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Centro Universitário de Brasília – UniCeub

Faculdade de Ciências da Educação e Saúde – FACES

Estágio Básico II

Curso de Psicologia

Correlação da Alexitimia com o bem-estar subjetivo masculino

Davi Maciel Rodrigues Lopes

Abril
2024
Centro Universitário de Brasília – UniCeub

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Curso de Psicologia

sumário

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INTRODUÇÃO

Sifneos (1977) introduziu o termo alexitimia para referir-se às pessoas que

parecem privadas de palavras (lexis) e para designar o humor (thymos).

Posteriormente, Campbell (1996) descreveu a alexitimia como um traço de

personalidade, conceituado como a dificuldade em caracterizar o próprio estado

emocional e inabilidade para fantasiar produtivamente, fazendo com que o indivíduo

focalize seus interesses em objetos externos, na experiência somática ou nas reações

comportamentais, em vez de relacioná-las a pensamentos.

A Alexitimia ainda é uma área pouco conhecida, mas se sabe a dificuldade de

pessoas que apresentam essa característica psicológica em relação a psicoterapia e

num geral apresentam doenças psicossomáticas encontradas em parcela da população

geral, atingindo cerca de 10% a 20% de seus membros, enquanto que entre pacientes

psicossomáticos, chega a mais de 50% dos casos (Padinieli & Rouan, 1998).

A Alexitimia, caracterizada pela dificuldade em identificar e descrever

emoções, tem sido associada a vários desfechos negativos na saúde mental e física.

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No entanto, a relação específica entre Alexitimia e bem-estar subjetivo masculino

ainda não foi totalmente elucidada. As características sociais que se esperam dos

homens são as mesmas que destroem, silenciam, enfraquecem e matam os próprios

homens (Reid, 2015).

O bem-estar subjetivo é um conceito multidimensional que inclui aspectos

emocionais, cognitivos e avaliativos da vida. Compreender como a Alexitimia se

relaciona com o bem-estar subjetivo em homens pode ter importantes implicações

para a saúde mental e o desenvolvimento de intervenções eficazes.

JUSTIFICATIVA

Embora existam estudos sobre a Alexitimia em várias populações, a maioria se

concentra em amostras mistas ou predominantemente femininas, o que pode

influenciar a relação entre Alexitimia e bem-estar subjetivo. Este é o cenário de uma

construção de masculinidades com dados preocupantes, como o aumento dos números

de suicídio entre homens, cuja estimativa realizada pela Organização Mundial da

Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), prevê que

homens vivem em média de cinco a oito anos a menos do que as mulheres

(ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE, 2019a). A negligência em

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relação à saúde é outro bom exemplo, no qual a OMS indica que 52% de doenças

crônicas não transmissíveis acontecem com homens, que cardiopatias isquêmicas é

75% maior entre eles do que em mulheres e que 36% das mortes entre os homens

poderiam ser evitadas se eles tivessem mais cuidados com a própria saúde

(ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE, 2019b). Além disso, a saúde

mental dos homens muitas vezes é menos abordada, apesar de taxas mais altas de

suicídio e problemas relacionados à saúde mental em comparação com as mulheres

onde pesquisam feitas sugerem 61,5% das mulheres participaram. Yoshida, E. M. P.

(2007). Portanto, é fundamental investigar a relação entre Alexitimia e bem-estar

subjetivo em homens para desenvolver intervenções personalizadas e eficazes.

OBJETIVOS

O presente estudo tem como objetivo principal investigar a correlação entre a

Alexitimia e o bem-estar subjetivo em homens. Os objetivos específicos incluem: (1)

avaliar os níveis de Alexitimia em homens; (2) examinar os diferentes aspectos do

bem-estar subjetivo (afetivo, cognitivo e avaliativo) em homens; e (3) investigar a

relação entre a Alexitimia e os diferentes aspectos do bem-estar subjetivo em homens.

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HIPÓTESES

H1: Existe correlação entre Alexitimia e o bem-estar subjetivo masculino e

pode haver influência da Alexitimia com o bem-estar subjetivo masculino.

H0: Não existe correlação entre Alexitimia e o bem-estar subjetivo masculino,

portanto a Alexitimia não influencia no bem-estar subjetivo masculino.

Método

descrever o método correlacional.

PARTICIPANTES

A amostra será constituída por 100 homens pacientes jovens e adultos, com

uma idade média de X anos (x). A maioria dos participantes pertence a um nível

socioeconômico médio, serão escolhidos por conveniência, sendo sua participação

voluntária.

LOCAL

A pesquisa será feita numa sala de aula numa universidade particular em

Brasília, DF. A sala foi cuidadosamente preparada para garantir um ambiente propício

para a realização das atividades experimentais. Além disso, a sala é espaçosa, com

iluminação adequada e ventilação suficiente para garantir o conforto dos participantes

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durante todo o experimento. As mesas e cadeiras serão dispostas de forma a permitir

que os participantes tenham espaço adequado para realizar as tarefas sem se sentirem

apertados ou desconfortáveis. Também serão tomadas medidas para garantir a

privacidade dos participantes durante a realização do experimento, evitando distrações

externas que possam afetar os resultados.

(descrever melhor).

INSTRUMENTOS

Será utilizada a versão em português da Escala de Alexitimia de Toronto -

TAS de Taylor et al. (1985) (Yoshida, 2000) – instrumento de auto-relato, com 26

itens, idealizado para medir o grau de alexitimia. Os itens são respondidos em escala

de tipo Likert de cinco pontos variando entre, 1 (discordo inteiramente) e 5 (concordo

plenamente). Os escores totais variam entre 26 e 130, sendo que nas pesquisas

internacionais, para escores acima de 74 (inclusive) o sujeito é considerado

alexitímico e menores de 62 (inclusive) é considerado não alexitímico (Taylor et al.,

1988). Para valores intermediários, (entre 63 e 73) nada se pode afirmar.

E também será utilizado o método mais usual de mensuração do BES consiste

no uso do auto-relato onde o indivíduo julga a satisfação que Psic.: Teor. e Pesq.,

Brasília, Mai-Ago 2004, Vol. 20 n. 2, pp. 153-164 155 Bem-estar subjetivo e medidas
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possui com relação a sua vida e relata a freqüência de emoções afetivas recentes de

prazer e desprazer (Diener, Oishi & Lucas, 2003). Medidas de auto-relato parecem

particularmente apropriadas ao campo, tendo em vista que somente o indivíduo pode

experimentar seus prazeres e dores e julgar se está satisfeito com sua vida

PROCEDIMENTOS

Os participantes foram expostos a 20 itens conforme a avaliação TAS-20

ANÁLISE DE DADOS

Análise de Conteúdo (Bardin) — Pré-análise, exploração material, Tratamento

dos resultados. Será realizada uma estatísticas descritiva e inferencial para

correlacionar a alexitimia com o bem-estar subjetivo.

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Tabela 1

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INSTRUMENTOS

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A fim de atender aos objetivos deste estudo, foram utilizados dois

instrumentos de avaliação: a escala de Bem-Estar subjetivo (EBES) e a escala de

Alexitimia de Toronto (TAS). As descrições de ambas são apresentadas a seguir.

Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES)

O método mais usual de mensuração do BES consiste no uso do auto-relato

onde o indivíduo julga a satisfação que Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, Mai-Ago 2004,

Vol. 20 n. 2, pp. 153-164 155 Bem-estar subjetivo e medidas possui com relação a sua

vida e relata a freqüência de emoções afetivas recentes de prazer e desprazer (Diener,

Oishi & Lucas, 2003). Medidas de auto-relato parecem particularmente apropriadas

ao campo, tendo em vista que somente o indivíduo pode experimentar seus prazeres e

dores e julgar se está satisfeito com sua vida

Escala de Alexitimia de Toronto (TAS-20)

A Escala de Alexitimia de Toronto de 20 Itens (TAS-20) é um instrumento de

auto-avaliação, desenvolvido por Bagby, Parker e Taylor, que apresenta uma

adequada precisão e validade para a avaliação do constructo de alexitimia. A TAS-20

foi traduzida para vários idiomas e a sua estrutura factorial foi validada cruzadamente

em diversas amostras, através da análise factorial confirmatória, demonstrando

possuir uma estrutura factorial estável e replicável que é congruente com o constructo

de alexitimia: (F1) dificuldade em identificar sentimentos; (F2) dificuldade em

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descrever os sentimentos aos outros; (F3) estilo de pensamento orientado para o

exterior.

Existe uma escala de avaliação, a TAS-20, a Escala de Alexitimia de Toronto

-Alexithymia Scale (TAYLOR et al., 1985). Instrumento de autoavaliação e que é

composto de 20 itens 8 e possibilita mensurar o grau de comprometimento do

indivíduo que vivencia a alexitimia. É solicitado à pessoa que registre o seu grau de

concordância para cada um dos itens, numa escala tipo Likert de 5 pontos, na qual (1)

corresponde a discordo inteiramente; (2) discordo; (3) não sei; (4) concordo e

(5) concordo plenamente. A versão brasileira da TAS é a ETA-20

ORÇAMENTO

Todo

● Capital

Bloco de folhas de papel A4 - R$ 32,00

2x Caixas de caneta bic - R$ 36,70

TOTAL: R$ 68,7

CRONOGRAMA

Atividades Janeiro Fevereiro Março Abril Maio

Submissão
ao Comitê de
Ética
X x
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Coleta de
dados x
Tabulação
dos dados x x
Análise dos
dados x
Elaboração
dos
relatórios
x

Resumo:

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‘’As características sociais que se esperam dos homens são as mesmas que destroem,

silenciam, enfraquecem e matam os próprios homens (REID, 2015) ’’

Conceito

Alexitimia é um termo que significa “sem palavras para definir o humor”. Tem sido aplicado

a pacientes que apresentam dificuldade acentuada na expressão verbal de emoções e

capacidade limitada de usar a fantasia. Esses pacientes geralmente apresentam doenças

psicossomáticas e tendem a ter um desempenho ruim na psicoterapia dinâmica tradicional. O

conceito é discutido a partir de uma perspectiva histórica e avaliado seu status atual na

compreensão das doenças psicossomáticas. A literatura sobre alexitimia é revisada

criticamente com foco na definição, mensuração, especulações etiológicas e na relevância da

alexitimia para o processo psicoterapêutico. O conceito alexitímico tem muito a oferecer

heuristicamente, mas a maior parte da literatura até o momento tem sido anedótica e teórica,

com poucas investigações. São feitas sugestões para pesquisas futuras que possam servir para

validar o conceito e fornecer respostas a questões relativas à formação de sintomas e

problemas psicológicos.

Menor, Ira M. MD

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https://www.papodehomem.com.br/os-homens-estao-morrendo-porque-nao-conseguem-falar.
=

A alexitimia é uma condição psicológica caracterizada pela dificuldade em identificar e


descrever emoções. Indivíduos com alexitimia muitas vezes têm dificuldade em diferenciar
entre sensações corporais que surgem em resposta às emoções e as próprias emoções, o que
pode resultar em uma comunicação emocional limitada e em uma compreensão emocional
reduzida. Estudos anteriores demonstraram que a alexitimia está associada a vários desfechos
negativos na saúde mental e física, incluindo transtornos de humor, transtornos alimentares,
doenças psicossomáticas e problemas de relacionamento.

Embora a alexitimia tenha sido extensivamente estudada em diversas populações, incluindo


amostras clínicas e não clínicas, a maioria dos estudos tem se concentrado em amostras
mistas ou predominantemente femininas. No entanto, evidências sugerem que homens e
mulheres podem vivenciar e expressar emoções de maneira diferente. Por exemplo, os
homens podem ser socializados a reprimir ou minimizar suas emoções, o que pode
influenciar a forma como eles experienciam e relatam a alexitimia. Além disso, pesquisas
sugerem que os homens são menos propensos do que as mulheres a procurar ajuda para
problemas de saúde mental, o que pode resultar em subestimação da prevalência e impacto da
alexitimia entre os homens.

O bem-estar subjetivo, por sua vez, é um conceito multidimensional que inclui aspectos
emocionais, cognitivos e avaliativos da vida. Ele é frequentemente avaliado em termos de
satisfação com a vida, presença de emoções positivas e ausência de emoções negativas.
Compreender como a alexitimia se relaciona com o bem-estar subjetivo em homens pode ter
importantes implicações para a saúde mental, fornecendo insights sobre como a dificuldade
em identificar e descrever emoções pode afetar a forma como os homens percebem e avaliam
suas vidas.

Dada a escassez de pesquisas sobre a relação entre alexitimia e bem-estar subjetivo


especificamente em homens, este estudo visa preencher essa lacuna investigando como a
alexitimia se relaciona com diferentes aspectos do bem-estar subjetivo em uma amostra de
homens adultos. Entender essa relação pode fornecer informações valiosas para a prática
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clínica, ajudando a identificar homens em risco de problemas de saúde mental e desenvolver


intervenções eficazes para melhorar seu bem-estar emocional e psicológico.

REFERÊNCIAS

Bagby, R. M., Parker, J. D. A., & Taylor, G. J. (1994a). “The Twenty-Item Toronto
Alexithymia Scale-I. Item selection and cross-validation of the factor structure.” Journal of
Psychosomatic Research, 38 (1), 23-32. Bagby, R. M., Parker, J. D. A., & Taylor, G. J.
(1994b). “The Twenty-Item Toronto Alexithymia Scale-II. Convergent, discriminant, and
concurrent validity.” Journal of Psychosomatic Research, 38 (1), 33-40. Bagby, R. M., Taylor,
G. J., & Parker, J. D. A. (1992). Reliability and validity of the 20-item revised Toronto
Alexithymia Scale. Comunicação apresentada no congresso da Sociedade Americana de
Psicossomática, Nova Iorque.

Yoshida, E. M. P.. (2007). Validade da Versão em Português da Toronto Alexithymia


Scale-TAS em Amostra Clínica. Psicologia: Reflexão E Crítica, 20(3), 389–396.
https://doi.org/10.1590/S0102-79722007000300006
Alexitimia e masculinidades.pdf
ALEXITIMIA E MASCULINIDADES: DO SILÊNCIO AOS PROCESSOS DE
DESCONSTRUÇÃO Breno Rosostolato

Albuquerque, A. S., & Tróccoli, B. T.. (2004). Desenvolvimento de uma escala de bem-estar
subjetivo. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 20(2), 153–164.
https://doi.org/10.1590/S0102-37722004000200008
Rosostolato, B. (2019). ALEXITIMIA E MASCULINIDADES: DO SILÊNCIO AOS
PROCESSOS DE DESCONSTRUÇÃO. Revista Brasileira De Sexualidade Humana, 30(2),
55–64. https://doi.org/10.35919/rbsh.v30i2.92
Rodrigues, Avelino Luiz, Takushi, Angélica Lie, Santos-Silva, Clayton, Risso, Iolanda,
Roitberg, Sandra Elizabeth Bakal, Martins, Tatiana Thaís, Oliveira, Walter Lisboa, &
Campos, Elisa Maria Parayba. (2014). Reflexões críticas sobre o constructo de alexitimia.
Revista da SBPH, 17(1), 140-157. Recuperado em 08 de abril de 2024, de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582014000100009&ln
g=pt&tlng=pt.
https://pt.scribd.com/doc/112990114/Escala-Alexitimia-Tas-20

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