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INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Os Sistemas económicos
Objectivos da aula

▪ Entender como a sociedade ao longo do tempo resolveu os quatro problemas fundamentais


da economia;
▪ Verificar o funcionamento da cada sistema económico
▪ Observar as vantagens e desvantagens de cada sistema económico
▪ Entender a importância da intervenção do Estado na economia.
▪ Perceber a importância da poupança e do investimento na produção
Sistemas Económicos
❑ É a forma que uma sociedade opta para produzir, consumir e distribuir os bens e serviços.
Isto inclui as relações entre as distintas instituições e os agentes. Além disso, define a
estrutura económica e social de uma sociedade.
❑ Os Componentes de un sistema económico:
❑ Mecanismos de Coordenação:
▪ Determinan o uso dos factores de produção (trabalho, capital, terra e tecnología) com o
que conta a economía e como tomar decisões.
▪ Isto pode ser levado a cabo por uma autoridade ou pelos agentes privados.
❑ Direito de Propriedade:
▪ Quem é o dono e controla os meios de produção.
❑ Sistema de Incentivos:
▪ Mecanismos que levam os agentes económicos a participar da actividade económica.
Podem ser recompensas materiais ou morais.
Origem dos sistemas económicos

▪ Os sistemas económicos surgem como resposta ao problema da escassez, o desafío


fundamental económico que todas las sociedades através da historia enfrentaram.
▪ Este problema económico surgiu com as necesidades humanas ilimitadas num mundo de
recursos limitados.
▪ Assim, foi necessário tomar decisões e priorizar as necessidades.
▪ Como enfrentar essas limitações, ou seja, como usar o tempo e recursos? Esse foi o desafio
que a sociedade enfrentou ao longo da história.
▪ Nem todos enfrentaram este problema da mesma maneira. As sociedades desenvolveram
diferentes sistemas ou distintas formas de manusear os recursos.
Como as sociedades resolvem os problemas económicos
fundamentais:

❑ Existem três formas de organização económica:

▪ A Tradição (pré-capitalista)
▪ Economia centralizadas (Mando)
▪ Economia descentralizada (Mercado)
Tradição

❑ Resolve os problemas de produção e distribuição impondo uma continuidade de


tarefas e recompensas através de instituições sociais;
❑ As famílias controlam os meios de Produção: É a propriedade familiar sobre os meios
de produção.
❑ O Problema da produção da seguinte forma:
▪ Transitem aos filhos os ofícios dos pais para assegurar que as tarefas indispensáveis serão
realizadas;
A cadeia de hereditariedade garante que as qualificações sejam transmitidas e as ocupações
desempenhadas de geração para geração;
Alocação hereditária de tarefas
A tradição não só proporciona uma solução para o problema da produção, mas também
regula o problema da distribuição da sociedade
Críticas à Tradição

▪ Sua solução para os problemas de produção e distribuição é estática


▪ Uma sociedade que adota o caminho da tradição em sua regulação dos assuntos
económicos o faz em detrimento da mudança social e económica rápida e em
larga escala;
▪ Em sua maioria as sociedade presas à tradição repetem, nos padrões cotidianos
de sua vida económica, a rotina que as caracterizava no passado distante
▪ A tradição resolve o problema económico, mas o faz em detrimento do progresso
económico
Economia Centralizada
❑ A forma resolver os problemas económicos é pelo método de autoridade imposta, do mando económico;
▪ O Estado realiza um inventário dos recursos disponíveis e das necessidades da sociedade, e faz uma seleção das
prioridades de produção, ou seja, estabele metas de planeamento (Planos quinquenais);
▪ O Estado controla os meios de Produção: É a propriedade social sobre os meios de produção.
▪ O Estado controla a produção, o consumo e regula a distribuição
❑ O papel dos preços no processo produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o
controlo da eficiência das empresas.
▪ Os preços são apenas escriturados contabilmente: as empresas têm quotas físicas de matérias-primas, mas não
fazem nenhum desembolso monetário, apenas registram o valor da aquisição como custo de produção.
❑ O papel dos preços na distribuição do produto: os preços são determinados pelo governo. Normalmente o
governo subsidia fortemente os bens essenciais e taxa os bens os bens considerados supérfluos;
❑ Repartição de lucro: uma parte do lucro vai para o governo. Outra parte é usada para investimentos na empresa,
dentro das metas estabelecidas pelo governo. A terceira parte é dividida entre os administradores (os burocratas) e
os trabalhadores, como prêmio pela eficiência.
▪ Se o governo considera que determinada indústria é vital para o país, esse será subsidiado, mesmo que apresente
ineficiência na produção ou prejuízos.
Crítica à Economia Centralizada

❑ Desvia o esforço económico para metas escolhidas por uma autoridade superior;
❑ Interfere na ordem existente de produção e distribuição, a fim de criar nova ordem
estabelecida de cima para baixo;
❑ O sistema fracassou em grande parte dos países, tanto em melhorar a distribuição
da renda como em realizar um atendimento básico da população.
Economia de Mercado

❑ Podem ser analisadas por dois sistemas:

1. Sistema de Concorrência pura (sem interferência do governo)


2. Sistema de Economia mista (com interferência governamental)
Sistema de Concorrência pura
❑ Propriedade Privada sobre os meios de Produção.
❑ Predomínio de Laissez-faire:
▪ Milhares de produtores e milhões de consumidores têm condições de resolver os
problemas económicos fundamentais, como que guiados por uma “mão invisível”. Ou
seja, sem necessidade de intervenção do Estado na actividade económica.
▪ Isto torna possível mediante o chamado mecanismo de preços, que resolve os
problemas económicos fundamentais e promove o equilíbrio nos vários mercados da
seguinte forma:
• Excesso de oferta (escassez da procura): formar-se-ão estoques nas empresas, que
serão obrigados a diminuir seus preços para escoar a produção, até que se atinja um
preço no qual os estoques estejam satisfatórios.
• Excesso da Procura (escassez de oferta): formar-se-ão filas, com concorrência entre
consumidores pelos escassos bens disponíveis. O preço tende a aumentar. Até que se
atinja um nível de equilíbrio em que as filas não mais existirão.
Sistema de Concorrência pura
❑ Os problemas fundamentais são resolvidos da seguinte forma:
❑ O que e quanto produzir: os produtores decidirão o que e quanto produzir de acordo com o
preço dos bens e serviços;
▪ Aquele bem ou serviço cujo preço for maior será aquele cuja produção aumentará.
❑ Como produzir: é resolvido no âmbito das empresas (eficiência produtiva); envolve escolha da
tecnologia e recursos adequados, que também é realizada a partir comparação com os preços
de tecnologias e recursos alternativos;
❑ Para quem produzir: é decidido no mercado de factores de produção (no encontro entre a
procura e oferta dos serviços de factores de produção).
▪ É uma questão distributiva. Quem tiver renda suficiente para pagar os preços dos bens e
serviços produzidos participará da distribuição.
❑ É base da filosofia do Liberalismo económico, que advoga a soberania do mercado, sem
intervenção do Estado. Nesse modelo, a política económica deve preocupar-se apenas em
manter a estabilidade monetária ( o Estado como guardião da moeda) e deixar o mercado
resolver as questões económicas
Críticas ao sistema de Concorrência Pura
❑ Trata-se de uma grande simplificação da realidade
❑ Os preços nem sempre flutuam livremente, ao sabor do mercado, devido os factores
como:
▪ Força de sindicatos sobre a formação de salários
▪ Poder dos monopólios e oligopólios sobre a formação de preços no mercado
▪ Intervenção do governo, via:
Impostos, subsídios, tarifas e preços públicos (água, energia)
Politica salarial (fixação de salário mínimo, reajustes, prazos de dissídios)
Congelamento e tabelamento de preços
Política cambial;
❑ O mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda
Sistema de Mercado Misto
❑ A Crise de 1929 mostrou que o mercado sozinho, não garante que a economia opere sempre
com pleno emprego de seus recursos. Evidenciando a necessidade de uma actuação mais ativa
do sector público nos rumos da actividade económica.
❑ O Papel económico do Estado é de eliminar as distorções alocativas e distributivas e de
promover a melhoria do padrão de vida da sociedade da seguinte forma:
▪ Actuação sobre a formação de preço, corrigindo externalidades (via imposto, subsídios),
tabelamentos, fixação de salário mínimo, preços mínimos, taxa de câmbio e taxa de juros;
(FUNÇÃO ESTABILIZADORA).
▪ Complemento da iniciativa privada, principalmente de investimentos em infra-estrutura básica
(energia, estrada), o qual, eventualmente, o sector privado não tem condições financeiras de
assumir, seja pelo elevado montante de recursos necessários, seja em virtude de longo tempo
de maturação do investimento;
▪ Fornecimento de bens públicos (educação, justiça, segurança) - (FUNÇÃO ALOCATIVA)
▪ Actuação sobre a distribuição, O governo funciona como um agente redistribuidor de renda à
medida que por meio da tributação, retira recursos dos segmentos mais ricos da sociedade
(pessoas, sectores ou regiões) e os transfere para os segmentos menos favorecidos (FUNÇÃO
DISTRIBUTIVA)
O Papel da Poupança e do Investimento na
Produção
❑ Poupança:
▪ É diferença entre as receitas e as despesas, ou seja, entre tudo que ganhamos e
tudo que gastamos;
▪ É acumular valores no presente para utilizá-los no futuro, o que geralmente
envolve mudança de hábitos, pois requer uma redução nos gastos pessoais e
familiares. Reduzir despesas pode significar desde simples cuidados para evitar o
desperdício até o esforço, por vezes árduo, no sentido de conter gastos.
❑ Destinos da poupança:
▪ A fracção do rendimento disponível que é destinada à poupança pode ser aplicada
de diferentes maneiras. Resumidamente podemos apresentar 3 destinos para a
poupança: a colocação financeira, o entesouramento e o investimento.
O Papel da Poupança e do Investimento na
Produção
❑ Investimento:
▪ O investimento é a canalização da poupança para a actividade produtiva, de forma
a possibilitar a manutenção ou o aumento da sua capacidade.
▪ A poupança é, desta forma, utilizada na aquisição ou substituição de
equipamentos e na reposição dos stocks de matérias primas utilizadas no fabrico
de bens.
▪ O investimento também pode ser denominado formação de capital.

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