Para que um Engenheiro na área de química possa concretizar a sua arte, é
importante conhecer quais são as suas ferramentas mais importantes e materiais que estão à sua disposição. Um pintor precisa conhecer as propriedades das tintas com que trabalha, como elas deslizam sobre a tela, assim como um engenheiro precisa conhecer os equilíbrios químicos, e como eles podem ser usados em cada situação. Um bom pintor conhece tão bem seus pincéis quanto um engenheiro conhece suas vidrarias, e a quantidade de matéria em cada uma delas. Nossa tela? Pintamos a realidade sobre a tela da vida para solucionar muitas questões importantes da humanidade. Nosso esboço são os exercícios que realizamos, e estudos dos materiais e ferramentas que temos. Quando dominarmos nossas ferramentas e tintas e esboçarmos diversos desenhos, estaremos prontos para a tela da vida! Para iniciar, vamos conhecer nossos pincéis! Vocês certamente já estudaram estequiometria de reações, diluições e equilíbrios ácido-base. Talvez já tenham esboçado soluções de questões reais com essas ferramentas. Agora vamos avançar no uso dessas importantes ferramentas para quantificar íons em soluções aquosas. Com isso poderemos determinar desde a quantidade de fosfato na Coca-cola, íons cloreto em água, até a quantidade de carbonato no mármore. Para o fundo da nossa tela, usaremos as bases do princípio de Le Chatelier, a equação de Henderson-Hasselbalch, e os equilíbrios químicos de reações ácido-base, de precipitação, oxirredução e complexação. Mas não podemos esquecer de trabalhar com os mais finos pincéis, utilizando estequiometrias bem definidas, princípios gravimétricos com a máxima precisão possível, atento as mínimos detalhes dos algarismos significativos. Sim, até a última casa decimal. Pois afinal, o conhecimento e os detalhes levam o pintor a evoluir a sua arte!