Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 14

Brazilian Journal of Health Review 2150

ISSN: 2595-6825

Fibrilação Atrial: uma análise da intervenção farmacológica e elétrica em


idosos

Atrial Fibrilation: an analysis of pharmacological and electrical


intervention in the elderly
DOI:10.34119/bjhrv6n1-168

Recebimento dos originais: 23/12/2022


Aceitação para publicação: 25/01/2023

Júlia Aparecida Soares


Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
Instituição: Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
Endereço: Rua Luiz Modesto da Silva, 61, Nova Floresta, Patos de Minas - Minas Gerais
E-mail: juliasoarespatos@gmail.com

Alessandro Reis
Mestre em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP)
Instituição: Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
Endereço: Rua Major Gote, 808, Caiçaras, Patos de Minas - Minas Gerais
E-mail: alessandro@unipam.edu.br

Natália de Fátima Gonçalves Amâncio


Pós-Doutora em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca (UNIFRAN)
Instituição: Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
Endereço: Rua Major Gote, 808, Caiçaras, Patos de Minas - Minas Gerais
E-mail: nataliafga@unipam.edu.br

Juliana Ribeiro Gouveia Reis


Doutora em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca (UNIFRAN)
Instituição: Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
Endereço: Rua Patrocínio, 291, Santo Antônio, Patos de Minas - Minas Gerais
E-mail: julianargr@unipam.edu.br

RESUMO
A fibrilação atrial trata-se da arritmia cardíaca mais comum, tendo alta prevalência na
população idosa. Nesse sentido, a abordagem desses pacientes e a intervenção utilizada no
tratamento é de fundamental relevância com o envelhecimento populacional. Sob essa ótica, o
presente trabalho tem por objetivo revisar na literatura as formas de cardioversão farmacológica
e elétrica utilizadas no manejo do idoso com fibrilação atrial. Como metodologia de busca,
foram utilizados artigos publicados e indexados nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde
(BVS), Scientif Eletronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed),
EbscoHost, Google Acadêmico. Os critérios de inclusão foram: artigos em português, inglês e
espanhol publicados a partir de 2017 que tratavam da temática em questão. Foram excluídos os
artigos que não incluíam uma população idosa. Os artigos selecionados mostraram que, em
grande maioria, a cardioversão elétrica foi utilizada, contudo ela deve ser realizada com a
utilização de anestesia e a prescrição da anticoagulação adequada é de fundamental
importância, sendo utilizados varfarina, os anticoagulantes orais diretos, endoxabana,
dabigatrana e apixabana. No cenário da intervenção farmacológica, devido à menor quantidade

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2151
ISSN: 2595-6825

de literatura analisada, o uso do antiarrítmico flecainida e de antazolina tem demonstrado


eficácia no tratamento dessa arritmia na população idosa.

Palavras-chave: cardioversão elétrica, cardioversão farmacológica, Fibrilação Atrial, idosos.

ABSTRACT
Atrial fibrillation is the most common cardiac arrhythmia, with a high prevalence in the elderly
population. In this sense, the approach to these patients and the intervention used in the
treatment is of fundamental relevance with the aging population. From this perspective, the
present work aims to review in the literature the forms of pharmacological and electrical
cardioversion used in the management of the elderly with atrial fibrillation. As a search
methodology, articles published and indexed in the Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientif
Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed), EbscoHost,
Google Scholar databases were used. The inclusion criteria were: articles in Portuguese,
English and Spanish published from 2017 onwards that dealt with the subject in question.
Articles that did not include an elderly population were excluded. The selected articles showed
that, in the vast majority, electrical cardioversion was used, however it must be performed with
the use of anesthesia and the prescription of adequate anticoagulation is of fundamental
importance, using warfarin, direct oral anticoagulants, endoxaban, dabigatran and apixaban. In
the scenario of pharmacological intervention, due to the smaller amount of literature analyzed,
the use of the antiarrhythmic flecainide and antazoline has demonstrated efficacy in the
treatment of this arrhythmia in the elderly population. warfarin, direct oral anticoagulants,
endoxaban, dabigatran and apixaban are used. In the scenario of pharmacological intervention,
due to the smaller amount of literature analyzed, the use of the antiarrhythmic flecainide and
antazoline has demonstrated efficacy in the treatment of this arrhythmia in the elderly
population. warfarin, direct oral anticoagulants, endoxaban, dabigatran and apixaban are used.
In the scenario of pharmacological intervention, due to the smaller amount of literature
analyzed, the use of the antiarrhythmic flecainide and antazoline has demonstrated efficacy in
the treatment of this arrhythmia in the elderly population.

Keywords: electrical cardioversion, pharmacological cardioversion, Atrial Fibrillation,


seniors.

1 INTRODUÇÃO
A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais recorrente na prática clínica, sendo
caracterizada pela desorganização da atividade elétrica atrial que acomete o bombeamento de
sangue para o corpo e pode levar a complicações hemodinâmicas (COSTA, 2018). Nesse
cenário, trata-se da arritmia que afeta cerca de 50 milhões de pessoas mundialmente com
prevalência maior na população idosa (VIRANI et al., 2020). Desse modo, esse quadro torna-
se ainda mais frequente com o aumento da expectativa de vida e com o envelhecimento
populacional dos próximos anos.
Em relação ao tratamento da fibrilação atrial, as intervenções farmacológicas e elétricas
são utilizadas para a regularização da frequência cardíaca e dos sintomas com controle de ritmo.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2152
ISSN: 2595-6825

Essas terapias, haja vista a restauração do ritmo sinusal, permitem o alívio dos sintomas bem
como a melhora do estado hemodinâmico dos pacientes (DEMMESTER et al., 2018). A
cardioversão farmacológica é uma estratégia de controle de ritmo por meio da infusão de
fármacos ao passo que a cardioversão elétrica visa interromper a fibrilação atrial com a
utilização, principalmente, de desfibriladores externos bifásicos (BONFANTI et al.,
2018). A cardioversão farmacológica pode ser realizada em pacientes estáveis
hemodinamicamente com a utilização de antiarrítmicos (PINHO, 2004). A cardioversão
elétrica é apropriada como forma de controle do ritmo sinusal agudo, sobretudo em pacientes
hemodinamicamente instáveis, podendo causar risco aumentado para eventos tromboembólicos
sendo necessário a administração de fármacos anticoagulantes previamente ao procedimento
(FARIA et al., 2021).
O tratamento de escolha deve ser individualizado levando em consideração as doenças
prévias de cada paciente, a condição elétrica do coração e a experiência do profissional
envolvido (PINHO, 2004). No que tange aos idosos, essa decisão precisa ser cautelosa uma vez
que com o envelhecimento há o aumento dos fatores decorrentes de alterações fisiológicas,
como diminuição da filtração glomerular renal, diminuição da massa magra e aumento da massa
gorda, o uso de polifarmácia e a presença de múltiplas comorbidades. Perante o exposto e
considerando a relevância clínica da fibrilação atrial em idosos, justifica-se a importância desse
trabalho ao abordar os procedimentos que têm sido utilizados nessa condição para o manejo
desses pacientes bem como as suas implicações.
Dessa forma, tendo em vista a maior incidência de fibrilação atrial nessa população,
esse trabalho tem por objetivo revisar na literatura as intervenções realizadas nos pacientes
idosos no tratamento dessa arritmia cardíaca.

2 METODOLOGIA
O presente estudo consiste de uma revisão exploratória integrativa de literatura. A
revisão integrativa foi realizada em seis etapas: 1) identificação do tema e seleção da questão
norteadora da pesquisa; 2) estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos e
busca na literatura; 3) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados;
4) categorização dos estudos; 5) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa e
interpretação e 6) apresentação da revisão.
Na etapa inicial, para definição da questão de pesquisa utilizou-se da estratégia PICO
(Acrômio para Patient, Intervention, Comparation e Outcome). Assim, definiu-se a seguinte
questão central que orientou o estudo: “No paciente com mais de 60 anos, a cardioversão

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2153
ISSN: 2595-6825

farmacológica é melhor do que a elétrica no tratamento da fibrilação atrial?” Nela, observa-se


o P: paciente com mais de 60 anos; I: cardioversão farmacológica; C cardioversão elétrica; O
tratamento de fibrilação atrial.
Para responder a esta pergunta, foi realizada a busca de artigos envolvendo o desfecho
pretendido utilizando as terminologias cadastradas nos Descritores em Ciências da Saúde
(DeCs) criados pela Biblioteca Virtual em Saúde desenvolvido a partir do Medical Subject
Headings da U.S. National Library of Medcine, que permite o uso da terminologia comum em
português, inglês e espanhol. Os descritores utilizados foram: “fibrilação atrial”, “idosos”,
“cardioversão farmacológica” e “cardioversão elétrica”. Para o cruzamento das palavras chaves
utilizou-se o operador booleano “and”.
Realizou-se um levantamento bibliográfico por meio de buscas eletrônicas nas seguintes
bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientif Eletronic Library Online
(SciELO), National Library of Medicine (PubMed), EbscoHost e Google Acadêmico.
A busca foi realizada nos meses de agosto e setembro de 2022. Como critérios de
inclusão, limitou-se a artigos escritos em português, inglês e espanhol publicados nos últimos
5 anos (2017 a 2022), que abordassem o tema pesquisado e que estivem disponíveis
eletronicamente em seu formato integral, foram excluídos os artigos que não obedeceram aos
critérios de inclusão.
Após a etapa de levantamento das publicações, foram encontrados 34 artigos, dos quais
foram realizados a leitura do título e resumo das publicações considerando o critério de inclusão
e exclusão definidos. Em seguida, realizou a leitura na íntegra das publicações, atentando-se
novamente aos critérios de inclusão e exclusão, sendo que 12 artigos não foram utilizados
devido aos critérios de exclusão. Foram selecionados 22 artigos para análise final e construção
da revisão.
Posteriormente à seleção dos artigos, realizou um fichamento das obras selecionadas
afim de selecionar a coleta e análise dos dados. Os dados coletados foram disponibilizados em
um quadro, possibilitando ao leitor a avaliação da aplicabilidade da revisão integrativa
elaborada, de forma a atingir o objetivo desse método.

3 RESULTADOS
O Quadro 1 sintetiza os principais artigos que foram utilizados na presente revisão de
literatura, contendo informações relevantes sobre os mesmos, como os autores do estudo, o ano
de publicação, o título e os achados relevantes.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2154
ISSN: 2595-6825

Quadro 1 – Visão geral dos estudos incluídos nessa revisão sistemática sobre as intervenções utilizadas na
fibrilação atrial.
AUTORES E ANO TÍTULO ACHADOS PRINCIPAIS
FREITAS, C. M. N., et al., Terapia anticoagulante no Uso tanto dos anticoagulantes
2017 idoso: foco na fibrilação atrial orais de ação direta quanto a
varfarina são eficazes.
Orientação sobre as medidas de
prevenção de quedas, rever
prescrição de medicamentos
desnecessários e controlar
fatores para minimizar o risco de
sangramentos.
PONCIO, V. A., et al., 2017 Análise da variação do limiar de A variação do limiar de captura
captura após a realização de ventricular após choque não foi
cardioversão elétrica em significativa em portadores de
portadores de dispositivos dispositivos cardíacos
cardíacos eletrônicos implantáveis.
implantáveis
BONFANTI, L. et al., 2019 Effectiveness and safety of Cardioversão elétrica é menos
electrical cardioversion for eficaz em pacientes > 80 anos. A
acute-onset atrial fibrillation in anticoagulação antes da
the emergency department: a cardioversão pode ser evitada em
real-world 10-year single center pacientes com baixo risco e
experience fibrilação atrial aguda com
duração <48 horas.

GOMES, K. S., et al., 2019 Análise da eficácia e segurança Dabigatrana está associada à
da dabigatrana como redução do risco de AVC e
anticoagulante em idosos com menores taxas de eventos
fibrilação atrial: uma revisão tromboembólicos comparada
integrativa com a varfarina.
SIMON, A. F. et al., 2019 Amiodarona associada a uma
taxa mais baixa de ritmo sinusal
Cardioversion in recent onset do que a cardioversão elétrica. O
atrial fibrillation uso de antiarrítmicos da classe
IC, principalmente flecainida,
foi associado a maior
porcentagem de altas em menos
de 6 horas.
STUTZ, V. J.; NUNES, C. P., Novos anticoagulantes orais Novos anticoagulantes orais são
2019 comparados com a varfarina na mais eficazes na redução de
FA eventos hemorrágicos, de mais
fácil utilização e apresentam
menor interação medicamentosa
em relação à varfarina.
OLIVEIRA, V. P., et al., 2020 Prevalência de fibrilação atrial, Prescrição de anticoagulação
indicação de coagulação oral e entre pacientes atendidos pelo
fatores associados em idosos SUS com fibrilação atrial é alta.
brasileiros Varfarina é o medicamento mais
frequentemente prescrito.
MARIANELLI, M.; Principais fatores de risco do Fibrilação atrial é um fator de
MARIANELLI, C.; DE avc isquêmico: Uma abordagem risco modificável para avc
LACERDA NETO, T. B., 2020 descritiva isquêmico sendo de fundamental
importância a adoção de medidas
de prevenção e promoção da
saúde.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2155
ISSN: 2595-6825

UNVERDORBEN, M. et al., Avanço da idade impacta na


2020 gestão e incidência de eventos
Elderly patients with atrial tromboembólicos críticos e
fibrillation in routine clinical sangramentos em pacientes com
practice-peri-procedural fibrilação atrial tratado com o
management of edoxaban oral edoxabana.
anticoagulation therapy is
associated with a low risk of
bleeding and thromboembolic
complications: a subset analysis
of the prospective,
observational, multinational
EMIT-AF study
AKAO, et al., 2021 A redução da dose de apixabana
pela metade em pacientes >80
Clinical outcomes according to anos com fibrilação atrial não
dose reduction criteria of teve diferenças significativas na
apixaban in Japanese elderly incidência de eventos
patients with atrial fibrillation: tromboembólicos ou
J-ELD AF Registry subanalysis hemorrágicos.
AL-BUSAIDI, I. S., et al., Medicamentos de controle de
2021 taxa prescritos após conversão
Presentation, Treatment and para ritmo sinusal: agentes
Long-Term Outcomes of a bloqueadores dos receptores
Multidisciplinary Acute Atrial beta-adrenérgicos, antagonistas
Fibrillation Pathway: A 12- dos canais de cálcio não
Month Follow-Up Study dihidropiridínicos, digoxina ou
combinação desses
medicamentos. Para
anticoagulação foi prescrito em
maior número dabigatrana do
que varfarina.
HEIDE, J. et al., 2021 Uso de anticoagulantes orais
diretos pericardioversão
Efficacy and safety of direct associado a baixas taxas de
oral anticoagulants in patients complicações tromboembólicas
undergoing elective electrical e hemorrágicas.
cardioversion: A real-world
patient population
RASMUSSEN, P. V., et al., Risco de eventos bradiarrítmicos
2021 em 30 dias após cardioversão
Electrical cardioversion of atrial elétrica é mais acentuado em
fibrillation and the risk of idosos com fatores associados
brady-arrhythmic events relacionados à doença cardíaca
estrutural, diabetes ou síncope.
STIELL, I. G., et al., 2021 Idade avançada, doença arterial
coronariana e adição de fentanil
Adverse Events Associated à sedação para a cardioversão
With Electrical Cardioversion in elétrica predispõem maior risco
Patients With Acute Atrial de eventos adversos.
Fibrillation and Atrial Flutter

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2156
ISSN: 2595-6825

BIELECKA, B.; GORCZYCA- Anticoagulante oral não


GLOWACKA, I.; antagonista da vitamina K
WOZAKOWSKA-KAPLON, Nine-Year Trends in Prevention (NOAC) mais frequentemente
B., 2022 of Thromboembolic escolhido em pacientes idosos
Complications in Elderly foi a dabigatrana. Apixabana tem
Patients with Atrial Fibrillation maior chance de ser prescrita
Treated with NOACs para pacientes mais velhos.
KAMADA, H., et al., 2022 A eficácia da cardioversão por
corrente contínua antes da
Impact of Pre-Ablation Direct ablação por cateter em pacientes
Current Cardioversion for com fibrilação atrial persistente
Persistent Atrial Fibrillation to pode predizer a recorrência da
Predict Recurrence of Atrial fibrilação atrial. Uso de corrente
Fibrillation after Catheter contínua e idade mais avançada
Ablation no primeiro diagnóstico de
fibrilação atrial foram preditores
independentes para estar livre da
arritmia após a ablação por
cateter.
KIM, J. Y., et al., 2022 Clinical Outcomes of Rhythm Não houve diferença entre os
Control Strategies for resultados dos idosos e não
Asymptomatic Atrial idosos no que se refere ao uso de
Fibrillation According to the agente antiarrítmico e à
Quality-of-Life Score: The cardioversão elétrica. Controle
CODE-AF (Comparison Study do ritmo leva à redução nos
of Drugs for Symptom Control eventos cardiovasculares
and Complication Prevention of adversos na fibrilação atrial
Atrial Fibrillation) Registry assintomática.
MELO, M. L. V., et al., 2022 Manejo clínico da fibrilação Preocupação para administração
atrial: uma revisão integrativa de varfarina em pacientes com
das evidências atuais fibrilação atrial: risco de
sangramento. Pacientes que
usaram Edoxabana tiveram
menor tempo de internação.
MIKAMI, T., et al., 2022 Laboratory Test Predictors for Em idosos com fibrilação atrial
Major Bleeding in Elderly não valvar, a taxa de eventos
(≥80Years) Patients With hemorrágicos maiores durante o
Nonvalvular Atrial Fibrillation tratamento com endoxabana
Treated With Edoxaban 15mg: 15mg aumentou com o aumento
Sub-Analysis of the dos fatores de risco.
ELDERCARE-AF Trial
DA SILVA PAIVA, R. D. C., et Estratégias de intervenção na Uso profilático de amiodarona e
al., 2022 morbimortalidade da fibrilação sotalol mostram benefícios no
atrial no pós-operatório de manejo da fibrilação atrial no
cirurgias cardíacas pós-operatório de cirurgias
cardíacas.
SOUSA, C. M.; SOUSA, M. N. Fibrilação atrial e demência Fibrilação atrial predispõe ao
A.; CARVALHO, F. K. L., vascular: uma revisão desenvolvimento de acidente
2022 integrativa da literatura vascular cerebral e a formação
de coágulos pode obstruir vasos
cerebrais e causar danos
neurológicos.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2157
ISSN: 2595-6825

WYBRANIEC, M., et al., Uso de antazolina isolada é mais


2022 eficaz na conversão do ritmo do
Efficacy and safety of que uso de amiodarona isolada.
antazoline for cardioversion of
atrial fibrillation: propensity
score matching analysis of a
multicenter registry (CANT II
Study)
Fonte: Autoria própria, 2022.

4 DISCUSSÃO
Tendo em vista a prevalência da fibrilação atrial na população idosa, o trabalho feito
por Bonfanti et al., (2019), com 419 pacientes, dois quais em 403 pacientes a cardioversão
elétrica teve eficácia, constatou que a realização de cardioversão elétrica em um pronto-socorro
é um procedimento eficaz e seguro em pacientes com idade mediana de 63 anos ao passo que
com o avanço da idade a eficácia do procedimento é menor. No estudo feito por Stiell et al.
(2021) foi evidenciado que a idade avançada, principalmente após os 85 anos, a presença de
doença arterial coronariana e adição de fentanil à sedação para a cardioversão elétrica colocam
os pacientes em maior risco de eventos adversos. De modo similar, o trabalho de Rasmussen et
al., (2021), que incluiu 20.725 pacientes com idade média de 66 anos submetidos à primeira
cardioversão elétrica, demonstrou que os riscos de eventos bradiarrítmicos em 30 dias após
cardioversão elétrica é mais acentuado em idosos com fatores associados relacionados às
doenças isquêmicas do coração, insuficiência cardíaca, cardiomiopatopatias, certas valvopatias,
procedimentos cardíacos prévios, diabetes e história de síncope.
Em um outro estudo, a realização de 13 terapias elétricas no caso de arritmias cardíacas,
como a fibrilação atrial, não demonstrou variação relevante no limiar de captura ventricular em
pacientes portadores de dispositivos cardíacos implantáveis (PONCIO et al., 2017). Já em
relação ao procedimento de ablação por cateter, Kim et al., (2022), evidenciou que não houve
diferença entre os resultados dos idosos e não idosos no que se refere ao uso de agente
antiarrítmico e à cardioversão elétrica. Esse mesmo trabalho também concluiu que o controle
do ritmo reduz os eventos cardiovasculares adversos na fibrilação atrial assintomática (KIM et
al., 2022). Nesse sentido, o estudo de Kamada et al., (2022), também apontou que o resultado
do ritmo após a cardioversão por corrente contínua 24 horas antes da ablação por cateter em
pacientes com fibrilação atrial persistente pode predizer a longo prazo a recorrência dessa
arritmia, além de demonstrar também que o uso de corrente contínua e idade mais avançada no
primeiro diagnóstico de fibrilação atrial foram preditores independentes para estar livre da
arritmia após a ablação por cateter.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2158
ISSN: 2595-6825

Ademais, o trabalho de Heide et al., (2021), inclui 1431 procedimentos de cardioversão


elétrica sendo que um terço desses procedimentos foi feito sob o uso de anticoagulantes orais
diretos e associou esses anticoagulantes pericardioversão a baixas taxas de complicações
tromboembólicas e hemorrágicas. Simon et al., (2019), revelou que a utilização de amiodarona
em 194 casos associou-se a uma taxa mais baixa de ritmo sinusal na alta hospitalar e a menor
proporção de altas precoces do que a cardioversão elétrica, realizada em 52 pacientes. O uso de
antiarrítmicos da classe IC, principalmente flecainida, foi associado à maior porcentagem de
altas em menos de 6 horas. Tanto a cardioversão elétrica quanto o uso de antiarrítmicos, como
flecainida, contribuíram para melhorar os resultados de controle do ritmo e a qualidade do
atendimento aos pacientes (SIMON et al., 2019). Já o estudo de Wybraniec et al., (2022),
realizado com um total de 1365 pacientes com fibrilação atrial de início recente tendo a idade
mediana de 69 anos, constatou que uso de antazolina isolada em dose média de 200 mg teve
eficácia superior na conversão do ritmo em relação ao uso de amiodarona isolada. No entanto,
em se tratando do desenvolvimento de fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgias cardíacas,
o trabalho de Da Silva Paiva et al., (2022) evidenciou que o uso profilático de antiarrítmicos,
como amiodarona, e o uso profilático de betabloqueadores, sendo a melhor escolha dessa classe
o uso de sotalol, traz benefícios na profilaxia do desenvolvimento dessa patologia.
Conforme o estudo de coorte retrospectivo transversal feito por Al-Busaidi et al.,
(2021), que incluiu um total de 143 pacientes com idade mediana de 65 anos, os principais
medicamentos de controle de taxa prescritos após conversão para ritmo sinusal utilizados
foram: agentes bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos, antagonistas dos canais de
cálcio não dihidropiridínicos, digoxina ou uma combinação desses medicamentos. Para
anticoagulação foi prescrito para 74 pacientes dabigatrana e para 7 pacientes foi prescrito
varfarina. Os resultados indicaram que o uso de uma estratégia conservadora como parte de
uma via de tratamento pode prevenir hospitalizações com segurança e evitar cardioversão
elétrica desnecessária (AL-BUSAIDI et al., 2021).
Além disso, Sousa; Sousa; Carvalho, (2022), afirmam que a fibrilação atrial predispõe
à formação de coágulos devido ao bombeamento inadequado do sangue que podem obstruir
vasos cerebrais e causar danos neurológicos e apresenta relação com a perda progressiva da
cognição. Somado a isso, Marianelli; Marianelli; De Lacerda Neto, (2020), apontam que essa
arritmia é um fator de risco modificável no que se refere ao acidente vascular cerebral
isquêmico sendo de fundamental importância a adoção de medidas de prevenção e promoção
da saúde, como hábitos de vida mais saudáveis e acompanhamento médico regular para
diminuir os riscos de complicações dessas patologias. Nesse sentido, a terapia anticoagulante

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2159
ISSN: 2595-6825

para os idosos é de suma importância e o estudo de Freitas et al., (2017), mostra que o uso tanto
dos anticoagulantes orais de ação direta quanto da varfarina são eficazes, devendo haver
orientações para minimizar os riscos de sangramentos para esses pacientes.
De acordo com trabalho de Oliveira et al., (2020), a recomendação de anticoagulação
aos pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS) é expressiva, sendo a varfarina o
medicamento mais prescrito. Já o estudo feito por Melo et al., (2022), aborda a cautela da
prescrição de varfarina em pacientes com fibrilação atrial devido ao risco de sangramento e
demonstra que os pacientes que usaram Edoxabana ficaram internados por menos tempo em
relação aos que receberam varfarina. Esse resultado corrobora que os novos anticoagulantes
orais são mais eficazes na redução de eventos hemorrágicos, além de apresentarem fácil
utilização e menor interação medicamentosa em relação à varfarina (STUTZ, NUNES, 2019).
No entanto, o avanço da idade tem impacto direto na gestão e incidência de eventos
tromboembólicos críticos e sangramentos em pacientes com fibrilação atrial tratado com o
edoxabana (UNVERDORBEN et al., 2020). Conforme os resultados de Mikami et al., (2022),
em idosos com fibrilação atrial não valvar, a taxa de eventos hemorrágicos maiores durante o
tratamento com endoxabana 15mg aumentou com o aumento dos fatores de risco, como
hemoglobina menor que 12,3 g/dL, tempo de protrombina maior ou igual a 12,7 segundos e
depuração de creatinina menor que 30mL/min.
No cenário dos anticoagulantes, o anticoagulante oral não antagonista da vitamina K
mais frequentemente escolhido em pacientes idosos foi a dabigatrana e conforme o avanço da
idade a prescrição de apixabana tende a aumentar sendo a seleção desses anticoagulantes predita
por fatores como idade, comorbidades e risco de sangramento (BIELECKA; GORCZYCA-
GLOWACKA; WOZAKOWSKA-KAPLON; 2022). O trabalho de Gomes et al., (2019),
apresentou que a dabigatrana está associada à redução do risco de AVC e menores taxas de
eventos tromboembólicos comparada com a varfarina. Já o estudo de Akao et al., (2021),
demonstrou que a redução da dose de apixabana de 5mg para 2,5 mg em pacientes com mais
80 anos com fibrilação atrial não teve diferenças significativas na incidência de eventos
tromboembólicos ou hemorrágicos.

5 CONCLUSÃO
Por meio da análise da literatura, pode-se compreender as formas de intervenções
aplicadas no manejo da fibrilação atrial do idoso no cenário atual. Com a realização desse
trabalho, foi possível elucidar os pontos relevantes na cardioversão elétrica, assim como a
aplicação da terapêutica farmacológica na população idosa. Nesse sentido, a maioria dos

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2160
ISSN: 2595-6825

estudos apresentam como intervenção utilizada a cardioversão elétrica. Somado a isso, a


escolha da anticoagulação deve ser realizada de forma cautelosa. Dentro desse contexto, a
varfarina é amplamente utilizada no sistema pública de saúde brasileiro, os anticoagulantes
orais diretos, endoxabana, dabigatrana e apixabana também têm aplicações satisfatórias no que
se refere aos quadros de fibrilação atrial.
No cenário da intervenção farmacológica, devido à menor quantidade de literatura
analisada, o uso do antiarrítmico flecainida e de antazolina tem demonstrado eficácia no
tratamento dessa arritmia na população idosa.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2161
ISSN: 2595-6825

REFERÊNCIAS

Akao, M.; Yamashita, T.; Suzuki, S.; Okumura, K.; J-ELD AF Investigators. Clinical outcomes
according to dose reduction criteria of apixaban in Japanese elderly patients with atrial
fibrillation: J-ELD AF Registry subanalysis. Heart and vessels, p. 1035-1046, 2021.

Al-Busaidi, I. S.; Clare, G. C.; Joyce, L. R.; Pearson, S.; Lainchbury, J.; Than, M.; Troughton,
R. W. Presentation, Treatment and Long-Term Outcomes of a Multidisciplinary Acute Atrial
Fibrillation Pathway: A 12-Month Follow-Up Study. Heart, lung & circulation, p. 216–223,
2022.

Bielecka, B.; Gorczyca-Głowacka, I.; Wożakowska-Kapłon, B. Nine-Year Trends in


Prevention of Thromboembolic Complications in Elderly Patients with Atrial Fibrillation
Treated with NOACs. International journal of environmental research and public
health, 2022.

Bonfanti, L.; Annovi, A.; Sanchis-Gomar, F.; Saccenti, C.; Meschi, T.; Ticinesi, A.; Cervellin,
G. Effectiveness and safety of electrical cardioversion for acute-onset atrial fibrillation in the
emergency department: a real-world 10-year single center experience. Clinical and
experimental emergency medicine, p. 64-69, 2019.

Da Silva Paiva, Raquel Dália Costa et al. Estratégias de intervenção na morbimortalidade da


fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgias cardíacas. Brazilian Journal of Health Review,
v. 5, n. 2, p. 4682-4691, 2022.

Freitas, C.; Almonfrey, F.; Sepulvida, M. Terapia anticoagulante no idoso: Foco na fibrilação
atrial. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, p. 243-250, 2017.

Gomes, Kaique De Souza et al. Análise da eficácia e segurança da dabigatrana como


anticoagulante em idosos com fibrilação atrial: uma revisão integrativa. Anais VI CIEH.
Campina Grande: Realize Editora, 2019.

Heide, J.; Wit, A.; Bhagwandien, R. E.; Assaf, A.; Gros-Bisdom, J.; van der Meer, K. C.;
Wijchers, S. A.; Zijlstra, F.; Szili-Torok, T.; Lenzen, M. J.; Yap, S. C. Efficacy and safety of
direct oral anticoagulants in patients undergoing elective electrical cardioversion: A real-world
patient population. International journal of cardiology, p. 98–102, 2021.

Kamada, H.; Mori, K.; Ueda, N.; Wakamiya, A.; Nakajima, K.; Kamakura, T.; Wada, M.;
Ishibashi, K.; Yamagata, K.; Inoue, Y.; Miyamoto, K.; Nagase, S.; Noda, T.; Izumi, C.;
Noguchi, T.; Kusano, K.; Aiba, T. Impact of Pre-Ablation Direct Current Cardioversion for
Persistent Atrial Fibrillation to Predict Recurrence of Atrial Fibrillation after Catheter
Ablation. International heart journal, p. 828–836 2022.

Kim, J. Y.; Park, H. S.; Park, H. W.; Choi, E. K.; Park, J. K.; Kim, J. B.; Kang, K. W.; Shim,
J.; Joung, B.; Park, K. M. Clinical Outcomes of Rhythm Control Strategies for Asymptomatic
Atrial Fibrillation According to the Quality-of-Life Score: The CODE-AF (Comparison Study
of Drugs for Symptom Control and Complication Prevention of Atrial Fibrillation)
Registry. Journal of the American Heart Association, 2022.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2162
ISSN: 2595-6825

Marianelli, M.; Marianelli, C.; De Lacerda Neto, T. P. Principais fatores de risco do avc
isquêmico: Uma abordagem descritiva. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 6, p.
19679-19690, 2020.

Melo, M. L. V.; Alverga, A.; Moreira, B. G.; Sá, F. G. L. L.; Lima, M. A. V. M.; Patricio, W.
F.; Isidório, U. A.; Assis, E. V. Manejo clínico da Fibrilação Atrial: uma revisão integrativa das
evidências atuais. Journal of Education Science and Health, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 1–15, 2022.

Mikami, T.; Hirabayashi, K.; Okawa, K.; Betsuyaku, T.; Watanabe, S.; Imamura, Y.; Tanizawa,
K.; Hayashi, T.; Akao, M.; Yamashita, T.; Okumura, K. Laboratory Test Predictors for Major
Bleeding in Elderly (≥80 Years) Patients With Nonvalvular Atrial Fibrillation Treated With
Edoxaban 15 mg: Sub-Analysis of the ELDERCARE-AF Trial. Journal of the American
Heart Association, 2022.

Oliveira, V. P.; Mello, R. G. B.; Costa, A. F.; Corte, R. R. D.; Flores, F. R; Xavier, N. B.;
Nunes, N. M.; Moriguchi, E. H. Prevalência de fibrilação atrial, indicação de anticoagulação
oral e fatores associados em idosos. Geriatrics, Gerontology and Aging, vol. 14, n. 4, p. 228-
235, 2020.

Poncio, V. A.; Anaci, M. N. W. N.; Assumpção, A. C. Análise da variação do limiar de captura


após a realização de cardioversão elétrica em portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos
implantáveis. Journal of cardiac arrhythmias, n. 4, 2017.

Rasmussen, P. V.; Blanche, P.; Dalgaard, F.; Gislason, G. H.; Torp-Pedersen, C.; Tønnesen, J.;
Ruwald, M. H.; Pallisgaard, J. L.; Hansen, M. L. Electrical cardioversion of atrial fibrillation
and the risk of brady-arrhythmic events. American heart journal, p. 42–49, 2022.

Simón, A. F.; Coll-Vinent, B.; Martín, A.; Suero, C.; Sánchez, J.; Varona, M.; Sánchez, S.;
Cancio, M.; Carbajosa, J.; Malagón, F.; Montull, E.; Del Arco, C. Cardioversion in recent onset
atrial fibrillation. Emergencias: revista de la Sociedad Espanola de Medicina de
Emergencias, p. 227–233, 2019.

Sousa, C. M.; Sousa, M. N. A.; Carvalho, F. K. L. Fibrilação atrial e demência vascular: uma
revisão integrativa da literatura. Revista Contemporânea, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 739–759, 2022.

Stiell, I. G.; Eagles, D.; Nemnom, M. J.; Brown, E.; Taljaard, M.; RAFF Investigators;
Archambault, P. M.; Birnie, D.; Borgundvaag, B.; Clark, G.; Davis, P.; Godin, D.; Hohl, C. M.;
Mathieu, B.; McRae, A. D.; Mercier, E.; Morris, J. Parkash, R.; Perry, J. J.; Rowe, B. H;
Vadeboncoeur, A. Adverse Events Associated With Electrical Cardioversion in Patients With
Acute Atrial Fibrillation and Atrial Flutter. The Canadian journal of cardiology, p. 1775–
1782, 2021.

Stutz, V. J.; Nunes, C. P. Novos coagulantes orais comparados com a varfarina na FA. Revista
de Medicina de Família e Saúde Mental, vol. 1., n. 1, 2019.

Unverdorben, M.; von Heymann, C.; Santamaria, A.; Saxena, M.; Vanassche, T.; Jin, J.; Laeis,
P.; Wilkins, R.; Chen, C.; Colonna, P. Elderly patients with atrial fibrillation in routine clinical
practice-peri-procedural management of edoxaban oral anticoagulation therapy is associated
with a low risk of bleeding and thromboembolic complications: a subset analysis of the

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023


Brazilian Journal of Health Review 2163
ISSN: 2595-6825

prospective, observational, multinational EMIT-AF study. BMC cardiovascular


disorders, 2020.

Wybraniec, M. T.; Maciąg, A.; Miśkowiec, D.; Ceynowa-Sielawko, B.; Balsam, P.; Wójcik,
M.; Wróbel, W.; Farkowski, M.; Ćwiek-Rębowska, E.; Szołkiewicz, M.; Ozierański, K.;
Błaszczyk, R.; Bula, K.; Dembowski, T.; Peller, M.; Krzowski, B.; Wańha, W.; Koziński, M.;
Kasprzak, J. D.; Szwed, H.; Mizia-Stec, K. Efficacy and safety of antazoline for cardioversion
of atrial fibrillation: propensity score matching analysis of a multicenter registry (CANT II
Study). Polish archives of internal medicine, 2022.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 2150-2163, jan./feb., 2023

Você também pode gostar