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Infância e juventude

Júlio Verne nasceu em 8 de fevereiro de 1828, e passou a infância com os pais, o irmão
Paul, e as três irmãs, Ana, Matilde e Maria, na cidade francesa de Nantes e na casa de
verão da família. Seu pai, Pierre Verne, era um magistrado de Provins. A proximidade do
porto e das docas constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da
imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Com seis anos
iniciou os estudos com a viúva de um capitão, e com oito foi mandado para o seminário
com seu irmão Paul. Em 1839, partiu para Índia como aprendiz de marinheiro, mas foi
interceptado por seu pai em Paimboeuf, confessando ter tentado a viagem para encontrar
sua prima, Carolina Tronson, e entregar-lhe um colar de diamantes. Prometeu que viajaria
"apenas nos sonhos". Em 1844, estudou retórica e filosofia no Liceu de Nantes. Formado,
seguiu os passos do pai, formando-se em direito em Nantes, em 1864.[4]
Apaixonado por Carolina, escreveu sua primeira obra, uma tragédia em versos, que a
família desgostou, e Carolina casou-se em 1847 com outro. Verne fez seu exame de
direito em Paris, onde compôs um drama, e retornou a sua cidade natal, onde a obra foi
lida por um petit comité no Cercle de La Cagnotte. Seu pai, com a esperança de que o filho
seguisse sua carreira de advogado, envia Verne novamente a Paris, a fim de que
continuasse os estudos do direito. Contudo, em Paris, Júlio começou a se interessar mais
pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito alguns livretos de operetas e pequenas
histórias de viagens. Seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio financeiro. Durante esse
período, o autor conheceu os escritores Alexandre Dumas e Victor Hugo. Uma das peças
de Verne, As palhas rompidas, agrada Dumas, e a peça estreia no Teatro Histórico em 12
de junho de 1850. Apresenta sua tese, e o pai deseja que retorne a Nantes para trabalhar
como advogado, mas Verne decide pela carreira literária. Para completar a renda, dá aulas
em Paris, sem parar de escrever.[4]

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