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168 BJHR
168 BJHR
ISSN: 2595-6825
Alessandro Reis
Mestre em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP)
Instituição: Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
Endereço: Rua Major Gote, 808, Caiçaras, Patos de Minas - Minas Gerais
E-mail: alessandro@unipam.edu.br
RESUMO
A fibrilação atrial trata-se da arritmia cardíaca mais comum, tendo alta prevalência na
população idosa. Nesse sentido, a abordagem desses pacientes e a intervenção utilizada no
tratamento é de fundamental relevância com o envelhecimento populacional. Sob essa ótica, o
presente trabalho tem por objetivo revisar na literatura as formas de cardioversão farmacológica
e elétrica utilizadas no manejo do idoso com fibrilação atrial. Como metodologia de busca,
foram utilizados artigos publicados e indexados nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde
(BVS), Scientif Eletronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed),
EbscoHost, Google Acadêmico. Os critérios de inclusão foram: artigos em português, inglês e
espanhol publicados a partir de 2017 que tratavam da temática em questão. Foram excluídos os
artigos que não incluíam uma população idosa. Os artigos selecionados mostraram que, em
grande maioria, a cardioversão elétrica foi utilizada, contudo ela deve ser realizada com a
utilização de anestesia e a prescrição da anticoagulação adequada é de fundamental
importância, sendo utilizados varfarina, os anticoagulantes orais diretos, endoxabana,
dabigatrana e apixabana. No cenário da intervenção farmacológica, devido à menor quantidade
ABSTRACT
Atrial fibrillation is the most common cardiac arrhythmia, with a high prevalence in the elderly
population. In this sense, the approach to these patients and the intervention used in the
treatment is of fundamental relevance with the aging population. From this perspective, the
present work aims to review in the literature the forms of pharmacological and electrical
cardioversion used in the management of the elderly with atrial fibrillation. As a search
methodology, articles published and indexed in the Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientif
Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed), EbscoHost,
Google Scholar databases were used. The inclusion criteria were: articles in Portuguese,
English and Spanish published from 2017 onwards that dealt with the subject in question.
Articles that did not include an elderly population were excluded. The selected articles showed
that, in the vast majority, electrical cardioversion was used, however it must be performed with
the use of anesthesia and the prescription of adequate anticoagulation is of fundamental
importance, using warfarin, direct oral anticoagulants, endoxaban, dabigatran and apixaban. In
the scenario of pharmacological intervention, due to the smaller amount of literature analyzed,
the use of the antiarrhythmic flecainide and antazoline has demonstrated efficacy in the
treatment of this arrhythmia in the elderly population. warfarin, direct oral anticoagulants,
endoxaban, dabigatran and apixaban are used. In the scenario of pharmacological intervention,
due to the smaller amount of literature analyzed, the use of the antiarrhythmic flecainide and
antazoline has demonstrated efficacy in the treatment of this arrhythmia in the elderly
population. warfarin, direct oral anticoagulants, endoxaban, dabigatran and apixaban are used.
In the scenario of pharmacological intervention, due to the smaller amount of literature
analyzed, the use of the antiarrhythmic flecainide and antazoline has demonstrated efficacy in
the treatment of this arrhythmia in the elderly population.
1 INTRODUÇÃO
A fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais recorrente na prática clínica, sendo
caracterizada pela desorganização da atividade elétrica atrial que acomete o bombeamento de
sangue para o corpo e pode levar a complicações hemodinâmicas (COSTA, 2018). Nesse
cenário, trata-se da arritmia que afeta cerca de 50 milhões de pessoas mundialmente com
prevalência maior na população idosa (VIRANI et al., 2020). Desse modo, esse quadro torna-
se ainda mais frequente com o aumento da expectativa de vida e com o envelhecimento
populacional dos próximos anos.
Em relação ao tratamento da fibrilação atrial, as intervenções farmacológicas e elétricas
são utilizadas para a regularização da frequência cardíaca e dos sintomas com controle de ritmo.
Essas terapias, haja vista a restauração do ritmo sinusal, permitem o alívio dos sintomas bem
como a melhora do estado hemodinâmico dos pacientes (DEMMESTER et al., 2018). A
cardioversão farmacológica é uma estratégia de controle de ritmo por meio da infusão de
fármacos ao passo que a cardioversão elétrica visa interromper a fibrilação atrial com a
utilização, principalmente, de desfibriladores externos bifásicos (BONFANTI et al.,
2018). A cardioversão farmacológica pode ser realizada em pacientes estáveis
hemodinamicamente com a utilização de antiarrítmicos (PINHO, 2004). A cardioversão
elétrica é apropriada como forma de controle do ritmo sinusal agudo, sobretudo em pacientes
hemodinamicamente instáveis, podendo causar risco aumentado para eventos tromboembólicos
sendo necessário a administração de fármacos anticoagulantes previamente ao procedimento
(FARIA et al., 2021).
O tratamento de escolha deve ser individualizado levando em consideração as doenças
prévias de cada paciente, a condição elétrica do coração e a experiência do profissional
envolvido (PINHO, 2004). No que tange aos idosos, essa decisão precisa ser cautelosa uma vez
que com o envelhecimento há o aumento dos fatores decorrentes de alterações fisiológicas,
como diminuição da filtração glomerular renal, diminuição da massa magra e aumento da massa
gorda, o uso de polifarmácia e a presença de múltiplas comorbidades. Perante o exposto e
considerando a relevância clínica da fibrilação atrial em idosos, justifica-se a importância desse
trabalho ao abordar os procedimentos que têm sido utilizados nessa condição para o manejo
desses pacientes bem como as suas implicações.
Dessa forma, tendo em vista a maior incidência de fibrilação atrial nessa população,
esse trabalho tem por objetivo revisar na literatura as intervenções realizadas nos pacientes
idosos no tratamento dessa arritmia cardíaca.
2 METODOLOGIA
O presente estudo consiste de uma revisão exploratória integrativa de literatura. A
revisão integrativa foi realizada em seis etapas: 1) identificação do tema e seleção da questão
norteadora da pesquisa; 2) estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos e
busca na literatura; 3) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados;
4) categorização dos estudos; 5) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa e
interpretação e 6) apresentação da revisão.
Na etapa inicial, para definição da questão de pesquisa utilizou-se da estratégia PICO
(Acrômio para Patient, Intervention, Comparation e Outcome). Assim, definiu-se a seguinte
questão central que orientou o estudo: “No paciente com mais de 60 anos, a cardioversão
3 RESULTADOS
O Quadro 1 sintetiza os principais artigos que foram utilizados na presente revisão de
literatura, contendo informações relevantes sobre os mesmos, como os autores do estudo, o ano
de publicação, o título e os achados relevantes.
Quadro 1 – Visão geral dos estudos incluídos nessa revisão sistemática sobre as intervenções utilizadas na
fibrilação atrial.
AUTORES E ANO TÍTULO ACHADOS PRINCIPAIS
FREITAS, C. M. N., et al., Terapia anticoagulante no Uso tanto dos anticoagulantes
2017 idoso: foco na fibrilação atrial orais de ação direta quanto a
varfarina são eficazes.
Orientação sobre as medidas de
prevenção de quedas, rever
prescrição de medicamentos
desnecessários e controlar
fatores para minimizar o risco de
sangramentos.
PONCIO, V. A., et al., 2017 Análise da variação do limiar de A variação do limiar de captura
captura após a realização de ventricular após choque não foi
cardioversão elétrica em significativa em portadores de
portadores de dispositivos dispositivos cardíacos
cardíacos eletrônicos implantáveis.
implantáveis
BONFANTI, L. et al., 2019 Effectiveness and safety of Cardioversão elétrica é menos
electrical cardioversion for eficaz em pacientes > 80 anos. A
acute-onset atrial fibrillation in anticoagulação antes da
the emergency department: a cardioversão pode ser evitada em
real-world 10-year single center pacientes com baixo risco e
experience fibrilação atrial aguda com
duração <48 horas.
GOMES, K. S., et al., 2019 Análise da eficácia e segurança Dabigatrana está associada à
da dabigatrana como redução do risco de AVC e
anticoagulante em idosos com menores taxas de eventos
fibrilação atrial: uma revisão tromboembólicos comparada
integrativa com a varfarina.
SIMON, A. F. et al., 2019 Amiodarona associada a uma
taxa mais baixa de ritmo sinusal
Cardioversion in recent onset do que a cardioversão elétrica. O
atrial fibrillation uso de antiarrítmicos da classe
IC, principalmente flecainida,
foi associado a maior
porcentagem de altas em menos
de 6 horas.
STUTZ, V. J.; NUNES, C. P., Novos anticoagulantes orais Novos anticoagulantes orais são
2019 comparados com a varfarina na mais eficazes na redução de
FA eventos hemorrágicos, de mais
fácil utilização e apresentam
menor interação medicamentosa
em relação à varfarina.
OLIVEIRA, V. P., et al., 2020 Prevalência de fibrilação atrial, Prescrição de anticoagulação
indicação de coagulação oral e entre pacientes atendidos pelo
fatores associados em idosos SUS com fibrilação atrial é alta.
brasileiros Varfarina é o medicamento mais
frequentemente prescrito.
MARIANELLI, M.; Principais fatores de risco do Fibrilação atrial é um fator de
MARIANELLI, C.; DE avc isquêmico: Uma abordagem risco modificável para avc
LACERDA NETO, T. B., 2020 descritiva isquêmico sendo de fundamental
importância a adoção de medidas
de prevenção e promoção da
saúde.
4 DISCUSSÃO
Tendo em vista a prevalência da fibrilação atrial na população idosa, o trabalho feito
por Bonfanti et al., (2019), com 419 pacientes, dois quais em 403 pacientes a cardioversão
elétrica teve eficácia, constatou que a realização de cardioversão elétrica em um pronto-socorro
é um procedimento eficaz e seguro em pacientes com idade mediana de 63 anos ao passo que
com o avanço da idade a eficácia do procedimento é menor. No estudo feito por Stiell et al.
(2021) foi evidenciado que a idade avançada, principalmente após os 85 anos, a presença de
doença arterial coronariana e adição de fentanil à sedação para a cardioversão elétrica colocam
os pacientes em maior risco de eventos adversos. De modo similar, o trabalho de Rasmussen et
al., (2021), que incluiu 20.725 pacientes com idade média de 66 anos submetidos à primeira
cardioversão elétrica, demonstrou que os riscos de eventos bradiarrítmicos em 30 dias após
cardioversão elétrica é mais acentuado em idosos com fatores associados relacionados às
doenças isquêmicas do coração, insuficiência cardíaca, cardiomiopatopatias, certas valvopatias,
procedimentos cardíacos prévios, diabetes e história de síncope.
Em um outro estudo, a realização de 13 terapias elétricas no caso de arritmias cardíacas,
como a fibrilação atrial, não demonstrou variação relevante no limiar de captura ventricular em
pacientes portadores de dispositivos cardíacos implantáveis (PONCIO et al., 2017). Já em
relação ao procedimento de ablação por cateter, Kim et al., (2022), evidenciou que não houve
diferença entre os resultados dos idosos e não idosos no que se refere ao uso de agente
antiarrítmico e à cardioversão elétrica. Esse mesmo trabalho também concluiu que o controle
do ritmo reduz os eventos cardiovasculares adversos na fibrilação atrial assintomática (KIM et
al., 2022). Nesse sentido, o estudo de Kamada et al., (2022), também apontou que o resultado
do ritmo após a cardioversão por corrente contínua 24 horas antes da ablação por cateter em
pacientes com fibrilação atrial persistente pode predizer a longo prazo a recorrência dessa
arritmia, além de demonstrar também que o uso de corrente contínua e idade mais avançada no
primeiro diagnóstico de fibrilação atrial foram preditores independentes para estar livre da
arritmia após a ablação por cateter.
para os idosos é de suma importância e o estudo de Freitas et al., (2017), mostra que o uso tanto
dos anticoagulantes orais de ação direta quanto da varfarina são eficazes, devendo haver
orientações para minimizar os riscos de sangramentos para esses pacientes.
De acordo com trabalho de Oliveira et al., (2020), a recomendação de anticoagulação
aos pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS) é expressiva, sendo a varfarina o
medicamento mais prescrito. Já o estudo feito por Melo et al., (2022), aborda a cautela da
prescrição de varfarina em pacientes com fibrilação atrial devido ao risco de sangramento e
demonstra que os pacientes que usaram Edoxabana ficaram internados por menos tempo em
relação aos que receberam varfarina. Esse resultado corrobora que os novos anticoagulantes
orais são mais eficazes na redução de eventos hemorrágicos, além de apresentarem fácil
utilização e menor interação medicamentosa em relação à varfarina (STUTZ, NUNES, 2019).
No entanto, o avanço da idade tem impacto direto na gestão e incidência de eventos
tromboembólicos críticos e sangramentos em pacientes com fibrilação atrial tratado com o
edoxabana (UNVERDORBEN et al., 2020). Conforme os resultados de Mikami et al., (2022),
em idosos com fibrilação atrial não valvar, a taxa de eventos hemorrágicos maiores durante o
tratamento com endoxabana 15mg aumentou com o aumento dos fatores de risco, como
hemoglobina menor que 12,3 g/dL, tempo de protrombina maior ou igual a 12,7 segundos e
depuração de creatinina menor que 30mL/min.
No cenário dos anticoagulantes, o anticoagulante oral não antagonista da vitamina K
mais frequentemente escolhido em pacientes idosos foi a dabigatrana e conforme o avanço da
idade a prescrição de apixabana tende a aumentar sendo a seleção desses anticoagulantes predita
por fatores como idade, comorbidades e risco de sangramento (BIELECKA; GORCZYCA-
GLOWACKA; WOZAKOWSKA-KAPLON; 2022). O trabalho de Gomes et al., (2019),
apresentou que a dabigatrana está associada à redução do risco de AVC e menores taxas de
eventos tromboembólicos comparada com a varfarina. Já o estudo de Akao et al., (2021),
demonstrou que a redução da dose de apixabana de 5mg para 2,5 mg em pacientes com mais
80 anos com fibrilação atrial não teve diferenças significativas na incidência de eventos
tromboembólicos ou hemorrágicos.
5 CONCLUSÃO
Por meio da análise da literatura, pode-se compreender as formas de intervenções
aplicadas no manejo da fibrilação atrial do idoso no cenário atual. Com a realização desse
trabalho, foi possível elucidar os pontos relevantes na cardioversão elétrica, assim como a
aplicação da terapêutica farmacológica na população idosa. Nesse sentido, a maioria dos
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