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O que é o princípio regulador de

adoração?

Derek Kempa
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Aug 21, 2022

Por Purely Presbyterian [Traduzido por Derek R. Kempa]

O princípio regulador do culto definido


Nós só podemos nos achegar a Deus nos termos Dele, não somente para a
salvação, mas também para a adoração. O Princípio Regulador do Culto(RPC) é
a doutrina de que tudo que na adoração tenha significado religioso deve ser
prescrito nas Santas Escrituras, seja explicitamente ou por boa e necessária
consequência, de tal modo que “tudo que está além da Palavra de Deus, é contra
a Palavra de Deus”[1]. Colocando de outra forma, “na adoração divina não deve
haver nada levado à Deus além do que Ele mandou, seja o que for que
envolvamos na adoração, devemos ter justificativa na Palavra de Deus”[2]. Em
última análise, o Princípio Regulador da Adoração não é nada mais do que a
aplicação específica do Sola Scriptura, que a Escritura sozinha é a regra
suficiente para fé e vida, na adoração. A confissão de fé de Westminster 21:11
define a RPA dessa maneira:
o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele
mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser
adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou
sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de
qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras.
A RPC não rejeita somente as coisas contrárias a Escritura, ela é uma rejeição
das coisas que são indiferentes também, no caso de serem instituídas na
adoração. A igreja não pode autorizar nada espiritualmente significante que não
seja “ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e
claramente deduzido dela” (CFW 1:6), não importando quão edificante ou
benéfico nós pensemos que isso seja. As coisas que são indiferentes, ou seja
nem ordenadas e nem proibidas, não podem ser instituídas para a adoração a
Deus. Nos atos de adoração, para Deus o “não ordenado é ser proibido”[3]

Só Deus é senhor da consciência, e ele deixou livre das doutrinas e


mandamentos humanos que em qualquer coisa, sejam contrários à
sua palavra ou que, em matéria de fé ou de culto estejam fora dela.
Assim crer em tais doutrinas ou obedecer a tais mandamentos como
coisa de consciência é trair a verdadeira liberdade de consciência; e
requerer para elas fé implícita e obediência cega e absoluta é destruir
a liberdade de consciência e a mesma razão. (CFW 20:2)
O RPC aplica-se ao tempo específico da adoração, e não para todos os aspectos
da vida. O rev. Matthew Winzer diferencia o princípio de adoração da ideia de
que devemos glorificar à Deus em tudo que fazemos.

Não é suficiente que um ato de adoração possa ser justificado com


base nas Escrituras; isso apenas constitui um princípio normativo que
é aplicável para toda a vida. Uma exegese fiel é necessária, em que a
ordem divina seja estabelecida da Palavra de Deus para a introdução
de uma ação ou função particular na adoração e governo da igreja.
Tal ação deve ser provada como (1) “acima e distinta de qualquer
poder humano e também de autoridade criada”; (2) “acima de todo o
poder justo, humano ou criado, que possa abolir ou opor-se a ordem
divina” e (3) “tão obrigatório para todas as Igrejas em todo o mundo
cristão que elas devem uniformemente se submeter a todas as
substâncias na medida do que for possível” (Jus Divinum, 7). Essa
justificativa divina só pode ser descoberta se haver um processo de
interpretação que leve em conta na análise os exemplos obrigatórios,
aprovação divina, atos divinos e os preceitos divinos da Santa
Escritura (13–35)[4]

Circunstâncias e elementos da adoração


O Princípio Regulador do Culto assume por natureza a distinção lógica entre
elementos e circunstâncias. Um elemento é uma propriedade essencial que
alguma coisa tem; é aquilo que faz a coisas ser o que ela é. Uma circunstância é
uma propriedade não-essencial que está relacionada ao elemento mas pode ser
alterada sem afetar o elemento. Usando o papel branco como exemplo, a a cor
branca é circunstancial enquanto o papel é a essência. Os elementos de
adoração são prescritos nas Escrituras, já as circunstâncias somente
acompanham naturalmente os elementos.

Resumindo o que Gillespie e Thornwell dizem sobre o poder de decisão da


igreja sobre as circunstâncias da adoração, Michael Bushell escreve:

Nada que tenha relevância religiosas pode ser permitido ser


incorporado na adoração da Igreja, a não ser que tenha base na
Escritura. A igreja tem poder limitado na decisão das circunstâncias,
a saber, aquelas que (1) não tem relevância espiritual, (2) não são
determináveis pela Escritura, (3) sem elas a adoração não pode ser
conduzida de maneira ordenada e (4) não são arbitrárias [5]
Alguns tem inadvertidamente colocado fogo estranho na adoração à Deus ao
deixaram espaço para coisas que são [tidas como espiritualmente] edificantes
sob a categoria de circunstância da adoração. Por não achar justificativa para a
coisa nas Escrituras, e estar confuso sobre a definição de circunstância, algumas
coisas acabaram sendo rotuladas como circunstâncias, que na verdade não são,
de maneira alguma, circunstância. Se pensamos em algo como edificante, mas
não tem autorização na Escritura, ele não se torna automaticamente permitido
somente se adicionarmos o rótulo de “circunstância” a ele.

Será que as circunstâncias, como definidas na confissão de Fé [1:6],


dão liberdade para praticar coisas que edificam, caso não sejam
proibidas pelas Escrituras? A reposta é uma claro não. Aquilo que
edifica é por natureza uma ação religiosa e deve, portanto, ser tido
como parte da adoração. As Circunstância genuínas não são
religiosas e somente facilitam pôr em praticar a ação que Deus
prescreveu … Uma circunstância, portanto, não é nada mais que um
meio de adoração sem qualquer significado religioso. É aquilo sem o
qual a ação como ação não poderia ser realizada. É um complemento
que acidentalmente acompanha a adoração, invés de ser uma adição
que qualitativamente muda a adoração. Aquilo que edifica não é um
complemento, e sim uma adição a adoração à Deus.
Os elementos do novo testamento são oração (Mt 6:9; Fp 4:6; 1 Tm 2:1–2; 1 Jo
5:14), a leitura e escuta da Palavra (Nm 8:8; At 15:21; Ap 1:3), pregar e ouvir a
Palavra (Nm 8:8; Mt 28:19–20; Lc 24:47; 2 Tm 4:2), cantar os salmos (Ef 5:19;
Cl 3:16; Tg 5:13), administração e recebimento dos sacramentos do batismo e
Ceia do Senhor (Mt 28:19; At 2:42; 1 Co 11:23–29) assim como juramentos
ocasionais (Dt 6:13 com Nm 10:29) e votos (Is 19:21 com Ec 5:4–5) e “debaixo
de ocasiões que surjam especialmente, separar um dia ou vários para jejum
público ou ação de graças, de acordo com o que as eminentes e extraordinárias
dispensações da providência divina deem razão e oportunidade ao Seu povo” (2
Cr 20:2–3; Es 10; Nm 9; Jl 1:14, 2:15; Zc 2: 1–3; Mt 9:15) [8]

Alguns exemplos de circunstâncias de adoração são: o horário e o lugar que, no


dia do Senhor, o culto é celebrado, a ordem da adoração (liturgia), ter bancos ou
cadeiras, o tipo de roupa que as pessoas vestem, uma pessoa comandar a
congregação em canto (precentor), etc. Nenhuma dessas coisas tem qualquer
significado espiritual, mas antes são necessárias para uma adoração ordenada.
“Assim que você coloca um sentido espiritual, ou significado sagrado, para
qualquer coisa conectada a adoração, ela se torna eo ipso parte da adoração”
[9]. Por exemplo, velas seriam circunstância de adoração se usadas para
iluminar, mas assim que elas tomam um significado religioso, como velas que
iluminam o advento, elas se tornam um elemento não permitido de adoração.

O princípio regulador do culto provado nas Escrituras


Para concluir, iremos, brevemente, passar por alguns versos citados acima onde
o RPC é ensinado. Muito tem sido escrito sobre esses versículos, então um
breve apanhado será suficiente.

Não farás para ti nenhum ídolo


Êxodo 20:4
O primeiro mandamento ensina quem o Deus verdadeiro é e que somente ele
deve ser adorado. O segundo mandamento ensina que Deus sozinho é quem
prescreve como ele quer ser adorado. Adorar a Deus da maneira que queremos
é a própria definição de idolatria. Resumindo, “qualquer adoração religiosa não
instituída pelo próprio Deus” (WLC Q. 109; cf HC Q 96) é uma violação do
segundo mandamento. Calvino observa corretamente que o PRC é o coração do
segundo mandamento:

“Embora Moisés somente fale da idolatria, não há, no entanto,


dúvidas que por Sinédoque, como no resto da lei, Ele condena todo
serviço fictício que os homens ingenuamente inventaram”
(Comentário em Êxodo 20:4)
O propósito do segundo mandamento é ilustrado mais claramente alguns versos
depois, em que o altar é a tipologia da adoração e que somos proibidos de
melhorá-lo com o trabalho de nossas mãos, “Se me fizerem um altar de pedras,
não o façam com pedras lavradas, porque o uso de ferramentas o profanaria.”
(Ex 20:25)

Deus estava ensinando Israel através de exemplos que todos os seus


esforços em melhorar o que Deus ordenou não é nada diferente do
que formas grosseiras de idolatria. Todas as tentativas de adornar a
adoração para fazê-la mais tentadora às sensações humanas, seja por
esculpir uma imagem ou só melhorar o altar, foram proibidas” [10]
Assim como a salvação não é adquirida pelas obras de nossas mãos, Deus “não
é servido por mãos de homens” (Atos 17:25), todas as formas adoração
concebidas por homens são detestáveis para Ele. Pode ser conhecido através da
natureza que nós devemos adorar a Deus da maneira como ele se agrada invés
de como nós nos agradamos (At 17:24–29), mas nós não conseguimos
saber como Deus deseja ser adorado a não ser que ele revele isso através da
revelação especial. “Tu és bom, e o que fazes é bom; ensina-me os teus
decretos.” (Salmos 119:68). “Apliquem-se a fazer tudo o que eu lhes ordeno;
não lhe acrescentem nem lhe tirem coisa alguma” (Deuteronômio 12:32).
Embora essas passagens estejam no contexto das práticas de adoração do
Antigo Testamento, que já foram cumpridas (Mt 5:17), o princípio moral se
aplica até ao Novo Testamento onde Deus suficientemente expressou em Sua
Palavra tudo que ele requer de nós, incluindo como Ele deseja ser adorado (2
Tm 3:16–17)

O fato que Deus rasgou o véu (Mt 27:51) e modificou os tipos cerimoniais e
sombras em formas mais simples de adoração na Nova Aliança, em que
adoramos a Deus “em espírito e verdade” (Jo 4:23–24), demonstra a natureza
do PRC, onde não devemos adorar Deus pela nossa ingenuidade, e sim que nós
somente podemos nos achegar a Deus em adoração segundo Sua vontade.

O princípio ‘em espírito e em verdade’ se baseia diretamente no


conteúdo da adoração. Se a adoração deve ser de acordo com a
natureza de Deus, deve também ser de acordo com o que Deus
revelou de si mesmo e regrado segundo o conteúdo e modo pelo qual
a Deus revelou nas Santas Escrituras. A sanção enunciada exclui
todas as invenções e imaginações humanas e nos alerta contra a
ofensa e perigo de oferecer fogo estranho diante do Senhor. Nenhum
princípio mais do que esse, informa mais inveja em afirmar que o que
oferecemos tem justificativa da autoridade divina[11]
G. I. Williamson resumo a exposição de Calvino em João 4:

Considere Cristo e a mulher samaritana. Ninguém expressou o


princípio regulador com mais força e clareza que Jesus em sua
conversa com ela. Como Calvino nos fala, nosso Senhor “divide o
assunto em duas partes. Primeiro, ele condena as formas de adoração
que os samaritanos usaram como sendo supersticiosas e falsas, e
declara que a forma aceitável e permitida era a dos judeus. Ele chama
atenção para a diferença de que os judeus receberam segurança da
Palavra de Deus sobre sua adoração, enquanto os samaritanos não
tinham tal certeza dos lábios de Deus. Segundo, Ele declara que as
cerimônias observadas pelos judeus estavam prestes a acabar.”
Sobre o primeiro ponto, nosso Senhor diz, “Vocês não sabem o que
estão adorando”. Calvino chega a essa conclusão: “todas as tão
conhecidas boas intenções são destruídas por esse trovão, que nos diz
que os homens não podem fazer nada além de errar quando eles são
guiados por suas próprias opiniões sem a Palavra ou comendo de
Deus”
Ele, então, lida com o segundo ponto dizendo: “nós nos diferimos dos
pais somente na forma externa, por que em sua adoração à Deus eles
estavam ligados com cerimônias as quais foram abolidas pela vinda de
Cristo”
Então, se perguntarmos o que significa adorar a Deus “em espírito e
em verdade”, Calvino nos responderia: “é a remoção da cobertura
das antigas cerimônias e reter simplesmente o que é espiritual na
adoração” Mas, o problema é: “já que o homem é carne … ele se
deleita nas coisas relacionadas a sua natureza. Isso é motivo pelo qual
eles inventam tantas coisas para adorar a Deus … [quando] eles
devem considerar que estão lidando com Deus, que não entra em
acordo com a carne assim como fogo não entra com a água”
Adorar a Deus em Espírito e em verdade, então, é adorar a Deus na
maneira que Ele ordena — agora que o Messias veio e cumpriu todas
as suas promessas da Lei cerimonial. E “é simplesmente
insuportável”, diz Calvino, “que a Lei dada por Cristo seja violada”.
Aqueles que querem adorar o verdadeiro Deus, de maneira aceitável,
devem (essa é a palavra que Jesus usou — devem) adorá-lo em
espírito e em verdade. Qualquer outra maneira é inútil. [12]
Deus nos proíbe de adorá-lo “de acordo com nossos olhos e corações”, por que
nossas mentes caídas nos fazem virar “protitutas”; a verdadeira santidade é
adorar a Deus de acordo com os Seus mandamentos (Nm 15 15:39–40).
Somente a mente de Deus pode nos guiar numa adoração santa, não podemos
fazer isso nós mesmos. Cerimônias feitas pelos homens são afronta ao Cabeça
da Igreja por que o homem não tem poder ou autoridade para inventar
elementos de adoração “pela arte e imaginação do homem” (At 17:20; cf. 1
Reis 12:33). Dar significado espiritual para algo que a Escritura não dá é o auge
da “pretensa religiosidade” (Cl 2.23), i.e. idolatria

“O que é a idolatria, se não, prescrever ritos de homens, cujo poder e virtude de


fazem aquilo que ninguém, além daquele todo o poder na terra e céu pertence
pode fazer?” [13] “regras …” tem somente “aparência de sabedoria, com sua
pretensa religiosidade” (cl 2:23), isto é, as práticas de adoração vindas do
coração e vontades humanas invés de Deus.

Nadabe e Abiu foram mortos na hora por Deus por oferecer “fogo profano [ou
fogo estranho]perante o Senhor, sem que tivessem sido autorizados” (Levítico
10:1). O fogo foi “profano”[estranho], não por que Deus mandou que eles não o
fizessem, mas mas por que Deus não mandou que eles oferecessem[14]. A arca
da aliança era para ser carregada com cada aste no ombro dos Levitas (Nm 4;
Ex 25: 12–14), mas não havia ordem para não levá-la no carro. Uzá foi morto
instantaneamente por Deus por tocar na arca da aliança (1 Cr 13:9–11), o que
foi expressamente proibido (Nm 4:15), no entanto, Davi foca no pecado maior,
que foi mover a arca de uma maneira diferente da que Deus ordenou “ Pelo fato
de vocês não terem carregado a arca na primeira vez, a ira do Senhor nosso
Deus causou destruição entre nós. Nós não o tínhamos consultado sobre
como proceder”. (1 Crônicas 15:13). Deus não estava chateado com eles por
que ele mandou não carregarem a arca daquele modo, mas por que Deus não
mandou carregar a arca daquele jeito.

Ele respondeu: “Bem profetizou Isaías acerca de vocês, hipócritas;


como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu
coração está longe de mim.
Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras
ensinadas por homens’.
Vocês negligenciam os mandamentos de Deus e se apegam às
tradições dos homens”.
Marcos 7:6–8
John Murray comenta nessa passagem:

A referência repetida naordem de Deus é de importância


paradigmática. Isso mostra que nada menos disso é o que o Noso
Senhor espera do princípio reulador da adoração à Deus. O
significado disso não é que “tradição”, em si mesma, deva ser
depreciada. Mas, é requerido que qualquer tradição que não seja
baseada sobre e derivada da prescrição divina é de origem e sanção
humana e causa a condenação tão presente no ensino do Nosso
Senhor nesse assunto. A limpeza de Jesus no templo ilustra o seu
ciúme pela santidade na casa de Deus e também o zelo santo com que
a profanação deve ser banida[15]
Na sua exposição do segundo mandamento, o reformador holandês Zacharius
Ursinus se baseia nessas “tradições de homens” dos evangelhos na resposta para
a objeção que muitas provas do PRC são encontrados no AT:

Alguns dos que objetam ao que dissemos, e falam em favor da


adoração pela vontade humana, dizem que essas passagens que
citamos condenando essa prática, somente dizem respeito as
cerimônias instituídas por Moisés, e dos mandamentos não legais dos
homens, os quais não fazem parte da adoração à Deus; e que essas
condenações não se referem àqueles preceitos que foram sancionados
pela igreja e pelos bispos, e também aqueles que não contrariam em
nada a Palavra de Deus. Mas, que esse argumento argumento é falso,
pode-se provar por certas declarações conectadas às passagens que
citamos da Escritura, as quais também rejeitam aquelas leis
humanas, que, somente sobre a sua autoridade, prescrevem qualquer
coisa sobre a adoração divina que Deus não ordenou, embora a coisa
em si não seja nem pecaminosa nem proibida por Deus. Então, Cristo
rejeita a tradição dos judeus sobre lavar as mãos, por que eles
conectavam com isso a ideia de adoração divina, mesmo isso não
sendo pecaminoso em si, dizendo: “O que entra pela boca não torna
o homem ‘impuro’; mas o que sai de sua boca, isto o torna ‘impuro’
“.”Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o
exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de
ganância e cobiça.” (Mt 15:11; 23, 25). A mesma coisa pode ser dita
do celibato e das distinções de carnes e de dias, das quais o Apóstolo
Paulo fala (Rm 14:6; 1 Tm 4:3) e que ele chama de “doutrinas do
demônio”, embora nelas mesmo elas sejam permitidas ao piedoso,
como o apóstolo ensina em outros lugares. Por que, também aquelas
coisas que são em si mesmo indiferentes, ou seja nem ordenadas
nem proibidas por Deus, se são prescritas e colocadas em prática
como adoração à Deus, ou se são pensadas como honrando a Deus
por fazê-las e desonrado a Ele por não fazê-las, são claramente
condenadas pelas Escrituras nesses versos e em outros [16]
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