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A região metropolitana de SP apresenta a maior concentração de favelas do brasil, com

1.703 aglomerados (27% das favelas brasileiras e 2 milhoes de pessoas). Os domicílios


favelados vem aumentando desde 1991, tendo a proporção de 5,71% anteriormente,
alcançando 9,79% em 2010.
A taxa de aumento de domicílios favelados é maior nos municípios periféricos a dos
municipios da capital. Porém, entre 2000 e 2010 a situação se inverte, a taxa de
crescimento na capital foi de 24% do crescimento absoluto das casas no municipio de
São Paulo.

Embora a favelização esteja atingindo os municípios periféricos, entre os 39 municípios


de São Paulo, 24 apresentam favelas em seu tecido urbano.
A densidade demográfica nas favelas se apresenta elevada, com 244,8 hab/ha. A região
sudeste como um todo é de 99 hab/ha. Alguns municípios tem a densidade maior, como
Cotia (355 hab/ha), Caieiras (340 hab/ha) e etc. As altas densidades domiciliáres se dão
devido a verticalização das unidades Em geral, as residências na metropole possuem
dois pavimentos (cerca de 62,3%). Com a mudança dos materiais de construção,
resultou numa paginação distinta das favelas dos anos 60, que majoritariamente eram
horizontais e de madeira
Cerca de 85% dos domicílios não possuem nenhum espaçamento entre eles, essa
proporção praticamente se mantém tanto no município da capital como nos outros
municípios da metropole. Em menos de 1% dos domicílios há um espaçamento grande.
O tecido dos aglomerados é denso, sem espaços vazios, com pouca área livre e pouca
superfície para expansão das unidades, que acabam tendo que se verticalizar.
A maior parte dos domicílios favelados localizam-se as margens de rios e corregos e
encostas (locais insalubres em geral).
O arruamento nos aglomerados metropolitanos é deficiente: cerca de 33% das
comunidades são servidas por ruas, em quase 60% o acesso só pode se dar por becos. O
arruamento precário leva a uma não acessibilidade. Em projetos de urbanização, esta é
uma pauta importante.
O crescimento da população favelada no município de São Paulo na década de 80 foi de
7,07% anuais, quase o dobro da taxa de crescimento popilacional das áreas
metropolitanas do mesmo ano (3,66% anuais). Até os dias de hoje a população favelada
cresce mais que a população metropolitana.
A área total ocupada pelos assentamentos subnormais em 2010 é de 4.404,63 hectares,
ou seja, menos de 3% da superfície total do município. Essa área é ocupada por 11,38%
do volume popuacional. Isso resulta em densidades altas nas periferias. As altas
densidades se refletem na existencia de espaçamento entre as unidades domiciliares e no
numero de pavimentos médios das unidades.

O numero de assentamentos subnormais praticamente dobrou nos ultimos 19 anos.


O preço elevado da terra e da moradia faz com que a alternativa da ocupação seja uma
das poucas possíveis em grande parte da população brasileira.
O Nordeste é a região com mais aumento de assentamentos subnormais.
Com relação ao acesso à infraestrutura básica, morar em uma favela já não é o mesmo
que morar no século passado: cerca de 88% das favelas são servidas por rede pública
deágua, 56% de esgoto, 76% tem algum tipo de coleta de lixo e 72% possuem energia
elétrica com medidor domiciliar instalado.

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