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BCM0506: Comunicação e Redes

Semanas 8&9
Roteamento

Santo André, novembro de 2020


1
Agenda

Princípios de Roteamento
O que é...
Sistemas Autônomos
Roteamento Interno e Externo
Principais Tipos de Algoritmos
Distance-Vector
Link-State
O Funcionamento da Internet

2
Roteamento
Princípios de Roteamento
Roteamento: Transferir pacotes de um nó fonte a um nó
destino

Rede
fonte destino

Protocolo de Roteamento  Algoritmo de Roteamento


Numa rede simples, um esquema com rotas fixas para os pacotes
poderia ser suficiente
Porém, para redes mais complexas, com muitos roteadores, é
necessária uma cooperação dinâmica entre eles
Um algoritmo de roteamento é usado para determinar o caminho
de um pacote levando em conta a topologia da rede e o
congestionamento numa dada região num determinado momento
4
Ambientes de Rede
A função de um roteador é
receber pacotes e reenviá-los
a outro roteador, até que
cheguem ao seu destino
ROTEADOR
B

ROTEADOR
ROTEADOR
C destino
fonte A

ROTEADOR
D

Para dar conta do volume crescente de tráfego na internet, não


basta apenas aumentar sua capacidade, são necessários métodos
efetivos para gerenciar seu tráfego e controlar os
congestionamentos
5
Ambientes de
Rede
datagramas
frames (quadros)
bits

A camada de rede de um roteador


recebe um pacote da camada inferior,
extrai informação de roteamento do
fonte ROTEADOR X cabeçalho do pacote, e se necessário
reescreve parte desse cabeçalho para
enviar o pacote ao próximo roteador

PC ROTEADOR Y
ROTEADOR destino
Z

6
Princípios de Roteamento

Sistemas Autônomos
Um Sistema Autônomo consiste de uma coleção de
roteadores trocando informação por meio de um
mesmo protocolo de roteamento
Um Sistema Autônomo é uma conjunto de
roteadores e redes sob a gerência de uma única
organização
Ex: Roteadores pertencentes a um provedor de serviços,
corporação ou universidade
Salvo em caso de falha, um Sistema Autônomo pode
ser representado por um grafo conexo

7
Princípios de Roteamento

Roteamento Interno e Externo


Interno (Interior Gateway - IG)
Roteadores em um mesmo Sistema Autônomo, usando um
único protocolo
Passam informações de rotas entre roteadores
pertencentes ao mesmo Sistema Autônomo
Externo (Exterior Gateway - EG)
Roteadores em diferentes Sistemas Autônomos, podendo
usar diferentes protocolos
Passam informações de rotas entre Sistemas Autônomos

8
Protocolo de Roteamento Interno
Interior Gateway Protocol

IG IG
ROTEADOR
B

ROTEADOR
ROTEADOR
C destino
fonte A
IG
IG ROTEADOR
D

Um Sistema Autônomo é composto por um conjunto de roteadores


sob o mesmo controle técnico e administrativo
Geralmente em um SA há apenas um protocolo de roteamento,
denominado Interior Gateway Protocol
A função de um protocolo de roteamento é determinar o caminho
que um datagrama deve seguir desde a fonte até o destino
9
Roteamento Interno e Externo
Interior Gateway Protocol

EG Exterior Gateway Protocol


IG

fonte ROTEADOR X

EG
EG

EG
EG EG

IG IG
Se fonte e destino do datagrama ROTEADOR destino
PC ROTEADOR Y estiverem em SAs distintos, ao Z
menos dois protocolos distintos
serão utilizados 10
Protocolos de Roteamento

Protocolos Interior Gateway


Routing Information Protocol (RIP)
Open Shortest Path First (OSPF)
Internet Gateway Routing Protocol (IGRP)
Protocolos Exterior Gateway
Border Gateway Protocol (BGP)

11
Roteamento Interno e Externo

Geralmente o protocolo de Roteamento Interno precisa


de um modelo detalhado de interconexão entre os
roteadores, enquanto que o protocolo de Roteamento
Externo necessita de informações menos detalhadas
12
Algoritmo de Roteamento

Dada uma série de roteadores conectados com


enlaces, o algoritmo de roteamento descobre um
“bom” caminho entre a fonte e o destino
Um “bom” caminho é aquele com “menor custo”

3
2 B C
5

A 2 1 F
3
1 2
D E
1
13
Tipos de Algoritmos

Algoritmo Distance-Vector
Determina o melhor caminho para um destino baseando-se na
sua distância, isto é, no menor número de roteadores (hops)
para se chegar ao destino
Ex.: RIP (Routing Information Protocol)
Algoritmo Link-State
Determina o melhor caminho para um destino baseando-se em
um valor que é atribuído a cada link de comunicação de cada
rota
Este valor pode representar atraso, velocidade da linha, ou
qualquer coisa que o administrador da rede queira usar
Ex.: OSPF (Open Shortest Path First)

14
Algoritmo Distance-Vector
Inicialmente, cada roteador possui uma tabela (ou vetor)
contendo uma entrada para cada sub-rede à qual ele está
conectado
Periodicamente, cada roteador envia uma cópia de sua
tabela para todos os roteadores conectados diretamente
a ele
Nenhum roteador tem conhecimento dos custos de todas
as conexões da rede
O cálculo do custo do melhor caminho se faz de forma iterativa, de
modo distribuído, sem a necessidade de informação global
Algoritmos do tipo Distance-Vector (DV) são conhecidos
como Algoritmos de Roteamento Descentralizado

15
Exemplos de Tabela de Roteamento
Dx(y) = min(c(x,y) + Dy(y), c(x,z) + Dz(y)) Dx(z) = min(c(x,y) + Dy(z), c(x,z) + Dz(z))
= min(2 + 0, 7 + 1) = 2 = min(2 + 1, 7 + 0) = 3

X x y z x y z x y z
x 0 2 7 x 0 2 3 x 0 2 3
y    y 2 0 1 y 2 0 1
Y
1 z    z 7 1 0 z 3 1 0
2
Y x y z x y z x y z

X Z x    x 0 2 7 x 0 2 3
7
y 2 0 1 y 2 0 1 y 2 0 1

Condição inicial z    z 7 1 0 z 3 1 0
em t = 0 x y z x y z x y z
Z
x    x 0 2 7 x 0 2 3
y    y 2 0 1 y 2 0 1
z 7 1 0 z 3 1 0 z 3 1 0
Embora este exemplo didático passe a
ideia de que o algoritmo faz iterações de t=0 t=1 t=2
forma sincronizada, na prática, as
atualizações ocorrem de forma assíncrona Quando o nó Z recebe as tabelas de X e Y, o algoritmo descobre
que o caminho Z->Y->X = 3 é melhor que o caminho Z->X = 7 16
Roteamento Usando Distance-Vector

Quando um roteador recebe uma tabela, ele


compara com sua própria tabela e modifica as
entradas nos seguintes casos:
Se a tabela recebida apresentar uma rede que ele
não conhece, ele a acrescenta na tabela
Se a tabela recebida tiver um caminho mais curto, o
receptor substitui a tabela antiga pela nova
Se o roteador emissor foi o criador de uma entrada
da sua tabela, ele usa o novo valor mesmo
apresentando uma distância maior

17
Roteamento Usando Distance-Vector

Problemas com Roteamento usando Distance-


Vector
A informação de roteamento se propaga de forma
lenta
Em ambientes dinâmicos, quando novas conexões
surgem, e outras são desativadas com frequência,
alguns roteadores ficam com as informações
inconsistentes
As mensagens de atualização tornam-se enormes
Todos os roteadores devem participar, senão o
algoritmo não converge

18
Roteamento Usando Distance-Vector

Problemas com Roteamento usando Distance-


Vector
Roteadores e linhas de comunicação estão sujeitos a
falhas
O algoritmo Distance-Vector exige que os
roteadores avisem os vizinhos sobre as mudanças
Se um roteador parar de funcionar, deixa de avisar
seus vizinhos
Solução
Remover entradas velhas usando timeout

19
Roteamento Usando Distance-Vector

Vantagens
Algoritmo simples e fácil de implementar
Exige menos CPU
Desvantagens
Tráfego pode ser alto em redes grandes
Convergência lenta
Difícil detectar roteadores com problemas

20
Roteamento Usando Link-State

Inicialmente, cada roteador conhece a topologia


completa da rede e os custos de todas as conexões
Funções:
Testar continuamente o estado dos enlaces com os roteadores
vizinhos
Enviar a informação dos estados de seus enlaces a todos os
roteadores da rede
Sempre que a tecnologia permitir, as informações são
enviadas em modo broadcast
Algoritmos do tipo Link-State (LS) são conhecidos como
Algoritmos de Roteamento Global

21
Roteamento Usando Link-State

Vantagens
Cálculo das rotas é realizado localmente, não
dependendo de máquinas intermediárias
Tamanho das mensagens não depende do número de
sub-redes e sim do número de roteadores
diretamente conectados ao roteador emissor
Fica mais fácil detectar roteadores defeituosos
Convergência é muito mais rápida

22
Roteamento Usando Link-State

Desvantagens
Exige bastante CPU e memória

23
Roteamento Usando Link-State

Ao receber uma informação de estado


Roteador atualiza a sua base de dados
Recalcula as rotas para todos os destinos possíveis
usando o algoritmo Shortest-Path-First (SPF)

24
Algoritmo SPF

6 2
A B C 5

2 1 2 G

D E F 1
2 4
A B C D E F G
A 6 2
B 6 2 1
C 2 2 5
D 2 2
E 1 2 4
F 2 4 1
G 5 1
25
6 2
A B C 5
Algoritmo SPF 2 1 2 G

D E F 1
2 4
Cálculo de Dijkstra para o nó C
1 Coloca C no caminho 2 Coloca F no caminho 3 Coloca B no caminho
Examina os seus links Examina os seus links Examina os seus links
Existe um caminho Existe um caminho
melhor para G melhor para E

0 0 0
C C C
2
B F 2 2
2 B F
B F
G G
2 2 5
5
G E G E
A E
3 6 3 6
8 3

O número ao lado dos nós representa o custo total desde C até aquele nó
26
6 2
A B C 5
Algoritmo SPF 2 1 2 G

D E F 1
2 4
4 Coloca E no caminho 5 Coloca G no caminho
Examina os seus links Examina os seus links

0 0
C C

2 B F 2 2 B F 2

A E A E
G G
8 3 8 3
3 3
D D
5 5

O número ao lado dos nós representa o custo total desde C até aquele nó
27
6 2
A B C 5
Algoritmo SPF 2 1 2 G

D E F 1
2 4
6 Coloca D no caminho 7 Coloca A no caminho
Examina os seus links Examina o link state de A
Existe um caminho melhor para A Termina
0 0
C C

2 B F 2 2 B F 2

A E E G
G
8 3 3
3 3
D D
5 5

7 A 7 A

O número ao lado dos nós representa o custo total desde C até aquele nó
28
Roteamento na Internet

Protocolos Interior Gateway


Routing Information Protocol (RIP)
Open Shortest Path First (OSPF)
Protocolos Exterior Gateway
Border Gateway Protocol (BGP)

29
Routing Information Protocol (RIP)

Características
Roteamento Distance-Vector
Projetado para redes locais (Ethernet e wireless
LAN), isto é, redes dotadas de broadcast channels
Quando um nó faz uma transmissão, todos os outros nós
recebem uma cópia
Faz broadcast periódico da sua tabela de roteamento
aos seus vizinhos (que compartilham a mesma rede)
Pode ser também usados para WAN
Envia e recebe mensagens para/de outros roteadores,
usando UDP (User Datagram Protocol), através do
porto número 520
30
Routing Information Protocol (RIP)

Operação Básica
Broadcast (feita pelo roteador) da Tabela de
Roteamento a cada 30s, ou quando for atualizada
Mensagens de resposta ao broadcast: contêm os
prefixos de até 25 sub-redes dentro do Sistema
Autônomo, assim como a distância desse emissor a
cada uma dessas sub-redes
Métrica: Distância  número de hops (roteadores)
da melhor rota entre o roteador e a sub-rede
Oscilação entre 2 caminhos: tabela é atualizada
somente se a nova rota possuir distância menor que a
atual
31
Open Shortest Path First (OSPF)
Significa que a especificação do protocolo é pública

Características
Roteamento Link-State
Projetado para grandes redes IP, mas que ainda
estejam dentro de um Sistema Autônomo
Todos roteadores possuem a mesma base de dados (a
mesma topologia, ou seja, um grafo)
Cada roteador pode rodar localmente o algoritmo de Dijkstra
Estrutura de dados – informações sobre interfaces
dos roteadores + estado dos links com os vizinhos –
LSA (Link-State Advertisement)
Distribuição: Flooding (o nó de origem envia uma cópia
do pacote a todos seus vizinhos, e cada vizinho
reproduz a mesma operação) 32
Open Shortest Path First (OSPF)
Características
Melhor convergência que RIP
Permite definição lógica de redes
Fornece mecanismo de agregação de rotas
Autenticação de rotas
Não possui limitação na contagem de hops (nós)
Atualização: quando ocorre alterações ou a cada 30 min.
Usa multicast para enviar atualizações
As atualizações poder ser enviadas a muitos nós seletivamente
escolhidos
Métrica: custo que representa o trabalho exigido para
enviar um pacote através da interface
33
Border Gateway Protocol (BGP)
Protocolo (extremamente complexo) de roteamento
entre Sistemas Autônomos
Permite aos SAs trocar informações sobre rotas entre
gateways (roteadores na entrada/saída de um SA)
Cada SA possui um número (ASN – autonomous system number)
Técnica: Path-Vector Routing
O protocolo opera com mensagens trocadas entre pares de
roteadores, transmitindo informações sobre as redes que
podem ser alcançadas através dos gateways e os SAs que
devem ser atravessados através dos roteadores internos
Definição de políticas de roteamento (para evitar que um
determinado caminho seja percorrido)

34
O Funcionamento da
Internet
Perguntas

O que é a Internet? A quem ela pertence?


Que tamanho ela tem?
Como ela atinge o mundo inteiro?
Como se tem acesso ao mundo inteiro pagando
apenas uma tarifa local?
Como funciona o núcleo da Internet?
Qual o caminho percorrido pelos dados para chegar
ao seu computador?
Por que uma conexão permanente de alta
capacidade à Internet é tão cara?

36
Acesso à Internet

Internet

37
Espinha Dorsal e Rede de Acesso

Espinha Dorsal (Backbone)


Roteadores com alta capacidade de processamento
interconectados por enlaces de alta velocidade (Gbps)
Tecnologias: ATM (Asynchronous Transfer Mode) (estabelece
um circuito virtual antes do início da transmissão de dados,
garantindo um fluxo contínuo dos pacotes), Frame Relay, SDH,
(D)WDM
Rede de Acesso
Equipamentos e enlaces mais lentos
Tecnologias: Ethernet, Modem a cabo (televisão a cabo – cabo
coaxial), ADSL (banda larga de internet – par trançado), WLAN,
rede celular (TDMA, CDMA, GSM), GPRS/EDGE, UMTS (3G),
linha discada

38
Pergunta Crucial

O que há no
interior
da Internet?
39
Roteamento Inter-domínios
Intermediate-System to
Open Shortest Path First Intermediate-System
(link-state protocol) (link-state protocol)

BGP-4 IS-IS BGP-4


IGRP
OSPF

Interior Gateway
BGP-4 Routing Protocol
BGP-4
BGP-4

BGP-3 OSPF

BGP-4

RIP EGP OSPF


Border
Exterior Gateway
Gateway Protocol
Routing Information Protocol Protocol
(distance-vector protocol)
40
Programa Traceroute

Este programa envia N pacotes especiais a um endereço


especificado pelo usuário
Cada um dos roteadores intermediários recebe um desses N
pacotes, especialmente endereçado a ele, e em vez de
reenviá-lo ao seu destino, este roteador devolve o pacote ao
emissor (ou fonte), com informações sobre tempo e sua
identificação
Quando o host de destino recebe o último pacote de número
N, ele também envia uma mensagem de resposta ao emissor
O Traceroute repete este procedimento 3 vezes
Ou seja, o emissor envia 3*N pacotes ao destino
No Windows o comando é “tracert” e em outros Sistemas
Operacionais “traceroute”
41
Traceroute: telesp.net.br -> ufabc.edu.br

C:\>tracert www.ufabc.edu.br
Rastreando a rota para www.ufabc.edu.br [200.133.215.102] com no máximo 30 saltos:
1 1 ms <1 ms 1 ms 192.168.0.1
2 * * * Esgotado o tempo limite do pedido.
3 8 ms 8 ms 8 ms 201-0-91-41.dsl.telesp.net.br [201.0.91.41]
4 12 ms 9 ms 9 ms 200-100-1-69.dsl.telesp.net.br [200.100.1.69]
5 30 ms 10 ms 12 ms 187-11-163-238.dsl.telesp.net.br [187.11.163.238]
6 122 ms 239 ms 12 ms 200-153-5-230.customer.tdatabrasil.net.br [200.153.5.230]
7 231 ms 32 ms 12 ms rnp.ptt.ansp.br [200.136.34.2]
8 153 ms 10 ms 10 ms s2-sp.bkb.rnp.br [200.143.252.189]
9 187 ms 15 ms 11 ms router2.pop-sp.rnp.br [200.133.192.254]
10 14 ms 13 ms 13 ms 200.133.255.46
11 47 ms 12 ms 12 ms www.ufabc.edu.br [200.133.215.102] Destino
Rastreamento concluído.
N: número do roteador entre a fonte e o destino
Atraso entre o emissor e este roteador
Nome do roteador Endereço do roteador
42
Traceroute: ufabc.edu.br -> telesp.net.br

cak@hostel:~$ traceroute 201.92.245.194


traceroute to 201.92.245.194 (201.92.245.194), 30 hops max, 40 byte packets
1 172.17.3.1 (172.17.3.1) 0.235 ms 0.299 ms 0.295 ms
2 192.168.253.1 (192.168.253.1) 0.256 ms 0.243 ms 0.226 ms
3 200.133.215.3 (200.133.215.3) 0.705 ms 1.174 ms 1.387 ms
4 200.133.255.45 (200.133.255.45) 1.445 ms 1.473 ms 1.450 ms
5 router1.pop-sp.rnp.br (200.133.192.1) 2.085 ms 2.794 ms 2.771 ms
6 ge-1-0-0-r1-sp.bkb.rnp.br (200.143.252.185) 1.993 ms 2.104 ms 2.081 ms
7 as10429.sp.ptt.br (200.219.130.8) 3.509 ms 3.494 ms 3.472 ms
8 201-0-5-205.dsl.telesp.net.br (201.0.5.205) 3.441 ms 3.185 ms 3.168 ms
9 200-100-98-154.dial-up.telesp.net.br (200.100.98.154) 3.146 ms 3.130 ms 3.099 ms
10 200-100-1-70.dsl.telesp.net.br (200.100.1.70) 3.866 ms 3.851 ms 3.833 ms

43
Traceroute: ufabc.edu.br -> google.com

cak@hostel:~$ traceroute www.google.com


traceroute to www.google.com (208.69.32.230), 30 hops max, 40 byte packets
1 172.17.3.1 (172.17.3.1) 0.214 ms 0.287 ms 0.291 ms
2 192.168.253.1 (192.168.253.1) 0.246 ms 0.230 ms 0.214 ms
3 200.133.215.3 (200.133.215.3) 0.711 ms 1.182 ms 1.399 ms
4 200.133.255.45 (200.133.255.45) 1.414 ms 1.460 ms 1.442 ms
5 router1.pop-sp.rnp.br (200.133.192.1) 2.422 ms 2.406 ms 2.404 ms
6 ge-1-0-0-r1-sp.bkb.rnp.br (200.143.252.185) 3.046 ms 2.522 ms 2.018 ms
7 198.32.252.137 (198.32.252.137) 137.794 ms 137.760 ms 137.743 ms
8 66.165.175.25 (66.165.175.25) 143.362 ms 143.344 ms 143.327 ms
9 t0-0-0-4.br1.mia.terremark.net (66.165.161.81) 137.669 ms 137.645 ms 138.099 ms
10 GigabitEthernet2-0-0.GW9.MIA4.ALTER.NET (63.65.188.29) 138.874 ms 138.863 ms 138.836 ms
11 0.ge-1-3-0.XL3.MIA4.ALTER.NET (152.63.81.166) 138.816 ms 139.338 ms 139.286 ms
12 0.ge-7-1-0.XL3.IAD8.ALTER.NET (152.63.32.33) 172.271 ms 171.841 ms 171.815 ms
13 POS6-0.GW4.IAD8.ALTER.NET (152.63.41.29) 171.138 ms 171.133 ms 171.117 ms
14 65.222.158.82 (65.222.158.82) 171.939 ms 172.360 ms 171.907 ms

44
Traceroute.org

45
Traceroute SWITCH (Suiça)
Este site oferece serviços de internet utilizando uma
rede entre as universidades suíças e as de outros países

46
VisualRoute (rotas alternativas)

Fonte: Visual Route (http://www.visualroute.com)


47
Estrutura de Interconexão
Não existe uma “topologia” da Internet
Estrutura hierárquica de Interconexão
(ISP – Internet Service Provider (Provedor))
ISPs Locais: conectam-se a ISPs regionais
ISPs Regionais: conectam-se a ISPs Nacionais (NSPs)
ISPs Nacionais: conectam-se entre si

Estrutura típica formada por NAPs e NSPs


NAP – Network Access Point
NSP – Network Service Provider (presta serviço oferecendo
conexão direta ao backbone)
Caminho muito longo para os pacotes
Ineficiência e congestionamento
48
Estrutura de interconexão
Os grandes provedores
nacionais trocam dados entre
A Internet possui uma
estrutura hierarquizada si através de um (ou mais)
NAP NAP (Network Access Point)

National ISP National ISP National ISP

Regional Regional Regional Regional Regional


ISP ISP ISP ISP ISP

Local Local Local Local Local Local Local Local


ISP ISP ISP ISP ISP ISP ISP ISP

A B C D E F

Devida à falta de conexão entre provedores no mesmo nível, para C enviar


uma mensagem a D é preciso recorrer aos provedores dos níveis superiores
49
Traceroute: Brasil para Colômbia

C:\Users\Sony>tracert servicios.telmexla.net.co
Rastreando a rota para trinity.telmexla.net.co [200.14.205.11] com no máximo 30 saltos:
1 2 ms 1 ms 1 ms 192.168.0.1
2 * * * Esgotado o tempo limite do pedido.
3 9 ms 9 ms 8 ms 201-0-91-77.dsl.telesp.net.br [201.0.91.77]
4 10 ms 11 ms 9 ms 200-100-1-77.dsl.telesp.net.br [200.100.1.77]
5 9 ms 9 ms 10 ms 201-63-253-126.customer.tdatabrasil.net.br [201.63.253.126]
6 13 ms 12 ms 42 ms Xe7-2-0-0-grtsanem2.red.telefonica-wholesale.net [84.16.10.233]
7 120 ms 126 ms 125 ms Xe3-3-0-0-grtmiabr6.red.telefonica-wholesale.net [84.16.15.38]
8 118 ms 121 ms 117 ms Xe1-2-0-0-grtmiabr4.red.telefonica-wholesale.net [84.16.14.13]
9 119 ms 119 ms 119 ms So7-0-2-0-grtmiana3.red.telefonica-wholesale.net [213.140.37.77]
10 138 ms 128 ms 122 ms if-2-8.icore1.MLN-Miami.as6453.net [66.110.9.81]
11 148 ms 161 ms 146 ms ix-6-0.icore1.MLN-Miami.as6453.net [66.110.9.22]
12 191 ms 185 ms 187 ms customer-201-125-224-185.uninet.net.mx [201.125.24.185]
13 194 ms 198 ms 194 ms customer-201-125-242-37.uninet.net.mx [201.125.242.37]
14 201 ms 205 ms 202 ms 200.26.135.82
15 204 ms 205 ms 205 ms 190.144.130.46
16 206 ms 206 ms 206 ms 200.74.129.242
17 202 ms 210 ms 201 ms quino.telmexla.net.co [200.14.205.11]
Rastreamento concluído.

50
Brasil para Colômbia

Pela lógica comercial


dos provedores, nem
sempre o caminho
mais curto é o mais
lucrativo

51
Modelos de Interconexão
O sistema de tarifação na internet é inspirado no
serviço de telefonia para divisão de custos
Mas não há a mesma estrutura regulatória
Ligação Direta (Direct Circuit)
Envolve o aluguel de um circuito dedicado ponto a ponto entre
as partes interessadas
Número de circuitos cresce linearmente

Baseado em Exchange (Exchange-Based)


Provedor neutro onde vários ISPs se conectam para trocar
dados e informações de roteamento
É mais econômico
Exchanges frequentemente estão congestionados
NAPs são Internet Exchanges (IX)
52
Ligação Direta
A conexão ponto a ponto entre
pares de nós é sempre possível,
mas ela não apresenta boas
propriedades de escalabilidade

Fonte: Interconnection, Peering, and Settlements, Huston, G., disponível em


www.isoc.org/isoc/conferences/inet/99/proceedings/1e/1e_1.htm 53
Exchange (LAN)
Peering bilateral permite que cada provedor
selecione a rota preferida para o destino A

Um esquema com uma Exchange Switch


(operando na camada 2 de enlace) pode
eliminar a necessidade das conexões ponto a
ponto entre pares de nós
54
Modelos Comerciais

Trânsito

http://en.wikipedia.org/wiki/Internet_peering_point
Relacionamento entre ISPs em que um deles provê
(vende) acesso a todos os destinos na sua tabela de roteamento
Envolve o pagamento da conexão (circuito ou exchange) e do
acesso à Internet
ISPs nacionais não usam trânsito entre si. Assumem certa
simetria no tráfego
Parceria (Peering)
Relacionamento em que os ISPs proveem acesso aos clientes
mutuamente
Não há pagamento entre os ISPs
Não inclui toda a tabela de roteamento
É difícil conseguir peering com grandes provedores 55
Diferentes Níveis da Internet

Ponto de Presença
(Point of Presence)

http://en.wikipedia.org/wiki/Tier_1_network
56
Trânsito
O provedor Upstream (nível hierárquico
superior) vende “Serviço de Trânsito”
oferecendo acesso a toda a Internet
Transit $$$

EastNet

Upstream
Upstream
Upstream
Transit
Transit
Transit
Provider(s)
Provider(s)
Provider(s)
Upstream sells “Transit Services”
by announcing reachability
to the Entire Internet*

EastNet now can access the entire


Internet as seen by the Upstream ISP

*The upstream ISP will either done announce a full routing table or,
more commonly, announce a single “default” route for all destination

http://cseweb.ucsd.edu/classes/fa01/cse222/papers/norton-peering-wp01.pdf
57
Peering

WestNet USNet EastNet

Peering
Peering

WestNet USNet EastNet


Routing Table Routing Table Routing Table
(After Peering) (After Peering) (After Peering)

A relação de parceria (peering) não é transitiva: o provedor WestNet estabeleceu


acordos de parceria com USNet; por sua vez, USNet estabeleceu acordos de parceria
com EastNet, mas como não há nenhum acordo entre WestNet e EastNet, suas tabelas
de roteamento não permitem a troca de pacotes
http://cseweb.ucsd.edu/classes/fa01/cse222/papers/norton-peering-wp01.pdf 58
Número de Relacionamentos entre SAs
A conectividade entre SAs depende
http://e-collection.library.ethz.ch/eserv/eth:24801/eth-24801-01.pdf

fortemente da classe em que se encontram

Um SA classe 1
costuma apresentar
conectividade de
Um grande SA às vezes saída (out-degree)
tem até 8 rotas superior a 79, já um
alternativas para outro SA classe 4, menos que 7
59
Estruturas de pagamento
Distribuição dos custos entre provedores
Sistema de telefonia: acordos bilaterais
Operadora local cobra a chamada inteira do cliente
Cada operadora então cobra da sua vizinha, até a
operadora de destino da chamada
Internet
Cliente/provedor: baseado em taxas de trânsito, que
valem somente em um sentido
SKA (Sender Keeps All): cada transmissor mantém
para si a tarifa cobrada e não remunera o receptor
(modelo de peering)
60
Remuneração Parcial SA classe Tier 1

Trânsito Trânsito
Inter.Net Telemar
Cliente /
SprintLink
Cliente /
provedor provedor
(USA)

Trecho remunerado
Peering SKA

Trecho não remunerado

Trânsito Trânsito
UBA
Cliente /
Techtel
Cliente /
UUNET
provedor provedor
(USA)

Dentro da classe Tier 1 os SAs não pagam tarifa entre si 61


Comentários

Estes esquemas permitem o acesso à toda a


Internet, com um pagamento local único e tarifa
plana (flat)
Comutação por pacotes e falta de garantias de
desempenho também são fatores importantes
Problemas
Falta de incentivos financeiros para atualizações
Pontos de peering podem causar congestionamentos
Ineficiência de roteamento

62
Atividade para Entregar
Construa um grafo a partir do mapa do backbone da
RNP (http://www.rnp.br/backbone)
A partir de dentro da rede da UFABC, faça traceroute
(tracert no Windows) para todos os PoPs da RNP
PoP – Point of Presence: ponto de acesso à internet
Por exemplo, para ver o caminho até o PoP do Espírito Santo,
faça um traceroute até a Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES)
Complete o grafo do backbone da RNP com informações
de roteadores encontrados
Repare que em um mesmo PoP pode haver mais do que um
roteador
Faça comentários a respeito da experiência
Descobriu algo interessante?
63
Bibliografia Recomendada
1. Huitema, C., Routing in the Internet, Prentice Hall, 2nd edition,
2000.
2. Huston, G., Interconnection, Peering, and Settlements,
Internet Society Conference 99 (INET99), June 1999.
3. Kurose, Jame F. e Ross, Keith W. Computer Networking – A
Top-Down Approach Featuring the Internet. 3th. edition,
Addison-Wesley Ed.,2005.
4. Norton, W. B., Internet Service Providers and Peering,
personal draft v2.7, November 2002.
5. Stallings, W., Data & Computer Communications, 6th edition,
Prentice Hall, 2000.

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