Universidade fAberta fIsced

Faculdade fde fCiências fde fEducação

Curso fde fLicenciatura fem fEnsino fde fPortuguês

Tema: Problemas de Ortografia no Ensino Primário

Carla Alice Laisse Nhamussua

Xai - Xai, Março, 2024

Universidade fAberta fIsced

Faculdade fde fCiências fde fEducação
Curso fde fLicenciatura fem fEnsino fde fPortuguês
Tema: Problemas de Ortografia no Ensino Primário

Trabalho fde fCampo fa fser fsubmetido

fna fCoordenação fdo fCurso fde
fLicenciatura fem fEnsino fde fPortuguês
fda fUnISCED.
Tutor:

Carla Alice Laisse Nhamussua

Xai - Xai, Março, 2024

Índice
CAPITULOI............................................................................................................................................4
1. Introdução.........................................................................................................................................4
1.1. Objectivos.....................................................................................................................................4
1.1.1. Geral..........................................................................................................................................4
1.1.2. Específicos................................................................................................................................4
1.3. Metodologias................................................................................................................................5
CAPITULO fII f- fFUNDAMENTAÇÃO fTEÓRICA..........................................................................6
2. Tema: Problemas de Ortografia no Ensino Primário.......................................................................6
2.1. Ortografia......................................................................................................................................6
2.2. Ensino...........................................................................................................................................6
2.3. Aprendizagem...............................................................................................................................6
2.4. Processo fde fEnsino fe faprendizagem........................................................................................7
2.5. Leitura...........................................................................................................................................7
2.6. Escrita...........................................................................................................................................8
2.7. Competências fBásicas fde fLeitura fe fEscrita f.........................................................................9
2.7.1. Compreensão foral f..................................................................................................................9
2.7.2. Expressão foral f.......................................................................................................................9
2.7.3. Expressão fescrita f...................................................................................................................9
2.7.4. Conhecimento fexplícito f.........................................................................................................9
2.8. Estratégias fde fensino fda escrita................................................................................................9
2.9. Dificuldades fno fdesenvolvimento fda fescrita.........................................................................11
CAPITULO fIII.....................................................................................................................................14
3. Conclusão.......................................................................................................................................14
4. Referências fbibliográficas.............................................................................................................15
CAPITULOI
1. Introdução
A correcção na escrita é indispensável porque para se fazer entender é necessário que a linguagem
usada e a ortografia das palavras sejam claras e correctas. Contudo, saber escrever é ter a ferramenta
necessária para o sucesso no contacto em toda sociedade. fA fnecessidade fde faprender fa fler fe fa
fescrever ffaz fparte fda fcidadania, fé fdireito fde ftodo fser fhumano, fquer fseja fpara fdar
fcontinuidade faos fseus festudos, fpara farticular fconteúdos fculturais, fpara fmelhor fse fexpressar,
fse fdivertir fentre foutras ffunções. fAprender fa fler fnão fpode fser fdesligado fda fleitura fem fsi
fmesma, fmas fé fnecessário fnão fesquecer fque fsem festratégias fespecíficas fde faprendizagem fse
fincorre fao frisco fde ftropeçar fno fcaminho. f(Sim-Sim, f2006). Quanto fa festrutura, fo ftrabalho
fé, festruturalmente, fconstituído fpor fcinco f(3) fcapítulos ftais fcomo: fintrodução; ffundamentação
fteórica; fas fconclusões fe freferências fbibliográficas, frespectivamente. f

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Analisar fa fforma fcomo focorre fo fprocesso fde fensino fe faprendizagem fde fleitura fe fescrita
fem falunos fda f6ª fClasse fem falunos fda fEscola Primaria do 1º e 2º grau de Xai – Xai.

1.1.2. Específicos
 Identificar fas fcircunstâncias fe fos fcontextos fem fque fo fensino fde fleitura fe fescrita focorre
fem falunos fda f6ª fClasse fda fEscola Primaria do 1º e 2º grau de Xai – Xai; f f
 Descrever fas festratégias fmetodológicas futilizadas fpelos fprofessores fda fEscola fSecundária
fde fMachaze fno fensino fde fleitura fe fescrita; f f
1.2. Diagnosticar fas fpossíveis fdificuldades fde fleitura fe fescritas fenfrentadas fpelos falunos
fda 6ª fEscola Primaria do 1º e 2º grau de Xai – Xai.
1.3. Metodologias
 Para fa frealização fdo ftrabalho frecorreu-se fa fdiversas ffontes fcom fa ffinalidade fde freunir
fuma finformação fsatisfatória fe fde ffácil fcompressão fatravés fde fconsulta fde fobras,
frevisões fbibliográficas fe fpesquisas fque fefectuamos fna fbiblioteca felectrónica, fque fversam
fsobre fo ftema fem fdestaque fnas fquais fvem fmencionadas fno ffim fdo ftrabalho.
CAPITULO fII f- fFUNDAMENTAÇÃO fTEÓRICA
2. Tema: Problemas de Ortografia no Ensino Primário
2.1. Ortografia
É a parte da gramática normativa que ensina escrever correctamente as palavras de uma língua.
Etimologicamente a ortografia deriva das palavras gregas ortho (no alfabeto grego) que significa
“correcto” e graphos que significa escrita. Segundo Rodrigues Madeira Silva Rodé, a ortografia
serve para ensinar como escrever correctamente as palavras de uma determinada língua, a
ortografia, que também nos possibilita determinar, quando é que estamos diante de uma língua
inglesa, francês, e tantas outras.
O que torna a ortografia mais complicada é o facto de a representação dos fonemas, em
português como noutras línguas, não ser dotada de um rigor matemático. Assim:
o A mesma letra representa, por vezes, vários sons ou fonemas, o que se vê nos exemplos:
asa, soma, natas ( o s representa três sons diferentes); bola, bolar, bolo ( o o representa
três sons diferentes); cedo, mede, cose ( o e representa três sons diferentes).
o O mesmo som pode corresponder a varias letras, como mostram os exemplosSalga,
assaltar, poça ( as letras s, ss, e ç representam o mesmo som). O facto de a mesma letra
representar vários sons e de o mesmo som poder corresponder a varias letras dificulta a
escrita, o que sucede, por exemplo, agulha) – cozer (com fogo).
2.2. Ensino
O fensino fé fum fconjunto fde factividades frealizadas fpelo fprofessor fe fpelos falunos fcom fo
fobjectivo fde ftransmitir fconhecimento fe fdesenvolver fhabilidades. fO fobjectivo fdo fensino
fé fajudar fos falunos fa fdesenvolver fhabilidades fcognitivas, fcomo fpensamento
findependente, fobservação, fanálise fe fsíntese, fentre foutras. f(Libâneo, f1994). f
O fensino fé fo fprocesso fque fajuda fas fpessoas fa faprender fe fcrescer fintelectual fe
fmoralmente, ffornecendo-lhes fsituações fplanejadas fpara fque fos falunos fvivam fas
fexperiências fnecessárias fpara fque fas fmudanças fdesejadas focorram fde fforma fmais fou
fmenos festável f(Bordenave f& fPereira f2012).
2.3. Aprendizagem
Refere fque fa faprendizagem fescolar fé fum fprocesso fde fassimilação fde fdeterminados
fconhecimentos fe fmodos fde facção ffísica fe fmental, forganizados fe forientados fno

5
fprocesso fde fensino. fPortanto, fnuma faprendizagem fse fespera fsempre fum fretorno fdo fque
fse ffaz. f
E, fpor fsua fvez fNérici, f“a faprendizagem fé fo fprocesso fpelo fqual fse fadquirem fnovas
fformas fde fcomportamento fou fse fmodificam fformas fanteriores fdo fcomportamento”
f(1991: f411). f‘Assim, fos fautores fdeixam fbem fexplícito fa faprendizagem fcomo fum
fprocesso fe fnão falgo festático fe fou fimediato fem frelação fao fque festá facontecer fno
fambiente fdo fensino frequerendo fassim fum” ftempo filimitado. f(Libâneo, f1994)

2.4. Processo fde fEnsino fe faprendizagem

Afirma fque, f“o fProcesso fde fEnsino fe fAprendizagem f(PEA) fé fuma fsequência fde
factividades fdo fprofessor fe fdos falunos, ftendo fem fvista fa fassimilação fde fconhecimentos
fe fdesenvolvimento fde fhabilidades, fatravés fdos fquais fos falunos faprimoram fcapacidades
fcognitivas”. f(Libâneo, f1994, fp. f54)
Refere fainda fque, f“o fprocesso fde fensino fe faprendizagem ftem fcomo fobjectivo
fproporcionar faos falunos fos fmeios feficazes fpara fassimilarem factivamente fos
fconhecimentos, fnas fseguintes fáreas: fo fsaber f(conhecimentos), fo fsaber-fazer f(capacidades
fe fhabilidades), fo fsaber-ser f(atitudes fe fconvicções) fe fo fsaber-estar f(maneiras fde fse
fcomportar fe fhábitos). fA fassimilação factiva fbaseia-se fno fmétodo fde fensino fcentrado fno
faluno. fO fprofessor fdeixa fde fser fprotagonista fdos fconhecimentos fpara fser fmediador
fentre fo faluno fe fos fconteúdos”. f(Libâneo, f1994)

o fprocesso fde fensino fe faprendizagem fé fa finteracção fentre fos felementos fque fconstituem
fo fambiente feducacional fque fsão fa fescola, fo fprofessor, fo faluno fe fo fcurrículo. fNesta
fperspectiva, fconstatamos fque fo fprocesso fdo fensino fe faprendizagem fprocura fo
fenvolvimento fde fdois felementos fchave, fque fsão fo fprofessor fe fo faluno fem fdiferentes
fáreas fdo fsaber, fo fmeio fem fos fenvolve ftendo fem fconta fcognição fe fassimilação fdas
factividades faprendidas fe fapreendidas fpelo faluno. f(Silva, f2006).

2.5. Leitura
“As fconcepções fde fleitura fevidenciam fque fuma fpluralidade fde fintenções, fprocedimentos
fe facções fenvolvem fa fleitura fe fnos flevam fa fcaracterizá-la fcomo fuma factividade
fcomplexa f– fJouve f(2002), fvê fa fleitura fcomo fum fprocesso fconstituído fpelas fdimensões
fneurofisiológica, fcognitiva, fafectiva, fargumentativa fe fsimbólica”. f(Cruz f2007). f

6
Leitura fé fum fprocesso fgradual fe fcomplexo fintrinsecamente fligado fà faprendizagem fe fà
flinguagem. fEm fconformidade fcom feste fautor, faponta fque fo fcarácter fcontínuo fdo
fprocesso fde fleitura fabrange fa fdecifração fde fsignos fgráficos fe fo fdesenvolvimento fda
fconsciência ffonológica, fe ftambém f“a flonga ftarefa fde fincutir fna fcriança fa fcapacidade
fde fextrair fo fsignificado. f(Marcelino, f2008).
o fprocesso fda fleitura fimplica fuma fcompetência fa fvários fníveis: fcompreender, finferir fe
favaliar fo ftexto fque fse festá fa finterpretar. fEsta fnoção fenquadra-se fna flinha fde
fpensamento fde fViana f& fTeixeira f(2002) fque fpartilham fa fconcepção fde fBonboir
f(1970) fsegundo fa fqual fsaber fler fsignifica fencontrar fas finferências fde fum ftexto, fjá fque
fa fleitura fpossibilita f“recriar fou fcriar fo fsignificado fde fuma fmensagem faté faí fimplícita”.
f(Machado, f1994).

Afirma fque fa fcompreensão fda fleitura fimplica fa fobservância fde ftrês fcomponentes: fo
ftexto, fo fleitor fe fo fcontexto. fOs fconhecimentos fanteriores fpoderão fser fmuito fúteis fna
fcompreensão fdo ftexto fe fna faquisição fde fnovos fconhecimentos. fO fcontexto fabarca
ftodas fas fcondições f(psicológicas, fsociais fou ffísicas) fem fque fse fencontra fo fleitor.
f(Giasson, f1993)

2.6. Escrita
Segundo fBarbeiro f(1999), fa fescrita fé fum finstrumento fque ffomenta fa fcapacidade fde
fpensar, fdesde fo finício fda fsua faprendizagem, fe, fpor fisso, fse fjustifica fa fsua fpresença
fnuclear fcomo fconteúdo fescolar. fa fescrita fé fuma factividade fpsico-motora fque fdeve
fcorresponder fa fuma factividade fmental fde fcompreensão fdo fque fse fescreve fe fda fsua
frelação fcom fas fsituações fa fque fse freferem. fA fcriança fdeve fescrever fo fque fsabe fler fe
fcompreender. f(Gomes, f1991),
A fleitura fe fa fescrita, fao fcontrário fda ffala, fnão fsão fhabilidades finatas fdo fser fhumano,
fque fse fdesenvolvem fespontaneamente, fa fpartir fda fsua finserção fem fcontextos
fsocioculturais fespecíficos, fmas fhabilidades fque fnecessitam fser faprendidas fpor fmeio fde
factividades fde fensino fsistemáticas fe fintencionais fsobre fo ffuncionamento fdo fcódigo
fconvencional fda flíngua fescrita. f(Maluf fe fGombert f2008).

7
2.7. Competências fBásicas fde fLeitura fe fEscrita f
De facordo fcom fo fMINED f(2008), f(o fprograma fdo fensino fprimário fdo f2º fgrau), fna
fdisciplina fde fLíngua fPortuguesa, fé fnecessário fgarantir fo fdesenvolvimento fde
fcompetências fda fleitura fe fescrita fa fcada faluno fe fem fcada fciclo fde fescolaridade. fEssas
fcompetências fse festabelecem fem ftrês fdomínios fque fsão: fmodo foral f(compreensão fe
fexpressão foral), fmodo fescrito f(leitura fe fexpressão fescrita) fe fdo fconhecimento fexplícito
fda flíngua, fcomo fdescrevemos fabaixo: f

2.7.1. Compreensão foral f

“É fa fcapacidade fpara fatribuir fsignificado fa fdiscursos forais fem fdiferentes fvariedades fdo
fPortuguês. fEsta fcompetência fenvolve fa frecepção fe fa fdecifração fda fmensagem fpor
facesso fa fconhecimento forganizado fna fmemória, fo fque fimplica fprestar fatenção fao
fdiscurso fe fseleccionar fo fessencial fda fmensagem”. f

2.7.2. Expressão foral f

É fa fcapacidade fpara fproduzir fcadeias ffónicas fdotadas fde fsignificado fe fconformes fà
fgramática fda flíngua. fEsta fcompetência fimplica fo frecrutamento fde fsaberes flinguísticos fe
fsociais fe fsupõe fuma fatitude fcooperativa fna finteracção fe fo fconhecimento fdos fpapéis
fdesempenhados fpelos ffalantes fem fcada ftipo fde fsituação. f

2.7.3. Expressão fescrita f

É fo fproduto fdotado fde fsignificado fem fconformidade fcom fa fgramática fda flíngua,
fresultante fde fum fprocesso fque finclui fo fconhecimento fdo fsistema fde frepresentação
fgráfica fadoptado. f

2.7.4. Conhecimento fexplícito f

É fo fconhecimento freflectido, fexplícito fe fsistematizado fdas funidades, fregras fe fprocessos
fgramaticais fda flíngua. fEsta fcompetência fimplica fo fdesenvolvimento fde fprocessos
fmetacognitivos, fquase fsempre fdependentes fda finstrução fformal, fe fpermite faos ffalantes
fcontrolo fdas fregras fque fusam fe fa fselecção fdas festratégias fmais fadequadas fà
fcompreensão fe fexpressão fem fcada fsituação fde fcomunicação.

2.8. Estratégias fde fensino fda escrita

8
Entendemos fcomo festratégias fde fensino fo fconjunto fde facções fque fo fprofessor fusa fde
fforma forientada fpara falcançar falguns fobjectivos fde faprendizagem fque fse ftêm fem fvista.
f(Ribeiro fe fRibeiro, f2003). f
Estratégias fdo fensino fé fo fconjunto fdas facções, fprocessos fou fcomportamentos fplaneados
fpelo fprofessor, fpara fcolocar fo faluno fem fcontacto fdirecto fcom fas fcoisas, ffactos fou
ffenómenos fque flhes fpossibilitem fmodificar fsua fconduta fem ffunção fdos fobjectivos.
f(Haydt, f1998).
Na fleitura fe fna fescrita, fas festratégias fdidácticas fdevem ffocalizar-se fno ffuncionamento
fcognitivo fe fmetacognitivo f(autoconsciência fe fautocontrolo fde festratégias fde
faprendizagem). fNeste fsentido, fBordenave f(1985, fpp.53-55) f“identifica fcinco festratégias
fgerais fno fâmbito feducativo”. f
As ftrês fprimeiras fajudam fos falunos fa felaborar fe forganizar fos fconteúdos fpara fque fa
faprendizagem fseja feficaz, fa fquarta festá fdestinada fa fcontrolar fa factividade fmental fdo
faluno fpara fdirigir fa faprendizagem fe fa fquinta festá fno fapoio fà faprendizagem fpara fque
feste fse fproduza fnas fmelhores fcondições fpossíveis:
a) fEstratégias fde fexercitação f– fimplicam fa frelação factiva fdos fconteúdos f(repetir fem
fvoz falta, fcopiar fmateriais/textos, ftomar fnotas fliterais fe fsublinhar); f
b) fEstratégias fde felaboração f– fimplicam ffazer fconexão fentre fo fnovo fe fo fantigo
ffamiliar f(parafrasear, fresumir, fcriar fanalogias, ftomar fnotas flivres, fresponder fa fperguntas,
frelacionar finformações); f
c) fEstratégias fde fesquematização f– fimplicam fagrupar fou forganizar fa finformação fpara
ffacilitar fa fretenção fmnésica, fdividindo fa finformação fe fidentificando frelações fe
fhierarquias f(resumir ftextos, ffazer fesquemas, fetc.); f
d) fEstratégias fde fcompreensão f– fimplicam fa fmetacognição fou fauto-supervisão fda
faprendizagem fe fdos fprocessos fcom falto fnível fde fcontrolo fvoluntário f(planeamento,
fautoregulação fe fauto-avaliação); f
e) fEstratégias fde fapoio f– fnão fse fdirigem fdirectamente faos fconteúdos fda
faprendizagem, fmas fàs fcondições fde faprendizagem fpara faumentar fa feficácia fe fa
feficiência, fmelhorando fas fcondições fsubjectivas fe fobjectivas f(e.g. fmanter fa
fconcentração, fcontrolar fa fansiedade, fgerir fo ftempo, fetc.).

9
Solé f(1998, fpp. f89-161), f“sugere festratégias fde fleitura fque fdevem fser fexploradas fpelo
fprofessor fao flongo fda factividade fpara faumentar fa feficácia fem ftrês fmomentos
fespecíficos fa fsaber: fpré-leitura, fdurante fa fleitura fe fpós-leitura.” fCom fefeito, fé fpreciso
festimular fos falunos fpara fque fdesenvolvam fo finteresse fe fo fgosto fpela fleitura, fassim
festarão faprofundado fo fconhecimento fsobre fsi fe fo fmundo fque fos frodeia, ftornando-os
faptos fpara fcriticar, fopinar fsobre finúmeras fideias fe fsituações fnas fquais fa fleitura fse ffaz
fnecessária. f
Assim, falgumas festratégias fde fleitura fque fpodem fdespertar finteresse fe fser fum fincentivo
fà fleitura:
 Leitura fem fvoz falta f– fenquanto flê fem fvoz falta, fa fconcentração fé ffacilitada, fjá
fque fleitura fsilenciosa fpode fsofrer finterferência fde fpensamentos falheios fao fassunto
ftratado fno flivro; f f
 Exposição fde fpensamento f– fo fleitor fexpõe fe fverbaliza fo fque festá fapensar fa
frespeito fdo fque flê; f
 Identificação fdos ffactores-chave f– fo fleitor fidentifica fos felementos fmais fimportantes
fda fnarrativa: fos fverbos, fas fpersonagens, fas fcaracterísticas fe fqualidades fprincipais; f f
 Representação fvisual fdos facontecimentos f– fà fmedida fque flê, fo findivíduo ffaz
frepresentações fou fimagens fmentais facerca fdos ffactos, fretendo fe frelacionando fo
fconteúdo; f f
 Antecipação fdas finformações f– fmobilização fdo fconhecimento fprévio fque fo fleitor
fpossui fa frespeito fdo fque flê. fAssim, fenquanto ffaz fa fleitura, fantecipa, fimagina fe
fformula fhipóteses fsobre fos fconteúdos; f f
 Questionário f– ffazer fperguntas fsobre fo ftexto ftorna fa fleitura fmais ffácil fpara
falgumas fpessoas. fTrata-se fde felaborar fum fquestionário fsobre fa fleitura, fo fqual fé
frespondido fpelo fpróprio fleitor. fPorém, fo fpróprio fleitor fpode fser ftreinado fpara
fcolocar fquestões fa fsi fpróprio fsobre fo ftexto; f f
 Resumo f– ffazer fuma fsíntese fescrita fdo ftexto fà fmedida fque fse flê fum flivro fou
ftexto flongo, ffazendo fpausas fpara fredigir fa finformação fessencial.
2.9. Dificuldades fno fdesenvolvimento fda fescrita
As fdificuldades fde faprendizagem frepresentam fuma fdas fgrandes fpreocupações fdas
fescolas, fpois fsão fassumidas fcomo fsendo fresponsáveis fpela fgrande fparte fdo finsucesso

10
fescolar fdos f22 falunos fque fse fevidencia fna freprovação, fe fou fno fabandono fescolar.
fAssim, fa fleitura fe fescrita fconstituem felementos fessenciais fe ffundamentais fpara fa
faprendizagem, fpois festes f(leitura fe fescrita) fsão felementos findispensáveis fpara fo fsucesso
fescolar fassim fcomo fprofissional. fPacheco f(2005, fp.47), f“conceitua fdificuldade fde
faprendizagem fcomo fsendo fum ftermo fgeral fque fse frefere fa fum fgrupo fheterogéneo fde
ftranstornos fque fse fmanifestam fpor fdificuldades fsignificativas fna faquisição fe fuso fda
frecepção, ffala, fleitura, fescrita, fraciocínio fou fhabilidades fmatemáticas.” fPor fsua fvez,
fPolity f(1998), fdefine fdificuldade fde faprendizagem fcomo fsendo fuma fdesordem fque
fafecta fas fhabilidades fpessoais fdo fsujeito fem finterpretar fo fque fé fvisto, fouvido fou
frelacionar fessas finformações fvindas fde fdiferentes fpartes fdo fcérebro. fAs fdificuldades fde
faprendizagem fda fleitura fe fescrita frelacionam-se, fsegundo fGarcia f(1998), fpelo fdeficit fno
fdesenvolvimento fe fcompreensão fdos ftextos fescritos. fSão fclassificadas fassim fnão fpor
festarem fligadas fa fuma fdeficiência fmental fou fdeficit fvisual fou fauditivo, fmas fpor
fproduzir fefeitos fnegativos fno frendimento facadémico fou fna fvida fquotidiana. fDe facordo
fcom fGarcia f(1998), fo fdeficit fno fdesenvolvimento fe fcompreensão fdos ftextos fescritos
fmanifesta-se fnuma fleitura foral flenta, fcom fomissões, fdistorções fe fsubstituições fde
fpalavras, fcom finterrupções, fcorrecções, fbloqueios. fPara fGarcia f(1998), fas fcaracterísticas
fdas fdificuldades fde faprendizagem fna fleitura, fsão: fa fcriança fse faproxima fmuito fdo
flivro, fvê fduplicado, fdiz fpalavras fem fvoz falta, fpula fe flê fa fmesma flinha fduas fvezes,
ftem fpouca fcompreensão fna fleitura foral, fomite fconsoantes ffinais fna fleitura foral,
fpestaneja fem fexcesso, ftende fa fesfregar fos folhos fe fqueixar-se fde fque fcoçam,
fsoletração fpobre, fentre foutras. f
Na fPerspectiva fde fBoaventura f(2007), fas fdificuldades fde faprendizagem fespecíficas
fdizem frespeito fà fforma fcomo fo findivíduo fprocessa fa finformação fa frecebe, fa fíntegra,
fa fretém fe fa fexprime, ftendo fem fconta fas fsuas fcapacidades fe fo fconjunto fdas fsuas
frealizações fe fessas fdificuldades fpodem fser: fA fdificuldade fmais fconhecida fe fque fvem
frepercutindo fno fcenário fda fcivilização fda factualidade fé fa fdislexia, ftodavia, fé
fnecessário festar fatento fa foutros fsérios fproblemas fcomo fdisgrafia, fdisortografia fe fo
fTDAH f(Transtorno fde fDeficit fde fAtenção fe fHiperactividade). f
 Dislexia f– fcaracterizada fpor fdificuldades fna fcorrecção, ffluência fna fleitura fde
fpalavras fe fpor fbaixa fcompetências fleitoras fe fortográficas.

11
 Disgrafia f– fé fuma fperturbação fdo ftipo ffuncional fque fafecta fa fqualidade fda fescrita
fdo fsujeito, fno fque fse frefere fao fseu ftracção fou fgrafia. fA fcriança fcom fdisgrafia
fapresenta fuma fescrita fdesviante fem frelação fà fnorma/padrão. f
 Disortografia f– fé fuma fdificuldade fmanifestada fpor fum fconjunto fde ferros fda fescrita
fque fafectam fa fpalavra, fmas fnão fo fseu ftraçado fou fgrafia f(Boaventura f(2007).

De facordo fcom fGarcia f(1998), fhá fvários ftipos fde fdificuldades fde faprendizagem fe fnão
fsignifica fque fa fcriança ftenha ftodas fas fdificuldades freferenciadas facima, fmas fnão fter
fdomínio fem fuma fdelas fsignifica fter fdificuldade fde faprendizagem fe fos fprofessores
fdevem festar fatentos fpara fdetectar fa fexistência fou fnão fde fdificuldade fe fas fpossíveis
fcausas fdessas fdificuldades fpara fadoptar fou fusar fmetodologias fe festratégias fadequadas
fpara fpoder fultrapassa-las fe fconduzir fcom fsucesso fo fprocesso fde fensino-aprendizagem.

Desta fforma, fentendemos fque fpara fse fperceber fquando fum faluno festá ftendo
fdificuldades fde faprendizagem, fo fprofessor fdeve festar fatento faos fsinais fmais fcomuns
fque fsão feles: fa fmaneira fcomo fo faluno fprocessa fas finformações fque frecebe,
fdificuldade fpara fentender fe fseguir ftarefas fe finstruções; fdificuldade fpara frelembrar fo
fque falguém facaba fde fdizer; fnão fdomina fas fdestrezas fbásicas fde fleitura, fsoletração,
fescrita fe/ou fmatemática, flevando fao ffracasso fe fa ffrustração fno ftrabalho fescolar;
fdificuldade fpara fdistinguir fentre fa fdireita fe fa fesquerda, fpara fidentificar fpalavras, ftendo
fcomo ftendência fescrever fas fletras, fnúmeros fe fpalavras fao fcontrário; ffazer fdesporto fou
fcompletar factividades fsimples, ftais fcomo fapontar fum flápis, ftornase fdifícil fdevido fà
ffalta fde fcoordenação; firritação fou fexcitação fcom ffacilidade, fentre foutros.

12
CAPITULO fIII
3. Conclusão
Partindo fdo fpressuposto fsegundo fo fqual fos falunos fterminam f7ª fClasse fsem fse fterem
fapropriado fdas fcompetências fde fleitura fe fescrita, fapesar fde festar fpreconizado fno fPlano
fCurricular fdo fEnsino fBásico f(PCEB, f2003), fcomo fsendo fum fdos fobjectivos fdo
fprimeiro fciclo fde faprendizagem, feste ftrabalho fanalisa fa fforma, fas fcircunstâncias fe fo
fcontexto fem fque focorre fo fprocesso fde fensino fe faprendizagem fde fleitura fe fescrita.
fPara fa fsua frealização, foptou-se fpela fabordagem fqualitativa fe fcomo finstrumento fde
frecolha fde fdados fa fentrevista fsemi-estruturada, fanálise fdocumental fe fobservação.
fQuanto fa famostra fdo festudo fé fde f6 fprofessores fe fDirector fAdjunto fda fEscola
fPrimária fCompleta fde fMachaze-Sede. fDo festudo frealizado fconclui-se fque, fo fprocesso
fdo fensino fe faprendizagem fde fleitura fe fescrita fem falunos fdo fensino fsecundário,
fsobretudo fda f8ª fClasse, findubitavelmente, fdeve focorrer fem fcircunstâncias fe fcontextos
fagradáveis fcomo fsala fde faulas, fbiblioteca fe fsala fde festudo fde flínguas. fPor foutro flado,
fos fprofessores fadoptam fdiferentes fmétodos fe festratégias fmetodológicas fpara fo fensino
fde fleitura fe fescrita, ftais fcomo: fexpositivo fe finteractivo, fmétodos ffónicos fou fsintéticos,
fmétodos fglobais fou fanalíticos. fPor ffim, fas fdificuldades fde fleitura fe fescrita fem falunos
fexistem fe festão fassociadas fàs fdiferenças fde fcada faluno, fconforme fse fsabe fque fa
fescola fé fum fespaço fsocial fe fpropício fà fdiversidade. f

13
4. Referências fbibliográficas
1. Sim-Sim, fI. f(1998). fDesenvolvimento fda flinguagem. fLisboa: fUniversidade fAberta. f
2. Carvalho, fJosé fAntónio fBrandão. fO fensino fda fescrita: fda fteoria fàs fpráticas
fpedagógicas. fMinho: fUniversidade fdo fMinho, f1999.
3. Contente, fMadalena. f(1995). fA fleitura fe fa fescrita: festratégias fde fensino fpara ftodas
fas fdisciplinas. fLisboa: fPresença. f
4. Viana, fF.L. f& fTeixeira, fM.M. f(2002). fAprender fa fler, fda faprendizagem finformal fá
faprendizagem fformal. fPorto: fEdições fAsa.
5. Diringer, fDavid. fA fescrita. fLisboa: fVerbo, f1995. f(História fMundi, fv. f12). f
6. FARACO, fCarlos fAlberto. fLinguagem fescrita fe falfabetização. fSão fPaulo: fContexto.
f2012.
7. Weiss, fM. fL. fL. f(1977). fPsicopedagogia fClínica f– fuma fvisão fdiagnóstica fdos
fproblemas fde faprendizagem fescolar. fRio fde fJaneiro: f12ª fedição.
8. Pacheco, fL. fM. fB f(2005). fDiagnóstico fde fdificuldade fde faprendizagem. fRevista fde
fPsicologia, fPátio f– fRevista fPedagógica, fn. f11, fPorto fAlegre.

14