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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA)

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIENTÍFICA (IEMCI)


FACULDADE DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIENTÍFICA
LICENCIATURA INTEGRADA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, MATEMÁTICA E LINGUAGENS

MINICURSO
O USO DE JOGOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA:
pressupostos teórico-prático para ação e reflexão na formação inicial

Prof. Dr. Arthur G. Machado Junior


E-mail: agmj@ufpa.br

BELÉM – PA
JULHO - 2022
Resumo: O minicurso consistirá primeiramente na reflexão
sobre diferentes experiências com o ensino-aprendizagem da
matemática, em especial no Ensino Fundamental (1 e 2) e
Médio, no que tange o que ensinar, como ensinar e o que e como
avaliar a luz dos PCN, procurando estabelecer conexões com a
BNCC. Posteriormente à discussão, ocorrerá uma
instrumentalização com o jogo Contig 60 como proposta de
organização para o ensino-aprendizagem para as operações com
números naturais. Para finalizar, serão apresentadas
possibilidades de tarefas para o trabalho em sala de aula a partir
da utilização do jogo.
Palavras-chave: Jogos; Ensino-Aprendizagem; Matemática.
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Introdução

Atualmente um dos principais objetivos da educação é


procurar personalizar o ensino, em que termos, como apresenta
o PCN, respeitando as diferenças de ritmos de aprendizagem
de cada aluno, seguindo as mudanças sociais, culturais e
tecnológicas, procurando tornar o ensino da matemática mais
divertido, motivador e desafiador. Tudo isso sem perder de vista
que esse processo deve ser necessariamente aliado à
construção e formalização dos conceitos relacionados à
disciplina em questão (BRASIL, 1997).
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PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO PARA
O ENSINO E APRENDIZAGEM DA
MATEMÁTICA

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Design para o Ensino-Aprendizagem da Matemática

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FONTE: ADAPTADO A PARTIR DOS PRINCÍPIOS EXPRESSOS NO PCN (1997)
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PROPOSTA
DE ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

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O jogo pode ser um dos recursos metodológicos que
apresenta esse caráter lúdico, motivador e desafiador
apontado pelo documento. Uma possibilidade de organizar a
sala de aula com o propósito de promover um ensino que
responda as expectativas dos alunos, dos professores, da
gestão escolar, dos familiares e, principalmente da
comunidade local, regional e planetária (BRASIL, 2017).
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Nesses termos, um trabalho com jogos pode representar
uma atividade lúdica que quando intencionalmente utilizado
pelo professor, com objetivo de desenvolver a linguagem
matemática, trabalhar estratégias de resolução de
problemas e desenvolver raciocínio lógico matemático no
aluno, pode propiciar o aprender brincando (BRASIL, 1997).

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Pela resolução de problemas, como encaminha o PCN de
matemática (BRASIL, 1977), os alunos podem vivenciar a alegria
e o prazer de ultrapassar obstáculos por meio de investigações,
ou seja, por meio do fazer matemática. Postura/prática capaz de
proporcionar na relação aluno-professor-objeto de conhecimento,
com a intervenção adequada do professor, exploração de
situações desafiadoras ao aluno que os levem a elaborar
estratégias, testá-las e confirmá-las ou reformulá-las,
percorrendo o caminho da problematização, visando resolver o
problema.
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JOGO CONTIG 60

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Apresentação

Este jogo foi desenvolvido pelo norte-americano John C. Del


Regato, que levou muitos anos para conseguir dar a ele o formato
atual, tanto em relação ao tabuleiro quanto às regras (PRÓ-
LETRAMENTO, 2008).

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1º CAMM: Congresso Amazônida Marajoara de Matemática


Material necessário para a confecção do jogo

• Tabuleiro (figura abaixo), 25 fichas de uma cor, 25 de


cor diferente, 3 dados.

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Objetivo do jogo

• Ter o número de pontos necessários, definidos


inicialmente (30 ou 40 pontos), ou;
• Ser o primeiro a identificar cinco fichas de mesma cor
em linha reta (horizontal, vertical ou diagonal) (figura
abaixo).

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As regras do jogo

1. Adversários jogam alternadamente. Na sua vez, cada jogador


joga os três dados e constrói uma sentença numérica usando os
números indicados pelos dados e uma ou duas operações
diferentes.
2. Se um jogador passar sua jogada, por acreditar que não é
possível fazer uma sentença numérica com os valores sorteados
nos dados, o adversário terá uma opção a tomar: se achar que
seria possível fazer uma sentença com os dados jogados pelo
colega, poderá fazer a sentença numérica antes de fazer sua
própria jogada. Ele ganhará, neste caso, O DOBRO DO NÚMERO
DE PONTOS, e em seguida poderá fazer sua própria jogada.
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3. O jogo termina quando o jogador conseguir atingir o número
de pontos definidos no início do jogo ou colocar 5 fichas de
mesma cor em linha reta sem nenhuma ficha do adversário
intervindo. Relembrando, essa linha poderá ser horizontal,
vertical ou diagonal (PRÓ-LETRAMENTO, 2008, p.34).

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Contagem dos pontos

Um ponto é ganho por colocar uma ficha num espaço


desocupado que seja vizinho a um espaço com uma ficha de
qualquer cor (horizontalmente, verticalmente ou diagonalmente).
Colocando-se um marcador num espaço vizinho a mais de um
espaço ocupado, mais pontos poderão ser obtidos. A cor das fichas
nos espaços ocupados não faz diferença. Os pontos obtidos numa
jogada são somados para o jogador.
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PROPOSTAS DE TAREFAS

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TAREFAS DESCRIÇÃO
Problematizaçã 1) Temos peças colocadas nas casas 29, 31, 54, 125,
66 e 72. Quantas possibilidades o próximo jogador
o escrita do jogo tem de ganhar 3 pontos? E 2 pontos?
CONTIG 60 2) Um jogador já tirou 5 em um dos dados. Quanto
ele precisa tirar nos outros dois dados e quais
operações precisa fazer para que possa colocar sua
peça na casa 28? Indique uma solução possível
(números e operações).
3) As seguintes casas estão preenchidas: 9, 10, 31,
34, 36, 55, 60, 66, 72 e 108.
a) Para conseguir o maior número de pontos, qual
casa deve ser preenchida?
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TAREFAS DESCRIÇÃO
Problematização b) Que números você precisaria tirar nos dados para
preencher esta casa, sendo válidas somente as
escrita do jogo operações de adição e multiplicação?
CONTIG 60 4) Qual o número máximo que poderia constar no
tabuleiro?
5) Liste todas as possibilidades distintas de se
conseguir o número 22, segundo as regras do jogo.
6) Qual é o menor número do tabuleiro que se pode
obter, utilizando:
a) Uma adição e uma subtração?
b) Uma divisão e uma adição?
FONTE: PROLETRAMENTO (2008) 25
Considerações Finais

“Esperamos” que as negociações de significados expressos


durante o minicurso apresente o PCN como um documento de
articulação e não em extinção para a implementação da BNCC,
pois como fonte de informação/estudo/pesquisa, apesar de não
apresentar tarefas, técnicas e tecnologias que poderiam ser
utilizadas em sala de aula, deixando a critério do professor a
escolha de tal postura/prática, apresenta argumentos que podem
auxiliar na organização do ensino, em especial, da matemática.
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Referências

BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. – Brasília:


Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017. 58 p.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
curriculares nacionais: matemática /Secretaria de Educação
Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 142p.
PRÓ-LETRAMENTO: Programa de Formação Continuada de
Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental –
Matemática. Ed. Ver e ampl. Incluindo o SAEB/Prova Brasil matriz
de referência/Secretaria de Educação Básica – Brasília; Ministério
da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
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