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RESENHA ANALITICA DO “REGIONAL-GLOBAL: DILEMAS DA REGIÃO E DA

REGIONALIZAÇÃO NA GEOGRAFIA CONTEMPORÂNEA” E O PANTANAL


ENTRE PALAVRA E IMAGEM: DIFERENTES LINGUAGENS NA CONSTRUÇÃO
DE UMA PAISAGEM

Disciplina: Tópicos Especiais de Geografia

Prof(a) Dr° Claudia Marques Roma

Aluno: Jeferson Cordeiro Vieira (UFGD/FCH), orientado pela Prof° Dr° Maria José
Martinelli Silva Calixto (UFGD/FCH)

O texto de “Por uma outra regionalização: A região como Artefato”,


complementa bastante o entendimento do terceiro texto “O Pantanal Entre Palavra E
Imagem: Diferentes Linguagens Na Construção De Uma Paisagem”, ainda que o
segundo texto não tenha a intensão imediata de levantar as discussões acerca do tema da
regionalização e do conceito de região, é possível identificar na leitura pontos que foram
trabalhados anteriormente no texto de Haesbaert.

Para entendimento da região, Haesbaert, entende está, “não simplesmente como


“fato” (concreto), um “artifício” (teórico) ou um instrumento de ação, mas da região
como “artefato”, tomada na imbricação entre fato e artifício e, de certo modo, também,
enquanto ferramenta política”. Desta forma quando nos deparamos com as leituras
espaciais feitas sobre o Pantanal, suas várias formas de entendimento, este se revela em
uma região, produto-produtora de processos de diferenciação espacial, seja natural pelas
diversas composições que formam a natureza exuberante do Pantanal, seja pelas criadas
pelos homens que compõem e desempenham papel fundamental no entendimento do
espaço e de suas contradições.

Assim como este, Pantanal, também se apresenta como construído, a partir dos
diferentes sujeitos sociais atuam direta ou indiretamente naquele espaço, atuando
historicamente naquele local e das variais construções imagéticas que são divulgadas
pelos vários agentes que possuem interesses nesse local. Principalmente nos interesses
globais (capitalistas) que tentam mercantilizar o Pantanal, a todo custo (humano ou
ambiental) para inserir nas lógicas capitalistas, dentro de outras dinâmicas que
globalizam e fragmentam, em articulações regionais que atuam dentro do espaço
geográfico.

O Pantanal, passou por varias ocupações, assim como diversas formas de


apropriação dos seus recursos (várias atividades econômicas), e assim como em muitos
lugares do mundo a globalização e a técnicas, nos seus devidos tempos foram sendo
instaladas nesse local, não eliminando umas as outras, mas sendo agregadas as novas
formas de produção e as novas técnicas, produzindo um Pantanal que tem um “arranjo
territorial em que as diversas camadas tempoespaciais se interagem em suas tensões e
diferenças”.

Estes acúmulos temporais, marcam o Pantanal, agregam-lhe características que


são próprias a sua formação, (seu caráter de Arte-fato), “em que o regional é abordado
ao mesmo tempo como criação, autofazer-se (“arte”) e como construção já produzida e
articulada (“fato”)”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

HAESBAERT, Rogério. Regional-Global: dilemas da região e da regionalização na


Geografia contemporânea. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. [p. 109-208]

FERRAZ, Cláudio Benito Oliveira. O Pantanal entre palavra e imagem: diferentes


linguagens na construção de uma paisagem. In: Anais XVI Encontro Nacional dos
Geógrafos Crise, práxis e autonomia: espaços de resistência e de esperanças - Espaço de
Socialização de Coletivos – Porto Alegre, 2010.

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