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RICARDO CESAR COSTA BACHEGA 15804 RICARDO CESAR COSTA BACHEGA 15804 R
Sumário
Introdução................................................................................................................. 3
6 Prevenção da salinização.................................................................................... 12
Literatura consultada.............................................................................................. 18
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Introdução
Abrigos bem manejados proporcionam algumas vantagens, dentre elas,
proteger os cultivos de chuvas e radiação excessivas, aumentar a produtividade,
estender o período de colheita para algumas espécies como, por exemplo, o tomate
e o pepino, proteção contra lixiviação excessiva dos nutrientes aplicados e melhores
condições de trabalho.
Há vários modelos de abrigos no mercado, desde os mais simples, de menor
investimento, até abrigos com controle total dos fatores de produção (climatizados
e automatizados). Porém, em todos eles, o produtor intensifica a produção visando
obter o melhor retorno do investimento feito, dificultando a rotação de área, pois
não é viável mudar o abrigo de lugar.
A intensificação do sistema de produção, bem como o manejo inadequado da
irrigação e o uso excessivo de fertilizantes, têm levado a um problema que vem se
tornando cada vez mais comum no cultivo protegido: a salinização do solo.
Mas o que é a salinização? E o que se pode fazer para prevenir esse problema?
E se aconteceu, tem solução? Essa cartilha fornecerá algumas informações para
auxiliar técnicos e produtores na compreensão desse problema, prevenção e na
busca das soluções.
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Figura 4. Acúmulo de sais na superfície em solo sem irrigação por prolongado período de
tempo
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Para dizer que um solo está salino, salino-sódico ou sódico ele precisa
apresentar as características que constam na Tabela 1 abaixo:
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...continuação
SL Classe de
Cultura Nome científico 2 (% por dS m-1) b
(dS m-1) a tolerância c
Forrageiras
Alfafa Medica sativa 2,0 7,3 MS
Aveia Avena sativa MS *
Capim-bermuda Cynodon 6,9 6,4 T
Milho-forrageiro Zea mays 1,8 7,4 MS
Trigo-forrageiro Triticum aestivum 4,5 2,6 MT
Hortaliças e fruteiras
Aspargo Asparagus officinalis 4,1 2,0 T
Feijão Phaseolus vulgaris 1,0 19,0 S
Beterraba vermelha Beta vulgaris 4,0 9,0 MT
Repolho Brassica oleracea capitata 1,8 14,0 MS
Cenoura Daucus carota 1,0 S
Pepino Cucumis sativus 2,5 6,9 MS
Solanum melongena
1,1 MS
Berinjela esculentum
Alface Lactuca sativa 1,3 12,0 MS
Melão Cucumis melo 2,2 7,5 MS
Cebola Allium cepa 1,2 S
Pimentão Capsicum annuum 1,5 12,0 MS
Batata Solanum tuberosum 1,7 MS
Espinafre Spinacia olaracea 2,0 16,0 MS
Abobrinha, zucchini C. pepo melopepo 4,7 33,0 MT
Morango Fragaria sp. 1,0 11,0 S
Batata-doce Ipomoea batatas 1,5 9,9 MS
Tomate L. esculentum 2,5 9,0 MS
1
Esses dados são apenas um indicativo da tolerância relativa entre culturas. Tolerância absoluta depende do
clima, das condições do solo e práticas culturais.
2
Os nomes botânicos são conforme a convenção de “Hortus Third”, quando possível.
3
Como o arroz é cultivado sob condições de inundação, os valores se referem às condutividades
elétrica da água do solo, enquanto plantas estão inundadas. Menos tolerantes durante fase de plântula
a
SL - Salinidade limiar é aquela tolerada pela cultura em que não há prejuízo à produtividade.
b
% de perda de rendimento para cada dS m-1 a mais na salinidade limiar (Adaptado de Gheyi, 2016).
c
T = Tolerante, MT = Moderadamente Tolerante, MS = Moderadamente Sensível e S = Sensível. Classes com *
são estimativas.
Adaptado de Maas,1986
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6 Prevenção da salinização
Prevenir é sempre mais fácil que remediar. Evitar que o solo dentro ou fora de
um abrigo chegue ao ponto da salinização deve ser um cuidado diário. Em cultivo
protegido o risco de salinização é maior do que a céu aberto, pois sob cobertura
plástica e irrigação localizada não há contribuição das chuvas para lavar os sais
acumulados.
A prevenção da salinidade se baseia na adoção de boas práticas agronômicas
que envolvem diversas ações. Tudo se inicia pela análise de solo e o monitoramento
da fertilidade mediante uma regularidade de análises de acordo com o tipo de
cultivo. Além disso, entre as práticas para uma produção sustentável e de baixo
risco de salinização, destacam-se: o preparo adequado do solo, a irrigação e a
drenagem bem dimensionadas e manejadas; a realização da rotação de culturas,
o uso de adubos verdes, a cobertura do solo com palhas; os cultivos em consórcio,
adubações equilibradas com base em análises de solo, incluindo fontes orgânicas
equilibradas e minerais com menor índice salino (Figuras 5, 6).
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Figura 7. Abrigo de cultivo sem filme plástico sujeito às chuvas e com adubo verde (feijão
de porco)
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Literatura consultada
CAVALCANTE, L. F.; SANTOS, R. V.; HERNANDEZ, F. F. F.; GHEYI, H. R.; DIAS, T. J.;
NUNES, J. C.; LIMA, G. S. de. Recuperação de solos afetados por sais. In: GHEYI,
H. R. et al. Manejo da salinidade na agricultura: estudos básicos e aplicados.
Fortaleza: INCTSal. 2016p. 461-477.
DIAS, N. da S. et al. Salinização do solo por aplicação de fertilizantes em ambiente
protegido. Irriga, v.12, n.1, p.135-143, 2007.
FREIRE, M. B. G. dos S.; FREIRE, F. J.. Fertilidade do solo e seu manejo em solos
afetados por sais. In: NOVAIS, Roberto Ferreira et al. (Ed.) Fertilidade do Solo.
Viçosa: SBCS, 2007. p.929-954.
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Equipe responsável
Eneide Barth – Engª.- agrª, - Epagri/EM Pomerode
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Florianópolis, junho/2023
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