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Tabela de Cálculo

Meu querido e excelente aluno Marcos Felipe (o Marquinho… ) fez um comentário no meu perfil

falando sobre a tabela de cálculo que eu montei para os meus alunos.

Quem tiver interesse em ter uma cópia dessa tabela, ela pode ser baixada aqui.

2009

03/13
CATEGORIA
Matemática

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Matemática

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Solução de Sistemas de Equações Lineares –


Método de Castilho
Na engenharia, por diversas vezes, nos deparamos com a necessidade de resolvermos sistemas de

equações lineares. E a verdade é que esses sistemas, quando passam a ter muitas equações com muitas

incógnitas, tornam sua resolução, sem a ajuda da nossa querida HP, um tanto quanto trabalhosa,

principalmente quando utilizamos os métodos comuns, tais como escalonamento, Cramer, métodos

interativos, etc.

O Método de Castilho, pelo contrário, torna bem mais simples a resolução desses sistemas, seja quanto

for o número de equações que ele possui.

Este método foi criado pelo limeirense Profº José Justino Castilho que, infelizmente, já faleceu.

Antes de entender a lógica desse método, vamos recordar que um sistema de equações na forma abaixo
pode ser escrito na forma matricial abaixo

Outra informação importante é que para que o método funcione, o elemento a 11 deve, obrigatoriamente,

ser diferente de zero. Caso não seja, deve-se inverter a ordem das linhas e/ou colunas até que se consiga

ter o termo a11 diferente de zero.

Para a explicação da lógica do método, vamos tomar um sistema genérico 4×4:

O primeiro passo é escrever o sistema na forma matricial conforme mostrado abaixo.

Na seqüência, utilizando determinantes 2×2, iremos reduzir o sistema de 4×4 para um 3×3.

Para isso fixamos os termos da coluna 1 e linha 1 e montamos matrizes 2×2 com os demais

termos não fixados. São as determinantes dessas matrizes 2×2 que formarão o sistema 3×3.

Abaixo estão montadas cada uma dessas matrizes:


Agora, repetimos o processo, reduzindo o sistema 3×3 resultante em um 2×2.

E por fim, reduziremos o sistema 2×2 a uma única equação conforme mostrados abaixo:
Com essa última equação você pode calcular a incógnita x 4 e depois substituir esse valor numa das

equações do sistema 2×2 e, assim encontrar x 3 e daí substituir esses valores numa das equações do

sistema 3×3 para calcular x2 e assim por diante até encontrar o valor de todas as variáveis do sistema

original.

Para ficar mais fácil a compreensão, vou dar um exemplo numérico.

Vamos supor o seguinte sistema:

Reescrevendo-o no formato matricial teremos:

Calculando os determinantes para a formação do sistema 2×2, teremos:

Resolvendo essas contas, chegaremos ao seguinte sistema 2×2:

Repetindo o processo anterior para formar a equação final teremos:


Resolvendo esses últimos determinantes chegamos às seguintes matrizes:

Agora basta irmos montando as equações e encontrando o valor das incógnitas. Para

encontrarmos o valor de z teremos:

Para calcularmos y podemos pegar qualquer equação do sistema 2×2. Eu pegarei a segunda

equação.

E para, finalmente, calcularmos x podemos pegar qualquer equação do sistema original. Eu

estou pegando a terceira equação.


Portanto x = -2, y = 1 e z = 3.

Este método pode ser utilizando para resolver sistemas de n equações com n incógnitas, não importando o

valor de n. Basta seguir a lógica apresentada.

Nos próximos posts estarei mostrando um método ainda mais fácil para solução desses sistemas… o

método da HP…

2009

03/02
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Matemática

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Resolvendo Equações Exponenciais sem a HP


Nesses anos lecionando aos cursos de engenharia pude perceber que a maior dificuldade dos estudantes

não é com a parte técnica do curso, mas sim com a assustadora matemática. Sendo assim, a partir de

hoje, vou postar alguns artigos ensinando a fazer os “piores cálculos” com e sem o auxílio de uma

calculadora HP.

A primeira dúvida que surgiu neste semestre entre os meus alunos de circuitos elétricos foi: “Como

resolver uma equação exponencial sem a HP?”. Então, aí vai a resposta:

Nas aulas de circuitos, as equações exponenciais aparecem, principalmente, quando estamos analisando

a carga e descarga de capacitores ou a energização e desenergização de indutores. Para ficar mais fácil

de entender a aplicação dessas equações, vou usar como exemplo um circuito RC série. Vamos supor

que a constante de tempo do nosso circuito é t = 470us, que a fonte que alimenta o circuito é de 5V e que

o capacitor está totalmente carregado. A pergunta é: quanto tempo esse capacitor leva para ser

descarregado até que nele tenha apenas 2,5V?

Bom, a equação exponencial que expressa a descarga do capacitor em função do tempo é:


Onde VC é a tensão no capacitor, V é a tensão da fonte, t é o tempo de descarga em segundos e t é a

constante de tempo do circuito também em segundos.

Substituindo os valores conhecidos na equação teremos:

Para isolarmos t e, assim, encontrar o que procuramos, devemos seguir a seguinte seqüência:

Passamos o 5 dividindo o 2,5:

Em seguida, para podermos “sumir” com esse exponencial que está impossibilitando que nossa incógnita

t seja isolada, devemos tirar o logaritmo neperiano (ln) de ambos os lados da equação:

Utilizando a probabilidade dos logaritmos de “derrubar” seus expoentes chegamos a:

Como ln e = 1, teremos:

O valor de ln 0,5 pode ser encontrado utilizando-se qualquer calculadora cientifica. Deste modo,

obteremos t = 325,8us.

Simples, não é?!

Em minha próxima publicação, ensinarei a fazer o mesmo cálculo, mas agora utilizando nossa querida

HP.

Até lá…

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