Planejamento na prática: O que os contos de fadas nos ensinam
sobre planejar Marcos Kayser
As metáforas de como aplicar o planejamento na prática estão em todos os lugares. Você
já reparou? Os contos de fadas são exemplo disso. Sei que aquela expressão que fala “a vida não é um conto de fadas” faz sentido, mas eles existem há muito tempo e são metáforas da vida real. Mas, basicamente, nós podemos aprender tudo o que é mais importante a partir dos fatos que eles contam. Inclusive, como aplicar o planejamento na prática. Quer ver?
Contos de fadas podem nos ensinar sobre Planejamento na prática?
Exatamente. Eles podem. O Planejamento consiste em mapear e, a partir dele, organizar os passos que se dará em busca de suas metas. Muitas histórias nos permitem acompanhar ações em busca de um casamento com a filha do rei, riqueza ou a própria segurança e integridade física: algo que você pode adaptar à sua realidade para entender, de uma vez por todas, que não existe resultado sem se planejar. Os contos de fadas são verdadeiras aulas de como aplicar o planejamento na prática.
Os três porquinhos: sobre não conseguir arruinar o que está solidificado.
A história dos três porquinhos é um exemplo clássico da aplicação do planejamento na prática. Mostra que planejar é essencial para ter segurança e solidez. Ao empreender uma ideia, você precisa analisar: 1) onde está 2) onde quer chegar 3) quais ações te levarão lá Os três irmãos porquinhos precisavam construir suas casas. O que era primordial para cada um na execução deste trabalho? Bem, você já conhece a história. Mas o que ela ensina sobre planejamento na prática? Vamos por etapas:
- Casa de palha: Tudo o que não é planejado desmorona com um sopro
O primeiro irmão construiu uma casa de palha. Ele acreditava ser o mais esperto, fazendo a casa rapidamente para conseguir terminar logo com o trabalho chato. Não planejou coisa alguma e executou a tarefa sem estabelecer prioridades, metas ou um método sequer. O local era frágil e ele não se deu conta disso, porque ele não projetou uma casa que oferecesse segurança. Quando o lobo predador veio, ele foi o primeiro a ter sua casa destruída. A falta de planejamento (ações seriadas focadas em resultado) fez com que a casa dele fosse destruída com um sopro.
- Casa de madeira: Todo o mal planejado também vai ruir facilmente
O segundo irmão construiu a casa de madeira. Este foi um pouco esperto, mas não levou em consideração todos os pontos que deveria para garantir sua segurança. Esta é uma metáfora do Planejamento mal feito: quero empregá-la para falar sobre o professor que não sabe para onde vai. Ele sabe que não pode fazer um trabalho que seja “uma casa de palha”. Mas ele não sabe para onde deve ir. Ao se perder na decisão sobre qual rumo tomar, as coisas começam a dar errado e… Pow! A casa de madeira foi a segunda a ser destruída. Isso é para que você entenda que tudo o que é mal planejado também vai ruir facilmente.
- Casa de alvenaria: Planejar exige esforço, mas, dá resultado
O terceiro irmão porquinho construiu sua casa de alvenaria. Trabalhou mais, pensou em todos os detalhes e planejou tudo: ele faria mais esforço, mas sua meta era ter segurança, tranquilidade e conforto. Algo importante para ele. O que ele tinha: força de trabalho, tempo para trabalhar e materiais para construir uma casa de alvenaria. Qual era a meta: ter uma casa segura e confortável. Como ele alcançaria a meta: empregando mais tempo, dinheiro e trabalho que seus irmãos na construção da casa. Resultado: Terminou abrigando todos os irmãos na casa de alvenaria, a única que não foi destruída. A metáfora é simples de ser compreendida: Um sopro não consegue destruir aquilo que foi feito a partir de um bom planejamento e, portanto, está firme e solidificado.
João e Maria: pensar estrategicamente e não ter um planejamento eficaz é
perda de tempo Alguma vez, você já se perguntou o que teria acontecido se João e Maria tivessem feito uma trilha com pedrinhas? Por pensar estrategicamente, João não comeu o pedaço de pão dado pelo pai: despedaçou e usou as migalhas para marcar o caminho que o levaria de volta para casa. Mas os pedaços de pão que trilhavam o caminho seriam facilmente comidos pelos animais. Esta situação pode acontecer como você: se você pensa estrategicamente, mas não executa um bom planejamento, com análise e mapeamento com o que conta no momento, é provável que você não alcance os resultados que gostaria. Exatamente como João que, se tivesse feito uma análise adequada para alcançar seu objetivo, teria feito a história ser um pouco diferente.
O Gato de Botas: a importância das ações coordenadas com foco em
resultados Este não é, talvez, o melhor exemplo de todos, porque se trata de uma história com personagens, no mínimo, gananciosos. Mas vale a pena o olhar especial em virtude do conjunto de ações coordenadas em busca de um objetivo e a eficácia delas. O Gato de Botas conta a história de um gato herdado que foi desprezado pelo seu dono. O dono não sabia que se tratava, no entanto, de um gato mágico – tinha o poder de se comunicar com os humanos e uma incrível capacidade estratégica. Ele pediu um par de botas e traçou um plano para fazer seu dono uma pessoa muito rica: só assim poderia provar que, ao contrário do que o dono pensava, ele não era mais um animal doméstico como os demais. O que ele tinha: Um plano, botas e a capacidade de conversar com humanos. Qual era a meta: queria não ser desprezado pelo dono. Como faria isso: transformaria o dono em um homem importante ao casá-lo com a filha do rei. Ações do Planejamento: - O gato inventou que seu dono era um Marquês muito importante. Naquele tempo, o rei não teria como conhecer todos os nobres que viviam ao redor. - Matou vários animais e presenteou o rei em nome de seu dono. Para demonstrar amizade, pois isso faria com que o rei simpatizasse com ele. - Armou uma emboscada durante um passeio do rei. Fez o dono tirar as roupas para entrar em um lago e simular um roubo. O rei se comove e lhe dá roupas finas. - Ficam amigos e ele passa a frequentar jantares do rei. A filha do rei se apaixona por ele e se casam. O objetivo? Ele ficou rico
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