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APRESENTAÇÃO

Na atualidade de um mundo cada vez mais conectado e exigente, requer de


cada cidadão uma formação mais eficiente e integral, onde se comunique todas
as linguagens possíveis. Mas, ainda assim, percebe-se a importância da leitura
e da escrita. Não discordando de Paulo Freire, quando ele afirma que “a leitura
de mundo antecede a leitura da palavra”, entendemos essa leitura de uma
forma mais ampla das coisas antes mesmo da palavra escrita.

Mas, a palavra já está aí, nesta leitura do mundo, sem que necessariamente
haja a leitura da palavra enquanto “signos” codificados, para serem
compreendidos. A palavra, as palavras estão por aí, girando pelo, presente nas
coisas, no cosmos, na terra, no ar, nas águas, nas profundezas, no fazer, no
balbuciar, nas alegrias, nas tristezas, na vida e na morte.

A palavra escrita, a palavra oral ou falada, a palavra pensamento, a palavra


sentimento. A palavra formal e não formal, a palavra informal, a palavra
expressão de linguagens diversas nas diversidades das coisas, da vida, das
artes, da própria palavra.

Pensando em resolver problemas ainda sobre a questão da leitura e da escrita


dos alunos das escolas de nossa região (Passagem Velha, Lages, Cazumba I
e Várzea do Mulato), com intuito de melhorar tais práticas, abraçamos mais
uma vez o Projeto LEPI (Ler, Produzir e Interpretar), idealizado depois de
vários diálogos entre os professores da rede publica municipal. Assim, todo o
processo de planejamento se direcionava para uma prática mais dinâmica e
participativa, com o incentivo para a prática da leitura e escrita, bem como,
desenvolvendo outros projetos e/ou programas, dentro desta perspectiva, como
por exemplo: Programa Despertar.

Agora chegou o momento de expor ao vislumbre do povo em geral, mas,


principalmente ao publico estudantil de outras instituições, o que se foi
produzido e do que foi aprendido pelos alunos com o que se foi planejado pelos
professores.

E um dos resultados alcançados pela escola, foi a produção desta coletânea de


textos: cartas, frases, contos, crônicas e memórias, textos esses produzidos
pelos próprios alunos com o incentivo e orientação dos professores.

A coletânea de textos: Entre Américas e África – Fazemos parte dessa história


– Diverso e Diversidade, se apresenta agora na 1ª Festa Literária de Senhor do
Bonfim – FLISBOM, para abrilhantar e atrair os olhos curiosos e inquietantes
dos participantes da nossa primeira feira literária.

Edvan Cahjuhy
Diretor
“Escrever não é usar palavras difíceis para impressionar. É usar
palavras simples de forma impressionante.

Sierra Bailey

Este livro, no formato de coletânea, nos apresenta várias produções dos mais
diversos gêneros textuais. O projeto foi idealizado, sonhado e construído desde
o início ano de 2019, buscando desenvolver nos nossos alunos o hábito e o
gosto de expressar seus sentimentos, seus pensamentos, experiências e
conhecimentos através da escrita, da produção textual.

A partir do engajamento de todo o corpo docente em proporcionar a vivência da


arte da produção escrita com os nossos alunos nas diversas atividades que
foram propostas durante todo o ano com o Projeto LEPI, Despertar, entre
outros, nos foi proporcionado hoje, o grande lançamento do livro: Entre
Américas e África: fazemos parte desta história, que apresenta uma
antologia de diversos gêneros textuais, como carta, poesia, crônica, memória
biográficas, entre outros produzidos pelos alunos das Escolas Municipais de
Passagem Velha, Cazumba I, Lages e Várzea do Mulato sob a orientação dos
professores desde o Ensino Fundamental Anos Iniciais aos Anos Finais.

Esse momento é o resultado de um trabalho árduo, colaborativo, de


sensibilização, escuta, angústias, construção e desconstrução, onde em
diversos momentos seguíamos em frente e outras tínhamos que retroceder
para que hoje pudéssemos orgulhosamente está lançando os textos dos
nossos alunos na 1ª Festa Literária de Senhor do Bonfim – FLISBOM.

Desta forma, externamos aqui a nossa imensa gratidão a toda a comunidade


escolar, em especial aos nossos queridos alunos e professores por presentear
a comunidade bonfinense com este belíssimo trabalho que ficará registrado pra
sempre em nossas mais belas lembranças.

Senhor do Bonfim, dezembro de 2019.

Maria Dilma Costa de Sena


(Coordenadora Pedagógica)
O TURISTA E O BAIANO

Em um dia ensolarado, como muitos aqui na Bahia, em período de São João,


muitos turistas vieram para a Bahia para passar o feriado. Turistas com malas
chiques, coisa que baiano não ver todo dia.

Uma turista encostou, numa barraca perto da rodoviária para esperar um


transporte, uma turista que não era muito simpática, que nem uma “boa tarde”
deu para o dono da barraca. Tinha uma cara enjoada, cara de quem não
gostou muito do ambiente.

Nessa tarde, mesmo sendo época de frio, estava um sol quente de “lascar”.
Então o filho do dono da barraca, ia chegando para ajudar a sua mãe. Quando
chegou, olhou para a turista e, pensou: _ Deixa eu dar uma “boa tarde” pra
essa “cara de doente”, pelo menos pra não dizer que o povo daqui é
“maleducado”! então falou;

_ Boa tarde! Tudo bem com a senhora? Perguntou. Ela fingiu que não
escutou.. Mas, ele insistiu. _ Boa tarde! Tudo bem com a senhora? Ela
continuou fingir não escutar. Ele pensou: _ Deixa “queto”.

O transporte demorou. Então decidiu olhar o que tinha à venda e perguntou: _


Quanto é isso aqui moço? Ele fez a mesma coisa, fingiu não escutar.

_ Quanto é isso aqui moço? Eu quero comprar!

_ Ah, a senhora não é deficiente não né?

_Não! Quanto é isso aqui? Ele disse o preço.

_ Que roubo! Disse ela, apavorada com o preço.

_ A delegacia sã só três minutos daqui. Vá lá prestar sua queixa e traga a


policia aqui. Que é que cê tá esperando “cumade”?

Ela largou o produto lá e saiu com sua mala, havia um buraco na frente que ela
não tinha visto, levou uma tropeçada que quebrou o salto do seu sapato
caríssimo, que havia comprado fazia pouco tempo e o baiano disse:

_ eu hein! Além de ter cara de “doente”, ser pobre de espirito e de ser pão
dura, ainda é “cega”!

Obs: Texto que concorreu para a Olimpíada de


Língua Portuguesa, sendo aprovada para2ª fase.

Autora: Luana Silva – 8º ano.


Escola Municipal de Passagem Velha

NÃO TENHO PRECONCEITO

Não tenho preconceito! Negros também são gente.


Existem negros doutores, outros são médicos,
também tem negos políticos, policiais. Não tenho
preconceito. Os negros também têm os mesmos
direitos dos brancos. Negro tem direito a ter um
carro, casa, comida e outras coisas, além de morar
em comunidades.
Em brancos que não gostam de negros, mas, tem
negros que tem amizade com os brancos. Comida
afro e os negros vendem: acarajé, milho. Dança –
samba de lata, samba de roda. Os negros são gente
boa, hoje os negros moram em comunidades, em
cidades e em outros lugares.
Autor: Renato Silva Alves - 5º ano
Escola Municipal de Passagem Velha
Senhor do Bonfim, 22 de outubro de 2019.

PRODUÇÃO DE ALIMENTO E SUSTENTABILIDADE DO CAMPO

PREZADO SENHORES DO SENAR

Fiquei muito contente quando recebi a noticia na minha Escola


Municipal de Passagem Velha, que iriamos ter uma aula falando
sobre solo e depois escreveríamos uma carta, contando tudo que
aprendi até hoje com o Programa Despertar, do qual eu sou a
Agente eleita.

Entendi que para plantar algum alimento, precisamos de um solo


fértil, que seja bem adubado e molhado todos os dias, caso
contrário, sendo o solo infértil, a planta irá morrer e não dará frutos.

Ouvindo sobre sustentabilidade, pensei na minha goiabeira, porque


se minha família trabalhar unida podemos ter lucros e melhor
sustento com as goiabas, plantando e colhendo mais.

Então, podemos vender goiabas ou até dar para os vizinhos que


precisam, mas, também sei que podemos fazer suco, doce, geleia e
picolé de goiaba.

Como fazer para produzir com sustentabilidade essa plantação de


goiaba, que já tem na minha família, aproveitando para ter lucro e
ajudar os moradores do meu povoado?

Agradeço pela atenção e espero respostas ou que venham nos


visitar e nos orientar para que esse sonho se realize. Abraços!

Keyla Fernanda Pereira de Santana.4 ANO – A


Escola Municipal de Passagem Velha
NEGRITUDE
Nesta manhã de céu nublado
Brilha a aurora da negritude
Iluminando a mente dos alunos,
da Escola Mun. de Passagem Velha
E de toda região, quilombola.

Trabalhando o Novembro Negro


Despertando a Consciência Negra
Da nossa outra metade: africana
De sermos afro-brasileiros com orgulho.
Foram lindas palavras de Cristina Viana!

Falar de Cachoeirinha, Terreirinho e Cariacá,


Tijuaçu e suas comunidades e Alto da Maravilha.
Passagem Velha e toda região são quilombolas.
Antônio Vieira, escritor, professor, poeta quilombola.
Foi o assunto: Entre Américas e África!
Fazemos parte dessa história fantástica.

Edvan Cajuhy
Senhor do Bonfim - BA, 26 de novembro de 2019.

A equipe gestora, funcionários, professores e alunos da


Escola Mul. De Passagem Velha, agradecem a Cristina
Viana pela belíssima palestra sobre Consciência Negra e
autoestima.
POEMA DA AMIZADE

A AMIZADE É UM SENTIMENTO,
QUE NÃO SE PROVA, SE CONQUISTA.
AMIGO É COMO UM IRMÃO.
FOI MANDADO POR DEUS
PARA MORAR NO CORAÇÃO.

AMIGO É AQUELE,
QUE QUANDO O MUNDO TE EMPURRA.
ELE TE SEGURA.

AUTORES: Luiz Eduardo Silva Dias, José


Eduardo Pereira da Silva – 8º ano e Luís
Henrique da Silva- 7º ano.
Escola Municipal de Passagem Velha
A DAMA E O VAGABUNDO

Eu vou contar uma história


De uma dama e um vagabundo
Que por falta de dinheiro
Resolveu cair no mundo.

Sexta-feira a noite
Resolvi me mandar
E fui embora
Para cantar.
Lá encontrei Doralice
Doralice meu amor
Lá ela me largou
E fiquei com muita dor.

É, hoje não tenho nada,


E fiquei sem casa,
E hoje não tenho amor.
Por isso, que sou vagabundo.

Pedro Henrique de Souza Silva - 7º ano


Escola Municipal de Passagem Velha
AMAR
Amar é como celular.
Que você só larga,
depois de descarregar.

Pedro Pedro Henrique de Souza Silva - 7º ano


Escola Municipal de Passagem Velha
MEDO

Eu já vi muita coisa.
Muita coisa de assombrar.
Eu tinha medo,
medo de se cagar.

Pois, um dia eu vi,


Lampião passar.
Mas, tive um medo,
medo de se mijar!

Pedro Henrique de Souza Silva – 7º ano


Escola Municipal de Passagem Velha
O DIA COMEÇOU…

O dia começou
O sol acordou
A lua dormiu
O céu animou!

As janelas se abrindo,
O povo sorrindo
Gente conversando
O dia inspirando!

Crianças brincando
Borboletas voando
As flores surgindo
E o astro rei iluminando!

Keyla Fernanda – 4º Ano B


Escola Municipal de Passagem Velha
OS NEGROS

As crianças negras são discriminadas.


Discriminadas elas são. Todas as crianças
são crianças. Não é porque uma é parda,
negra ou mulata, que tem que ser
discriminadas, discriminadas elas tem que
ser.
Antigamente quando o negro nascia,
vendido ele era. Quando adulto, era
obrigado a trabalhar e apanhava de
montão.
Enquanto o branco estudava. Aprendia
coisas de casa e era obrigado a casar.
O negro quando cansado de trabalhar, só
pensava em fugir. Para uma nova vida
construir.
Kaimy Gabrielle Cardoso Matos – 6º ano
Escola Municipal de Passagem Velha
Os preconceitos servem para mostrar o quanto
todos que cometem são pessoas ignorantes.

Adriel Sena - 2º ano

Consciência Negra
Eu quero um país melhor para o futuro. Que
cada uma respeite a diferença do outro e possa
amar mais as pessoas!

Ítalo Dantas – 2º ano

Apontar
Não devemos apontar rir ou xingar
A cor da pele ou qualquer diferença
Não deve importar.
Cada um com seu jeito de viver
Com seu jeito de ser
Por isso não podemos julgar
O seu preconceito tem que parar.
Autor desconhecido
PRECONCEITO
Qual a diferença de um negro para um branco?
De um rico para um pobre?
Qual a diferença?
O que torna o ser humano melhor que o outro?

IVAN LUCAS – 2º ano


TEMPO QUE NÃO VOLTA

Ainda me lembro bem de quando eu era criança.


Minha vida era alegre, eu brincava muito, ia para
escola, mas, não gostava muito das minhas
professoras, porquê elas não gostavam muito
quando eu conversava com os meninos. Elas
pensavam que eu ia namorar com eles.

Então elas faziam assim: deixava eu no canto da


sala até o fim da aula. Quando chegava em minha
casa, mamãe perguntava sobre a aula. E eu não
sabia o que aprendi na aula, não sabia o que falar
para ela. Eu inventava uma história., pra ela não
saber que eu era muito bagunceira na sala. Então eu
falei assim: _ Mãe a aula estava muito boa! Gostei
da aula de hoje!

Sabrina Dias da Silva – 7º ano


NOSSA CULTURA

Eu sou de uma comunidade, onde meus


pais nasceram. Aqui a nossa cultura que
predomina é a quadrilha junina, dança e
muito mais.

Nós precisamos mais de oportunidade


para desenvolver nossos talentos
enquanto estudantes. Porque sem
oportunidade não conseguimos alcançar
nossos objetivos. Nós aqui sobrevivemos
da lavoura, de onde meus pais traz o
sustento para dentro de casa.

Autora: Ana Maria – 3º ano


DESCOBERTA DA MINHA COMUNIDADE

Eu me chamo Maria Cláudia, moro em Várzea do


Mulato, uma comunidade muito tranquila e muito
gostosa para morar. Minha comunidade foi
descoberta por dois homens, eles ficaram
encantados com a beleza da caminhada. Então
deram o nome de Várzea do Mulato, por conta de
uma várzea que eles encontraram. Depois da
chegada deles, começaram a chegar outros
moradores, formando novas famílias e de uma delas
eu sou fruto, sou da família Santos e me orgulho
muito.
Com o passar do tempo foi-se construindo a escola,
igreja, casas, muitas casas. Todos quem vem aqui
gostam da paz e da tranquilidade que existe. Aqui
todos aqui são amigos, não importa a religião, raça
ou cor. Ninguém é racista, não importa se vem de
Senhor do Bonfim, Passagem Velha, Caldeirão ou
Tijuaçu, tanto faz. Aqui formamos uma só família,
respeitamos todo mundo.
Nesta localidade a agricultura é muito presente,
onde as família sobrevivem do que produz.

Maria Cláudia – 4º ano


Escola Municipal de Várzea do Mulato.
A HISTÓRIA DA MINHA INFANCIA

Eu vou contar a história de minha infância. Nasci no Hospital Regional, na


cidade de Senhor do Bonfim – BA, minha mãe não tinha condições de me criar.
Ela então me deixou no hospital para adoção. Daí as enfermeiras me deram as
freiras e elas me deram para uma família.

A mulher eu se tornou minha mãe, já era uma velhinha, meus irmãos já eram
adultos, uma das minhas irmãs me registrou como filho dela, eu tinha sobrinhos
mais velhos que eu.

Fui criado onde hoje é o bairro Santos Dumont, naquele tempo era chamado
“Fazenda Buriá”, tinham poucos casas e os quintais eram grandes. Por isso, lá
havia pé de coco, manga, banana, tangerina, e outros. Nós brincávamos de
corrida de formula 1, casinha e a noite de pega-pega, esconde-esconde,
chicotinho queimou, eram as brincadeiras prediletas.

Tinha um pé de umbuzeiro bem grande que tomava a metade da estrada e as


pessoas mais velhas falavam, que ele era mal assombrado, isso porque era
caminho para o cemitério. O povo parava na sombra para descansar e
colocava o caixão do defunto debaixo do umbuzeiro.

Meus irmãos mais velhos trabalhavam de mecânicos do lado de nossa casa,


eles deixaram um fusquinha vermelho quebrado, que meus amigos e eu
brincávamos de família e que iriamos viajar de faz-de-conta. Nos sábados, a
feira era uma tradição e nossas mães nos davam uma cestinha, fazíamos as
nossas feiras de frutas e na volta esperávamos em cima do umbuzeiro. Era o
almoço.

Chegou a hora de estudar. Iniciei a estudar com 07 anos de idade, tempos


difíceis, porém feliz, a merenda era rapadura, farofa de carne, bolacha e outros.

Hoje sou muito Feliz e tenho orgulho de contar a minha história, terminei meus
estudos, sou diretor, professor e faço poesias.

Obs: texto baseado na entrevista com Edvan Cajuhy


Gislaine de Souza Marquez – 7º ano
Escola Municipal de Passagem Velha
SAUDADE DA MINHA INFANCIA

Nasci, cresci no município de Senhor do Bonfim – BA.


Guardo na memória momentos felizes de minha infância.
Hoje moro no bairro Santos Dumont. Nessa época nós
tínhamos alimentação. Me lembro que eu meus sobrinhos
que eram mais velhos limpamos um terreno de meu pai e
fizemos uma pista de formula 1 e os nossos carros eram de
pneus velhos, tínhamos brincadeiras.

Quando íamos à escola éramos muito alegres. Iniciei meus


estudos com 07 anos, íamos aprender o ABC. Na escola
não tinha cadeiras suficiente para todas as crianças. Nós
brincávamos de esconde-esconde. Nós tínhamos outras
brincadeira tipo: pega-pega, garrafão, melancia e também
tinha uma lenda que o povo falava, que no pé de
umbuzeiro tinha bola de fogo amarela. As pessoas que
passavam por lá eram do Cariaca, Passagem Velha,
Terreirinho.

Os nosso pais davam dinheiro pra nós comprarmos frutas,


nós íamos para o pé de umbu e começávamos a comer as
frutas que compramos na feira. Tenho saudades da minha
infância, saudade de minha de criança que não volta.

Autora: Sabrina da Silva Dias – 7º ano


MEU PASSADO

Nasci no Hospital Regional de Senhor do Bonfim, que na época era


administrado por freiras. Eu não conheci minha mãe biológica. Fui
criado por minha, morei numa casa de taipa, no bairro Santos
Dumont, que antes era chamado de Fazenda Buriá.

As casas eram afastadas umas das outras, tínhamos muito espaço


no quintal. Lá tinha muitas plantas e árvores frutíferas como, etc.

Enquanto menino brincava com meus amigo atrás da casa, nós


podia brincar até os 07 anos, depois dessa idade, iniciei meus
estudos, ía para escola junto com colegas, era um tempo difícil nem
sempre tinha merenda e se tivesse era bem pouca não tínhamos
cadeiras para se sentar, quando tinha eram poucas, a nossa
merenda era levada de casa dentro de uma sacola, suco de pacote
e bolacha de sal. Quando chegávamos da escola eu e meus
sobrinhos íamos ajudar a minha mãe depois brincávamos de vender
pão.

As noites todo mundo ia para debaixo do umbuzeiro a onde as


pessoas mais velhas contavam histórias de assombração. Me
lembro do tempo da minha não é igual aquela época, na qual me
lembro que as pessoas se divertiam com as coisas pequenas é hoje
fasso poesias para lembra do meu passado.

AUTOR DESCONHECIDO
A RECEITA DO ACARAJÉ

Era uma vez, na tribo africana, Berbere uma garota


chamada Múlan , que sonhava em ter a mesma
habilidade que a mãe dela. Que fazia o melhor
acarajé da região.

Todos diziam que Mulán nunca ia ser como sua


mãe, mas Mulán não desistia e dizia pra sua mãe,
que iria lhe surpreender.

Um dia chegou o velhinho, que lhe disse: _ se você


quer surpreender sua mãe, você precisa fazer o
melhor acarajé e do seu jeito. Aí ela pensou: _ Eu
vou fazer e vou conseguir! Seus ingredientes eram
muito amor , carinho e muito sabor. Então ela pediu
para sua mãe experimentar, sua mãe experimentou
e disse: _ hum! Que acarajé diferente e gostoso! É o
melhor acarajé que eu já comi! Múlan passou a
fazer o melhor acarajé. Ela disse: _ se uma coisa
que eu aprendi é nunca desistir. Essa é a história de
Múlan.

Autora: Gislaine de Souza Marquez – 7ª ano


A LINDA MENINA NEGRA

Era uma vez...

Uma menina que se chamava Mariana. Ela


era uma criança muito feliz e amorosa com
todos, pois, ela tinha uma família que a
ensinava a respeitar a todos, independente
da cor que elas tinham.

Mariana veio de uma descendência de


negros e por conta disso, ela sofria muito
preconceito, devido a sua cor (negra), mas,
nem por isso ela deixava de sorrir e ser
feliz. Pois, o apoio e carinho que ela não
encontrava fora de casa, ela tinha o
suficiente dentro de sua família.

Autora: Letícia Eduarda 3º ano


ÁGUA É COISA BOA!

Um dia,a professora da turma de uma escola,


levou os alunos para um passeio, num lugar
onde tinha muita água. Eram cachoeiras lindas,
maravilhosas, nunca a gente tinha visto igual!
Todos se molharam muito e se divertiram
bastante.
Alunos corriam pra todo lado. Todos gostaram
demais dessa aventura e se lembram desse dia
até hoje.

AUTOR DESCONHECIDO
ERA UMA VEZ UM HOMEM...

Era uma vez um homem que se


chamava João. Ele tinha um gato e um
cachorro.
O cachorro era muito calmo e tratava o
gato como amigo. O nome do gato era
Negão e do cachorro era Dog.
Mas havia também um ratinho que
atentava muito e o nome dele era Tom.
Todos os dias João saía pra trabalhar e
o rato Tom ia roubar as comidas de
João. Só que quando o gato o via, ele
corria pra seu buraco.
Quando João descobriu sobre o rato
ele quis matá-lo, porém o gato e o
cachorro não deixou, com pena do rato.
O gato, o cachorro e o rato
viraram,assim, amigos.

Kauane Vieira – 4º ano

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