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Trabalho Ed Fisica
Trabalho Ed Fisica
Esportivização
Trabalho de educação física
Maceió Al
2022
Ana Esther Pedroza de Menezes
Grazielly Evelyn Tourinho dos Santos
Maria Clara de Sá Chagas
Rayssa Daniela de Andrade Oliveira
Ranielly Maria Duarte
Witoria thallyta da Silva Vasconcelos
Esportivização
Trabalho de educação física
Maceió Al
2022
1. Introdução
O que observamos nos dias atuais é que ela não está se desenvolvendo de forma
a explorar a diversidade de movimentos e expressões, sobre as quais o homem se
desenvolveu. Ao contrário, a prática da Educação Física nas escolas vem se
desenvolvendo de forma a incentivar a prática desportiva. Dessa forma, outros
objetivos dessa disciplina não estão sendo explorados.
Segundo Bracht (2000), já nas décadas de 60 e 70, a Educação Física escolar foi
confundida com o esporte de maneira equivocada atendendo a interesses políticos
que visavam se beneficiar desta condição.
Porém, já naquele período, havia quem criticasse esta iniciação precoce ao jogo
desportivo, já que Educação Física era sinônimo de esporte, e era obrigatória desde
o ensino fundamental (Gueriero e Araújo, 2004).
Diante desse contexto histórico, o Brasil é um país que vem apresentando uma
característica nas aulas de Educação Física que levam a refletir numa
esportivização da prática em Escolas.
E hoje, esta relação de esporte e aula de Educação Física, como ela tem se
apresentado? Será que nestas décadas, mudou-se a forma de ensinar o esporte
dentro da escola? Será que há espaço para os demais conteúdos da Educação
Física?
2. Revisão bibliográfica
2.1. A Educação Física Escolar
Para Soares (1996), como prática pedagógica, a Educação Física Escolar volta-
se à apreensão da expressão corporal como linguagem. Já o esporte, constrói-se
através da história e cultura de cada povo como representante da instituição
escolar, de deus códigos, sentidos e significados próprios.
Ainda com este autor (Soares, 1996), mesmo que desde o nascimento da
Educação Física Escolar o esporte esteja ligado a essa disciplina, ele torna-se
independente ao longo do século XX para depois voltar a ser a expressão principal
da Educação Física na escola.
O que é curioso é que, mesmo que a prática da Educação Física tenha sido
diferente em outros momentos históricos, o esporte volte a ser a principal atividade
nas escolas. Tendo em vista que os currículos dos profissionais de Educação Física
incluem disciplinas como dança, capoeira, judô, atividades expressivas, ginástica,
folclore e outras, de acordo com as opções de cada instituição, como explicar a
pouca utilização destes conteúdos?
2.2. A “esportivização”
A Educação Física tem o movimento como um meio e um fim para atingir seu
objetivo dentro do contexto escolar. O movimento pode ser entendido como uma
atividade que se manifesta através do jogo, do esporte, da dança ou da ginástica.
Isto não quer dizer que se queira negar totalmente o esporte, mas sim levantar
questões sobre sua orientação no sentido do Princípio de Rendimento e
Concorrência, que selecionam os melhores, classificam e rejeitam os mais fracos.
Com tudo isso, podemos concluir que com os jogos cooperativos, a Educação
Física Escolar pode enxergar com muito mais facilidade a integralidade do ser
humano e a necessidade de trabalhar valores tais como a solidariedade, a liberdade
responsável e a cooperação.
3. Metodologia e procedimentos
A pesquisa foi realizada nas bases de dados por assunto. Foram utilizadas, como
palavras-chave, “esportivização”, “educação física”, “atuação profissional” e
“escola”, de forma livre ou em associação.
O que podemos ver nas Faculdades que formam professores de educação física
é que elas ensinam muitas matérias que estão ligadas ao esporte. Fica difícil pro
profissional agir diferente. Mas, mesmo aqueles que aprenderam outras coisas
como a dança, o folclore e etc., não passam esses conteúdos para seus alunos na
escola.
Falta o envolvimento do professor para planejar suas aulas, de definir qual será
sua participação durante as atividades aplicadas na aula, pois definirá a motivação
dos alunos e, assim, a qualidade da mesma.
Mas também é importante dizer que o professor muitas vezes não tem como se
dedicar às suas aulas como deveria. Muitos professores precisam trabalhar em
diversas escolas ao mesmo tempo para ganhar um salário que dê mais conforto.
Por isso, o professor não tem um tempo para o planejamento de suas aulas.
Outra coisa que precisa ser considerado é aquele que diz respeito a “escolha” do
conteúdo por parte do aluno. O aluno “escolhe” Vôlei e passa sete anos na escola
“jogando” Vôlei. Ou então o professor “escolhe” Handebol e o aluno passa anos
“jogando” Handebol. Imaginemos o professor de Língua Portuguesa, por exemplo
“escolher” “análise sintática” e trabalhar somente com análise sintática, ou o aluno
“escolher” “redação”.
Talvez as pesquisas sobre ensino hoje já possam romper com a visão tecnicista e
mergulhar no conteúdo de cada área. Talvez hoje, estejamos necessitando estudar
Ginástica, Jogos, Dança, Esportes e de posse destas fantásticas atividades
codificadas pelo homem em sua história valer-se, criativamente, de metodologias
que encerrem valores mais solidários, que apontem para uma saudável relação
entre indivíduo e sociedade e vice-versa.
5. Considerações finais
Com tudo o dito anteriormente, concluímos que não basta aprender habilidades
motoras e desenvolver capacidades físicas, aprendizagem esta necessária, mas
não suficiente. Se o aluno aprende os fundamentos técnicos e táticos de um esporte
coletivo, precisa também aprender a organizar-se socialmente para praticá-lo,
precisa compreender as regras como um elemento que torna o jogo possível
(portanto é preciso também que aprenda a interpretar e aplicar as regras por si
próprio), aprender a respeitar o adversário como um companheiro e não um inimigo,
pois sem ele não há competição esportiva.
Referências bibliográficas