As teorias de currículo podem ser divididas em três grupos principais: as teorias
tradicionais, as teorias críticas e as teorias pós-modernas. Cada uma dessas abordagens apresenta perspectivas diferentes sobre o currículo e suas finalidades. As teorias tradicionais do currículo são baseadas em uma visão mais conservadora da educação. Elas enfatizam a transmissão de conhecimentos e habilidades considerados essenciais pela sociedade. Autores como Tyler, Bobbitt e Hirst são representantes dessa abordagem. Para eles, o currículo deve ser estruturado em torno de objetivos claros, sequências lógicas de conteúdos e avaliação baseada em testes padronizados. Essas teorias se contrapõem às abordagens críticas e pós-modernas, pois são consideradas mais centradas no controle social e na manutenção do status quo. As teorias críticas do currículo, por sua vez, têm origem nas obras de autores como Freire, Giroux e Apple. Essas abordagens questionam a natureza política e ideológica do currículo, destacando a importância da conscientização crítica e da transformação social. Elas enfatizam a necessidade de incluir perspectivas diversas, promover o pensamento crítico e enfrentar as desigualdades sociais presentes no sistema educacional. As teorias críticas se contrapõem às abordagens tradicionais ao argumentar que o currículo deve ir além da mera transmissão de conhecimentos para promover a emancipação dos estudantes. Por fim, as teorias pós-modernas do currículo, influenciadas por autores como Giroux, Pinar e Doll, questionam a noção de uma verdade única e universal no currículo. Elas enfatizam a pluralidade de perspectivas, a diversidade cultural e a valorização das experiências individuais dos estudantes. Essas abordagens se contrapõem tanto às teorias tradicionais quanto às críticas, ao argumentar que o currículo deve ser flexível, aberto e adaptável às necessidades e interesses dos estudantes. Em resumo, as teorias tradicionais enfatizam a transmissão de conhecimentos, as críticas destacam a importância da transformação social e as pós-modernas valorizam a diversidade e as experiências individuais. Cada uma dessas abordagens se contrapõe à outra em relação às suas concepções sobre os propósitos e práticas do currículo.