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Manual de Técnicas e Práticas de Aprendizagem e Pesquisa em Relações

Internacionais

Introdução

Este manual é projetado para ajudá-lo a navegar pelas diferentes técnicas e práticas de
aprendizagem e pesquisa fundamentais para o seu sucesso dentro e fora da universidade.
Desde entender o que é um resumo até desenvolver seu próprio projeto de pesquisa, este
guia servirá como seu primeiro passo na jornada de se tornar um bom profissional.

Capítulo 1: Técnicas de aprendizagem

1.1. O Que é um Resumo?

a. Resumo educacional

Definição e Propósito

Um resumo, no contexto educacional, é uma ferramenta de estudo que permite aos


estudantes assimilar e reter informações importantes de textos acadêmicos, livros, ou
artigos. Ao criar um resumo, o estudante destila os pontos principais e argumentos de
um texto em uma versão mais curta e concisa. Esta prática não apenas ajuda na
compreensão e memorização do conteúdo, mas também no desenvolvimento de
habilidades críticas de análise e síntese.

Como Fazer um Resumo Eficiente

1. Leitura Atenta: Antes de começar, leia o texto integralmente para entender seu
escopo geral e identificar suas ideias principais.
2. Identifique os Pontos Principais: Enquanto lê, destaque ou anote os
argumentos principais, dados relevantes, e conclusões. Preste atenção especial às
teses, tópicos de cada parágrafo, e qualquer conclusão ou interpretação oferecida
pelo autor.
3. Estruture seu Resumo: Organize suas notas em uma estrutura que reflita a do
texto original, mantendo a sequência lógica das ideias. Geralmente, essa
estrutura inclui introdução, desenvolvimento (com os argumentos principais) e
conclusão.
4. Escreva com suas Próprias Palavras: Reescreva as informações usando sua
própria linguagem, evitando copiar frases do texto original. Isso ajuda a garantir
que você realmente compreendeu o material.
5. Revise e Condense: Após a primeira versão do seu resumo, revise para remover
redundâncias ou detalhes desnecessários, focando apenas nas ideias centrais.

Dicas para um Resumo Eficaz

 Seja Breve, mas Completo: Um resumo deve ser significativamente mais curto
que o texto original, mas ainda assim apresentar todas as ideias-chave.
 Use Linguagem Clara e Direta: Evite jargões desnecessários e mantenha a
clareza do texto.
 Foque na Objetividade: Mantenha-se fiel às ideias do autor, evitando inserir
opiniões pessoais ou interpretações.
 Revisão Final: Certifique-se de que seu resumo está correto, conciso, e fiel ao
texto original.

Exemplo Prático

Se o texto original é um capítulo de livro sobre teorias de relações internacionais, seu


resumo deve incluir uma breve descrição dessas teorias, destacando os principais
proponentes, argumentos centrais, e quaisquer exemplos ou estudos de caso
mencionados, condensando o essencial da informação de forma acessível.

b. Resumo Acadêmico

Definição e Propósito

Um resumo é uma representação concisa dos pontos principais de um texto mais


extenso, como um artigo de pesquisa, uma tese ou um relatório. Em Relações
Internacionais, um resumo eficaz permite que leitores, pesquisadores e acadêmicos
compreendam rapidamente o escopo, os objetivos, os métodos, os resultados e as
conclusões de um estudo sem precisar ler o texto completo. O resumo serve como uma
vitrine do seu trabalho: ele destaca sua relevância e incentiva outros na comunidade
acadêmica a explorar suas ideias e descobertas mais profundamente.

Estrutura do Resumo

Um resumo bem estruturado em Relações Internacionais geralmente segue uma ordem


lógica e inclui os seguintes componentes:

1. Introdução ao Tema: Breve apresentação do tema ou problema de pesquisa,


destacando sua importância no campo das Relações Internacionais.
2. Objetivos: Descrição dos principais objetivos ou questões de pesquisa que o
estudo visa responder.
3. Metodologia: Sumário das abordagens metodológicas utilizadas para conduzir a
pesquisa, incluindo tipos de dados e análises.
4. Resultados Principais: Apresentação concisa dos resultados mais significativos
encontrados na pesquisa.
5. Conclusões e Implicações: Resumo das principais conclusões e suas
implicações para o campo de estudo ou prática política.

Para ser eficaz, um resumo deve ser:

 Claro: Use linguagem simples e direta.


 Conciso: Limite-se ao espaço típico de 150 a 250 palavras.
 Específico: Inclua detalhes significativos sobre o estudo e seus resultados.
 Autocontido: O resumo deve ser compreensível independentemente do texto
completo.

Exemplos Práticos
Vamos considerar um exemplo de resumo para um artigo de Relações Internacionais:

"Este estudo investiga o impacto das sanções econômicas internacionais na


estabilidade política de regimes autoritários. Utilizando uma combinação de análise
quantitativa de dados de 1970 a 2020 e estudos de caso de três países específicos,
identificamos que, enquanto sanções direcionadas podem enfraquecer temporariamente
regimes autoritários, elas frequentemente levam a um aumento da repressão interna.
Nossos resultados sugerem que as sanções são mais efetivas quando acompanhadas de
suporte diplomático e estratégias de incentivo para reformas políticas. Este estudo
contribui para o entendimento das dinâmicas complexas entre sanções econômicas e
estabilidade política, oferecendo implicações para políticas de engajamento
internacional."

Este resumo apresenta claramente o tema, os objetivos, a metodologia, os principais


resultados e as conclusões do estudo, fornecendo uma visão abrangente do trabalho sem
sobrecarregar o leitor com detalhes excessivos.

Ao escrever seu próprio resumo, lembre-se dessas diretrizes e estruturas. Praticar a


análise e a escrita de resumos de artigos relevantes em Relações Internacionais também
pode ser uma excelente forma de aprimorar suas habilidades de síntese e comunicação
científica.

1.2. O Que é uma Resenha?

Definição e Diferenças com Resumos

Uma resenha é uma análise crítica de um texto, que pode ser um livro, um artigo ou
qualquer outra obra acadêmica ou literária. Diferentemente do resumo, que se concentra
em condensar as ideias principais do texto de maneira objetiva, a resenha é
caracterizada pela avaliação crítica do conteúdo, estilo, relevância e contribuições do
trabalho para o campo de estudo. Em Relações Internacionais, as resenhas permitem que
os estudantes discutam a aplicabilidade das teorias, a validade dos argumentos
apresentados e o impacto destes sobre as políticas e práticas internacionais.

Como Escrever uma Resenha

1. Leitura e Análise Preliminar: Antes de começar a escrever, leia o texto


cuidadosamente, anotando os principais argumentos, evidências e conclusões do
autor. Avalie a abordagem teórica, metodologia, e a contribuição do trabalho
para o campo de Relações Internacionais.
2. Introdução: Comece sua resenha com uma introdução ao trabalho que está
sendo analisado, incluindo o título, o autor, e o objetivo principal do texto.
Forneça também um breve resumo do conteúdo para contextualizar sua análise
crítica.
3. Descrição do Conteúdo: Apresente uma visão geral do trabalho, destacando as
principais ideias, argumentos e descobertas. Essa parte deve ser mais descritiva
do que crítica, preparando o terreno para sua análise.
4. Análise Crítica: Esta é a essência da resenha. Discuta a relevância dos
argumentos e evidências apresentadas pelo autor. Avalie a coerência, a
originalidade, e a contribuição do texto para o entendimento das Relações
Internacionais. Aponte forças e fraquezas, bem como omissões ou aspectos que
poderiam ser melhor explorados.
5. Conclusão: Finalize sua resenha com um resumo da sua análise, reiterando os
pontos mais significativos da sua crítica. Ofereça uma avaliação geral do
trabalho, incluindo sua utilidade para pesquisadores, professores e estudantes de
Relações Internacionais.
6. Referências: Inclua referências a outros trabalhos, teorias ou dados que
suportem sua análise crítica, seguindo o formato de citação apropriado.

Exemplos e Modelos

Vamos considerar um exemplo simplificado de uma resenha de um artigo sobre a


eficácia das sanções internacionais:

"Em 'A Efetividade das Sanções Internacionais', João Silva explora a complexidade das
sanções como ferramentas de política externa. Silva argumenta persuasivamente que,
apesar de seu amplo uso, as sanções raramente alcançam seus objetivos políticos
desejados. O autor emprega uma análise comparativa robusta, mas sua abordagem
sofre de uma generalização excessiva e falta de atenção às variáveis contextuais
específicas. Ainda assim, o trabalho oferece insights valiosos sobre as condições sob as
quais as sanções podem ser eficazes. Embora Silva apresente uma contribuição
importante para o campo das Relações Internacionais, sua análise beneficiaria de uma
consideração mais detalhada das estratégias de implementação de sanções e dos
efeitos colaterais não intencionais. Este artigo é recomendado para aqueles
interessados nas dinâmicas de poder no sistema internacional e nas nuances da
coerção econômica."

Conclusão

Escrever uma resenha é uma habilidade essencial para estudantes de Relações


Internacionais, pois desenvolve a capacidade de análise crítica, um requisito
fundamental para a avaliação de literatura acadêmica e políticas internacionais. Ao
seguir estas diretrizes, os estudantes podem aprimorar sua habilidade de pensar
criticamente sobre os textos, contribuindo para o seu desenvolvimento acadêmico e
profissional no campo das Relações Internacionais.

1.3. Revisão de Literatura

Importância e Objetivos

A revisão de literatura é um componente essencial no processo de pesquisa em Relações


Internacionais. Ela envolve a identificação, análise e síntese de trabalhos acadêmicos
anteriores relacionados ao seu tema de estudo. O objetivo principal da revisão de
literatura é estabelecer o contexto teórico e metodológico para a sua pesquisa,
identificando lacunas no conhecimento existente e justificando a necessidade do seu
estudo. Uma revisão bem-executada não apenas resume a literatura existente, mas
também avalia criticamente as contribuições dos trabalhos anteriores, destaca
contradições e apresenta uma nova perspectiva sobre o tema.

Como Fazer uma Revisão de Literatura


1. Definição do Escopo: Comece com uma pergunta de pesquisa clara ou objetivos
de estudo para guiar sua busca por literatura relevante. Isso ajudará a delimitar o
escopo da sua revisão.
2. Busca por Fontes: Utilize bases de dados acadêmicas, bibliotecas digitais, e
revistas especializadas em Relações Internacionais para encontrar livros, artigos,
teses e outros materiais relevantes. Palavras-chave relacionadas ao seu tema de
estudo são essenciais para uma busca eficiente.
3. Seleção e Avaliação: Selecione publicações que sejam diretamente relevantes
para o seu tema. Avalie cada trabalho considerando sua relevância, credibilidade
e contribuição ao campo. Dê atenção especial a estudos influentes e atuais.
4. Organização da Literatura: Agrupe os trabalhos selecionados em categorias
temáticas ou metodológicas para facilitar a análise. Isso ajuda a identificar
padrões, tendências e lacunas na literatura existente.
5. Análise Crítica: Analise criticamente as fontes, destacando metodologias,
resultados e argumentações principais. Discuta a consistência das descobertas e
como elas se relacionam com o seu estudo.
6. Síntese: Integre as informações dos diversos trabalhos para construir um
argumento coeso que justifique sua pesquisa. A síntese deve destacar como sua
pesquisa se encaixa na literatura existente e qual contribuição única ela pode
oferecer.

Ferramentas e Recursos

Para uma revisão de literatura eficaz, considere utilizar as seguintes ferramentas e bases
de dados:

 Google Scholar: Uma ampla base de dados de artigos acadêmicos, teses, livros
e conferências em diversas disciplinas.
 JSTOR: Oferece acesso a uma vasta biblioteca digital de jornais acadêmicos
importantes na área de ciências sociais.
 Scopus: Uma base de dados de resumos e citações de literatura peer-reviewed,
abrangendo uma ampla gama de tópicos de pesquisa.
 Web of Science: Proporciona uma pesquisa abrangente através de várias bases
de dados acadêmicas em diversas disciplinas.
 Project MUSE: Especializada em ciências humanas e sociais, fornece acesso a
conteúdos acadêmicos de alta qualidade.

 Sci-Hub: Um website que fornece acesso gratuito a milhões de artigos de


pesquisa e papers científicos, frequentemente sem a permissão dos detentores
dos direitos autorais, operando em uma área controversa no que diz respeito às
leis de direitos autorais.
 Library Genesis (LibGen): Uma plataforma que oferece acesso gratuito a uma
ampla variedade de conteúdos, incluindo livros, artigos acadêmicos, e revistas,
operando em desafio às convenções tradicionais de direitos autorais e
publicação.

Ferramentas de gestão de referências como Zotero, EndNote ou Mendeley podem ser


extremamente úteis para organizar a literatura encontrada, facilitando a citação e a
construção de bibliografias.
Conclusão

A revisão de literatura é um passo fundamental no processo de pesquisa, permitindo que


você estabeleça uma base sólida para o seu estudo em Relações Internacionais. Ao
seguir as etapas descritas e utilizar as ferramentas e recursos recomendados, você será
capaz de construir uma revisão de literatura coesa, crítica e informativa, que não apenas
fundamenta seu trabalho dentro do campo existente, mas também destaca sua
contribuição única para o avanço do conhecimento.

Capítulo 2: Produção de conhecimento

2.1. Pesquisa

a. Tipos de Pesquisa

A pesquisa é um processo sistemático de coleta, análise e interpretação de dados para


responder a uma pergunta específica ou resolver um problema. Existem diferentes tipos
de pesquisa, cada um com sua abordagem metodológica e objetivos específicos:

1. Pesquisa Quantitativa: Caracteriza-se pelo uso de dados numéricos para


compreender fenômenos e testar hipóteses estatísticas. Utiliza métodos como
questionários e experimentos para coletar dados quantificáveis.
2. Pesquisa Qualitativa: Foca na compreensão de conceitos, ideias e experiências
através de dados não numéricos. Métodos comuns incluem entrevistas,
observações e análise de conteúdo, permitindo uma exploração profunda dos
temas de estudo.
3. Pesquisa Mista: Combina métodos quantitativos e qualitativos para aproveitar
as forças de ambos. Isso permite uma análise mais completa e nuanciada de
questões de pesquisa complexas.

b. Desenvolvimento da Pesquisa

1. Escolha do Tema: Identifique um tema ou questão que seja de interesse e


relevante para a área de estudo. O tema deve ser suficientemente específico para
permitir uma investigação focada, mas também amplo o bastante para abordar
aspectos significativos.
2. Formulação da Hipótese: Desenvolva uma hipótese ou pergunta de pesquisa
clara. Esta deve ser específica, mensurável e passível de investigação dentro do
escopo do seu estudo.
3. Seleção da Metodologia: Decida sobre o método mais apropriado para sua
pesquisa, considerando o tipo de dados necessários, a forma como serão
coletados e analisados, e como a pesquisa responderá à pergunta de estudo.

c. Ética em Pesquisa

A condução ética da pesquisa é crucial, independentemente da área de estudo. As


considerações éticas fundamentais incluem:

 Consentimento Informado: Assegure que todos os participantes estejam


plenamente informados sobre o propósito da pesquisa, os procedimentos
envolvidos, e quaisquer potenciais riscos ou benefícios antes de dar seu
consentimento para participar.
 Confidencialidade e Anonimato: Proteja a identidade dos participantes e a
confidencialidade das informações coletadas, garantindo que os dados sejam
utilizados exclusivamente para os fins da pesquisa.
 Integridade da Pesquisa: Mantenha altos padrões de honestidade e
transparência ao relatar os métodos, dados e resultados da pesquisa. Evite
práticas como plágio, fabricação ou falsificação de dados.

Conclusão

A pesquisa é uma ferramenta poderosa para geração de conhecimento e inovação.


Entender os diferentes tipos de pesquisa, como desenvolver um projeto de pesquisa e a
importância da ética são passos fundamentais para qualquer estudante ou pesquisador.
Este capítulo fornece uma base sólida para começar sua jornada de pesquisa,
incentivando a curiosidade, o rigor metodológico e a responsabilidade ética.

2.2. Projeto

a. Definição de Projeto

Um projeto é definido pelo PMBOK® como um esforço temporário empreendido para


criar um produto, serviço ou resultado único. Distintamente da operação contínua, um
projeto tem início e fim definidos, e é caracterizado pela progressividade e pela
mudança, com objetivos claros e especificados.

b. Planejamento de Projeto de Pesquisa

O planejamento de um projeto de pesquisa incorpora os princípios do gerenciamento de


projetos para assegurar que a pesquisa atinja seus objetivos dentro do escopo, tempo, e
orçamento definidos. Este processo envolve várias etapas chave:

1. Iniciação: Esta fase envolve a definição do projeto de pesquisa, incluindo a


identificação do problema ou questão a ser investigada. É essencial ser claro
sobre o que se deseja alcançar com a pesquisa.
2. Planejamento: Essencial para o sucesso do projeto, esta etapa detalha como os
objetivos serão alcançados. Inclui a definição da metodologia de pesquisa,
elaboração do cronograma, planejamento dos recursos necessários e
identificação dos riscos potenciais, com suas respectivas estratégias de
mitigação.
o Definição dos Objetivos: Estabeleça objetivos claros, específicos,
mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (SMART).
o Seleção da Metodologia: Escolha a abordagem de pesquisa
(quantitativa, qualitativa ou mista) e as técnicas específicas para coleta e
análise de dados.
o Elaboração do Cronograma: Utilize ferramentas como o Diagrama de
Gantt para mapear as fases do projeto e estabelecer prazos.
o Estimativa de Recursos e Identificação de Riscos: Avalie os recursos
necessários e antecipe possíveis riscos ao projeto, planejando como cada
um será gerenciado.
3. Execução: Implementação do plano de pesquisa, realizando a coleta e análise de
dados conforme especificado no planejamento.
4. Monitoramento e Controle: Envolve a verificação do progresso do projeto em
relação ao plano estabelecido, ajustando-o conforme necessário para lidar com
imprevistos ou desvios.
5. Encerramento: Conclui o projeto com a análise dos resultados alcançados,
avaliação do desempenho em relação aos objetivos propostos e documentação
das lições aprendidas para futuros projetos.

c. Financiamento e Apoio

 Identificação e Solicitação de Fontes de Financiamento: Investigue fontes


potenciais de financiamento, como bolsas de instituições acadêmicas, fundações
privadas e programas governamentais. Desenvolva propostas claras e
convincentes que destaquem a importância e a viabilidade da sua pesquisa.
 Busca por Apoio Acadêmico e Colaborações: O apoio de mentores,
colaboradores e instituições acadêmicas pode oferecer recursos valiosos, como
acesso a laboratórios, bibliotecas e redes de pesquisa.

d. Conclusão

O gerenciamento de projetos de pesquisa, seguindo as orientações do PMBOK®, é


fundamental para o sucesso da investigação científica. Ao aplicar estes princípios ao
planejamento, execução e conclusão de um projeto de pesquisa, os pesquisadores
podem assegurar que seus objetivos sejam alcançados de maneira eficiente e eficaz,
contribuindo significativamente para o avanço do conhecimento em sua área de estudo.

2.3. Análise

A análise é o processo pelo qual os pesquisadores interpretam dados, textos, ou


fenômenos para desenvolver compreensões, conclusões ou teorias sobre um tema
específico. Esse processo é fundamental em todas as áreas do conhecimento, desde as
ciências naturais até as humanidades e ciências sociais. A análise acadêmica envolve
diversos estágios, incluindo a análise de dados, interpretação dos resultados, e a
integração desses resultados em um argumento coerente que contribua para o campo de
estudo.

1. Análise de Dados: Esta etapa consiste em aplicar técnicas quantitativas ou


qualitativas para examinar os dados coletados durante a pesquisa. Dependendo
do tipo de dados e objetivos da pesquisa, isso pode envolver estatísticas
descritivas ou inferenciais, análise temática, análise de discurso, entre outros
métodos.
2. Interpretação dos Resultados: Após a análise dos dados, o próximo passo é
interpretar os resultados. Esta fase envolve olhar além dos números ou
descrições para entender o que os dados revelam sobre o problema de pesquisa.
A interpretação deve ser fundamentada na literatura existente, teorias relevantes
e no contexto do estudo.
3. Desenvolvimento de Argumentos: Com base na interpretação dos dados, os
pesquisadores desenvolvem argumentos ou teorias que contribuem para o
conhecimento no campo de estudo. Isso envolve a síntese das descobertas com o
que já é conhecido sobre o tema, destacando a originalidade e importância da
pesquisa.

Apresentação e Publicação

1. Apresentação dos Resultados: Compartilhar os resultados da pesquisa com a


comunidade acadêmica é um passo crucial. Isso pode ser feito através de
apresentações em conferências, seminários e workshops. As apresentações
devem ser claras e bem estruturadas, destacando a metodologia, resultados,
interpretação e implicações da pesquisa.
2. Publicação em Periódicos Acadêmicos: A publicação dos resultados em
revistas científicas é fundamental para validar e disseminar as descobertas da
pesquisa. O processo envolve a submissão de um artigo detalhando o estudo,
que será avaliado por pares antes de ser aceito para publicação. Ao preparar o
manuscrito, é importante seguir as diretrizes de formatação e submissão da
revista escolhida.

Conclusão

A análise acadêmica é uma parte integral do processo de pesquisa, possibilitando aos


pesquisadores interpretar dados, desenvolver argumentos e contribuir para o avanço do
conhecimento em sua área de estudo. Ao aplicar métodos de análise rigorosos,
interpretar resultados dentro de um quadro teórico relevante, e comunicar descobertas
eficazmente, os pesquisadores podem assegurar que seu trabalho tenha um impacto
significativo no campo acadêmico e além.

 o que é e como ler um edital?

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