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CAXIAS DO SUL
2018
ANDRÉ FIAMINGHI RIBEIRO
Caxias do Sul
2018
ANDRÉ FIAMINGHI RIBEIRO
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12
6. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 33
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1. INTRODUÇÃO
Segundo Watson (2000), existem quatro abordagens que definem o Seis Sigma
quanto a sua estrutura, sendo de extrema importância estas abordagens serem
conhecidas pela equipe:
Métrica, utilizado para mensurar o desempenho e a variabilidade dos processos
através dos seis níveis sigma. Como o sistema busca a perfeição, buscando reduzir
os defeitos para próximo a zero, seu objetivo em determinados processos se dá ao
máximo de 3,4 defeitos por 1 milhão de oportunidade. O resultado desta operação é
chamado de Defeitos Por Milhão de Oportunidades (DPMO).
Metodologia, que associa um foco estatístico utilizado para caracterizar as
fontes de variabilidade e também como ferramenta de visualização, controle e
aperfeiçoamento dos resultados obtidos.
Filosofia Operacional, auxiliando a moldar os objetivos globais da organização
em metas da qualidade.
Cultura, estimulando o trabalho em equipe, para buscar maiores níveis de
produtividade e eficácia.
Onde:
Média é a média do processo;
σ é o desvio padrão do processo;
LSE é o limite superior de especificação;
LIE é o limite inferior de especificação.
processos em seis sigma, significa que está operando com um espaço de seis sigmas
entre a média do processo e o que é especificado mais próximo a esta média. Assim
seu Cpk está na faixa de 2.
Segundo Carvalho (2005) defeito pode ser classificado como qualquer não
conformidade às especificações de um determinado produto. Já defeituoso é
classificado como o produto, apresentando um ou mais defeitos.
No caso de defeituosos os cálculos devem ser realizados com base em PPM
(Partes Por Milhão), onde o total de peças produzidas é divido pela quantidade total
de peças rejeitadas e multiplicado por um milhão.
𝑃𝑒ç𝑎𝑠 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎𝑠
𝑃𝑃𝑀 = ( ) ∗ 106
𝑃𝑒ç𝑎𝑠 𝑅𝑒𝑗𝑒𝑖𝑡𝑎𝑑𝑎𝑠
Ao analisar defeitos, a substituição do PPM deve ser feita por Defeitos Por
Milhão de Oportunidades (DPMO). Esta resolução deve ser realizada encontrando
primeiramente o número de defeitos encontrados durante a coleta de dados,
juntamente com o número de oportunidade de defeitos ocorridos e posteriormente o
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Bairrão (2010) cita que, uma vez que produtos podem contêm até milhares de
componentes, a Motorola desenvolveu o conceito Seis Sigma para que a porcentagem
de não conformidade em produtos fosse o mais baixo possível. Neste caso, o nível
máximo Sigma corresponde uma porcentagem de 99,99999%, ou seja, 0,002 DPMO,
de modo que este valor está associado a um período de curto prazo válido para
apenas um componente.
Marques (2008) cita que Bill Smith concluiu que em um longo prazo, um processo
sofre um desvio até ±1,5σ em relação à média analisada, devido às causas especiais
de variação, produzindo um aumento do número de defeitos. Devido a isso, para
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apenas 1 componente não deverá de existir mais 3,4 defeitos por milhão de
oportunidades, situando-se os limites de especificação, superior e inferior a ±4,5σ da
média do processo, conforme Figura 4.
Para estes valores, Carvalho (2005) também nos cita a classificação das
organizações sobre o nível sigma, onde a média da indústria se encontra em 4 sigma
e uma indústria de classe mundial sem encontra em 6 sigma. Organizações que
sofrem declínio, ou seja, não são competitivas localizam-se em um nível 2 sigma.
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Nesta fase se usa um processo interativo, uma vez que inicialmente não são
conhecidas as causas raíz. Logo, é essencial a compreensão do processo para aplicar
diversas ferramentas e técnicas, que realizem a confirmação das identificações das
causas raíz.
É uma fase interativa pois é um processo de tentativa e falha, e só é finalizado
quando os resultados vão de encontro aos dados.
De acordo com Antony (2006), os principais passos a serem realizados na fase
de definição são da seguinte maneira:
Analisar a causa do problema;
Analisar os dados do problema ligados ao processo;
Identificar e organizar as potenciais causas do problema;
Estabelecer a relação causa-efeito das causas potenciais e definir
prioridades;
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Como última fase do método DMAIC, esta etapa deve ser crucial para o
sucesso do sistema Seis Sigma, devido a representar a sustentabilidade de todos os
benefícios adquiridos durante as fases anteriores.
Muitas vezes se recorre a métodos estatísticos para que possa ser feito o
controle das soluções implementadas, com o intuito de encontrar alterações no
processo, oriundas de causas especiais na variação. Sempre que o processo não
esteja agindo de um modo esperado, se faz necessária pequenas alterações para que
se estabilize e se alcance as metas pré-definidas.
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Nesta fase é necessário que se tenha uma periodicidade nas medições do nível
sigma do processo, a fim de identificar novos comportamentos das características
críticas da qualidade, e em contraponto a satisfação do cliente (Pereira, 2003).
Para finalizar, é fundamental que se passe aos colaboradores responsáveis
pelo projeto toda a documentação, ferramentas e conhecimento necessário de suporte
e de monitoramento, de forma que estes sejam capazes de interferir no processo caso
ocorra algum desvio.
De acordo com Antony (2006), os principais passos a serem realizados na fase
de definição são da seguinte maneira:
Avaliar o alcance das metas estabelecidas e analisar a necessidade de
retomar à fase de Medição;
Elaborar modelo padrão do processo das soluções implementadas;
Elaborar ferramentas e procedimentos de monitoramento do processo;
Difundir toda informação, documentação, conhecimento e ferramentas
aos colaboradores responsáveis pelo projeto;
Planejar e implementar protocolo de monitoramento do desempenho do
processo e alcance das metas definidas;
Definir plano de ação para a correção de desvios no processo;
Análise de benefícios de retorno após as ações de melhoria serem
implementadas.
Para a realização dos passos descritos acima, se faz necessário a utilização
de algumas ferramentas e técnicas apresentadas na Figura 9 abaixo.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
MADER, D. P. Selecting design for six sigma projects. Quality Progress Vol 37, Jul
2004, p. 65-70
YONG, J.; WILKINSON, A. The long and widing road: the evolution of quality
management. Total Quality Management, v. 13, n.1, p. 101-121, 2002.
THOMAS, P.; KELLER, P. Seis Sigma: Guia do Profissional, v. 1, n.1, p.3-42, 2010.
ANTONY, J.; BANUELAS, R. Key ingredients for the effective implementation of six
sigma program. Measuring Business Excellence. Coventry, n. 6, p. 20-27, 2002.
WATSON, G. H. Seis Sigma na Gestão dos Negócios. Banas Qualidade. São Paulo,
n. 99, p. 82-86, 2000.
MARQUES, P. A., Saraiva, P. M., Requeijo, J. G., & El-Haik, B. (2008). “Projectos
para Seis Sigma - Um mapa para o desenvolvimento de produtos, serviços e
processos”, Qualidade: Associação Portuguesa para a Qualidade, Vol. 37, pp. 12-19.
KWAK, Y. H., & ANBARI, F. T. (2006). “Benefits, obstacles, and future of six sigma
approach”. Technovation, Vol. 26, pp. 708–715.
ANDRIETTA, J. M., & MIGUEL, P. A. (2003). "O programa Seis Sigma aplicado a
processos administrativos", Revista de Ciência e Tecnologia, Vol. 11, pp. 49-56.
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ANTONY, J. (2006). "Six sigma for service processes", Business Process Management
Journal , Vol. 12 (2), pp. 234-248.
PARK, S. H. (2003), Six Sigma for Quality and Productivity Promotion, Asian Productivity
Organization, Tokyo.
PYZDEK, T. (2003), The Six Sigma Handbook, 2º Edição, McGraw-Hill, New York.