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Resumo da Vida Prática Católica

baseado, principalmente, no Catecismo Maior de São Pio X.

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IGREJA UNA, SANTA, CATÓLICA, APOSTÓLICA, ROMANA DE JESUS CRISTO.
FUNDAMENTOS: MAGISTÉRIO, TRADIÇÃO, SAGRADAS ESCRITURAS.
EXTRA: DOGMAS, MILAGRES.
DOUTRINA CRISTÃ: CREDO, PAI NOSSO, MANDAMENTOS, SACRAMENTOS.
Livros: Bíblia, Catecismo da Igreja Católica, Código de Direito Canônico Extra: Manual
de Indulgências (Enchiridion Indulgentiarum), Compêndio dos símbolos, definições e
declarações de fé e moral (Denzinger, Enchiridion Symbolorum), Fundamentals of
Catholic Dogma Ludwig Ott.

Livros católicos para sempre voltar a ler:

1. Bíblia;
2. Catecismo (Interpretação e Ensino da Igreja);
3. A oração Santo Afonso Maria de Ligório;
4. Manual de Indulgências (oficial da Igreja);
5. Filotéia São Francisco de Sales;
6. Moradas do Castelo Interior Santa Teresa de Ávila;
7. Preparação para a morte Santo Afonso Maria de Ligório;
8. Legenda Áurea (vidas de santos) Beato Jacopo de Varazze;
9. Missal e manuais oficiais de rituais;
10. Código de Direito Canônico (normas jurídicas do direito canônico que regulam a
organização da Igreja Católica Romana (de rito latino));
11. Denzinger (documentos oficiais dos Papas ao longo da história);
12. Fundamentals of Catholic Dogma Ludwig Ott;
13. Livros de Santo Tomás de Aquino (filosofia cristã);
14. História da Igreja Daniel-Rops;
15. Didaqué, Patrística e Catena Aurea.
Extra: Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem São Luís Maria Grignion de
Montfort, Imitação de Cristo Tomás de Kempis, A regra de São Bento.

Vigiai e orai. - Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quem reza se salva, quem não reza se condena. - Santo Afonso Maria de Ligório.

O que é que eu vim fazer nesse mundo? Eu vim a esse mundo para amar e servir a Deus e
através do meu amor e meu serviço me unir a Ele um dia na felicidade eterna do Céu. Ponto.
Acabou. - Padre Paulo Ricardo.

O contrário do amor não é necessariamente o ódio, pode ser usar o outro. - Padre Paulo
Ricardo.

O amor supera a justiça. A justiça é dar ao outro o que é dele. O amor é dar ao outro o que é
meu. - Papa Bento XVI.

Amar significa não somente querer bem e fazer o bem, mas antes de tudo, na raiz, acolher os
outros, abrir lugar aos outros, dar espaço aos outros. - Papa Francisco.

“Eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do

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inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que
ligares na terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos
céus”; “Ensinai-os a observar tudo o que vos mandei. Eis que estou convosco todos os dias,
até o fim dos tempos”. - Nosso Senhor Jesus Cristo.
Não cometer em relação a Igreja (Una, Católica, Apostólica, Santa e inspirada há quase
2000 anos pelo Espírito Santo, através, do Santo Padre e dos Bispos reunidos com ele) o
mesmo erro que Judas cometeu em relação a Jesus, pois ele queria que o Jesus real que estava
na frente dele se adequasse ao conceito de jesus que ele tinha na cabeça dele. Ele imaginava
Jesus reinando no mundo material e subjugando os inimigos de Israel ao invés de morrendo
humilhado por nossos pecados, ele entregou então Jesus pois não acreditava que Jesus
morreria – acreditava o oposto: por estar sem saída, acreditava que Jesus manifestaria logo
Seu poder no mundo material. Da mesma forma, algumas pessoas nos dias de hoje não
querem se adaptar à Igreja real que está exercendo Sua missão com perfeição: os Teólogos da
Libertação pensam que a Igreja é socialista e começam a mexer na liturgia, reinterpretar
documentos e Concílios... tentam adequar a Igreja ao que eles imaginam ser igreja; os radicais
tradicionalistas fazem o mesmo ao tentarem estacionar a Igreja na Idade Média etc. -
Guilherme Cadoiss.

Assim diz o Senhor: “Maldito aquele que confia no ser humano, que na carne busca a
sua força e afasta do Senhor seu coração!” – Jeremias 17,5.

Eu sigo esse Mandamento!

(Observação: eu sei que é errado e não fico desconfiando das pessoas porque isto se enquadra
no pecado do juízo ou suspeita temerária (o) e o certo é esperar boas intenções das pessoas.)

Agora, em relação ao Mandamento, no sentido mais extremo da palavra – confiança –, eu não


confio em nenhum ser humano e tenho apenas três portos seguros na Terra (de forma visível,
claro que a qualquer momento eu posso rezar um Pai Nosso e conversar com Nosso Senhor
Jesus Cristo ou eu posso visitá-Lo no Santíssimo Sacramento) onde eu apoio minha fé e total
confiança, em ordem de prioridade, são eles:

1) No Ensinamento do Espírito Santo que nos é dado através do Santo Padre da Santa
Igreja Católica, que consiste: nas Declarações Ex Cathedra e nas Decisões do Sagrado
Magistério junto do Papa, nos Dogmas e no Símbolo dos Apóstolos, no Catecismo;
2) Na Bíblia Sagrada;
3) Na minha esposa que através do Sacramento do Matrimônio se tornou uma só carne
comigo, ou seja, eu confiando nela é estar confiando em mim mesmo, no sentido mais
extremo da palavra confiança.

Não ceder para a mãe de todas as heresias que é o gnosticismo que procura Verdades Eternas em
lugares onde não é a Santa Igreja Católica, porque as Verdades Eternas conhecidas são os Dogmas
Católicos e eles são revelados (e não encontrados) pelo Espírito Santo através da Igreja, quem tenta
encontrá-los fora da Igreja perde tempo pois não os encontra e ainda entra numa busca perigosíssima
que pode levar a pessoa a cair num poço de heresias que não consiga sair depois, quando ela se
submete a experimentar ocultismo, esoterismo, filosofias e religiões falsas.
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Lição preliminar da doutrina cristã e suas partes principais

Desígnio de benevolência » de criação, redenção e santificação

1) Sois cristão?
Sim, sou cristão pela graça de Deus.

2) Por que dizeis pela graça de Deus?


Digo: pela graça de Deus, porque o ser cristão é um dom de Deus, inteiramente gratuito, que
nós não podemos merecer.

3) E quem é verdadeiro cristão?


Verdadeiro cristão é aquele que é batizado, crê e professa a doutrina cristã e obedece aos
legítimos Pastores da Igreja.

4) Que é a Doutrina Cristã?


A Doutrina Cristã é a doutrina que Jesus Cristo Nosso Senhor nos ensinou, para nos mostrar o
caminho da salvação.

5) É necessário aprender a doutrina ensinada por Jesus Cristo?


Certamente, é necessário aprender a doutrina ensinada por Jesus Cristo, e cometem falta grave
aqueles que se descuidam de o fazer.

6) Os pais e patrões estão obrigados a mandar ao catecismo os seus filhos e dependentes?


Os pais e patrões são obrigados a procurar que seus filhos e dependentes aprendam a Doutrina
Cristã; e são culpados diante de Deus, se desprezarem esta obrigação.

7) De quem devemos nós receber e aprender a Doutrina Cristã?


Devemos receber e aprender a Doutrina Cristã da Santa Igreja Católica.

8) Como é que temos a certeza de que a Doutrina Cristã, que recebemos da Santa Igreja
Católica, é verdadeira? Temos a certeza de que a Doutrina Cristã, que recebemos da Igreja
Católica, é verdadeira, porque Jesus Cristo, autor divino desta doutrina, a confiou por meio
dos seus Apóstolos à Igreja Católica, por Ele fundada e constituída Mestra infalível de todos
os homens, prometendo-Lhe a sua divina assistência até à consumação dos séculos.

9) Há mais provas da verdade da Doutrina Cristã? A verdade da Doutrina Cristã é


demonstrada ainda pela santidade eminente de tantos que a professaram e professam, pela
heroica fortaleza dos mártires, pela sua rápida e admirável propagação no mundo, e pela sua
plena conservação através de tantos séculos de muitas e contínuas lutas.

10-14) As partes principais e mais necessárias da Doutrina Cristã são quatro: o Credo, o
Pai Nosso, os Mandamentos e os Sacramentos.
O Credo ensina-nos os principais artigos (dogmas) da nossa santa Fé. O Pai Nosso
ensina-nos tudo o que devemos esperar de Deus, e tudo o que Lhe devemos pedir. Os
Mandamentos ensinam-nos tudo o que devemos fazer para agradar a Deus; em resumo, amar
a Deus sobre todas as coisas, e amar ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. A
doutrina dos Sacramentos faz-nos conhecer a natureza e o bom uso desses meios que Jesus
Cristo instituiu para nos perdoar os pecados, comunicar-nos a sua graça, e infundir e aumentar
em nós as virtudes da Fé, da Esperança e da Caridade.
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Do símbolo dos Apóstolos, chamado vulgarmente o Credo

15) Qual é a primeira parte da Doutrina Cristã?


A primeira parte da Doutrina Cristã é o Símbolo dos Apóstolos, chamado vulgarmente Credo.

16) Por que chamamos ao Credo Símbolo dos Apóstolos?


O Credo chama-se Símbolo dos Apóstolos, porque é um compêndio das verdades da Fé
(dogmas), ensinadas pelos Apóstolos.

17) Quantos artigos tem o Credo?


O Credo tem doze artigos.
18) Dizei-os.
1. Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra.
2. E em Jesus Cristo, um só seu Filho, Nosso Senhor.
3. O qual foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu de Maria Virgem.
4. Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado.
5. Desceu aos infernos, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos.
6. Subiu ao Céu, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso.
7. De onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
8. Creio no Espírito Santo.
9. Na Santa Igreja Católica; na comunhão dos Santos.
10. Na remissão dos pecados.
11. Na ressurreição da carne.
12. Na vida eterna. Amém

19) Que quer dizer a palavra "creio" que dizeis no começo do Símbolo?
A palavra "creio" quer dizer: eu tenho por absolutamente verdadeiro tudo o que nestes doze
artigos se contém; e o creio mais firmemente do que se o visse com os meus olhos, porque
Deus, que não pode nem enganar-Se nem enganar-nos, revelou estas verdades à Santa Igreja
Católica, e por meio d’Ela as revela também a nós.

20) Que contêm os artigos do Credo?


Os artigos do Credo contêm tudo o que de mais importante devemos crer acerca de Deus, de
Jesus Cristo e da Igreja, sua Esposa.

21) É muito útil rezar freqüentemente o Credo?


É utilíssimo rezar freqüentemente o Credo, para imprimirmos cada vez mais no coração as
verdades da Fé.

865) Podemos compreender todas as verdades da Fé?


Não; não podemos compreender todas as verdades da Fé, porque algumas destas verdades são
mistérios.

866-867) Que são os mistérios?


Os mistérios são verdades superiores à razão, as quais devemos crer, ainda que não as
possamos compreender. Devemos crer nos mistérios, porque os revelou Deus, que, sendo
Verdade e Bondade infinitas, não pode enganar-Se, nem enganar-nos.

868) São porventura os mistérios contrários à razão? Os mistérios são superiores, porém
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não contrários à razão; e até a própria razão nos persuade a admiti-los.

869) Por que os mistérios não podem ser contrários à razão?


Os mistérios não podem ser contrários à razão, porque é o mesmo Deus quem nos deu a luz da razão,
e quem revelou os mistérios, e Ele não pode contradizer-Se a Si mesmo.

870) Onde se acham as verdades que Deus revelou?


As verdades que Deus revelou acham-se na Sagrada Escritura e na Tradição.

885) Dizei-me: o que é a Tradição?


A Tradição é a Palavra de Deus não escrita, mas comunicada de viva voz por Jesus Cristo e pelos
Apóstolos, e que chegou sem alteração, de século em século, por meio da Igreja, até nós.
(CIC 83 Dela é preciso distinguir as “tradições” teológicas, disciplinares, litúrgicas ou devocionais
seguidas, ao longo do tempo, nas Igrejas locais. Constituem elas formas particulares sob as quais a
grande Tradição recebe expressões adaptadas aos diversos lugares e às diversas épocas. À Luz da
grande Tradição, elas podem ser mantidas, modificadas, ou mesmo abandonadas, sob a Guia do
Magistério da Igreja.)

871 e 878) O que é a Sagrada Escritura (Bíblia)? Não pode haver erro na Sagrada Escritura?
A Sagrada Escritura é a coleção dos livros escritos pelos Profetas e pelos Hagiógrafos, pelos
Apóstolos e pelos Evangelistas, por inspiração do Espírito Santo, recebidas pela Igreja como
inspirados. Na Sagrada Escritura não pode haver erro algum, porque, sendo toda inspirada, o Autor
de todas as suas partes é o próprio Deus. Isto não obsta a que nas cópias e traduções da mesma
Sagrada Escritura se tenha dado algum engano ou dos copistas ou dos tradutores. Não obstante, nas
edições revistas e aprovadas pela Igreja Católica não pode haver erro no que respeita à fé ou à moral.

(CIC 133 A Igreja “exorta com veemência e de modo peculiar todos os fiéis cristãos (…) a que, pela
frequente leitura das divinas Escrituras, aprendam ‘o conhecimento do Cristo Jesus’ (Fl 3,8). Com
efeito, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”.)

(CIC 134-141 Resumindo: ●“Omnis Scriptura divina unus liber est, et hic unus liber est Christus,
quia omnis Scriptura divina de Christo loquitur, et omnis Scriptura divina in Christo impletur – Toda
a Escritura divina é um único livro. Este livro único é Cristo, já que toda Escritura divina fala de
Cristo, e toda Escritura divina se cumpre em Cristo”.
●“As Sagradas Escrituras contêm a Palavra de Deus e, por serem, inspiradas, são verdadeiramente
a Palavra de Deus”.
● Deus é o autor da Sagrada Escritura e, ao inspirar seus autores humanos, age neles e por meio
deles. Fornece assim a garantia que seus escritos ensinem, sem erro, a verdade salvífica.
● A interpretação das Escrituras inspiradas deve, antes de tudo, estar atenta àquilo que Deus quer
revelar por intermédio dos autores sagrados para nossa salvação. O que vem do Espírito só é
plenamente entendido pela ação do Espírito”.
● A Igreja recebe e venera como inspirados os 46 livros do Antigo Testamento e os 27 livros do Novo
Testamento.
● Os quatro Evangelhos ocupam lugar central, já que Cristo Jesus é seu centro.
● A unidade dos dois Testamentos decorre da unidade do projeto de Deus e de sua revelação. O
Antigo Testamento prepara o Novo enquanto o Novo cumpre o Antigo. Os dois iluminam-se
reciprocamente. Os dois são verdadeira Palavra de Deus.
●“A Igreja sempre venerou as divinas Escrituras da mesma forma como o próprio Corpo do
Senhor”: ambos alimentam e dirigem toda a vida cristã. “Lâmpada para meus passos é tua palavra,
e luz no meu caminho” (Sl 119,105).)

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Da oração em geral

253) O que é a oração?


A oração é uma elevação da alma a Deus, para adorá-Lo, para Lhe dar graças e para Lhe pedir
o que precisamos.

254) Como se divide a oração?


A oração divide-se em mental (meditação, contemplação): é a que se faz somente com a alma;
e vocal: é aquela que é feita com palavras, acompanhadas pela atenção do espírito e da
devoção do coração.

258) Temos nós esperança fundamentada de obter por meio da oração os auxílios e graças de
que necessitamos?
A esperança de obter de Deus as graças de que necessitamos, é fundamentada nas promessas
de Deus onipotente, misericordioso e fidelíssimo, e nos merecimentos de Jesus Cristo.

261) Se a oração tem tanta eficácia, como é que tantas vezes não são atendidas as nossas
orações?
Muitas vezes as nossas orações não são atendidas, ou porque pedimos coisas que não convêm
à nossa salvação eterna, ou porque não pedimos como deveríamos.

262) Quais são as coisas que principalmente devemos pedir a Deus? Devemos principalmente
pedir a Deus a sua glória, a nossa salvação eterna e os meios para alcançá-la.

263) Não é também lícito pedir bens temporais?


Sim, é também lícito pedir a Deus bens temporais, sempre com a condição de que sejam
conformes à sua santíssima vontade, e não sejam obstáculo à nossa salvação eterna.

264) Se Deus sabe tudo aquilo de que necessitamos, por que devemos rezar?
Embora Deus saiba tudo aquilo de que necessitamos, quer todavia que nós Lho peçamos, para
reconhecermos que é Ele que dá todos os bens, para Lhe testemunharmos a nossa humilde
submissão, e para merecermos os seus favores.

265) Qual é a primeira e a melhor disposição para tornar eficaz a nossa oração?
A primeira e a melhor disposição para tornar eficaz a nossa oração é estar em estado de
graça, ou, não o estando, ao menos desejar recuperar esse estado.

266) Quais outras disposições são necessárias para bem rezar? Para bem rezar requerem-se
especialmente: Recolhimento – Quer dizer: pensar que estamos falando com Deus; e, por
isso, devemos orar com todo o respeito e devoção, evitando, quanto possível, as distrações,
que são todos os pensamentos estranhos à oração.
Humildade – Quer dizer: reconhecer sinceramente a nossa indignidade, incapacidade e
miséria, acompanhando a oração com a compostura do corpo.
Confiança – Quer dizer que devemos ter firme esperança de ser atendidos, se daí provier a
glória de Deus e o nosso verdadeiro bem.
Perseverança – Quer dizer que não devemos cansar-nos de orar, se Deus não nos atender
imediatamente, mas, sim, que devemos continuar a orar ainda com mais fervor.
Resignação – Quer dizer que devemos conformar-nos com a vontade de Deus, que conhece
melhor do que nós o que é necessário para a nossa salvação eterna, mesmo no caso em que as
nossas orações não fossem atendidas.
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274) Deus sempre atende as orações bem feitas?
Sim, Deus atende sempre as orações bem feitas; mas da maneira que Ele sabe ser mais útil
para a nossa salvação eterna, e nem sempre de acordo com a nossa vontade.

275) Que efeitos produz em nós a oração?


A oração faz-nos reconhecer a nossa dependência, em todas as coisas, de Deus, supremo
Senhor; faz-nos progredir na virtude; alcança-nos de Deus misericórdia; fortalece-nos contra
as tentações; conforta-nos nas tribulações; auxilia-nos nas nossas necessidades; e obtém-nos a
graça da perseverança final.

276) Quando precisamos especialmente orar?


Devemos orar especialmente nos perigos, nas tentações e no momento da morte; além disso,
devemos orar frequentemente, e é bom que o façamos pela manhã e à noite, e no princípio das
ações importantes do dia.

277) Por quem devemos orar?


Devemos orar por todos; isto é, por nós mesmos, pelos nossos parentes, superiores,
benfeitores, amigos e inimigos; pela conversão dos pobres pecadores, por aqueles que estão
fora da verdadeira Igreja, e pelas benditas almas do Purgatório.

336) Por que razão a Santíssima Virgem é tão poderosa?


A Santíssima Virgem é tão poderosa porque é Mãe de Deus, e é impossível que não seja por
Ele atendida.

337) Que nos ensinam os Santos sobre a devoção à Virgem Maria?


Sobre a devoção a Maria, os Santos nos ensinam que os seus verdadeiros devotos são por Ela
amados e protegidos com amor de Mãe muito terna, e por meio d’Ela têm a certeza de
encontrar Jesus Cristo e alcançar o Paraíso.

338) Qual a devoção à Virgem Maria que a Igreja nos recomenda de modo especial?
A devoção que a Igreja nos recomenda de modo especial em honra à Santíssima Virgem é a
recitação do santo Rosário.

339) É coisa boa e útil recorrer à intercessão dos Santos?


É coisa utilíssima invocar os Santos, e isso deve ser feito por todos os cristãos. De modo
particular devemos rezar ao nosso Anjo da Guarda, São José, protetor da Igreja, os Santos
Apóstolos, o Santo de nosso nome e os Santos protetores da diocese e da paróquia.

371) Qual é a diferença do culto que prestamos a Deus e o culto que prestamos aos Santos?
Entre o culto que prestamos a Deus e o culto que prestamos aos Santos há esta diferença: que
a Deus adoramo-Lo por sua excelência infinita, ao passo que aos Santos não os adoramos, em
vez disso, somente os honramos e veneramos como amigos de Deus e nossos intercessores
junto a Ele. O culto que prestamos a Deus chama-se latria, isto é, de adoração, e o culto que
prestamos aos Santos chama-se dulia, isto é, de veneração aos servos de Deus; enfim o culto
especial que prestamos a Maria Santíssima chama-se hiperdulia, isto é, veneração muito
especial, como a Mãe de Deus.

341) Quando dizemos que um Santo concedeu uma graça, o que queremos dizer?
Quando dizemos que um Santo concedeu uma graça, queremos dizer que esse Santo obteve de
Deus aquela determinada graça.
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Pai Nosso

278) Qual é a oração vocal mais excelente?


A oração vocal mais excelente é aquela que o próprio Jesus Cristo nos ensinou, isto é, o Pai
Nosso.

279) Por que é o Pai Nosso a oração mais excelente?


O Pai Nosso é oração mais excelente porque foi o próprio Jesus Cristo que a compôs e no-la
ensinou; porque contém claramente, em poucas palavras, tudo o que podemos esperar de
Deus; e porque é a regra e o modelo de todas as outras orações.

280) É também o Pai Nosso a oração mais eficaz?


O Pai Nosso é também a oração mais eficaz, porque é a mais agradável a Deus, porque é feita
com as mesmas palavras que nos ditou o seu Divino Filho.

281) Por que se chama o Pai Nosso oração dominical?


Chama-se o Pai Nosso oração dominical, que quer dizer oração do Senhor, precisamente
porque a ensinou Jesus Cristo por sua própria boca.

282) Quantas petições há no Pai Nosso?


No Pai Nosso há sete petições precedidas de um preâmbulo.

283) Rezai o Pai Nosso.


Pai Nosso, que estais no Céu:
1. Santificado seja o vosso nome.
2. Venha a nós o vosso reino.
3. Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu.
4. O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
5. Perdoai-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
6. E não nos deixeis cair em tentação.
7. Mas livrai-nos do mal. Amém

284) Por que, invocando a Deus no princípio da oração dominical, O chamamos nosso Pai?
No princípio da oração dominical chamamos a Deus nosso Pai para despertar a nossa
confiança na sua infinita bondade, visto sermos seus filhos.

285) Por que podemos nós dizer que somos filhos de Deus?
Somos filhos de Deus:
1. porque Ele nos criou à sua imagem e nos conserva e governa com a sua providência;
2. porque, por especial benevolência, Ele nos adotou no Batismo como irmãos de Jesus
Cristo e co-herdeiros, juntamente com Ele, da eterna glória.

286) Por que chamamos a Deus Pai nosso, e não Pai meu?
Chamamos a Deus Pai nosso e não Pai meu, porque todos somos seus filhos, e portanto
devemos considerar-nos e amar-nos todos como irmãos, e orar uns pelos outros.

287) Estando Deus em toda a parte, por que é que Lhe dizemos: que estais no Céu?
Deus está em toda a parte; mas dizemos: Pai Nosso que estais no Céu, para elevar os nossos
corações ao Céu, onde Deus se manifesta na glória aos seus filhos.

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Mandamentos de Deus e da Igreja

344) Por que têm esse nome os Mandamentos da Lei de Deus?


Os Mandamentos da Lei de Deus têm esse nome porque foi o próprio Deus que os gravou na
alma de cada homem e os promulgou no monte Sinai, na antiga Lei, esculpidos em duas
tábuas de pedra, e porque Jesus Cristo os confirmou na Lei nova.

347) Somos obrigados a observar os Mandamentos?


Sim, todos somos obrigados a observar os Mandamentos, porque todos devemos viver
segundo a vontade de Deus, que nos criou; e basta transgredirmos gravemente um só deles
para merecer o Inferno.

348) Podemos observar os Mandamentos?


Podemos, sem dúvida, observar os Mandamentos da Lei de Deus, porque Deus não nos
manda nenhuma coisa impossível, e dá a graça para os observar a quem a pede devidamente.

349) Que se deve considerar em cada Mandamento?


Em cada Mandamento deve-se considerar a parte positiva e a negativa; isto é, o que nos é
ordenado e o que nos é proibido.

Os Mandamentos da Lei de Deus são dez: os três primeiros pertencem à honra de Deus
e os outros sete ao proveito do próximo.

1. Amar a Deus sobre todas as coisas.


2. Não tomar seu santo nome em vão.
3. Guardar os domingos e festas.
4. Honrar pai e mãe.
5. Não matar.
6. Não pecar contra a castidade.
7. Não furtar.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.

Estes dez Mandamentos se encerram em dois: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a nós mesmos.

474) Quantos e quais são os preceitos da Igreja?


Os preceitos da Igreja são cinco:
1. Ouvir Missa Inteira nos domingos e festas de guarda.
2. Confessar-se ao menos uma vez cada ano.
3. Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição.
4. Jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Mãe Igreja.
5. Pagar dízimos segundo o costume.

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Natureza dos Sacramentos

516) Que se entende pela palavra Sacramento?


Pela palavra Sacramento entende-se um sinal sensível e eficaz da graça, instituído por Jesus
Cristo, para santificar as nossas almas.

517) Por que chamais aos Sacramentos sinais sensíveis e eficazes da graça?
Chamo aos Sacramentos sinais sensíveis e eficazes da graça, porque todos os Sacramentos
significam, por meio de coisas sensíveis, a graça divina que eles produzem na nossa alma.

518) Explicai com um exemplo como os Sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça.
No Batismo, o ato de derramar a água sobre cabeça da pessoa, e as palavras: Eu te batizo, isto
é, eu te lavo, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, são um sinal sensível do que o
Batismo opera na alma; porque assim como a água lava o corpo, assim a graça, dada pelo
Batismo, purifica a alma, do pecado.

519) Quantos e quais são os Sacramentos?


Os Sacramentos são sete, a saber:
1. Batismo.
2. Confirmação.
3. Eucaristia.
4. Penitência.
5. Extrema-Unção.
6. Ordem.
7. Matrimônio.

520) Quantas coisas se requerem para fazer um Sacramento?


Para fazer um Sacramento requerem-se a matéria, a forma, e o ministro, que tenha intenção de
fazer o que faz a Igreja.

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Do efeito principal dos Sacramentos, que é a graça

524) Que é a graça?


A graça de Deus é um dom interior, sobrenatural, que nos é dado sem merecimento algum da
nossa parte, mas pelos merecimentos de Jesus Cristo, em ordem à vida eterna.

525) Como se divide a graça?


Divide-se a graça em: graça santificante, que se chama também habitual; e graça atual.

526) Que é a graça santificante?


A graça santificante é um dom sobrenatural, inerente à nossa alma, que nos faz justos, filhos
adotivos de Deus e herdeiros do Paraíso.

527) Quantas espécies há de graça santificante?


Há duas espécies de graça santificante: graça primeira, e graça segunda.

528) Que é a graça (santificante) primeira?


A graça primeira é aquela pela qual o homem passa do estado de pecado mortal ao estado de
justiça, de amizade com Deus.

529) E que é a graça (santificante) segunda?


A graça segunda é um aumento da graça primeira.

530) Que é a graça atual?


A graça atual é um dom sobrenatural que ilumina nossa inteligência, move e fortalece a nossa
vontade, a fim de que pratiquemos o bem e evitemos o mal.

531) Podemos nós resistir à graça de Deus?


Sim, podemos resistir à graça de Deus, porque ela não destrói o nosso livre arbítrio.

532) Só com as nossas forças, podemos nós fazer alguma coisa que nos seja útil para a vida
eterna?
Sem o auxílio da graça de Deus, só com as nossas forças, não podemos fazer nada que nos
seja útil para a vida eterna.

533) Como nos comunica Deus a graça?


Deus nos comunica a graça principalmente por meio dos santos Sacramentos.

534) Além da graça santificante, conferem-nos os Sacramentos mais outra graça?


Os Sacramentos, além da graça santificante, conferem também a graça sacramental.

535) Que é a graça sacramental?


A graça sacramental consiste no direito que se adquire, recebendo qualquer Sacramento, de ter
em tempo oportuno as graças atuais necessárias, para cumprir as obrigações que derivam do
Sacramento recebido. Assim, quando fomos batizados, recebemos o direito a ter as graças
necessárias para vivermos cristãmente.

536) Dão sempre os Sacramentos a graça a quem os recebe?


Os Sacramentos dão sempre a graça, contanto que se recebam com as disposições necessárias.

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Dos dons do Espírito Santo

913) Os dons do Espírito Santo são sete:


1. Sabedoria - é um dom pela qual nós, elevando o espírito acima das coisas terrenas e
frágeis, contemplamos as eternas, isto é, a Verdade, que é Deus, no qual pomos nossa
complacência, amando-O como nosso sumo Bem.
2. Entendimento - é um dom pelo qual nos é facilitada quanto é possível a um homem
mortal, a inteligência das verdades da Fé e dos divinos mistérios, os quais não podemos
conhecer com as luzes naturais da nossa razão.
3. Conselho - é um dom pelo qual, nas dúvidas e incertezas da vida humana, conhecemos
o que mais convém a glória de Deus, à nossa salvação e à do próximo.
4. Fortaleza - é um dom que nos incute energia e coragem para observar fielmente a
santa Lei de Deus e da Igreja, vencendo todos os obstáculos, e os assaltos dos nossos
inimigos.
5. Ciência - é um dom pelo qual julgamos retamente das coisas criadas, e conhecemos o
modo de bem usar delas e de as dirigir ao último fim, que é Deus.
6. Piedade - é um dom pelo qual veneramos e amamos a Deus e aos Santos, e
conservamos bom ânimo bondoso e benévolo para com o próximo, por amor de Deus.
7. Temor de Deus - é um dom que nos faz reverenciar a Deus, e ter receio de ofender sua
Divina Majestade, e que nos afasta do mal, incitando-nos ao bem.

914) Para que servem os dons do Espírito Santo?


Os dons do Espírito Santo servem para nos confirmar na Fé, na Esperança e na Caridade, e
para nos tornar solícitos aos atos das virtudes necessárias para conseguir a perfeição da vida
cristã.
Os doze principais frutos do Espírito Santo

(CIC 1832 Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como
primícias da glória eterna.)
Considerando os frutos do Espírito Santo como sendo todos os atos últimos e
deleitáveis das virtudes e dos dons - ou, em outras palavras, como todas as obras virtuosas
com que nos comprazemos -, sua enumeração deveria ser muito extensa. Entretanto, São
Paulo Apóstolo distingue apenas doze em sua Epístola aos Gálatas: "O fruto do espírito é a
caridade, a alegria, a paz, a paciência, a longanimidade, a bondade, a benignidade, a
mansidão, a fidelidade, a modéstia, a continência, a castidade". (Gl 5, 22-23).
A propósito, Santo Agostinho explica que São Paulo não tinha o intuito de dar o
número exato desses dons, mas apenas mostrar o "gênero de coisas" em que devemos buscá-
los.
Santo Tomás, por sua vez, considera adequada essa enumeração paulina, explicando
que "todos os atos dos dons e das virtudes podem, com certa conveniência, ser reduzidos a
esses frutos". E classifica os frutos enumerados pelo Apóstolo conforme os diferentes modos
pelos quais o Espírito Santo procede conosco. A mente humana, esclarece o Doutor Angélico,
deve estar ordenada em si mesma, em relação ao que está ao seu lado e em relação ao que lhe
é inferior. Os três primeiros frutos do Espírito Santo - caridade, alegria e paz - ordenam a alma
em si mesma em relação ao bem, enquanto a paciência e longanimidade o fazem em relação
ao mal. Bondade, benignidade, mansidão e fidelidade a ordenam em relação aos outros; e
modéstia, continência e castidade, em relação àquilo que lhe é inferior.

13
Virtudes Sobrenaturais

852) Que é a virtude sobrenatural?


A virtude sobrenatural é uma qualidade que Deus infunde na alma, pela qual se tem
propensão, facilidade e prontidão para conhecer e praticar o bem, em ordem à vida eterna.

Virtudes Teologais

857) Quando nos infunde Deus na alma as virtudes, teologais?


Deus, pela sua bondade, infunde-nos na alma, virtudes teologais, quando nos adorna com a
graça santificante; e por isso, quando recebemos o Batismo, fomos enriquecidos com estas
virtudes, e juntamente com os dons do Espírito Santo.

858) Basta, para o cristão se salvar, o ter recebido no batismo as virtudes Teologais?
Para quem tem o uso da razão, não basta o ter recebido no Batismo as virtudes teologais; mas
é necessário fazer frequentemente atos destas virtudes.

859) Quando somos obrigados a fazer atos de Fé, de Esperança e Caridade?


Somos obrigados a fazer atos de Fé, de Esperança e de Caridade:
1. Quando chegamos no uso da razão;
2. Frequentes vezes no decurso da vida;
3. Em perigo de morte.

937) Quais são as boas obras de que se nos pedirá conta particular no dia do Juízo?
As boas obras de que se nos pedirá conta particular no dia do Juízo são as obras de
misericórdia.

939) Quantas são as obras de misericórdia?


As obras de misericórdia são catorze: sete corporais e sete espirituais, conforme são corporais
ou espirituais as necessidades que se socorrem.

940) As obras de misericórdia corporais são:


1. Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nus.
4. Dar pousada aos peregrinos.
5. Assistir aos enfermos.
6. Visitar os presos.
7. Enterrar os mortos.
941) As obras de misericórdia espirituais são:
1. Dar bom conselho.
2. Ensinar os ignorantes.
3. Corrigir os que erram.
4. Consolar os aflitos.
5. Perdoar as injúrias.
6. Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo.
7. Rogar (rezar) a Deus por vivos e defuntos.

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1. Fé

860) Que é a Fé?


A Fé é uma virtude sobrenatural, infundida por Deus, em nossa alma, pela qual nós, apoiados
na autoridade do mesmo Deus, acreditamos que é verdade tudo o que ele Revelou e por meio
da Santa Igreja nos propõe para crer.

(CIC 30 “Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor!” (SI 105,3). Se o homem pode
esquecer ou rejeitar Deus, este, da sua parte, não cessa de chamar todo homem a procurá-lo,
para que viva e encontre a felicidade. Esta busca, porém, exige do homem todo o esforço de
sua inteligência, a retidão de sua vontade, “um coração reto”, e também o testemunho dos
outros, que o ensinam a procurar Deus.)

2. Esperança

888) Que é a Esperança?


A Esperança é uma virtude sobrenatural, infundida por Deus na nossa alma, pela qual
desejamos e esperamos a vida eterna que Deus prometeu aos seus servos, e os auxílios
necessários para alcançá-la.

922) Quantas e quais são as Bem-aventuranças evangélicas?


As Bem-aventuranças evangélicas são oito:
1. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino do Céu.
925) São aqueles cujos corações são desapegados de riquezas; fazem bom uso delas, se
as possuem; não as procuram com ânsia, se não as têm; e sofrem com resignação a
perda delas se lhes são tiradas.
2. Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra.
926) São aqueles que tratam o próximo com bondade, e lhe sofrem com paciência os
defeitos e as ofensas que dele recebem, sem queixas, ressentimentos ou vingança.
3. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
927) São aqueles que sofrem com resignação as tribulações, e que se afligem pelos
pecados cometidos, pelos males e pelos escândalos que se veem no mundo, por se
verem distantes do céu, e pelo perigo de o perder.
4. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
928) São aqueles que anseiam ardentemente crescer cada vez mais na graça de Deus e
na prática de boas obras e virtude.
5. Bem-aventurados os que usam de misericórdia, porque alcançarão misericórdia.
929) São aqueles que amam a Deus, e por amor de Deus, amam ao seu próximo, se
compadecem das suas misérias, quer corporais como espirituais, e procuram socorrê-
lo conforme as suas forças e o seu estado.
6. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
930) São aqueles que não têm nenhum afeto ao pecado, sempre dele se afastam, e
evitam sobretudo todo tipo de impureza.
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7. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
931) São aqueles que conservam a paz com o próximo e consigo mesmos, e se
esforçam por estabelecer a paz entre aqueles que estão em discórdia.
8. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o
reino do Céu.
932) São aqueles que suportam com paciência os escárnios, as censuras, as
perseguições por causa da Fé e da Lei de Jesus Cristo.

923) Por que Jesus Cristo nos propôs as Bem-aventuranças?


Jesus Cristo propôs-nos as Bem-aventuranças para nos fazer detestar as máximas do mundo, e
para nos convidar a amar e praticar as máximas do seu Evangelho.

924) Quem são aqueles que o mundo chama bem-aventurados?


O mundo chama bem-aventurados aqueles que desfrutam abundância de riquezas e de honras,
que vivem em delícias e que não têm nada que os faça sofrer.

933) Que significam os diversos prêmios prometidos por Jesus Cristo nas Bem-aventuranças?
Os diversos prêmios prometidos por Jesus Cristo nas Bem-aventuranças significam todos, sob
diversos nomes, a glória eterna do Céu.

934) Alcançam-nos as Bem-aventuranças só a glória eterna do Paraíso?


As Bem-aventuranças não nos alcançam só a glória eterna do Paraíso; são também meios de
tornar nossa vida feliz, tanto quanto é possível, neste mundo.

935) Recebem já alguma recompensa nesta vida os que seguem as Bem-aventuranças?


Sim, certamente, os que seguem as Bem-aventuranças recebem já alguma recompensa nesta
vida, porque já gozam de uma paz e de um contentamento íntimos que são princípio, embora
imperfeito, da felicidade eterna.

936) Poderão dizer-se felizes os que seguem as máximas do mundo?


Não. Os que seguem as máximas do mundo não são felizes, porque não têm a verdadeira paz
da alma e estão em risco de se condenar.

511) Que são os conselhos evangélicos?


Os conselhos evangélicos são alguns meios sugeridos por Jesus Cristo no santo Evangelho,
para chegar à perfeição cristã.

(A saber: o modo como vivem – as freiras, os monges, os eremitas – em ordens religiosas ou


isolados.)

512) Quais são os conselhos evangélicos?


Os conselhos evangélicos são:
1. pobreza voluntária.
2. castidade perpétua.
3. obediência inteira, em tudo o que não seja pecado.

513) Para que servem os conselhos evangélicos?


Os conselhos evangélicos servem para facilitar a observância dos Mandamentos e para

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assegurar melhor a salvação eterna.

514) Por que os conselhos evangélicos facilitam a observância dos Mandamentos?


Os conselhos evangélicos facilitam a observância dos Mandamentos, porque nos ajudam a
desapegar o coração do amor dos bens terrenos, dos prazeres e das honras, e assim nos
afastam do pecado.

3. Caridade

893) Que é a Caridade?


A Caridade é uma virtude sobrenatural, infundida por Deus em nossa alma, pela qual amamos
a Deus por Si mesmo sobre todas as coisas, e amamos o próximo como a nós mesmos, por
amor de Deus.

894) Por que motivos devemos amar a Deus?


Devemos amar a Deus, porque Ele é o sumo Bem, infinitamente bom e perfeito, e além disso
por que Ele o manda, e pelos inumeráveis benefícios que d’Ele recebemos.

895-900) Como se deve amar a Deus?


Devemos amar a Deus sobre todas as coisas (preferi-Lo a todas as criaturas mais caras e mais
perfeitas, e estar disposto a perder tudo antes que ofendê-lo ou deixar de amá-lo) com todo o
nosso coração (consagrar-Lhe todos os nossos afetos), com toda a nossa mente (dirigir para
Ele todos os nossos pensamentos), com toda a nossa alma (consagrar-Lhe o uso de todas as
potências da alma), e com todas nossas forças (esforça-se por crescer cada vez mais no amor
d’Ele, e proceder de maneira que todas as nossas ações tenham por motivo e por fim o seu
amor e o desejo de Lhe agradar).

903) Que quer dizer: amar o próximo como a nós mesmos?


Amar o próximo como a nós mesmos quer dizer: desejar-lhe e fazer-lhe, tanto quanto
pudermos, todo o bem que desejamos para nós mesmos, e não lhe desejar nem fazer mal
algum.

904) Quando amamos a nós mesmos como se deve?


Amamos retamente a nós mesmos quando procuramos servir a Deus e n’Ele pôr toda a nossa
felicidade.
Virtudes Cardeais
Chamam-se virtudes cardeais a Prudência, a Justiça, a Fortaleza e a Temperança porque são a
base e o fundamento das virtudes morais. O nome de cardeais vêm-lhes da palavra latina cardo, que
significa a dobradiça, os gonzos da porta, e mostra como todas as virtudes giram em torno destas.
4. Prudência
909) A Prudência é a virtude que dirige toda ação ao devido fim, e por isso procura os meios
convenientes para que a ação seja em tudo bem feita, e portanto aceita pelo Senhor.
5. Justiça
910) A Justiça é a virtude pela qual damos a cada um o que lhe pertence.
6. Fortaleza
911) A Fortaleza é a virtude que nos dá coragem para não temer perigo algum, nem a própria
morte, no serviço de Deus.
7. Temperança
912) A Temperança é a virtude pela qual refreamos os desejos desordenados de prazeres
sensuais, e usamos com moderação dos bens temporais.
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Os três inimigos do homem: “A carne, o mundo, e os demônios”

Explicação da parábola do semeador: “A todo aquele que ouve a palavra do Reino e


não a entende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração; esse é o que foi
semeado à beira do caminho. O que foi semeado no terreno rochoso é quem ouve a palavra e
logo a recebe com alegria, mas não tem raiz em si mesmo, é de momento, e surgindo
tribulação por causa da palavra logo fica escandalizado. O que foi semeado no meio dos
espinhos é o que ouve a palavra, mas as preocupações mundanas e a ilusão da riqueza
sufocam a palavra, e ele fica sem fruto. O que foi semeado em terra boa, porém, é quem ouve
a palavra e a entende, esse produz fruto: um cem, outro sessenta, outro trinta” (Mt 13, 19-23).

Dos pecados e das suas espécies principais

942) Quantas espécies há de pecado?


Há duas espécies de pecado: o pecado original e o pecado atual.

943) Que é o pecado original?


O pecado original é aquele com o qual todos nascemos, exceto a Santíssima Virgem Maria, e
que contraímos pela desobediência do nosso primeiro pai Adão.

944) Que males nos causa o pecado de Adão?


Os males causados pelo pecado de Adão são: a privação da graça, a perda do Paraíso, a
ignorância, a inclinação para o mal, a morte e todas as demais misérias.

945) Como se apaga o pecado original?


O pecado original apaga-se com o santo Batismo.

946) Que é o pecado atual?


O pecado atual é aquele que o homem, chegado ao uso da razão, comete por sua livre vontade.

947) Quantas espécies há de pecado atual?


Há duas espécies de pecado atual: o mortal e o venial.

948) Que é o pecado mortal?


O pecado mortal é uma transgressão da lei divina, pela qual se falta gravemente aos deveres
para com Deus, para com o próximo, ou para com nós mesmos.

949) Por que se chama mortal?


Chama-se mortal porque dá a morte à alma, fazendo-a perder a graça santificante, que é a vida
da alma como a alma é a vida do corpo.

950) Que males causa à alma o pecado mortal?


O pecado mortal:
1. priva a alma da graça e da amizade de Deus;
2. fá-la perder o Céu;
3. priva-a dos merecimentos adquiridos e torna-a incapaz de adquirir novos;
4. torna a alma escrava do demônio;
5. fá-la merecer o Inferno e também os castigos desta vida.

951) Além da gravidade da matéria, que mais se requer para haver um pecado mortal?Além da
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gravidade da matéria, para haver um pecado mortal requer-se a plena advertência desta
gravidade, e a vontade deliberada de cometer o pecado.

952) Que é o pecado venial?


O pecado venial é uma leve transgressão da lei divina, pela qual se falta levemente a algum
dever para com Deus, para com o próximo, ou para com nós mesmos.

953) Por que se chama venial?


Porque é leve em comparação com o pecado mortal; porque não nos faz perder a graça divina;
e porque Deus facilmente o perdoa.

954) Então não se deve fazer grande caso do pecado venial?


Isto seria um erro enorme, porque o pecado venial contém sempre uma ofensa a Deus, e causa
prejuízos não pequenos à alma.

955) Que prejuízos causa o pecado venial?


O pecado venial:
1. enfraquece e esfria em nós a caridade.
2. dispõe-nos para o pecado mortal.
3. faz-nos merecedores de grandes penas temporais, neste mundo ou no outro
(Purgatório).

Dos pecados ou vícios capitais e de outros pecados mais graves

956) Que é o vício?


O vício é uma disposição má da alma que leva-a a fugir do bem e a fazer o mal, causada pela
freqüente repetição dos atos maus.

957) Que diferença há entre pecado e vício?


Entre pecado e vício há esta diferença: que o pecado é um ato que passa, enquanto o vício é o
mau hábito contraído de cair em algum pecado.

958) Quais são os vícios que se chamam capitais?


Os vícios que se chamam capitais são sete:
1. soberba (orgulho).
2. avareza.
3. luxúria.
4. ira.
5. gula.
6. inveja.
7. preguiça.

959) Como se vencem os vícios ou pecados capitais?


Os vícios ou pecados capitais vencem-se com a prática das virtudes opostas.

1. Assim, a soberba (orgulho) vence-se com a humildade;


2. a avareza, com a liberalidade (generosidade);
3. a luxúria, com a castidade;
4. a ira, com a paciência;
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5. a gula, com a temperança;
6. a inveja, com a caridade;
7. a preguiça, com a diligência e fervor no serviço de Deus.

960) Por que se chamam capitais estes vícios?


Chamam-se capitais estes vícios, porque são a fonte e a causa de muitos outros vícios e
pecados.

961) Quantos são os pecados contra o Espírito Santo?


Os pecados contra o Espírito Santo são seis:
1. desesperar da salvação.
2. presunção de se salvar sem merecimento.
3. combater a verdade conhecida.
4. ter inveja das graças que Deus dá a outrem.
5. obstinar-se no pecado.
6. morrer na impenitência final.

962) Por que se chamam estes pecados particularmente pecados contra o Espírito Santo?
Chamam-se estes pecados particularmente pecados contra o Espírito Santo, porque se
cometem por pura malícia, o que é contrário à bondade que se atribui ao Espírito Santo.

963) Quais são os pecados que bradam ao Céu e pedem vingança a Deus?
Os pecados que bradam ao Céu e pedem vingança a Deus são quatro:
1. homicídio voluntário.
2. pecado impuro contra a natureza.
3. opressão dos pobres, principalmente órfãos e viúvas.
4. não pagar o salário a quem trabalha.

964) Por que se diz que estes pecados pedem vingança a Deus?
Diz-se que estes pecados pedem vingança a Deus, porque o diz o Espírito Santo, e porque a
sua malícia é tão grave e manifesta, que provoca o mesmo Deus a puni-los com os mais
severos castigos.

20
Morte

(CIC 1013 A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo de graça e de


misericórdia que Deus lhe oferece para realizar sua vida terrestre segundo o projeto divino e
para decidir seu destino último. Quando tiver terminado "o único curso de nossa vida
terrestre, não voltaremos mais a outras vidas terrestres. "Os homens morram uma só vez" (Hb
9,27). Não existe "reencarnação" depois da morte.)
(CIC 393 O caráter irrevogável de sua opção, e não uma deficiência da infinita misericórdia
divina, faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. “Não existe arrependimento
para eles depois da queda, como não existe para os homens após a morte”.)

(CIC 1020 O cristão, que une sua própria morte à de


Jesus, vê a morte como um caminhar ao seu encontro e
uma entrada na Vida Eterna. Depois de a Igreja, pela
última vez, pronunciar as palavras de perdão da
absolvição de Cristo sobre o cristão moribundo, selá-lo
pela última vez com uma unção fortificadora e dar-lhe o
Cristo no viático como alimento para a Viagem, diz-lhe
com doce segurança estas palavras:
“Deixa este mundo, alma cristã, em nome do Pai Todo-
Poderoso que te criou, em nome de Jesus Cristo, o Filho de
Deus vivo, que sofreu por ti, em nome do Espírito Santo
que foi derramado em ti. Toma teu lugar hoje na paz e fixa
tua morada com Deus na santa Sião, com a Virgem Maria, a
Mãe de Deus, com São José, os anjos e todos os santos de
Deus. (...) Volta para junto de teu Criador, que te formou do
pó da terra. Que na hora em que tua alma sair de teu corpo
se apressem a teu encontro Maria, os anjos e todos os
santos. (...) Que possas ver teu Redentor face a face e
possas contemplar a Deus pelos séculos dos séculos”.)

Funeral: preparação e avisos

● Garantir jazigo próprio ou familiar perpétuo em cemitério, igreja ou outro lugar


sagrado católico para não ter que exumar o corpo depois (pois o jazigo oferecido pelo estado
brasileiro, lamentavelmente, é temporário). Em todos estes casos, é preciso considerar se o
local tem uma sala de velório para que as homenagens e o sepultamento ocorram sem maiores
transtornos.

● No Catolicismo, o velório e o enterro são realizados em períodos muito próximos, com


um intervalo, em geral, de 24 horas após a confirmação da morte. Durante o velório, são
colocados: incensos, velas, flores, água benta, imagens de santos, crucifixo. Neste momento,
são realizadas orações por amigos e parentes e o Rito das Exéquias pelo padre.
21
● Tomar cuidado com enfeites luxuosos e costumes que não são obrigatórios e podem até
ser contrários à Fé Católica; O processo é feito pelo estado e não por agências privadas
(golpe, máfia), apesar de existir plano funerário.

● Laudo pericial: caso a morte aconteça por motivos violentos ou acidentes, o corpo é
encaminhado ao Instituto Médico Legal e é preciso esperar o atestado de óbito. O responsável
pela perícia (geralmente o médico legista) deve, então, escrever o seu parecer sobre a causa da
morte e também outras questões que possam ser relevantes em uma investigação criminal.
Apenas quando o laudo está pronto e o corpo é liberado é que a família pode dar sequência ao
processo, direcionando o corpo para o sepultamento. Vale lembrar que essa etapa é essencial
nos tipos de morte mencionados para que problemas futuros sejam evitados, como até mesmo
uma possível exumação.

● Guia de sepultamento: trate-se de outro documento fundamental, que deve ser entregue
ao cemitério; A guia de sepultamento é o último passo em relação aos documentos para que a
pessoa possa ser sepultada de acordo com a lei.

● Certidão de óbito: passado o momento do sepultamento, os familiares seguem para


suas casas e tem até 15 dias para fazer a certidão de óbito, de acordo com o art. 78 c/c art. 50
da Lei número 6015/73. Só pode ser solicitada com o atestado de óbito em mãos – portanto,
guarde-o com cuidado, ainda que o momento seja conturbado. É a partir da certidão que os
processos burocráticos envolvendo a pessoa falecida vão acontecer, como questões judiciais,
finalizações de contratos, inventários, entre outros.

Execução:

● O ministro (geralmente o padre) faz o Rito das Exéquias no velório e também pode
estendê-lo até o sepultamento, e finaliza na missa do sétimo dia.
● As prescrições do Rito das Exéquias e da Última Encomendação e Despedida estão no
livro “Ritual Romano”.
● Proibição em algumas solenidades e domingos do Advento, Quaresma e da Páscoa.
● É possível levar o corpo e fazer o velório na Igreja com missa.
● É possível cremação, porém as cinzas devem ser, sepultadas ou mantidas, em local
sagrado autorizado pela Igreja; não podendo dispensá-las na terra, ar, ou água; e não podendo
o motivo da cremação ser contrário à Fé Católica.
● O padre pode dar mais suporte com o luto da família indo na residência para fazer
rituais e orações, como o Tríduo de Apoio às Famílias Enlutadas.

Como solicitar uma missa de sétimo dia na Igreja? Para solicitar uma missa de sétimo
dia, basta ir à secretária da igreja do seu bairro ou outra que você goste. Lá, vão perguntar
sobre a intenção da celebração e se pode colaborar com qualquer quantia, porém ela não é
obrigatória. Assim, na data marcada durante a oração da Eucaristia será pronunciado que a
missa é em intenção à memória e darão o nome do falecido. Aproveite e convide as pessoas
para irem assistir à missa e, assim, todos rezarem juntos para a alma da pessoa descansar em
paz.

22
Das indulgências

793) Que é a indulgência?


A indulgência é a remissão da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à
culpa, remissão que a Igreja concede fora do Sacramento da Penitência.

794) De quem recebeu a Igreja o poder de conceder indulgências?


Foi de Jesus Cristo que a Igreja recebeu o poder de conceder indulgências.

795) De que maneira nos perdoa a Igreja a pena temporal por meio das indulgências?
A Igreja perdoa a pena temporal por meio das indulgências, aplicando-nos as satisfações
superabundantes de Jesus Cristo, da Santíssima Virgem e dos Santos, as quais formam o que
se chama o tesouro da Igreja.

796) Quem tem o poder de conceder indulgências?


O poder de conceder indulgências pertence ao Papa em toda a Igreja, e ao Bispo, na sua
diocese, na medida em que lhe é concedido pelo Papa.

797) Quantas espécies há de indulgências?


Há duas espécies de indulgências: a indulgência plenária e a indulgência parcial.

798) Que é a indulgência plenária? A indulgência plenária é a que perdoa toda a pena
temporal devida pelos nossos pecados. Por isso, se alguém morresse depois de ter recebido
esta indulgência, iria logo para o céu, inteiramente isento das penas do Purgatório.

799) Que é a indulgência parcial? A indulgência parcial é a que perdoa só uma parte da pena
temporal, devida pelos nossos pecados.

800) Qual é a intenção da Igreja ao conceder as indulgências? A intenção da Igreja ao


conceder as indulgências é auxiliar a nossa incapacidade de expiar neste mundo toda a pena
temporal, fazendo-nos conseguir por meio de obras de piedade e de caridade cristã aquilo que
nos primeiros séculos Ela obtinha com o rigor dos cânones penitenciais.

801) Em que apreço devemos ter as indulgências? Devemos ter as indulgências em muito
grande apreço, porque com elas se satisfaz a justiça de Deus e mais depressa e mais
facilmente se alcança a posse do céu.

802) Quais são as condições requeridas para se ganharem as indulgências?


As condições para se ganharem as indulgências são:
1º o estado de graça, pelo menos ao cumprir a última obra, e o desapego mesmo das culpas
veniais cuja a pena se quer apagar;
2º o cumprimento das obras que a Igreja prescreve para se ganhar a indulgência;
3º a intenção de ganhá-las.

(atualmente, para a ganhar a plenária: estado de graça, intenção de ganhá-la, cumprimento


das obras e também se confessar uma semana antes, rezar pelo Papa, e comungar a
Eucaristia)

803) Podem as indulgências aplicar-se também às almas do Purgatório?


Sim, as indulgências podem aplicar-se também às almas do Purgatório quando quem as
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concede declara que se lhes podem aplicar.

804) Que é o Jubileu?


O Jubileu, que ordinariamente se concede cada vinte e cinco anos, é uma indulgência plenária,
à qual estão anexos muitos privilégios e concessões particulares, como o poder de obter-se a
absolvição de alguns pecados reservados e de censuras, e a comutação de alguns votos.

Consultar as prescrições no Manual de Indulgências (Enchiridion Indulgentiarum):


<Indulgências plenárias que podem ser lucradas todos os dias: *47 Adoração e procissão
eucarística, ao menos meia hora por dia (conc 7, 1) *63 Akathistos ou ofício Paráclisis
(conc 23, 1) *53 Exercício da Via Sacra (conc 13, 2) *69 Leitura da Sagrada Escritura, ao
menos meia hora por dia (conc 30, 1) * 56 Rosário de Maria (conc. 17, 1) * 71 Visita às
Basílicas Patriarcais de Roma (conc 33, 1.1)>

<Indulgência plenárias concedidas em determinados dias: *65 Primeiro de Janeiro (conc


26, 1.1) * 52 Semana pela unidade dos cristãos (conc 11, 1) * 71 22 de fevereiro (conc 33,3)
*49 Sexta-feira da quaresma ou da Paixão do Senhor (conc 8, 1.3) * 47 Quinta-feira Santa
(conc 7, 1.2) *53 Sexta-feira da Paixão e Morte do Senhor (conc 13, 1) * 68 Sábado Santo
(conc 28, 1) * 77 Segundo Domingo da Páscoa ou Domingo da Misericórdia (conc 26, 1.1)
* 65 Solenidade de Pentecostes (conc 26, 1.1) * 67 Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo
(conc 7, 1.3) * 44 Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus (conc 3) * 57 Solenidade
dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (conc 14, 1) 71 (conc 33, 1.2, e 3) * 71 02 de agosto
(conc 33, 1, 2, 3, 5) * 69 Todos os dias de 1 a 8 de novembro (conc 29, 1.1) * 69
Comemoração de todos os fíes defuntos (conc 29, 1.2) * 71 9 de novembro (conc 33, 1.3) *
43 Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo (conc 2) * 65 31 de Dezembro
(conc 26, 1.2)>

<Indulgências plenárias concedidas em circunstâncias particulares: *46 Benção Papal


(conc 4) * 67 Celebrações jubilares de ordenações (conc 27, 2) *48 Congressos eucarísticos
(conc 7, 1.4) *82 Decreto: a Igreja Catedral * 46 Dias dedicados a celebrações de algum fim
religioso (conc 5) * 68 Dia do aniversário do batismo (conc 28, 1) * 43 Dia da Consagração
da Família (conc 1) * 71 Dia da dedicação da igreja ou do altar (conc 33, 1.6) *72 Dia da
Igreja Estacional (conc 33, 3) * 51 Exercícios espirituais (conc 10, 1) *52 Hora da morte
(conc 12) *71 Igreja dos Institutos de vida consagrada ou de Sociedade de vida apostólica
no dia dedicado ao seu fundador (conc 33, 17) * 71 Peregrinações (conc 33, 1.1 e 3) *49
Primeira Comunhão (conc 8, 1.1) *67 Primeira Missa (conc 27, 1) *47 Procissão
eucaristica (conc 7, 1.3) * 55 Santas missões (conc 16, 1) * 70 Sínodo diocesano (conc 31)
*71 Solenidade do Titular de uma basílica menor, de uma igreja catedral, de um santuário,
de uma igreja paroquial (conc 33, 1.2, 4) *71 Visita à catedral, uma vez ao ano, em dia
escolhido pelo fiel *70 Visita pastoral>

24
Modelo de Confissão

(Ao se apresentar ao confessor, diga): Abençoai-me, padre, porque pequei.

(Tanto dias, semanas ou meses): Minha última Confissão foi há pouco mais de um mês.

(Declaração dos pecados): Meus pecados são:

- (Após o término da Confissão dos pecados pode-se acrescentar): Peço perdão pelos pecados
esquecidos e mal confessados.

(Depois, pergunte sobre o Ato de Contrição e ouça com respeito e atenção as palavras do
confessor).

(Por fim, depois da Absolvição dada pelo padre “Eu te absolvo dos teus pecados, em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo”, pergunte sobre a Penitência e cumpra-a).

“Se queres entrar para a vida eterna, guarda os Mandamentos.” (Mt 19, 16-17)

Oração para antes do exame de consciência

Meu Deus e Senhor, eu me preparo para receber o santo Sacramento da Penitência.


Iluminai o meu espírito, a fim de que eu conheça claramente o número e a gravidade dos meus
pecados, deles me arrependa, e os confesse ao vosso ministro com verdadeira dor e firme
propósito de nunca mais Vos tornar a ofender. Amém.

Para fazer uma boa confissão é preciso

1. Exame de consciência para descobrir os meus pecados: leva em conta matéria +


consciência + consentimento ou vontade em relação principalmente aos dez
Mandamentos de Deus e aos cinco da Igreja, as obras de misericórdia, as virtudes
contra os vícios, as Bem-aventuranças, e aos frutos do Espírito contra as obras da carne
(Gl 5, 16-26).

25
2. Arrependimento: dor sincera dos pecados cometidos.
3. Propósito: vontade de não querer pecar mais.
4. Confissão: contar meus pecados ao padre.
5. Satisfação: rezar ou cumprir alguma penitência que o padre mandar.

Condições de pecado

Venial (3 substantivos laranja) e mortal (3 substantivos laranja + 3 adjetivos


vermelhos)

matéria (ex:furtar uma caixa de fósforo) grave (ex:furtar um cavalo de corrida)


consciência plena
consentimento ou vontade deliberada (o)

Ato de Contrição

Quem tiver a infelicidade de cometer um pecado (mortal), e estiver impossibilitado de


confessar-se logo, terá sempre este precioso recurso para reconciliar-se sem demora com
Deus: pela contrição perfeita o pecador obtém o perdão dos seus pecados antes mesmo de
confessar-se é doutrina afirmada no Concílio de Trento (14ª sessão, cap. 4). Entretanto,
adverte o mesmo Concílio, ela não dispensa o pecador da necessidade de acusar-se de todos
os seus pecados (mortais) no Sacramento da Penitência e de receber a absolvição do ministro
de Deus. De modo que no próprio ato de contrição perfeita deve estar incluído o propósito de
confessar-se.

“Mas é tão difícil ter contrição perfeita!” – poderá alguém pensar. Puro engano! Para
dar-nos essa graça, Deus exige de nós uma atitude bem ao nosso alcance: desejá-la realmente
e pedi-la com insistência.

Ato: Meu Deus, eu me arrependo, de todo coração de todos meus pecados e os detesto,
porque pecando não só mereci as penas que justamente estabelecestes, mas principalmente
porque Vos ofendi a Vós, sumo Bem e digno de ser amado sobre todas as coisas. Por isso,
proponho firmemente, com a ajuda da vossa graça, não mais pecar e fugir das ocasiões
próximas de pecar. Amém.

Questionário

Será difícil, se não impossível, apresentar um questionário que contenha todos os


pecados e faltas existentes. Segue alguns questionários que se ocupam dos pecados mais
comuns. Como as consciências são diferentes entre si, e sendo impossível proporcionar a cada
uma um questionário adequado ao seu estado, o penitente utilize os pontos abaixo como
auxílio para realizar o exame de consciência pessoal:

26
937) Quais são as boas obras de que se nos pedirá conta
particular no dia do Juízo? As boas obras de que se nos pedirá
conta particular no dia do Juízo são as obras de misericórdia.
940) As obras de misericórdia corporais são:
1 Dar de comer a quem tem fome; 959) Os vícios ou pecados
2 Dar de beber a quem tem sede; capitais vencem-se com a
3 Vestir os nus; prática das virtudes opostas.
4 Dar pousada aos peregrinos; Assim, a soberba (orgulho)
5 Assistir aos enfermos; vence-se com a humildade;
6 Visitar os presos; a avareza, com a liberalidade
7 Enterrar os mortos.
(generosidade);
941) As obras de misericórdia espirituais são:
1 Dar bom conselho; a luxúria, com a castidade;
2 Ensinar os ignorantes; a ira, com a paciência;
3 Corrigir os que erram; a gula, com a temperança;
4 Consolar os aflitos; a inveja, com a caridade;
5 Perdoar as injúrias; a preguiça, com a diligência e
6 Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; fervor no serviço de Deus.
7 Rogar (rezar) a Deus por vivos e defuntos.
922) As Bem-aventuranças evangélicas são oito:
1. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino do Céu.
São aqueles cujos corações são desapegados de riquezas; fazem bom uso delas, se as
possuem; não as procuram com ânsia, se não as têm; e sofrem com resignação a perda
delas se lhes são tiradas.
2. Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra.
São aqueles que tratam o próximo com bondade, e lhe sofrem com paciência os
defeitos e as ofensas que dele recebem, sem queixas, ressentimentos ou vingança.
3. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
São aqueles que sofrem com resignação as tribulações, e que se afligem pelos pecados
cometidos, pelos males e pelos escândalos que se veem no mundo, por se verem
distantes do céu, e pelo perigo de o perder.
4. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
São aqueles que anseiam ardentemente crescer cada vez mais na graça de Deus e na
prática de boas obras e virtude.
5. Bem-aventurados os que usam de misericórdia, porque alcançarão misericórdia.
São aqueles que amam a Deus, e por amor de Deus, amam ao seu próximo, se
compadecem das suas misérias, quer corporais como espirituais, e procuram socorrê-
lo conforme as suas forças e o seu estado.
6. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
São aqueles que não têm nenhum afeto ao pecado, sempre dele se afastam, e evitam
sobretudo todo tipo de impureza.
7. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
São aqueles que conservam a paz com o próximo e consigo mesmos, e se esforçam por
estabelecer a paz entre aqueles que estão em discórdia.
8. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o
reino do Céu.
São aqueles que suportam com paciência os escárnios, as censuras, as perseguições por
causa da Fé e da Lei de Jesus Cristo.
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Livro – Para estar com Deus – de Francisco Faus

Às pessoas que se confessam com frequência, eu aconselharia a basear o exame, de


preferência, nos sete pecados capitais, sem descurar antes uma olhada rápida aos dez
Mandamentos. Por quê? Porque as pequenas faltas cotidianas costumam ser “satélites” dos
pecados capitais. Apenas como subsídio, vou enumerar os vícios capitais, colocando após
cada um uns poucos exemplos de “satélites”:

Soberba ou orgulho: vaidade, exibicionismo, falar de si, não saber ouvir os outros, ficar
arrasado com uma pequena humilhação, preocupar-se demais com o que os outros pensam de
si, agir de modo diferente quando está a sós e quando é visto…
Avareza: não ajudar os necessitados, ficar indiferente ante os problemas sociais da pobreza e
da miséria, ser avarento do tempo, do afeto, da colaboração possível, dos pequenos serviços
no lar, do sacrifício dedicado ao apostolado, do que poderia emprestar e não quer…
Luxúria: olhares sensuais pela rua, na televisão, na internet, na banca de jornais, etc.; flertar
frivolamente no trabalho; ter maus pensamentos ou desejos não afastados com a devida
rapidez…
Ira: irritações, impaciências, raiva, respostas bruscas, reclamações ásperas, xingações,
explosões…
Gula: excessos no comer e no beber; exigir requintes; abusar de chocolate, cerveja, doce;
despesas exageradas por pura gulodice…
Inveja: tristeza porque os outros são ou têm mais do que nós, mesmo que não lhe desejemos
mal; críticas invejosas; competitividade ansiosa…
Preguiça: de levantar, de estudar, de trabalhar, de rezar, de ir à Missa, de arrumar a cama, de
cuidar das coisas materiais da casa, de visitar parentes ou doentes que precisam, etc
Algumas dessas faltas podem aumentar de “calibre” e constituir um verdadeiro pecado mortal.
Esclareça a consciência, neste ponto, com a orientação de um confessor experiente e prudente.

30 perguntas propostas pelo Papa Francisco para fazer uma boa confissão

Em relação a Deus
Dirijo-me a Deus somente em caso de necessidade? Participo na Missa dominical e nos dias
de preceito? Começo e termino o meu dia com a oração? Invoquei em vão o nome de Deus,
de Maria e dos Santos? Envergonho-me de me apresentar como cristão? O que faço para
crescer espiritualmente, como e quando o faço? Revolto-me diante dos desígnios de Deus?
Pretendo que seja Ele a cumprir a minha vontade?
Em relação ao próximo
Sei perdoar, partilhar, ajudar o próximo? Julgo sem piedade, tanto em pensamento quando
com palavras? Caluniei, roubei, desprezei os mais pequenos e indefesos? Sou invejoso,
colérico, parcial? Tomo conta dos pobres e dos doentes? Envergonho-me da carne do meu
irmão ou da minha irmã?Sou honesto e justo com todos ou alimento a "cultura do
descartável"? Instiguei os outros a fazer o mal? Observo a moral conjugal e familiar que o
Evangelho ensina? Como vivo as responsabilidades educativas para com os meus filhos?
Honro e respeito os meus pais? Rejeitei a vida após a concepção? Desperdicei o dom da vida?
Ajudei a fazê-lo? Respeito o ambiente?
Em relação a mim mesmo
Sou um pouco mundano e pouco crente? Exagero em comer, beber, fumar e divertir-me?
Preocupo-me em excesso com a saúde física, com os meus bens? Como uso o meu tempo?
Sou preguiçoso? Procuro ser servido? Amo e cultivo a pureza de coração, de pensamentos e
de ações? Nutro vinganças, alimento rancores? Sou manso, humilde, construtor de paz?
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Os Mandamentos da Lei de Deus são dez: os três primeiros pertencem à honra de Deus
e os outros sete ao proveito do próximo.
1º Mandamento - Amar a Deus sobre todas as coisas
• Tenho posto em dúvida ou negado, deliberadamente, alguma verdade de Fé (dogma) revelada
por Deus e como tal ensinada pela Igreja?
• Deixei-me levar pelo desânimo ou revoltei-me contra Deus? Frequentei lugares ou cultos
contrários à Fé Católica? Fiz coisas supersticiosas? Consultei “videntes”, feiticeiros,
benzedores, cartomantes, etc..?
• Leio e medito, com frequência, na Palavra de Deus? Procuro esclarecer-me e formar-me
com a ajuda do Catecismo da Igreja Católica?
• Rezo diariamente? Distraio-me voluntariamente nas orações?
• Esperei alcançar o céu confiando apenas nos meus esforços, esquecendo-me que sem a graça
de Deus é impossível perseverar no bem?
• Desesperei da salvação, achando que os meus pecados eram maiores que a misericórdia de
Deus?
• Pequei por presunção, esperando que alcançaria a salvação sem ter que fugir do pecado e
guardar os Mandamentos?
• Omiti algum dever ou prática religiosa por respeitos humanos?
• Li alguma coisa, ouvi alguma música ou assisti a algum programa contra Deus, contra a
Igreja ou contra a Moral Católica?
OBS.: Não há pecado se a pessoa acessa tais conteúdos por uma justa causa, tomando
as devidas precauções para não cair em apostasia.
• Dei demasiada importância a alguma criatura, atividade, objeto ou opinião?
• Tenho sido orgulhoso ou vaidoso? Sou teimoso, arrogante ou malcriado? Sou invejoso?
• Sou avarento passando o dia inteiro pensando em dinheiro ou em coisas materiais?
• Tenho-me demorado em pensamentos sobre mim, exagerando minhas qualidades?
2º Mandamento - Não invocar o Santo Nome de Deus em vão
• Tenho pronunciado sem respeito o nome de Deus ou dos Santos?
• Falei sem respeito das coisas sagradas, da Igreja, ou de pessoas eclesiásticas? Permiti que
outros o fizessem na minha presença? Ridicularizei padres, freiras, religiosos, catequistas,
etc..?
• Jurei em assuntos falsos ou desonestos?
Por exemplo: “Eu juro por Deus que irei matar aquele fulano que me deve”.
• Deixei de cumprir alguma promessa que fiz?
OBS.: Caso você tenha feito uma promessa e não tenha cumprido, se
confesse e depois cumpra a promessa. Caso seja difícil de cumpri-la, você deve
pedir ao seu bispo ou ao seu pároco que troque aquela promessa por outra ou
o dispense de cumpri-la. O simples sacerdote não tem este poder.

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3º Mandamento - Santificar os domingos e festas de guarda
(1º Mandamento da Igreja - Ouvir Missa inteira e abster-se de trabalhos servis nos domingos e
festas de guarda) • Faltei à Missa em algum domingo ou dia santo? Impedi que alguém que
dependesse de mim a assistisse? Cheguei atrasado à Eucaristia por culpa própria?
OBS.: No Brasil, a maioria dos dias santos de guarda é transferida para o domingo;
porém, existem quatro dias santos de guarda que não são transferidos para o
domingo: Santa Maria Mãe de Deus (1º de janeiro), Corpus Christi (data variável
entre maio e junho), Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Natal do Senhor (25 de
dezembro). Este preceito obriga todos os fiéis batizados que possuem uso da razão e
já tenham completado sete anos de idade. Para cumprir o preceito é necessário: 1.
estar presente corporalmente na igreja; 2. prestar uma atenção mínima durante a
Missa. Não cumpre o preceito quem ouve a Missa pelo rádio ou assiste pela televisão.
• Realizei algum trabalho ou atividade comercial que inibiu a adoração devida a Deus, a
alegria própria do dia do Senhor ou o relaxamento apropriado da mente e do corpo, em algum
domingo ou dia santo de guarda? Dediquei, nesses dias, mais tempo a Deus, à família, aos
pobres, aos doentes e ao descanso? Obriguei outros a trabalharem?
OBS.: Há alguns serviços que não podem parar, mesmo aos domingos e dias santos de
guarda, por exemplo: hospitais, farmácias, restaurantes, postos de combustíveis,
aeroportos, ônibus, táxis, serviços de segurança etc. Os proprietários, porém, devem se
esforçar para organizar estes serviços de tal maneira que os funcionários possam
guardar o preceito dominical.
(2º M.I. - Confessar-se ao menos uma vez por ano) • Tenho deixado de me confessar? Escondi
algum pecado na Confissão?
(3º M.I. - Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição) • Cumpri
o preceito de receber a Comunhão pelo menos uma vez ao ano no período da Páscoa?
• Comunguei alguma vez consciente de um pecado mortal não confessado?
• Tenho-me apresentado para a Sagrada Comunhão com espírito frio e pouco recolhido? Fiz o
jejum eucarístico, de uma hora antes e quinze minutos depois, da Comunhão?
OBS.: O fiel não é obrigado a comungar em todas as Missas de que participa,
inclusive aos domingos e dias santos de guarda. Caso ele comungue uma vez no ano
durante o período da Páscoa, já cumpre o preceito da Comunhão Anual. A Igreja
convida os fiéis a comungarem com mais frequência, porém não os obriga a isso. No
jejum eucarístico, não podemos comer nem beber nada, exceto tomar água e remédios.
(4º M.I. - Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja) • Guardei a
abstinência de carne nas sextas-feiras? Jejuei Quarta-Feira de Cinzas e Sexta-Feira Santa?
OBS.: Estão obrigadas à lei do jejum todas as pessoas que completaram dezoito anos
de idade, e esta obrigação perdura até os sessenta anos. O jejum mínimo para cumprir
o preceito consiste em tomar apenas três refeições durante todo o dia de jejum: uma
refeição completa, mais duas pequenas refeições que, somadas, não chegam a formar
uma refeição completa. Estão obrigadas à lei da abstinência de carne as pessoas que
completaram catorze anos de idade: devemos nos abster de todos os tipos de carne de
animal de sangue quente, ou seja, carne de boi, frango, porco, aves e caça. Nesses dias
é permitido ingerir leite e seus derivados e comer peixes, ovos e frutos do mar.
(5º M.I. - Ajudar a Igreja em suas necessidades) • Contribuo para as necessidades da Igreja
segundo as minhas possibilidades?

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4º Mandamento - Honrar pai, mãe e legítimos superiores
• Faltei à obediência aos meus pais e superiores? Faltei-lhes ao respeito?
• Deixei de lhes manifestar o devido amor? Deixei de ajudá-los espiritual e materialmente?
• Nunca rezo pelos meus pais? Desejei a desgraça aos meus pais? Desejei, por egoísmo,
receber a herança?
• Abandonei-os em suas doenças ou na velhice?
Por exemplo: Não chamei o sacerdote para dar os Sacramentos aos meus
pais quando estavam gravemente enfermos, sendo que era possível para mim
fazê-lo?
• Levantei a mão contra os meus pais?
OBS.: A agressão aos pais é pecado mortal, ainda que a lesão causada
seja leve.
• Desobedeci aos meus pais em assuntos moralmente importantes?
Por exemplo: Os pais mandam o filho ir à Missa ao domingo e o filho não vai; os pais
mandam o filho não ir àquela festa indecente e o filho vai; os pais mandam o filho
deixar aquela má companhia e o filho não deixa.
OBS.: Mesmo que o filho já seja maior de idade, se ainda permanece morando com os
pais, continua com o dever de obedecer-lhes.
OBS.: Se o pai manda o filho fazer algo imoral ou contrário à Lei de Deus, o filho
está obrigado a desobedecer: caso contrário, o filho pecará justamente por obedecer a
seus pais, pois “convém antes obedecer a Deus que aos homens” (At 4,19). Por
exemplo: os pais que mandam o filho mentir, roubar, vingar-se, assistir
a filme obsceno, usar roupas imodestas, usar drogas, etc.; os pais que mandam o filho
não ir à Missa, não rezar etc.
• Zanguei-me com a minha esposa (com o meu marido)? Tratei-a (o) mal por palavras ou
ações?
• Dei mau exemplo aos meus filhos ou subordinados, não cumprindo os meus deveres
religiosos, familiares, sociais ou profissionais?
• Ao corrigir os meus filhos deixo-me dominar pela ira? Omito repreensões ou advertências
que sei serem necessárias para a formação deles? Regulei o uso que fazem da televisão,
internet, revistas e outros instrumentos que podem apresentar algum risco para a sua formação
moral?
• Descuidei-me de dar aos filhos a formação religiosa? Atrasei o Batismo ou a Primeira
Comunhão?
• Consenti que se encontrassem ou namorassem sem haver hipótese de se celebrar o
matrimônio num futuro próximo? (dois anos, no máximo)
• Deixei de ajudar, dentro das minhas possibilidades, os meus familiares nas suas necessidades
espirituais ou materiais?
5º Mandamento - Não matar, nem causar, a si ou ao próximo, dano ao corpo ou à alma
• Tive inimizade, ódio ou rancor contra alguém? Era meu familiar?
• Fiz ou desejei mal a alguém? Aconselhei alguém a fazê-lo? Insultei alguém? Alegrei-me
com as desgraças alheias? Tive inveja de alguém?
• Deixei de perdoar as ofensas que recebi? Alimentei pensamentos de vingança?
OBS.: Não é pecado desejar que um criminoso receba sua justa pena, desde que não
tenhamos ódio por ele.
• Desleixei-me quanto à minha saúde? Atentei contra a minha vida? Desejei morrer?
• Retirei alguma parte significativa do meu corpo desnecessariamente? Fiz alguma
esterilização(vasectomia, ligadura de trompas etc.)?
• Fiz, aconselhei ou facilitei a alguém a praticar o aborto ou a eutanásia?
• Apoiei, conscientemente, políticos que promovem o aborto, a eutanásia, o divórcio, a
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ideologia de gênero, o homossexualismo, a legalização das drogas, a abolição da propriedade
privada?
• Pratiquei o controle de natalidade (com pílulas, dispositivos, interrupção)?
• Fiz fertilização in vitro? Obriguei ou aconselhei o uso desse método?
• Conheço alguém que está em pecado mortal ou perto de cometê-lo e não o corrigi?
OBS.: Só temos a obrigação grave de corrigir alguém quando se reúnem estas três
condições: 1. Que a pessoa tenha cometido um pecado mortal ou esteja próxima de
cometê-lo; 2. Que consideremos haver esperança de que a pessoa mude mediante a
nossa correção; 3. Que possamos fazer a correção sem um grande incômodo.
• Cooperei com o pecado grave de outras pessoas?
OBS.: Pecam gravemente por cooperação: - Os que vendem, prescrevem, receitam,
facilitam, aconselham ou fornecem coisas que só servem para o mal, como: os
diversos tipos de anticoncepcionais (pílulas do dia seguinte, DIU, camisinha);
vasectomia, ligadura de trompas, fertilização in vitro, fecundação artificial; livros,
revistas e vídeos pornográficos; livros, revistas e vídeos heréticos; drogas ilícitas etc.
- Os donos de hotéis, hospedarias, bares etc., que espontaneamente oferecem ou
facilitam o uso dos seus estabelecimentos para encontros claramente pecaminosos ou
festas claramente pecaminosas.
- Os músicos e artistas que colaboram espontaneamente em espetáculos, festas, bailes
etc., que são claramente pecaminosos.
• Prejudiquei a minha saúde embriagando-me ou comendo em excesso? Fiz uso de drogas?
• Cheguei a ferir ou tirar a vida do próximo? Fui imprudente na condução?
• Alegrei-me com a desgraça de meu próximo?
• Tive mau convívio, por culpa própria, com os meus familiares, amigos ou conhecidos?
• Disse palavrões?
• Dei escândalo?
• Por preguiça, deixei de me levantar à hora devida?
6º e 9º Mandamentos - Guardar a castidade nas palavras, obras, pensamentos e desejos
OBS.: Por caridade para com o sacerdote, diga apenas o pecado com seus agravantes
e o número de vezes que você cometeu tal pecado, mas não entre em detalhes.
• Vi coisas sensuais ou obscenas? (na rua, na internet, na TV, em revistas ou em filmes)
• Tenho pensado ou desejado coisas impuras?
• Pratiquei ações impuras? Sozinho ou acompanhado?
• Fiz sexo sem ser casado?
OBS.: Se você cometeu a fornicação ou outra impureza, diga ao sacerdote com que
tipo de indivíduo foi, por exemplo: pessoa casada, criança, animal, virgem, do mesmo
sexo, etc.
• Dei atenção a conversas imorais ou participei delas?
• Mantenho amizades que me levam ao pecado? Estou disposto a abandoná-las?
• Olhei para alguém com intenção de obter uma fruição impura?
OBS.: Quando percebemos que um olhar pode nos levar ao desejo sexual, devemos
desviar imediatamente o olhar para não desejarmos sexualmente aquela outra pessoa.
E quando percebemos que uma imagem sexual veio à nossa mente, devemos desviar o
pensamento para não nos “deleitarmos” com aquela imagem.
• Tenho faltado ao pudor, despindo-me levianamente à vista de outra pessoa?
• Visto-me com modéstia ou utilizo roupas que realçam algumas partes do corpo?
Por exemplo: roupas coladas, decotadas, curtas ou transparentes.
OBS.: Quando uma pessoa decide abandonar as roupas indecentes deve

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desfazer-se delas, e não doá-las para alguém, pois o que é pecado para mim, também é
pecado para os outros.
• Fui culpado por sedução ou estupro? Atingi meus objetivos por meio de uma falsa promessa
ou de um falso casamento?
• Tendo sido batizado na Igreja Católica, vivi uma “união estável” ou um casamento
meramente civil com alguém?
• Faltei à fidelidade conjugal por pensamentos ou ações?
• Pequei por pornografia com textos, fotos ou vídeos de conteúdo sexual explícito? Confessei-me
sem ter a firme decisão de deixar as ocasiões próximas desse pecado, por exemplo, não saindo
daquele grupo de rede social em que as pessoas enviam pornografia?
OBS.: Não somente a pornografia explícita é pecado mortal. Os livros, espetáculos, filmes
ou programas de televisão que possuem conteúdo erótico também são matéria de pecado
mortal.
• Toquei, abracei ou beijei alguém buscando prazer sexual?
- Quanto aos namorados: O prazer sexual somente é lícito dentro da relação matrimonial
aberta à vida: portanto, as pessoas que não são casadas, não podem buscar a excitação
sexual, já que não podem ter relação sexual. Por isso, os namorados não podem fazer
aqueles toques, abraços ou beijos que são próprios para causar excitação sexual, como
por exemplo: toques nas partes íntimas, abraços “calorosos”, beijos de língua. Como não
podem ter a relação sexual, também não podem se preparar para ela.
- Quanto aos noivos: Aplica-se a eles o mesmo que aos namorados. Como também não
são casados, os noivos não podem se excitar por meio desses mesmos toques, beijos e
abraços. Se não podem ter a relação sexual, também não podem se preparar para ela.
- Quanto aos casados: 1. Dentro do ato conjugal são lícitos os atos coerentes com a
relação sexual aberta à vida, desde que não sejam gravemente obscenos. 2. Fora do ato
conjugal os esposos podem fazer certos tipos de beijos, abraços e carícias para alimentar
o amor entre si, evitando, porém, o perigo próximo de polução.
• Sendo casado na Igreja Católica, neguei a relação sexual ao meu cônjuge sem causa grave?
OBS.: Após o casamento validamente celebrado, um cônjuge tem direito sobre o corpo do
outro, pois, como diz o Evangelho: “Já não são dois, mas sim uma só carne” (Mc 10,8).
Contudo, existem algumas causas graves que permitem um cônjuge negar a relação
sexual ao outro. Por exemplo: - Quando ele(a) cometeu adultério e não está
arrependido(a);
- Quando ele(a) está sem o uso da razão (por exemplo: em caso de embriaguez total);
- Quando ele(a) quer perverter a relação (por exemplo: usando anticoncepcionais, DIU,
camisinha, coito interrompido; querendo sexo oral, anal, assistido por outras pessoas,
com pornografia, etc.) Nesses casos você tem a obrigação de resistir-lhe energicamente;
- Quando ele(a) quer imoderadamente (por exemplo: várias vezes por dia ou em épocas
perigosas para o outro cônjuge);
- Quando ele(a)tem alguma doença contagiosa;
- Quando a esposa está no período posterior ao parto. (Pergunte ao médico o tempo de
resguardo.)
7º e 10º Mandamentos - Não furtar, nem reter injustamente ou danificar os bens do
próximo. Não cobiçar as coisas alheias
• Roubei algum objeto ou alguma quantia em dinheiro? Ajudei alguém a roubar?
• Tive inveja dos outros, dos seus bens, das suas qualidades pessoais?
• Recusei-me a ajudar alguém que estava em extrema necessidade, embora fosse possível
fazê-lo?
• Deixei de pagar o justo salário aos empregados? Retenho ou atraso indevidamente o
pagamento de bens e serviços? Lesei alguém nos seus direitos?
• Reparei os prejuízos causados ou restituí as
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coisas roubadas na medida das minhas possibilidades?
• Trabalhei com empenho as horas que devia, ou desperdicei tempo no meu trabalho?
• Prejudiquei alguém com enganos, coações, etc., nos contratos ou relações comerciais?
• Gastei mais do que permitem as minhas possibilidades? Tenho o vício do jogo?
8º Mandamento - Não mentir. Não levantar falsos testemunhos, nem difamar o próximo
• Menti? Reparei os prejuízos que as minhas mentiras possam ter causado?
• Minto habitualmente com a desculpa de que se trata de mentiras que não prejudicam
ninguém?
• Prestei falso juramento ou dei falso testemunho?
• Difamei, revelando sem motivo justo os defeitos alheios?
• Caluniei, atribuindo ao próximo defeitos falsos? Exagerei os defeitos do próximo?
• Disse mal dos outros, baseando-me apenas em boatos? Fiz juízos falsos ou temerários?
• Semeei discórdias e inimizades com as minhas palavras?
• Permiti que outros falassem mal do próximo? Escutei com gosto tais conversas?
• Procurei reparar os prejuízos causados pelas minhas palavras (pela calúnia, difamação, etc.),
por exemplo, falando dos aspectos positivos dessa pessoa?
• Enganei o próximo, assegurando-lhe que uma coisa, na realidade proibida, era boa ou lícita?

Pecado Mortal

- (CIC 1035 A doutrina da Igreja afirma a existência e a eternidade do Inferno. As almas dos
que morrem em estado de pecado mortal descem, imediatamente após a morte, aos infernos,
onde sofrem as penas do Inferno, “o fogo eterno”.)
O pecado mortal deve ser confessado o quanto antes contritamente no Sacramento da
Penitência, mas sem desespero da salvação (é pecado contra o Espírito Santo) e crendo
sempre na infinita misericórdia do Cristo Crucificado.

- Quem tiver a infelicidade de cometer um pecado (mortal), e estiver impossibilitado de


confessar-se logo, terá sempre este precioso recurso para reconciliar-se sem demora com
Deus: pela contrição perfeita o pecador obtém o perdão dos seus pecados antes mesmo de
confessar-se é doutrina afirmada no Concílio de Trento (14ª sessão, cap. 4). Entretanto,
adverte o mesmo Concílio, ela não dispensa o pecador da necessidade de acusar-se de todos
os seus pecados (mortais) no Sacramento da Penitência e de receber a absolvição do ministro
de Deus. De modo que no próprio ato de contrição perfeita deve estar incluído o propósito de
confessar-se.
“Mas é tão difícil ter contrição perfeita!” – poderá alguém pensar. Puro engano! Para
dar-nos essa graça, Deus exige de nós uma atitude bem ao nosso alcance: desejá-la realmente
e pedi-la com insistência.
Ato de contrição: Meu Deus, eu me arrependo, de todo coração de todos meus
pecados e os detesto, porque pecando não só mereci as penas que justamente estabelecestes,
mas principalmente porque Vos ofendi a Vós, sumo Bem e digno de ser amado sobre todas as
coisas. Por isso, proponho firmemente, com a ajuda da vossa graça, não mais pecar e fugir das
ocasiões próximas de pecar. Amém.

- O Sacramento da Penitência perdoa todos os pecados mortais e veniais, inclusive os não


confessados por esquecimento – entretanto, ao lembrar-se do pecado mortal não confessado
[depois do Batismo] e já perdoado (pode comungar), é preciso confessá-lo contritamente no
Sacramento já mencionado.

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Pecado Venial

- (CIC 1458 Apesar de não ser estritamente necessária, a confissão das faltas cotidianas é
vivamente recomendada pela Igreja. Com efeito, a confissão regular de nossos pecados
veniais nos ajuda a formar a consciência; a lutar contra nossas más tendências; a nos
deixarmos curar por Cristo; a progredir na vida do Espírito (na santidade). Recebendo mais
frequentemente, por meio deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a
ser misericordiosos com ele.)

- Anotar os pecados venias claros (pois refletir excessivamente pode causar escrúpulos sem
fundamento) identificados no momento, em exame de consciência breve (até sete minutos
para quem sofre com escrúpulos excessivos) feito no fim do dia e na oração mental.

- Depois de anotar ao menos 3 ou 4 pecados veniais (e no máximo 1-2 meses) procurar


confessá-los (sem muita pressa, mas, na hora, contrito) individualmente no Sacramento da
Penitência. Por motivo prático de ter o que refletir antes e durante a Confissão em busca de
melhora e de evitar tal pecado, o pecado venial é confessado contritamente no Sacramento da
Penitência, e não porque não se crê que a Santa Missa pode perdoá-los.

- (CSPX 724-727) Diferentemente dos pecados mortais que necessitam obrigatoriamente de


arrependimento individual e geral, o pecado venial pode ser apresentado à misericórdia
salvífica de Deus sem o propósito de abandoná-lo (vício em cigarro por exemplo), entretanto
seria sacrilégio fazer uma Confissão de apenas pecados veniais sem se arrepender de ao
menos um deles individualmente e sem a dor necessária, por isso ao confessar apenas pecados
veniais, é possível reconfessar (desde que haja verdadeira dor) um pecado mortal já
confessado outras vezes.

- 953) Por que se chama venial? Porque é leve em comparação com o pecado mortal; porque
não nos faz perder a graça divina; e porque Deus facilmente o perdoa.
954) Então não se deve fazer grande caso do pecado venial? Isto seria um erro enorme,
porque o pecado venial contém sempre uma ofensa a Deus, e causa prejuízos não pequenos à
alma.
955) Que prejuízos causa o pecado venial? O pecado venial: enfraquece e esfria em nós a
caridade; dispõe-nos para o pecado mortal; faz-nos merecedores de grandes penas temporais,
neste mundo ou no outro (Purgatório).

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