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SEGUNDO ESTUDO DIRIGIDO

Lucas Rodrigues Lopes

Questão 1:
A invalidade da noção de pureza teórica e neutralidade moral na ciência começa a
partir da observação de que a mesma é produzida por seres humanos, que são formados a
partir de diferentes experiências e percepções do mundo que nos circunda, o que pode
causar, em um primeiro plano, a uma seleção, interpretação e formulação de dados e
teorias que podem ser direta ou indiretamente guiadas pela cultura, valores e experiências
de vida daqueles que estão conduzindo certa pesquisa ou estudo.
Outros aspectos que costumam interferir na ciência, são o financiamento e a
situação política do momento. A pesquisa científica costuma necessitar de um bom
investimento financeiro para que possa prosseguir, e não somente é possível que ocorra
uma pressão e influência nos resultados por parte desses financiadores, como também é
possível haver pressão política em cima da pesquisa, tanto por conta de financiamento
quanto pela existência de certo interesses por trás dos resultados obtidos.
Por esses e outros diversos motivos, é possível visualizar uma considerável falta de
neutralidade na ciência, uma vez que o ser humano nunca está isento de vieses e
interesses próprios que não necessariamente são morais ou éticos.

Questão 2:
A possibilidade de modificação dessa tendência, a partir das ideias de Marcuse,
deve vir de uma mudança total do paradigma global, resultado de uma ampla mudança
social.
Para ele, seria necessária uma completa alteração dos valores, objetivos e
necessidades. Da mesma forma que a noção de pureza e neutralidade na ciência são
invalidados por conta da parcialidade daqueles que a conduzem, financiam e se interessam
pela pesquisa, seria necessário que esses sujeitos modificassem a sua forma de pensar, e
realizassem uma influência mais crítica do ponto de vista social e ético também.
A alteração desse panorama, portanto, depende da liberação das necessidades
individuais de paz, alegria e tranquilidade. Ou seja, Marcuse parte do pressuposto de que a
ciência é totalmente enviesada, e vê como única solução para uma ciência livre e racional, a
alteração dos valores tanto da sociedade quanto dos cientistas, para que a partir desse
novo olhar, possam seguir produzindo pesquisas “parciais”, porém com uma parcialidade
pautada em bons valores, de consciência social, ambiental, financeira, entre outras.

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