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PROJETO DE LEITURA

LITERATURA DE CORDEL NA ESCOLA – Resgatando a cultura local através do


cordel

Ficha Técnica

Tema: Literatura de Cordel na Escola - Resgatando a cultura local através do cordel


Anos: 1º ao 5º ano
Modalidade de ensino: Ensino Fundamental I
Duração: 6 módulos
Professoras responsáveis: Adevania Cardoso Pinto; Ana Cláudia dos Santos; Ana Paula
Nascimento; Jéssica Fernanda Albuquerque
Escolas idealizadoras: José Joaquim da Silva; Manoel Cipriano do Nascimento; Manoel
Gonçalves de Lima
Coordenadora pedagógica: Aristéia Souza
Coordenadora de ensino: Josilene Rejane
Secretaria de educação: Zeneide Medeiros

Justificativa

Buscando desenvolver nos alunos o gosto pela leitura, procurando fazê-lo de forma
que os docentes possam despertar seu pensamento crítico-reflexivo acerca de seu contexto
sociocultural e nos aproximando do que diz Freire, (1989, p. 9) que “linguagem e realidade se
prendem dinamicamente”, trouxemos como proposta o gênero textual cordel, tendo em vista
que os cordéis tratam principalmente da realidade e de elementos da cultura nordestina, a
qual se inserem nossos alunos, acreditamos, portanto, que além de proporcionar momentos
prazerosos de leitura, a temática reforçará o gosto pelo hábito de ler e endossar a importância
do aluno reconhecer seu lugar no mundo, desenvolvendo assim o sentimento de
pertencimento e de consciência social.

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Trabalharemos a temática na perspectiva de uma sequência didática, visando assim
consolidar de maneira mais concreta os campos de leitura e escrita, já que esse modelo de
organização proporciona aulas mais sistematizadas, progressivas e sociointeracionista,
ajudando na melhor compreensão dos gêneros textuais, de sua função social e na apropriação
da pratica de produção de textos, como afirmam as autoras Leal, Brandão e Albuquerque:

A proposição de sequências didáticas na perspectiva dos géneros discursivos


é justificada pela necessidade de dar acesso aos estudantes a diferentes
gêneros que circulam socialmente [...] favorecendo uma participação mais
autónoma nas diversas esferas sociais em que os textos circulam [..].
Habilidades diversas de reflexão sobre as práticas de linguagem, produção e
compreensão de textos orais e escritos podem ser contempladas no trabalho
organizado em sequências didáticas, em uma perspectiva sociointeracionista.
(LEAL; BRANDÃO; ALBUQUERQUE, 2012, p. 150-151)

Para tal procuraremos nas aulas trabalhadas valorizar os conhecimentos prévios dos
alunos, propor atividades que estimulem a reflexão, promover a interação entre os alunos,
sistematizar conhecimentos, entre outras questões, visando que os alunos se apropriem do que
aqui já foi refletido e fundamentado.

Objetivo geral

Possibilitar situações de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita,


tal qual intensificar o gosto pela leitura literária e reconhecer a cultura que permeia sua vida
local e de sua região.

Objetivos específicos

 Analisar os elementos que compõe o gênero cordel;


 Compreender a importância de valorizar o lugar onde se vive;
 Respeitar as diferentes formas de expressão a partir dos cordéis trabalhados;
 Utilizar a leitura para interpretar os cordéis;
 Estimular o uso da leitura e escrita a partir da leitura de cordéis em diferentes
contextos;
 Sistematizar a escrita dos poemas realizando a reescrita quando necessário;
 Comparar as características das paisagens tratadas nos cordéis com o seu município;
 Construir poesias que valorizem e apresentem o que há de melhor na sua terra;
 Socializar as atividades com os seus pares através da exposição de cordel.

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Conteúdos

 Utilização das poesias do tipo cordel;


 Aula expositiva dialógica para apresentação do gênero cordel;
 Analise de cordéis;
 Utilização de vídeos e áudios;
 Roda de conversa;
 Atividades em grupos;
 Construção de um cordel;
 Exposição: Cordel das Comunidades.

Módulos

Modulo 1:

 Levantamento prévio sobre o que os alunos já sabem sobre o gênero cordel e


apresentação do gênero;
 Leitura do cordel: Sou nordestino – Bráulio Bessa;
 Explorar os elementos do poema fazendo ligações com a realidade dos alunos;
 Interpretação do poema e explorar palavras do poema.
 Trabalhar a região nordeste (estados que a compõe, clima, vegetação)

Modulo 2:

 Leitura do cordel: Triste Partida – Patativa do Assaré e assistir ao vídeo proposto,


disponível em: https://youtu.be/r-8rsqTJi-0 ;
 Interpretação oral e escrita do cordel;
 Confecção de um cartaz com as características iniciais observadas sobre a estrutura do
gênero cordel;
 Trabalhar conceitos de migração e o motivo pelo qual as pessoas saiam do Nordeste
para outras regiões.

Modulo 3:

 Leitura coletiva do cordel: Prefiro a Simplicidade – Bráulio Bessa, ouvir a


declamação do poema, disponível em: https://youtu.be/QJ0G9FjGYiE ;

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 Conversa sobre os elementos presentes no poema;
 Completar trechos do cordel com outras palavras que rimem;
 Revisitar o cartaz da aula anterior para acrescentar se necessário mais algum
elemento;
 Conversa sobre a culinária do povo nordestino fazendo relação com a culinária do dia
a dia dos alunos.

Modulo 4:

 Leitura coletiva do cordel: Nordeste; aqui é o meu lugar – Carlinhos Cordel;


 Interpretação oral e escrita do cordel;
 Trabalhar a chegada dos portugueses, que se deu pela região Nordeste e a importância
dessa região para o desenvolvimento do país

Modulo 5:

 Ouvir o poema: Lampião, lá do Sertão - Mari Bigio, disponível em:


https://youtu.be/ggvjDEpL0eQ
 Trabalhar oralmente e por escrito o poema;
 Trabalhar os elementos culturais da região Nordeste (festejos, costumes, culinária,
etc.).

Modulo 6:

 Revisitar e ensaiar o poema criado intitulado: Cordel das Comunidades;


 Trabalhar os elementos do poema chamando atenção para os elementos culturais
presentes nas comunidades e retratados no poema.

Materiais

 Cartolina;
 Caneta piloto;
 EVA;
 Tecido TNT;
 Instrumentos para som e vídeo;
 Materiais concretos dos elementos culturais das comunidades.

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Observação: os materiais listados serão utilizados em sala de aula e no momento de
culminância.

Avaliação

 Análise das produções;


 Observação e registro das opiniões expressadas oralmente;
 Reflexão acerca do engajamento e interesse dos alunos na realização das atividades;
 Atividades escritas subjetivas e objetivas;
 Identificar as habilidades desenvolvidas na utilização da leitura e escrita de forma
contextualizada

Culminância

A culminância do projeto se dará com a participação dos alunos em evento culminante dos
projetos de leitura, organizado pela Secretária Municipal de Educação, onde eles poderão
apresentar o poema por eles produzido e também expor os elementos culturais presentes nas
três comunidades para o público participante.

Participantes da culminância: 5 alunos de cada uma das escolas, totalizando 15 alunos, as 4


professoras e 1 auxiliar.

Anexos

Ser Nordestino
(Bráulio Bessa)

Sou o gibão do vaqueiro, sou cuscuz sou rapadura


Sou vida difícil e dura
Sou nordeste brasileiro
Sou cantador violeiro, sou alegria ao chover
Sou doutor sem saber ler, sou rico sem ser grã-fino
Quanto mais sou nordestino, mais tenho orgulho de ser
Da minha cabeça chata, do meu sotaque arrastado
Do nosso solo rachado, dessa gente maltratada
Quase sempre injustiçada, acostumada a sofrer

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Mais mesmo nesse padecer eu sou feliz desde menino
Quanto mais sou nordestino, mais orgulho tenho de ser

Terra de cultura viva, Chico Anísio, Gonzagão de Renato Aragão


Ariano e Patativa. Gente boa, criativa
Isso só me dá prazer e hoje mais uma vez eu quero dizer
Muito obrigado ao destino, quanto mais sou nordestino
Mas tenho orgulho de ser.

A Triste Partida – Patativa do Assaré

Setembro passou, com oitubro e novembro

Já tamo em dezembro.

Meu Deus, que é de nós?

Assim fala o pobre do seco Nordeste,

Com medo da peste,

Da fome feroz.

A treze do mês ele fez a experiença,

Perdeu sua crença

Nas pedra de sá.

Mas nôta experiença com gosto se agarra,

pensando na barra

Do alegre Natá.

Rompeu-se o Natá, porém barra não veio,

O só, bem vermeio,

Nasceu munto além.

Na copa da mata, buzina a cigarra,

Ninguém vê a barra,

Pois barra não tem.

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Sem chuva na terra descamba janêro,

Depois, feverêro,

E o mêrmo verão.

Entonce o rocêro, pensando consigo,

Diz: isso é castigo!

Não chove mais não!

Apela pra maço, que é o mês preferido

Do Santo querido,

Senhô São José.

Mas nada de chuva! tá tudo sem jeito,

Lhe foge do peito

O resto da fé.

Agora pensando segui ôtra tria,

Chamando a famia

Começa a dizê:

Eu vendo meu burro, meu jegue e o cavalo,

Nós vamo a São Palo

Vivê ou morrê.

Nós vamo a São Palo, que a coisa tá feia;

Por terras aleia

Nós vamo vagá.

Se o nosso destino não fô tão mesquinho,

Pro mêrmo cantinho

Nós torna a vortá.

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E vende o seu burro, o jumento e o cavalo,

Inté mêrmo o galo

Vendêro também,

Pois logo aparece feliz fazendêro,

Por pôco dinhêro

Lhe compra o que tem.

Em riba do carro se junta a famia;

Chegou o triste dia,

Já vai viajá.

A seca terrive, que tudo devora,

Lhe bota pra fora

Da terra natá.

O carro já corre no topo da serra.

Oiando pra terra,

Seu berço, seu lá,

Aquele nortista, partido de pena,

De longe inda acena:

Adeus, Ceará!

No dia seguinte, já tudo enfadado,

E o carro embalado,

Veloz a corrê,

Tão triste, coitado, falando saudoso,

Um fio choroso

Escrama, a dizê:

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– De pena e sodade, papai, sei que morro!

Meu pobre cachorro,

Quem dá de comê?

Já ôto pergunta: – Mãezinha, e meu gato?

Com fome, sem trato,

Mimi vai morrê!

E a linda pequena, tremendo de medo:

– Mamãe, meus brinquedo!

Meu pé de fulô!

Meu pé de rosêra, coitado, ele seca!

E a minha boneca

Também lá ficou.

E assim vão dexando, com choro e gemido,

Do berço querido

O céu lindo e azu.

Os pai, pesaroso, nos fio pensando,

E o carro rodando

Na estrada do Su.

Chegaro em São Palo – sem cobre, quebrado.

O pobre, acanhado,

Percura um patrão.

Só vê cara estranha, da mais feia gente,

Tudo é diferente

Do caro torrão.

Trabaia dois ano, três ano e mais ano,

E sempre no prano

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De um dia inda vim.

Mas nunca ele pode, só veve devendo,

E assim vai sofrendo

Tormento sem fim.

Se arguma notícia das banda do Norte

Tem ele por sorte

O gosto de uvi,

Lhe bate no peito sodade de móio,

E as água dos óio

Começa a caí.

Do mundo afastado, sofrendo desprezo,

Ali veve preso,

Devendo ao patrão.

O tempo rolando, vai dia, vem dia,

E aquela famia

Não vorta mais não!

Distante da terra tão seca mas boa,

Exposto à garoa,

À lama e ao paú,

Faz pena o nortista, tão forte, tão bravo,

Vivê como escravo

Nas terra do Su.

Eu Prefiro a Simplicidade - Bráulio Bessa

Carne-seca e macaxeira
um cozido de capote
água fria lá no pote

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melhor que da geladeira.
No terreiro a poeira
se espalha na imensidão
de paz e de comunhão
que não se vê na cidade.
Prefiro a simplicidade
das coisas lá do Sertão.

Bodegas pra se comprar


é o nosso supermercado
que ainda vende fiado
pois dá pra se confiar.
Um caderno pra anotar
não carece de cartão
pois às vezes falta pão
mas não falta honestidade.
Prefiro a simplicidade
das coisas lá do Sertão.

Tem cuscuz na cuscuzeira,


tapioca e mucunzá
um bolinho de fubá
e tripa na frigideira.
Milho assado na fogueira
que aquece o coração
além de ser tradição
é comida de verdade.
Prefiro a simplicidade
das coisas lá do Sertão.

A família retratada
pendurada na parede
não tem curtidas na rede
mas tem rede bem armada.
A vida não é postada
nem passa em televisão,
o HD do coração
é quem salva de verdade.
Prefiro a simplicidade
das coisas lá do Sertão.

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A criançada brincando
de ser livre, de ser vivo
sem ter um aplicativo,
sem ter download baixando.
Vejo um menino pintando
um desenho feito à mão
sem nenhuma intervenção
lhe roubando a ingenuidade.
Prefiro a simplicidade
das coisas lá do Sertão.

Tem o som da natureza


melhor que MP3
eu garanto a vocês
nem se compara a beleza.
Existe tanta riqueza
espalhada nesse chão
como disse Gonzagão
e ecoa na eternidade.
Prefiro a simplicidade
das coisas lá do Sertão.

Tem a seca, essa bandida


que é cinza feito o asfalto,
porém não temos assalto
tampouco bala perdida.
Não é fácil nossa vida,
mas transbordo a gratidão
de viver nesse torrão
mesmo com dificuldade.
Prefiro a simplicidade
das coisas lá do Sertão.

Ninguém venha me tachar


de matuto, ultrapassado,
tampouco desinformado,
é fácil de se explicar.
Se um dia o homem usar
toda e qualquer invenção
pensando em evolução

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e no bem da humanidade,
a tal da modernidade
é bem-vinda no Sertão.

NORDESTE: AQUI É MEU LUGAR!

Vou falar do meu lugar

Terra de cabra da peste

Terra de homem valente

Do sertão e do agreste

Terra do mandacaru

Do nosso maracatu

Meu lugar é o Nordeste!

Meu Nordeste tem riquezas

Só encontradas aqui

Sua música, sua dança

Sua gente que sorri

Nosso povo tem bravura

Tem tradição, tem cultura

Da Bahia ao Piauí.

01

A nossa música é linda

Temos coco e embolada

Aboio e banda de pife

Poesia improvisada

Axé, repente, baião


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O forró do Gonzagão

Que faz a maior noitada.

Frevo, xote e xaxado

Violeiro, canturia

O martelo agalopado

O cordel e a poesia

O cantador de viola

Fazendo versos na hora

Pra nos trazer alegria.

02

Nossa dança é muito rica

E bastante popular

Tem ciranda, afoxé

Para quem quiser dançar

Bumba-meu-boi, capoeira

Essa dança brasileira

Querida em todo lugar.

Tem baião e tem forró

Pra dançar agarradinho

Tem maracatu, congada

Tem o cavalo-marinho

Festa junina animada

Pra toda rapaziada

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Namorar um “bucadinho”.

03

Nossa culinária é rica

Em tradição e sabor

Tem cuscuz, tem macaxeira

Que têm um grande valor

Tem o xinxim de galinha

Rapadura com farinha

Tudo feito com amor.

Do bode tem a buchada

Carne de sol com pirão

O mocotó, a rabada

O bobó de camarão

Bredo no coco, paçoca

Vatapá e tapioca

Venha provar o qu’é bão.

04

Temos doce bem gostoso

Como o Bolo de Fubá

A cocada, a rapadura

O quindim e o mungunzá

Temos Beijinho de coco

Que deixa qualquer um loco

Venha aqui saborear.

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As festas do meu Nordeste

Têm alegria e calor

O carnaval de Olinda,

De Recife e Salvador

Em Natal o “Carnatal”

Em Fortaleza o “Fortal”

Micaretas de valor.

05

Quando chega o São João

A "disputa" é pra valer

A "Capital do Forró"

Todos querem conhecer

Caruaru tem beleza

Campina Grande destreza

Para o forró não morrer.

Terra de Alceu Valença

E de Jackson do Pandeiro

Terra de Luís Gonzaga

Esse grande brasileiro

A terra de Elba Ramalho

E também de Zé Ramalho

Famosos no mundo inteiro.

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06

A terra de Virgulino

O famoso Lampião

A terra de Vitalino

Rei do barro feito à mão

A terra do “Padim Ciço”

Dos milagres, “dos bendito”

Do poder da oração.

Piauí da Pré-História

Bahia do candomblé

Paraíba das cachaças

Em Sergipe eu boto fé

Pernambuco tem o frevo

Alagoas tem segredo

Vá descobrir o que é.

07

Maranhão é o estado

Pra dançar bumba-meu-boi

Ceará do “Padim Ciço”

Só conhece quem já foi

No Rio Grande do Norte

A cultura é muito forte

Vá! Não deixe pra depois.

Essa terra é muito boa

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Dela ninguém me separa

Tem tudo pra se viver

Uma culinária rara

Uma beleza campestre

Só deixo o meu Nordeste

No último pau-de-arara.

CORDEL DAS COMUNIDADES

Nos versos deste cordel

Em rima vou te apresentar

Meu pedacinho de chão

Que faz meu peito se orgulhar

Riacho de Pedra de Cima

Minha terra, meu lugar.

Então deixa eu te falar

O quanto meu povo é festeiro

Tem várias festividades

Durante o ano inteiro

Aqui o povo não se cansa

De gritar: puxa o fole sanfoneiro.

Tem o Festival da Jabuticaba

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Carnaval e São João

Também tem a Cavalgada

Para os vaqueiros da região

Tem Feira de Conhecimentos e Cultura

Auto de Natal e ações da Associação.

Tem o Bloco dos Gaviões,

A Quadrilha Pedra que Canta ,

O Pastoril Luz Divina

E muito mais coisas que nos encanta

Nossa comunidade respira arte

Com os nossos jovens e crianças.

Meu Riacho de Pedra

Meu querido lugar

Das Jabuticabeiras

E cultura popular

Quem um dia te conhece

Nunca mais deixa de te visitar.

Lá na serra do Dendê

À vista é de arrasar

O frio é convidativo

Para o povo então tomar

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Um licor de jabuticaba

Que é coisa do lugar.

O povo que vive aqui

Da roça vive a trabalhar

Tem criação de gado

Bode e galinha para completar

É um povo devoto a Deus

E grato por tudo que Ele dar.

Riacho de Pedra de Baixo

É a minha comunidade

Somos um povo alegre

E guerreiro de verdade

Somos sinônimo de resistência

Quilombola é nossa identidade.

Nossa vida é bordada

Nos limites municipais

Nosso tempo é animado

No toque que a sanfona traz

Numa canção sertaneja

Cheia de fé, amor e paz.

Referencias

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FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. In em três artigos que se completam. São
Paulo: Autores Associados/Cortez, 1989. p.11-24.
LEAL, T. F.; BRANDÃO, A. C. P.; ALBUQUERQUE, R. K. Por que trabalhar com
sequências didáticas? In: FERREIRA, A. T. B.; ROSA, E. C. S.(org.). O fazer cotidiano na
sala de aula: a organização do trabalho pedagógico no ensino da língua materna. Belo
Horizonte: Autêntica, 2012.

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