Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISPNE UÍGE
POR:
ZECA CATUCO
E
DANIEL DIMPINDA MENDES
UÍGE, 2022
PROGRAMA
INTRODUÇÃO
1.6.3-Funções periódicas
2.1- Limites
2.1.1-Noção intuitiva
3.1-Recta tangente
Notas:
INTRODUÇÃO
Pitágoras (580 – 500 a.C.) relaciona elementos de dois conjuntos no estudo do Cosmos e
da música.
Oresme (1323 – 1382), que utilizou um gráfico para representar numa direcção o tempo e,
na outra, a velocidade de um móvel.
Leibniz (1646 – 1717) terá em 1673 introduzido pela primeira vez o termo ‘’função’’ e
Euler (1709 – 1783) terá utilizado pela primeira vez a expressão ‘’ ’’. O símbolo
algébrico foi aperfeçoado por matemáticos do sésulo XVII e XVIII, entre os quais:
Descartes, Newton, Leibniz e Euler.
Não importa que ramo consideremos – Álgebra, Geometria, Teoria dos Números,
Probabilidade ou outro qualquer –, quase sempre se verifica que os objectos principais de
investigação são funções. Isto é particularmente verdadeiro no Cálculo, onde a maior
parte do trabalho se orienta ao desenvolvimento instrumental para o estudo das funções e
a aplicação desse instrumental a problemas de outras ciências, pois está sempre presente a
relação entre duas grandezas variáveis.
É claro que esta não é a única relação que pode ser estabelecida entre os conjuntos A e B.
Exemplo 1.3: Uma terceira relação que podemos considerar é aquela que associa aos
números ímpares o nome António e aos números pares o nome Matias. Neste caso
teremos o diagrama de flechas abaixo constituindo o conjunto:
Notemos que os conjuntos M, N e P são formados por pares ordenados cujos primeiros
elementos pertencem a A e cujos segundos elementos pertencem a B. Ou seja, são todos
subconjuntos do produto cartesiano de A por B. isto é: 𝑀 ⊂ 𝐴 × 𝐵, N ⊂ 𝐴 × 𝐵 e P ⊂ 𝐴 ×
𝐵.
É possível determinar outras relações de A e B, mas todas serão subconjuntos de 𝐴 × 𝐵.
Como 𝐴 × 𝐵 tem 16 elementos, e o número de subconjuntos de 𝐴 × 𝐵 é 216, podemos
estabelecer 216 relações de A em B. Assim, temos a seguinte definição formal de relação
binária:
Exemplo 1.4. Sejam os conjuntos 𝐴 = {1, 2, 3} e 𝐵 = {2, 3, 4, 5} e seja a relação dada por
𝑆 = {( , 𝑦 ∈ 𝐴 × 𝐵: 𝑦 = + 1}. Neste caso teremos: 𝑆 = {(1,2), (2,3), (3,4)} como
mostra o diagrama abaixo.
Quando os conjuntos A e B são numéricos, as relações são formadas por pares ordenados
de números que podem ser representados geometricamente por meio de dois eixos
perpendiculares, sendo o horizontal chamado de eixo das abcissas ou eixo e o vertical
de eixo das ordenadas ou eixo 𝑦.
Assim, para representar geometricamente o par ordenado (𝑎, 𝑏) coloca – se a no eixo e
b no eixo y, e traçando-se uma vertical por a e uma horizontal por b. O ponto de
intersecção dessas duas rectas é a representação do par (𝑎, 𝑏). Desta forma, podemos
representar geometricamente a relação S, conforme a figura abaixo.
Exemplo 1.5: Os domínios e o conjunto imagem das relações dos exemplos anteriores
são, respectivamente:
Em linguagem matematicamente:
Notas:
Resolução
Logo,temos:
𝑫 𝒇 { }.
𝑪𝑫 𝒇 { 5 7}.
EXERCÍCIOS
b) 𝐴 { } , -
c) 𝐴 { } { } 𝑦 √
2. Seja a função : A→B definida pela lei 𝐴 { }
{ }. Determinar:
a) Domínio da função;
b) O contradomínio;
c) O conjunto imagem da função.
Para concluir, uma função de uma variável é uma regra que associa a cada valor de
um único número 𝑦 = ( ), denominado imagem de por ou valor da função em , ou
seja, valor de no ponto . Denominamos por variável independente e 𝑦 por variável
dependente. Ao conjunto de todos os valores permitidos para a variável independente é
denominado domínio da função e, o conjunto de todos os valores tomados pela função é
chamado de conjunto imagem. (Morettin, Hazzan, & Bussab, 2003;
Goldstein, Lay, Schneider, & Asmar, 2012)
Anota-se por, : ℝ → ℝ: → 𝑦 = ( ) ou
:ℝ→ℝ
→𝑦= ( )
Resolução
b) Em ⇒ 2 8 8⇒ 8
Resolução:
Em ⇒ ( ) = 5( )3 + 1 = ⇒ ( )= ∈ ℝ, donde é definida em .
Em ⇒ 7⇒ 7 ∈ ℝ, donde é definida em =
2.
Em ⇒ ∉ ℝ, donde não é definida em = 3.
Exemplo 1.12: Um peixe é vendido por 200 Akz a unidade. Sendo a quantidade
vendida, a receita de vendas será 200 . Assim, podemos dizer que 𝑅( ) = 200 é uma
função que fornece para quantidade vendida ( ) a receita correspondente. Neste caso, o
domínio e a imagem são dados por:
𝐷 { 5 …} 𝐼𝑚 { 8 … }.
EXERCÍCIOS
Graficamente, uma função é bijectiva se toda a recta horizontal corta o gráfico da função
exactamente em apenas um ponto.
I. Funções Algébricas
Exemplo 1.14: 𝑦 𝑦
Exemplo 1.15: √ √
√
II. Funções trancendentes: São todas as funções que não podem ser expressas por
meio de combinações finitas de operações algébricas. Por exemplo, a função
exponencial é uma combinação infinita de potências da variável independente que a
expressa. São funções transcendentes as seguintes: a função trigonométrica, a função
trigonométrica inversa, a função logarítmica, a função exponencial e a função
se a figuração das operações elementares. Mas como essas operações não estão em
números finitos, não se trata de uma função algébrica, mas sim de uma função
transcendente.
Funções Trigonométricas: Chamam-se funções trigonométricas à todas as funções em
que a variável representa o respectivo argumento ou ângulo.
3
Exemplo 1.18: 𝑓(𝑥 ) = log 2 (3𝑥 2) 𝑓 (𝑥 ) = log 1 ( √𝑥 2 1) 𝑓 (𝑥) = log 4 ( 𝑥 +2)
2
Exemplo 1.19: 𝑦 ( ) 5
Função hiperbólica: Em Matemática, as funções hiperbólicas são análogas às funções
trigonométricas ordinárias e são consideradas também de funções circulares. As funções
hiperbólicas básicas são:
Para determinar o domínio de definição das funções reais de uma variável real, deve –
se ter em conta os diferentes tipos de funções, isto é, tendo em conta como se tem
classificado as funções. Assim, teremos:
1º CASO: Função Polinomial: O domínio de definição de uma função polinomial é
sempre o conjunto dos números reais. E é anotada por: 𝔻 ℝ ou 𝔻 ] ∞
∞[.
Exemplo 1.20:
1) : ℝ → ℝ: ↦ 𝑦 = 3 3+ 5 ⇒𝐷 ℝ
2) : ℝ → ℝ: ↦ 𝑦 = 4 2+ 6 ⇒𝐷 ℝ
2º CASO: Função Racional: O seu domínio é o conjunto dos números reais com
excepção os valores que anulam o denominador. E anota – se da seguinte maneira:
𝐷 = { ∈ ℝ: 𝐵( ≠ }⇔𝐷 ℝ { ∈ ℝ: 𝐵( ) = 0}
𝐷 ] ∞ [∪] ∞[ ⇔ 𝐷 ℝ { }
𝑦
Resolução: A função é definida para ∈ ℝ: ≠ ⇒ ≠
𝐷 ] ∞ [∪] ∞[ ⇔ 𝐷 ℝ { }
3º CASO: Funções Irracionais: Para achar o domínio de definição destas funções, deve
se ter em conta os seguintes casos:
A) Função irracional do tipo
𝐷 = { ∈ ℝ: 𝐴( ≥ }.
Exemplo 1.22: Determine o domínio de definição de cada uma das seguintes funções
irracionais abaixo:
1.
Logo: 𝐷𝑓 = [ 3, +∞[
Resolução: Como o índice é ímpar, então a função é definida ⇒
2
Logo: 𝐷 [⇔𝐷 ℝ { }
≥ ⇒ ≥ ⇔ ⇔{ 𝑜𝑢
≠
≠ ⇔ ⇔{ 𝑜𝑢
≠
Vamos fazer o estudo de sinal para acharmos o domínio de definição desejado. Assim,
teremos:
Assim: 𝐷 = ] ]∪[ [
𝑩
B) Função irracional do tipo 𝒇 ( ∈ {𝟎 }
√𝑨
Para determinar o domínio de definição destas funções, deve – se analisar o seguinte:
𝐷 = { ∈ ℝ: 𝐴( ≠ }⇔𝐷 ℝ { ∈ ℝ: 𝐴( ) = 0}
𝐷 = { ∈ ℝ: 𝐴( ) > 0}
≠
2 ≠ ⇔ ≠ ⇔ { 𝑜𝑢
≠
2.
√
Resolução: Como o índice é par, a função é definida para ∈ ℝ: 5 )>
0
5 > ⇔ 5 𝟎⇔{ 𝑜𝑢
5 5
Assim, o domínio de definição será: 𝐷𝑓 = ] , 3[ ⇔ 𝐷𝑓 = { 𝑥 ∈ ℝ: < 𝑥 < 3}
2 2
Ou seja, pode – se determinar este domínio, fazendo o estudo da recta. Assim, teremos:
𝐷 = { ∈ ℝ: 𝐵( ≠ }⇔𝐷 ℝ { ∈ ℝ: 𝐵( ) = 0}
𝐷 = { ∈ ℝ: 𝐴( ≥ ∧ 𝐵( ≠ }
Exemplo 1.24: Determine o domínio de definição das seguintes funções abaixo
mencionadas.
√
1.
Resolução: Como o índice é ímpar, a função é definida ∈ ℝ: 2 9≠
≠
2 9≠ ⇔ ≠ ⇔ { 𝑜𝑢
≠
√
2.
√𝑨
D) Função irracional do tipo y ( 𝒆 ∈ {𝟎, })
√𝑩
Para determinar o domínio de definição deste tipo de função, deve-se ter em conta os
seguintes critérios:
♣ Quando 𝑛 for um número par e 𝑚 for um número ímpar, então tem-se como
condição: 𝐴( ≥ ∧ 𝐵( ≠ .
♣ Quando 𝑛 for um número ímpar e 𝑚 for um número par, então tem-se como
condição: 𝐵( ) > 0.
∈ ℝ: ≥ ∧ )( > .
♣ 3 ≥ ⇔ ≥ ⇒ ≥ 2
Portanto, para se achar o domínio da função dada, deve-se buscar a intersecção dos dois
dos intervalos achados. Assim:
Assim: 𝐷𝑓 = ]3, 4[
∈ ℝ: ≥ ∧ >
♣ 3 ≥ ⇔ ≥ ⇒
Assim: 𝐷 * ∞*
♣ 2 8 5≥ ⇔ 5 ≥ ⇔ ≤ ∧ 5≥
≤ ∧ ≥5
♣ 2 2 8≠ ⇔ + 2)( ⇒ ∨ =4
Assim:𝐷 ] ∞ [∪] ] ∪ [5 ∞[
𝑠 ≥
( )=| |={ 𝑜𝑢 ∈ ℝ
𝑠 <
𝑦=| |
𝑦 | | | 5|
1. } têm como domínio:
𝑦 √| |
𝐷 ℝ ] ∞ ∞[
| |
2. 𝑦
√| |
Resolução: a função é definida para ∈ ℝ: | + 3| > 0 ⟺ + 3 > 0 ⟹ >
Assim: 𝐷 ] ∞[
| |
3. 𝑦 | |
Resolução: A função é definida ∈ ℝ: | |≠ ⟺ ≠ ⟹ ≠
Assim: 𝐷 ] ∞ [∪] ∞[ ⇔ 𝐷 ℝ { }
𝐷 ℝ , : ∈ ℤ}
1. ( ) = 𝑡𝑔3
Resolução: a função trigonométrica dada é definida ∈ ℝ: ≠ ⟺ ≠
Portanto o domínio será: 𝐷 ℝ { : k ∈ ℤ}
2. ( ) = 𝑐𝑜𝑡𝑔2
Resolução: a função trigonométrica dada é definida ∈ ℝ: ≠ ⟺ ≠
1. ( ) = 𝑎𝑟𝑐𝑠 𝑛3
‖ ⟺‖
≥
⟹{
≤
Assim: 𝐷𝑓 * +
2. ( ) = 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠2
‖ ⟺‖
≥
⟹{
≤
Assim: 𝐷𝑓 * +
Para determinar o domínio de definição das funções logarítmicas, deve – se saber que o
logaritmando tem de ser sempre positivo, isto é, maior de zero: 𝐴( ) > 0.
1. ( ) = log2(3
Resolução: a função é definida ∈ ℝ: 3 >
Assim: 𝐷𝑓 + ∞*
Resolução: a função é definida
>
⟺ 2 1>0⟺( + 1) > 0 ⟹{
<
3. ( ) = log4( )
Assim: 𝐷𝑓 = ] 2, +∞[
4. ( ) = log | |
Resolução: a função é definida ∈ ℝ: | |≠
| |≠ ⟹ ≠ ∧ ≠0⟺ ≠ ∧ ≠
Neste item procuramos dar uma ideia geral das principais funções utilizadas nas áreas
de Administração, Economia e Finanças. Após o estudo de cada uma dessas funções,
veremos algumas de suas aplicações.
𝐷 𝑓 ℝ e 𝐼𝑚 𝑓 𝑘
O gráfico desta função é uma recta onde o coeficiente linear representa no gráfico o
ponto de intersecção da recta com o eixo 𝑦 que é da forma (0, 𝑦) e o coeficiente
angular representa a variação de 𝑦 correspondente a um aumento do valor de igual a
1, aumento este considerado a qualquer ponto da recta.
Note que, quando 𝑚 > 0, o gráfico corresponde a uma função crescente e, quando 𝑚 <
0, o gráfico corresponde a uma função descrente como mostram as figuras abaixo.
Figura 8: Coeficiente linear e angular de uma recta
𝑦 − 𝑦0 = 𝑚( − 0)
𝑚= ⇔ 𝑦 − 𝑦0 = 𝑚( − 0)
EXERCÍCIOS
7. (𝞓♥) Obtenha o coeficiente angular e a expressão analítica da recta que passa por
A e B nos seguintes casos:
a) 𝐴(1,2) e 𝐵(2,7)
b) 𝐴(0,3) e 𝐵(2,5)
c) 𝐴(−2,1) e 𝐵(5, −2)
8. (𝞓♥) Obtenha a equação da recta que passa por P e tem o coeficiente angula m
nos seguintes casos:
a) 𝑃(1,3) e 𝑚 = 2
b) 𝑃(−1,4) e 𝑚 = −1
c) 𝑃(−1, −2) e 𝑚 = 2
9. (Δ♥) obtenha as funções, dados seus gráficos, nos seguintes casos: