Você está na página 1de 12

Índice

1. Introdução.................................................................................................................................2
2. Rochas Metamórficas...............................................................................................................3
2.1. Formação das rochas metamórficas..................................................................................3
2.2. Tipos de metamorfismo....................................................................................................3
2.3. Principais rochas metamórficas........................................................................................4
2.4. Grau metamórfico.............................................................................................................8
3. Conclusão...............................................................................................................................11
4. Bibliográfia.............................................................................................................................12
1. Introdução
2. Rochas Metamórficas
As rochas metamórficas são um componente essencial na vastidão do nosso planeta,
revelando a complexidade e as transformações geológicas que ocorreram ao longo dos
milênios. Este tipo de rocha é o resultado de mudanças físicas e químicas que ocorrem em
rochas pré-existentes sob condições de temperatura e pressão extremas, dando origem a uma
variedade de texturas e composições peculiares. No âmbito da geologia, as rochas
metamórficas desempenham um papel fundamental na compreensão da história da Terra e na
interpretação dos processos que moldaram a crosta terrestre.

2.1. Formação das rochas metamórficas

A formação das rochas metamórficas é um processo fascinante que ocorre em condições


específicas dentro da crosta terrestre. Ao contrário das rochas ígneas, que são formadas a partir
do resfriamento do magma, ou das rochas sedimentares, que se originam da deposição de
sedimentos, as rochas metamórficas surgem da alteração de rochas pré-existentes sob condições
de alta temperatura e pressão. Essas condições podem ocorrer em zonas de subducção, onde uma
placa tectônica se move sob outra, ou em regiões de integração de placas, onde ocorre um
intenso processo de deformação e metamorfismo.

Um dos principais agentes de metamorfismo é o calor, que pode originar-se do aumento da


temperatura devido à profundidade na crosta terrestre ou à intrusão de magma próximo à
superfície. A pressão também desempenha um papel crucial, comprimindo as rochas e alterando
sua estrutura interna. O resultado dessas transformações são rochas com propriedades físicas e
químicas distintas das rochas originais, comumente associadas a uma textura foliada ou não
foliada, dependendo das condições de metamorfismo.

2.2. Tipos de metamorfismo

Os principais tipos de metamorfismo são:

 Metamorfismo de contato, ou termal: ocorre como resultado de altas temperaturas,


com transferência de calor, nas proximidades de intrusões ígneas;
 Metamorfismo dinâmico, ou cataclástico: é resultado de tensões dirigidas em zonas de
falhas transformantes, zonas de cisalhamento; onde o atrito ao longo da falha tende a
pulverizar os grãos da rocha e recristalizá-los em grãos menores;
 Metamorfismo regional, ou dinamotermal: abrange áreas extensas, é resultado de altas
pressões, acompanhada de temperaturas moderadas a altas; ocorre em zonas de
subducção, resultando em deformação e formação de cadeias de montanhas;
 Metamorfismo de soterramento: ocorre pela sobreposição (soterramento) de estratos
sedimentares em uma bacia sedimentar, onde os estratos da base podem atingir condições
metamórficas de baixo grau, porém sem deformação apreciável.
 Metamorfismo hidrotermal: ocorre onde enormes quantidades de gases e fluidos
(elementos voláteis) viajam por longas distâncias através das rochas e são quimicamente
ativos reagindo com os minerais que encontram pelo caminho, modificando-os e
promovendo mudanças químicas ou recristalizações.
 Metamorfismo de impacto ou de choque: ocorre quando meteoritos atingem a
superfície da Terra, provocando condições extremas que transformam e até mesmo
fundem as rochas na região do impacto.

2.3. Principais rochas metamórficas

 Ardósia é uma rocha de baixo grau metamórfico formada pelo crescimento de grãos
finos de quartzo e muscovita, entre outros minerais em menor quantidade (por exemplo,
argilominerais, caso o grau metamórfico seja bem baixo). A orientação preferencial de
crescimento dos minerais placoides faz com que essa rocha se quebre facilmente ao longo
dos planos paralelos perfeitos de sua foliação.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:SlateUSGOV.jpg
 Filito é uma rocha de grau metamórfico baixo a médio, com muscovita e clorita finas
orientadas, que refletem um brilho prateado e produzem uma foliação em folhas finas
paralelas.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PhylliteUSGOV.jpg

 Xisto é uma rocha de grau metamórfico intermediário, em geral, rica em filossilicatos,


como as micas (biotita e muscovita), de granulometria média e forte orientação dos grãos,
desenvolvendo uma foliação quase plana. Outros minerais anidros, que não apresentam a
molécula hidroxila em sua estrutura, como a granada, tendem a se formar pela
instabilização de minerais hidratados, como as micas.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Chlorite_schist.jpg

 Gnaisse é uma rocha de grau metamórfico médio a alto, formada quando minerais
hidratados se tornam instáveis, como a muscovita e parte da biotita, transformando-se em
minerais anidros ou menos anidros. É uma rocha foliada em bandas, pois os minerais
escuros (biotita e anfibólio) tendem a se segregar em faixas distintas dos minerais claros
(quartzo e feldspato), dando à rocha um caráter listrado, com bandas alternadas. Esse
bandamento típico do gnaisse é denominado de textura gnáissica.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Gneiss.jpg

 Granulito é uma rocha de grau metamórfico alto, onde a quase totalidade dos minerais
hidratados do protólito, como micas e anfibólio, se tornam instáveis, transformando-se
em minerais anidros, como por exemplo piroxênio e feldspato, e a rocha perde sua
característica orientada, devido à grande diminuição ou total ausência de minerais
placoides, como as micas.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Granulito.jpg

 Quartzito é uma rocha composta quase inteiramente de quartzo, sendo formada pelo
metamorfismo de arenitos ricos em quartzo. Como o quartzo é estável em uma ampla
faixa de temperaturas e pressões, este apenas se recristaliza durante o metamorfismo,
resultando em cristais firmemente imbricados, de textura poligonizada, que compõem
uma rocha muito dura.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Quartzite.jpg

 Mármore é uma rocha produto do metamorfismo de calcários calcíticos ou dolomíticos,


composto respectivamente de calcita ou dolomita recristalizadas.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MarbleUSGOV.jpg

 Anfibolito é uma rocha metamórfica de grau intermediário a alto, de cor escura,


composta principalmente por anfibólio e plagioclásio, pouco foliada, tendo por protólito
rochas de composição básica, como por exemplo, o basalto.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Amphibolite_Geopark_Prague_2014_1.jpg
 Hornfels é uma rocha metamórfica de granulação fina sem foliação óbvia, que se forma
durante o metamorfismo de contato, na região mais próxima do contato entre a fonte de
calor (intrusão magmática) e a rocha encaixante.

Fonte: https://www.thoughtco.com/hornfels-definition-and-formation-4165525

Hornfels, quartzito e mármore são importantes exemplos de rochas metamórficas que podem
ocorrer sem foliação.
Os nomes das rochas metamórficas acima descritas são genéricos e pouco informam sobre a
provável origem dessas rochas. Por isso, a forma adequada de nomear as rochas metamórficas é
utilizando a mineralogia da rocha. Por exemplo, um xisto composto por muscovita > biotita >
granada seria nomeado de granada-biotita-muscovita xisto. Adjetivos (geológicos) também
ajudam a melhor caracterizar as rochas, por exemplo, mármore dolomítico e gnaisse granítico.
Também é comum adicionar o prefixo “meta” ao nome da rocha protólito, por exemplo:
metagranito, metarenito, metagabro, ou mesmo de forma mais genérica, metassedimento. O
prefixo “meta” pode ser adotado quando as características do protólito não foram completamente
apagadas pelo metamorfismo.

2.4. Grau metamórfico

Grau metamórfico é um termo geral utilizado para descrever as condições relativas de


temperatura e pressão sob as quais as rochas metamórficas se formam.

O metamorfismo de baixo grau ocorre em temperaturas entre cerca de 200 a 320 ºC e pressão
relativamente baixa. Rochas metamórficas de baixo grau são geralmente caracterizadas por uma
abundância de minerais hidratados, como a muscovita e clorita, produtos do metamorfismo de
argilominerais comuns em protólitos sedimentares pelíticos. A ardósia e o filito são típicas
rochas metamórficas de baixo grau.
O metamorfismo de médio grau ocorre aproximadamente a 320–450 ºC e a pressões
moderadas. Minerais hidratados de baixo grau, como muscovita e clorita, são então substituídos
por outros menos hidratados, como a biotita, e minerais não hidratados, como a granada. Essas
transformações ocorrem especial quando o protólito é uma rocha sedimentar argilosa. O xisto e o
gnaisse são típicas rochas de grau metamórfico médio.
O metamorfismo de alto grau ocorre em temperaturas superiores a 450 ºC e pressão
relativamente alta. À medida que o grau de metamorfismo aumenta, os minerais hidratados,
como biotita, tendem a quebrar, ou seja, abrem a sua estrutura, perdem H 2O para o meio, e
transformam-se em outros minerais, como por exemplo, o anfibólio, que mesmo sendo hidratado,
é mais estável a temperaturas mais altas. No entanto, à medida que o grau metamórfico aumenta
para um grau ainda mais alto, todos os minerais hidratados, que incluem o anfibólio, quebram e
são substituídos por outros minerais não hidratados de temperatura mais alta, como o piroxênio e
a granada. O granulito é uma rocha típica de alto grau metamórfico.
Em geral, com o aumento do grau metamórfico ocorre uma tendência de aumento da
granulometria, em especial, quando o protólito é uma rocha sedimentar de granulometria fina.

Além da sua importância na compreensão da geologia da Terra, as rochas metamórficas


desempenham um papel crucial em diversas áreas, incluindo a indústria da construção civil, a
arquitetura, a escultura e a indústria de rochas ornamentais. O mármore, famoso por sua beleza e
durabilidade, é amplamente utilizado em bancadas, pisos e revestimentos, enquanto o xisto e o
gnaisse são utilizados na fabricação de materiais de construção e ornamentos. A diversidade de
núcleos, texturas e propriedades das rochas metamórficas torna um recurso valioso em diversas
aplicações, agregando valor estético e funcional aos ambientes onde são empregadas.

Além disso, as rochas metamórficas desempenham um papel fundamental na exploração mineral


e na identificação de depósitos minerais. Muitos minerais de interesse econômico estão
associados às rochas metamórficas, como o ouro, o cobre, o zinco e o tungstênio, sendo essencial
compreender os processos de metamorfismo para identificar e explorar esses recursos de forma
sustentável. A presença de determinadas texturas e associações minerais em rochas metamórficas
pode indicar a presença de depósitos minerais valiosos, contribuindo para o desenvolvimento da
indústria mineral e para a economia de diversos países.

Em termos de pesquisa e estudo, as rochas metamórficas oferecem uma riqueza de informações


sobre os processos geológicos que ocorrem ao longo da história da Terra. A análise de texturas,
minerais e estruturas presentes nessas rochas permite reconstruir a evolução geológica de
determinadas regiões, identificar eventos tectônicos e compreender os mecanismos que levaram
à sua formação. Além disso, as rochas metamórficas são utilizadas como indicadores de
temperatura, pressão e profundidade, fornecendo insights valiosos sobre as condições
geodinâmicas que afetam
Em suma, as rochas metamórficas representam um elemento fundamental na geologia e na
compreensão dos processos que moldaram a crosta terrestre ao longo do tempo geológico. Sua
diversidade, complexidade e importância econômica tornam-se um objeto de estudo fascinante e
relevante em diversas áreas do conhecimento. À nossa exploração das transformações geológicas
representadas por essas rochas, somos capazes de vislumbrar a incrível complexidade e
diversidade do planeta e compreender melhor o papel desempenhado pelas forças geológicas na
sua evolução contínua.
3. Conclusão
4. Bibliográfia

Você também pode gostar