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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

SERVIÇO SOCIAL

DAIANE GOMES DA SILVA

O PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL NA PROMOÇÃO DA


EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ALCOVERDE - PE
2023
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
SERVIÇO SOCIAL

DAIANE GOMES DA SILVA

O PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL NA PROMOÇÃO DA


EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso para


obtenção do título de Graduação em Serviço
Social apresentado à Universidade Paulista
– UNIP.

Orientador(a): Aline Fernanda de Oliveira


Fogaça.

ARCOVERDE - PE
2023
DAIANE GOMES DA SILVA

O PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL NA PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO


AMBIENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso para


obtenção do título de Graduação em Serviço
Social apresentado à Universidade Paulista
– UNIP.

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

____________________________/_____/_____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista - UNIP

____________________________/_____/_____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista - UNIP

____________________________/_____/_____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista - UNIP
AGRADECIMENTOS

É com muito zelo que dedico essa dissertação a minha mãe que sempre foi
uma fortaleza em minha vida; agradeço pelo apoio e incentivo de sempre.
Agradeço também a UNIP pelo cuidado e esmero em assistir e orientar
seus educandos com total disponibilidade; e acima de tudo Deus, através dEle
este sonho foi possível.
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar o papel do serviço social na


promoção da educação ambiental. Para tal, foi realizada uma revisão da literatura
utilizando uma abordagem qualitativa. Foram consultadas plataformas
acadêmicas como Google Acadêmico, Scielo e Periódicos da CAPES, buscando
artigos, teses, dissertações e outras publicações relevantes. O período de análise
compreendeu de janeiro de 2013 a maio de 2023. Ante ao exposto, conclui-se
que o Serviço Social desempenha um papel fundamental na promoção da
Educação Ambiental. Por meio de sua atuação nas áreas de gestão, assessoria e
ações pedagógicas, os/as assistentes sociais intervieram para a conscientização,
participação e transformação social em relação às questões ambientais. Sua
presença nas escolas e demais espaços educativos fortalecem o debate sobre a
importância da preservação ambiental e a formação de sujeitos críticos e
comprometidos com a sustentabilidade. Assim, o Serviço Social tem um papel
relevante na construção de uma sociedade mais justa e consciente de seu papel
na preservação do meio ambiente.

Palavras-chave: Serviço Social. Educação Ambiental. Assistente Social.


ABSTRACT

This work aims to analyze the role of social work in promoting environmental
education. To this end, a literature review was carried out using a qualitative
approach. Academic platforms such as Google Scholar, Scielo and CAPES
Journals were consulted, searching for articles, theses, dissertations and other
relevant publications. The period of analysis comprised from January 2013 to May
2023. Given the above, it is concluded that Social Work plays a key role in
promoting Environmental Education. Through their performance in the areas of
management, advisory and pedagogical actions, social workers intervened to raise
awareness, participation and social transformation in relation to environmental
issues. Its presence in schools and other educational spaces strengthens the
debate on the importance of environmental preservation and the formation of
critical subjects committed to sustainability. Thus, Social Service plays an
important role in building a fairer society that is aware of its role in preserving the
environment.

Keywords: Social Service. Environmental education. Social Worker.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................9
2 JUSTIFICATIVA..................................................................................................11
3 OBJETIVOS.........................................................................................................12
4 METODOLOGIA..................................................................................................13
5 DESENVOLVIMENTO.........................................................................................14
5.1 Educação ambiental......................................................................................15
5.2 A questão ambiental na prática profissional de assistentes sociais.............20
5.3 A atuação do Serviço Social na promoção da Educação Ambiental............22
6 CONCLUSÃO......................................................................................................30
REFERÊNCIAS......................................................................................................32
1 INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental (EA) desempenha um papel fundamental no


contexto escolar ao sensibilizar os alunos sobre a importância da conservação
dos recursos naturais e psicológicos, promovendo uma conscientização em
relação à sustentabilidade ambiental. Essa abordagem educacional não deve ser
tratada como uma disciplina educativa, mas sim integrada ao currículo escolar,
pois seu objetivo é preparar os indivíduos para agirem de forma consciente e
responsável em relação ao meio ambiente (NASCIMENTO et al., 2017).
Conforme destacado por Fão et al. (2020), a educação ambiental deve ser
considerada tão relevante quanto o ensino de outras disciplinas, uma vez que
contribui para evitar problemas futuros relacionados à degradação ambiental.
Além disso, a EA promove a consciência ambiental em pessoas de todas as
idades, capacitando-as a adotarem atitudes sustentáveis e compreenderem o
impacto de suas ações como cidadãos.
De acordo com Pereira et al. (2020), é essencial estimular as pessoas a
compreenderem o meio ambiente, uma vez que a percepção ambiental
proporciona conhecimento e informações que estimulam a adoção de hábitos.
Essa compreensão também prepara a sociedade para reconhecer a
interdependência entre o ser humano e a natureza, desenvolvendo uma
consciência coletiva sobre a importância da preservação ambiental.
Nesse contexto, Mascarenhas (2021) destaca que o Serviço Social
desempenha um papel relevante na promoção da Educação Ambiental, pois sua
atuação está pautada na defesa dos direitos sociais, na promoção da justiça
social e na garantia do bem-estar das pessoas. O profissional de Serviço Social
tem como objetivo principal a intervenção social, buscando transformar as
realidades sociais por meio de ações que promovam a inclusão, a equidade e a
participação cidadã.
Ao considerar a dimensão ambiental como um aspecto indissociável das
questões sociais, o Serviço Social pode contribuir de forma significativa para a
promoção da Educação Ambiental. Através de seu trabalho, o assistente social
pode atuar tanto na esfera individual quanto na coletiva, engajando-se em
projetos e programas que visem sensibilizar, informar e capacitar as pessoas
sobre a importância da preservação do meio ambiente (SALVADOR, 2018).
A Educação Ambiental no âmbito do Serviço Social pode abranger diversas
áreas de atuação, como a promoção de práticas nos espaços comunitários, a
inclusão de temáticas ambientais nos processos de formação e capacitação dos
profissionais, o desenvolvimento de projetos de conscientização e engajamento
social, entre outras ações. O assistente social, por sua formação e compromisso
ético-político, possui o conhecimento necessário para articular as demandas
sociais com as questões ambientais, promovendo a conscientização e a
participação da população em prol de um futuro sustentável (MASCARENHAS,
2021).
Para Salvador (2018) a atuação do assistente social contribui para a
construção de uma consciência crítica e ativa em relação ao meio ambiente,
estimulando a mudança de comportamentos e a construção de práticas mais
inteligentes. Diante desses desafios, é fundamental a realização de um trabalho
que explore e reflita sobre o papel do Serviço Social na promoção da Educação
Ambiental. Tal análise permitirá a compreensão dos potenciais e limites dessa
atuação, além de subsidiar a construção de estratégias e ações mais efetivas
nesse campo.
Ante ao exposto, pretende-se através deste estudo investigar e analisar as
contribuições do Serviço Social na promoção da Educação Ambiental, buscando
compreender os desafios, as práticas e os resultados alcançados por essas
intervenções. A partir dessa análise, espera-se contribuir para o fortalecimento da
atuação do Serviço Social na promoção de uma consciência ambiental crítica e
transformadora.
2 JUSTIFICATIVA

A relevância desta pesquisa baseia-se na importância dessa temática para


a contemporaneidade e pela necessidade de ações concretas para enfrentar os
desafios ambientais que atingiram a sociedade como um todo. Nesse contexto, o
Serviço Social surge como uma profissão engajada na defesa dos direitos sociais
e da justiça social, tendo como compromisso a transformação das realidades
sociais e a promoção do bem-estar da população.
O símbolo desta temática está intrinsecamente ligado aos desafios
ambientais que enfrentamos atualmente, como as mudanças climáticas, a
escassez de recursos naturais, a poluição e a degradação ambiental. Esses
desafios têm impacto direto na qualidade de vida das pessoas e na garantia de
seus direitos fundamentais, além de representarem uma ameaça para a
sustentabilidade do planeta. A promoção da Educação Ambiental, com o apoio e
atuação do Serviço Social, se faz necessária para enfrentar esses problemas e
buscar soluções que contribuam para a preservação do meio ambiente e para a
construção de uma sociedade mais sustentável.
Portanto, as informações apresentadas nesta pesquisa visam contribuir
para ampliar o debate e disseminar conhecimentos sobre esse assunto,
disseminando informações e promovendo reflexões críticas sobre a importância
da Educação Ambiental e do papel do Serviço Social nesse contexto. Por meio
desse trabalho, é possível sensibilizar e conscientizar um público mais amplo
sobre a necessidade de integrar as questões ambientais nas práticas e
intervenções sociais.
Ao destacar o papel do Serviço Social na promoção da Educação
Ambiental, busca-se evidenciar que essa profissão não se limita apenas às
demandas sociais tradicionais, mas também se engaja ativamente na busca por
soluções sustentáveis para os desafios ambientais.
3 OBJETIVOS

Objetivo geral: analisar o papel do serviço social na promoção da educação


ambiental.

Objetivos específicos:

 Investigar como o serviço social pode contribuir para a promoção da


educação ambiental por meio de suas intervenções e práticas profissionais;
 Avaliar o impacto da atuação dos assistentes sociais na sensibilização e
conscientização das pessoas sobre a importância da preservação ambiental e
dos impactos socioambientais;
 Analisar as estratégias utilizadas pelo serviço social para promover a
sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente.
13

4 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento da presente pesquisa, foi utilizada a metodologia de


revisão de literatura, com abordagem qualitativa. Essa abordagem permite uma
compreensão mais detalhada e rica dos fenômenos explicados, permitindo uma
análise interpretativa e a descoberta de novos insights. Ela valoriza a subjetividade,
a diversidade de perspectivas e a complexidade dos contextos sociais (DENZIN;
LINCOLN, 2017).
Os materiais utilizados foram obtidos a partir das plataformas: Google
Acadêmico, Scielo e oral de Periódicos da CAPES, e remetem-se a artigos, teses,
dissertações e outras publicações úteis, publicados entre janeiro de 2013 a maio de
2023. Também serão utilizadas as legislações pertinentes, indispensáveis para a
compreensão do assunto.
As buscas foram realizadas utilizando-se das palavras: “Educação Ambiental,
Serviço Social, Assistente Social e escola”. Os estudos foram selecionados de
acordo com os seguintes critérios: período de 2013 a 2023, que abordassem a
temática e limitando-se ao ano das publicações, sendo artigos, teses, relatórios,
revisões e trabalhos acadêmicos, indexados em língua portuguesa.
Os estudos pré-selecionados de acordo com o título, palavras-chave e
resumos, para que pudesse determinar sua elegibilidade, atividades desenvolvidas e
problemáticas. Foram excluídos os artigos que não abordavam a relação entre o
serviço social e a educação ambiental ou/e que abordavam de forma incompleta,
não contribuindo para os resultados desta revisão.
Após a busca nas plataformas, os materiais selecionados foram lidos na
integra e as informações mais relevantes foram sintetizadas e serão debatidas
posteriormente, utilizando tópicos para facilitar a compreensão.
14

5 DESENVOLVIMENTO

Primeiramente, é importante destacar que o serviço social completou 82 anos


de existência no país, e ao longo dessa trajetória a profissão passou por inúmeras
transformações, sem teóricas-metodológicas, técnico-operativas e ético-políticas.
Houve uma institucionalização do Serviço Social como profissão e a luta pela ruptura
com o conservadorismo. Salienta-se que a atuação do Serviço Social se dá em
instituições que operacionalizam as políticas sociais, como a saúde, a previdência,
assistência social e a educação, bem como, outros espaços socio-ocupacionais que
vem surgindo com novas demandas, como por exemplo, a Educação Ambiental.
No contexto atual do Serviço Social, torna-se a adoção de um novo perfil
profissional que esteja apto a enfrentar os desafios e demandas emergentes do
mundo contemporâneo. Diante disso, é exigido uma qualificação e aprofundamento
teórico e crítico por parte dos assistentes sociais, a fim de compreender a realidade
e desenvolver propostas de intervenção pedagógica (MOREIRA, 2013).
Segundo MOREIRA (2013), o perfil profissional do assistente social deve ser
caracterizado pela posse de uma competência teórico-crítica, capaz de desenvolver
as demandas presentes na realidade social. Nesse sentido, essa competência se
complementa com uma habilidade técnico-política, que permite ao profissional
construir respostas adequadas, tanto no campo da pesquisa quanto na ação prática,
e forças sociais articulares em torno de direcionamentos ético-políticos.
De acordo com Mascarenhas (2021), o Serviço Social é composto por três
dimensões constitutivas (teórica-metodológica, técnico-operativa e ético-política) que
são essenciais e complementares entre si, permeando tanto a formação quanto o
exercício profissional. Os assistentes sociais fundamentam-se nessas dimensões
para oferecer respostas atendidas às demandas da realidade social, em
consonância com os princípios formativos, valores éticos e saberes teóricos da
profissão.
Atualmente, vive-se em um contexto contemporâneo de muitas adversidades
onde é preciso resistir e defender os princípios éticos da profissão que conformam o
projeto ético-político, através de respostas profissionais ético-políticas. É possível
considerar que uma das demandas atuais é o trabalho da/o assistente social na área
ambiental, a exemplo, as demandas inerentes a Educação Ambiental.
15

Essa área já foi reconhecida, tanto no âmbito teórico quanto no âmbito da


intervenção profissionais, pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em
Serviço Social (ABEPSS) como parte do grupo temático intitulado “Questões
Agrária, Urbana, Ambiental e Serviço Social”. Desta forma, nos eventos da área de
Serviço Social constam trabalhos e mesas coordenadas com ênfase em questões
ambientais. E, portanto, antes de abordar a atuação do Serviço Social na Educação
Ambiental, faz-se necessário debater sobre a questão ambiental na sociedade atual
e a concepção de Educação Ambiental numa perspectiva crítica.

5.1 Educação ambiental

Ao longo da história da humanidade, a relação entre o homem e a natureza


desempenhou um papel fundamental. O ser humano interage com a natureza ao
produzir bens para atender às suas necessidades, originou-se em transformou-se no
meio natural. A natureza é a fonte de recursos para a produção e subsistência. No
entanto, na sociedade contemporânea, estamos testemunhando uma destruição
ambiental impulsionada pela lógica do capitalismo produtivo (REIGOTA, 2017).
Segundo Reigota (2017) diversos problemas ambientais ganharam destaque
e se tornaram objeto de debates e preocupações, à medida que esses problemas se
intensificam, gerando uma crise socioambiental sem precedentes. Estudos têm
constatado a crise das fontes energéticas, a exaustão dos recursos naturais e os
desastres ambientais, que representam ameaças à existência humana. Além disso,
observa-se o agravamento da questão ambiental em conjunto com altos índices de
pobreza, exclusão social e degradação ambiental.
É amplamente reconhecido que a Educação Ambiental deve ser acessível a
todas as profissões sociais e deve ocorrer tanto em contextos formais quanto
informais. No entanto, para que isso aconteça, é necessário o esforço de políticas
públicas que promovem a implementação e o monitoramento de projetos
educacionais, visando monitorar sua eficácia (LOPES; ABÍLIO, 2019).
Nesse sentido, a escola desempenha um papel fundamental como uma
ferramenta de trabalho para atingir o objetivo de disseminar informações e promover
a mudança cultural na comunidade por meio de projetos sociais com foco na
Educação Ambiental. Através da integração de práticas educativas ambientais no
currículo escolar, é possível envolver os alunos, educadores e a comunidade em
16

geral na conscientização e no desenvolvimento de atitudes sustentáveis (LOPES;


ABÍLIO, 2019).
A trajetória da presença da educação ambiental na legislação brasileira revela
uma tendência comum, que é a busca pela universalização dessa prática educativa
em toda a sociedade. Segundo Dantas (2014), o Brasil se destaca na América
Latina como o único país a possuir uma política específica para a Educação
Ambiental. Em 1999, foi promulgada a Política Nacional de Educação Ambiental
(PNEA) por meio da Lei nº 9.597. Essa lei foi regulamentada em junho de 2002 pelo
Decreto Nº 4.281.
No entanto, a presença da educação ambiental na legislação brasileira
remonta a 1973, com o Decreto nº 73.030, que criou a Secretaria Especial do Meio
Ambiente. Entre as atribuições dessa secretaria, estava a promoção do
"esclarecimento e educação do povo brasileiro para o uso adequado dos recursos
naturais, tendo em vista a preservação do meio ambiente" (BRASIL, 1973).
Essas iniciativas legislativas evidenciam o reconhecimento da importância da
educação ambiental como instrumento para conscientizar a população sobre a
preservação dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente. A legislação
brasileira tem buscado, ao longo dos anos, consolidar a educação ambiental como
um componente essencial da educação formal e informal, visando promover uma
consciência ambiental coletiva e uma cultura de sustentabilidade.
A Lei nº 6.938, de 31.8.1981, que institui a Política Nacional de Meio
Ambiente, também definiu a importância da dimensão pedagógica e evidenciou a
abrangência desejada para a educação ambiental no Brasil. Em seu artigo 2º, inciso
X, a lei destaca a necessidade de promover a "educação ambiental a todos os níveis
de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para
participação ativa na defesa do meio ambiente" (BRASIL, 1981) .
No entanto, foi com a promulgação da Constituição Federal de 1988 que o
direito à educação ambiental ganhou ainda mais destaque. A Constituição atribui ao
Estado o dever de "promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e
a conscientização pública para a preservação do meio ambiente" (BRASIL, 1988).
Dessa forma, o direito constitucional de todos os cidadãos brasileiros terem
acesso à educação ambiental foi estabelecido, elevando o status desse direito como
um componente essencial para a qualidade de vida ambiental. Essas normas legais
ressaltam a importância da educação ambiental como um instrumento fundamental
17

para a conscientização, a participação e a defesa do meio ambiente. Elas reforçam a


necessidade de promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino, bem
como na comunidade, visando capacitar os indivíduos para uma participação ativa
na preservação ambiental e na construção de uma sociedade mais sustentável.
A Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, estabeleceu a Política Nacional de
Educação Ambiental no Brasil, juntamente com outras disposições. Em seu Art. 1º, a
lei define a Educação Ambiental como os processos pelos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
habilidades dirigidas para a conservação do meio ambiente, que é um bem de uso
comum do povo, essencial para a qualidade de vida saudável e sua sustentabilidade
(BRASIL, 1999).
Segundo Filho et al., (2014) essa definição abrangente de Educação
Ambiental destacada na lei enfatiza a importância da construção de valores,
conhecimentos e habilidades que promovem a preservação ambiental e contribuem
para uma qualidade de vida sustentável. Através da Educação Ambiental, busca-se
conscientizar e capacitar tanto os indivíduos quanto a sociedade como um todo para
a proteção e preservação do meio ambiente, reconhecendo-o como um recurso
compartilhado e essencial para o bem-estar de todos.
As consequências ambientais que enfrentamos hoje são resultado do modo
de produção capitalista e das práticas de exploração dos recursos naturais. É
importante ressaltar que não podemos atribuir essas questões apenas à ação
individual, mas sim ao contexto coletivo que permeia o sistema produtivo atual. A
população desempenha um papel significativo na questão socioambiental, porém
não podemos negligenciar os impactos da produção industrial (FILHO et al., 2014).
Nesse sentido, é evidente que o meio ambiente está sendo degradado de
forma devastadora nos dias de hoje. Estamos testemunhando fenômenos como o
aquecimento global, a mistura das águas e do ar, a escassez de recursos hídricos e
o problema do lixo. Essas questões demandam uma análise aprofundada das
práticas produtivas e do modelo de desenvolvimento adotado, bem como a busca
por soluções sustentáveis que visem à preservação e ao equilíbrio ambiental
(LOPES; ABÍLIO, 2019).
De acordo com Silva (2013), a questão ambiental tem ganhado cada vez mais
destaque na sociedade contemporânea, sendo considerada uma preocupação ética
relacionada às condições de preservação da vida. Esse debate envolve diversas
18

instituições, como escolas, órgãos do Estado, empresas, movimentos sociais e


organizações não governamentais. Nesse contexto, a educação ambiental
desempenha um papel fundamental, e a escola é um espaço privilegiado para
disseminar essa preocupação e promover a transformação nas práticas dos
indivíduos em relação ao meio ambiente. Para compreender os problemas
socioambientais, é necessário abordá-los em diferentes dimensões, como a
geográfica, histórica, biológica, social e subjetiva.
O ambiente é visto como o conjunto de relaxante entre o mundo natural e o
mundo social, mediado por saberes locais, tradicionais e científicos. Essa
perspectiva ampla e integrada permite uma compreensão mais abrangente dos
desafios ambientais e contribui para a construção de soluções sustentáveis
(BRASIL, 2004).
Nesse sentido, cabe ressaltar que os anos 1960 constituem um marco divisor
para a análise do ambientalismo e da questão ambiental, pois até aquele momento a
problemática era baseada numa direção de preservação do meio ambiente. A partir
de grandes tragédias e desastres ambientais, a exemplo de Chernobil, a questão
ambiental eclode como um “problema sócioeconômico global” (BARBOSA; DE
OLIVEIRA, 2020).
A partir das preocupações ambientais, foram tomadas medidas políticas para
promover a perspectiva socioambiental em escala global, o que teve impactos no
Brasil, como o poder exercido por organismos internacionais na condução das
políticas públicas (como o Banco Mundial e o FMI), as convenções climáticas e o
financiamento de projetos ambientais. Nesse sentido, reconhecemos que esse
movimento possuía uma forte dimensão econômica em sua essência (BRANCO et
al., 2018).
A busca pela consolidação do Desenvolvimento Sustentável permitiu a
discussão de conceitos, princípios, mecanismos institucionais e legais, bem como a
necessidade de promover a "transversalidade ambiental" nas políticas de
desenvolvimento e planejamento comunitário. Esse enfoque reconhece a
importância de integrar as dimensões social, ambiental e econômica, garantindo um
desenvolvimento equilibrado e sustentável para as gerações presentes e futuras
(BRANCO et al., 2018).
É importante destacar que as décadas de 1980 e 1990 foram fundamentais
para o desenvolvimento do movimento ambientalista e o debate em torno do
19

desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, foram criadas legislações como a Lei


de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) e o Programa Nacional de
Educação Ambiental, que estabelece diretrizes legais para o direito ao meio
ambiente, conforme preconizado no Artigo 225 da Constituição Federal de 1988. A
Constituição também estabelece que o Estado deve garantir e promover a
"educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para
a preservação do meio ambiente (BRASIL, 1988)".
Nesse sentido, a escola desempenha um papel fundamental na disseminação
da preocupação com o meio ambiente. A Educação Ambiental é um instrumento
essencial para alcançar esse objetivo, por meio de sua capacidade transformadora e
de ações educativas que promovem mudanças nas práticas das pessoas em relação
ao meio ambiente (COSTA et al., 2017).
No entanto, Costa et al., (2017) aponta ainda que, no Brasil, a Educação
Ambiental ainda enfrenta desafios na construção de práticas pedagógicas
inovadoras e efetivas. Os resultados obtidos até o momento são considerados
incipientes em relação à construção de uma educação verdadeiramente
comprometida com a transformação das relações sociais e promoção de uma cultura
de sustentabilidade.
Ao explorar diversas abordagens da Educação Ambiental, enfocaremos a
Educação Ambiental Crítica, cujo objetivo é promover uma mudança de valores e
atitudes, seguramente para a formação de um sujeito ecológico. Essa abordagem
reconhece a necessidade de trabalhar tanto o indivíduo quanto a sociedade,
estabelecendo uma conexão com a coletividade (MASCARENHAS, 2021).
A Educação Ambiental Crítica se apresenta como uma ação educativa que
visa à transformação da realidade, especialmente diante da grave crise
socioambiental. O propósito da Educação Ambiental Crítica é criar espaços e
ambientes educativos que sirvam como estratégia para a educação educacional e
para contribuir com a formação de cidadãos conscientes, através de uma
perspectiva de transformação da sociedade atual. É importante ressaltar que esse
processo educativo não se restringe apenas ao ambiente escolar, mas também se
estende para além dos muros da escola, destacando a interface entre a Educação
Ambiental Crítica e a Educação Popular (COSTA et al., 2017).
A abordagem crítica da Educação Ambiental possibilita uma compreensão
mais ampla e crítica da realidade social, ambiental e econômica, considerando os
20

determinantes da sociedade capitalista. Ela também oferece alternativas para uma


organização coletiva popular, por meio de correntes como a Educação Ambiental
Popular, Emancipatória, Transformadora e o Processo de Gestão Ambiental
(MASCARENHAS, 2021).
A partir dessa perspectiva crítica, é possível analisar os fundamentos da
sociabilidade capitalista na relação entre o homem e a natureza, contextualizando o
debate sobre a questão ambiental e seus agravantes na sociedade contemporânea.
A crise estrutural do capital intensifica os limites da sua reprodução de forma
agressiva para o meio ambiente e para os seres sociais. Diante disso, é necessário
um enfrentamento político das desigualdades e da injustiça socioambiental
(LAYRARGUES; LIMA, 2014).
A Educação Ambiental desempenha um papel fundamental na formação de
indivíduos conscientes e engajados com a preservação do meio ambiente. Essa
prática educacional pode ser desenvolvida em diversas áreas, com destaque para
as escolas, e por profissionais de diferentes áreas que desejam contribuir para a
construção de uma sociedade mais sustentável. Na perspectiva da Educação
Ambiental emancipatória, busca-se promover a socialização humana e questionar as
bases da reprodução da chamada "questão ambiental (LAYRARGUES; LIMA,
2014)”.
Nesse sentido, a Educação Ambiental tem um caráter pedagógico importante,
que visa transmitir valores e princípios relacionados à preservação da natureza. No
próximo item deste trabalho, iremos abordar a potencialidade da atuação do
Assistente Social na Educação Ambiental, com uma abordagem crítica e
transformadora (NASCIMENTO et al., 2017).
Posteriormente, analisar-se-á como a referida profissão pode contribuir para a
conscientização ambiental, promovendo a participação social e a transformação das
relações homem-natureza.

5.2 A questão ambiental na prática profissional de assistentes sociais

A questão ambiental tem se tornado cada vez mais relevante na prática


profissional de assistentes sociais. A degradação ambiental crescente, as mudanças
climáticas e a insustentabilidade dos modos de produção têm eles diretos sobre as
21

condições de vida das pessoas, especialmente aquelas em situação de


vulnerabilidade social.
Nesse contexto, o Serviço Social tem o desafio de incorporar a dimensão
ambiental em suas intervenções, buscando promover a sustentabilidade e o respeito
ao meio ambiente. A atuação dos assistentes sociais no campo ambiental pode
ocorrer de diversas formas. Primeiramente, eles podem atuar na sensibilização e
conscientização das pessoas sobre a importância da preservação ambiental e dos
impactos socioambientais (OLIVEIRA, 2013).
De acordo com Peneluc et al., (2018) através de ações educativas e de
mobilização comunitária, os assistentes sociais podem contribuir para a formação de
uma consciência ambiental crítica e transformadora. Além disso, os assistentes
sociais podem atuar na articulação entre os diferentes atores sociais envolvidos na
questão ambiental. Eles podem estabelecer parcerias com organizações não
governamentais, movimentos sociais e órgãos públicos, visando a implementação
de políticas e projetos que promovam a sustentabilidade ambiental e a justiça social.
Outro aspecto importante da atuação dos assistentes sociais é o
enfrentamento das desigualdades socioambientais. É preciso considerar que as
populações mais comparáveis são as mais sujeitas a problemas ambientais, como a
falta de acesso a recursos naturais, a exposição a poluentes e a violação de direitos.
Nesse sentido, os assistentes sociais têm o papel de defender e garantir os direitos
das possibilidades vividas, buscando formas de minimizar os impactos ambientais
sobre essas comunidades (PENELUC et al., 2018).
A abordagem do Serviço Social na questão ambiental também está
relacionada à promoção da participação social e do controle democrático sobre as
políticas ambientais. Os assistentes sociais podem estimular a participação das
comunidades nas decisões que o meio ambiente, promovendo espaços de diálogo e
manifestação para que as vozes das esperançosas sejam ouvidas e aceitas. No
entanto, é importante salientar que a inserção no Serviço Social na questão
ambiental também apresenta desafios (SALVADOR, 2018).
Salvador (2018) destaca ainda que, é necessário um constante
aprimoramento teórico e prático dos assistentes sociais, a fim de compreender as
inter-relações entre a dimensão ambiental e as questões sociais, políticas e
emocionais. Além disso, é preciso uma articulação com outros profissionais e áreas
22

do conhecimento, de forma a construir abordagens integradas e multidisciplinares


para enfrentar os problemas ambientais.
Diante desses desafios, é fundamental que os assistentes sociais sejam
capacitados e atualizados sobre as questões ambientais, participando de forma ativa
em espaços de formação, debates e reflexão sobre o tema. É necessário que as
instituições de ensino e as entidades profissionais promovam a inclusão da temática
ambiental nos currículos e nos programas de formação continuada, para que os
assistentes sociais empregados estejam preparados para atuar de forma efetiva e
efetiva (OLIVEIRA, 2013).

5.3 A atuação do Serviço Social na promoção da Educação Ambiental

Barbosa (2015) ressalta a longa trajetória de inserção do assistente social na


educação, que remonta à década de 1930, destacando a dimensão educacional do
trabalho dessas profissionais e sua atuação tanto na educação escolar quanto em
práticas de educação popular. No contexto brasileiro, há uma luta em curso pela
inserção legal do assistente social na política de educação básica nos municípios e
estados do país.
Nos últimos anos, tem-se observado um crescimento significativo do mercado
de trabalho para assistentes sociais no campo da Educação. Nesse sentido,
entidades organizacionais da categoria têm se empenhado na aprovação de um
Projeto de Lei que visa garantir a inserção obrigatória dessas profissionais,
juntamente com os psicólogos, nas escolas. Esse projeto encontra-se em tramitação
no país e já foi incorporado à legislação de muitos estados (BARBOSA, 2015).
A demanda pela presença do assistente social nas instituições de ensino
decorre da compreensão de que esses profissionais possuem conhecimentos e
habilidades específicas para lidar com as demandas sociais, emocionais e
educacionais dos estudantes e suas famílias. A atuação do assistente social na
educação contribui para a promoção da inclusão, garantia de direitos, prevenção do
abandono escolar, enfrentamento das desigualdades e fortalecimento dos processos
de aprendizagem (CARVALHO, 2016).
A atuação do assistente social no contexto educacional tem se tornado cada
vez mais relevante diante das demandas e desafios presentes nas escolas como
política pública. Conforme aponta Moreira (2013), o profissional de Serviço Social
23

lida com diversos temas no campo da educação, os quais são demandas


recorrentes nas escolas. Questões como baixa frequência e evasão escolar,
violência, precarização das condições socioeconômicas e culturais das famílias,
entre outros, estão presentes no cotidiano das instituições de ensino em geral, e têm
sido alguns dos principais motivos que levam à solicitação da intervenção do
assistente social.
O assistente social, com sua formação e expertise, pode contribuir de forma
significativa para enfrentar esses desafios, esteve junto aos alunos, famílias e
equipe escolar. Sua intervenção visa promover a garantia de direitos, o acesso à
educação de qualidade, a prevenção da evasão e superação das desigualdades
sociais (MOREIRA, 2013).
Dessa forma, Mascarenhas (2021) aponta que a presença do assistente
social no ambiente escolar possibilita uma identificação e enfrentamento das
problemáticas sociais que interferem no processo educacional. Além disso,
promover a articulação com outros profissionais, instituições e políticas sociais,
visando a construção de uma educação mais inclusiva, participativa e democrática.
Com base nos princípios éticos, teóricos e formativos do Serviço Social,
enfatizamos a cultura da atuação desse profissional na área da educação, indo além
de demandas conservadoras e assistenciais. Nesse sentido, é possível desenvolver
um trabalho de formação com os alunos no ambiente escolar, adotando uma
perspectiva crítica que contribua para sua formação humana, bem como para a
comunidade escolar como um todo (MASCARENHAS, 2021).
Martins (2012) destaca os impactos do contexto contemporâneo na política
educacional, que tem priorizado metas defendidas por organizações internacionais e
enfrentado as consequências das reformas no setor. A autora ressalta que o Serviço
Social tem sido solicitado para atuar em diversas esferas educacionais, como redes
municipais de ensino, institutos federais, universidades e educação
profissionalizante.
No contexto dessas requisições, o Serviço Social tem desempenhado um
papel fundamental na identificação e enfrentamento das demandas sociais
presentes nas instituições educacionais. A atuação do assistente social na educação
vai além do caráter assistencial, buscando promover a garantia de direitos, a
inclusão social e o desenvolvimento integral dos estudantes. Por meio de
metodologias e práticas específicas, o assistente social contribui para a
24

compreensão das condições de vida dos estudantes, a identificação de possíveis


vulnerabilidades e o enfrentamento de situações de exclusão, violência e
desigualdade (FRIZZO; CARVALHO, 2018).
Dentre as atribuições do assistente social na educação, destacam-se a
articulação com a comunidade escolar, a promoção da participação e protagonismo
dos estudantes, o desenvolvimento de programas e projetos socioeducativos, a
intervenção em casos de violação de direitos, a orientação e apoio às famílias, bem
como a articulação com outras políticas sociais e instituições. Resta claro que:
As requisições postas para os assistentes sociais nestes espaços
sócio-ocupacionais estão relacionadas à garantia de acesso e permanência
das classes empobrecidas no circuito da escolarização, principalmente
relacionadas às situações referentes às expressões da questão social e
àquelas pertinentes as relações sociais estabelecidas no ambiente escolar e
seu entorno (REIGOTA, 2017)

Vê-se que o papel do assistente social na área da educação tem sido


fortalecido, especialmente por meio de programas de permanência e assistência
estudantil, que buscamos desenvolver ações coletivas em equipes interdisciplinares
das instituições escolares. Essas ações visam promover a intersetorialidade das
políticas sociais, com o objetivo de garantir uma educação inclusiva e de qualidade
para todos os estudantes (LOPES, 2018).
Para Lopes (2018) os assistentes sociais exercem suas atividades de acordo
com suas atribuições de autoridade e competências profissionais em lei. Sua prática
não tem o propósito de substituir as ações dos professores, mas sim de somar-se a
essa categoria profissional, desenvolvendo atividades conjuntas que estejam no
âmbito de sua especificidade.
Assim, o assistente social na educação pode atuar em parceria com os
membros da comunidade escolar, promovendo um processo reflexivo que envolve a
percepção da vida social, individual e das condições sociais e históricas que
permeiam a sociedade. Essa atividade possibilita a politização em torno de diversos
temas que atravessam o ambiente escolar e social (LOPES, 2018).
Ao trabalhar com a comunidade escolar, o assistente social tem a
oportunidade de promover a conscientização e a reflexão crítica sobre questões
sociais relevantes, como desigualdades, violência, exclusão social, gênero,
raça/etnia, entre outras. Por meio de sua atuação, é possível mobilizar processos
reflexivos que contribuem para a construção de uma consciência coletiva e para a
25

transformação das relações sociais no ambiente escolar e na sociedade como um


todo (COSTA et al., 2014).
Compreendemos que os assistentes sociais desempenham um papel
fundamental no debate dos temas transversais na escola, como Ética, Saúde, Meio
Ambiente, Diversidade e Orientação Sexual, Trabalho e Pluralidade Cultural,
conforme aprovado pelos Parâmetros Nacionais Curriculares em 2002. Esses
Dentre os temas, o meio ambiente escolar destaca-se como uma questão
transversal que deve ser abordada no ambiente escolar, e isso representa uma das
potencialidades do trabalho da equipe interdisciplinar na qual o assistente social está
inserido (COSTA et al., 2014).
Os assistentes sociais podem contribuir significativamente para a
implementação desses temas transversais na escola, envolvendo toda a
comunidade educativa. Isso pode ser realizado por meio de atividades coletivas,
oficinas, reuniões com a equipe e participação no planejamento em conjunto com os
professores e demais profissionais (BARBOSA, 2015).
Barbosa (2015) destaca que os assistentes sociais têm desempenhado um
trabalho socioeducativo no ambiente escolar, confiantes para a reflexão dos temas
em questão junto à comunidade escolar. Essa atuação visa promover a
conscientização, a sensibilização e a participação ativa dos estudantes, professores,
funcionários e famílias em relação a essas temáticas.
Assim, os assistentes sociais podem auxiliar na construção de um ambiente
escolar mais inclusivo, diverso e comprometido com a promoção da cidadania e da
sustentabilidade ambiental. Ao estimular a reflexão crítica, o respeito à diversidade e
o engajamento social, eles criaram para o desenvolvimento integral dos estudantes
e para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável (MASCARENHAS,
2021).
Mascarenhas (2021) aponta os eixos de atuação do assistente social na
escola, ressaltando a dimensão socioeducativa inerente à profissão. Essa dimensão
é coerente com o projeto ético-político da profissão, que busca um trabalho
socioeducativo com um caráter emancipatório, negando uma abordagem
disciplinadora e conservadora. O assistente social integra a equipe interdisciplinar
nas escolas e participa do trabalho coletivo voltado para a construção e efetivação
do Projeto Político-Pedagógico (MARTINS, 2012).
26

Nesse sentido, os assistentes sociais têm a capacidade de contribuir para o


processo de planejamento e revisão do Projeto Pedagógico da Escola, uma vez que
uma de suas atribuições é prestar assessoria na elaboração de planos, programas e
projetos sociais, conforme estabelecido pela Lei de Regulamentação da profissão.
Sua presença na equipe interdisciplinar fortalece a perspectiva da educação como
um processo coletivo e participativo, no qual diferentes saberes e atores são
considerados (MASCARENHAS, 2021).
Ao atuarem nesses contextos, os assistentes sociais podem promover uma
reflexão crítica acerca das demandas sociais presentes na escola, como a violência,
a precarização das condições socioeconômicas das famílias e a evasão escolar.
Além disso, eles podem colaborar no desenvolvimento de ações coletivas que
buscam superar esses desafios, fomentando uma educação mais inclusiva e
comprometida com a formação integral dos estudantes (NASCIMENTO et al., 2017).
É essencial enfatizar a necessidade urgente de incorporar a Educação
Ambiental de maneira oficial no Projeto Pedagógico (PPP) das escolas,
assegurando assim sua abordagem normativa no ambiente escolar, além das
documentações e legislações que norteiam a educação no Brasil. Reconhecemos a
importância de tratar a Educação Ambiental nas escolas de forma transversal,
integrando diferentes áreas de conhecimento e envolvendo os diversos atores da
comunidade escolar (NASCIMENTO et al., 2017).
No entanto, Pereira et al., (2020) afirma que é essencial que sejam ações
sistemáticas e induzidas para atender às demandas ambientais no contexto escolar.
Nesse sentido, nossa hipótese é que uma equipe profissional interdisciplinar mais
ampla pode contribuir para enfrentar essa problemática. A inclusão da temática
socioambiental no projeto político-pedagógico das escolas é um grande desafio que
ainda enfrenta obstáculos para sua efetivação. Esses obstáculos podem incluir a
falta de recursos e a necessidade de uma compreensão mais abrangente por parte
dos professores em relação a essa temática, que deve ser tratada de forma
transversal, conforme os Parâmetros Nacionais Curriculares.
A equipe técnica, especialmente com a inclusão dos Assistentes Sociais na
escola, desempenha um papel fundamental na formulação de estratégias
alternativas para a incorporação da Educação Ambiental na educação formal. Isso
pode incluir a realização de oficinas de formação, apresentação de vídeos e criação
de cartilhas envolvendo a comunidade escolar, estudantes, professores e também
27

as instituições da comunidade, em uma abordagem intersetorial em conjunto com a


rede de políticas sociais (PEREIRA et al., 2020).
É fundamental que a Educação Ambiental seja conduzida de forma crítica e
transformada no ambiente escolar, desde sua integração no Projeto Político-
Pedagógico (PPP) até a execução de atividades contínuas e permanentes.
Ressalta-se a importância de compartilhar o PPP na escola, divulgando-o para
ampla compreensão e engajamento dos indivíduos no seu desenvolvimento,
incentivando a participação ativa dos atores sociais envolvidos (SALVADOR, 2018).
Silva (2013) enfatiza a atuação dos Assistentes Sociais na área da Educação
Ambiental, destacando que a profissão vem se inserindo cada vez mais na gestão
ecológica, com foco nas atividades de educação ambiental, as quais exercem um
papel central no conjunto de ações nesse âmbito.
Nessa perspectiva, a atuação do assistente social tem contribuído para o
trabalho educativo voltado à formação de valores e de uma cultura ambientalista,
visando à preservação da natureza. Dessa forma, compreendemos que o/a
Assistente Social também é um dos profissionais demandados para lidar com as
questões socioambientais de maneira transformadora e crítica, conforme sua
formação profissional e as exigências do mercado de trabalho. Conforme destaca
Silva (2010, p. 150), a educação ambiental vai além da simples implementação de
ações socioambientais, ela possui uma perspectiva emancipatória (SILVA, 2013).
Assim, o/a Assistente Social tem a possibilidade de atuar na construção de
processos educativos que promovem a conscientização e a participação dos sujeitos
sociais na busca por soluções sustentáveis para os desafios ambientais. Essa
abordagem emancipatória busca não apenas transmitir conhecimentos sobre
questões ambientais, mas também estimular a reflexão crítica, o protagonismo e a
ação coletiva, possibilitando a transformação das relações sociais e a construção de
uma consciência ambiental consciente e responsável (PENELUC et al., 2018).
Dessa forma, na área da Educação Ambiental, encontramos um campo de
batalha frente às questões ecológicas, onde os assistentes sociais podem exercer
um papel crítico ao entender o caráter de classe e os elementos inerentes ao modo
de produção capitalista, que fomentam uma relação de exploração e destruição da
natureza em busca de lucros (MOREIRA, 2013).
Nesse contexto, ter uma base teórica sólida possibilita uma compreensão
crítica da realidade em que estamos inseridos, permitindo identificar os fundamentos
28

dos problemas ambientais no contexto atual e desenvolver respostas através da


atuação na Educação Ambiental. Sendo assim, os assistentes sociais têm o
potencial de contribuir tanto para o debate teórico acerca das questões ambientais
quanto para a implementação de ações de Educação Ambiental em diversos
espaços, incluindo o ambiente escolar. Sob uma perspectiva crítica, os assistentes
sociais podem mobilizar os conhecimentos da profissão e estabelecer conexões
entre as dimensões sociais, incapacitantes e ecológicas, com o objetivo de sustentar
processos educativos que promovam conscientização, apoio social e transformação
das relações de exploração e destruição ambiental (MOREIRA, 2013).
Por meio de estratégias educacionais participativas e emancipatórias, eles
podem envolver alunos, educadores e comunidade escolar na reflexão sobre os
efeitos socioambientais e na busca por soluções ponderadas. Entretanto, essa
atuação não está livre de desafios que vão além de uma visão simplista da realidade
social, superando as relações autoritárias presentes na educação ambiental. O
Serviço Social, ao se inserir nesse campo, precisa se capacitar para enfrentar os
desafios da prática profissional e oferecer respostas qualificadas às demandas de
trabalho (LOPES; ABÍLIO, 2019).
Silva (2013) enfatiza alguns desses desafios, como o empoderamento de
sujeitos coletivos, a construção de parcerias com os usuários dos serviços e o
fortalecimento das lutas sociais. Nesse sentido, resistiu que a inclusão do Serviço
Social na Educação Ambiental estimulou o desenvolvimento de uma consciência
ecológica e socialmente crítica, assim como de uma cultura política baseada nos
princípios da autonomia e autodeterminação dos indivíduos na busca pela satisfação
de suas necessidades.
A atuação do assistente social na Educação Ambiental está tratada para essa
perspectiva de formação de indivíduos que transformam a história, estabelecendo
uma relação com a natureza que ultrapassa a apropriação privada e garante ampla
participação dos sujeitos envolvidos. É fundamental que os assistentes sociais
sejam agentes de mudança e promovam práticas que fomentem a reflexão crítica
acerca das questões socioambientais, incentivando a participação ativa das pessoas
no processo educativo (SALVADOR, 2018).
Além disso, é crucial que os profissionais atuem de maneira interdisciplinar,
estabelecendo conexões e colaborações com outros especialistas, tais como
educadores, gestores escolares e membros da comunidade. Isso visa à construção
29

coletiva de conhecimentos e iniciativas que fomentem a sustentabilidade ambiental e


social (SALVADOR, 2018).
As áreas de atuação do Serviço Social na Educação Ambiental estão à
administração e coordenação de projetos e políticas ambientais, organizações
ecológicas, desenvolvimento de atividades pedagógicas e educacionais,
engajamento comunitário e trabalho no contexto dos Conselhos de Meio Ambiente,
entre outras. Essas áreas também podem ser integradas no ambiente escolar, em
colaboração com a equipe profissional, através do desenvolvimento de atividades
pedagógicas de caráter educativo e orientador, apoiadas por um conjunto de
conhecimentos e competências que embasam a profissão do Serviço Social
(OLIVEIRA, 2013).
Salvador (2018) ressalta ainda que o assistente social nas escolas pode abordar
vários temas relacionados à Educação Ambiental, como: impactos ecológicos; a
questão ambiental na atualidade e sua conexão com a educação ambiental;
desenvolvimento de consciência ambiental e socialmente crítica; processos de
preservação e gestão pública dos recursos naturais; controle social, participação e
organização política nos órgãos reguladores da política ambiental; envolvimento dos
indivíduos afetados pelos efeitos ambientais; desafios da realidade socioambiental
nas comunidades; e o papel da escola nesse cenário.
30

6 CONCLUSÃO

Diante da complexidade dos desafios socioambientais que enfrentamos


atualmente, o papel do Serviço Social na promoção da Educação Ambiental se torna
ainda mais relevante. O Serviço Social, como profissão sentida para a promoção do
bem-estar social e da justiça, possui um potencial transformador que pode contribuir
para a conscientização ambiental e para a construção de uma sociedade mais
sustentável.
Através de uma abordagem crítica e reflexiva, o Assistente Social pode atuar
como agente de mudança, engajado na promoção da Educação Ambiental em
diferentes contextos. Nas escolas, por exemplo, o Assistente Social pode
desenvolver projetos e atividades que estimulem a consciência ambiental dos
alunos, promovendo ações de preservação do meio ambiente, sensibilizando para a
importância da sustentabilidade e incentivando a participação ativa na resolução de
problemas ambientais.
Além disso, o Serviço Social pode atuar em outros espaços, como
organizações não governamentais, movimentos sociais, empresas e comunidades,
buscando ações articuladas que promovam a educação ambiental de forma crítica e
participativa. O Assistente Social pode fomentar uma reflexão sobre as
desigualdades sociais e ambientais, buscando formas de superar essas injustiças e
construir relações mais equitativas e amorosas.
Nesse sentido, a atuação do Serviço Social na Educação Ambiental envolve
não apenas a transmissão de conhecimentos sobre questões ambientais, mas
31

também o estímulo à participação social, o fortalecimento da cidadania e o


enfrentamento das desigualdades socioambientais. É necessário que o Assistente
Social esteja capacitado e atualizado em relação às questões ambientais, para que
possa atuar de forma consciente, crítica e engajada.
Para que a Educação Ambiental promovida pelo Serviço Social seja efetiva, é
fundamental uma abordagem interdisciplinar, que envolva profissionais de diferentes
áreas, valorizando o diálogo, a troca de saberes e a construção coletiva do
conhecimento. A parceria com outros profissionais, como biólogos, geógrafos,
sociólogos, entre outros, amplia as possibilidades de intervenção e enriquece a
abordagem da Educação Ambiental.
Em suma, o Serviço Social desempenha um papel relevante na promoção da
Educação Ambiental, esteve de forma crítica, transformada e comprometida com a
justiça social e ambiental. Por meio da conscientização, da participação social e da
busca por relações mais equilibradas entre o homem e a natureza, o Serviço Social
pode contribuir para a construção de uma sociedade mais sustentável, onde os
direitos humanos e a preservação do meio ambiente sejam efetivamente valorizados
e protegidos.
32

REFERÊNCIAS

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