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SEGREDOS DO POMPOARISMO

BÔNUS

Conto Erótico

a você

L A D Y V
SEGREDOS DO POMPOARISMO

A
casa estava às escuras, exatamente
como ela havia imaginado. Para
conferir e ter certeza, não hesitou em
passar por todos os cômodos.

Um sorriso imediatamente brotou no rosto delicado,


com o pensamento do que ela queria e poderia estar
fazendo logo mais à noite, desde que seu plano desse
certo.
Sem pressa, mas ansiosa, correu para a cozinha e
vasculhou a gaveta em busca da tesoura que a ajudaria a
dilacerar o lacre da caixa que havia acabado de receber.
Ela podia sentir seus batimentos espancando a caixa
torácica. Até mesmo a garganta estava seca. Nada que
tirasse o brilho do momento.
Quando a lâmina afiada deslizou e ela pôde abrir a
primeira aba, teve o vislumbre de promessas sedutoras.
Juli mordeu o lábio inferior, apavorada pelas ideias
impertinentes que passaram em sua cabeça.
Já há algum tempo havia decidido agitar um pouco as
coisas entre ela e o noivo, Edu. O relacionamento de
mais de oito anos era maravilhoso, e mesmo com alguns
altos e baixos, sempre davam um jeito de vencer os
obstáculos e a barreira do tempo.
Ele tentava, ao seu jeito, suprir tudo aquilo que a noiva
desejava, e agora havia chegado a hora de ela retribuir.
Ou assim pensou, com um sorrisinho malicioso no rosto.

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No entanto, Juli tinha que confessar que não estava


fazendo aquilo somente por ele. Desde muito antes,
estava mais do que ansiosa em apimentar a relação,
fazendo com que o sexo atingisse um patamar bem mais
acima do que o que já tinham. Ela queria se sentir nas
nuvens, ter uma experiência surreal.
Talvez a culpa de tudo isso pudesse ser colocada nos
inúmeros livros de romance que recheavam seu leitor
digital. Ou poderia ser por conta de fantasias ocasionais
depois de assistir a um filme mais sexy.
Okay, ela tinha que confessar que o pedido que estava
olhando diretamente para ela, naquele instante, de
dentro daquela caixa, nada mais era do que o resultado
de ter conhecido Christian Grey. Não pessoalmente,
claro. Até mesmo por ele ser um personagem fictício...
mas Juli pensava que a ideia de um homem levando uma
mulher às alturas – como ele aparentemente fazia com
sua Anastácia –, acabou assumindo um papel
importante na decisão.
Abrindo a outra aba, Juli puxou para fora o par de
algemas brilhante que a levaram, de imediato, a ter
pensamentos indecentes. É óbvio que ela temia que Edu
simplesmente risse na cara dela, ou achasse que estava
ficando louca. Mas a excitação e o sentimento do
inesperado, da novidade, aventura, a estavam
conduzindo a uma maré de antecipação.
Era como se as preliminares tivessem começado ali,
naquele instante.

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Franzindo a sobrancelha, pegou o cartão rosa com letras


douradas, perfumado, e leu a mensagem:
“Para que seu momento seja incrível,
receba esse brinde e aprecie sem moderação.”
uriosa, Juli retirou o pacote pequeno e o revirou, em
busca de instruções. Só o que ela podia deduzir era
que parecia um óleo massageador, que prometia
maravilhas e vibrações intensas.
O riso solto veio sem nem ao menos esperar.
Envergonhada, cobriu o rosto com as mãos, entre
desejosa de levar aquilo adiante ou simplesmente
desistir.
Não, senhora. Você não
vai desistir agora!
Juli olhou ao redor, imaginando ter ouvido vozes. Oh,
droga. Ela percebeu que estava falando sozinha.
Rindo mais abertamente, pensou que se Anastácia tinha
uma ‘deusa interior’, ela também poderia ter sua
‘conselheira’, que bloquearia, de fato, o medo que
poderia levá-la a desistir de tudo.
Deixando a cozinha, munida de seus itens, carregou a
caixa para o quarto, a fim de se desfazer das evidências.
Ela tinha certeza de que se Edu lesse o remetente,
poderia deduzir de onde tinha vindo.
— Okay, agora vamos ver o que temos aqui... — falou
consigo mesma, abrindo a porta do armário. — Música
sexy... conferido; lingerie sedutora... conferido; itens
surpresa... recebidos.

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Começou a rir e quase pulou de susto quando o celular


tocou na mesa de cabeceira.
O sorriso surgiu radiante quando viu quem era.
— Oi, amor — disse a voz do outro lado da linha.
— Oi, Du. Você já está vindo? — perguntou, encarando
as algemas prateadas em cima no colchão.
— Vou passar num restaurante e levar alguma coisa para
jantar, o que você está a fim de comer?
Ela conteve o impulso de dizer: “você”.
— Hum... poderia ser sushi...
— Mas não comemos isso essa semana já? — perguntou,
e Juli podia jurar que ele estava sorrindo.
— Oh, é mesmo. Mas eu não me importo se repetir o
cardápio... — disse, com os pensamentos longe.
Ela colocou a mão sobre o rosto, sentindo-o quente.
— Tudo bem, lindinha. Vou levar o que sempre gosta de
comer, okay?
Você vindo junto e
lambuzado de molho
shoyu já está ótimo.

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Juli se assustou com sua voz interior.


Oh, céus... será que assisti muito ao Cinquenta Tons de
cinza?, pensou.
Não, querida. Estou aqui apenas para te dar um
impulso. Eu sou você, só que na versão mais safada.
Juli teve que rir sozinha. Estava se sentindo um pouco
louca, mas nada muito diferente de quando tomava
alguns drinques a mais. Edu dizia que se não tivesse
medo de ela se tornar uma alcoólatra, a manteria sempre
com a dose de vinho que ela amava, já que quando
estava sob efeito da bebida, soltava seu lado mais
selvagem.
Pois bem, Edu... hoje meu lado selvagem
erá liberado sem uma gota de álcool na veia.
— Juliana, você ainda está na linha?
— Ops, sim. Desculpa. Okay... pode trazer o de
sempre... — respondeu. — Ah... e Edu?
— Hum?
— Não demore... porque hoje tem uma sobremesa
especial.
O silêncio e ofego de surpresa do outro lado foram
bastante eloquentes.
— Nossa, já estou saindo. Me espere aí com esse mesmo
espírito, mulher.

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Quando encerraram a ligação, Juli correu para tomar o


banho que já havia programado. Encheu a banheira com
alguns sais e um óleo de lavanda que Edu amava quando
sentia o perfume suave em sua pele.
Não quis se demorar, apenas o suficiente para dar tempo
de fazer sua depilação e cuidados íntimos.
Enrolou-se em uma toalha felpuda e saiu do banheiro
cheio de vapor, rumo ao closet onde poderia encontrar o
vestido que ficaria perfeito sobre a lingerie de cor vinho
escuro.
Encontrou um preto que não indicava muito que estava
produzida para sair para alguma balada, mas que ainda
assim era sexy por conta do decote e do comprimento.
Juli vestiu o conjunto de lingerie e completou o visual
com duas gotas de perfume entre os seios e acima do
umbigo. Colocou o vestido e conferiu seu visual na
frente do espelho.
Okay. Acho que dá para o gasto.
Olhou para cima, como se estivesse encarando sua
consciência e fez uma careta.
Voltou para o banheiro e decidiu fazer uma maquiagem
sutil, mas que espantasse um pouco o aspecto desleixado
que ela costumava cultivar em casa.
Naquela brincadeira, quarenta minutos já haviam se
passado.

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cama estava arrumada, mas ela achava que faltava


algo. Decidiu esfacelar algumas rosas que já
perdiam o viço, espalhando pétalas sobre o colchão,
escondendo o apetrecho que usaria logo mais.
O sachê teve um destino diferente. Juli colocou o
conteúdo em um pequeno vasilhame de cristal, em cima
do criado-mudo, onde ela pudesse alcançar com
facilidade.
Quando estava terminando de ajeitar os travesseiros,
escutou o barulho das chaves. Edu havia acabado de
entrar em casa.
— Ju? Onde você está? — gritou.
Normalmente ela estaria na sala, assistindo TV, como
sempre fazia, mas hoje era um dia diferente dos demais.
Ela pôde ouvir os passos em direção à cozinha.
Provavelmente ele estava ajeitando a comida em cima da
mesa.
Como não ouviu nenhuma resposta, Edu resolveu
chamá-la de novo.
— Juli? — Saiu da cozinha e estava se preparando para
subir as escadas, quando a viu apoiada contra o corrimão
de madeira, ainda no último degrau.
Estacou em seus passos, assombrado por vê-la parada ali
e o olhando como se ele fosse uma presa. Mais ainda... a
atitude sedutora que ela costumava usar quando queria
ter uma noite ardente.

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du teve um pouco de dificuldade em manter a boca


fechada, sem que a língua rolasse para fora.
— Ju?
— Oi, Edu — respondeu em uma voz sexy, quase um
sussurro. — O que você vai querer primeiro?
Ele começou a subir os degraus, de dois em dois, até
parar em frente à mulher que amava e que era dona de
seus pensamentos.
— Jantar ou sobremesa? — ele perguntou para se
assegurar se estavam na mesma página.
— Isso.
— Jura que você acha que eu escolheria outra coisa antes
de você? — disse e puxou o corpo sedutor contra o seu.
— Nossa... o que eu fiz de tão bom para merecer uma
recepção dessas?
Ela sorriu e enlaçou o pescoço másculo, depositando
suaves beijos pelo rosto barbado.
— Só pelo fato de você ser meu, já merece um agrado —
ela respondeu.
Edu a pegou no colo, fazendo com que as pernas sedosas
o enlaçassem pela cintura. Seguiu o restante do caminho
até o quarto.
Quando olhou a cama, um sorriso brotou em seus
lábios.

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— Você estava inspirada, é isso?


— Você ainda não viu nada, Du — Juli disse,
enigmática.
Ele decidiu dedicar um tempo a beijá-la antes de
depositar o corpo delgado na cama macia.
Uma mão segurou um punhado de seu cabelo
castanho-claro, trazendo a boca para o lugar onde mais a
queria. Contra a sua.
Os beijos lânguidos os jogaram em uma espiral de prazer
e sedução, sem pressa ou agitação.
Quando Juli estava devidamente instalada sobre as
pétalas, Edu permitiu-se o prazer de apenas admirá-la.
Não hesitou mais em retirar a gravata, a camisa social
branca e o restante de suas roupas. Juliana não estava
facilitando sua vida naquele instante. Ela mordia o lábio,
como se estivesse em agonia por sentir-se preenchida por
ele.
— Eu ainda tenho uma surpresa, Du... — disse, em um
sussurro.
— É? O que seria? — perguntou enquanto ajoelhava
sobre o corpo feminino, usando os dentes para arrastar o
tecido de seu vestido preto.

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Somente quando chegou ao topo do corpo de sua noiva


foi que ele viu o que ela tinha nas mãos: um par de
algemas.
Tentando disfarçar o assombro, Edu se engasgou, antes
de perguntar:
— Ahn... o que é isso, Juli?
Disposta a enlouquecê-lo, ela deu um sorrisinho sutil e
balançou o objeto diante dos olhos arregalados de Edu.
— Eu falei que teria uma surpresa, não é? Então... você
pode me algemar, Du... E fazer tudo o que quiser
comigo... Desde que você me dê a cortesia de eu poder
fazer o que quiser com você depois...
Com promessas de uma noite ardente e cheia de
emoções, Edu nem ao menos deu chance ao acaso.
Sequer refutou a ideia de ela o algemar quando quisesse.
Para ele, havia entrega total com sua noiva, e ele havia
tirado a sorte grande quando a encontrou anos atrás.
— Como você vai querer? — perguntou enquanto
pegava as algemas.
Juliana estendeu as mãos unidas, esperando que ele a
contivesse.
— Espera... deixa eu melhorar isso aqui pra você.
Edu pegou a gravata que estava usando e cobriu os olhos
de Juli, pensando que daquela forma talvez estivesse
realizando a fantasia que ela parecia querer evocar
naquele instante. O suspiro de enlevo de sua noiva foi

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mais do que um indicativo de que estava indo pelo


caminho certo.
A partir daquele instante, Edu passou a adorar o corpo
de Juliana, reverenciando cada curva e reentrância, ora
com as mãos, ora com a boca, ora com a língua.
— Mantenha as mãos para cima — comandou e o tom
de voz empregado quase a fez ter um orgasmo súbito.
Depois que Edu dedicara um tempo considerável a
preparando, com a boca, os dedos, a barba... Ela
estendeu a mão, ainda vendada, para a posição onde
colocara o vasilhame com o gel que viera no pequeno
sachê.
Lembrando-se das instruções, aproveitou-se de um
momento de distração de Edu e aplicou uma boa
quantidade nas partes íntimas, esperando para ver qual
efeito teria.
— Juli... como você é gostosa, porra — Edu sussurrou
em seu ouvido, mordendo o lóbulo com gentileza e
fome ao mesmo tempo.
Ele não poderia ver a reação de Juli, assim que a
promessa daquele gel começou a fazer efeito, mas ela
sabia que estava com os olhos arregalados, tamanha a
surpresa.
O lugar onde massageara parecia estar liberando
pequenos choques elétricos através de suas terminações
nervosas, e quando Edu posicionou-se acima de seu
corpo, penetrando-a em seguida, Juli não pôde conter a

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avalanche de sensações que a acometeu.


Um grito sem sentido foi liberado, junto com a torrente
de pequenos espasmos da musculatura que envolvia o
membro pulsante de Edu.
— Aaahhh... — Nem ele conseguiu conter a onda de
um orgasmo épico que beirava a insanidade. — Juli...
— Minha nossa... Edu... Continue... mais rápido, mais
forte — implorou em desespero.

uor se misturou aos ofegos e gemidos dos amantes


que vivenciavam uma das experiências mais épicas
de suas vidas. Ela ainda se mantinha cativa, mas o
homem ensandecido em suas investidas fortes e
certeiras, ainda assim, era carinhoso ao extremo.
Quando o orgasmo veio, em conjunto, as ondas de
prazer percorreram os dois corpos, deixando-os
enclausurados em uma sensação única de júbilo. Os
espasmos na região íntima de Juliana se mantinham
firmes, fazendo com que ela se contorcesse contra Edu,
em uma tentativa de aliviar os tremores. O gel
esquentava, esfriava, e então esquentava de novo,
lançando fagulhas de um clímax incrível.
Antes que perdesse os sentidos por completo e desabasse
sobre o corpo de sua garota, Edu distribuiu beijos pelo
pescoço, rosto, e pelos braços ainda estendidos para
cima. Com delicadeza a soltou, massageando a pele para
que a circulação voltasse a fluir. Edu ainda fez questão de

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conferir se as algemas haviam deixado marcas ao redor


dos pulsos.
Percebendo a preocupação do noivo, Juliana enlaçou o
pescoço forte, ostentando um sorriso satisfeito e
lânguido. Abriu os olhos devagar, deparando com os
verdes de Edu, mais brilhantes que as estrelas do
firmamento.
— Uau — ela disse e beijou o queixo forte. — Essa
coisinha fez tudo o que prometeu e mais ainda...
Ele franziu o cenho, sem entender. Juliana virou a cabeça
e indicou a direção de onde colocara o gel para ser usado.
— Que hora você passou isso? — ele perguntou com um
sorriso.
— Fui bem furtiva, mas a pergunta que não quer calar:
foi bom pra você?
O som da risada de Edu ecoou pelo quarto, contagiando
a mulher que fizera questão de testar e conferir se os itens
da caixa-surpresa que havia recebido eram realmente
eficazes para surpreender e dar uma apimentada na
relação sexual.
Para Juliana fora mais... muito mais.
Ela se libertou das amarras internas que a impediam de
viver o prazer sexual ao extremo.
Para Edu... bem... para ele foi uma grata surpresa que só
provou que aquela mulher era seu par ideal e
companheira de vida.

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E se dependesse dele, ficaria mais do que satisfeito em


aproveitar de todos os apetrechos que ela porventura
usasse no futuro.

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