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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões
Neste capítulo você conhecerá os elementos que compõem a infra-estrutura dos vagões.
Aprenderá também como montar e desmontar seus principais componentes, além dos métodos
usados na inspeção.
Principais componentes
A infra-estrutura compreende a parte inferior do vagão. É composta por:
Truques;
Timoneria do truque;
tirantes do truque;
barra de compressão;
alavanca de força;
triângulo de freio;
setor de graduação;
molas;
Rodeiros;
rodas;
rolamentos;
eixo;
Sapatas.
TRUQUE
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NOTA: A FCA trabalha com dois modelos de truques – Ride-Control e Barber Stabilized.
Componentes dos truques
Laterais
Confeccionadas em aço fundido classe „B‟ (especificação AAR);
São duas laterais por truque, com guias para encaixe do triângulo de freio tipo „UNIT‟;
Possuem corrediças para encaixe das travessas centrais, munidas de chapas de
desgaste substituíveis;
Sobre as chapas de desgaste trabalham as cunhas dos amortecedores.
Travessa central
Confeccionada em aço fundido classe „B‟;
Cada truque possui uma travessa central;
Seu centro de pião tem 305 mm (12”) de diâmetro;
Existem cavidades nas extremidades para encaixe das cunhas de fricção dos
amortecedores.
Cunhas de fricção
Confeccionadas em aço fundido e endurecidas nas superfícies de fricção;
Trabalham encaixadas nas cavidades da travessa central;
Desempenham a função de manter a travessa central em permanente contato com as
laterais, amortecendo variações de movimento e carga sobre elas.
Molas do truque
Confeccionadas em aço mola ABNT 5160;
Altura de 9.1/16”;
Deflexão de 2.1/2” (tipo D3 AAR);
Variam em número e forma de arranjo, de acordo com o tipo de truque e de manga do
vagão;
Possuem a finalidade de amortecer e tirar a rigidez do vagão.
Triângulos de freio
Ponto Fixo
Contra Sapata
Ponteira
Triângulos de freio
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Sapatas de freio
Sapatas
boas
Sapatas sem
condições de uso
Barra de compressão
Barra de aço com forquilhas (palmatórias) nas extremidades;
Furação com bucha de aço doce, cementada com dureza de 60 Hcr;
Interliga e transfere força para o acionamento dos triângulos de freio;
Existe uma barra de compressão para cada truque.
Alavancas de força
Confeccionas em chapas de aço de 1‟;
Possuem três furos com buchas cementadas com dureza de 60 Hcr;
São duas alavancas para cada truque;
Têm a função de alavanca de força para o acionamento do triângulo de freio.
Setor de graduação
Confeccionado em chapa de aço de ½”;
Formato curvo;
Furações providas de buchas de aço doce cementado, com dureza de 60 Hcr;
Há um setor de graduação para cada truque;
Tem a finalidade de graduar a distância entre a sapata de freio e a roda, devido ao
desgaste sofrido pela sapata.
Pino da timoneria
Confeccionado em aço baixo carbono;
Cementado em profundidade de 1 mm e dureza de 60 Hcr;
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tirantes;
alavancas;
barra de compressão;
setor de graduação.
Timoneria do truque
É o conjunto formado pelos seguintes elementos:
alavancas;
setor de graduação;
barra de compressão;
pinos.
A formação de pares laterais de truques é feita pelo método de marcação, que faz uso de botões
e de intervalos de medida, que servem para classificar a Base Rígida Real (BRR) das laterais.
A BRR de qualquer lateral deve ficar dentro da faixa de tolerância (Ft) de 3/8” (9,6 mm). Observe
a fórmula:
Esta faixa de tolerância de 3/8” é dividida em cinco subfaixas iguais de 0,075” (1,9 mm). A
finalidade dessas cinco subfaixas é permitir o enquadramento de cada lateral em um
determinado lote.
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O enquadramento de uma lateral em uma das cinco subfaixas de tolerância é mostrado por meio
de botões fundidos em uma de suas extremidades.
Esses botões são fundidos na parte externa de uma das extremidades do lateral novo, em local
bem visível. Eles são posicionados verticalmente ou obliquamente, em linha reta e igualmente
espaçados.
A montagem do truque deve conter laterais com o mesmo número de botões ou com diferença
de uma unidade de botão.
NOTA: A Base Rígida de lateral de dois vagões mangas “C” e “D” da FCA é de 5‟2”
(1575mm).
MONTAGEM DE TRUQUES
Truque Ride-Control
Gabarito
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Após o alívio de pressão dos atuadores pneumáticos é necessário retirar os pinos retentores.
Isso permite que as cunhas de fricção entrem em contato com o lateral.
Truque Barber
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A folga máxima entre o lateral e a travessa central é soma das folgas A e B. Essa soma não
deve exceder a 1.1/8‟, tanto para truques manga „C‟ quanto „D‟.
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Laterais
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Recondicione (com solda) a superfície „B‟ para reconstituir a dimensão de 5/8”, desde
que a superfície não desgastada “D” for igual ou menor que 7”;
Recondicione (com solda) a superfície „C‟ para reconstituir a dimensão de 3/8”, desde a
superfície „E‟ não esteja desgastada;
Esmerile as superfícies „B‟ e „C‟ até que fiquem lisas.
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Atingirá seu limite de uso quando apresentar um desgaste de 1/8” nas superfícies de contato.
Quando necessário o assento da chapa de desgaste deve ser preenchido com solda. As
superfícies precisam ser esmeriladas para recompor a base plana de montagem da chapa de
desgaste, observando-se o tipo de manga.
caso as dimensões „A‟ ou „B‟ forem iguais ou menores que os respectivos valores
indicados na tabela;
caso a dimensão „C‟ for igual ou maior que os valores indicados na tabela.
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Caso a superfície do pedestal esteja fora de esquadro em mais de 1/16”, ela deverá ser
comparada e conferida com o auxílio de um esquadro. O teto do pedestal pode ser reparado
aplicando-se a chapa de desgaste, somente se a medida de desgaste vertical for igual ou menor
que 3/16”.
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O relevo representa o limite de desgaste permitido no teto. A reparação é feita por meio da
esmerilhação total da superfície plana do teto do pedestal.
1/8” no mínimo;
3/16 no máximo.
Deve-se manter a dimensão apropriada desde a chapa até o furo da chaveta retentora dos
mancais. Após a aplicação da chapa do teto, é necessário examinar a sua dimensão até o furo
da chaveta.
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As chapas de desgaste das guias dos triângulos da lateral devem ser substituídas nas seguintes
situações:
Triângulos de freio
empenos;
trincas;
desgaste;
falta de buchas.
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As chapas de desgaste para bolsas das cunhas de fricção Ride-Control deverão ser substituídas
quando atingirem o desgaste de 1/8”. A solda deverá ser refeita se estiver trincada.
Essas chapas são soldadas na travessa por meio de eletrodo AWS-E-7018 e a corrente elétrica
deve ser a mais baixa possível. A solda tem que ser bem acabada, homogênea e livre de bolhas
de gás e outras inclusões.
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Desgastes da superfície vertical da bolsa de fricção da travessa central Ride-Control devem ser
eliminados da seguinte forma:
As superfícies de fricção inclinadas devem ser recondicionadas quando a dimensão „D‟ for igual
ou menor a 7.1/2”. Para isso, deve – se fazer um enchimento de solda.
A solda tem que ser esmerilada e polida para permitir a aplicação do gabarito de conferência,
que deverá ser apoiado na superfície „F‟, e a régua colocada sobre o assento das molas.
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NOTA: Quando o desgaste alcançar ¼”, ele deverá ser recondicionado com solda
esmerilada para permitir a aplicação do gabarito.
Caso as bolsas das cunhas de fricção da travessa central sejam providas de chapas de
desgaste, elas deverão ser substituídas quando o desgaste atingir 1/8”.
ATENÇÃO: As soldas das chapas que apresentarem trincas deverão ser trocadas.
As chapas de desgaste deverão ser fixadas à travessa por solda eletrodo AWS-E-7018 e em
corrente mais baixa possível. Não é necessário o preaquecimento da travessa ou da chapa. A
solda deve ser bem acabada, homogênea e livre de bolhas de gás ou outras inclusões.
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Cunhas de fricção
Deve ser substituída quando o desgaste atingir o rebaixo indicativo de limite de seu uso ou
quando as superfícies inclinadas apresentarem um desgaste côncavo de 1/16” de profundidade.
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Molas do truque
As molas usadas devem ser classificadas por teste de variação de deflexão, com aplicação de
70 libras de pressão, e identificadas por pinturas nas espiras, de acordo com os valores de
classificação. Observe:
A montagem do truque é feita com molas de mesma cor (mesma classificação de deflexão). As
molas são montadas no truque conforme arranjo por tipo de truque e de manga. Observe:
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MANGA
TIPO TRUQUE
B C D
FRICÇÃO
MOLA D2
ROLAMENTO
MOLA D3
MOLAS RIDE-CONTROL
MOLA D3
(SUMITOMO E COBRASMA)
MOLA D2
Timoneira do truque
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A timoneira do truque leva a força da aplicação de freio até as sapatas de freio do vagão por
meio de alavancas de força que acionam os triângulos de freio.
A montagem da timoneira de freio é feita para combinar as furações entre o setor de graduação
e a barra de compressão. Isso permite que a alavanca de força fique completamente recuada e
as sapatas de freio fiquem próximas às rodas, de forma que, ao menor deslocamento da
alavanca de força, as sapatas toquem as rodas e propiciem a frenagem.
Alavanca de força
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Barra de compressão
Setor de graduação
Ampara balanço
Uma folga transversal do vagão em relação ao truque é necessária para que os vagões tenham
boa estabilidade sobre os trilhos e uma adequada inscrição nas curvas da via.
A aferição dessa folga é feita com o vagão posicionado em linha plana. São medidas as folgas
entre as castanhas de amparo balanço (montadas em coxins na travessa central do truque) e a
base de apoio do vagão, situada na travessa do pião do vagão.
A diferença entre as folgas somadas em diagonal deve ser menor ou igual a 3,2mm. Observe:
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Folga Folga A+ D = X
1 A C 3
B + C = Y
X - Y = 3,2
B D mm
Folga Folga
2 4
4,0 a 6,0mm
RODEIRO
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Roda
É o elemento rolante de sustentação do truque. As Rodas são fixadas ao eixo por meio de
pressão e não é utilizado aquecimento em sua montagem.
bandagem disco
cubo
Aro
Friso
passeioe
m corte
CD-29: vagões;
CA-30: vagões;
CF-36: locomotivas;
CA-40: locomotivas.
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Terminologia
1. Roda CD-29
Diâmetro: 29.1/4”;
Aplicação: vagões de carga de 1mm de bitola;
Capacidade de carga: 15 toneladas;
Desenvolvida pela RFFSA.
NOTA: Substituída pala CD-30.
2. RODA A-30
Diâmetro: 30”;
Aplicação: vagões de carga de 1 metro de bitola;
Capacidade de carga: 15 toneladas;
Difere da roda CD-29 nos seguintes aspectos:
diâmetro;
deslocamento do cubo frente a face do aro da roda;
espessura do friso 3/16” maior.
3. Roda CF-36
Diâmetro 36”;
Aplicação: locomotivas U-20, MX-620, U-5, U-10, U-12, U-13;
Capacidade de carga: 15 toneladas.
4. Roda E-40
Diâmetro: 40”;
Aplicação: locomotivas GM, G-12, G-8, GT; DDM;
Capacidade de carga: 15 toneladas.
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Número seqüencial;
Mês e ano de fabricação;
Duas letras identificando o fabricante;
Classe de material conforme a norma
AAR;
Tipo de roda;
Tape.
Eixo – vagão
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Cargas
Classificação
admissíveis
A B1 B2 C D E F G H I J K L M N O P R T U V Total
Dimensão da Por
sobre
manga eixo
trilhos
119, 149,
12, 193 38, 115, Má 16 22 177, 157, 136, 768, 1155 1498 112, 1228,
127,0X228,6 100 134,9 36,5 1724 38,1 22,2 47,6
7 ,7 1 9 x. 4.69 5.87 8 1 5 3 ,7 ,6 7 7
15" 5" 14.50
C 64000
119, 149, 0
7/8"
1/2 3.15/ 5.5/1 1.7/1 7.5/ 1.1/ 4.9/1 Mi 14 12 6.3/1 5.3/8 30.1/ 45.1/ 67.7/ 4.7/1 48.3/ 1.7/8
5X9" 7" 59" 1.1/2" (9
" 16" 6" 6" 8" 2" 6 n. 4.69 5.87 6 " 4" 2" 8" 6" 8" "
FIOS)
05" 1"
131, 161,
12, 193 76, 128, Má 86 92 192, 171, 149, 768, 1155 1755 115, 1244,
139,7X254,0 103,2 139,7 44,4 1524 44,4 22,2 47,6
7 ,7 2 6 x. 5.19 6.37 1 4 2 3 ,7 ,8 9 6
15" 5" 18.20
D 80000
131, 161, 0
7/8"
1/2 4.1/1 7.5/ 5.1/1 Mi 84 88 7.9/ 6.3/4 5.7/8 30.1/ 45.1/ 69.1/ 4.9/1 1.7/8
5.1/2X10" 5.1/2" 1.3/4" 3" 60" 1.3/4" (9 49"
" 6" 8" 6" n. 5.19 6.37 16 " " 4" 2" 8" 6" "
FIOS)
05" 1
12, 193 76, 141, Má 144, 177, 177, 185, 163, 768, 1155 1549 1803 1247, 22.70
E 152,4X279,4 114,3 150,8 46 127 49,2 25,4 50,8 100000
7 ,7 2 3 x. 56 8 8 7 5 3 ,7 ,4 ,4 8 0
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5691 7000
5" "
144, 177,
1"
1/2 5.15/ 1.13/ 7.5/ 5.9/1 Mi 54 7 8.1/ 7.5/1 6.7/1 30.1/ 45.1/ 1.15/ 49.1/
6X11" 4.1/2" 3" 61" 71" 5" (8 2"
" 16" 16" 8" 6" n. 5690 6.99 4" 6" 6" 4" 2" 16" 8"
FIOS)
5" 6"
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COTA DESCRIÇÃO
J maior diâmetro da parte cônica
I diâmetro da sede da roda
H diâmetro da sede do guarda pó
G diâmetro da manga
F diâmetro da flange/rebaixo topo eixo
E metade parte cilíndrica centro eixo
D sede da roda
C sede do guarda pó
B1 e B2 manga do eixo
A rebaixamento topo eixo
comprimento furo fixação tampa
V
rolamento
U comprimento entre sedes dos guarda-pós
diâmetro furo fixação da tampa do
T
rolamento
R raios de concordância
comprimento centro da manga ao topo do
P
eixo
O comprimento total do eixo
N comprimento entre centros de mangas
M comprimento entre sedes das rodas
L comprimento central
K diâmetro da seção cilíndrica central
Eixos – locomotiva
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Tipo de
B C F G H I K L N O R1 R2 R3 R4 R5
locomotiva
139,8016 206,4004
139,77X217,49 53,98 138,1 Máx. 170,25 Máx. 184,15 727,87 1590,67 Máx. 1812,9 38,1 25,4 38,1 1,59 6,3
5,504 8,126
U-12B
139,7762 206,375
5.1/2x10 2.1/8 5.7/16" Min. 6,702 Min. 7.1/4 28.21/32 62.5/8 Min. 71,37 1.1/2 1 1.1/2 1/16 1/
5,503 8,125
346,0
157,28 206,38 1860,60
157,26X298,45 47,62 154,25 Máx. 190,5 Máx. 184,15 727,87 Máx. 38,01 38,01 38,1 1,59 25,
6,192 8,125 73,25
U-13
157,23 206,35 1860,50
6.1/2X12" 1.7/8 6,073 Min. 7.1/2" Min. 7.1/4 28.21/32 Min. 1.1/2 1.1/2 1.1/2" 1/16 1
6,19 8,124 73,25
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
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Marcação
Todo eixo deve ser identificado com as informações da sua fabricação. Devem constar:
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LIMITES DE
PASSO DIAMETRAL DA
CONDENAÇÃO
ENGRENAGEM
A B
50,8 (2") ou mais grosso 1,58 (1/16") 3,175 (1/8")
57,15 (2.1/4") 1,58 (1/16") 3,175 (1/8")
63,5 (2.1/2") 1,58 (1/16") 3,175 (1/8")
76,2 (3") 0,794 (1/32") 1,58 (1/16")
88,9 (3.1/2") 0,794 (1/32") 1,58 (1/16")
101,6 (4") ou mais fino 0,794 (1/32") 0,794 (1/32")
Mancais
Tipos de fricção
Trabalham diretamente na manga do eixo;
Têm lubrificação constante por meio de estopas embebidas em óleo;
São feitos de bronze e revestidos internamente com metal antifricção;
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
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Tipo de caixa
Tipo de cartucho
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Vagões
adaptador).
Baixa;
Por estar exposto, em
Alta resistência devido à
qualquer descarrilamento o
RESISTÊNCIA A ACIDENTES robustez da caixa de graxa
rolamento sofre impacto com
que protege os rolamentos.
trilho e quebra, ou solta anel
retentor.
DURABILIDADE 10 anos Acima de 20 anos
Três vezes o valor de um
1/3 do valor do conjunto de conjunto de rolamento do
CUSTO
caixa de graxa completo. cartucho completo (rolamento
e adaptador).
MONTAGEM DO RODEIRO
Agora você irá aprender os procedimentos que deverão ser seguidos no momento da
montagem do eixo.
Inspeção do eixo
No torno horizontal, preso pelo furo de centro;
Limpeza feita por raspadores e estopas humedecidas com solventes.
Verificação
Concentricidade das mangas do eixo por meio de relógio comparador;
Os eixos com empenos no sentido longitudinal devem ser descartados para a
aplicação na manga em que se encontram;
Podem ser rebaixados através de nova usinagem para perfil de eixo de manga
inferior;
A excentricidade do eixo em toda sua extensão não deve exceder a 0,13mm
(0,005”).
Imperfeição superficial
O eixo deverá ser rejeitado se apresentar marca de pancada, fissura ou arranhão
na parte central ou entre a manga do eixo e a sede de eixamento;
Esses pontos podem provocar fadiga do eixo por causa das características cíclicas
de seu trabalho;
Imperfeições na sede de eixamento devem ser esmeriladas para que saiam as
partes salientes. Não de realizar medição para verificar se houve perda de medida;
Se a profundidade das imperfeições for maior que 1/8”, será admitida a usinagem
das sedes de eixamento, a fim de se criar uma medida especial para a montagem
das rodas.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Como o eixo tem solicitação cíclica, ou seja, gira junto com a roda, os pontos de
solicitação estão sempre se alterando, exigindo que o eixo tenha uniformidade
estrutural, física e química.
IMPORTANTE SABER!
Eixos de locomotiva são retificados por rolamento nas sedes do mancal de suspensão do
motor de tração com acabamento superficial de Ra = 0,8mm.
A usinagem do furo do cubo da roda deve estar de acordo com as medidas da sede do
eixo e obedecer à interferência mínima de 0,001” e à máxima de 0,0015”, para cada
polegada de diâmetro da manga do eixo.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
O eixamento das rodas é feito por meio de interferência. As rodas são montadas com
prensamento a frio. Observe a faixa de pressão recomendada:
Devem ser usados lubrificantes no furo do cubo da roda para diminuir os atritos com o eixo
e evitar grimpamento. Esse lubrificante é constituído pelos seguintes elementos:
mistura à base de alvaiade de chumbo com óleo de linhaça;
graxa à base de bissulfeto de molibdênio.
São utilizados gabaritos para montagem eqüidistante e centralizada das rodas do eixo. A
distância da face interna do aro entre as rodas (bitola de eixamento) é:
rodas CD-29 / CF-36 / E-40: 913 a 920mm;
rodas CA-30: 911 a 913mm.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Rolamento de cartucho
O rolamento de cartucho é montado a frio por meio de prensa hidráulica, com acessórios
para cada medida de manga de eixo. A interferência do diâmetro interno dos cones de
rolamento com a manga de eixo é de 0,051mm a 0,101mm (0,002” a 0,004”) de aperto.
Deve-se passar uma camada de óleo mineral grosso na manga do eixo antes de aplicar o
rolamento. Depois é necessário aplicar uma camada de material antiferruginoso (de
secagem rápida) na parte do eixo que vai do raio de encosto do labirinto ao cubo da roda.
Os rolamentos são montados com pressão de 40 a 60 toneladas. Na montagem de fixação
do eixo é preciso colocar placa de trava nos parafusos.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Rolamentos autocompensadores
labirinto;
rolamento;
anel separador;
segundo rolamento.
Faça um ajuste com pancada seca na pista interna do rolamento para forçar e
garantir o encosto dos rolamentos no anel separador.
NOTA: É necessário pressionar a graxa para que ela penetre nos espaços vazios
dos rolamentos.
A folga interna do rolamento é conferida com um calibrador de lâminas para que se tenha
certeza de que não foi alterada após a aplicação do rolamento na manga do eixo. O valor
máximo dessa folga é de 0,35mm.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
É necessário verificar o deslocamento da caixa de graxa no sentido axial. Para isso deve-
se empurrá-la para dentro e trazê-la para fora. A folga deve ser no máximo de 1 mm.
DESMONTAGEM DO RODEIRO
Os rodeiros devem ser desmontados quando for necessário substituir a roda ou o eixo,
pelas seguintes razões:
a roda atingir o limite de utilização;
avarias diversas na roda. Por exemplo: trinca ou quebra;
pancadas no eixo;
descontinuidade detectada no exame por ultra-som;
empeno ou grimpamento de manga ou sede de labirinto;
ruptura do eixo;
medida da manga abaixo do mínimo recomendado (manga fraca).
A base de contato com pedestal do lateral é a região que mais sofre desgaste na caixa de
graxa. Por isso, é preciso soldar uma nova chapa de desgaste.
A retirada dos rolamentos da manga do rodeiro é feita com o auxílio de uma prensa
hidráulica. Isso vale tanto para rolamentos de cartucho como para rolamentos
autocompensadores.
Os rolamentos devem ser lavados em máquinas com desengraxante e ser enxutos com
panos limpos. Naqueles que apresentarem início de corrosão na parte externa da pista,
devem ser utilizadas lixas “roda grão 80”.
Os rodeiros sem mancais devem ter as cordas cortadas (sangria) com maçarico, no
sentido radial do friso, até o cubo da roda. O corte alivia a pressão entre a roda e o eixo.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
O eixo deve ser inspecionado e montado com novas rodas para constituir um novo rodeiro.
Sem o corte, o eixo pode ser danificado, dada a força exercida sobre o topo para a retirada
da roda (até 350 toneladas).
A inspeção dos rolamentos é feita com lupa na pista de contato e nos roletes. Se
detectados pontos de fadiga, os rolamentos deverão ser rejeitados.
rolamentos sem defeitos visuais deverão ter as folgas radiais conferidas com calibre
de lâmina;
rolamento autocompensador para manga “C”: folga de 0,26mm;
rolamento autocompensador para manga “D”: folga de 0,30mm;
rolamentos tipo cartucho devem ter as folgas axiais conferidas na faixa de 0,025 a
0,51mm. Então, deverão ser engraxados, desmontados e aplicados nas mangas
dos rodeiros.
O perfil original da roda nova deve ser refeito com a retirada de massa existente no aro,
diminuindo o diâmetro da roda. O processo de reperfilamento do rodeiro é feito em torno
horizontal, dotado de copiador, para que seja igual ao perfil de todas as rodas.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Torneamento econômico
Tem como objetivo um maior aproveitamento da roda. O torneamento econômico consiste
em retira–la para reperfilamento do friso quando ela atingir a medida de 15/16” (24mm).
Não se pode esperar que chegue ao limite de ¾” (19mm).
Nota: Esse procedimento é normatizado pela AAR.
Vantagens
Retira-se menos material do aro para recompor o friso;
O tempo de rodagem da roda com um perfil próximo ao original é maior;
Diminuem os atritos e os desgastes.
Torneamento alternativo
Esse procedimento é realizado para que se obtenha um melhor aproveitamento da roda
em sua última vida, quando não oferecer mais condições de ser restaurado conforme o
perfil original.
INSPEÇÃO DE RODEIROS
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Deve-se retirar o rodeiro se durante a inspeção em rolamentos do tipo caixa de graxa for
detectado algum dos seguintes defeitos:
Vazamento de graxa
O rodeiro que tiver com graxa em excesso na caixa ou no disco parabólico da roda está
apresentando vazamento.
Rolamento grimpado
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Ruído anormal
Se a caixa, ao ser girada com a mão, apresentar qualquer tipo de ruído, será constatado
que há falha no rolamento.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
O rodeiro deverá ser retirado se, durante a inspeção em rolamentos do tipo cartucho, for
detectado algum dos seguintes defeitos:
Por menor que seja a trinca ou a quebra na capa, isso pode ser comprometedor para o
rolamento.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Vazamento de graxa
capa;
anel de vedação;
tampa;
anel de encosto.
Rolamento grimpado
Será constatada essa situação se, ao se girar o rolamento com a mão, o anel de encosto
também for “carregado”.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Ruído anormal
Se ao se girar o rolamento for detectado qualquer tipo de ruído, será caracterizado que há
falha do rolamento.
Folga axial
Retorquemento:
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Vagões
Capa desgastada
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Inspeção de rodas
O rodeiro deverá ser retirado se, durante a inspeção, nas rodas forem detectados os
seguintes defeitos:
Friso fino
O friso da roda não deve ser menor que 19mm (padrão Vale).
FRISO
FINO FRISO
FINO
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Vagões
FRISO NORMAL
FRISO NORMAL
Marcação na roda
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Vagões
Friso alto
Bandagem quebrada
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Vagões
Marcas na roda
Escoamento
Trincas térmicas
Calo
Algumas rodas apresentam calo maior que 2” (comprimento) ou dois calos adjacentes
maiores que 1.1/2”.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Escamação
Inspeção em eixos
O rodeiro deverá ser retirado se durante a inspeção dos eixos forem detectados os
seguintes defeitos:
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Corrosão em excesso
Casos especiais
é proveniente de acidente;
ficou imerso em qualquer produto, inclusive água;
houve contato direto com solda ou maçarico;
tenha atuado Hot-BOX;
atuou pelo detector de impacto;
houve descarrilamento.
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Vagões
Código de cores
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Vagões
A S C M O L A S I T V S D F G H S A V A
U T O E D F H J Ç I O P P O V P E U C L
L R X U P Ç K H N M L U U A C K T L D A
P I Ç O Y I A X U O T B B R D L O P R V
U A Ç O Y I A X U N I N N O R Ç R U E A
B N E D F H J Ç E E R A A D E A D B I N
N G X V Y T P O L I A U U A I S E N O C
E U R O D E I R O R N L L S O X G A V A
I L A X C B M O P A T V S D F G R U F D
X O O E D F H J Ç D E X U P Ç K A L V E
O D X U P Ç K H N O D W I T R S D Ç C F
V E P Y S Ç O Y I T O Ç O Y I A U Ç D O
C F U T A A S F T R U Q U E O P A Ç R R
D R B G P P E S V U A S H G U P Ç Ç E Ç
R E N F A O D O G Q V S D F G H A Ç I A
E I A H T U S U B U O E D F H J O Ç O
I O U B A R R A D E C O M P R E S S A O
O E D F H J Ç O Y I A X U P Ç K H N D A
V S D F G H R O L A M E N T O A S E C V
F W T E O I P Ç J K S X C V W E F R Y T
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
( ) Existem cavidades em suas extremidades para o encaixe das cunhas de fricção dos
amortecedores.
( ) Tem a função de ligar alguns elementos, como: tirantes, alavancas, barra de
compressão e setor de graduação.
( ) Desempenham a função de manter a travessa central em permanente contato com as
laterais, amortecendo variações de movimento e carga sobre elas.
( ) Interliga e transfere força para o acionamento dos triângulos de freio.
4. Existe uma forma de montagem para o truque Ride-Control e outra para o truque
Barber. Baseado nesta informação, ordene numericamente as etapas de montagem
de cada um destes truques.
Ride-Control Barber
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
d. Rodeiros de locomotivas têm _________ que transfere o torque do motor de tração para
a roda dentada montada no eixo do rodeiro e para o pião montado no eixo de motor de
tração.
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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de
Vagões
Horizontal
Vertical
2. As mangas do eixo são medidas em nove pontos diferentes.
3. A ____ do furo do cubo da roda deve estar de acordo com as medidas da sede do eixo.
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