Você está na página 1de 3

O SEGUNDO E O TERCEIRO MANDAMENTOS

O SEU NOME É SANTO


Em resumo, um nome é a representação de quem o usa, e a nossa
atitude para com esse nome é um reflexo dos sentimentos que nutrimos pela
pessoa.
Tudo isso a gente já sabe, mas recordá-lo nos ajudará a compreender
por que é um pecado usar o nome de Deus em vão. Se amamos a Deus,
amaremos o seu nome e jamais o mencionaremos com falta de respeito ou de
reverência, como exclamação de ira. de impaciência ou de surpresa;
evitaremos tudo o que possa desonrá-lo.
- Isso também se estende ao nome de Maria, e dos santos.
Assim, para que não esqueçamos nunca este aspecto do nosso amor
por Ele, Deus estabeleceu o segundo mandamento: “Não tomarás o nome de
Deus em vão”.
Catecismo n. 2146: “O segundo mandamento proíbe o abuso de
Deus, isto é, todo o uso inconveniente do nome de Deus, de
Jesus Cristo, da Virgem Maria e de todos os santos”.
Há muitas formas de atentar contra a reverencia devida ao nome de Deus:
1) Falta de respeito – usar o seu santo nome para desafogarmos os nossos
sentimentos. “Não, por amor de Deus!” ; “ Garanto, por Deus, que te
lembrarás” ; “Minha Nossa Senhora!”
Em geral, este gênero de irreverência é pecado venial, porque falta a
intenção deliberada de desonrar a Deus ou de desprezar o seu nome; se essa
intenção existisse, o pecado se converteria era mortal, mas, de ordinário, é um
modo de falar devido à leviandade e ao descuido, mais do que à malícia.
Essa falta de respeito é chamada por gente “jurar”, mas não é correto.
Jurar é algo bem diferente.
Jurar é tomar Deus por testemunha da verdade do que se diz ou se
promete. Se exclamo: “Por Deus!”, é uma irreverência; se digo: “Juro por Deus
que é verdade”, é um juramento.
Já se vê que jurar não é necessariamente um pecado. Antes pelo
contrário, um juramento reverente é um ato de culto grato a Deus, se se
reúnem três condições:
a) Razão suficiente – Não se pode invocar frivolamente Deus como
testemunha.
Jurar sem motivo ou necessidade, salpicar a conversa com frases como
“juro pela minha saúde”, “juro por Deus que é verdade” e outras parecidas, é
pecado. Normalmente, se dizemos a verdade, esse pecado será venial,
porque, como no caso anterior, é produto da irreflexão e não da malícia.
Mas, se o que dizemos é falso e sabemos que o é esse pecado é mortal.
b) Verdade estrita
Invocar Deus por testemunha de uma mentira é uma desonra grave que
lhe fazemos. É o pecado de perjúrio, e o perjúrio deliberado é sempre pecado
mortal.
Para que um juramento seja meritório e um ato agradável a Deus, deve
ter um terceiro elemento:
c) Juramento promissório
Se nos obrigamos a fazer alguma coisa sob juramento, devemos ter a
certeza de que o que prometemos é bom, útil e possível.
QUE DIFERENÇA HÁ ENTRE JURAMENTO E VOTO?
Quando juramos, invocamos Deus corno testemunha de que dizemos a
verdade tal como a conhecemos.

 Se juramos como testemunhas, temos um juramento de afirmação.


 Se juramos fazer alguma coisa para alguém no futuro, temos um
juramento promissório.
Em ambos os casos, apenas pedimos a Deus, Senhor da verdade que
seja testemunha da nossa veracidade e do nosso propósito de fidelidade. Não
lhe prometemos nada que seja diretamente para Ele.
Mas, se o que fazemos é um voto prometemos algo a Deus com
intenção de nos obrigarmos. Prometemos algo especialmente grato a Deus sob
pena de pecado. Neste caso. Deus não é mera testemunha, é também o
destinatário do que prometemos fazer.
Um voto pode ser privado ou público.

 Privado: Por exemplo, uma pessoa pode fazer voto de ir ao santuário de


Fátima em agradecimento por se ter curado de uma doença: outra, que
é solteira no mundo, pode fazer voto de castidade.
Mas é necessário sublinhar que estes votos privados jamais podem ser feitos
levianamente. Um voto obriga sob pena de pecado, ou não c voto nenhum.
Violar um voto será pecado mortal ou venial conforme a intenção de quem o
faz e a importância da matéria.

 Púbico: Voto público é o que se faz perante um representante oficial da


Igreja, como um bispo ou um superior religioso, que o aceita em nome
da Igreja.
Os votos públicos mais conhecidos são os que obrigam uma pessoa à
plena observância dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e
obediência, dentro de uma comunidade religiosa. Daquele que faz estes três
votos publicamente, diz-se que “entra em religião”, que abraçou o estado
religioso.

Um ponto em que, às vezes, nem os próprios católicos têm ideias claras


da diferença que existe entre sacerdotes seculares e os religiosos.

 Sacerdotes religiosos: significa que além de sentirem uma chamada


para a vida religiosa, sentiram vocação para o sacerdócio. Entraram em
uma ordem religiosa
 Sacerdote secular: (secular deriva da palavra latina “saeculum” , que
significa “ mundo” ), porque não viverá numa comunidade religiosa, mas
no mundo, com as pessoas que serve.
 Também se chama sacerdote diocesano, porque pertence a uma
diocese e não a uma ordem de religiosos. Seu “chefe” é o bispo da
diocese e não o superior de uma comunidade religiosa. Quando é
ordenado, promete obediência ao bispo e, normalmente, enquanto viver,
a sua atividade se desenvolverá dentro dos limites da sua diocese. E faz
o compromisso dc castidade perpétua, ao ordenar-se como diácono, que
é o primeiro passo importante para o altar.

Você também pode gostar