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Projeto de Vida 1 S - 1º Sem ALUNO
Projeto de Vida 1 S - 1º Sem ALUNO
Identidade
Caderno do estudante
1º semestre
1º ano/1º semestre
Caderno do Estudante
Uma parceria entre a
SEEDUC/RJ e o Instituto
Ayrton Senna
Projeto de Vida
Autoconhecimento e reflexão sobre oportunidades
e escolhas na trajetória escolar
Introdução p. 2
Ficha 1 p. 3
Ficha 2 p. 6
Ficha 3 p. 9
Sumário
Ficha 4 p. 11
Ficha 5 p. 14
Ficha 6 p. 18
Ficha 7 p. 20
Ficha 8 p. 23
Ficha 9 p. 26
1
Introdução
Caro jovem,
Bom trabalho!
2
Projeto de Vida
Ficha 1
Durante toda a sua formação no Ensino Médio, você vai ouvir muitas vezes a
expressão “protagonismo juvenil”. Então, é bom que você compreenda bem o que ela
significa, não é? Esse texto é pra isso: falar do significado dessa expressão e, é claro,
explicar por que ela vai te acompanhar por todo o Ensino Médio.
A palavra protagonista nasce da fusão de duas palavras gregas: proto, que significa o
primeiro, o principal; e agoniste, que significa lutador. O protagonista, portanto, é
aquele que está à frente, que “assume as rédeas” de determinada ação. Uma vez
entendido o sentido, vamos tentar responder à pergunta: Por que essa escola quer
formar um jovem protagonista?
É porque, para aprender de verdade, cada aluno precisa encontrar um sentido para a
escola em sua vida. Encontrar esse sentido é uma tarefa “pessoal e intransferível” do
estudante. Ninguém vai fazer isso por ele. Não adianta os familiares e os professores
“buzinarem” no ouvido do jovem, o dia inteiro, coisas do tipo: “estudar é importante
para você ter sucesso”, “estudar é importante pra você ser um bom cidadão”, “estudar
é importante pra você arranjar um bom emprego” etc.
Mas tem um detalhe: o sentido da escola não está pronto. Ele tem de ser construído.
Todos os dias. Pense bem: você não vai se envolver com uma atividade da escola só
porque alguém falou que é importante, vai? Você precisa entender por que aquilo é
importante, não é mesmo? É essa a missão do estudante protagonista: se colocar a
trabalho e descobrir porque cada coisa da escola lhe interessa; investigar de que
forma os conhecimentos têm a ver com a sua vida e “correr atrás” dos conhecimentos.
Ser determinado para aprender e, também disponível para ajudar os colegas naquilo
que já sabe. Enfim, o jovem tem de se colocar no comando da construção dos rumos
de sua vida de estudante.
É por isso que o termo protagonismo anda de mãos dadas com uma outra palavra:
autonomia. Ser autônomo significa tomar suas próprias decisões, livremente; fazer
suas próprias escolhas, a partir de uma reflexão pessoal. Agir de forma autônoma
significa, ainda, ter responsabilidade em relação às próprias escolhas, atitudes e
3
ações. Vale dizer que, para fazer escolhas de forma estratégica e responsável, é
preciso pensar, de forma profunda, em seu projeto de vida (ou seja: o que você quer
atingir na vida pessoal, na relação com as pessoas e em relação a seu futuro
profissional).
A partir de tudo o que afirmamos até esse ponto do texto, podemos dizer que, na
Educação, formar estudantes protagonistas significa formar pessoas que assumam, de
forma cada vez mais autônoma, seus caminhos na vida, tornando a travessia para o
mundo adulto um momento para aprender a fazer boas escolhas, a descobrir
interesses, formular um projeto de vida e planejar o futuro.
Para terminar esse texto, há ainda um ponto muito importante, que não pode ficar de
fora: é preciso que a escola faça sua parte. Cada jovem deve se esforçar para ser um
estudante protagonista e a escola, por sua vez, deve ser parceira do jovem nessa
busca. Ela precisa abrir espaço a práticas de ensino participativas, proporcionar
oportunidades de aprendizagem colaborativa, incentivar a postura crítica e possibilitar
que os alunos empreendam ações de pesquisa e de aplicação dos conhecimentos em
situações da escola, da comunidade e da vida cotidiana.
Aplicando o conhecimento...
Com base nos conceitos e reflexões propostos pelo texto acima, reúna-se com outros
três ou quatro colegas e identifique, nas histórias de vida de vocês, quatro situações
em que os alunos se colocaram ou foram deixados de lado, sendo apenas
“coadjuvantes passivos” na rotina da escola e dos estudos. Em seguida, identifique
quais seriam as situações de protagonismo estudantil desejadas, no lugar das ações
passivas. Por fim, vocês devem pensar juntos em como a situação de coadjuvante
pode ser transformada na de protagonista.
4
Rumo ao protagonismo na escola!
Situação 1: Situação 2:
Como superar a situação 1 e atingir a situação 2?
estudante coadjuvante estudante protagonista
5
Projeto de Vida
Ficha 2
Mas como vai ser essa investigação? Vai acontecer em quatro etapas, cada uma com um
foco diferente:
- 1ª etapa: Eu e eu mesmo.
- 2ª etapa: Eu e minha família.
- 3ª etapa: Eu e minha vida escolar.
- 4ª etapa: Eu e minha comunidade, cidade, país, mundo!
Vamos direto à 1ª etapa! Para esquentar os motores, pense nas questões que aparecem
no quadro a seguir, registrando as informações em sua agenda ou caderno. Use a sua
memória, os livros e até mesmo a Internet em seu smartphone para responder. Não
precisa ter pressa, concentre-se em cada item com muita atenção!
1ª ETAPA: EU E EU MESMO(A)
- Qual é o seu nome? - Você sabe por que deram esse
nome a você? Quem o escolheu? O
que você acha do seu nome?
Deve ter sido muito legal pensar sobre as perguntas do quadro da 1ª etapa...
Mas há ainda um caminho importante a seguir. É hora da 2ª etapa! O exercício é o
mesmo: com muito foco, refletir sobre as questões do quadro abaixo:
2ª ETAPA: EU E MINHA FAMÍLIA
- Quem são as pessoas que fazem parte do - Onde moram os membros do seu
seu núcleo familiar mais próximo? Qual é o núcleo familiar? Todo mundo no mesmo
seu grau de parentesco com cada uma local, ou vivem em residências, bairros
delas? e/ou cidades diferentes?
- Quais valores importantes você acha que - Quais são os principais desafios que
sua família mais preza? você percebe na sua vida e na de sua
família atualmente?
Você já refletiu sobre questões essenciais sobre sua família, que é uma dimensão
importante da sua vida. Os registros que você está fazendo em sua agenda serão
importantes mais à frente.
A ideia, agora, é você se conhecer um pouco mais como estudante. O quadro a seguir,
da 3ª etapa, apresenta algumas perguntas para apoiá-lo nessa tarefa:
- Qual é sua forma preferida de aprender: - Como é seu jeito de participar das
escutando o professor, lendo livros e textos, aulas? Prefere participar bastante, fazer
estudando com colegas? perguntas ao professor, dar suas
opiniões ou prestar atenção e anotar o
que o professor fala?
- Você costuma estudar sozinho? Se sim, - Em geral, o que faz quando não
quantas vezes por semana, geralmente? entende determinado conteúdo ou fica
com dúvida?
Chegando à reta final... Falta pouco para você concluir essa parte importante da
atividade!
Entrando em cena a 4ª etapa...
Agora, você vai poder pensar sobre a relação que tem com sua comunidade e com a
cidade, além de explicitar seus sonhos para o Brasil e o mundo!
Parabéns! Sua dedicação foi essencial para que você chegasse até aqui. Agora, é hora
de compartilhar suas histórias, ideias, experiências e sonhos com um(a) colega. Escolha
alguém para conversar sobre as respostas que ambos deram para as questões das
quatro etapas. Você pode contar outras coisas sobre você ao longo da conversa, a partir
da sua vontade e do interesse de seu parceiro(a). Sinta-se à vontade, também, para fazer
perguntas sobre ele(a), tomando o cuidado para não invadir a privacidade um do outro.
Para finalizar a atividade, no próximo encontro, seu orientador vai propor que o grupo de
jovens faça um grande mapa dos interesses, conhecimentos, valores, habilidades e
sonhos de vocês.
Colhendo rastros
Ao longo da vida deixamos rastros por toda parte. Uma caminhada na areia da praia e lá
estão nossas pegadas, únicas, que logo se vão com as ondas do mar. Transitamos pela
cidade, somos vistos por muita gente. Vimos tantas outras. Navegamos pelas redes
sociais, compartilhamos pensamentos, curtimos postagens dos amigos. Mas o que
guardamos das experiências que vivenciamos a cada dia? Como fazer para que nossos
sentimentos, ideias, conhecimentos, sonhos permaneçam em nossa memória?
Como cada um é uma pessoa única em seu modo de pensar, sentir e de ser, cada Álbum
deverá ter uma “cara”. Para tanto, vocês devem customizar a capa de seus cadernos que
serão transformados nesse instrumento de registro, pensando que eles acompanharão
vocês durante os próximos três anos. Para se alimentarem de ideias e possibilidades,
bit.ly/livrosdeartista
bit.ly/livrosdeartista2
bit.ly/livrosdeartista3
Vocês estão trabalhando em duplas e podem e devem colaborar um com o outro durante
este trabalho, dando ideias e palpites. Lembrem-se de que é necessário cuidar:
Pronto! O Álbum da Cartografia Pessoal está criado e vocês já têm o que precisam para
guardar aquilo que de mais significativo acontecer nas atividades de Projetos de Vida!
Antes mesmo de nascer, recebemos e deixamos diversas marcas no mundo. Uma das
primeiras – que nos acompanha por toda a vida – é o nosso nome. Depois do parto,
novas marcas começam a chegar: a certidão de nascimento, a vacina BCG (aquela que
dói pra caramba e marca o braço direito das pessoas para sempre!), as primeiras
fotografias... Os anos vão se passando e a coisa continua: os desenhos que fazemos
para nossos pais e irmãos, a matrícula na escola, a entrada nas redes sociais!
Somos marcados, também, por outros tipos de coisas: pelas lembranças de lugares e
pessoas importantes para nós (como a casa de uma avó, o primeiro “mergulho” no mar, a
amizade com alguém que se torna especial) ou, ainda, pelos grandes acontecimentos do
mundo, como as guerras, descobrimento de tratamentos de doenças, desastres naturais
etc.
Vamos fazer um teste para ver se tudo isso que foi dito aí acima é verdade? Então vamos
lá, você tem até 30 segundos para pensar e responder, em um papel, a cada item
abaixo:
E aí, como se saiu? Os 30 segundos foram suficientes? Se não, é porque as marcas não
foram muito profundas! Por falar na profundidade daquilo que é importante nas nossas
vidas, há mesmo uma diferença entre as coisas que marcam a gente: alguns
acontecimentos deixam marcas em nossas lembranças, outros, no nosso corpo. Mas têm
aquelas coisas que marcam a nossa história, por isso consideramos que são mais
profundas.
Vamos dar mais um passo adiante. Outra pergunta, ainda mais desafiadora: Que tipo de
marcas você tem deixado no mundo? Pense sobre elas com cuidado. Tente
compreender os vários aspectos dessas marcas que você deixa no mundo à sua volta.
Esses pontos podem ser, de alguma maneira, inspiradores para você, mas não fique
preso a eles, afinal, a intenção aqui não é a de criar a marca de um produto, mas uma
marca pessoal:
A SUA!
Vamos lá?
Em um papel branco, faça uma lista das suas forças: conhecimentos, pontos de vista,
habilidades, valores. Lembre-se da atividade anterior, em que você refletiu sobre as
relações que estabelece com você mesmo, com sua família, com a escola e com a
comunidade, a cidade, o país e o mundo. Você vai encontrar muitas pistas sobre suas
forças nos registros dessa atividade.
Escolha alguns dos itens listados que você quer que estejam representados na sua
marca.
Experimente criar elementos gráficos que representem suas forças. Não tenha receio,
faça testes e mais testes de formas, cores, dimensões... Esse é um momento de estudo
preliminar que vai ajudar muito na composição final. Uma pesquisa na Internet pode
ajudar nesse processo, como inspiração. Mas lembre-se: você é uma pessoa única e
assim também deve ser sua marca!
Ao final, mostre para seus colegas e orientador. E conte para eles como foi o processo de
criação, considerando:
Vocês sabem organizar as tarefas da escola, cuidar do tempo de cada uma delas e
buscar soluções para enfrentar os desafios que aparecem? E fora da escola, vocês estão
se organizando para que os seus sonhos e interesses possam se tornar realidade?
Isso é autogestão! Uma habilidade muito importante de ser aprendida e aprimorada dia
após dia. Ter autogestão significa ter ferramentas para gerir a si mesmo(a), para gerir o
tempo e os compromissos, e para projetar o futuro com autoconfiança e determinação.
Nas aulas de Projeto de Vida vocês têm a oportunidade de desenvolverem para valer
essa competência.
Vocês sabem dizer qual é a atitude que têm diante da vida? Vocês estão atentos para se
organizarem e se planejarem para lutar pelos seus sonhos?
1 Você tem o hábito de se perguntar aonde pretende chegar, quais são as etapas que
deve percorrer e como deverá agir para alcançar seus propósitos? (para responder essa
pergunta, pense em situações reais que enfrenta na escola e na vida como um todo).
a. Sim, eu penso sempre em meus objetivos e procuro planejar minha vida em função deles.
b. Às vezes. Eu tenho muitos sonhos e fico um pouco perdido para conseguir organizar
minhas prioridades.
c. Não. Eu deixo a vida me levar.
Você confia em seu potencial, conhece suas habilidades, os seus limites e acredita em
2
si mesmo?
a. Eu não costumo pensar muito nisso, pois acho que não tenho muitas qualidades.
b. Apesar de ouvir, muitas vezes, que não tenho futuro, nunca deixei de acreditar em mim.
c. Eu acredito em mim, no meu potencial e estou sempre pronto para me superar a cada dia.
Que tal pensar em um mapa para ajudar vocês a fazerem planos para os estudos e seus
sonhos para este ano, e depois acompanhar o andamento desse planejamento e avaliar
os resultados?
Colocar sonhos e ideias no papel é o primeiro passo para enxergar onde cada um quer ir
e precisa empreender seus esforços. Para isso, utilizem o quadro a seguir, escrevendo o
que pensam sobre cada questão. Só não vale colocar algo muito amplo ou genérico, tipo:
“Quero ser feliz”. Nesse caso, vocês poderiam, por exemplo, colocar a meta de conviver
mais com quem lhes fazem felizes (e anotar quem são essas pessoas). Também é
preciso pensar em coisas que vocês consigam realizar em um ano, senão vão se
frustrar...
O que gostaria de alcançar no que se refere aos relacionamentos pessoais? O que posso
fazer para que isto aconteça?
O que espero conquistar, em termos de aprendizagem na escola? O que posso fazer para
que isto aconteça?
O que sonho para minha vida como um todo? O que posso fazer para que esse
sonho se transforme em realidade?
O que desejo para minha família? O que está a meu alcance de ser feito para que
esse desejo aconteça?
1. 2. 3. 4. 5.
a. 3 a. 1 a. 2 a. 1 a. 2
b. 2 b. 2 b. 3 b. 2 b. 1
c. 1 c. 3 c. 1 c. 3 c. 3
De 12 a 15 pontos
ATITUDE PROTAGONISTA
Você costuma se perguntar aonde pretende chegar, quais são as etapas que irá
percorrer e como deverá agir para alcançar seus propósitos. Parabéns, você
está autopropondo um rumo para sua vida! Além disso, você reconhece e
valoriza a escola e a educação como um caminho seguro para o seu
desenvolvimento e para o alcance de suas metas de vida.
Na vida as coisas acontecem de modo inesperado, porém, ter em mente um
roteiro que o conduz nas situações fáceis ou difíceis faz com que você se agarre
melhor às oportunidades e use seu tempo, seu esforço e sua energia na direção
do “querer-ser” que almeja para si.
De 8 a 11 pontos
ATITUDE CONFIANTE
Você sabe bem que tem que correr atrás de seus ideais e sonhos e está, na
maior parte do tempo, antenado para eles. Junto com seus colegas, você
aprenderá a planejar seu dia a dia e a traçar metas para ele. Desse jeito, você
conquistará rapidinho a atitude protagonista necessária para ser um jovem cada
vez mais consciente e realizado.
De 7 a 5 pontos
ATITUDE DESENCANADA
O seu lema é “deixa a vida me levar”... Pode estar certo de que, se continuar
assim, terá poucas chances de vencer as situações inesperadas da vida. Você
não está, ainda, cuidando dos seus sonhos, interesses e necessidades e está
jogando fora boas oportunidades, sua energia e potencial. Ainda há tempo de
mudar! Aproveite as chances que a escola oferece e comece a pensar em sua
vida com mais cuidado e foco!
Feche os olhos e pense, por um minuto, nos três principais acontecimentos da sua
vida até os dias de hoje. Não precisa ser nada mirabolante, excêntrico ou coisa do tipo.
Afinal, muitas vezes, são as experiências mais simples as que mais marcam a vida da
gente.
Pensou? E então, é algo que dá para contar para os colegas e o orientador? Se der,
compartilhe essas histórias com eles!
Agora, tente, individualmente e em silêncio, analisar esses acontecimentos. Pense:
São acontecimentos positivos, que o deixaram feliz? Ou são daqueles que
chateiam a gente e que tentamos esquecer?
São fatos que aconteceram com você ou com membros da sua família (pais,
irmãos, avós, primos etc)? Eles têm a ver com a sua vida de estudante? Ou,
ainda, são de outra natureza, diferente das opções anteriores?
Que sentimentos esses acontecimentos despertam em você?
O que você pode aprender com eles?
Agora, pense nos dias atuais:
O que de mais importante você está vivendo nesse momento? Pode ser qualquer
coisa, hein?!
Que importância esses acontecimentos têm na sua vida, atualmente?
Em que os acontecimentos atuais podem ser significativos para a sua vida no
futuro?
Bom, essas reflexões serão importantes para realizar a atividade proposta a seguir. Aliás,
é possível que você ache a atividade estranha. Afinal, vive numa época em que, muitas
vezes, uma imagem vale mais que mil palavras... Mas aposte, será legal! Antes de
começar, convide um colega para a atividade, que vai acontecer em duplas.
A ideia é que cada um faça um retrato falado de um acontecimento que marcou a sua
vida no passado ou que está deixando marcas importantes no presente.
Como assim?
Quem já viu filme policial deve conhecer esta prática: alguém descreve, com palavras, a
fisionomia de uma pessoa. Aí, um desenhista tenta reproduzir o rosto da pessoa. Na
nossa atividade, a ideia tem a ver com essa prática, mas é um tanto diferente. Você vai
contar, para o seu colega, o seu fato marcante, do passado ou do presente. Em seguida,
ele vai criar uma imagem que represente o acontecimento. Ela pode ser um desenho,
colagem, representações gráficas etc. O importante é transformar o fato em uma
imagem. A descrição, então, tem de ser bem detalhada, para que o colega tenha
elementos para criar a representação. Façam assim: um conta para o outro o seu
acontecimento e os dois anotam tudo no caderno. Depois, ambos criam a imagem ao
É o tempo de quem não sabe o que quer e, na dúvida, faz tudo. É o tempo de quem
nasceu com a possibilidade de se conectar a um mundo ligado por cabos de fibra óptica,
pela cultura pop, economia e informação on demand. Este é o tempo do instantâneo, da
superexposição, do tutorial, da gameficação e, ao mesmo tempo, da individualidade e do
narcisismo. Não à toa, o dicionário Oxford elegeu, em 2013, selfie como o termo do ano,
para as fotos tiradas de si mesmo e publicadas nas redes sociais: eu e meu prato de
comida; eu o meu look do dia; eu e meu ciberativismo. Eu, eu, eu. Eu e o mundo, o meu
mundo.
#VEMGENTE!
*Reportagem de Carla Matsu e Luana Schabib, publicada na revista Brasileiros (Brasileiros Editora
Ltda), em dezembro de 2013. (disponível em http://brasileiros.com.br/256Gc, acesso em 07 mar
2014). A reportagem foi adaptada e editada para este material.
De lá para cá, já passamos pelos primeiros downloads, músicas por torrent, acesso
discado da meia-noite às 5 horas da manhã (contava como um pulso só, lembra?), salas
de bate-papo, aprendizado de inglês jogando videogame, Orkut e o apogeu das redes
sociais.
Até aqui ok. Ao se debruçar sobre essa parcela de jovens, é preciso lembrar o contexto
em que cresceram, além de outro fator determinante: eles são filhos de uma geração de
pessoas que, ao atingirem a idade para entrar no mercado de trabalho, as possibilidades
estavam mais direcionadas a “garantias” financeiras. Estabilidade significava salário fixo
e crescente. Ser médico, advogado ou engenheiro era o que se esperava para um jovem
daqueles tempos.
Com o equilíbrio financeiro que conseguiram, depois de muitas vezes terem se privado
de lazer, alguns desejos e vontades para seus filhos foram internalizados e projetados.
Esse cenário permitiu aos jovens de agora a liberdade e a poesia de poderem escolher a
vida que sonharem.
– Astronauta, não, artista, não, rockstar, não, médico, não! Eu quero ser feliz, pai…
#TRABALHO=FELICIDADE
Para essa garotada, a felicidade importa, sim, e o tempo todo. Se ela sempre foi um
objetivo ao longo das gerações, a partir da Y o sentimento é cultivado como valor que
deve permear todas as instâncias da vida, inclusive o trabalho. A ideia é que, se somos
aquilo que fazemos, logo é preciso ser feliz ao fazê-lo. Essa circunstância tem gerado
bons frutos, gente que trabalha com prazer e gera propostas surpreendentes.
#EXPECTATIVAxREALIDADE
A psicóloga americana Jean Twenge escreve em seu livro Generation Me (sem tradução
em português) que essa tamanha insaciedade tem motivo. Seriam jovens que, desde
crianças, ouviram a repetida mensagem “você é especial” em publicidades, programas de
TV e campanhas de altruísmo, aquelas que dizem “você pode mudar o mundo”. Twenge
acredita que essa comunicação direta tem duas consequências: a primeira é a sensação
de empoderamento dos indivíduos, e a segunda é que esse mesmo comportamento leva
a uma percepção permanente de insatisfação, já que muitas das expectativas
alimentadas podem não ser concretizadas.
Nas aulas, você prefere participar bastante, fazer perguntas ao professor, dar suas
opiniões ou prefere prestar atenção e anotar o que o professor fala?
As duas formas de aprender são legais, o importante é você saber como prefere assistir
às aulas e aproveitar ao máximo seu jeito de aprender.
Conversem sobre suas práticas de estudo (ou até mesmo de não estudo!) e anotem no
quadro abaixo quais delas utilizam com maior frequência e que trazem (ou não)
resultados. Sejam sinceros! O objetivo não é fazer um campeonato de “certo” ou “errado”,
e sim, fazer com que cada um tenha a oportunidade de se conhecer melhor e se tornar
cada vez mais protagonista dentro e fora da escola.
Iniciar o Ensino Médio é uma experiência nova e isso pode gerar um pouco de
ansiedade, apreensão e até preocupação! São professores novos, novos componentes
no currículo, colegas diferentes, tantas novidades ao mesmo tempo! Para ajudá-los a se
organizarem, confiram na tabela a seguir os componentes que estudarão este ano e cada
um marca em sua tabela:
Mando bem!
Se você gosta e vai bem nos estudos do componente, podendo ajudar outros colegas que
têm dificuldades.
Preciso de ajuda!
Se você já sabe que tem dificuldades de estudo do componente e precisa da ajuda de
seus colegas e professores para superá-las.
Ainda não sei!
Se você ainda não teve aula do componente e precisa de mais um tempo para identificar
se precisará de ajuda ou se poderá ajudar.
Biologia
Física
Matemática
Química
Filosofia
Geografia
História
Sociologia
Educação Física
Língua Portuguesa/Literatura
Arte
Ensino Religioso
Projeto de Vida
Estudos Orientados
O(a) professor(a) auxiliará na identificação de quem pode ajudar quem na turma. Estudar
dessa forma é muito legal porque é colaborando uns com os outros que todos se
desenvolvem. Não tá com nada ter atitudes individualistas e guardar os conhecimentos
só para si mesmo, não é?
Para organizar as informações, marquem nos quadros abaixo quem são as pessoas que
podem lhes ajudar em suas necessidades e anotem em quais estudos de componentes
vocês podem colaborar:
Mas o que a radiografia tem a ver com os projetos de vida dos alunos da escola? Vejam:
a ideia é que vocês façam uma radiografia da vida de estudante. Isso mesmo... Ver se
está tudo bem, ou se há algo que precisa ser cuidado de outra maneira! Afinal, estão na
reta final do semestre, mas sempre é tempo de cuidar da saúde como alunos.
1. É hora de expor os pensamentos e sentimentos aos raios X, para que seja possível
enxergar o que está passando na cabeça e no coração de cada um! Respondam,
individualmente, às questões apresentadas no quadro abaixo (registrem as respostas
no Álbum de Cartografia Pessoal).
RADIOGRAFIA DO ESTUDANTE
a) De tudo o que está vivendo na escola desde o primeiro dia de aula, o que mais dá
prazer a você? Podem ser várias coisas. Pense naquilo que você fica feliz só de
imaginar que vai acontecer quando estiver na escola. Pode ser uma disciplina que
você adora, um conteúdo específico de alguma delas que despertou interesse em
você, uma atividade do núcleo que foi marcante etc.
b) De tudo o que você está vivendo na escola desde o início das aulas, o que mais
lhe dá arrepio? Responda tudo o que quiser. Lembre-se do que acontece na escola e
que dá aquele frio na barriga!
c) Em qual atividade da escola você tem alguma dificuldade, mas consegue ter forças
para se superar sem precisar da ajuda de outras pessoas?
d) E qual é aquela atividade em que você sente dificuldade para aprender e não
consegue, sozinho, superar os seus limites?
e) Você gosta de ajudar os colegas que demonstram dificuldade naquilo que você tira
de letra? Como é isso?
f) Você pede ajuda aos colegas quando percebe que está difícil aprender alguma
coisa? Quando eles ajudam, você aprende melhor?
g) Você acha que aprende melhor quando utiliza algum material de apoio, como
2. Tudo anotado no Álbum de Cartografia Pessoal? Então você já está pronto para
redigir o laudo da radiografia... O que as respostas demonstram? Releia cada uma
delas e preencha o quadro abaixo (você pode reproduzir e preencher o quadro na sua
agenda).
LAUDO DO EXAME
O que torna minha vida de O que torna minha vida de
estudante mais feliz e tranquila? estudante mais difícil?
[Escreva, neste espaço, todos os [Escreva, neste espaço, todos os
trechos das respostas que favorecem trechos das respostas que dificultam a
a sua vida de estudante.] sua vida de estudante.]
3. Agora, é o seguinte: continue colocando em prática tudo o que favorece a sua vida de
estudante. Em time que está ganhando não se mexe, e você tem aprendido muito
dessa maneira. Em relação àquilo que tem dificultado a sua aprendizagem, não dá
para ficar parado. É preciso agir para superar esses limites. Como? Uma das formas
de encarar essas dificuldades é construir uma Rota de Superação dos Limites. É
simples e dá resultados! Vamos experimentar? Vejam o exemplo adiante, dado por
uma aluna de ensino médio.