era composta por 3
personagens principais:

O Sonhador;

O Crítico;

O Realizador.

Reza a lenda que Walt Disney tinha 3 salas em seu escritório:


A primeira sala era “A Sala do Sonhador” e era usada apenas para sonhar,
apenas para visualizar, para provocar brainstorms, promover tempestades de
ideias. Ali não era lugar para críticas, mas apenas para sonhar.

A segunda sala era “A Sala do Crítico” e era usada para criticar. Quando
ia para a sala da crítica, ele criticava suas próprias ideias, questionava o
quanto iria custar, como iria funcionar, quais os recursos necessários,
quantos funcionários estariam envolvidos, o que iria precisar para colocar
isso em prática. Basicamente, naquela sala, Disney se ocupava do “como”
fazer aquelas ideias acontecerem.

A terceira sala era “A Sala do Realizador” e era usada para realizar. Ali,
ele realizava tudo o que tinha sido sonhado e que havia passado pelo crivo
da crítica, chegando então ao resultado nal.

É muito importante entender o poder dessa Estratégia Disney, que coloca


cada coisa em seu lugar, separando um tempo para cada coisa, sem que haja
interferência negativa nas diversas fases do nosso processo de realização.

Em um momento, a gente pode simplesmente se permitir sonhar, visualizar,


imaginar. Vamos supor que eu queira fazer um hotel no meio do oceano
Atlântico. Então eu imagino esse hotel ali, no meio do oceano, como ele
seria – que maravilha, que paraíso, que local precioso. Apenas sonho e
visualizo, sem questionar a viabilidade do projeto.

Já na parte da crítica, que inclusive pode ser feita por outra pessoa – sim,
porque uma pessoa pode ser mais planejadora do que crítica e, nesse caso,
pode ter alguém para criticar por ela –, vamos falar de viabilidade: mas
como você vai fazer um hotel no meio do mar? Como vai ser isso? Você vai
precisar ter uma ilha... Como você vai levar comida para lá? Como você vai
levar os funcionários para lá? Como você vai ter energia elétrica? Quanto vai
custar tudo isso? Existe capital? Quais os investidores? Como
especi camente você vai edi car esse hotel? Como os hóspedes vão chegar
lá? Então, a partir da crítica, podemos reestruturar o projeto, ou mesmo
cancelá-lo, caso se mostre inviável.

Quando vamos para a realização, passamos para as ações que levam para a
concretização do que foi projetado, criticado e ajustado. Talvez você não seja
tão executor e precise desenvolver essa capacidade – há pessoas que são mais
planejadoras e há outras que são mais executoras. Então, se você é bom em
planejamento, sempre pode melhorar a sua capacidade de execução, ou
contratar alguém, ou ter um sócio que seja bom nessa parte.

Se você é bom em estratégia, é interessante que o outro seja bom em


execução. Se você é bom em execução, o outro precisa ser bom em
estratégia. Ou seja, ou você aprende outra habilidade, ou chama alguém,
contrata alguém, se associa a alguém, que faça aquilo que você não sabe
fazer.

Quando vamos para a realização, é muito comum que parte do que foi
planejado não funcione. Nada de errado com isso. Parte do que foi criticado
também pode não fazer sentido. Tudo bem. Nós podemos voltar a sonhar e
imaginar novos projetos ou novas versões desse mesmo projeto.

O interessante nesse processo é que voltar a sonhar depois da tentativa de


execução vai tornar ainda mais clara a sua visualização. E quando você vai
para a crítica, passa a ter referências ainda melhores, porque já passou por
todos os setores anteriormente.

Esse é um modelo do tipo TOTS, ensinado na PNL, em que a gente “Testa,


Opera, Testa, Opera, até Sair”, até que consigamos melhorar e implementar
nossos resultados.

Um exemplo clássico que mostra como esse modelo funciona é a construção


de uma casa. Você simplesmente visualiza uma casa maravilhosa, para qual,
talvez, já tenha até comprado o terreno. Visualiza aquela casa linda e chama
um arquiteto para fazer o projeto.

O arquiteto ouve o que você diz que quer realizar. Você diz a ele: aqui eu
quero uma piscina com borda in nita, ali eu quero uma sauna seca, lá eu
quero uma área bem agradável, com uma varanda e espaço para fazer
churrasco e tudo mais. A sala tem que ser bem espaçosa e com um lustre
enorme no centro. Os quartos precisam ser amplos, com banheiro em cada
quarto, com banheira em cada banheiro, com ar condicionado em cada
quarto. Ou seja, você está visualizando, planejando.

Então, o arquiteto fala: tudo bem, muito bonito isso tudo. Mas a sua casa vai
custar 2 milhões de reais. E você quase cai da cadeira quando ouve esse
valor.

Você percebe que não tem todo esse dinheiro. E aí começa a conversar com
o arquiteto e a entrar na fase da crítica: tira a sauna, tira também o ar
condicionado. Não vou precisar de banheira, só de chuveiro. E você vai
reduzindo, até que que em 800 mil reais. E então, você imagina que pode
conseguir esse valor. E autoriza o arquiteto a fazer o projeto.

Terminado o projeto, você tem algo mais enxuto, porque já o criticou uma
vez. Mas não executou ainda.

Com o projeto pronto, após o topógrafo fazer todas as medições plausíveis


no terreno e superadas todas as burocracias envolvidas, você vai procurar
uma construtora, que será a executora do seu projeto. E então você vai orçar,
vai negociar, vai planejar e começar a construir.

Nessa fase de execução, é muito comum acontecerem con itos quando, por
exemplo, o trabalho feito foge das especi cações do projeto. Alguém
constrói, por exemplo, uma parede um pouco fora da posição planejada. Ou
talvez você descubra que não tinha orçado direito o material que estava no
projeto, e que ele é três vezes mais caro do que você previu. A solução é
escolher um material mais barato. Mas para isso, você tem que voltar para a
crítica, para uma nova avaliação do projeto.

Critica, critica, critica e talvez você mude algumas partes da sua casa, ou
algum acabamento que estava inicialmente no projeto. E então você ca
circulando entre o sonhador, o crítico e o realizador – sendo que o
realizador age mais próximo da realidade, o que lhe dá uma visão mais
concreta do que é preciso para construir a casa que você deseja. Esse ciclo
todo é muito importante para quem quer sair do sonho para a realização.

Sem dúvida que algumas coisas na vida dependem só de nós mesmos, como,
por exemplo, emagrecer. Para emagrecer, eu posso iniciar a visualização,
fazer a crítica e promover a realização, até mesmo em um mesmo dia. Posso
começar rapidamente esse projeto, pois ele só depende da minha vontade e
da minha decisão.

Porém, para outras coisas, para certos outros projetos, nós vamos depender
da participação de terceiros, como é o caso do nosso exemplo anterior, em
que focamos a construção de uma casa.

De qualquer modo, dependa o projeto somente de nós mesmos, ou também


de terceiros, uma das coisas incríveis que podemos adquirir a partir da
Estratégia Disney é a consciência da importância dessas três fases na
conquista de qualquer objetivo: a visualização, a crítica e a realização. E
também da necessidade de se trabalhar cada uma dessas fases de maneira
independente, para se conseguir mais objetividade e melhores resultados. E
depois disso, é claro, usarmos o modelo TOTS, para conseguir o
re namento de nossos resultados.

Agora pare, pense por um momento e responda: você sabia que passa
especi camente por essas três fases na conquista de seus objetivos, na
realização de seus sonhos?
Talvez você já zesse tudo isso instintivamente, mas agora já sabe que tem
uma parte sua que é sonhadora, uma que é crítica e outra que é realizadora e
que as três contribuem para a obtenção de seus resultados. Então, pense:
como você pode usar essa informação para melhorar a sua vida?

Proponho um exercício para você poder avaliar melhor o poder que a


Estratégia Disney pode ter na sua vida. Faça o seguinte:

Procure lembrar-se de uma experiência na sua vida em que você falhou, em


que teve um resultado indesejável; algo que você tentou fazer e não chegou
até o nal.

Procure agora avaliar, com isenção de emoções, sem se sentir culpado ou


arrependido e perceba em qual ponto houve uma “falha” que provocou o
resultado indesejado que você obteve. Onde foi que você errou?

Divida aquela experiência que você teve nas três fases de que estamos
falando: o sonho, a crítica e a realização. E então? Em qual delas você
percebe que falhou?

Lembre-se que essa tomada de consciência é o primeiro passo para você


aplicar a Estratégia Disney em sua vida com e cácia e melhorar todos os
seus resultados a partir de agora.

Ótimo! Agora vamos partir para um segundo exercício:

Pense em alguma coisa que você quer concretizar na sua vida e que dependa
somente de você para ser realizada, ou que se depender de outras pessoas
não seja uma dependência muito complexa. Comece por algo bem básico,
para poder aproveitar bem os ganhos com este exercício.

Agora entre na sua “sala do sonhador” – assim como sugerimos que Walt
Disney fazia – e visualize, sonhe, sem ltros. Apenas sonhe, sonhe. O
sonhador é muito importante, pois é ele quem dá vida, dá motivação, dá
inspiração, dá o toque artístico a tudo.

Agora entre na sua “sala do crítico” e critique, coloque o “como eu vou


fazer isso?”. Critique, critique, critique. Quais recursos, quanto tempo, qual a
meta, qual o prazo, quanto custa? E assim por diante. Procure levantar os
possíveis obstáculos que você poderá enfrentar e as possíveis soluções que
vai trazer para superá-los.

Por m, entre na sua “sala do realizador”. Comece a executar, a fazer, a pôr


a mão na massa; faça, realize, aja!

É claro que se você zer tudo como foi planejado e criticado, chegando
então ao resultado nal, é pouco provável que algo dê errado, não é mesmo?

Mas, e se no ato da execução algo não sair exatamente como você esperava,
o que você faz? Você aplica o modelo TOTS e ajusta o processo, a partir do
início:

Você volta para a visualização, volta para a crítica. Melhora o sonhador,


melhora o crítico. E assim vai ajustando a realização e chegando mais
próximo dos resultados ideais que você busca.

E então? Você está pronto para a prática, para aplicar tudo isso na vida real?
Então de na um sonho seu, um projeto que você tenha, que dependa
prioritariamente de você e aplique a Estratégia Disney. Seus resultados agora
serão surpreendentes!

A importância dos bons hábitos

Criar bons hábitos vai fazer com que você economize energia física e
cerebral, porque gera um processo automático, intuitivo, simples e com o
mínimo de esforço para executar determinadas atividades. Desse modo, não
são precisos grandes esforços para fazer uma boa escolha, para realizar algo
de valor, para conquistar a sensação de prazer do dever cumprido. Criamos
uma programação que roda naturalmente em nossa mente, facilitando
muito as coisas no nosso dia a dia.

Além disso, adquirir e praticar bons hábitos é importante para que


tenhamos uma neuroquímica cerebral saudável e, consequentemente,
tenhamos melhor qualidade de vida.

Quando digo neuroquímica saudável estou falando prioritariamente do


chamado “quarteto do prazer” – os quatro neurotransmissores que geram
prazer: a dopamina, a serotonina, a endor na e a oxitocina. Esse quarteto é
produzido quando temos a sensação de recompensa trazida, por exemplo,
pela prática de bons hábitos.

Quando criamos bons hábitos, tornamos automática em nosso cérebro a


percepção de realização e automatizamos as experiências que nos dão a
sensação da recompensa.

Os três gatilhos para formar um hábito


Como disse o autor e repórter Charles Duhhigg, em seu livro “O Poder do
Hábito”, a criação de um novo hábito consiste de três elementos: o gatilho, a
rotina e a recompensa.

O gatilho é o ponto de partida, o que me impulsiona a começar a


fazer aquilo que eu quero;

A rotina é o processo, é o ato de fazer aquilo que eu quero;

A recompensa é o prazer, a dopamina liberada, depois da realização


daquilo que eu coloquei como objetivo.

Para construir um hábito é preciso passar por essas três fases.


Criar um novo hábito consiste em três elementos: o gatilho, a rotina e a recompensa.

Vamos supor que você queira adquirir o hábito de correr todos os dias.
Nesse caso, o seu gatilho pode ser, por exemplo, colocar o celular para avisá-
lo na hora que deve começar a treinar a corrida. A sua rotina pode ser
colocar a roupa de ginástica, o seu tênis mais adequado e começar a correr.
A recompensa vai ser aquela sensação de dever cumprido, quando você
acabar o treino e estiver se sentindo muito bem.

A sensação de ter feito aquele esforço, superando a dor e o cansaço, lhe traz
prazer e você ca feliz por ter concluído sua meta. Esse prazer gerado é
viciante e isso serve como estímulo para fazer a mesma coisa no dia
seguinte.

Comece de modo consciente


Você já se perguntou por que algumas pessoas têm bons resultados naquilo
que se propõem fazer e outras não? A verdade é que isso tem muito a ver
com a forma como o cérebro de cada pessoa funciona.

Por exemplo, existem pessoas que têm muita di culdade de acordar cedo e
fazer uma atividade física. Já outras pessoas o fazem com a maior
naturalidade, pois isso já se tornou algo inconsciente, automatizado, assim
como escovar os dentes todos os dias, assim como tomar banho, por
exemplo, que é algo totalmente automático, não é algo racional.

Para estas pessoas, fazer uma atividade física pela manhã já não está no nível
consciente – elas não cam pensando, simplesmente vão lá e fazem.

É importante entender que todo comportamento começa de modo


consciente e, só depois, se transforma em um hábito, passa para o plano
inconsciente. Então, se esforce para, conscientemente, fazer determinada
atividade, mesmo que você tenha di culdades. Esse é o primeiro passo.
Depois você insiste nela, até que se torne inconsciente, automática.

Todo comportamento precisa começar de modo consciente e só depois se transforma em


um hábito.

Por exemplo: para adquirir o hábito de correr, você se propõe


conscientemente a sair um dia para treinar, depois faz o mesmo no outro dia
e no dia seguinte, e quando você perceber estará correndo todos os dias, sem
nem mesmo pensar para fazer isso. Isso se torna viciante, se transforma em
um hábito.

Esse é um vício positivo, um hábito gostoso, porque traz satisfação e prazer,


gera recompensa. E como isso já passou para o seu nível inconsciente, você
não tem porque lutar contra ele. Como o seu inconsciente está habituado a
gerar dopamina, como recompensa por ter saído para correr, você corre
todos os dias naturalmente, com muita satisfação.

Quando digo inconsciente, estou falando como metáfora, para simpli car. A
liberação de dopamina ocorre, mais especi camente, na região do estriato
ventral, popularmente conhecido como núcleo accumbens.

É possível sentir prazer mesmo antes de realizar um objetivo


No entanto, muitos planos falham, porque a pessoa não sente a recompensa
imediata e desiste antes de conseguir sucesso nos seus objetivos. Esse é o
perigo de querer o prazer imediato.

O problema, nesses casos, é que a pessoa quer ter a recompensa antes de


arrumar um gatilho e antes de passar pelo processo de construir o
merecimento do prêmio nal. O imediatismo atrapalha a consecução do
objetivo, porque a pessoa não tem paciência de trabalhar e esperar pela
recompensa.
Charles Duhhigg defende que a recompensa acontece quando a gente faz,
quando terminamos o procedimento da rotina. No entanto, em termos
imaginários — já que para a nossa mente subconsciente o real é aquilo que
pensamos ou imaginamos — é possível que consigamos criar a recompensa
já durante a rotina, ou mesmo antes do gatilho.

Para resolver essa situação do imediatismo, para superar esse obstáculo de


desanimar enquanto não vemos resultados, a gente pode criar mentalmente
essa sensação de prazer, de já receber a recompensa a qualquer momento em
que estejamos na nossa busca por nossos objetivos.

Podemos, em um processo de visualização, criar um novo hábito e


realmente passar pelas três fases – gatilho, rotina e recompensa – já no
começo da nossa busca, ou em qualquer outro momento da nossa jornada.
Dessa forma, nós geraremos a química necessária da recompensa antes
mesmo de realizar o objetivo. Assim, vamos poder receber da nossa mente
os neurotransmissores associados à recompensa, o que nos dará novo ânimo
para continuar na nossa busca pelo objetivo.

Por exemplo, se uma pessoa que quer emagrecer já visualizar em sua mente
e já se sentir magra, mesmo antes de ter perdido peso, e ela já se comportar
como uma pessoa magra, vai liberar os neurotransmissores necessários para
se manter motivada na sua dieta.

Em resumo, eu já posso sentir a recompensa de ser um corredor, antes


mesmo de colocar o meu relógio para despertar, avisando que é hora de
treinar. Já posso me sentir magro, antes mesmo de perder aqueles quilos que
eu planejei emagrecer. Eu já posso me sentir rico muito antes de ver o
dinheiro na minha carteira. Eu passo a me comportar, a me sentir como se
já tivesse chegado ao meu objetivo e isso gera um processo automático de
motivação para eu trabalhar no que for necessário para chegar lá.
A visualização ajuda a formar os bons hábitos que você deseja. Vou
exempli car mantendo ainda o objetivo de alguém que deseja adquirir o
hábito saudável de correr. Isso costuma ser algo bastante desa ador para a
maioria das pessoas, principalmente para iniciar o primeiro dia de corrida,
já que isso ainda não faz parte do dia a dia delas.

A visualização ajuda a formar os bons hábitos que você deseja.

Porém, fechando os olhos e relaxando você pode imaginar que já corre há 3


semanas. E então, visualize como foi o primeiro dia, como se você criasse
uma memória. Visualize como foi o segundo, o terceiro dia e como você
vem progredindo dia após dia.

Passou a primeira semana, passou a segunda, passou a terceira e hoje é só


mais um dia. Hoje é mais um dia normal, depois de três semanas correndo.
E você sente que isso é real dentro de você. Ou seja, não será diferente correr
hoje do que como você correu todos os outros dias.

Agora, me diga: depois dessa visualização, não ca mais fácil encarar esse
seu primeiro dia de corrida como se fosse algo habitual, corriqueiro e
simples na sua vida?

Não será mais fácil acreditar que você já faz dieta há uma semana e que
amanhã é apenas mais um dia, do que acreditar que amanhã é o dia inicial
da sua dieta?

Quando a gente vai fazer algo pela primeira vez é que é o verdadeiro desa o,
algo que traz certa tensão, um medo de dar errado. Mas quando a gente cria
a crença de que já faz aquilo, já é um hábito, já é algo automático que gira na
nossa mente, então praticamente toda essa tensão desaparece e o nosso
ânimo se acende.
Micro-hábitos
Muitas pessoas têm di culdades para criar um novo hábito em suas vidas,
mas elas podem optar por começar criando micro-hábitos — conforme
sugere o autor James Clear, em seu livro “Hábitos Atômicos”.

Por exemplo, vamos supor que você queira iniciar atividades físicas e queira
começar por fazer exões. Sem dúvida, para quem está começando, fazer 30
exões de uma só vez será bem desa ador. Mas, e se você começar fazendo
uma exão hoje, duas amanhã, quatro no terceiro dia e assim por diante?
Com certeza chegará um dia em que fará as 30 exões com naturalidade.

Se você quer caminhar 5 quilômetros por dia, dá para buscar micrometas


diárias, até chegar a essa marca. Hoje, você dá uma volta na quadra; amanhã,
duas voltas, depois três e assim vai progredindo pouco a pouco.

É muito mais desa ador para uma pessoa que tem hábitos alimentares não
saudáveis virar uma pessoa tness de um dia para o outro. Mas hoje, mesmo
que tenha comido fast food no almoço, ela pode experimentar tomar um
suco verde no nal da tarde, mesmo que vá comer lasanha à noite. No dia
seguinte, pode optar por, além do suco verde, substituir o jantar por uma
salada. E, no outro dia, quem sabe ela pode abrir mão do fast food e ir
almoçar em um restaurante de comida mais saudável.

A junção de micro-hábitos com disciplina e consistência ajudam a formar um novo


hábito.

Em todos esses casos, e em muitos outros que você mesmo poderá


experimentar, um conjunto de micro-hábitos atômicos ajudará a formar um
hábito maior e mais consistente. Ou seja, em vez de querer introjetar um
hábito completo de uma vez e de forma rápida, a junção de micro-hábitos
com disciplina e consistência trarão um hábito mais bem-formado e
consolidado.
Isso se explica, em boa parte, porque começando pouco a pouco você vai
adquirindo pequenas vitórias, que o seu cérebro entende como recompensas
diárias e gera os neurotransmissores que você precisa para se sentir
motivado a continuar no seu trabalho de formar um novo hábito.

E, é claro, lembre-se de outra parte muito importante nesse processo:


agradeça a cada dia cada uma dessas suas pequenas vitórias. O estado da
gratidão é o grande catalizador que irá fomentar os gatilhos da recompensa
e fazer gerar esse novo hábito em nosso inconsciente.

Um pouco de física quântica

Todas essas técnicas de que falo neste livro já foram comprovadas por
milhões de pessoas e também por mim, pessoalmente. Por isso, tenho a
tranquilidade de rea rmar cada palavra que escrevi nesta obra, com a
certeza de que o que ensino aqui também vai funcionar para você.

Porém, como sei que muitas pessoas precisam de uma certa “visão
cientí ca” para carem mais à vontade com os temas que tratamos aqui,
resolvi discorrer um pouco sobre a física quântica, para tranquilizá-las.

Procurei deixar claro nesta obra que não acredito que para criar a sua
própria realidade basta sentir e visualizar e tudo acontece — como se fosse
um passe de mágica, ou um milagre como muitos apregoam. Como você
com certeza já percebeu, eu prego muito o poder de colocar em ação tudo
aquilo que você planeja. O grande segredo do sucesso é você estar com suas
ações alinhadas com a frequência energética daquilo que quer realizar. É
assim que o seu sonho, o seu desejo, ganha força para se concretizar, é assim
que fazemos com que as coisas aconteçam.

O grande segredo do sucesso é estar com suas ações alinhadas com a frequência
energética daquilo que quer realizar.
Existem fenômenos que acontecem, que a física quântica explica com a ideia
de que estamos todos conectados por meio de um emaranhamento quântico
— algo que, por sinal, Albert Einstein começou a estudar e que chamou de
Ação Fantasmagórica à Distância. Infelizmente, ele morreu antes de concluir
esses estudos.

Por exemplo, quando uma grávida começa a ver muitas grávidas, ou quando
você quer comprar um carro e passa a só ver aquele modelo de automóvel
circulando pelas ruas, parece tudo uma enorme coincidência. Ou, por
exemplo, o fato de que as crianças tendem a ver desenhos e animações onde
muitas vezes os adultos não veem. Eu muitas vezes saio com a minha lha
para ir a algum lugar e, vira e mexe, ela acaba encontrando algum desenho,
alguma foto de um desenho animado, um símbolo do Mickey, alguém dos
quadrinhos. Ela acaba encontrando um adesivo de personagens infantis
pregado num carro, ou algo mais infantil num outdoor; ela sempre encontra
algo assim.

Os neurocientistas dizem que isso acontece pelo sistema SARA (Sistema


Ativador Reticular Ascendente), que faz com que o seu cérebro identi que
aquilo que você está pensando. É como se você estivesse programado para
ver aquilo.

Eu até concordo com parte dessa teoria, porque realmente o sistema SARA
existe e age dessa maneira — nos programamos para ver aquilo que
queremos ver. E é fato também que para onde vai a sua atenção, vai também
a sua energia, como diz um pressuposto da PNL.

No entanto, realmente existe alguma conexão, que não sabemos ao certo


explicar com rigor cientí co, que faz com que algumas coisas aconteçam
quando você está sintonizado em determinada energia. Eu chamo isso de
fenômenos.

Algumas coisas acontecem quando você está sintonizado em determinada energia.


Lembro-me de um dia em que eu estava cantarolando uma música de uma
banda chamada Capital Inicial, que marcou bastante a minha adolescência.
Essa música estava tocando na “rádio interna” da minha mente. Eu estava
caminhando com o meu cunhado e decidimos ir a algum lugar de carro.
Quando entramos no veículo e ele ligou o rádio, qual música tocou?
Justamente aquela que estava na minha cabeça.

Você provavelmente já passou por situações assim e é bem possível que


chame isso de coincidências, não é mesmo? Eu diria algo como “Deus-
cidência”. De qualquer forma, é um fenômeno muito estranho, não é
mesmo?

Em outra ocasião, eu estava indo de carro da minha cidade, Vinhedo, até


Americana, onde temos um estúdio de gravação, e decidi colocar o som do
meu celular ligado ao carro. Selecionei um álbum antigo de que gosto muito,
chamado Older, de George Michael e comecei a ouvir as músicas. Confesso
que, atualmente, já não é muito comum tocar George Michael nas rádios —
hoje em dia, no Brasil, é mais provável ouvir músicas sertanejas ou religiosas
sendo tocadas a toda hora. Eu estava ouvindo esse álbum Older e, de
repente, precisei mexer no celular e acabei desconectando o cabo que o
ligava ao painel do carro. De imediato, entrou a transmissão da rádio local e
o que estava tocando naquela estação? George Michael.

São coisas que acontecem e que não têm explicação. Qual é a probabilidade
matemática de, naquele momento, tocar George Michael na rádio, no
mesmo momento que eu estava ouvindo um álbum desse cantor no meu
celular. E mais ainda: qual é a probabilidade de, naquele exato momento, o
cabo ter se desconectado do celular? Qual é a probabilidade de aquela
música estar tocando exatamente naquela estação de rádio que estava
sintonizada?
Pense: quantas vezes na sua vida você pensou em uma pessoa, ou sonhou
com ela, e aquela mesma pessoa ligou para você em seguida? Aquela mesma
pessoa em quem você estava pensando e com quem, talvez, você não falava
havia muito tempo.

Hoje, já se sabe que estamos todos conectados pela física quântica, que
todos estamos mergulhados em uma mesma malha energética. Na verdade,
só existe uma onda, segundo a mecânica quântica e essa onda é chamada de
vácuo quântico. Esse vácuo quântico, quando diminui a sua frequência, vira
o Bóson de Higgs10, também conhecido como a Partícula de Deus, pois está
em todos os lugares — se dermos um zoom ultrapotente na lua, na terra, ou
no corpo humano, vamos chegar ao Bóson de Higgs.

Quando o Bóson de Higgs diminui sua frequência o su ciente, ele dá


origem aos átomos. Quando juntamos átomos, surgem as moléculas.
Quando juntamos as moléculas, elas viram células. Quando juntamos
células, elas viram órgãos humanos e assim por diante. Montanhas, carros,
apartamentos, tudo é feito pelo mesmo tijolinho chamado átomo. E o
grande ponto em comum é: todo átomo tem eletromagnetismo.

A física já comprovou que o átomo é basicamente oco em sua estrutura. Se


zéssemos uma comparação em temos de proporção matemática, o núcleo
do átomo poderia estar na cidade de São Francisco, nos Estado Unidos,
enquanto um elétron estaria em Nova York. Ou seja, é uma distância
assustadoramente grande. No entanto, nós temos a impressão de que as
coisas são sólidas devido à velocidade de vibração das partículas, que é tão
grande que parece não haver espaços no interior dos átomos. Se não fosse
assim, você conseguiria ultrapassar uma parede ou passar o seu braço por
dentro de um tronco de madeira.

Então, segundo a física quântica, o que existe são apenas níveis de


organização do vácuo quântico, que dão a impressão de solidez às coisas.
Isso cria a ilusão de que estamos separados uns dos outros — porque cada
um de nós temos um ego, uma individualidade —, mas de fato estamos
todos interconectados.

Isso tem sido debatido já há muitos anos pelo físico Nassim Haramein11 e
também pelo palestrante Gregg Braden12, além de vários outros estudiosos,
como Deepak Chopra13 e Amit Goswami14. Todos eles a rmam que
realmente está tudo conectado através da chamada Matriz Divina, como
sugerido por Gregg Braden, por onde transitam todas as informações. O
que, na prática, seria o vácuo quântico.

A física quântica também diz que tudo no Universo é energia e informação


ao mesmo tempo. Agora, como especi camente as coisas se materializam,
ainda não existem provas cabais sobre isso. O que se pode dizer, com
certeza, é que tudo o que vem sendo dito na física quântica, realmente
funciona.

Tudo no Universo é energia e informação ao mesmo tempo.

Em outras palavras, o que a física quântica a rma com convicção é que


estamos todos conectados, que existe um emaranhamento quântico e que
nós cocriamos a nossa realidade. Cocriar signi ca que nós criamos em
conjunto com um criador, que você pode chamar de Deus ou Universo. E
que para criar a sua realidade você precisa estar em fase com o todo. Ou
seja, quanto mais em fase você estiver como o vácuo quântico, maior a sua
capacidade de criar a sua realidade.

E qual é a frequência do vácuo quântico? Amor Puro. Então, quanto mais


você eleva a sua frequência e vibra amor, mais aumenta a sua capacidade de
cocriar a sua realidade.

Quanto mais você vibra amor, mais aumenta a sua capacidade de cocriar a sua
realidade.
Podemos dar exemplos de modelos da humanidade que tinham a habilidade
de criar, de curar, fazer milagres, fazer coisas incríveis, tão somente
manifestando seu amor pelo próximo. É claro que estamos falando de Jesus
Cristo, Budha, Yogananda e alguns outros que realizaram grandes feitos
usando o poder do amor, da fé e da certeza na unidade de todas as coisas.

Portanto, essa é a verdade: tudo está conectado e quanto mais nós entramos
em fase com uma frequência elevada, mais aumentamos a habilidade de
criar a nossa realidade. Aquilo em que a gente acredita piamente e busca e se
dedica a ela com amor, tende a se tornar realidade, de um jeito ou de outro.

Então, sendo bem prático, esta é a conclusão que quero deixar para você
neste momento: devemos elevar a nossa vibração para um sentimento de
maior amor, para cada vez mais entrarmos em contato com essa malha
universal, que é chamada de vácuo quântico, Universo, Deus, não importa.

Quanto mais você estiver conectado com essa fonte, mais aumenta o seu
poder de criação. Porém, cabe aqui relembrar que não basta apenas entrar
em contato com essa energia; em algum momento você precisará também
agir para dar movimento à busca pelo seu sonho. Realização sempre exige
ação. Lembre-se sempre disso.

Fique sempre atento aos sinais. Aquilo a que você estiver conectado vai
começar a aparecer, a se manifestar de certa forma na sua vida. Talvez ainda
não materialmente, concretamente, mas você começará a perceber, por meio
de sua intuição ou da sua percepção, sinais de que você está no caminho
certo. A partir daí, basta agir e fazer a sua parte nesse processo.

Coloque ação

Acabei de chamar sua atenção para a ideia de que “realização sempre exige
ação”. E é claro que isso não foi por acaso.
Quando falamos de mecânica quântica, como diz o professor Hélio Couto,
grande referência nessa área e também para mim, nos colocamos como
cocriadores no universo: a gente pensa e cria.

Quando estamos em um estado elevado de consciência, vibrando amor e


gratidão, entramos em sintonia com o todo, pensamos, criamos, pensamos e
criamos. Ou seja, aquilo que pensamos se torna realidade.

Sim, isso é uma verdade. Entretanto, o agir tem que estar vinculado a esse
processo e é preciso entender um pouco mais sobre isso, compreender mais
a fundo o que é essa ação que faz com que tudo que visualizamos aconteça
de fato. E aqui está um ponto chave deste livro. Então, vamos nos
aprofundar um pouco mais nesse tema.

Quando falo em agir, não estou necessariamente falando de fazer grandes


esforços. Aliás, a ação necessária para a materialização de algo visualizado
por nós pode nem mesmo exigir esforço. O agir pode ser apenas uma
escolha, uma decisão, um contrato que assinamos, um sim que damos a
alguém. Tudo isso também é agir.

É claro que se eu quero ser um corredor de maratona, vai ter que ter muito
esforço nisso. Não tem como apenas visualizar que sou um corredor de
sucesso se eu não treinar, não correr, não deixar o meu corpo adaptado, com
boa musculatura, resistência e elasticidade para isso. Mas esse é um caso
especí co. Porém, existem inúmeros outros casos, que vamos exempli car
logo a seguir, em que a ação não envolve praticamente esforço algum.

Da mesma maneira que a ação não está necessariamente vinculada ao


esforço, nem sempre o esforço está relacionado ao resultado que se obtém.
Algumas pessoas vão se esforçar mais e ainda assim ter menos resultados do
que outras que se esforçam menos.
Os resultados que obtemos são potencializados quando nos preparamos para o que
fazemos.

Por exemplo, existem muitos trabalhadores que se esforçam bastante, todos


os dias, em trabalhos braçais, se arriscam em lugares de alta periculosidade,
trabalham em condições extremamente difíceis e nem por isso têm um
resultado maravilhoso, em termos de ganhos nanceiros e de qualidade de
vida.

Por outro lado, outras pessoas conseguem otimizar sua atuação em bons
investimentos ao longo da vida e ter uma independência nanceira com
bem menos esforço — pelo menos com menos esforço físico.

Os resultados que obtemos podem ser potencializados quando nos


preparamos para o que fazemos, quando usamos nossa capacidade e
inteligência para descobrir meios de tirar o melhor proveito das ferramentas
que temos ao nosso dispor.

Existe uma conhecida história que exempli ca esse ponto: trata-se de uma
disputa entre um mestre lenhador — já velho e aposentado — e seu jovem
aprendiz, para ver quem cortava mais árvores.

Logo no início da disputa, o aprendiz, cheio de forças e energia, saiu


correndo com o seu machado e começou a cortar as árvores. Enquanto isso,
o mestre calmamente a ava o seu machado — e só depois de um bom
tempo é que se levantou e foi cortar as árvores.

Ao nal do dia, o mestre havia cortado muito mais árvores do que o seu
jovem aprendiz.

A lógica por trás desse feito é bem simples: com o machado sem a ar, o
aprendiz, além de ter de se esforçar muito mais, teve um baixo rendimento
em seu trabalho. Já o mestre, com toda a sua experiência, manteve seu
machado sempre a ado e conseguiu os melhores resultados, mesmo sem a
necessidade de colocar muito esforço na tarefa.

Isso é apenas uma metáfora, mas na vida real também funciona dessa
maneira. Nossos resultados são sempre melhores e exigem menos esforço,
quando usamos nossa capacidade e inteligência para tirar o melhor proveito
das ferramentas que temos.

Nossos resultados são sempre melhores quando usamos nossa capacidade para tirar o
melhor proveito das ferramentas que temos.

Gosto de citar o exemplo do jogador Romário, que foi um excelente


atacante, com uma taxa de gols por jogo altíssima. No início de sua carreira,
ele corria bastante e fazia muitos gols — mas se cansava muito. Já no nal de
sua carreira, próximo aos quarenta anos de idade, a sua conversão de gols foi
ainda maior do que quando ele era jovem — porém, ele já não corria tanto,
porque aprendeu a se posicionar melhor em campo.

O que aconteceu foi que, com a experiência, ele aprendeu a se posicionar


muito bem, exatamente nos locais onde a bola geralmente caía na pequena
área; e fazia mais gols, com muito menos esforço. Era algo que até parecia
mágico, como se ele fosse um imã: a bola sempre caía aos seus pés e ele
cuidava de mandá-la para dentro do gol.

Também gosto de citar o exemplo de Milton Erickson, um grande


hipnoterapeuta que sofria de poliomielite, era disléxico, tinha só um
pulmão, era daltônico e, segundo ele próprio, tinha inúmeras limitações que
poderiam impedi-lo de ser um hipnotista clássico, que dava trancos,
solavancos ou sustos em seus clientes.

Porém, ele desenvolveu uma linguagem articulada e persuasiva, chamada de


Linguagem Conversacional Hipnótica, ou Padrões de Linguagens
Ericksonianos, com que conseguiu promover sugestões maravilhosas e
persuasivas, que são estudadas até hoje não só pelo pessoal da Hipnoterapia,
mas também por vendedores e outros pro ssionais, que usam gatilhos de
vendas adaptados da linguagem de Erickson e sempre funcionam muito
bem.

Em resumo, a ação é necessária para fazer acontecer o que visualizamos. Nós


pensamos e criamos, só que o agir tem que estar vinculado a isso, para que
haja a materialização do que foi pensado e visualizado. Mas, repito, nem
toda ação exige esforço.

Por mais que você visualize, pense e acredite que recebeu o que deseja, que
já deu certo na sua vida o que busca, é preciso agir — nem que seja com
uma ação mínima, nem que seja apenas um simples “sim” que você dê como
resposta a alguma questão pendente.

Por exemplo, você está precisando muito de um funcionário especialista


para uma área da sua empresa e esse funcionário não aparece. Você começa
a visualizar e acreditar que essa pessoa vai surgir. E, de repente, recebe um
telefonema de alguém pedindo emprego, que tem capacitações semelhantes
às que você busca.

É incrível! Você atraiu isso. Entretanto, se você não disser “sim, venha fazer
um teste na empresa”, perde a oportunidade. Se você falar “hoje eu tenho
uma reunião, não vou poder te receber”, talvez perca aquela oportunidade de
ter aquele funcionário. Falta você agir para realizar na sua vida aquilo que
visualizou.

É importante reforçar esta ideia: pensar e criar faz todo o sentido. Você
pensa, cria e realmente altera a sua realidade interna, porque essa realidade é
aquilo em que você acredita. Então, se você acredita que pode, você pode. Se
você acredita que não pode, você não pode. Simples assim.
Agora, a sua realidade externa precisa de, no mínimo, um aceite, de um sim,
de um “OK, eu aceito”, eu mereço, ou um “OK, eu assino o contrato”; “OK,
eu vou até você”. Ou seja, precisa de uma ação.

Vou dar mais um exemplo, bem simples, para car ainda mais óbvio a
necessidade de uma ação: quando você está com sede e vai até a cozinha,
enche um copo de água e bebe, por mais elementar que essa atividade seja,
por mais automático que isso pareça, você agiu. Você foi lá e fez isso. Se você
estivesse com sede e não agisse, iria continuar com sede.

Quando quer ir a um restaurante de comida japonesa, você visualiza, sente


até o sabor do sushi e do salmão na sua boca, já se vê sentado à mesa e
saboreando todas aquelas delícias. E, de repente, aparece uma promoção na
televisão, oferecendo um rodízio de comida japonesa em um restaurante
nobre da cidade, por um preço muito bom.

Incrível! Você atraiu essa propaganda? Talvez tenha atraído, ou foi o seu
Sistema Ativador Reticular Ascendente, o seu SARA15, que observou isso.
Mas o que você faz a partir daí? Veste uma roupa, entra no carro e vai até o
restaurante. Ou seja, você precisa agir para comer no restaurante japonês. Se
não zer nada, vai car só na vontade.

Quero deixar claro aqui que, mesmo quando alguém me diz que “A lei da
atração funciona perfeitamente para mim, porque quando eu penso em algo
e crio, quando visualizo uma coisa, aquilo sempre vem para mim”, eu não
questiono isso. Mas sempre acrescento que ainda assim, você precisa pegar
aquilo que pediu e visualizou, precisa aceitar aquilo — e isso é também ação.
Não necessariamente virá com esforço físico, mas sempre a ação estará
envolvida de um jeito ou de outro, mesmo que seja só para pegar uma
caneta e dar um aceite num contrato.

Por muitos anos, eu dei vários treinamentos nas mais diversas cidades do
Brasil. Conheço o país como poucas pessoas. E eu sempre pensava no curso,
o criava e lançava treinamentos de 3 dias — em geral, sextas, sábados e
domingos. Só que nesse processo havia um esforço relativamente grande,
para comprar as passagens, arrumar as malas, ir para o aeroporto, pegar o
voo, chegar ao hotel, fazer o check-in, car vários dias longe de casa, ensinar
o conteúdo para os alunos, tirar dúvidas, hipnotizar alunos, fazer
tratamentos e ressigni cações, imprimir os certi cados, enviar notas scais
para os alunos, receber o dinheiro, parcelar os pagamentos, pagar a equipe
de apoio, voltar para minha casa, desfazer as malas. Ou seja, isso tudo é
ação.

Em outro momento, descobri que eu podia lucrar muito mais vendendo um


curso on-line, sem precisar sair da minha casa. Ou seja, usei a minha
habilidade para alcançar muito mais pessoas no mundo inteiro, usando uma
mentalidade diferente, com base em toda a experiência que eu já havia
acumulado. Mas, ainda assim, precisei fazer o esforço de gravar o curso,
utilizar o marketing digital para divulgar e vender, trabalhar com a minha
equipe, com meu sócio, com os meus parceiros, de nir as estratégias,
escolher os bônus do produto. Isso tudo também foi ação, mas uma ação
mais direcionada para o sucesso — a nal, o curso on-line você precisa
gravar uma só vez, enquanto o curso presencial precisa repetir várias vezes,
para cada nova turma de alunos.

Não dá para dizer qual dessas opções é a melhor; como em tudo na vida,
não tem melhor ou pior. Mas temos aquilo que pode dar mais resultado e
aquilo que pode dar menos resultado. Precisamos testar, usando o raciocínio
lógico e dedutivo. E escolher a ação que melhor se encaixe na nossa
necessidade de materialização daquilo que visualizamos.

A sua capacidade de criação é incrível


Jesus disse que “tudo aquilo que pedirdes, crendo que receberam, receberão”.
Ou seja, tudo aquilo que vocês pedirem, tudo aquilo que vocês visualizarem,
sentirem, acreditarem, enviarem ao seu subconsciente crendo que aquilo já é
real, então já é real, você já vai receber.

Perceba como a fraseologia está sendo usada de modo decisivo nessa


a rmação: tudo aquilo que pedires, crendo que receberam (está no passado,
ou seja você acredita que já recebeu), receberão (está no futuro, ou seja está
garantido que já é seu). Ou seja, se você acredita que pode, você pode.

Muitas vezes, nos treinamentos que dou, um aluno vem até mim e fala:
“Lucas, eu tenho muita di culdade de ganhar dinheiro”. E eu digo: “Tem
mesmo!”. E a pessoa ca com uma cara estranha, olhando para mim e
pergunta: “Mas como assim, você não vai dizer nada para me ajudar?”. E eu
sempre digo: “Você tem toda razão. Se você diz que tem di culdade de
ganhar dinheiro, então você tem mesmo”.

Outra pessoa vem e diz: “Nossa Lucas, eu durmo tão bem; onde deito eu
durmo”. O que eu digo nesse caso é: “Que bom, você cria a sua realidade. Se
você pensa que dorme bem, então você dorme bem”.

Se você é um pro ssional liberal, um autônomo, ou tem um consultório, e


acredita que tem muitos clientes, você de fato tem muitos clientes. Mas se
você sempre reclama que não tem clientes, que está tudo muito difícil, que
as pessoas não pagam o que você propõe, que os clientes são chatos, são
pedantes, que não têm dinheiro, então você está certo também. E vai ter
cada vez menos clientes.

Tudo aquilo que você pede acreditando que já tem, você tem.

Realmente, o que Jesus falou tem muito sentido. Tudo aquilo que você pede
acreditando que já tem, você tem. Ele também disse que se você tiver fé do
tamanho de um grão de mostarda, você conseguirá mover montanhas. Claro
que isso foi metafórico — ou será que não foi? Talvez tenha sido literal. O
que importa mesmo é você saber que se acreditar piamente em algo, você
muda a realidade. Esse é o poder da crença.

Quando você consegue realizar grandes feitos através da sua crença, ou da


sua fé, ou da sua aceitação subconsciente, não importa o nome, você nem
precisa mais pedir. Você pensa e cria. É quando você entra naquele nível que
o professor Hélio Couto ensina: você se coloca como cocriador no universo.

Mas até chegar nesse nível, vai ser necessário você sentar, visualizar, praticar
o Protocolo Naves de Visualização, aprender a sentir, aprender a agir. E com
o tempo isso vai car tão automático que você vai virar um cocriador
natural da sua realidade, porque é da sua natureza a habilidade e a
capacidade de criar.

Acredite: a sua capacidade de criação é incrível. E é muito importante que


você entenda que para criar, além de visualizar, você vai ter que agir, tem
sempre que ter a ação.

Como já comentei no capítulo anterior, essa ação não precisa


necessariamente exigir muito esforço, mas pode ser que precise de algum
empenho e dedicação. Portanto, trabalhe sempre de modo que você tenha o
mínimo esforço e o máximo de resultados. Em outras palavras, otimize os
processos.

Também como já ressaltei no capítulo anterior, é importante lembrar que a


ação exigida em algum processo de criação pode ser apenas um simples
“Sim” que você diga a alguém. Ou um simples “Não”, se for o caso. Ou uma
assinatura de um contrato, ou um telefonema, ou fazer ou aceitar um
convite. Tudo isso é agir. Uma ação acontece toda vez que você usa a razão, a
sua racionalidade dedutiva e lógica, para se mover em direção ao objetivo.
Quando digo que primeiro você visualiza, acredita, sente, mas depois
precisa agir para fazer acontecer, eu não estou desmerecendo a atração pura
e simples, sem a ação. Estou dizendo que a ação é necessária, mas que ela
não é necessariamente um esforço. A ação é um conceito mais amplo do que
isso.

Quando você visualiza com propriedade e sente como real aquilo que
visualizou, você está em condições de tomar decisões e partir para as ações
necessárias para fazer acontecer aquilo que você quer na sua vida.

Com o tempo e a prática, suas visualizações podem ser mais curtas e mais
e cientes. Os seus sentimentos não precisam mais ser tão extravagantes, mas
sim mais certeiros. A sua crença interna se torna mais efetiva. E você
aprende a soltar no mundo aquilo que deseja, sem car ansioso.

É algo assim como quando você compra algo pela internet, de um site
con ável e e ciente. Você escolhe o produto, digita o número do seu cartão
de crédito, faz a compra e tem a certeza de que em breve vão bater na sua
porta e a sua encomenda vai chegar. Você não ca o tempo todo ansioso,
esperando o produto com dúvida sobre se vão entregar. De repente, a
campainha toca e o produto chega.

Você fez todo o processo de compra e soltou o seu desejo no mundo, sem
ansiedade, sem medo, sem descon ança. Você simplesmente fez a compra e
relaxou. E o produto chegou.

Agora eu pergunto a você: por que não usar esse mesmo estado mental, esse
mesmo recurso de certeza, quando você pede para que alguma coisa
aconteça na sua vida? Você mentaliza alguma coisa que quer que se realize
na sua vida, visualiza e sente como algo real. E então solta, sem ansiedade e
sem preocupação. O soltar é aguardar pelo que você pediu, sem tensão. É a
certeza absoluta de que aquilo vai chegar.
É claro que na internet tem encomendas que chegam mais rápido e outras
que demoram mais. Isso depende da complexidade e do tamanho do pedido
e também da logística envolvida. E isso também serve para a nossa vida
prática. Se eu mentalizo que hoje à noite vou ter uma noite agradável com a
minha esposa, não é exatamente a mesma coisa de mentalizar que amanhã
vai ter um carro novo na minha garagem. São pedidos diferentes,
complexidades diferentes, ações diferentes, contextos diferentes. Todos são
possíveis, mas existe um prazo, um período diferente para cada um
acontecer. E é por isso que você tem que se libertar da pressão de
pensamentos como “Isso tem que acontecer”, “E se não chegar?”.

É preciso se libertar da pressão de pensamentos de descon ança ou insegurança.

Lembre-se da promessa de Jesus: “Tudo aquilo que pedirdes, crendo que


receberam, receberão”. Creia que você já recebeu o que pediu, mas não que
preso à ansiedade, não queira adivinhar o momento em que vai acontecer.
Simplesmente porque tudo acontece no seu devido tempo.

E quando a campainha da vida tocar, você vai ter que agir para receber o que
pediu: vai precisar abrir a porta, pegar o produto, pegar uma tesoura ou uma
faca para abrir a embalagem e nalmente ter o produto em suas mãos. O
que con rma que a sua ação é parte importante de todo esse processo de
realização dos seus sonhos.

Para completar estas ideias, quero propor aqui um pequeno exercício, para
você poder treinar perceber as ações que são necessárias na sua vida e se
habituar a realizá-las para conseguir o que deseja.

Pegue uma folha de papel e a divida ao meio, com um risco vertical. Na


coluna da esquerda, escreva a frase “O que eu desejo realizar”; na coluna da
direita, escreva “Quais são as ações que eu preciso adotar, para realizar o que
desejo”.
Então liste, na coluna de esquerda, todas as situações da sua vida que você
deseja mudar ou realizar. Logo na frente, na coluna da direita, liste todas as
ações que você precisa empreender para que cada um de seus desejos se
realize.

Lembre-se que existem situações cujas ações vão exigir algum esforço, mas
também existem outras em que apenas um aceite, ou uma permissão, um
“sim” ou um “não” já são as ações exigidas para de nir a situação. Liste todas
que você lembrar, todas as questões da sua vida que precisem de sua ação
para se tornarem realidade.

Apenas para deixar mais claro, lembre-se que na sua vida existem coisas
prioritariamente simples, mas que, com relação a elas, por algum motivo
talvez você ainda não tenha agido como é preciso. Talvez um perdão que
você não aceitou de alguém. Talvez a proposta de uma parceria de negócio,
que alguém o convidou. Talvez a decisão de emagrecer, que você não tomou.
Talvez a decisão de parar de fumar, que você vem adiando. Talvez a decisão
de tratar melhor a sua família ou os seus parceiros mais próximos.

Tudo isso é ação, não é mesmo? Então, liste na sua folha de exercícios pelo
menos cinco itens que precisam da sua ação. E na frente deles escreva como
você vai agir. Mais ainda, aceite isso internamente no seu subconsciente,
como um compromisso seu com você mesmo, com aquilo que você quer
realizar na vida. E parta para a ação.

10 Bóson de Higgs é uma partícula subatômica que os físicos acreditam ser responsável por dar massa
às demais partículas.
11 Nassim Haramein é um físico nascido na Suíça, que dedicou toda a sua vida em pesquisas e
pensamentos no campo da física quântica e teorias sobre o hiperespaço.
12 Gregg Braden é um designer de sistemas informáticos aeroespaciais, autor do livro “A Matriz Divina”.
13 Deepak Chopra é um médico indiano escritor e professor de Ayurveda, espiritualidade e medicina
corpo-mente.
14 Amit Goswami é um autor de livros de autoajuda e estudioso da Parapsicologia e defensor de uma
linha de pensamento pseudocientí co conhecida como misticismo quântico.
15 O sistema ativador reticular ascendente (SARA), também conhecido como “Porteiro da Consciência”,
intervém na regulação do nosso estado de vigilância e contribui para que nossas percepções se tornem
conscientes.
A BELEZA DE CONTRIBUIR

Para completar esta nossa conversa, quero chamar a sua atenção para a
essência do nosso poder de realizar, crescer e evoluir... E depois poder
contribuir.

Nossos comportamentos são subprodutos do nosso estado interno. Nossos


pensamentos geram comportamentos e, por isso, precisamos preparar nossa
mente subconsciente para gerar pensamentos positivos e que nos favoreçam
nos nossos objetivos.

Portanto, é preciso acessar dentro de nós mesmos um estado de profunda


con ança, interesse e foco. E isso pode começar com alguns cuidados bem
simples com a nossa postura. Por exemplo, um excelente meio de calibrar
nossa siologia é nos colocarmos em uma postura rme, com o corpo ereto
e a cabeça erguida, e a rmar com toda convicção: “Eu sou capaz. Eu realizo
o que pretendo”.

Assim, começamos a gerar um estado de alta performance por todo o nosso


corpo e nossa mente, com todas as nossas células respondendo
positivamente.

Nesse estado de alta performance, estaremos prontos para agir como se os


nossos sonhos e objetivos já tivessem sido realizados, como se já zessem
parte da nossa vida real. E isso nos estimula a agir na direção certa do que
queremos conquistar.

Como eu sempre digo: “Aja como se fosse e assim será”.


Aja com determinação, colocando em prática todos os ensinamentos que
você recebeu neste livro. E os seus sonhos se realizarão.

E o que nos resta quando já atingimos nossos sonhos? Ajudar o próximo.


Foi isso que z ao escrever este livro, ao compartilhar estes conhecimentos
que mudaram a minha vida, para que você possa mudar a sua também.

Leve esta corrente do bem adiante e indique este livro ao maior número de
pessoas. Imagine só quantas delas realizarão seus sonhos se tiverem acesso a
todos os segredos que agora estão em suas mãos.
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Raul Filho. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 1ª ed., 1975.
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ST. JOHN, Noah. e Book of A ormations. Hay House, 2013.
TOLLE, Eckhart. O poder do agora. Trad. Iva Lima. Rio de Janeiro: Sextante, 2010.
Table of Contents
1. FICHA CATALOGRÁFICA
2. DEDICATÓRIA
3. AGRADECIMENTOS
4. PREFÁCIO
5. A SUA MENTE É QUE VAI LEVÁ-LO ONDE VOCÊ QUER
CHEGAR
6. NÃO ACEITE VIVER COM LIMITAÇÕES
7. LIBERTE-SE DAS CRENÇAS QUE ESTÃO LIMITANDO O SEU
SUCESSO
8. O PROTOCOLO NAVES DE VISUALIZAÇÃO
9. ESTADO DE CONCENTRAÇÃO AMPLIFICADO
10. DECLARAÇÃO VERBAL AFIRMATIVA
11. COMO USAR A FRASEOLOGIA CORRETA
12. VISUALIZAÇÃO CRIATIVA
13. ASSOCIAÇÃO À CENA
14. SENTIR A EMOÇÃO
15. PRATICANDO SUGESTÕES DIRETAS E AUTOSSUGESTÕES
16. SER GRATO
17. SOLTE O SEU OBJETIVO
18. VISUALIZE, SINTA, REALIZE
19. A BELEZA DE CONTRIBUIR
20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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