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AL DS CATERINO
AL SD DANIEL SILVA
AL SD ESTEVAM
AL SD INGRID
AL SD JUAN
AL SD LUIZ RIBEIRO
CARIACICA
2024
AL DS CATERINO
AL SD DANIEL SILVA
AL SD ESTEVAM
AL SD INGRID
AL SD JUAN
AL SD LUIZ RIBEIRO
CARIACICA
2024
1 INTRODUÇÃO
Tal vertente da psicologia tem como foco a promoção da saúde física e mental (não
simplesmente tratar doenças). Foi fundada pelo médico psiquiatra Nortea Americano
George L. Engel no final da década de 70. Na ocasião, Engel fez uma publicação na
renomada revista científica Science, sugerindo uma terapia com intervenção holística
do ser humano. A divulgação desse material científico impactou a comunidade dos
profissionais da saúde, pois traçou comparações entre o modelo biopsicossocial e o
biomédico. A medicina e a psicologia modernas são alicerçadas em princípios
cartesianos do pensamento.
Em outras palavras, tais ciências usam critérios racionais rigorosos e metódicos para
estabelecer boa parte das suas abordagens. Com o modelo biopsicossocial propõe-
se levar em conta, no processo de entendimento das necessidades dos pacientes,
não só físicos mensuráveis, como também aspectos: sociais, sentimentais;
emocionais, culturais, familiares, ambientais, espirituais (RONZINI, Telmo).
Isso teve uma grande importância, pois trouxe de volta conhecimentos antigos usados
em uma época prévia ao surgimento do método científico e permitiu uma análise mais
multidisciplinar do ser humano.
O trabalho influencia no ciclo social, nas opiniões, no status social, nos sonhos e até
mesmo no carácter, já dizia Leonardo Boff que “todo ponto de vista é a vista de um
ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual
é a sua visão do mundo”. O ponto de vista que alguém sustenta acerca dos diversos
assuntos que lhe são desafiados a opinar está diretamente vinculado à posição que
ele ou ela ocupa no campo social (FERREIRA, Antonio).
Saúde deveria expressar o direito a uma vida plena, sem privações. Um conceito útil
para analisar os fatores que intervêm sobre a saúde, e sobre os quais a saúde pública
deve, por sua vez, intervir, é o de campo da saúde (health field), formulado em 1974
por Marc Lalonde, titular do Ministério da Saúde e do Bem-estar do Canadá país que
aplicava o modelo médico inglês. De acordo com esse conceito, o campo da saúde
abrange: a biologia humana, que compreende a herança genética e os processos
biológicos inerentes à vida, incluindo os fatores de envelhecimento; o meio ambiente,
que inclui o solo, a água, o ar, a moradia, o local de trabalho; o estilo de vida, do qual
resultam decisões que afetam a saúde: fumar ou deixar de fumar, beber ou não,
praticar ou não exercícios; a organização da assistência à saúde (SCLIAR, Moacyr).
No que tange o ramo policial militar e seu curso de formação, sabe-se que o meio
militar é moldado de uma vida embasada em rotina, o que por vezes pode retirar o
foco do profissional de si mesmo, causando uma visão de túnel, proporcionando para
ele um ambiente de trabalho pesado, um lugar de agonia. A centralidade do trabalho
vai ao encontro com a ideia de Camus neste ponto específico, a busca pelo sentido
no trabalho repetitivo, esse em si é de onde vem os demais proventos, através desse
ele obtém um dos principais combustíveis para a melhoria pessoal e profissional, ou
seja, analisa-se o trabalho não como etapa final, ou uma maldição tal qual fostes
condenados, mas sim como um meio para o fim, um transporte para o seu destino
final, seja ele uma melhoria financeira, uma capacitação profissional, ou até mesmo o
lazer.
O trabalho não apenas molda a esfera individual, mas exerce uma influência
significativa no ciclo social, nas opiniões, no status social, nos sonhos e até mesmo
no caráter das pessoas. A citação de Leonardo Boff destaca a importância do ponto
de vista individual, que é intrinsecamente ligado à posição social ocupada. A análise
filosófica do mito de Sísifo, conforme apresentado por Albert Camus, ressalta a
penosidade do trabalho sem propósito.
SEGRE, Marco. O conceito de saúde. Rev. Saúde Pública. v. 31. N.5. p. 548-42.
1997.
SCLIAR, Moacyr. História do conceito de sáude. Rev. Saúde Coletiva. Rio de Janeiro.
v.17. n.1 p.29-41.2007.