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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

INFRA-ESTRUTURA: PRINCIPAIS COMPONENTES

Neste capítulo você conhecerá os elementos que compõem a infra-estrutura dos vagões.
Aprenderá também como montar e desmontar seus principais componentes, além dos métodos
usados na inspeção.
Principais componentes
A infra-estrutura compreende a parte inferior do vagão. É composta por:
 Truques;
 Timoneria do truque;
 tirantes do truque;
 barra de compressão;
 alavanca de força;
 triângulo de freio;
 setor de graduação;
 molas;
 Rodeiros;
 rodas;
 rolamentos;
 eixo;
 Sapatas.

TRUQUE

O truque é um componente estrutural do vagão e possui as seguintes finalidades:

 distribuir e transferir o peso do vagão para os trilhos;


 absorver choques;
 propiciar estabilidade e equilíbrio ao vagão.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

NOTA: A FCA trabalha com dois modelos de truques – Ride-Control e Barber Stabilized.
Componentes dos truques

Laterais
 Confeccionadas em aço fundido classe „B‟ (especificação AAR);
 São duas laterais por truque, com guias para encaixe do triângulo de freio tipo „UNIT‟;
 Possuem corrediças para encaixe das travessas centrais, munidas de chapas de
desgaste substituíveis;
 Sobre as chapas de desgaste trabalham as cunhas dos amortecedores.

Travessa central
 Confeccionada em aço fundido classe „B‟;
 Cada truque possui uma travessa central;
 Seu centro de pião tem 305 mm (12”) de diâmetro;
 Existem cavidades nas extremidades para encaixe das cunhas de fricção dos
amortecedores.

Cunhas de fricção
 Confeccionadas em aço fundido e endurecidas nas superfícies de fricção;
 Trabalham encaixadas nas cavidades da travessa central;
 Desempenham a função de manter a travessa central em permanente contato com as
laterais, amortecendo variações de movimento e carga sobre elas.

Molas do truque
 Confeccionadas em aço mola ABNT 5160;
 Altura de 9.1/16”;
 Deflexão de 2.1/2” (tipo D3 AAR);
 Variam em número e forma de arranjo, de acordo com o tipo de truque e de manga do
vagão;
 Possuem a finalidade de amortecer e tirar a rigidez do vagão.

Molas das cunhas de fricção


 Confeccionadas em aço mola;
 Possuem uma mola para cada cunha de fricção nos truques Barber-Stabilized;
 Para cada cunha dos truques Ride-Control existem duas molas;
 Têm a finalidade de atuar nas cunhas de fricção.

Triângulos de freio

Ponto Fixo
Contra Sapata

Ponteira

Triângulos de freio

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 Confeccionados em aço fundido ou em chapas estampadas tipo „UNIT‟;


 Cada truque possui dois triângulos de freio;
 Possuem encaixes nas laterais e atuam nas duas rodas simultaneamente;
 Possuem um apoio na parte central que fica em posição vertical para a montagem da
alavanca de força;
 Em suas extremidades existem:
 contra-sapatas rebitadas ou soldadas;
 chapas de desgaste renováveis, soldadas em furos providos de buchas
cementadas com dureza de 60Hcr.

Sapatas de freio

Sapatas
boas

Sapatas sem
condições de uso

 Possuem parte de atrito com a roda (feita de material não ferroso);


 São encaixadas na contra-sapata do triângulo de freio e fixadas por chavetas de aço;
 São quatro sapatas para cada truque;
 Classificam-se de acordo com o sistema de freio instalado no vagão. Observe:
 verde : alto atrito;
 amarelo: baixo atrito.

Barra de compressão
 Barra de aço com forquilhas (palmatórias) nas extremidades;
 Furação com bucha de aço doce, cementada com dureza de 60 Hcr;
 Interliga e transfere força para o acionamento dos triângulos de freio;
 Existe uma barra de compressão para cada truque.

Alavancas de força
 Confeccionas em chapas de aço de 1‟;
 Possuem três furos com buchas cementadas com dureza de 60 Hcr;
 São duas alavancas para cada truque;
 Têm a função de alavanca de força para o acionamento do triângulo de freio.

Setor de graduação
 Confeccionado em chapa de aço de ½”;
 Formato curvo;
 Furações providas de buchas de aço doce cementado, com dureza de 60 Hcr;
 Há um setor de graduação para cada truque;
 Tem a finalidade de graduar a distância entre a sapata de freio e a roda, devido ao
desgaste sofrido pela sapata.

Pino da timoneria
 Confeccionado em aço baixo carbono;
 Cementado em profundidade de 1 mm e dureza de 60 Hcr;

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 Tem a função de ligar os seguintes elementos:

 tirantes;
 alavancas;
 barra de compressão;
 setor de graduação.

Timoneria do truque
É o conjunto formado pelos seguintes elementos:
 alavancas;
 setor de graduação;
 barra de compressão;
 pinos.

Seleção de pares de laterais

A formação de pares laterais de truques é feita pelo método de marcação, que faz uso de botões
e de intervalos de medida, que servem para classificar a Base Rígida Real (BRR) das laterais.

Elementos para a seleção de pares laterais


 BRN – Base Rígida Nominal: é a distância entre os centros das cadeiras de lateral,
acompanhada de valores numéricos que representam tolerâncias permissíveis;
 BRR – Base Rígida Real: é a distância real entre o centro das cadeiras de lateral, obtida
por meio de medição com precisão e instrumento exigidos;
 Botão: é o ressalto fundido ou soldado na parte externa de uma das extremidades de
cada lateral.

NOTA: A tolerância de fabricação de qualquer lateral é de mais ou menos 3/16” ou 4,8


mm.

A BRR de qualquer lateral deve ficar dentro da faixa de tolerância (Ft) de 3/8” (9,6 mm). Observe
a fórmula:

Ft = BRR Máx – BRR Min = 3/8” (0,375”)

Esta faixa de tolerância de 3/8” é dividida em cinco subfaixas iguais de 0,075” (1,9 mm). A
finalidade dessas cinco subfaixas é permitir o enquadramento de cada lateral em um
determinado lote.

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O enquadramento de uma lateral em uma das cinco subfaixas de tolerância é mostrado por meio
de botões fundidos em uma de suas extremidades.
Esses botões são fundidos na parte externa de uma das extremidades do lateral novo, em local
bem visível. Eles são posicionados verticalmente ou obliquamente, em linha reta e igualmente
espaçados.
A montagem do truque deve conter laterais com o mesmo número de botões ou com diferença
de uma unidade de botão.

NOTA: A Base Rígida de lateral de dois vagões mangas “C” e “D” da FCA é de 5‟2”
(1575mm).

MONTAGEM DE TRUQUES

Existe uma forma de montagem para cada marca de truque. Observe:

Truque Ride-Control

A montagem do truque Ride-Control é feita em dois estágios:


 disposição das cunhas de fricção na travessa central;
 disposição da travessa central nos laterais.

Disposição das cunhas de fricção na travessa central

 Posicione a travessa central na parte de montagem das cunhas;


 Situe manualmente as molas e as cunhas na travessa central;
 Prense as cunhas de fricção contra as molas, fazendo com que entrem no alojamento da
travessa central;
 Trave as cunhas com ferrolhos de aço;
 Alivie a prensa;
 Verifique a distância entre as cunhas de fricção e passe um gabarito em toda a extensão
das cunhas.

Ferrolhos de aço (pino retentor das cunhas de fricção)

Gabarito

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Máquina de montar cunha de fricção Ride-Control na travessa central

Montagem da travessa central nos laterais

 Posicione a travessa central na máquina de montagem do truque com as cunhas


travadas nas bolsas;
 Ponha os laterais e os triângulos de freio, montando as molas do truque;
 Acione o atuador pneumático da máquina. Para isso, alivie a pressão das molas de
fricção e retire os pinos retentores (grampos de trava);
 Coloque a travessa em posição com os elementos de fricção previamente montados;
 Levante a lateral de modo que a abertura larga, na parte inferior da janela, fique em
alinhamento horizontal com as guias externas da travessa;
 Empurre a lateral sobre a extremidade da travessa até que a linha do centro „A‟ das guias
da travessa coincida com a linha de centro „A‟ do lateral;
 Levante a travessa e coloque as molas do truque na bandeja do lateral.

Posicionamento das laterais e da travessa central

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Montagem das molas do truque

Após o alívio de pressão dos atuadores pneumáticos é necessário retirar os pinos retentores.
Isso permite que as cunhas de fricção entrem em contato com o lateral.

Truque Barber

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 Encaixe as cunhas de fricção;


 Introduza os grampos de fixação para travar as cunhas nas respectivas bolsas;
 Monte as extremidades da travessa central na abertura inferior de ambas as laterais;
 Levante a travessa central, coloque as molas de suspensão do truque e a mola das
cunhas de fricção sobre os assentos guia das laterais;
 Desça a travessa central sobre as molas e assegure-se de que estão corretamente
posicionadas nas guias existentes na lateral;
 Remova os grampos de fixação das cunhas.

A folga máxima entre o lateral e a travessa central é soma das folgas A e B. Essa soma não
deve exceder a 1.1/8‟, tanto para truques manga „C‟ quanto „D‟.

ATENÇÃO: Deve-se colocar o truque já montado sobre os rodeiros, mantendo a tolerância de


altura das rodas.

TOLERÂNCIA ENTRE DIÂMETROS DE RODAS


No mesmo rodeiro No mesmo Entre
truque truques
½ tape no perímetro ½" 1"
1,59 mm no diâmetro 12,7 mm 25,4 mm

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INSPEÇÃO E RECUPERAÇÃO DE COMPONENTES DO TRUQUE

Conheça passo a passo os procedimentos de inspeção dos componentes dos truques.

Laterais

 As chapas de desgaste da coluna do lateral devem ser substituídas quando atingirem o


desgaste de 1/8”;
 As soldas trincadas devem ser refeitas;
 As chapas de desgaste devem ser soldadas no lateral, preferencialmente no plano
horizontal, usando Eletrodo AWS-7018 e a corrente mais baixa possível;
 A solda deve começar a 2” da extremidade da chapa de desgaste, prosseguindo até o
final e enchendo a cratera que se formar no fim do filete;
 Não é necessário o preaquecimento do lateral ou da chapa;
 A solda deve ser bem acabada, homogênea, livre de bolhas de gás ou de outras
inclusões.

Chapa de desgaste da coluna do lateral Lide-Control

O empeno da chapa não deve exceder a 0,63 mm (0,025”).

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Chapa de desgaste coluna do lateral Barber

O empeno da chapa não deve exceder a 0,63 mm (0,025”).

 Recondicione (com solda) a superfície „B‟ para reconstituir a dimensão de 5/8”, desde
que a superfície não desgastada “D” for igual ou menor que 7”;
 Recondicione (com solda) a superfície „C‟ para reconstituir a dimensão de 3/8”, desde a
superfície „E‟ não esteja desgastada;
 Esmerile as superfícies „B‟ e „C‟ até que fiquem lisas.

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Chapa de desgaste do pedestal para caixa de rolamento

Atingirá seu limite de uso quando apresentar um desgaste de 1/8” nas superfícies de contato.

Quando necessário o assento da chapa de desgaste deve ser preenchido com solda. As
superfícies precisam ser esmeriladas para recompor a base plana de montagem da chapa de
desgaste, observando-se o tipo de manga.

Os pedestais devem ser recondicionados com soda nas seguintes ocasiões:

 caso as dimensões „A‟ ou „B‟ forem iguais ou menores que os respectivos valores
indicados na tabela;
 caso a dimensão „C‟ for igual ou maior que os valores indicados na tabela.

RECONSTITUIÇÃO DA LARGURA DO TETO E DAS PERNAS VERTICAIS DA


ARMAÇÃO LATERAL
Dimensão "B" ou
Dimensão "A" ou Dimensão "C" ou
Dimensão da manga menor perna interna
menor maior
ou externa
5" x 9" 4 11/16" 3 3/16" 9 1/8"
5 ½" x 10" 5 7/16" 3 5/16" 10 1/8"

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Depois de reparadas e esmeriladas, a superfície „A‟ e a dimensão „D‟ de um lado com a


dimensão „D‟ do outro lado, não deverão diferir mais que 1/16‟, usando o gabarito.

Teto de pedestal não provido de chapa de desgaste

NOTA: A concavidade do teto não deve exceder a 1/16”.

Caso a superfície do pedestal esteja fora de esquadro em mais de 1/16”, ela deverá ser
comparada e conferida com o auxílio de um esquadro. O teto do pedestal pode ser reparado
aplicando-se a chapa de desgaste, somente se a medida de desgaste vertical for igual ou menor
que 3/16”.

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O relevo representa o limite de desgaste permitido no teto. A reparação é feita por meio da
esmerilhação total da superfície plana do teto do pedestal.

A aplicação da chapa de desgaste deve seguir as seguintes especificações:

 1/8” no mínimo;
 3/16 no máximo.

Deve-se manter a dimensão apropriada desde a chapa até o furo da chaveta retentora dos
mancais. Após a aplicação da chapa do teto, é necessário examinar a sua dimensão até o furo
da chaveta.

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As chapas de desgaste das guias dos triângulos da lateral devem ser substituídas nas seguintes
situações:

 quando atingirem um desgaste de 3/32 na espessura;


 quando a abertura atingir 1.13/16”.

Triângulos de freio

Eles devem ser reparados quando


apresentam:

 empenos;
 trincas;
 desgaste;
 falta de buchas.

As chapas de desgaste das


extremidades devem ser substituídas
sempre que o desgaste atingir a
3/32”.

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Travessa central do truque

As chapas de desgaste para bolsas das cunhas de fricção Ride-Control deverão ser substituídas
quando atingirem o desgaste de 1/8”. A solda deverá ser refeita se estiver trincada.

Essas chapas são soldadas na travessa por meio de eletrodo AWS-E-7018 e a corrente elétrica
deve ser a mais baixa possível. A solda tem que ser bem acabada, homogênea e livre de bolhas
de gás e outras inclusões.

As corrediças da travessa central Ride-Control devem ser


recondicionadas em caso de desgaste. Portanto, deverá ser
feito um enchimento de solda.

A superfície soldada deverá ser esmerilada para recompor a


base plena, de acordo com as medidas especificadas para
cada manga.

LIMITE DE DESGASTE DAS CORREDIÇAS DA TRAVESSA CENTRAL


RIDE-CONTROL
LIMITE DE
RECONDICIONAR
DIMENSÃO DESGASTE DIMENSÃO DIMENSÃO
ATÉ "A" +1/8" -
DA MANGA DIMENSÃO "B" "C"
1/8"
"A"
5"x9" 8.1/2" 8" 1.1/2" 1.1/2"
5.1/2"x10" 8.1/2" 8" 1.1/2" 1.1/2"

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Desgastes da superfície vertical da bolsa de fricção da travessa central Ride-Control devem ser
eliminados da seguinte forma:

 a superfície vertical „F‟ deve ser recondicionada com enchimento de solda;


 a solda deve ser esmerilada e polida para permitir a aplicação da régua de conferência;
 a superfície plana deve ser recomposta obedecendo-se as medidas especificadas.

LIMITE DE DESGASTE DA SUPERFÍCIE VERTICAL DA BOLSA DE


FRICÇÃO – RIDE-CONTROL
RECONDICIONAR ATÉ
LIMITE DE DESGASTE
DIMENSÃO DA MANGA "F"
DIMENSÃO "F"
+1/8" -1/16"
5"x9", 5.1/2"x10" 12.1/4" 12.13/16"

NOTA: Atingido o limite „F‟ as superfícies serão recondicionadas.

Bolsa da cunha de fricção da travessa central Barber sem chapa de desgaste

As superfícies de fricção inclinadas devem ser recondicionadas quando a dimensão „D‟ for igual
ou menor a 7.1/2”. Para isso, deve – se fazer um enchimento de solda.

A solda tem que ser esmerilada e polida para permitir a aplicação do gabarito de conferência,
que deverá ser apoiado na superfície „F‟, e a régua colocada sobre o assento das molas.

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LIMITE DE DESGASTE DAS CORREDIÇAS DA TRAVESSA CENTRAL – RIDE-


CONTROL

DIMENSÃO DIMENSÃO DIMENSÃO DIMENSÃO DIMENSÃO DIMENSÃO


DA MANGA "D" "E" "G" "H" "I"

5"x9" 7.1/2" 1.1/2" 3.3/8" 1.7/16" 1.5/8"

5.1/2"x10" 7.1/2" 1.3/4" 3.3/8" 1.7/16" 3"

Superfície inclinada de fricção Barber

NOTA: Quando o desgaste alcançar ¼”, ele deverá ser recondicionado com solda
esmerilada para permitir a aplicação do gabarito.

Bolsa da cunha de fricção da travessa central Barber com chapa de desgaste

Caso as bolsas das cunhas de fricção da travessa central sejam providas de chapas de
desgaste, elas deverão ser substituídas quando o desgaste atingir 1/8”.

ATENÇÃO: As soldas das chapas que apresentarem trincas deverão ser trocadas.

As chapas de desgaste deverão ser fixadas à travessa por solda eletrodo AWS-E-7018 e em
corrente mais baixa possível. Não é necessário o preaquecimento da travessa ou da chapa. A
solda deve ser bem acabada, homogênea e livre de bolhas de gás ou outras inclusões.

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Cunhas de fricção

Cunha de fricção Barber

Cunha de fricção Ride-Control

Deve ser substituída quando o desgaste atingir o rebaixo indicativo de limite de seu uso ou
quando as superfícies inclinadas apresentarem um desgaste côncavo de 1/16” de profundidade.

IMPORTANTE: estas cunhas de fricção deverão ser substituídas quando o desgaste


atingir os rebaixos indicativos do limite de uso 3/8‟ ou 1/8‟, conforme indica a ilustração:

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Molas do truque

As molas do truque devem ser recarregadas nas seguintes situações:

 quando afetadas por corrosão;


 quebradas;
 quando a sua altura permanente diminuir 5/8”, se comparada à altura livre especificada.

As molas usadas devem ser classificadas por teste de variação de deflexão, com aplicação de
70 libras de pressão, e identificadas por pinturas nas espiras, de acordo com os valores de
classificação. Observe:

 cor branca: deflexão até 5 mm abaixo da resistência especificada;


 cor azul: deflexão até 10 mm abaixo da resistência especificada;
 cor amarela: deflexão até 15 mm abaixo da resistência especificada.

A montagem do truque é feita com molas de mesma cor (mesma classificação de deflexão). As
molas são montadas no truque conforme arranjo por tipo de truque e de manga. Observe:

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TABELA ARRANJO DAS MOLAS DE SUSPENSÃO DO TRUQUE

MANGA
TIPO TRUQUE
B C D

SELF ALLINING MOLA EXT. D2 MOLA EXT. D2

FRICÇÃO
MOLA D2

ROLAMENTO
MOLA D3
MOLAS RIDE-CONTROL
MOLA D3
(SUMITOMO E COBRASMA)

MOLA D2

BARBER (FNV) MOLA D3 MOLA D3

BARBER (NISHA) MOLA D3

Máquina de teste de mola

Timoneira do truque

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A timoneira do truque leva a força da aplicação de freio até as sapatas de freio do vagão por
meio de alavancas de força que acionam os triângulos de freio.

A montagem da timoneira de freio é feita para combinar as furações entre o setor de graduação
e a barra de compressão. Isso permite que a alavanca de força fique completamente recuada e
as sapatas de freio fiquem próximas às rodas, de forma que, ao menor deslocamento da
alavanca de força, as sapatas toquem as rodas e propiciem a frenagem.

Alavanca de força

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Barra de compressão

Setor de graduação

Ampara balanço

Uma folga transversal do vagão em relação ao truque é necessária para que os vagões tenham
boa estabilidade sobre os trilhos e uma adequada inscrição nas curvas da via.

A aferição dessa folga é feita com o vagão posicionado em linha plana. São medidas as folgas
entre as castanhas de amparo balanço (montadas em coxins na travessa central do truque) e a
base de apoio do vagão, situada na travessa do pião do vagão.

A diferença entre as folgas somadas em diagonal deve ser menor ou igual a 3,2mm. Observe:

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Folga Folga A+ D = X
1 A C 3
B + C = Y

X - Y = 3,2
B D mm
Folga Folga
2 4

4,0 a 6,0mm

RODEIRO

É o conjunto de duas rodas e um eixo. Pode conter engrenagens e mancais.

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Roda

É o elemento rolante de sustentação do truque. As Rodas são fixadas ao eixo por meio de
pressão e não é utilizado aquecimento em sua montagem.

Composição das rodas

 Cubo: porção central. É furado para receber o eixo;


 Aro: porção periférica. Transmite a carga ao trilho;
 Disco: porção intermediária.

O aro é constituído pelos seguintes elementos:

 Friso: é o rebordo do aro. Tem a finalidade de garantir o rolamento do rodeiro sobre os


trilhos.
 Passeio ou superfície de rolamento: é a superfície do aro. Mantém contato com o trilho
durante o rolamento da roda.
 Bandagem: face interna ou externa da superfície do aro, limitada pelas superfícies de
rolamento e de concordância com o disco.

bandagem disco

cubo

Aro
Friso

passeioe
m corte

Roda em corte Roda nova

Rodas usadas na FCA

 CD-29: vagões;
 CA-30: vagões;
 CF-36: locomotivas;
 CA-40: locomotivas.

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TIPOS DE RODAS USADAS NA FCA


FURO
TIPO A B C D G L N1 N2 O1 O2 P R1 R2
MÁX.

N+1 N+1, N+1, i+3, i+25, i+25, i+6,


25, i+6,3 i+3,2
,6 6 6 711, 63,5 133, 2 19,1 279, 4 279, 4 168, 3
27,0 30,2 17,5 4 92,1 76,2 196,9
2 min. 4 I- min. 4 4 3 I-
I-0 I-0 I-1,6 min. I-0 I-0 I-6,3 I-3,2
3,2 6,3
CD-29
+1/ +1/1 +1/1 +1/ +1/
+1 +1 +1/4 +1/8
1.1/ 16 6 0,68 6 29.1/ 2.1/2 8 3/4 1 4
1.3/6 5.1/4 11 11 6.5/8 3.5/8 3 7.3/4
16 8 4 min. - min. min. -
I-0 I-0 -1/16 -0 -0 -1/4 -1/8
1/8 1/4

N+1 N+0, N+1, i+3, i+25, i+25,


i+6,3 i+3,2
,6 8 6 63,5 145, 2 19,1 282, 4 282, 4 177,
25,4 34,9 14,3 762 >N1 63,5 225,4
min. 3 I- min. 6 6 8
I-0 I-2,4 I-1,6 I-0 I-0 I-6,3 I-3,2
3,2
CA-30
+1/ +1/3 +1/1 +1/
+1 +1 +1/4 +1/8
16 2 0,56 6 2.1/2 5.23/ 8 3/4 11.1/ 11.1/
1 1.3/8 30 >N1 7 2.1/2 8.7/8
I- 3 min. 32 - min. 8 8
I-0 -1/16 -0 -0 -1/4 -1/8
3/32 1/8

N+1 N+1, N+1, i+3, i+25, i+25, i+3,


i+3,2 f
,6 6 6 914, 63,5 139, 2 19,1 330, 4 330, 4 165, 2
25,4 29,4 14,3 >N1 122,2 42,9 260,4
4 min. 7 I- min. 2 2 1 I-
-0 -0 I-1,6 I-0 I-0 I-3,2 f
3,2 3,2
CF-36
+1/ +1/1 +1/1 +1/ +1/
+1 +1 +1/8 f
16 1.5/3 6 6 2.1/2 8 3/4 4.13/1 8 1.11/1
1,0 0,6 36 5.1/2 >N1 13,0 13,0 6.1/2 10.1/4
2 min. - min. 6 - 6
-0 I-0 -1/16 -0 -0 -1/8 f
1/8 1/8

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N+1 N+1, N+1, i+3, i+3,


i+3,2 i+3,2 i+3,2 f
,6 6 6 63,5 139, 2 25,4 317, 317, 165, 2
25,4 29,4 14,3 1016 >N1 122,2 42,9 252,4
min. 7 I- min. 5 5 1 I-
I-0 I-0 I-1,6 I-3,2 I-3,2 I-3,2 f
3,2 3,2
CA-40
+1/ +1/1 +1/1 +1/ +1/
+1/8 +1/8 +1/8 f
16 1.5/3 6 0,56 6 2.1/2 8 1 12.1/ 12.1/ 4.13/1 8 1.11/1
1 40 5.1/2 >N1 6.1/2 9.15/16
2 3 min. - min. 2 2 6 - 6
I-0 I-0 -1/16 -1/8 -1/8 -1/8 f
1/8 1/8
f = Sobremetal de 1/16" a 3/16"

28
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

Terminologia

1. Roda CD-29
 Diâmetro: 29.1/4”;
 Aplicação: vagões de carga de 1mm de bitola;
 Capacidade de carga: 15 toneladas;
 Desenvolvida pela RFFSA.
NOTA: Substituída pala CD-30.

2. RODA A-30
 Diâmetro: 30”;
 Aplicação: vagões de carga de 1 metro de bitola;
 Capacidade de carga: 15 toneladas;
 Difere da roda CD-29 nos seguintes aspectos:
 diâmetro;
 deslocamento do cubo frente a face do aro da roda;
 espessura do friso 3/16” maior.

3. Roda CF-36
 Diâmetro 36”;
 Aplicação: locomotivas U-20, MX-620, U-5, U-10, U-12, U-13;
 Capacidade de carga: 15 toneladas.

4. Roda E-40
 Diâmetro: 40”;
 Aplicação: locomotivas GM, G-12, G-8, GT; DDM;
 Capacidade de carga: 15 toneladas.

Terminologia das partes da roda

 Cubo: porção central perfurada para receber o eixo;


 Aro: porção periférica que transmite as cargas ao trilho;

29
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

 Disco: porção intermediária limitada pelo arco e pelo cubo;


 Superfície de rolamento: superfície do aro que mantém contato com o trilho durante o
rolamento da roda;
 Friso: rebordo do aro destinado a garantir o rolamento do rodeiro sobre os trilhos;
 Face externa da roda: face oposta ao friso;
 Face interna da roda: face adjacente ao friso;
 Furo da roda: parte vazada do cubo. O furo pode ser:
 bruto: como sai da fundição;
 debastado: com usinagem de ¼” de sobremetal para medida semi-acabada;
 acabado: usinado com medida fina para montagem no eixo.

 Face do cubo: superfície na parte externa ou interna da roda;


 Altura do friso: segmento de reta compreendido pela linha base e pela linha paralela
tangente à geratriz do friso;
 Espessura do friso: segmento da linha base compreendido pelas intercessões com a
linha vertical de referência e a geratriz do aro;
 Diâmetro da roda: medido a partir de uma distância determinada em relação à linha
vertical de referência;
 Projeção do cubo: afastamento dos planos que contém as faces internas do aro e do
cubo;
 Tape: unidade de variação da circunferência correspondente ao cumprimento de 1/8”. O
tape “0” corresponde à circunferência de 84”;
 Marcação: número de identificação da roda com os dados de fabricação. Observe o
esquema:

 Número seqüencial;
 Mês e ano de fabricação;
 Duas letras identificando o fabricante;
 Classe de material conforme a norma
AAR;
 Tipo de roda;
 Tape.

Eixo – vagão

É a parte em que são fixados as rodas e rolamentos.

30
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

31
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

TABELA DIMENSIONAL DOS PRINCIPAIS EIXOS DE VAGÕES UTILIZADOS NA FCA

Cargas
Classificação
admissíveis
A B1 B2 C D E F G H I J K L M N O P R T U V Total
Dimensão da Por
sobre
manga eixo
trilhos

119, 149,
12, 193 38, 115, Má 16 22 177, 157, 136, 768, 1155 1498 112, 1228,
127,0X228,6 100 134,9 36,5 1724 38,1 22,2 47,6
7 ,7 1 9 x. 4.69 5.87 8 1 5 3 ,7 ,6 7 7
15" 5" 14.50
C 64000
119, 149, 0
7/8"
1/2 3.15/ 5.5/1 1.7/1 7.5/ 1.1/ 4.9/1 Mi 14 12 6.3/1 5.3/8 30.1/ 45.1/ 67.7/ 4.7/1 48.3/ 1.7/8
5X9" 7" 59" 1.1/2" (9
" 16" 6" 6" 8" 2" 6 n. 4.69 5.87 6 " 4" 2" 8" 6" 8" "
FIOS)
05" 1"

131, 161,
12, 193 76, 128, Má 86 92 192, 171, 149, 768, 1155 1755 115, 1244,
139,7X254,0 103,2 139,7 44,4 1524 44,4 22,2 47,6
7 ,7 2 6 x. 5.19 6.37 1 4 2 3 ,7 ,8 9 6
15" 5" 18.20
D 80000
131, 161, 0
7/8"
1/2 4.1/1 7.5/ 5.1/1 Mi 84 88 7.9/ 6.3/4 5.7/8 30.1/ 45.1/ 69.1/ 4.9/1 1.7/8
5.1/2X10" 5.1/2" 1.3/4" 3" 60" 1.3/4" (9 49"
" 6" 8" 6" n. 5.19 6.37 16 " " 4" 2" 8" 6" "
FIOS)
05" 1

12, 193 76, 141, Má 144, 177, 177, 185, 163, 768, 1155 1549 1803 1247, 22.70
E 152,4X279,4 114,3 150,8 46 127 49,2 25,4 50,8 100000
7 ,7 2 3 x. 56 8 8 7 5 3 ,7 ,4 ,4 8 0

32
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

5691 7000
5" "
144, 177,
1"
1/2 5.15/ 1.13/ 7.5/ 5.9/1 Mi 54 7 8.1/ 7.5/1 6.7/1 30.1/ 45.1/ 1.15/ 49.1/
6X11" 4.1/2" 3" 61" 71" 5" (8 2"
" 16" 16" 8" 6" n. 5690 6.99 4" 6" 6" 4" 2" 16" 8"
FIOS)
5" 6"

33
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

Terminologia das partes do eixo do vagão

COTA DESCRIÇÃO
J maior diâmetro da parte cônica
I diâmetro da sede da roda
H diâmetro da sede do guarda pó
G diâmetro da manga
F diâmetro da flange/rebaixo topo eixo
E metade parte cilíndrica centro eixo
D sede da roda
C sede do guarda pó
B1 e B2 manga do eixo
A rebaixamento topo eixo
comprimento furo fixação tampa
V
rolamento
U comprimento entre sedes dos guarda-pós
diâmetro furo fixação da tampa do
T
rolamento
R raios de concordância
comprimento centro da manga ao topo do
P
eixo
O comprimento total do eixo
N comprimento entre centros de mangas
M comprimento entre sedes das rodas
L comprimento central
K diâmetro da seção cilíndrica central

Eixos – locomotiva

34
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

Terminologia das partes do eixo de locomotivas

COTA DESCRIÇÃO COTA DESCRIÇÃO


comprimento entre o topo e a sede da
R rebaixo cilíndrico ou tronco cônico
coroa
assento do mancal de suspensão mot.
Q controle de usinagem
tração
P Topo diâmetro da sede da engrenagem
O comprimento total do eixo ß sede da engrenagem
comprimento entre topo e assento prot.
N comprimento entre centros das mangas
contra água
L comprimento central R5 raio da coroa com a sede da roda
K Diâmetro da seção cilíndrica central R4 raio menor da manga
I Diâmetro da sede da roda R3 raio maior da manga
H Diâmetro da proteção contra água R2 raio do assento de prot. contra água
G Diâmetro da manga R1 raio parte central
F Diâmetro do topo ET eixo transversal
D sede da roda EL eixo longitudinal
comprimento do assento de proteção Comprimento do assento do mancal de
C
contra água suspensão
B Manga

35
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

TABELA DIMENSIONAL DOS PRINCIPAIS EIXOS DE LOCOMOTIVAS UTILIZADOS NA FCA

Tipo de
B C F G H I K L N O R1 R2 R3 R4 R5
locomotiva

144,56 206,38 1880,00


144,56x277,81 46,04 141,29 Máx. 177,8 Máx. 184,15 727,87 1625,6 Máx. 19,05 19,05 38,1 1,59 19,0
5,6915 8,125 74,02
U-5B
144,54 206,35 1879,20
6X11" 1.13/16 5.9/16" Min. 7" Min. 7.1/4 28.21/32 64 Min. 3/4 3/4 1.1/2" 1/16 3/
5,6905 8,124 73,98

144,56 206,38 1880,00


144,56x277,81 46,04 141,29 Máx. 177,8 Máx. 184,15 727,87 1625,6 Máx. 19,05 19,05 38,1 1,59 19,0
5,6915 8,125 74,02
U-10
144,54 206,35 1879,20
6X11" 1.13/16 5.9/16" Min. 7" Min. 7.1/4 28.21/32 64 Min. 3/4 3/4 1.1/2" 1/16 3/
5,6905 8,124 73,98

139,8016 206,4004
139,77X217,49 53,98 138,1 Máx. 170,25 Máx. 184,15 727,87 1590,67 Máx. 1812,9 38,1 25,4 38,1 1,59 6,3
5,504 8,126
U-12B
139,7762 206,375
5.1/2x10 2.1/8 5.7/16" Min. 6,702 Min. 7.1/4 28.21/32 62.5/8 Min. 71,37 1.1/2 1 1.1/2 1/16 1/
5,503 8,125
346,0
157,28 206,38 1860,60
157,26X298,45 47,62 154,25 Máx. 190,5 Máx. 184,15 727,87 Máx. 38,01 38,01 38,1 1,59 25,
6,192 8,125 73,25
U-13
157,23 206,35 1860,50
6.1/2X12" 1.7/8 6,073 Min. 7.1/2" Min. 7.1/4 28.21/32 Min. 1.1/2 1.1/2 1.1/2" 1/16 1
6,19 8,124 73,25

139,8016 234,467 1854,2


139,77X223,84 50,8 138,11 Máx. 170,25 Máx. 203 765,17 Máx. 38,01 25,4 38,1 3,10
5,504 9,231 73
G-12
139,7762 234,442 1853,41
5.1/2X10 2 5.7/16" Min. 6,702 Min. 8 30,124803 Min. 1.1/2 1 1.1/2" 1/8
5,503 9,230 72,968898

139,8016 234,467 1854,2


139,77X223,84 50,8 138,11 Máx. 170,25 Máx. 203 765,17 Máx. 38,01 25,4 38,1 3,10
GT (Pista) 5,504 9,231 73
5.1/2X10 2 5.7/16" Min. 139,7762 6,702 Min. 234,442 8 30,124803 Min. 1853,41 1.1/2 1 1.1/2" 1/8

36
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões

5,503 9,230 72,968898

157,26 234,467 1854,2


157,264X298,4 50,8 138,11 Máx. 170,25 Máx. 203 765,17 Máx. 38,01 25,4 38,1 3,10
6,192 9,231 73
GT (Rol.)
157,24 234,442 1853,41
6.1/2X12" 2 5.7/16" Min. 6,702 Min. 8 30,124803 Min. 1.1/2 1 1.1/2" 1/8
6,1905 9,230 72,968898
6,0590551
157,26 206,375 1895,9
157,264X298,4 46,04 153,9 Máx. 191,313 Máx. 184,15 727,87 1597 Máx. 38,1 38,1 38,1 3,10 6,3
6,192 8,125 74,641732
U-20
157,24 206,3496 1894,9
6.1/2X12" 1.13/16 6.1/16" Min. 7.17/32" Min. 7.1/4 28.21/32 Min. 1.1/2" 1.1/2" 1.1/2" 1/8" 1/4
6,1905 8,124 74,602362
78/25,4
157,26 206,375 1934,9
157,264X298,4 78 154,12 Máx. 191,313 Máx. 184,15 727,87 1635,5 Máx. 38,1 25,4 38,1 3,10 6,3
6,192 8,125 76,177165
MX-620
157,24 206,3496 1933,9
6.1/2X12" 3.1/16" 6,067 Min. 7.17/32" Min. 7.1/4 28.21/32 Min. 1.1/2" 1" 1.1/2" 1/8" 1/4
6,1905 8,124 76,137795

165,2 234,46994 1898,65


165,2X271 61,55 160 Máx. 200,025 Máx. 203,2 765,15 Máx. 35 30 30 1,59 0
6,503937 9,2311 74,75
DDM
165,175 234,44454 1897,85
6.1/2"X12" 2,423" 6,30" Min. 7,875 Min. 8 30,12 Min. 1.3/8" 1.3/16" 1.3/16" 1/16 0
6,5029528 9,2301 74,718504

37
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Marcação

Todo eixo deve ser identificado com as informações da sua fabricação. Devem constar:

 controle de qualidade do fabricante;


 seqüencial numérico do eixo;
 fabricante;
 mês e ano de fabricação;
 inspeção por ultra-som (fabricante);
 grau do eixo (F – temperado e duplamente normalizado);
 número da corrida do aço;
 data da corrida;
 especificação do fabricante do aço.

Engrenagem (coroa e pião)

Rodeiros de locomotivas têm engrenagens que transferem o torque do motor de tração


para a roda dentada, montada no eixo do rodeiro, e para o pião montado no eixo de motor
de tração.

Na FCA são utilizados quatro modelos de engrenagens identificados pelo número de


dentes e pela locomotiva de aplicação. Observe:

LOCOMOTIVA QUANTIDADE DE DENTES


U-13 94
U-20, MX-620, U-5, U-8, U-10, U-
93
12
G-12, G-8, GT, DDM 63
G-12, G-8, GT, DDM 64

NOTA: Os dentes de engrenagens são inspecionados quanto ao desgaste e o


desvio de perfil.

38
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Inspeção nos dentes da engrenagem

LIMITES DE
PASSO DIAMETRAL DA
CONDENAÇÃO
ENGRENAGEM
A B
50,8 (2") ou mais grosso 1,58 (1/16") 3,175 (1/8")
57,15 (2.1/4") 1,58 (1/16") 3,175 (1/8")
63,5 (2.1/2") 1,58 (1/16") 3,175 (1/8")
76,2 (3") 0,794 (1/32") 1,58 (1/16")
88,9 (3.1/2") 0,794 (1/32") 1,58 (1/16")
101,6 (4") ou mais fino 0,794 (1/32") 0,794 (1/32")

Mancais
Tipos de fricção
 Trabalham diretamente na manga do eixo;
 Têm lubrificação constante por meio de estopas embebidas em óleo;
 São feitos de bronze e revestidos internamente com metal antifricção;

39
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Estão em desuso para aplicação em rodeiros pelos seguintes motivos:


 alto índice de manutenção;
 intervalos menores entre manutenções;
 baixa velocidade de transporte;
 risco de incêndio;
 baixa confiabilidade;
 sistema arcaico em relação aos mancais de rolamento.
NOTA: Os poucos mancais com esse tipo de mancal estão sendo modernizados com a
instalação de mancais de rolamento.

40
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Tipo de caixa

Adaptação dos mancais europeus para manga AAR. Características:

 dois rolamentos autocompensadores de rolos;


 diâmetro interno especial para adaptar-se à manga AAR;
 alojados em carcaça de ferro ou de aço fundido;
 vedação por anel de labirinto ou labirinto combinado com feltro;
 possui um apoio de carga adequado para truques de pedestal.

Tipo de cartucho

Os cartuchos são constituídos pelos seguintes elementos:


 um rolamento de duas carreiras de rolos cônicos;
 um anel externo (capa) de grande largura;
 dois anéis internos.

São vedados por dois retentores, e a transmissão de carga da lateral


do truque para o anel externo é feita por um adaptador de ferro
fundido nodular. Esse anel externo fica exposto (apoiado no
adaptador) no arco da região da carga.

41
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

42
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

COMPARAÇÃO ENTRE ROLAMENTOS


TÓPICOS CARTUCHO CAIXA DE GRAXA
Rolamento duplo cônico; Rolamento autocompensador
Aço de cementação; de duas carreiras de rolos
TECNOLOGIA Montagem em "O"; montado aos pares em caixas
Lubrificação inicial p/ de graxa;
800000Km. Não permite ajuste de folgas.
Cargas radiais;
Cargas axiais e radiais;
Aptidão para velocidades
Vida útil de1500000Km;
PERFORMANCE elevadas;
Baixa manutenção;
Vida útil de1600000Km;
Velocidades medianas.
Manutenções periódicas.
Inspeção visual (quebras e
Inspeção visual (vazamentos
vazamentos);
e avarias na caixa de graxa);
Analise de distribuição de
Análise de desgaste do
MANUTENÇÃO DE LINHA cargas (capa);
pedestal da caixa de graxa);
Analise de anel de encosto;
Análise de tato girando caixa
Análise de tato girando
de graxa (avaria rolamento).
rolamento (avaria interna).
Baixa produtividade devido
ao grande número de
Alta produtividade na
operações manuais;
montagem ou desmontagem
Gera alto índice de sujeira no
do rodeiro; Desmontagem
CASA DE RODAS local de desmontagem dos
total facilitando limpeza das
mancais;
peças de relubrificação sem
Baixa produtividade;
contato manual.
Risco contaminação dos
rolamentos e graxa.
Maior risco de acidente
Menores riscos de acidente
devido ao maior número de
devido a poucas atividades
atividade pesadas, manuais,
SEGURANÇA manuais; Menor número de
em mais de um local, sendo
máquinas;
necessário deslocamentos
Local único para montagem.
com material pesado.
Não permite substituição de
Aceita substituição de partes partes;
RECONDICIONAMENTO
e recondicionamento parcial Ainda não foi desenvolvido o
recondicionamento.
Grandes intervalos de
Necessita relubrificação em
relubrificação (apenas na
linha (repor quantidade
desmontagem do rodeiro);
CONSUMO DE GRAXA vazada e ou retirada para
Baixo consumo de graxa
exame teste de ultra-som do
(70% menor em relação à
eixo
caixa de graxa).
muita graxa para
Pouca graxa para
reprocessamento; Manuseio
ECOLÓGICO reprocessamento;
e maior indicie de
Menor risco de vazamentos.
vazamentos
Otimizados (menor número Maior número de
de componentes e menor componentes;
PESO/VOLUME
volume); Maior volume;
60 Kg (rolamento e Peso 110 Kg.

43
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

adaptador).
Baixa;
Por estar exposto, em
Alta resistência devido à
qualquer descarrilamento o
RESISTÊNCIA A ACIDENTES robustez da caixa de graxa
rolamento sofre impacto com
que protege os rolamentos.
trilho e quebra, ou solta anel
retentor.
DURABILIDADE 10 anos Acima de 20 anos
Três vezes o valor de um
1/3 do valor do conjunto de conjunto de rolamento do
CUSTO
caixa de graxa completo. cartucho completo (rolamento
e adaptador).

MONTAGEM DO RODEIRO

Agora você irá aprender os procedimentos que deverão ser seguidos no momento da
montagem do eixo.
Inspeção do eixo
 No torno horizontal, preso pelo furo de centro;
 Limpeza feita por raspadores e estopas humedecidas com solventes.

Verificação
 Concentricidade das mangas do eixo por meio de relógio comparador;
 Os eixos com empenos no sentido longitudinal devem ser descartados para a
aplicação na manga em que se encontram;
 Podem ser rebaixados através de nova usinagem para perfil de eixo de manga
inferior;
 A excentricidade do eixo em toda sua extensão não deve exceder a 0,13mm
(0,005”).

Imperfeição superficial
 O eixo deverá ser rejeitado se apresentar marca de pancada, fissura ou arranhão
na parte central ou entre a manga do eixo e a sede de eixamento;
 Esses pontos podem provocar fadiga do eixo por causa das características cíclicas
de seu trabalho;
 Imperfeições na sede de eixamento devem ser esmeriladas para que saiam as
partes salientes. Não de realizar medição para verificar se houve perda de medida;
 Se a profundidade das imperfeições for maior que 1/8”, será admitida a usinagem
das sedes de eixamento, a fim de se criar uma medida especial para a montagem
das rodas.

Ovalação na manga do eixo


As mangas do eixo são medidas em nove pontos diferentes:
 três pontos na extremidade;
 três pontos no centro;
 três pontos no final da manga.

Ensaio por ultra-som em eixos ferroviários


 Detecta a descontinuidade interna do eixo através da emissão de som;

44
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

 Como o eixo tem solicitação cíclica, ou seja, gira junto com a roda, os pontos de
solicitação estão sempre se alterando, exigindo que o eixo tenha uniformidade
estrutural, física e química.

IMPORTANTE SABER!

Eixos de locomotiva são retificados por rolamento nas sedes do mancal de suspensão do
motor de tração com acabamento superficial de Ra = 0,8mm.

Usinagem das rodas

A usinagem do furo do cubo da roda deve estar de acordo com as medidas da sede do
eixo e obedecer à interferência mínima de 0,001” e à máxima de 0,0015”, para cada
polegada de diâmetro da manga do eixo.

O acabamento superficial do furo do cubo da roda deverá ser de 250 a 300


micropolegadas. As rodas de locomotiva de bitola de 1m recebem usinagem no cubo para
montagem da caixa de graxa de engrenagem.

USINAGEM DE RODAS DA LOCOMOTIVA (ASSENTO CAIXA DE GRAXA)


DIÂMETRO "A" DIÂMETRO
RODA COTA "C" COTA "D"
Mínimo Máximo "B"

A-40 234,06 234,14 328,61 31,75 15,88


LOCOS - G8, G12 9,215" 9,218" 12.15/16" 1.1/4" 0,625"

A-40 234,06 234,14 328,61 31,75 19,05


LOCO - GT 9,215" 9,218" 12.15/16" 1.1/4" 0,75"

CF-36 206,02 206,1 273,05 28,58 15,88


LOCOS - U-20 e MX-620 8,111" 8,114" 10.3/4" 1.1/8" 0,625"

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Eixamento das rodas

O eixamento das rodas é feito por meio de interferência. As rodas são montadas com
prensamento a frio. Observe a faixa de pressão recomendada:

 vagões manga “C” – Rodas CD-29 e CA-30: entre 70 e 100 toneladas;


 vagões manga “D” – Rodas CD-29 e CA-30: entre 75 e 125 toneladas;
 locomotivas rodas CF-36: entre 80 e 130 toneladas;
 locomotivas rodas E-40: entre 90 e 140 toneladas;
 engrenagem locomotiva: entre 40 e 60 toneladas;
 evolução crescente, gradual e uniforme em ângulo de 45º;
 evolução horizontal (pressão constante em relação ao deslocamento) ou evolução
vertical (pressão maior que o deslocamento).

Devem ser usados lubrificantes no furo do cubo da roda para diminuir os atritos com o eixo
e evitar grimpamento. Esse lubrificante é constituído pelos seguintes elementos:
 mistura à base de alvaiade de chumbo com óleo de linhaça;
 graxa à base de bissulfeto de molibdênio.

As rodas de um mesmo rodeiro devem ter no máximo ½ tape de diferença no diâmetro.

NOTA: Cada tape representa aproximadamente 3 mm do diâmetro da roda.

São utilizados gabaritos para montagem eqüidistante e centralizada das rodas do eixo. A
distância da face interna do aro entre as rodas (bitola de eixamento) é:
 rodas CD-29 / CF-36 / E-40: 913 a 920mm;
 rodas CA-30: 911 a 913mm.

Os rodeiros devem ter a bitola de eixamento preservada para evitar problemas de


circulação, estabilidade e impacto com os cruzamentos (jacarés).

A bitola de eixamento é definida pelos seguintes elementos:


 frisos das rodas;
 bitola da via;
 passeio.

Os valores de bitola de eixamento aplicados são:

 rodas de 29.1/4” (CD-29): 914 a 920mm;


 rodas de 30” (CA-30): 911 a 913mm.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Rolamento de cartucho

O rolamento de cartucho é montado a frio por meio de prensa hidráulica, com acessórios
para cada medida de manga de eixo. A interferência do diâmetro interno dos cones de
rolamento com a manga de eixo é de 0,051mm a 0,101mm (0,002” a 0,004”) de aperto.
Deve-se passar uma camada de óleo mineral grosso na manga do eixo antes de aplicar o
rolamento. Depois é necessário aplicar uma camada de material antiferruginoso (de
secagem rápida) na parte do eixo que vai do raio de encosto do labirinto ao cubo da roda.
Os rolamentos são montados com pressão de 40 a 60 toneladas. Na montagem de fixação
do eixo é preciso colocar placa de trava nos parafusos.

É necessário apertar os parafusos com torquímetro, conforme a relação de torque e aperto.


Observe:

TORQUE DE APERTO DOS PARAFUSOS DA TAMPA

Diâmetro do parafuso Torque em Cm-Kg Torque em Pés-Lbs

3/4" 1530-1670 110-120

3/4" alta resistência 2780-3060 200-220

7/8" 1950-2100 140-150

7/8" alta resistência 5000-5420 360-390

1" 3480-3750 250-270

1.1/8" 5000-5420 360-390

1.1/4" 5980-6400 430-460

É necessário verificar a folga lateral do rolamento em condições de trabalho. Para isso,


deve-se utilizar o relógio comparador fixado na capa e na haste do rolamento, na cabeça
do parafuso de fixação da tampa. É preciso forçar a cabeça do parafuso para frente e para
traz no sentido axial do eixo. A folga limite recomendada pelo fabricante deve estar entre
0,025mm (0,001”) e 0,51mm (0,020”).

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Rolamentos autocompensadores

 São montados na manga do eixo através de dilatação por aquecimento;


 Aquecidos em máquina indutora de calor a seco e labirintos à temperatura de 120º
C;
 Monte primeiro os seguintes elementos:

 labirinto;
 rolamento;
 anel separador;
 segundo rolamento.

 Faça um ajuste com pancada seca na pista interna do rolamento para forçar e
garantir o encosto dos rolamentos no anel separador.

O rodeiro é colocado em sala fechada para diminuir o risco de contaminação da graxa e


dos rolamentos por poeira e umidade. Quando os rolamentos estiverem frios deve-se
aplicar a graxa nos rolamentos e nos espaços adjacentes, manualmente ou com auxílio de
equipamento apropriado.

NOTA: É necessário pressionar a graxa para que ela penetre nos espaços vazios
dos rolamentos.

A folga interna do rolamento é conferida com um calibrador de lâminas para que se tenha
certeza de que não foi alterada após a aplicação do rolamento na manga do eixo. O valor
máximo dessa folga é de 0,35mm.

O guarda-pó (bipartido) envolve o labirinto e deve proporcionar giro livre do rolamento


sobre o labirinto. A caixa de graxa envolve os rolamentos e é fixada com parafusos (estojo)
no guarda-pó.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Depois de completada a montagem da caixa de graxa é preciso verificar se há giro livre. O


travamento pode ocorrer pelos seguintes motivos:

 pressão de eixo na pista interna;


 montagem justa da caixa de graxa sobre a pista externa do rolamento;
 componentes com pouca folga de montagem (guarda-pó e labirinto).

É necessário verificar o deslocamento da caixa de graxa no sentido axial. Para isso deve-
se empurrá-la para dentro e trazê-la para fora. A folga deve ser no máximo de 1 mm.

DESMONTAGEM DO RODEIRO

Os rodeiros devem ser desmontados quando for necessário substituir a roda ou o eixo,
pelas seguintes razões:
 a roda atingir o limite de utilização;
 avarias diversas na roda. Por exemplo: trinca ou quebra;
 pancadas no eixo;
 descontinuidade detectada no exame por ultra-som;
 empeno ou grimpamento de manga ou sede de labirinto;
 ruptura do eixo;
 medida da manga abaixo do mínimo recomendado (manga fraca).

Primeiro, deve-se remover os mancais e limpá-los com raspadores e panos embebidos em


solventes. Depois, é preciso remover a caixa de graxa manualmente, tomando-se o
cuidado de recolhe-la e acondicioná-la em tambores, para que não seja reutilizada nos
rolamentos.

As caixas de desgaste devem ser inspecionadas quanto aos seguintes inconvenientes:


 desgaste;
 pancadas;
 quebra;
 avalização interna;
 parafuso ou estojo espanado.

A base de contato com pedestal do lateral é a região que mais sofre desgaste na caixa de
graxa. Por isso, é preciso soldar uma nova chapa de desgaste.

Com um relógio comparador, é preciso verificar se o diâmetro interno da caixa da graxa


está ovalado. Caso essa condição seja comprovada, a graxa deverá ser rejeitada.

A retirada dos rolamentos da manga do rodeiro é feita com o auxílio de uma prensa
hidráulica. Isso vale tanto para rolamentos de cartucho como para rolamentos
autocompensadores.

Os rolamentos devem ser lavados em máquinas com desengraxante e ser enxutos com
panos limpos. Naqueles que apresentarem início de corrosão na parte externa da pista,
devem ser utilizadas lixas “roda grão 80”.

Os rodeiros sem mancais devem ter as cordas cortadas (sangria) com maçarico, no
sentido radial do friso, até o cubo da roda. O corte alivia a pressão entre a roda e o eixo.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

O eixo deve ser inspecionado e montado com novas rodas para constituir um novo rodeiro.
Sem o corte, o eixo pode ser danificado, dada a força exercida sobre o topo para a retirada
da roda (até 350 toneladas).

MANUTENÇÃO DOS ROLAMENTOS

A inspeção dos rolamentos é feita com lupa na pista de contato e nos roletes. Se
detectados pontos de fadiga, os rolamentos deverão ser rejeitados.

Observe as condições dos rolamentos que deverão ser consideradas:

 rolamentos sem defeitos visuais deverão ter as folgas radiais conferidas com calibre
de lâmina;
 rolamento autocompensador para manga “C”: folga de 0,26mm;
 rolamento autocompensador para manga “D”: folga de 0,30mm;
 rolamentos tipo cartucho devem ter as folgas axiais conferidas na faixa de 0,025 a
0,51mm. Então, deverão ser engraxados, desmontados e aplicados nas mangas
dos rodeiros.

NOTA: Os rolamentos autocompensadores devem ser engraxados na montagem da


caixa de graxa.

USINAGEM DOS RODEIROS

Os rodeiros devem ser usinados quando apresentarem as seguintes características:


 avarias na pista de rolamento;
 desgaste excessivo;
 deformação do perfil da roda.

O perfil original da roda nova deve ser refeito com a retirada de massa existente no aro,
diminuindo o diâmetro da roda. O processo de reperfilamento do rodeiro é feito em torno
horizontal, dotado de copiador, para que seja igual ao perfil de todas as rodas.

NOTA: A velocidade do corte é de, no máximo, 60m/s e o avanço é controlado


manualmente. As duas rodas devem ser usinadas ao mesmo tempo.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Torneamento econômico
Tem como objetivo um maior aproveitamento da roda. O torneamento econômico consiste
em retira–la para reperfilamento do friso quando ela atingir a medida de 15/16” (24mm).
Não se pode esperar que chegue ao limite de ¾” (19mm).
Nota: Esse procedimento é normatizado pela AAR.

Vantagens
 Retira-se menos material do aro para recompor o friso;
 O tempo de rodagem da roda com um perfil próximo ao original é maior;
 Diminuem os atritos e os desgastes.

Torneamento alternativo
Esse procedimento é realizado para que se obtenha um melhor aproveitamento da roda
em sua última vida, quando não oferecer mais condições de ser restaurado conforme o
perfil original.

INSPEÇÃO DE RODEIROS

Este procedimento tem o objetivo de orientar os mecânicos quanto à verificação da


qualidade destes equipamentos, sendo utilizada como referência às normas da AAR e as
da Casa de Rodas DA EFVM.

A inspeção de rodeiros é dividida da seguinte forma:

 inspeção em rolamentos tipo caixa de graxa;


 inspeção em rolamentos tipo cartucho;
 inspeção em rodas;
 inspeção em eixos.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Inspeção em rolamentos tipo caixa de graxa

Deve-se retirar o rodeiro se durante a inspeção em rolamentos do tipo caixa de graxa for
detectado algum dos seguintes defeitos:

Vazamento de graxa

O rodeiro que tiver com graxa em excesso na caixa ou no disco parabólico da roda está
apresentando vazamento.

Rolamento grimpado

A caixa que, ao ser girada com a mão, estiver travada ou agarrada.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Caixa da graxa sem bujão

Pedestal com desgaste acentuado

Podem ser ocasionados desgastes pela lateral do truque.

Caixa de graxa faltando uma ou mais porcas

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Caixa de graxa com marcas ou trincas

Código de cores já vencidos pintados na caixa

Ruído anormal

Se a caixa, ao ser girada com a mão, apresentar qualquer tipo de ruído, será constatado
que há falha no rolamento.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Inspeção em rolamentos do tipo cartucho

O rodeiro deverá ser retirado se, durante a inspeção em rolamentos do tipo cartucho, for
detectado algum dos seguintes defeitos:

Capa trincada ou quebrada

Por menor que seja a trinca ou a quebra na capa, isso pode ser comprometedor para o
rolamento.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Vazamento de graxa

Será detectado vazamento se o rodeiro apresentar excesso de graxa nos seguintes


elementos:

 capa;
 anel de vedação;
 tampa;
 anel de encosto.

Rolamento grimpado

Se a capa ou o rolamento, ao serem girados com as mãos, se mostrarem travadas ou


agarrando, o rolamento estará grimpado.

Anel de encosto roletado ou folgado

Será constatada essa situação se, ao se girar o rolamento com a mão, o anel de encosto
também for “carregado”.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Ruído anormal

Se ao se girar o rolamento for detectado qualquer tipo de ruído, será caracterizado que há
falha do rolamento.

Folga axial

O rolamento que, ao ser manuseado, apresentar folga no sentido perpendicular à própria


folga deverá ter os parafusos retorqueados ou retirados.

Retorquemento:

 6” x 11” (classe E) : retorquear com 290 Ft/Lbs;


 5.1/2” x 10” (classe D): retorquear com 150 Ft/Lbs.

Retentor amassado ou quebrado

Falta de um ou mais parafusos

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Destravamento de um ou mais parafusos

Código de cores pintados nos parafusos vencido

Capa desgastada

Se os rolamentos estiverem com a capa desgastada/espelhada será sinal de que houve


desgaste do adaptador.

Adaptador fora da posição original

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Inspeção de rodas

O rodeiro deverá ser retirado se, durante a inspeção, nas rodas forem detectados os
seguintes defeitos:

Friso fino

O friso da roda não deve ser menor que 19mm (padrão Vale).

FRISO
FINO FRISO
FINO

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

FRISO NORMAL
FRISO NORMAL

Marcação na roda

Friso trincado ou quebrado

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Friso alto

O friso é considerado alto se tocar no calibre.

Bandagem quebrada

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Marcas na roda

Quando o disco parabólico (interno/externo) está marcado, geralmente por causa de


impacto.

Escoamento

Algumas vezes há excesso de escoamento de aço do passeio na bandagem quando ela


toca o calibre.

Trincas térmicas

Algumas rodas apresentam ranhuras na extensão do friso.

Calo

Algumas rodas apresentam calo maior que 2” (comprimento) ou dois calos adjacentes
maiores que 1.1/2”.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Escamação

Algumas rodas apresentam crateras maiores que ¾” no comprimento e na largura na


extensão do passeio.

Inspeção em eixos

O rodeiro deverá ser retirado se durante a inspeção dos eixos forem detectados os
seguintes defeitos:

Ranhura na parte central ou endentações

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Corrosão em excesso

Alguns rodeiros que transportam sal-GHD apresentam alta corrosão.

Casos especiais

O rodeiro deve ser retirado quando:

 é proveniente de acidente;
 ficou imerso em qualquer produto, inclusive água;
 houve contato direto com solda ou maçarico;
 tenha atuado Hot-BOX;
 atuou pelo detector de impacto;
 houve descarrilamento.

Cuidados básicos no manuseio de rodeiro

 Não dar pancadas, especialmente nos rolamentos e caixas;


 Não soldar sem aterro;
 Evitar transportar rodeiros em vagões que não sejam PNBs;
 Evitar contato com calor proveniente de maçaricos.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Código de cores

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

PARA VOCÊ RELEMBRAR

1. A infra-estrutura compreende a parte inferior do vagão. Encontre no caça-palavras


seus principais elementos.

A S C M O L A S I T V S D F G H S A V A
U T O E D F H J Ç I O P P O V P E U C L
L R X U P Ç K H N M L U U A C K T L D A
P I Ç O Y I A X U O T B B R D L O P R V
U A Ç O Y I A X U N I N N O R Ç R U E A
B N E D F H J Ç E E R A A D E A D B I N
N G X V Y T P O L I A U U A I S E N O C
E U R O D E I R O R N L L S O X G A V A
I L A X C B M O P A T V S D F G R U F D
X O O E D F H J Ç D E X U P Ç K A L V E
O D X U P Ç K H N O D W I T R S D Ç C F
V E P Y S Ç O Y I T O Ç O Y I A U Ç D O
C F U T A A S F T R U Q U E O P A Ç R R
D R B G P P E S V U A S H G U P Ç Ç E Ç
R E N F A O D O G Q V S D F G H A Ç I A
E I A H T U S U B U O E D F H J O Ç O
I O U B A R R A D E C O M P R E S S A O
O E D F H J Ç O Y I A X U P Ç K H N D A
V S D F G H R O L A M E N T O A S E C V
F W T E O I P Ç J K S X C V W E F R Y T

2. O truque é um componente estrutural do vagão. Com base nesta informação,


determine (V) para verdadeiro ou (F) para falso.
( ) Faz parte das finalidades dos truques distribuir e transferir o peso do vagão para os
trilhos.
( ) O truque não absorve choques.
( ) Não faz parte das atribuições do truque estabilizar e equilibrar o vagão.
( ) O truque é um dos elementos que compõem a superestrutura dos vagões.

3. A seguir você encontrará os elementos que compõem um truque. Correlacione as


colunas de acordo com as características informadas para cada componente.
(1) Laterais
(2) Travessa central
(3) Cunhas de fricção
(4) Molas do truque
(5) Molas da cunha de fricção
(6) Triângulos de freio
(7) Sapatas de freio
(8) Barras de compressão
(9) Alavancas de força
(10) Setor de graduação
(11) Pino da timoneira
(12) Timoneira do truque

( ) Classificam-se de acordo com o sistema de freio instalado no vagão. Sua classificação


obedece um sistema de cores.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

( ) Existem cavidades em suas extremidades para o encaixe das cunhas de fricção dos
amortecedores.
( ) Tem a função de ligar alguns elementos, como: tirantes, alavancas, barra de
compressão e setor de graduação.
( ) Desempenham a função de manter a travessa central em permanente contato com as
laterais, amortecendo variações de movimento e carga sobre elas.
( ) Interliga e transfere força para o acionamento dos triângulos de freio.

( ) É o conjunto formado pelos seguintes elementos: alavancas, setor de graduação, barra


de compressão e pinos.
( ) Possuem corrediças para encaixe das travessas centrais, munidas de chapas de
desgaste substituíveis.
( ) Possuem um apoio na parte central, que fica em posição vertical para a montagem da
alavanca de força.
( ) Têm a função de ________ para o acionamento do triângulo de freio.
( ) Tem a finalidade de graduar a distância entre a sapata de freio e a roda, devido ao
desgaste sofrido pela sapata.
( ) Têm a finalidade de atuar as cunhas de fricção.
( ) Possuem a finalidade de amortecer e tirar a rigidez do vagão.

4. Existe uma forma de montagem para o truque Ride-Control e outra para o truque
Barber. Baseado nesta informação, ordene numericamente as etapas de montagem
de cada um destes truques.

Ride-Control Barber

Disposição das cunhas na travessa central ( ) Levantar a travessa central e colocar as


( ) Prensar as cunhas de fricção contra as molas de suspensão do truque e a mola das
molas, fazendo com que entrem no cunhas de fricção sobre os assentos guia
alojamento da travessa central. das laterais.
( ) Verificar a distância entre as cunhas de ( ) Introduzir os grampos de fixação para
fricção, passando um gabarito em toda a travar as cunhas nas respectivas bolsas.
extensão das cunhas. ( ) Remover os grampos de fixação das
( ) Posicionar a travessa central na parte de cunhas.
montagem das cunhas. ( ) Encaixar as cunhas de fricção.
( ) Aliviar a prensa. ( ) Montar as extremidades da travessa
( ) Situar manualmente as molas e as central na abertura inferior de ambas as
cunhas na travessa central. laterais.
( ) Travar as cunhas com ferrolhos de aço. ( ) Descer a travessa central sobre as
Montagem da travessa central nos laterais molas, assegurando-se de que estão
( ) Pôr os laterais e os triângulos de freio, corretamente posicionadas nas guias
montando as molas do truque. existentes na lateral.
( ) Levantar a lateral, de modo que a
abertura larga, na parte inferior da janela,
fique em alinhamento horizontal com as
guias externas da travessa.
( ) Colocar a travessa em posição, com os

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

elementos de fricção previamente


montados.
( ) Posicionar a travessa central na
máquina de montagem do truque com as
cunhas travadas nas bolsas.
( ) Levantar a travessa e colocar as molas
do truque na bandeja do lateral.
( ) Empurrar a lateral sobre a extremidade
da travessa até que a linha do centro „A‟ das
guias da travessa coincida com a linha de
centro „A‟ do lateral.
( ) Acionar o atuador pneumático da
máquina, aliviando a pressão das molas de
fricção e retirando os pinos retentores
(grampos de trava).

5. Rodeiro é o conjunto de duas rodas e um eixo. No quadro a seguir constam


elementos que compõem os rodeiros. Com base nestas informações, complete as
lacunas.

roda – eixo – engrenagem - mancais

a. Os ____________ trabalham diretamente na manga do eixo e têm lubrificação constante


por meio de estopas embebidas em óleo.

b. __________ é a parte em que são fixados as rodas e rolamentos.

c. _________ é o elemento rolante de sustentação do truque.

d. Rodeiros de locomotivas têm _________ que transfere o torque do motor de tração para
a roda dentada montada no eixo do rodeiro e para o pião montado no eixo de motor de
tração.

6. Para efetuar a montagem do rodeiro é preciso seguir alguns passos. Complete o


jogo de palavras cruzadas com as suas etapas de montagem.

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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões

Horizontal

1. São montados na manga do eixo através de dilatação por aquecimento.


3. Detecta a descontinuidade interna do eixo através da emissão de som.
4. O ______ das rodas é feito por meio de interferência e as rodas são montadas através
de prensamento a frio.
5. Nessa etapa é preciso observar a limpeza, que é feita por raspadores e estopas
humedecidas com solventes.
6. É montado a frio por meio de prensa hidráulica, com acessórios para cada medida de
manga de eixo.

Vertical
2. As mangas do eixo são medidas em nove pontos diferentes.
3. A ____ do furo do cubo da roda deve estar de acordo com as medidas da sede do eixo.

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