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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

VIVIANE SILVEIRA LAUREANO

ESTRELA AZUL:
CENTRO DE APOIO ESPECIALIZADO PARA CRIANÇAS COM AUTISMO (TEA):
O IMPACTO DO AMBIENTE ARQUITETÔNICO NO DESENVOLVIMENTO
SENSORIAL E SOCIAL DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA

Tubarão/SC
2024
VIVIANE SILVEIRA LAUREANO

ESTRELA AZUL:
CENTRO DE APOIO ESPECIALIZADO PARA CRIANÇAS COM AUTISMO (TEA):
O IMPACTO DO AMBIENTE ARQUITETÔNICO NO DESENVOLVIMENTO
SENSORIAL E SOCIAL DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade do Sul de
Santa Catarina como requisito parcial à
obtenção do título de Bacharel em
Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Maria Matilde Villegas


Tubarão/SC
2024
VIVIANE SILVEIRA LAUREANO

ESTRELA AZUL:
CENTRO DE APOIO ESPECIALIZADO PARA CRIANÇAS COM AUTISMO (TEA):
O IMPACTO DO AMBIENTE ARQUITETÔNICO NO DESENVOLVIMENTO
SENSORIAL E SOCIAL DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi


julgado adequado à obtenção do título de
Bacharel em Arquitetura e Urbanismo e
aprovado em sua forma final pelo Curso
de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade do Sul de Santa Catarina.

Tubarão, (dia) de (mês) de 2024.


______________________________________________________
Professor e orientador Maria Matilde Villegas
Universidade do Sul de Santa Catarina
Texto das dedicatórias. Texto das
dedicatórias. Texto das dedicatórias.
Texto das dedicatórias. Texto das
dedicatórias. Texto das dedicatórias.
Texto das dedicatórias. Texto das
dedicatórias. Texto das dedicatórias.
AGRADECIMENTOS

Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de


agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de
agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de
agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de
agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de
agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de
agradecimentos.
“Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe.
Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe” (AUTOR,
ano).
RESUMO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso do curso de Graduação em Arquitetura


e Urbanismo apresenta o projeto de um Centro de Apoio para crianças com
Transtorno do Espectro Autista (TEA), situado no Centro de Jaguaruna/SC. A
criação desse espaço na cidade, é de extrema importância para garantir que desde
a infância esses indivíduos, assim como suas famílias tenham total apoio e
acompanhamento na fase mais importante para o processo de aprendizado e
melhoria das capacidades motoras. A importância desse espaço de acolhimento,
não se trata apenas de oferecer suporte individualizado, mas também de promover a
inclusão, construindo uma comunidade mais promissora e preparada para tais
necessidades. No decorrer de sua concepção, adotou-se uma metodologia
abrangente, que incluiu revisão bibliográfica, entrevistas com especialistas e
familiares, visando compreender as necessidades específicas das crianças com
autismo. Além disso, foram realizadas análises de condicionantes climáticas, infra
estruturais e ambientais para orientar a escolha da área e do lote. Os resultados
desses estudos têm um impacto positivo, contribuindo significativamente para a
busca de soluções para o objeto proposto. Essa abordagem amplia o conhecimento
sobre materiais e técnicas que promovem o melhor conforto ambiental, visando
melhoria na qualidade de vida dessas crianças que têm necessidades sensoriais
específicas. Dessa forma, a implementação desse projeto na comunidade de
Jaguaruna/SC assume um papel crucial, uma vez que não apenas suprirá uma
demanda importante de apoio às crianças com TEA, mas também promoverá a
conscientização e inclusão na sociedade local, tornando-se não apenas uma
necessidade, mas uma oportunidade valiosa para promover uma mudança positiva e
inclusiva.

Palavras-chave: Arquitetura inclusiva. Autismo. Centro de Apoio.


ABSTRACT

This Final Course Work for the Undergraduate Course in Architecture and Urbanism
presents the project of a Support Center for children with ASD (Autism Spectrum
Disorder), located in the Center of Jaguaruna/SC. During its conception, a
comprehensive methodology was adopted, which included a bibliographic review,
interviews with experts and family members, aiming to understand the specific needs
of children with autism. In addition, analyzes of climatic, infrastructural and
environmental conditions were carried out to guide the choice of area and lot. The
results of these studies had a positive impact, contributing significantly to the search
for solutions for the proposed object. This approach expanded knowledge about
materials and techniques that promote better environmental comfort, aiming at the
efficient use of natural resources, such as sunlight, ventilation and rainfall in favor of
the project. In this way, it made it possible to create an efficient building project,
aimed at meeting all conditions related to the special needs of children with autism.
The implementation of this project in the Jaguaruna/SC community plays a crucial
role, as it will not only meet an important demand for support for children with ASD,
but will also promote awareness and inclusion in local society, becoming not only a
necessity, but a valuable opportunity to drive positive, inclusive change.

Keywords: Inclusive architecture. Autistic. Support Center.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Pesquisa experimental III 16


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Faturamento das Unidades da Empresa Química “X” e escalonamento da


matriz e filiais no período de 1998-2000 17
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Frequências observadas das opiniões dos moradores da cidade “X”


sobre a legalização do aborto, em função do sexo dos informantes amostrados 17
SUMÁRIO

Nenhuma entrada de sumário foi encontrada.


14

1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem como objetivo apresentar o Trabalho de Conclusão


de Curso em Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina
(Unisul), onde serão analisados os contextos e tópicos necessários para a
elaboração do anteprojeto arquitetônico de um Centro de Apoio Especializado para
Crianças com Autismo em Jaguaruna, Santa Catarina.
O projeto busca a criação de um centro de apoio que atenda às necessidades
do município e da região, reunindo em um só lugar todo o acompanhamento
necessário que as crianças com autismo exigem, tendo como objetivo promover a
facilidade de acesso aos tratamentos necessários.
O Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio comportamental, que
manifesta dificuldade na comunicação, interação social, padrões de
comportamentos repetitivos e sensibilidade sensorial. No tratamento do autismo, a
arquitetura emerge como uma ferramenta crucial para a melhora do
desenvolvimento desses indivíduos, onde trabalhando a criação de espaços
adaptados, o ambiente influencia positivamente na melhora dos sintomas sociais e
sensoriais, que por sua vez, colaboram também na qualidade de vida das crianças
com a condição.
Nesse contexto, estudos da Neuroarquitetura comprovam que o ambiente transcende a
mera função estética, tornando-se um elemento chave para moldar e estimular o
desenvolvimento cognitivo, emocional e social das pessoas com Transtorno do Espectro
Autista, e dessa forma influenciando na redução do estresse sensorial e promovendo
interações sociais mais positivas.
Desse modo, a criação do Centro de Apoio Especializado para Crianças com
Transtorno do Espectro Autista (TEA), se concentrará em garantir que o espaço seja
verdadeiramente inclusivo, oferecendo ambientes projetados com qualidade e
acessibilidade em termos de design, layout, funcionalidade e conforto sensorial,
tornando-se também um ponto focal para a colaboração entre profissionais de
diversas áreas, incluindo terapeutas, educadores, médicos e assistentes sociais,
que trabalhando juntos, oferecerão todo o apoio necessário para essa importante
fase da criança autista.
15

1.1 PROBLEMÁTICA/JUSTIFICATIVA

No panorama atual da sociedade, o autismo ainda vem sendo aceito e


desmistificado com o passar dos anos. Apesar dessa melhora na inclusão, a
escassez de recursos para o tratamento e acompanhamento exigido pela condição é
uma das principais problemáticas enfrentadas pelas famílias que convivem com o
autismo. Em muitas regiões, especialmente em áreas rurais com menor densidade
populacional, há uma carência de centros especializados, significando que as famílias muitas
vezes precisam viajar longas distâncias para acessar serviços adequados, ou até mesmo em
alguns casos conviver sem acesso a esses recursos, podendo resultar no diagnóstico e
tratamento tardio.
De acordo com dados e estatísticas coletados ao longo dos últimos 11 anos
pelo órgão de saúde Centers for Disease Control and Prevention (CDC) (Maenner
MJ, Warren Z, Williams AR, et al. Prevalence and Characteristics of Autism
Spectrum Disorder Among Children Aged 8 Years — Autism and Developmental
Disabilities Monitoring Network, 11 Sites,United States, 2020) a incidência de casos
de autismo tem apresentado um aumento contínuo. Em 2000, a taxa era de 1 caso
para cada 150 crianças observadas, contudo, em 2020, o mesmo estudo revelou
uma significativa elevação, identificando 1 caso de autismo para cada 36 crianças
observadas. Esse aumento substancial em um curto período de tempo destaca a
urgência em abordar as necessidades crescentes de indivíduos com Transtorno do
Espectro Autista (TEA).
Ao analisar o cenário atual na cidade de Jaguaruna, onde a demanda pelo
tratamento e acompanhamento de crianças com autismo vem a cada dia
aumentando mais, torna-se evidente a necessidade premente de espaços
adequados e específicos para atender a essa crescente demanda. Na cidade,
atualmente, existe apenas um espaço dedicado a pessoas com deficiência
intelectual, que é a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que tem
vagas selecionadas e extremamente disputadas. Além do mais, a cidade carece de
uma infraestrutura especializada para a condição, que ofereça em um só espaço
todos os recursos necessários para o acompanhamento das crianças autistas.
Diante desse cenário, propõe-se a criação de um Centro de Apoio para crianças
com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Centro de Jaguaruna, com o intuito de
16

atender às necessidades desses indivíduos desde a infância, facilitando o acesso


das famílias que residem nas áreas mais afastadas e proporcionando um local com
todos os espaços e serviços ideais que são necessários para o desenvolvimento da
criança autista.

1.2 Objetivos

A proposta do tema foi delimitada pelos objetivos gerais e específicos que


serão citados a seguir.

1. 3 Objetivo Geral

Desenvolver um projeto arquitetônico de um Centro de Apoio Especializado


para Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), localizado no centro de
Jaguaruna, SC, visando fornecer um ambiente acolhedor e funcional para promover
o bem-estar e desenvolvimento dessas crianças e suas famílias.

1.4 Objetivos Específicos

● Desenvolver o referencial teórico a fim de compreender melhor as


necessidades especiais que o Transtorno do Espectro Autista exige.
● Estudar e analisar referenciais projetuais semelhantes a fim de compreender
suas funcionalidades e soluções arquitetônicas.
● Analisar a área de intervenção e implantação do projeto para obter um
diagnóstico, pontuando deficiências e potencialidades.
● Desenvolver um programa de necessidades, diretrizes projetuais e pré-
dimensionamento de ambientes considerando as condicionantes ambientais,
topográficas e socioeconômicas da área de escolha.
● Elaborar um conceito e partido arquitetônico que servirão como base para a criação do
anteprojeto no TCC II.
17
18

1.5 METODOLOGIA

Para realização e desenvolvimento do presente trabalho e a fim de


compreender o tema abordado serão utilizados os seguintes meios de pesquisa:
● Referencial Teórico: Pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos,
internet e trabalhos acadêmicos com o mesmo tema;
● Referênciais projetuais: Análise e estudo de projetos que se relacionem ao
tema, a fim de compreender melhor os aspectos projetuais mais relevantes e
auxiliar na disposição, organização e pré-dimensionamento espaços;
● Análise da área: Produzir o levantamento e análise de dados históricos,
legislação urbana, fluxos, mobilidade, mobiliário e equipamento urbano, usos
do solo, cheios e vazios, condicionantes climáticos, deficiências e
potencialidades da área, e também outros aspectos necessários para o
conhecimento do local;
● Pesquisa: Realização de uma entrevista com mães e profissionais que
convivem com autistas, a fim de entender as maiores necessidades
relacionadas ao ambiente de convivência e que são necessárias para o
melhor desenvolvimento.
● Partido geral: Criação do partido arquitetônico, contendo programa de
necessidades, conceito, diretrizes projetuais, fluxograma, zoneamento, pré-
dimensionamento, implantação e cortes esquemáticos, representados por
plantas, gráficos, imagens e croquis, que serão utilizados para o
desenvolvimento de anteprojeto do TCC II.
19

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Segundo o Ministério da Saúde,(ano) o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é


uma condição que reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes
desde o nascimento ou começo da infância. O autismo afeta o desenvolvimento do
cérebro e influencia a forma como uma pessoa percebe, interage e se comporta com
o mundo ao seu redor. A palavra "espectro" é utilizada porque o autismo se
manifesta de diversas formas e em diferentes níveis de gravidade, variando desde
quadros mais leves até mais severos. As características do autista seguem um
padrão comportamental linear, podendo ter dificuldades de interação social,
comunicação, dificuldade de transição de uma atividade para outra, foco em
detalhes e sensibilidade sensorial.

Os sinais do TEA podem se apresentar nos 24 meses iniciais do indivíduo e


podem gerar prejuízos bem significativos em seu funcionamento e que
comprometem as áreas ocupacionais e sociais Este o colocas nas
referências (FREIRE, Milson Gomes; CARDOSO, Heloísa dos Santos Peres.
Diagnóstico do autismo em meninas: Revisão sistemática. Rev. psicopedag., São
Paulo , v. 39, n. 120, p. 435-444, dez. 2022 ). FREIRE (2022, p. coloca a pagina
)

De acordo com autor e ano, Os sintomas do autismo costumam ser observáveis


antes dos 3 anos de idade, mas apesar do diagnóstico definitivo ser a partir dos 18
meses, as características podem ser observadas já a partir dos 12 meses de idade,
na medida que a linguagem da criança e sua integração social não se desenvolvem.
Ao longo do tratamento, principalmente na juventude, a família se torna um
instrumento indispensável para que autista tenha todo o acesso e apoio necessário
para sua evolução nas atividades do dia a dia. O acesso precoce a especialistas,
pode melhorar significativamente sua integração com a sociedade e sua autonomia
quando na vida adulta.
20

Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) possuem atrasos no


desenvolvimento que requerem intervenções de especialistas, inclusão
escolar e apoio da família. Considerando a importância da família,
investigou-se a contribuição de familiares para o desenvolvimento de três
crianças autistas de Senhor do Bonfim, município do semiárido baiano. Os
dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas,
realizadas com as mães, as professoras e terapeutas das três crianças. As
entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas pelo método de análise
de conteúdo. Verificou-se que as famílias contribuíram no desenvolvimento
dessas crianças, tendo suas mães como protagonistas (Chida, Tiago Hideo
Loula, e Gisele Soares Lemos Shaw. Família, Escola E Especialistas: O
Tripé Que Contribui Para O Desenvolvimento Da Criança Autista. p.1, 2022.)
Coloca só o autor, o ano e a pagina

Atualmente, apesar dos avanços científicos e o levantamento de algumas


hipóteses para a causa do autismo, o fator exato para o desenvolvimento do
transtorno comportamental ainda é um mistério para a ciência. Ao longo da história,
diversos profissionais tentaram decifrar suas causas, levantando hipóteses e
teorias, muitas delas mostrando-se infundadas posteriormente. Segundo o artigo
científico ‘’Autismo e genética: Uma revisão de literatura’’, J. V. S. C. Coutinho & R.
M. V. Bosso (Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.8, n.1, Pub.4, Janeiro 2015),
as possíveis causas do autismo podem ser divididas em idiopáticas, que
representam a maioria dos casos (90-95%), e secundárias, que incluem fatores
ambientais, anormalidades cromossômicas e doenças monogênicas.

[...] A lista de situações patológicas é muito extensa e inclui fatores pré, peri
e neonatais, infecções virais neonatais, doenças metabólicas, doenças
neurológicas e doenças hereditárias. Apesar da ausência aparente de
ligação entre elas, um ponto comum às reúne: todas as patologias são
suscetíveis de induzir uma disfunção cerebral que interfere no
desenvolvimento do sistema nervoso central.(LEBOYER,2005,p.60). Assim
está bem

2.1 PERSPECTIVA HISTÓRICA

No ano de 1943 o psiquiatra Leo Kanner publicou sua obra “Distúrbios


Autísticos do Contato Afetivo”, onde descreveu 11 casos de crianças com “um
21

isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação


das mesmices” (autor ano e pagina). Ele usa o termo “autismo infantil precoce”, pois
os sintomas já eram evidentes na primeira infância, e observa que essas crianças
apresentavam maneirismos motores e aspectos não usuais na comunicação, como
a inversão de pronomes e a tendência ao eco. No ano seguinte, o psiquiatra Hans
Asperger escreve o artigo “A psicopatia autista na infância”, destacando a ocorrência
preferencial em meninos, que apresentam falta de empatia, baixa capacidade de
fazer amizades, conversação unilateral, foco intenso e movimentos descoordenados.
Fonte
Nas décadas entre 1950 e 1960 o autismo ainda não havia sido oficialmente
desmistificado, onde a crença mais comum era de que o distúrbio seria causado por
pais emocionalmente distantes (hipótese da “mãe geladeira”, criada por Leo
Kanner). Logo cresceram as evidências sugerindo que o autismo era um transtorno
cerebral presente desde a infância é encontrado em todos os países e grupos
socioeconômicos e étnico-raciais. Leo Kanner tentou se retratar e, mais tarde, a
teoria da ‘’mãe geladeira’’ mostrou-se totalmente infundada. Fonte
Em 1978 o psiquiatra Dr. Michael Rutter revolucionou o ponto de vista do
transtorno com a publicação do livro ‘’Autism: A Reappraisal of Concepts and
Treatment’’ onde são descritos quatro critérios para o diagnóstico do autismo:
1. Atraso e desvio sociais não só como deficiência intelectual;
2. Problemas de comunicação não só em função de deficiência intelectual
associada;
3. Comportamentos incomuns, tais como movimentos estereotipados e
maneirismos;
4. Inicio antes dos 30 meses de idade.
A partir daí, em já em 1980 a definição inovadora de Michael Rutter e a
crescente produção de pesquisas científicas sobre o autismo influenciam a
elaboração do DSM-3 (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) Nesta
edição do manual, o autismo é reconhecido pela primeira vez como uma condição
específica e colocado em uma nova classe, a dos Transtornos Invasivos do
Desenvolvimento (TID). Fonte
No Brasil, o principal marco foi em 2012, ano em que foi sancionada a Lei
Berenice Piana (12.764/12), que instituiu a Política Nacional de Proteção dos
22

Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Este foi um marco legal de
extrema importância para garantir direitos aos portadores de TEA. A legislação
determina o acesso a um diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamentos
pelo Sistema Único de Saúde (SUS); à educação e à proteção social; ao trabalho e
a serviços que propiciem a igualdade de oportunidades. Fonte

Figura 01 - Linha temporal de marcos históricos do autismo.

Fonte: Elaborado pela autora (2024).


Ver o temanho
2.2 ESTATÍSTICAS/DADOS GERAIS

Figura 02 - Linha de dados e estatísticas sobre o autismo


23

Fonte: Elaborado pela autora (2024).


Fonte
2.3 DIAGNÓSTICO E GRAUS DE AUTISMO

O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode apresentar


alguns desafios para os profissionais da saúde. Isso ocorre, pois não existe um
exame clínico específico que faz diagnóstico, mas sim um compilado de avaliações
que são realizadas por diversos profissionais. Atualmente, esse diagnóstico é feito a
partir do DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), que é
um documento criado pela Associação Americana de Psiquiatria ou APA (American
Psychiatric Association) que pontua critérios de avaliação necessários para fechar o
laudo de Autismo. Fonte
De acordo com o DSM-5 (5° edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais) (ano) o autismo fica classificado da seguinte forma:
24

Transtorno do Espectro Autista (50) 299.00 (F84.0)


Especificar se: Associado a alguma condição médica ou genética
conhecida ou a fator ambiental; Associado a outro transtorno do
neurodesenvolvimento, mental ou comportamental
Especificar a gravidade atual para Critério A e Critério B: Exigindo apoio
muito substancial, Exigindo apoio substancial, Exigindo apoio
Especificar se: Com ou sem comprometimento intelectual concomitante,
Com ou sem comprometimento da linguagem concomitante, Com catatonia
(DMS-5 - 5° Edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais, ano P14)

De acordo com este manual, Os critérios são divididos em A,B,C,D e E, com


algumas características específicas em cada um deles, sendo:

Critério A:
● Limitação na reciprocidade emocional e social, dificuldade de partilhar
interesses e estabelecer diálogos;
● Limitação na comunicação não verbal usada na interação social;
● Limitações em iniciar, manter e entender relacionamentos, dificuldade de
adaptação de comportamento para se ajustar nas situações sociais e
brincadeiras imaginárias;

Critério B:
● Movimentos motores, uso de objetos ou fala repetitiva e estereotipada;
● Insistência em coisas iguais, rigoroso padrão e rotinas ritualizadas de
comportamentos verbais ou não verbais (sofrimento extremo a pequenas
mudanças, etc);
● Interesses altamente restritos e intensos, foco maior do que o normal (forte
apego ou preocupação com objetos, interesse excessivo em assuntos
específicos);
● Hiper ou Hipo Reatividade a estímulos sensoriais ou interesses incomuns
por aspectos sensoriais do ambiente (indiferença a dor, temperaturas,
25

reação contrária a texturas e sons específicos, fascinação visual por


movimentos ou luzes).

Critério C:
● Todos os sintomas devem estar presentes precocemente no período de
desenvolvimento pessoal, porém eles podem não estar totalmente aparentes
até que exista um estímulo social para que essas habilidades sejam
exercidas, ou podem ficar mascarados por possíveis estratégias ao longo da
vida.

Critério D:
● Esses causam prejuízos significativos no funcionamento social, profissional e
pessoal ou em outras áreas importantes da pessoa, aumentando seu grau de
dependência.

Critério E:
● Esses distúrbios não são bem explicados por deficiência cognitiva e
intelectual ou pelo atraso global do desenvolvimento.

Além disso, ainda dentro dos critérios de diagnóstico do DSM-5, os níveis de


suporte se dão pela necessidade de apoio que os autistas têm em sua vida
cotidiana, ele são divididos em 3 níveis diferentes: leve (pouca necessidade de
apoio), moderado (Média necessidade de apoio) e severo (severa necessidade de
apoio).
26

3 OBRAS ANÁLOGAS

Esta seção representa um capítulo principal do seu tema e por isso ele tem o
nível de seção primária. Quando isso ocorrer a seção primária deve sempre iniciar
em nova página.
Esta seção representa um capítulo principal do seu tema e por isso ele tem o nível de seção primária. Quando isso ocorrer a seção primária deve sempre iniciar em nova página.
27

4 ESTUDO PRELIMINAR
28

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Último capítulo dos elementos textuais. Nesta seção você fará as


considerações finais relacionada ao tema estudado em seu TCC. Mais informações
consulte seu orientador. Após esta seção virão os elementos pós-textuais que se
dividem em:
a) elemento obrigatório: Referências - lista de referências em ordem
alfabética (quando usar citações no sistema autor/data), alinhadas à
esquerda com espaçamento entre linhas simples;
b) elementos opcionais: Glossário, Apêndices, Anexos e Índices – para saber
mais consulte o Manual Trabalhos Acadêmicos Ânima, disponível no site
da biblioteca:
https://www.unisul.br/biblioteca/orientacao-para-trabalhos-academicos/
29

REFERÊNCIAS

ALCÂNTARA, Eurípedes. A redoma do atraso. Veja, São Paulo, v. 24, n. 25, p. 42-
43, jun. 1991.

KARDEC, Alan. O evangelho segundo o espiritismo. Disponível em:


http://www.netpage.estaminas.com.br/sosdepre/codificação.htm. Acesso em: 11 nov.
1998.

IPEA. Ipea divulga nova edição do Boletim Mercado de Trabalho. Brasília, 2016.
Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?
option=com_content&view=article&id=27678&catid=10&Itemid=9. Acesso em: 4 fev.
2019.

MACAMBYRA, Marina. No escuro da biblioteca, brilha luz. In: NASCIMENTO,


Andrea et al. Bibliotecários sem fronteiras. [S. l.], 02 fev. 2019. Disponível em:
https://bsf.org.br/2019/02/02/luz-livros-paulo-freire/. Acesso em: 4 fev. 2019.

MARCONI, Marina de Andrade. Cultura e sociedade. In: LAKATOS, Eva Maria.


Sociologia. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

MEDEIROS, João Bosco. Alucinação e magia na arte: o ultimatum futurista de


Almada Negreiros. 1991. 100 f. Monografia (Departamento de Letras) - Faculdade
de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP, São Paulo, 1991.

RAUEN, Fábio José. Influência do sublinhado na produção de resumos


informativos. 1996. 200f. Tese (Doutorado em Letras/Linguística) - Curso de Pós-
graduação em Letras/Linguística, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 1996.

RAUEN, Fábio José. Roteiros de pesquisa. Rio do Sul: Nova Era, 2006.

SILVA, Élia et al. Trabalhos acadêmicos na Unisul: apresentação gráfica. Palhoça:


UnisulVirtual; Ed. Unisul, 2019.
30

APÊNDICE A – Título

Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto.


Ou Imagem.
31

APÊNDICE B – Título

Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto.


Ou Imagem.
32

ANEXO A – Título

Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto.


Ou Imagem.
33

ANEXO B – Título

Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto.


Ou Imagem

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