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Social-democracia

Defendem:
● Construção da sociedade socialista através de processos reformistas e
democráticos, baseadas nas propostas pelo marxismo.
Os partidos sociais-democráticos propunham:
● A intervenção do Estado para regular as actividades económicas e para promover o
bem-estar dos cidadãos
● Para efeito, os estados com Governo social-democrata devem intervir no controlo
dos sectores-chave da economia e adotar políticas fiscais que favoreçam uma
melhor distribuição da riqueza.

Democracia-cristã

● Tem origem nas primeiras manifestações de denúncia da condição operária e de


condenação dos excessos do capitalismo liberal onde se insere a moralidade cristã
e a doutrina social da igreja
Defendem:
● É dever dos Estados implementar políticas orientadas pelos princípios humanistas
da promoção da dignidade do Homem, conciliando o espirítico laico da democracia,,
com os valores do cristianismo.
● A justiça social e o bem-estar dos cidadãos através da intervenção do Estado na
regulamentação da economia e na distribuição mais justa da riqueza nacional deve
ser também a grande preocupação dos Governos democratas-cristãos.
Querem:
● Igualar operários e patrões na gestão e responsabilidade nas empresas
● divisão justa dos ganhos, contribuindo para o desvanecer a luta de classes

Estas ideias encontram, nos problemas económicos e sociais, as condições necessárias


para triunfarem e levarem ao poder os partidos que as defendem. Assim, é cada vez
mais sentida a ideia de que a democracia não se pode limitar ao processo de formação
do poder pela livre escolha dos governantes através de sufrágios cada vez mais
aperfeiçoados
. Cada vez mais o exercício de poder democrático passa pelo dever de os
governantes eleitos assumirem um papel mais interventivo na vida económica e
social, para que o bem-estar dos cidadãos seja promovido e assegurado e para que
haja uma maior justiça social. É nesta conjuntura que os partidos que defendem este
novo conceito de democracia veem crescer os seus resultados eleitorais, ascendendo
ao poder por quase toda a Europa ocidental, a começar na Inglaterra, com a vitória dos
Trabalhistas sobre os Conservadores de Churchill, um dos grandes obreiros da paz, logo
nas eleições de 1945.

O Estado-Providência

Com a ascensão dos partidos de esquerda reformista ao poder, nos que se seguiram à
guerra, o Estado-Providência instituído nos anos 30 como resposta crise económica ganhou
novo impulso. Aproveitando os financiamentos americanos e os tempos de prosperidade
económica que se seguiram, os países capitalistas tem como inspiração o keynesianas
e procuram responder e satisfazer as necessidades económicas e sociais. Para o
efeito, o Estado afirma-se como elemento equilibrador e organizador da economia e
promotor da justiça social. O Estado passa a ser um elemento regulador, quando o
poder político intervém na orientação da política económica e financeira nacional com
medidas legislativas no sentido de submeter as diferentes actividades aos seus objectivos.
É nesta condição que a autoridade política intervém:
Na nacionalização de sectores vitais da economia como:
● Sector energético
● Sector siderúrgico e metalúrgicos
● Sector financeiro (bancos e seguros)
● Transportes
● No controlo da produção industrial privada, visando estabelecer o equilíbrio entre a
oferta e a procura
● No estabelecimento de horários de trabalho
● Na fixação de níveis salariais para impedir os abusos e promover o consumo entre
a população
● Na supervisão de taxas de juro, de políticas cambiais, bem como na definição de
regras claras de funcionamento dos mercados financeiros
● Na definição de políticas fiscais, no sentido de promover uma maior justiça social

. Como promotor da justiça social, é dever do Estado implementar sistemas de


redistribuição mais equitativa da riqueza nacional, canalizando a sua capacidade
financeira para a promoção da qualidade de vida dos cidadãos mais desfavorecidos pelas
suas condições socioeconómicas. Para conseguirem essa capacidade financeira, os
governos adotam sistemas de tributação progressiva dos rendimentos.
Este conjunto de medidas visa um duplo objetivo: reduzir a miséria e o mal-estar
social contribuindo para uma repartição mais equivalente da miséria e assegura uma
certa estabilidade à economia , pois evita descidas drásticas da procura.
Neste âmbito, passa a ser dever do Estado:
● Acautelar as situações de: desemprego; doença; invalidez por acidente;
velhice, mediante a atribuição de ajudas financeiras sob a forma de subsídios;
● Garantir serviços públicos de educação, saúde e habitação;
● Promover uma melhor qualidade de vida das famílias através da atribuição de
um vasto leque de outras ajudas financeiras em determinados actos da vida
civil, como nascimento de filhos, abonos de família, casamento e óbito,
mesmo instituindo um salário mínimo de sobrevivência para os mais
carenciados.

A prosperidade econômica

A prosperidade económica foi o crescimento econômico pós guerra que se estruturou


em bases sólidas. Os governantes não só assumiram grandes responsabilidades
econômicas, como delinearam planos de desenvolvimentos coerentes, que
permitiram estabelecer prioridades , rentabilizar a ajuda Marshall e definir diretrizes
futuras. Externamente, os acordos de Bretton Woods e a criação de espaços económicos
alargados ( como CEE) tiveram um papel semelhante, harmonizando e comentando as
relações económicas internacionais.

O capitalismo emergiu dos escombros da guerra e atingiu o seu auge. A produção mundial
triplicou. As economias cresceram de forma contínua, sem períodos de crise. As taxas de
crescimento especialmente altas de certos países, Japão, França, surpreenderam os
analistas.

Trinta Gloriosos
O efeito mais evidente dos Trinta Gloriosos foi a generalização do conforto material. O pleno
emprego, salários altos e produção maciça de bens a preços acessíveis conduziram à
sociedade do consumo
A expansão económica dos 30 gloriosos junta o desenvolvimento de processos já iniciados
com processos completamente novos.
Podemos destacar:
● A aceleração do progresso tecnológico, que atingiu todos os setores
● O recurso ao petróleo como matéria energética
● O aumento de concentração de industrial e do número de multinacionais
● A modernização de agricultura
● O aumento significativo da população activa
● O crescimento do setor terciário

Petróleo
A abundância e o preço baixo do petróleo, alimentou a prosperidade económica e permitiu
uma revolução nos transportes, para além de uma enorme gama de novos produtos
industriais

Aumento da população activa


O aumento da população activa, que foi proporcionado pelo reforço de mão obra feminina
no mercado de trabalho, o baby boom dos anos 40-60 e a imigração de trabalhadores
oriundos dos países desenvolvidos. A mão de obra também se tornou mais qualificada
devido ao prolongamento da escolaridade obrigatória.

Modernização da agricultura
A modernização da agricultura, setor onde a produtividade aumenta de tal modo que
permite aos países desenvolvidos passaram de importadores a exportadores

O crescimento do setor terciário


Este setor tem a maior percentagem de trabalhadores. O surto espetacular das trocas
comerciais, a aposta no ensino e nos serviços sociais prestados pelo Estado multiplicaram o
nºde postos de trabalho neste setor. Assim as classes médias alegraram-se, o que contribui
para subida do nível de vida e para o equilíbrio social

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