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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIENTÍFICA


FACULDADE DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIENTÍFICA
LICENCIATURA INTEGRADA EM CIÊNCIAS MATEMÁTICAS E LINGUAGENS

TEXTO DISSERTATIVO ATIVIDADE 3 – UNIDADE 2

TÍTULO ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO EM SÃO SEBATIÃO DA


BOA VISTA

AUTORES WILLAMYS DE JESUS GOMES RAMOS

RESUMO: Essa atividade apresenta uma definição sobre o que são espaços não
formais de educação, e apresenta alguns espaços não formais não institucionalizados, do
município de são Sebastião da boa vista, Pará, destacando seu potencial pedagógico
para o ensino-aprendizagem de matemática e ciências.

Palavras-chaves: FEIRAS E COMERCIOS; PRAÇA DA MATRIZ; ORLA


INTRODUÇÃO
Na tentativa de encontrar uma definição para os espaços não formais de
educação, duas categorias são sugeridas, espaços institucionalizados e não
institucionalizados, os espaços institucionalizados, são intuições regulamentadas que
possuem uma equipe técnica responsável pelas atividades desenvolvidas no local, são
exemplos: museus, zoológicos, centros de pesquisa, jardins botânicos. Já os espaços não
institucionalizados são espaços naturais ou artificias que não dispõem de estrutura
institucional, exemplos: ruas, praças, orlas, rios, igrejas.
Com base nessas descrições e com o conhecimento adquirido durante o curso,
sobre práticas antecipadas da docência em espaços não formais de educação, e
observando a realidade do município onde resido, São Sebastião da Boa Vista, Pará,
percebo que os espaços institucionalizados (museus, zoológicos, planetários, jardins
botânicos) não fazem parte da realidade de nosso município, portanto, essa atividade
terá como foco os espaços não institucionalizados de educação, três locais foram
escolhidos para a realização da atividade, a praça da matiz, que apresenta fragmentos do
influência cultural e do Folclore amazônico, a Orla que apresenta uma notável
transformação ambiental, ao percorre-la fica evidente as transformações feitas pelo
homem sobre o espaço onde vive, e por último as feiras, apresentam uma diversidade de
compra e venda de produtos, logo, é possível repassar aos alunos conteúdos
relacionados ao ensino de matemática de forma pratica.

METODOLOGIA
Todos os espaços apresentados são espaços públicos, não necessitando de permissões
especiais para realizar a visitação, em todos os espaços recomendasse a visitação no
período da manhã
FEIRAS E COMERCIOS DE SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA

Fonte: Autor
Essas imagens representam algumas das diversas feiras presentes no município,
como podemos observar são diversos os produtos comercializados, temos lanches,
acessórios para celular, verduras, frutas, peixes, farinha, utensílios para cozinha,
açougues, batedeiras de açaí, podemos dizer que a economia do município é baseada na
compra e venda de produtos, praticamente em todas as ruas estão presentes comércios,
fruteiras, açougues, batedeiras de açaí.

Observando que o fator econômico do município gira em torno dessas pequenas


feiras e comércios espalhados pela cidade, e com o conhecimento adquirido ao longo do
curso sobre espaços não formais de educação, proponho uma atividade a ser
desenvolvida nesses locais. A proposta de atividade tem como base os conteúdos de
matemática, e busca desenvolver a capacidade de observação e compreensão dos
números e seu uso no cotidiano. É comum observamos em algumas questões
matemáticas a seguinte pergunta “e como isso vai ser útil na minha vida?”.

Conhecer os números é tão importante quanto conhecer a escrita, muito se


indaga e questiona sobre a necessidade de formar alunos letrados, capazes de dominar a
escrita e a leitura, e pouco se indaga sobre conhecer os números e dominar seu código
escrito e seu uso no cotidiano. Nessa atividade proponho levar os alunos a alguns desses
pequenos centros comerciais e demonstrar de forma pratica o uso dos números e como
eles estão correlacionados com a operações básicas da matemática, por exemplo:
observando a venda de uma dúzia de bananas que custa R$ 12,00 doze reais onde o
cliente pagou com uma nota de R$ 20,00 reais, obtém-se o troco de R$ 8,00 reais, logo
nessa simples compra observamos o uso de números e de operações básicas da
matemática de forma pratica. Pretendo demonstrar ao decorrer dessa caminhada vários
exemplos de situações cotidianas de compra e venda de produtos onde os números e
operações básicas são realizados de forma pratica.

ORLA DE SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA

Fonte: Autor

Ambas as fotos são fragmentos da orla do município, embora estejamos


cercados por uma grande área de mata verde e uma vasta quantidade de rios e igarapés,
não precisamos ir muito longe para observar as ações do homem sobre o espaço onde
vive, observando as fotografias temos um terrível contraste, de um lado um ambiente
arborizado onde as mangueiras além de produzirem um delicioso fruto, embelezam a
vista, proporcionam sombra, diminuem a temperatura ambiente e contribuem para o
desenvolvimento do meio ambiente. Por outro lado, temos a mesma orla só que em um
ambiente totalmente diferente, sem arvores, sem sombras e o simples olhar para a
fotografia repassa a sensação de calor, destacando a necessidade de ambientes verdes
para melhoria e bem-estar da população.

Com base nessas descrições presentes no texto, e observando a


necessidade de promover a consciência dos alunos sobre a importância de preservar o
meio-ambiente, e como as áreas verdes podem promover o bem-estar da população.
Proponho o desenvolvimento de uma atividade, essa atividade tem como objetivo
apresentar os diferentes ambientes do município, levando os alunos a compreensão de
como as ações do homem influenciam o ambiente onde vivemos. Nesse contexto a
proposta seria apresentar aos alunos de forma simples, por meio de uma excursão as
transformações feitas pelo homem no meio ambiente e como isso tem impactos sobre a
qualidade de vida.
Exemplo: mostrar aos alunos as diferentes partes da orla, sinalizando a
importância da preservação de áreas verdes, destacando as alterações do homem sobre o
meio ambiente e seus impactos na vida da população, ao apresentar os diferentes locais
destacarei a importância das arvores, e como elas contribuem para o desenvolvimento
do meio-ambiente.

PRAÇA DA MATRIZ DE SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA

Fonte: Autor

Ambas as fotografias são fragmentos da praça da matriz, localizada no centro do


município, a praça fica em frente ao templo central da igreja católica, podemos observar
nas Pintura de alguns coretos, bem como em alguns muros a presença de símbolos em
forma de decoração, também podemos observar no muro esquerdo a figura de dois bois,
um homem de branco, uma sereia e uma índia, obviamente esses símbolos e figuras não
estão gravados no local por mera coincidência, ambos são frutos da influência cultural e
do folclore amazônico,
O homem de branco representa a lenda do boto cor de rosa, que segundo as
lendas durante à noite se transforma em um belo e charmoso rapaz saindo das águas
para conquistar as mulheres ribeirinhas, a pintura da sereia representa a lenda da sereia
iara, já os bois são as famosas representações do boi bumba, uma manifestação cultura,
uma festa popular que teve origem no folclore brasileiro

Embora tenhamos uma cultura vasta e rica, a geração atual pouco sabe sobre as
lendas e folclores que se fazem presente em nossa localidade, partindo dessa
perspectiva e compreendendo a importância de preservar e repassar a cultura do nosso
povo, proponho o desenvolvimento de uma atividade, essa atividade tem como
objetivo, apresentar aos alunos as diferentes culturas e folclores presentes em nossa
localidade, e como essas manifestações culturais não se resumem apenas ao nosso
município, mas estão interligadas, por exemplo: temos algumas versões da lenda do
boto cor de rosa, em nossa localidade o boto cor de rosa é simplesmente a lenda do
boto, destacando a variação das lendas de acordo com as regiões. A proposta da
atividade é levar os alunos a esse local e indaga-los se eles sabem o porquê de existir
essas figuras e pinturas representadas na praça, e então apresentar e descrever as
manifestações culturais, lendas e folclores que servem como base para essas pinturas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
As atividades Realizadas tiveram como base os conteúdos ministrados e
apresentados no eixo pratica antecipada à docência em espaços não formais de
educação, ao decorrer das atividades fica evidente o potencial pedagógico referente aos
espaços não formais não institucionalizados de educação que estão citados no texto.
As pequenas feiras e comércios, possuem potencial pedagógico para o ensino da
matemática de forma pratica, pois apresentam uma variedade de relações de compra e
venda de produtos, onde se evidencia operações de matemática básica, bem como a
representação dos números em espaços do cotidiano, contribuindo para o aprendizado e
noção do uso de números em situações fora do contexto escolar.
A orla de são Sebastião da boa vista, apresenta potencial pedagógico para o
ensino de ciências, ao percorre-la fica evidente a ação do homem sobre o ambiente onde
vive, pois apresenta uma transformação de ambiente, de um lado temos um ambiente
arborizado, com sombra, que contribui para a diminuição do calor, de outro temos um
ambiente totalmente diferente, não há nenhuma arvore no local, portanto o calor é
imenso.
A praça da matriz apresenta potencial pedagógico para o ensino de artes, nela
fica evidente em algumas pinturas a influência do folclore amazônico sobre essa
localidade, nas pinturas podemos observar as figuras de um homem de branco, uma
sereia, dois bois, todo são fragmentos de folclore e cultura, que muitos jovens não tem
conhecimento sobre elas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final dessa atividade pode responder algumas questões internas, observei que
os espaços de educação não formais, podem contribuir de forma efetiva, não somente
para o ensino de matemática e ciências, mas abre um leque para o ensino-aprendizagem
de outras disciplinas, observei que temos uma cultura rica, mas infelizmente é pouco
explorada e alguns jovens não o devido conhecimento nem das influências culturais,
nem do Folclore brasileiro que se faz presente, as atividades realizadas na feira me
fizeram refletir sobe o quanto a matemática está presente em várias situações do
cotidiano e o quanto é importante conhecer os números, não somente seu código escrito
mas sua aplicação de forma pratica, as atividades realizadas na orla trazem a reflexão
sobre o quanto uma simples área verde pode contribuir para o bem estar da população e
para o desenvolvimento do meio ambiente.
REFERÊNCIAS
FRANCO CARVALHO JACOBUCCI, D. Contribuições dos espaços não-formais de
educação para a formação da cultura científica. Revista Em Extensão, Uberlândia, v. 7,
n. 1, 2008. DOI: 10.14393/REE-v7n12008-20390. Disponível em:
https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/20390. Acesso em: 20 abr. 2024.
BEZZON, Rodolfo Zampieri. Espaços e atividades extraescolares segundo professores de
ciências: contradições e possibilidades. 2021. Tese de Doutorado. Universidade de São
Paulo.

QUEIROZ, Ricardo et al. A caracterização dos espaços não formais de educação científica
para o ensino de ciências. Revista Areté| Revista Amazônica de Ensino de Ciências, v. 4, n.
7, p. 12-23, 2017.

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